domingo, 5 de janeiro de 2014

Danos concretos à saude que as Casas de Festas, Carros de Som, Ruidos de Avião acarretam à população do DF.

19 de Dezembro de 2013 - 07:00

Por MARIO EUGENIO SATURNO 

Tecnologista sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais



Os Estados Unidos da América estão reformando o sistema de saúde pública e concentram seus esforços na prevenção de doenças, porém, uma das causas de doenças graves e até mesmo de morte permanece ignorada: a poluição sonora.

Pesquisadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan e da Rede para o Direito Sanitário Público afirmam que a poluição sonora não afeta só a audição, mas contribui para o desenvolvimento de doenças cardíacas, hipertensão, distúrbios do sono, estresse e problemas de aprendizagem. É inacreditável que esse perigo ambiental seja tão ignorado.

Em artigo publicado na Environmental Health Perspectives, os cientistas Rick Neitzel e Monica Martelo analisam a poluição sonora que afeta cerca de 104 milhões de pessoas.

Há uma crença de que os problemas de audição causados por exposição ao ruído sejam autoinfligidos, mas os cientistas desmistificaram essa hipótese. Em Nova York, por exemplo, 90% dos usuários de transporte coletivo urbano de massa podem estar em risco de perda permanente da audição por ruído causado por trem, ruídos ocupacionais e uso do MP3 player.

A Agência de Proteção Ambiental estabelece limites para a exposição ao ruído para um período de 24 horas em áreas residenciais de 55 decibéis (dBA) e de 70 dBA para evitar a perda de audição. Muita gente fica exposta a níveis de ruído além destas marcas devido a um efeito cumulativo de tráfego rodoviário e ferroviário, transporte aéreo, atividades ocupacionais e industriais, música amplificada, atividades recreativas e armas de fogo.

As evidências mostram que as pessoas expostas ao ruído indesejado desenvolvem uma resposta: acreditam que não há nada que possa ser feito para mudar o ambiente, quando, na verdade, existem muitas opções disponíveis.

 Os cientistas incluíram também diversas recomendações para a Estratégia Nacional de Prevenção dos EUA, uma organização que representa 17 agências federais responsáveis por metas de prevenção sob o "Affordable Care Act", uma lei de proteção dos pacientes no que se refere aos serviços de saúde: exercer o controle de ruído através de regulamentação direta, estabelecendo níveis de emissões máximas.

Exigir a divulgação das emissões de produtos, tais como brinquedos para crianças. Melhorar a divulgação de informações sobre os perigos do ruído. Realizar mais pesquisas para compreender plenamente o impacto do ruído sobre a população. Aprovar regulamentos que não são cobertos pela Agência de Proteção Ambiental. Adotar políticas de compras para reduzir o ruído causado por comunidades de construção, veículos de emergência e equipamentos de manutenção. Tomar medidas para a construção ou reforma de habitações que protejam as pessoas de ruído.

Embora não seja novidade no Brasil, este problema vem sendo desprezado também, e a atitude norte-americana é uma oportunidade para os atores políticos atuarem na prevenção e, com isso, economizarem bilhões de reais a longo prazo e manterem os cidadãos saudáveis por muito mais tempo.

Voce conhece a Bolsa Vereador?

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Dilma acertou: a oposição precisa estudar

A sucção do Estado pelo PT é tão sofisticada que exige décadas de estudo para ser compreendida

GUILHERME FIUZA
01/11/2013 07h30
 



Conforme previsto neste espaço, passada a onda das manifestações de junho/julho, a presidente Dilma Rousseff – que perdera popularidade, teria de dar lugar a Lula etc. – voltou ao conforto nas pesquisas de opinião: hoje, venceria a eleição no primeiro turno. 

Os indignados que foram às ruas acham que o Brasil não será mais o mesmo depois de sua explosão cívica. 

O médico mandou não contrariá-los. Falando baixinho para não incomodar os revolucionários: o grande legado das manifestações foi o surgimento de um bando de débeis mentais de preto que quebram tudo o que veem pela frente, diante de outro bando de débeis mentais que consentem – e eventualmente apoiam – o chilique fascista. Dilma assiste a tudo isso tão a salvo que até já recuperou a soberba: declarou que seus adversários eleitorais “têm de estudar muito” o país.

E têm mesmo. O que Dilma e sua turma conseguiram fazer com o Brasil não é para leigos. Como arrebentar as finanças públicas com politicagem e trazer de volta a inflação, sem que uma única e miserável passeata identifique seu crime e peça sua cabeça? É coisa de gênio – só estudando muito mesmo.

As tecnologias petistas de sucção e privatização da máquina pública alcançaram tal grau de sofisticação que, é duro dizer, a oposição talvez precise de gerações para estudá-las razoavelmente. 

Toda a arquitetura parasitária montada para substituir o mensalão – a fantástica rede de convênios e programas piratas que irrigam a base política nas quatro dezenas de ministérios – é só a parte mais visível do plano. Há um trabalho ainda mais profundo do que esse, como se vê agora com o caso da Bolsa Vereador.

Foram descobertos cerca de 2 mil vereadores eleitos em vários pontos do território nacional com a mesma peculiaridade: todos são beneficiários do Bolsa Família!!!!. Estavam inscritos no programa antes de se eleger e continuaram inscritos depois de eleitos. Uma manobra sensacional, de tirar o chapéu.
O pulo do gato é simples: o esquema petista distribui dinheiro de graça para multiplicar sua base eleitoral, depois puxa representantes da própria turma da mesada para ocupar cargos eletivos – numa espécie de Partido da Bolsa. É genial, porque o sujeito passa de cliente assistencial a militante, daí diretamente para o poder, sem ter de trabalhar na vida. É o modelo Dilma, o mais bem- sucedido do país.

A trajetória dela é a prova incontestável da eficácia dessa fórmula. Dilma foi ser militante na vida – ótima receita para os que não se dão muito bem com trabalho. Como “quadro” partidário, ocupou várias funções na administração pública, sem precisar saber nada, uma das maravilhas do apadrinhamento político. Como prêmio à sua trajetória irretocável de mediocridade e irrelevância, chegou a ministra-chefe da Casa Civil, e ali ganhou de Lula o apelido consagrador: “Mãe do PAC” – título que, não significando nada, é a sua cara.
Não há dúvida de que a oposição precisa estudar muito o país para entender como alguém assim vira presidente da República.

O que seria a ex-guerrilheira Dilma Rousseff hoje, se não fosse presidente do Brasil? Dona de uma agência de black blocs? Sócia de Erenice Guerra numa cooperativa de despachantes, especializada em favores de segunda mão? Governanta de José Dirceu – e, portanto, correndo o risco de ficar desempregada se o STF tomar vergonha na cara?

A inclusão social de Dilma é uma obra-prima do petismo, e o Brasil não há de permitir uma derrota da presidente na eleição do ano que vem, que poria tudo a perder. Programas sociais como esse, e como o Bolsa Vereador, vieram acabar com o complexo de vira-latas do brasileiro, frequentemente citado pela própria Dilma. Hoje, o brasileiro sabe que a falta de perspectivas na vida é um problema apenas daqueles que não se filiaram aos partidos certos. Se você for um militante abnegado, pode até chegar a ministro do PT no Supremo – onde terá sua boquinha vitalícia e ainda poderá proteger as boquinhas da gangue que o colocou lá. Solidariedade é tudo.
Aí aparecem esses candidatos aventureiros da oposição, que não têm a menor ideia de como se vampiriza profissionalmente um país, querendo ser presidentes... Vão estudar, vagabundos!



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    Surge, enfim, o nome da mudança

    O milagre da onda de passeatas foi a reabilitação dele, o filho do Brasil, o homem, o mito: Luiz Inácio da Silva

    GUILHERME FIUZA
    13/07/2013 15h13 - Atualizado em 13/07/2013 15h13

    A revolta das ruas produziu um milagre. Não as votações espasmódicas do Congresso Nacional, nem a revogação de aumentos das tarifas de ônibus. Esses foram atos oportunistas, que logo sumirão na poeira da história, embora tenham sido celebrados como vitórias revolucionárias. O milagre também não foi a reação do governo Dilma Rousseff, que propôs ao país um plebiscito para reformar a política. Outros governantes já usaram alegorias para embaçar o debate. Como a alegoria de Dilma é especialmente fajuta, não será comentada neste espaço. O milagre da onda de passeatas foi a reabilitação dele – o filho do Brasil, o homem e o mito, Luiz Inácio Lula da Silva. 
    A opinião pública brasileira é um show. A pesquisa Datafolha que registrou queda na avaliação do governo Dilma quase à metade revelou que, hoje, a eleição presidencial iria para o segundo turno. A não ser que Lula entrasse no páreo. Aí ele seria eleito em primeiro turno. O povo, revoltado com tudo isso que aí está, puniu Dilma nas pesquisas porque quer mudança. E sua opção de mudança é Lula. Viva o povo brasileiro!

    A pesquisa revelou mais. Quem teria, hoje, o melhor preparo, entre os candidatos, para resolver os problemas econômicos do Brasil? Em primeiro lugar, disparado: Lula. É um resultado impressionante. A maioria do eleitorado deve estar escondendo alguma informação bombástica. Devem ter algum segredo, guardado a sete chaves, sobre o novo Lula. Diferentemente do velho, esse aí não deve ter nada a ver com Dilma, Guido Mantega, Gilberto Carvalho, José Dirceu, enfim, a turma que estourou as contas nacionais para bancar o populismo perdulário.

    Não, nada disso. O novo Lula – esse que a voz do povo descobriu e não quer nos contar – é um administrador moderno, implacável com o fisiologismo. Um Lula que jamais daria agências reguladoras de presente a Rosemary Noronha, para ela brincar de polícia e ladrão com os companheiros (é bem verdade que a polícia só chegou ao final da brincadeira). Esse Lula, que hoje seria eleito para desenguiçar a economia brasileira, sabe que politizar e vampirizar uma Anac compromete o serviço da aviação. O povo foi às ruas por melhores serviços de transportes, e o novo Lula não faria como o velho Lula – aquele que transformou as agências do setor num anexo do PT e seus comparsas. Jamais.(rs...)

    O povo brasileiro é muito sagaz. Descobriu o que nem um sociólogo visionário descobriria: o sujeito que pariu Dilma, montou seu modelo de administração e dá pitaco nele até hoje fará tudo completamente diferente, se for eleito presidente em 2014. Quem poderia supor uma guinada dessas? Só mesmo um povo sacudido pela revolta das ruas faria essa descoberta genial. O grande nome da oposição a Dilma é Lula. É ele quem saberá levar as finanças nacionais para onde Dilma, segundo a pesquisa, não soube levar. O eleitor brasileiro é, desde já, candidato ao Prêmio Nobel de Economia por essa descoberta impressionante.

    Como se sabe, Lula manteve a política econômica de Fernando Henrique – até porque seu partido não tinha política de governo, não tinha projetos administrativos (continua não tendo), não tinha nada. Para manter a militância acesa, o ex-operário assumiu a Presidência criticando o Banco Central. Auxiliado pelo vice José Alencar, inaugurou o primeiro governo de oposição da história. (Longe dos holofotes, pedia pelo amor de Deus para o BC continuar fazendo o que estava fazendo, já que ele não entendia bulhufas daquilo.) A conjuntura internacional foi uma mãe para o filho do Brasil, e ele torrou o dinheiro do contribuinte na maior festa de cargos e propaganda já vista neste país. Lançou então a sucessora, que fez campanha dizendo que o PT acabara com a inflação.

    O único erro de cálculo dos companheiros foi esquecer que a desonestidade intelectual tem pernas curtas. E a conta do charuto do oprimido chegou: eis a inflação de volta. (Ao negar esse fato, Mantega foi convidado pelo companheiro Gilberto Carvalho a dar um passeio na feira.)
    Mas vem aí o novo Lula, ungido pela sabedoria das massas, para salvar a economia brasileira. Qual será seu segredo? Será a substituição de Guido Mantega por Marcos Valério? Pode ser. Até porque o país não suporta mais amadorismo.

Sem variabilidade genética, nós não teremos futuro econômico sólido

Mais de 400 projetos tramitam no Congresso para redefinir limites de Unidades de Conservação
Fabíola Ortiz - 22/12/13


Rio de Janeiro -- Não é de hoje que as Unidades de Conservação (UCs) se tornaram um alvo cobiçado e disputado tanto por ambientalistas quanto pelo setor do agronegócio e seus representantes do Congresso Nacional. Em recente levantamento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente, foram identificados mais de 400 projetos de lei em tramitação no Congresso que tentam redefinir os limites de UCs. A informação foi confirmada a ((o))eco pela ministra Izabella Teixeira e, segundo disse, não existe um bioma específico que sofre com esta inundação de projetos de lei. “Estão em todo o país”, assegurou.

“É muito sensível isso do ponto de vista do entendimento do que significa ter uma área protegida. Esse é um processo democrático e deputados podem propor, mas significa, obviamente, embates e disputas”, comentou Teixeira ao ser perguntada se vê com preocupação tantos projetos que questionam os limites das unidades.

Não são poucos os exemplos de embate no Legislativo. O PL 3.682/2012 já está pronto para ser votado na Comissão de Minas e Energia na Câmara. A meta é abrir 10% das UCs de proteção integral à mineração.

Os Projetos de Lei em análise no Congresso buscam, em sua maioria, reduzir, extinguir ou flexibilizar inúmeras UCs no país.

Em 2011, foram três os Parques Nacionais na Amazônia que tiveram seus limites alterados para abrigar lagos e canteiros de obras das hidrelétricas de Tabajara, Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. 

 A Medida Provisória editada pela presidente Dilma Rousseff também autorizou a exploração mineral no entorno de dois dos parques. Foram modificados ainda os limites dos Parques Nacionais da Amazônia, Campos Amazônicos e Mapinguari.

Em 2012, a presidente Dilma enviou ao Congresso a Medida Provisória 558, que alterou os limites de 8 unidades federais de conservação, todas dentro da Amazônia Legal. O objetivo das mudanças nos limites das áreas era atender aos interesses do Ministério de Minas e Energia para a construção do Complexo Hidrelétrico Tapajós.

Recorte de UC não resolve problemas

Na opinião do secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Roberto Cavalcanti, é possível conciliar os questionamentos e pontos que defendem os Projetos de Lei sem entrar no delicado problema das áreas das UCs.

“O deputado tem o projeto de lei como instrumento, mas a maioria, se não quase a totalidade, dos problemas que causam esses projetos podem ser resolvidos sem fazer mudança de limites. O problema não é necessariamente limites, são questões de uso e investimentos”, disse a ((o))eco.

Cavalcanti está encarregado de conceber uma nova concepção das Unidades de Conservação no sistema federal.

A Lei do SNUC (Sistema Nacional de UCs) dá base a todo o sistema de áreas protegidas do país e deve ter uma estratégia que contemple os diversos tipos de interação com a sociedade e seus usos, comentou.

“O SNUC inclui uma enorme variedade de UCs e a meta é ter uma parte significativa do território sob estas unidades de conservação. Na Amazônia, por exemplo, as UCs já são entre 20 e 24% do território”, disse.

A nova concepção do SNUC inclui conservar as áreas insubstituíveis, isto é, as áreas únicas, não apenas os remanescentes, mas onde há sensibilidade do ecossistema. “Essas áreas frágeis que não podem ser tocadas, não podem ter um regime de exploração intensa. A conservação é fundamentalmente um dos desafios das sociedades humanas”, disse.

Cavalcanti  é o responsável por traçar esta nova visão e estratégia do SNUC há cerca de três anos. “A meta é, em áreas como a Amazônia que já tem grande parte das UCS idealmente constituídas, botar o sistema para funcionar e pactuar com as sociedades sobre como irá operar”, disse.

Na sua avaliação, é preciso incluir todos os instrumentos de conservação, desde o que Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) e outros grupos de cobertura natural como o Programa Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas (PNGATI).

Isso, contudo, deve ocorrer de forma mais expressiva nos biomas que estão “sub-representados criticamente”, disse.

O Cerrado, por exemplo, é uma região que há quatro meses de seca e exige água 12 meses. “Os serviços ecossistêmicos dependem de ter um sistema robusto de áreas naturais protegidas”, comentou. Este bioma tem menos de 10% o seu grau de proteção.(Será que a SEDHAB, os DISTRITAIS e a TERRACAP SABEM DISSO?Será que se preocupam ou quando olham para o cerrado -o que sobrou dele--pensam apenas no seu proprio lucro???)

Já o Pampa, menos de 2%; e a Mata atlântica, a prioridade é fazer a recuperação florestal, uma vez que há 8% de florestas remanescentes. “É um paradoxo ter que tratar os fragmentos da Mata Atlântica quase como se fossem peças de museu”, frisou.

Comentários (9)


" Na Amazônia, por exemplo, as UCs já são entre 20 e 24% do território”

Não é verdade, Roberto. É que você está contando RESEXs, RDSs, TIs, e talvez até APAs. Nenhuma dessas é unidade de conservação da natureza. Vide matéria sobre os 25 anos de Chico Mendes.

A conta correta se faz assim: some a área de todas as UCs de proteção integral. Agora subtraia a área delas ocupada por gente, seja terras documentadas, posseiros, ou "povos da floresta". Essa é a área realmente protegida de cada bioma. O resto é propaganda enganosa e desvio de verba.

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Eloy Fenker · 1 semana atrás
A Mata atlântica possui 26,97% de cobertura florestal. Estudo realizado no âmbito do PROBIO e que consta no site oficial do MMA apontam que os Remanescentes Naturais no bioma Mata Atlântica no Ano base de 2002 são de 26,97%. Fonte: http://www.mma.gov.br/biomas/mata-atlantica/mapa-.... http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteud...

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Hoje, no jornal O Globo, um colunista comparou a área que seria ocupada por represas na Amazônia com os tais 24% de UCs que o governo e os sócioambientalistas alardeiam, e concluiu que a proporção é razoável, ou seja, com tanta mata já protegida, porque não inundar mais um pouco?

Fora o fato das represas devastarem os ecossistemas inudáveis, que são só 2% da Amazônia (a falácia do tapete verde homogêneo), isso ilustra o mal concreto que causa essa inflação dos dados de quanto está reLmente protegido, inchados com UCs "sociais" e UCs que só existem no papel.

Creio que a divulgação de dados reais, para que possamos elaborar políticas públicas confiáveis com base neles, deveria ser a prioridade de nosso movimento neste ano de eleições no Brasil e Congresso Mundial de Parques em Sidney. Mas com este governo falsificando até os números da economia (alguem fez estágio na Grécia mas não viu como acabou por lá...), o que podemos esperar na área ambiental?

Cabe a nós, o povo, fazer a conta correta e divulgar.

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PR.PR · 1 semana atrás
Não é importante, nesse caso, sabermos quanto está protegido. É fundamental que se pare com essas "viradas de mesa". Os deputados são livres pra propor projetos de lei, tudo bem, mas, também nesse caso, se aplica o "princípio da precaução". Se áreas protegidas forem transformadas em áreas de exploração, seja de minérios, madeira, gado, soja ou etc., isso vai ser o famoso "tiro no pé". Como alguém disse muito bem aqui nesse espaço: precisamos de governantes que pensem em melhorar a vida dos brasileiros a médio e longo prazo e de forma consistente. Pra isso, é fundamental que se proteja o Meio Ambiente da ganância de uns "malas". Não precisamos de governantes que só queiram aumentar o PIB do ano que vem.


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PR.PR · 1 semana atrás
Existe uma pressão muito grande de setores retrógrados e gananciosos para demolir a boa legislação ambiental brasileira. A sociedade deve se mobilizar contra isso.
 

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AA na Lista · 1 semana atrás
A pressão vem de todos os lados. Tem muita gente deixando de se interessar por fazer reforma agrária em áreas particulares e partindo para cima das UCs. Vide Parque Nacional das sempre vivas. O problema é que o governo sempre contemporiza e tenta seguir pelo caminho da negociação. Em áreas particulares o trato se dá judicialmente.
Tá difícil, cada vez mais... O mais aterrador é que o discurso do pessoal etno alguma coisa é idêntico ao dos mineradores e agrobusiness.
De doer.


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Econômico · 1 semana atrás
O melhor que o governo federal faz é repassar as UCs para os Estados, fomentar o SISNAMA, economizar o $ que gasta com órgãos que não funcionam, e passar esse "embrulho" pra frente, concentrando em outras prioridades para o país. Não adianta manter UCs mal e porcamente, pois mesmo que fossem muito bem geridas e administradas, a longo prazo não são sustentáveis tendo em vista "tudo" que rola ao seu redor. Abs.

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PR.PR · 1 semana atrás
Passa as UCs de Mato Grosso pra gestão do estado e você vai ver tudo virar pasto e soja. E de onde você tirou que os órgãos ambientais federais não funcionam? Se não fossem eles, a situação estaria muito, mas muito mesmo, pior.
Não devemos jamais, de jeito nenhum, entregar o jogo. A lei está do lado do Meio Ambiente. Se tem uma penca de imbecis que querem entrar com a colheitadeira, com o correntão e com as retroescavadeiras nas UCs, tem também um monte de gente decente que quer preservar a fauna e a flora, a biodiversidade brasileira, e está trabalhando duro pra isso. Não me venham com essa conversinha de que tudo está perdido.

A questão fundamental é que o "brasileiro" não conhece os seus recursos naturais. Não sabe nada sobre a flora e a fauna do país que foi invadido há alguns séculos. Tem muita coerência nessa ignorância ecológica, porque os europeus praticam e vivem uma cultura de "gelo" e frio, enquanto na linha do Equador a cultura deve ser de água e sol. Muito simples de explicar. Sol e água exigem florestas preservadas com todos os seus elementos. Isso quer dizer biodiversidade elevada, e não simplificada. 
O sistema econômico atual não respeita o sistema ecológico que o mantém. Claro que vai dar "zebra". Serve para ampliar rapidamente o PIB, mas é crime de medio e longo prazo contra o nosso patrimônio ecológico que afetará as próximas gerações. O aquecimento global precisa ser considerado mas o fundamental é a nossa biodiversidade. Sem variabilidade genética, nós não teremos futuro econômico sólido. 
Nossa economia deve privilegiar as diferentes florestas nativas, em pé. As monoculturas devem ser minorias. Nós somos eurodescendentes - geneticamente falando - e achamos normal que tenhamos aqui bois, cavalos, cães, gatos, porcos, galinhas e outros exóticos que nunca fizeram parte da nossa fauna, por exemplo. 
As monoculturas exóticas são outro exemplo, como a soja. Nossa estratégia deveria ser ecológico-econômica e não econômico-ecológica. Nos estamos abrindo um buraco cheio de boas intenções econômicas e sociais, mas esquecemos do ecológico. Vai chegar um momento em que estaremos tão fundo, que não será possível voltar. O tripé da tão falada e alardeada sustentabilidade só tem o pilar econômico. Não existe banco ( o de madeira, claro) nenhum que se sustente sem tres pernas...