domingo, 12 de janeiro de 2014

Nessa altura do campeonato, quem sair por último apague a luz. Se até lá, claro, a luz não for cortada.

Domingo, 12 de Janeiro de  2014  | Ano 17 nº 6217

Jorge Oliveira 
 
Dilma governa o país na clandestinidade
Publicado: 9 de janeiro de 2014 às 19:02 - Atualizado às 10:54

Rio – O Brasil está derretendo. Existe uma sensação de vazio no poder e a presidente Dilma parece que administra o país clandestinamente. A inflação está sem controle (a oficial é manipulada por Guido Mantega), a indústria parou de crescer, quase 13 bilhões de dólares deixaram o país em 2013 – o pior resultado desde 2002.  Os recursos para combater o crime estão minguando, presos se estraçalham nos presídios do Maranhão e uma criança morre queimada dentro de um ônibus vandalizado por ordem dos bandidos. E para tumultuar mais ainda o governo vazio da Dilma, os fundamentalistas do PT, sob o comando de Rui Falcão, humilham o candidato Eduardo Campos no site oficial do partido, chamando-o de “tolo e “playboy mimado”, um desrespeito ao ex-aliado.

O desastre do último ano da Dilma é consequência de uma economia confusa, improvisada e atrapalhada do seu governo. A opinião de que Guido Mantega é limitado, obscuro e atabalhoado é unânime entre os importantes economistas brasileiros. Mesmo assim, a presidente tem medo de magoar o ex-presidente Lula, demitindo-o para reorganizar a base econômica que sofre com as decisões improvisadas, tiradas da cachola do ministro.

A continuar essa inércia, não precisa ser nenhum expert em economia para prevê que o país desce ladeira abaixo depois de relativa estabilidade nos primeiros anos de Lula que pegou um país arrumado, depois do controle da inflação.

A inflação que está nas ruas, nos supermercados, nos restaurantes, nas passagens aéreas e rodoviárias, nas feiras livres, nos açougues e até nos setores culturais e de entretenimento  chega (um ingresso de cinema no Rio  chega a custar R$ 56,00) não é a mesma medida pelo governo da Dilma, que deveria ir aos supermercados para comprovar que Guido Mantega manipula os números. Dilma não tem parâmetros para medir os índices mentirosos da economia porque não gasta do seu dinheiro para fazer compras já que é mantida pelos contribuintes.

Na política, o PT baixa o nível da competição para impedir que seus concorrentes enfrentem a Dilma em igualdade de condição. Aécio Neves, por exemplo, entregou a família Marinho um relatório em que aponta o privilégio da Dilma no espaço diário do noticiário da TV Globo. Eduardo Campos sofre do mesmo problema. Enquanto a presidente é notícia até em festa de batizado, com destaque nas redes da Globo, os outros dois concorrentes amargam um profundo silêncio até mesmo nas suas atividades políticas.

Dilma anunciou agora que vai intensificar inaugurações do governo em todo o país. Como não tem obras relevantes no seu mandato vai inaugurar centenas de creches que não foram feitas nos primeiros anos do seu governo. Com isso pretende ocupar os espaços na mídia, inferiorizando os outros candidatos. É por ela ser presidente que os meios de comunicação, que embolsam milhões de reais em publicidade oficial, justificam a cobertura jornalística. Uma covardia com os outros candidatos.

A presidente usa um aparato de milhões de reais para cortar os céus do Brasil em campanha. Avião, equipe precursora, assessores federais e estaduais, transporte terrestres, hospedagem e alimentação, tudo gasto para inaugurar obra de vereador  no interior em plena campanha ano eleitoral. Enquanto isso, o governo entra em parafuso às vésperas da Copa do Mundo, cujas obras ainda estão se arrastando a tal ponto de receber críticas da FIFA, uma das organizações mais corruptas do mundo. Na ausência de comando do país, até o Joseph Blatter já puxou a orelha da presidente ao criticar a demora na conclusão das obras da Copa do Mundo, interferência indevida de um estranho na política interna brasileira.

Nessa altura do campeonato, quem sair por último apague a luz. Se até lá, claro, a luz não for cortada.

Craqueiros vão ganhar mesada!

“Bolsa Crack” de São Paulo é uma vergonha no Brasil

18:36:25

A preguiça mental dos petistas para pensar, projetar e executar projetos está levando o Brasil a bancarrota. Como num país capitalista que tudo é feito com e para o dinheiro, o governo do PT consegue a façanha de ser ainda mais selvagem quando se trata de resolver os problemas sociais a curto prazo usando o dinheiro do contribuinte. É o caso, por exemplo de São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad acaba de criar o “Bolsa Crack”, que vai destinar 15 reais a 400 craqueiros da cracolândia, no Centro da capital,  para higienizar o local onde eles mesmos moram em 160 barracas que servem de abrigo e incomodam, segundo a prefeitura, os olhos dos turistas e moradores da cidade.
 
O Brasil hoje tem bolsa pra tudo. Basta o governo identificar um problema social que  logo saqueia o bolso do contribuinte para resolver a situação sem ao menos discutir o problema. Esse é retrato, sem retoque, de um governo incompetente que não encontra saída inteligente para os grandes males que afligem o país. É mais fácil sacar dinheiro do tesouro para amenizar situações com soluções improvisadas e imediatistas do que pensar, planejar e executar um projeto a médio ou a longo prazo. ...
 
A epidemia do crack no Brasil não se resolve com R$ 15 reais. O problema é mais sério. A situação hoje é de calamidade e de saúde pública. Os craqueiros nada mais são do que vítimas impotentes de um governo estabanado que abandonou os investimentos sociais para projetar um “Avante Brasil”, ou o “Brasil do Milagre Econômico” , slogans apregoados pela ditadura para esconder o Brasil real, a exemplo do que faz o PT quando manipula os índices econômicos e aumenta impostos à revelia numa atitude autoritária só dispensada aos déspotas.
 
Você lembra dos primeiros comerciais da Dilma, candidata a presidente em 2010? Então, vou refrescar a sua memória. Em maio de 2010, a Dilma se apresentou na televisão em vários spots do PT com o slogan: “Brasil contra Crack” em que convocava a sociedade para uma brigada contra a droga que afetava a família brasileira. 

Ao ser cutucada pelo candidato tucano José Serra que a chamou de demagoga por tratar com tanta leviandade o problema do droga, quando se sabia que o PT era parcimonioso com  Evo Morales, presidente boliviano que incentiva o plantio da cocaína, base do crack, em seu território, Dilma saiu-se com essa: “Não podemos desprezar nossos vizinhos e olhar com soberba para países diferentes de nós. Essa é a política imperialista que leva à guerra, leva ao conflito, leva ao desprezo”. Quase quatro anos depois, os fatos mostram que o governo brasileiro fechou os olhos para o seu “irmão” traficante a escancarou o mercado da droga vindo da Bolívia.
 
O governo de Hadad, que vai de mal a pior em São Paulo, é o reflexo do que o marketing político pode produzir. Ele é, na verdade, o espelho da Dilma no Brasil: inexperiente e descoordenado do mundo real, mas ambos empurrados de goela adentro do eleitor como bons administradores. Haddad remunera em R$ 15 reais os craqueiros para que eles ajudem nos serviços de rua. Oferece também alimentação e casas de triagem como se o problema se resolvesse com esses artifícios imediatistas.
 
A política petista para esse problema foi abandonada pela própria Dilma quando não liberou recursos para combater a epidemia que já afeta mais de um milhão e meio de pessoas no Brasil, ao contrário da propaganda que produziu na campanha eleitoral. O programa “Crack, é possível vencer” teve um desembolso de apenas 166 milhões de reais do total de 558 milhões, ou seja: 30% do que foi projetado para gastar. Isso mostra que a Dilma esqueceu os compromissos de campanhas, o que compromete suas promessas futuras nas eleições deste ano.
 
O Tribunal Superior Eleitoral, portanto, faz vista grossa as promessas de campanhas. Uma lei do próprio TSE exige o cumprimento das propostas dos candidatos vitoriosos. Ao contrário da regra dos contraventores cariocas, nas campanhas eleitorais “não vale o que está escrito”.
 
Fonte: Jorge Oliveira-Portal Diário do Poder - 12/01/2014


Quem é que rejeita um funcionário formado e diplomado como manda o figurino?

sábado, dezembro 07, 2013

Nem malandragem, nem vadiagem - JOSÉ HORTA MANZANO

CORREIO BRAZILIENSE - 07/12

A Síntese de Indicadores Sociais 2013, publicada estes dias pelo IBGE, desnuda uma realidade de assustar qualquer governo civilizado. Mostra que, de cada cinco jovens entre 15 e 29 anos, apenas quatro trabalham ou estudam. Está ali atestada, preto no branco, a ociosidade de 20% de nossos jovens (um em cada cinco!). Não trabalham nem estudam. É a juventude jocosamente chamada de "nem-nem". Não ria, que é bem mais sério que parece.
É uma minoria? Sem dúvida. Assim mesmo, falamos de 10 milhões de brasileiros. Gente na flor da idade, no ápice da capacidade de aprender. Têm vigor físico e boa acuidade sensorial. Mas... como pérolas esquecidas num baú em vez de luzir num colar majestoso, vão perder o viço.

No Brasil, muito se fala em educação, mas pouco se faz. Os holofotes estão voltados para os dois extremos: de um lado, a escola básica; de outro, a instrução de nível dito superior. No meio, nada. Pior: vale a quantidade, não a qualidade.

Prefeitos se gabam de haver aberto não sei quantas escolas, pouco importa o nível de ensino que oferecerão. Presidentes se vangloriam de haver fundado não sei quantas faculdades, pouco importa que lhes falte estrutura básica para funcionar decentemente.
Percebe-se, no discurso oficial, a obsessão marqueteira de se ater àquilo que dá voto. A alfabetização - ainda que mal-ajambrada - aparece nas estatísticas. O número de faculdades - ainda que inoperantes - também se põe na vitrine. Já o ensino técnico é invisível.

A ditadura Vargas deixou lembrança amarga para muitos. Mas há que se lhe reconhecer um grande mérito: dignificou o trabalho. Chegou a censurar sambas que exaltavam a malandragem. (À época, malandro era "aquele que não trabalha". Hoje diríamos vadio.) Até os anos 1950, respeitava-se o trabalho. Ofícios humildes não eram desconsiderados. De uns 30 anos para cá, o quadro mudou.
Todo filho de boa família se vê compelido a seguir estudos superiores. É impensável que um jovem de classe média ouse caminhar à margem da estreita paleta de opções que as faculdades oferecem. Com isso, todo ofício artesanal - vasta e sólida base que sustenta a prosperidade de sociedades mais adiantadas - tem sido relegado a segundo plano, mal-ensinado, mal pago, malvisto.

Em países avançados da Europa, um pedreiro ou um pintor de paredes diplomado terá facilidade para encontrar emprego e remuneração justa. O sistema de aprendizado por aquelas bandas cobre toda a gama de atividades não universitárias. Futuros cabeleireiros, balconistas, azulejistas, eletricistas, funileiros, cozinheiros, jardineiros, cuidadores, padeiros, floristas, relojoeiros, lenhadores, oculistas, vinhadeiros, horticultores, sommeliers, açougueiros, desenhistas, marceneiros passam por um período de dois ou três anos de formação.

Nos últimos anos da escolaridade obrigatória, cada aluno já tem ideia de sua capacidade e de seus anseios. Numa sociedade que não desdenha o trabalho manual, o adolescente europeu tem uma paleta de escolha profissional bem mais ampla que o jovem brasileiro. 
Quem sentir atração por carreira intelectual vai postular vaga na universidade de seu agrado. Quem não levar muito jeito para estudo vai escolher, entre centenas de profissões técnicas, a que mais o atrai.
E começará como aprendiz, o que já lhe renderá pequeno salário. Durante os dois ou três anos de aprendizado, alternará o trabalho com aulas teóricas uma ou duas vezes por semana. Ao final, enfrentará uma banca examinadora. Se aprovado, receberá o diploma de capacidade, um abre-te sésamo infalível. Pelo resto da vida, dificilmente lhe faltará emprego. Quem é que rejeita um funcionário formado e diplomado como manda o figurino?

Pois as autoridades brasileiras, tão ágeis a institucionalizar artificiais diferenças raciais, parecem não se dar conta de que a natureza dotou cada humano de aptidões e anseios diferentes. O objetivo supremo do jovem brasileiro não é necessariamente conquistar um canudo.
Ofícios técnicos e artesanais têm de ser valorizados. Não há razão para que um pedreiro se sinta inferior a um doutor. Sem aquele, este não teria casa para morar. A relação entre cidadãos não deve ser encarada como se alguns fossem mais especiais que outros. Que se consagre uma parte da agigantada verba de publicidade institucional para valorizar ofícios não universitários.
No dia em que nossos mandachuvas se derem conta do desperdício que é todos esses talentos escorrerem pelo ralo, o Brasil terá dado um passo à frente. Não vai dar muito voto? Não, não vai. Mas vai dar futuro.

“Parte da responsabilidade pelo caos do sistema carcerário é do Congresso Nacional."


Quatro anos depois da CPI do Sistema Carcerário, nada avançou no Congresso. Sem a reformulação do setor, episódios violentos repetem-se no país

Renata Mariz -
Étore Medeiros
Publicação: 12/01/2014 06:00 Atualização: 12/01/2014 07:14

Detento ferido é retirado da penitenciária de Pedrinhas durante rebelião em outubro: omissão do poder público (Honório Moreira/OIMP/D.A Press - 9/10/13)
Detento ferido é retirado da penitenciária de Pedrinhas durante rebelião em outubro: omissão do poder público

Brasília – Depois de 38 reuniões, visita a 56 unidades prisionais de 18 estados e audiência com dezenas de autoridades, a CPI do Sistema Carcerário traçou a mais completa radiografia do setor, cujo principal resultado foi a apresentação de 12 projetos de lei.

Quatro anos depois, nenhum deles está nem perto de ser aprovado na Câmara dos Deputados.

A proposta mais robusta, que cria o Estatuto Penitenciário Nacional, demonstra bem a disposição dos parlamentares de se debruçarem sobre o tema: a comissão especial para analisar o projeto nunca chegou a ser criada. Aspectos hoje apontados como causas do colapso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, estão contemplados na matéria esquecida nos escaninhos da Casa – como restrições para a superlotação, separação de presos, criação de ouvidorias e assistência mínima a direitos básicos.

Entre muitos pontos fundamentais para garantir a boa gerência de um sistema tão complexo como o prisional, a separação obrigatória dos presos por tipo de crime é um dos aspectos previstos no projeto de lei em questão. Ocorre que somente 31% das unidades prisionais do país cumprem essa medida.

Em quase 70% dos estabelecimentos, detentos com perfis distintos são colocados lado a lado, de acordo com dados do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A falta de critérios na hora de alocar os detentos é uma das causas de rebeliões, motins e mortes, problemas que assolam Pedrinhas. Lá, presos de facções diferentes brigam entre si, bem como os da capital e os do interior. Não há uma separação racional pela natureza do delito.

Para o relator da CPI, deputado Domingos Dutra (SDD-MA), além de todos os órgãos envolvidos na execução penal e na administração do sistema, os parlamentares têm a sua parcela de culpa.  “Parte da responsabilidade pelo caos do sistema carcerário é do Congresso Nacional. Quando se faz uma lei endurecendo as penas ou criando tipos de crime, a União não pergunta se o governador tem orçamento, vagas e pessoal”, critica.

Mesmo com a comoção nacional e as repreensões internacionais devido ao caso Pedrinhas – vindas da Organização das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos (OEA) –, Dutra não acredita em avanços no Parlamento. “Vamos voltar em fevereiro, um mês depois tem carnaval, logo depois vem a Copa do Mundo, em seguida as eleições, e aí já é Natal de novo. Quem vai se preocupar com preso? Até porque, só tem colarinho preto. Só se lembram do problema nas tragédias, como no Maranhão, ou quando se prende quem é amigo de ministro, governador”, diz o deputado.
 Além de pontos mais genéricos que já deveriam ser cumpridos pelos estados, como assistência à saúde do preso ou oferta obrigatória de educação, o projeto de lei oriundo da CPI prevê a instalação de ouvidorias exclusivas do sistema penitenciário em cada unidade da Federação, com canal telefônico próprio. A medida é considerada importante para combater a tortura e os maus-tratos, apontados como motivos corriqueiros de rebeliões em presídios – como a que parou Santa Catarina há cerca de um ano. Mas só 15 estados têm ouvidorias direcionadas ao setor prisional, de acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Ex-ouvidor nacional dos Direitos Humanos, o procurador federal Domingos Sávio Dresch da Silveira diz que tão importante quanto criar órgãos para receber denúncias é dar suporte para que funcionem. “Nenhuma das ouvidorias do país, sem exceção, trabalha com independência e autonomia. Não adianta só ouvir se você não pode falar e apurar para calar as injustiças”, diz Silveira. Segundo ele, integrantes de órgãos dessa natureza precisam ter mandatos. “Mesmo que sejam indicados por governadores ou secretários, devem ter a garantia de que ficarão até determinado tempo. Hoje, o que chamamos de ouvidoria só carrega um rótulo, não é a ouvidoria clássica que se vê em diversos países.”

"O PSDB tem o calcanhar de Aquiles deles e nós temos o nosso"

Partidos vão ignorar mensalão e cartel durante eleições

Prováveis operadores da disputa pelo governo paulista em 2014, os presidentes estaduais do PT, PSDB e PMDB prometem não usar na campanha os casos do mensalão, esquema de compra de apoio parlamentar no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e as investigações sobre o cartel no metrô paulista em gestões tucanas.
 
"O PSDB tem o calcanhar de Aquiles deles e nós temos o nosso", afirma Emidio de Souza, presidente do PT paulista.

Apesar de reconhecer o potencial de estrago que o episódio pode causar no adversário, o dirigente descarta a hipótese de promover uma guerra negativa.

"O caso do cartel pode prejudicar o PSDB assim como a ação penal 470 (mensalão) pode nos prejudicar. As denúncias são problema de polícia. A campanha do (Alexandre) Padilha (ministro da Saúde e provável candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes) não será para denunciar ninguém".

Presidente do PSDB paulista, o deputado federal Duarte Nogueira se mostra cético em relação à promessa do rival. "Esse caso (cartel dos trens) será usado por nossos adversários. Ele foi criado por eles com o aparelhamento do Estado e o apoio do Ministério da Justiça e do Cade. O PSDB e o governo paulista são vítimas de um eventual cartel", diz.

Questionado sobre a possibilidade de transformar o caso do mensalão em programa publicitário, o dirigente tucano é enfático. "O caso do mensalão foi o maior escândalo de corrupção que o Brasil, mas o PSDB não o está usando como bandeira política para caricaturar adversários, como nossos eles fazem. Não usaremos o mensalão como instrumento a nosso favor". 

Anunciado em outubro pelo PMDB como candidato da legenda ao governo paulista, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que apareceu em terceiro lugar nas últimas pesquisas, também pretende atuar ao largo dos "calcanhares de Aquiles" de petistas e tucanos para se firmar como opção eleitoral. "O PMDB vai fazer uma campanha propositiva. Essas não serão nossas prioridades", garante o deputado estadual Baleia Rossi, presidente da sigla em São Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agencia Estado

Governo diminui nossa capacidade de dar resposta à criminalidade

O Estado de S. Paulo

TSE tira poder do Ministério Público de pedir investigações de crimes eleitorais

O Tribunal Superior Eleitoral tirou do Ministério Público o poder de pedir a instauração de inquéritos policiais para investigação crimes nas eleições deste ano. 

A partir de agora, promotores e procuradores terão de pedir autorização à Justiça Eleitoral para abrir uma apuração de suspeita de caixa dois, compra de votos, abuso de poder econômico, difamação e várias outras práticas.

Até a eleição de 2012, o TSE tinha entendimento diferente. As resoluções anteriores que regulavam as eleições diziam: “o inquérito policial eleitoral somente será instaurado mediante requisição do Ministério Público ou da Justiça Eleitoral”.Para o pleito de 2014, os ministros mudaram o texto: “o inquérito policial eleitoral somente será instaurado mediante determinação da Justiça Eleitoral”.Ou seja, o Ministério Público foi excluído.

O relator da nova norma, ministro José Antonio Dias Toffoli, que irá assumir o comando da corte em maio, afirma que o tribunal mudou o entendimento histórico por duas razões: processos que não tinham o aval inicial da Justiça estavam sendo anulados; outra razão, garantir maior transparência. “O Ministério Público terá que requerer à Justiça. O que não pode haver é uma investigação de gaveta, que ninguém sabe se existe ou não existe. Qualquer investigação, para se iniciar, tem que ter autorização da Justiça”, diz. “A polícia e o Ministério Público não podem agir de ofício.”

O atual presidente do tribunal, ministro Marco Aurélio Mello, foi o único contrário à restrição na corte ao considerar que “o sistema para instauração de inquéritos não provém do Código Eleitoral, mas sim do Código Penal, não cabendo afastar essa competência da Polícia Federal e do Ministério Público.”

‘O que custa ao promotor requerer à Justiça?’

Entrevista José Antônio Dias Toffoli, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral

Aos 46 anos, e integrando o Tribunal Superior Eleitoral desde 2009, o ministro José Antonio Dias Toffoli prepara-se para assumir, em maio, o comando da corte – o que fará dele uma figura central para decidir as pendências legais na campanha eleitoral que o País viverá até outubro.

Vice-presidente do tribunal desde novembro passado, ele entende que o Ministério Público deve se submeter ao juiz para pedir um inquérito. “Estão criando uma tempestade em copo d”água”, resume sobre queixas dos promotores.

Como ministro do Supremo Tribunal Federal – também desde 2009 – Toffoli destacou-se, em 2012, por votos polêmicos e embates com o relator Joaquim Barbosa. No fim do processo, comparou as penas aplicadas às da Inquisição.

Se MP pode investigar, pode requisitar à polícia que o faça’

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Alexandre Camanho de Assis, classifica decisão do Tribunal Superior Eleitora que impede o Ministério Público de requerer investigações policiais de crimes eleitorais de “anódina.” “Só quem poderia nos tirar esse poder seria uma norma constitucional”, afirma Camanho.

"Isso é uma forma de reduzir a nossa capacidade de dar resposta à criminalidade"

Eugenio Aragão
Vice procurador geral eleitoral.

Caixa nega confisco ilegal de R$ 719 milhões de contas inativas

12/01/2014 - 12h58
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Caixa Econômica Federal negou ter encerrado ilegalmente contas inativas e ter confiscado R$ 719 milhões de recursos de depositantes da caderneta de poupança no ano passado. Em nota, o banco informou que nenhum cliente teve prejuízo e que o correntista poderá reaver os recursos, com correção, assim que regularizar a situação cadastral.

De acordo com o comunicado, o banco promoveu uma varredura entre 2005 e 2011 para identificar contas de titulares com irregularidades no CPF ou no CNPJ. Segundo o banco, 346 mil contas foram regularizadas depois que os clientes foram contatados por correspondência ou por telefone, mas os correntistas que não se manifestaram tiveram a conta encerrada em 2012.

Ao todo, 496.776 contas foram encerradas. O encerramento, destacou a nota da Caixa, ocorreu conforme as regras determinadas pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), sem nenhuma ilegalidade.

O banco, no entanto, admitiu divergências em relação a contabilização dos R$ 719 milhões que estavam nas contas encerradas. Os recursos foram registrados como receitas operacionais, o que elevou o lucro líquido da Caixa em R$ 420 milhões no balanço de 2012 depois do pagamento de tributos.

De acordo com a Caixa, o registro dos recursos das contas encerradas foi aprovado por auditorias independentes, mas foi contestado pela Controladoria-Geral da União (CGU). O órgão fez uma consulta ao BC, que determinou que o saldo das contas inativas não fosse computado como receita. 

Segundo a instituição financeira, o ajuste aparecerá no balanço de 2013, como diminuição do lucro em R$ 420 milhões.

O banco destacou que nenhum depositante da poupança teve prejuízo com o encerramento das contas. Os correntistas puderam pedir a reativação da conta ou a retirada dos valores devidamente corrigidos. Até novembro do ano passado, informou a Caixa, 6.483 titulares de contas que haviam sido encerradas por causa de erros de cadastro haviam procurado o banco e foram atendidos.

Reportagem publicada ontem (12), pela revista Isto É, informava que a Caixa tinha encerrado ilegalmente as contas com irregularidades no CPF ou no CNPJ, confiscado os recursos da caderneta de poupança e usado o dinheiro para inflar os lucros em 2012. 

 Segundo o banco, o recadastramento ocorreu para combater fraudes, evitar danos à credibilidade da caderneta de poupança e cumprir as regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Edição: Marcos Chagas

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"A questão da mão de obra virou um grande gargalo no Brasil, sem previsão de melhora no curto e médio prazo"

Falta de mão de obra qualificada no Brasil se agrava

A criação de cargos cada vez mais específicos, o uso de equipamentos ultramodernos e a globalização dos negócios intensificaram o problema de mão de obra nas empresas. Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral mostra que 91% das companhias pesquisadas têm dificuldade na contratação de profissionais, especialmente para vagas de compradores, técnicos, administradores, gerente de projetos e trabalhador manual.

A maioria delas reclamou da escassez de profissionais capacitados para funções específicas, falta de visão global dos candidatos e deficiência na formação básica, além da falta de fluência em inglês.

Mas, sem saída, elas têm se desdobrado em estratégias para preencher as vagas. Além de caprichar no pacote de benefícios, montar ambiciosos planos de carreira e criar cursos específicos de treinamento, as empresas foram obrigadas a abrir mão de exigências, como experiência, pós-graduação e fluência em inglês.

Segundo a pesquisa, no nível técnico, quase 60% das companhias reduziram as exigências para contratação. No nível superior, a porcentagem é de 45,51%. Em 2010, quando a Dom Cabral fez a primeira pesquisa de carência de mão de obra, os porcentuais eram de 54% e 28%, respectivamente.

"A questão da mão de obra virou um grande gargalo no Brasil, sem previsão de melhora no curto e médio prazos", diz o professor Paulo Resende, responsável pela pesquisa com 167 grandes grupos que empregam mais de 1 milhão de pessoas e cujo faturamento responde por 23% do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, diz o professor, a contratação de um profissional leva de três a cinco meses, nos níveis técnico e superior, respectivamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agencia Estado




Leite materno salva vida de mico leão doirado.

Leite materno ao mico-leão Doki

Animal do zoológico foi rejeitado pela mãe e precisava se alimentar. Foi então que Fabiana apareceu... Eric Zambon
eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br



O filhote de mico-leão-da-cara-dourada, Doki, não podia ficar sem se alimentar por mais tempo. Após uma semana de seu nascimento, sua mãe, Lindinha, o rejeitou e ele já estava há um dia inteiro sem suprimentos. A superintendente de conservação e pesquisa do Zoológico, Juciara Pelles, então, não pensou duas vezes. Ligou para a sobrinha que teve bebê há quatro meses e pediu doação de leite materno.

Doki, agora, está alimentado, mais saudável e praticamente salvo.

“Quando minha tia me contatou, pensei que fosse por causa de um bebê humano”, revelou Fabiana Pelles, 28 anos. Ela já tem dois filhos com o esposo Amaro Vaz, 32, e atualmente amamenta o caçula, Davi, de quatro meses. “Achei bonitinha a iniciativa. Não teria problema em doar outras vezes”, diz.

Juciara contou que o mico tem um irmão, mas este ainda perambula pela jaula agarrado às costas da mãe, como é costume de filhotes dessa espécie. “A Lindinha é uma fêmea muito brigona. Já tinha tido outras crias, mas havia matado todas. Tivemos de separá-la do grupo quando estava grávida e ela teve gêmeos. Desses ela não se desfez. Até que ontem (anteontem) ela começou a morder o bebê e impedi-lo de se amamentar”, explicou.

Cuidado
A superintendente acredita que o parto tenha gerado muito estresse à mãe dos bebês e isso explica, em partes, seu comportamento. O trato de filhote geralmente é responsabilidade de todo o grupo familiar de micos, a necessidade de cuidar sozinha de gêmeos deve tê-la feito abandonar um deles.

O leite doado por Fabiana é dado para Doki por meio de uma seringa. Ele será, aos poucos, reinserido no convívio familiar.

Animal será reinserido na família dele

Depois de ser abandonado pela mãe, Doki, agora agarrado a um bichinho de pelúcia também doado por Fabiana, recebe a devida atenção na Superintendência de Conservação e Pesquisa (Sucop) do Zoológico de Brasília.

O processo de reinserção do macaco na família, o processo é lento. “Primeiro o colocaremos em uma jaula separada em que ele possa ver os outros micos e interagir com eles”, explicou Maria do Livramento, residente em veterinária da Sucop, que ajuda a cuidar do animal. “É um processo gradual. Provavelmente demorará mais tempo até que ele se acostume com o bando e entre na gaiola deles”, completou.

Ela ainda salientou que esses macacos estão condicionados a viver em cativeiro, portanto a readaptação de Doki será feita dessa maneira. Se ele precisasse voltar à natureza, por exemplo, o processo seria outro. Os tratadores precisariam estar sempre vestidos de mico-leão-da-cara-dourada ao lidar com o filhote. “É algo realmente interessante. Mas esse não é o objetivo e nem fazemos isso aqui no Zoológico”, disse Maria. Ela destacou que a espécie de Doki é mais comumente encontrada no sul da Bahia.

Novidades no Zoo
O macaquinho Doki é apenas uma das novidades do Zoológico de Brasília neste início de ano. Conforme mostrou reportagem do Jornal de Brasília do último dia 9, vários animais nasceram no local e podem ser visitados.
De acordo com Juciara, 2014 deve ser um ano movimentado no Jardim Zoológico, com a reforma de recintos tanto para animais quanto para funcionários e público e, principalmente, com a chegada de novas espécies.

Troca
“Temos muita reprodução de Tamanduás-Bandeira por aqui. Estamos em contato com um Zoo no Chile para enviarmos alguns animais em troca de outros que não temos”, disse. O mesmo pode acontecer com os Lobos-Guará, que podem servir de moeda de troca para trazer suricatas, a espécie do Timão, do desenho “Rei Leão”.

"Hoje em dia, qualquer lugar do Plano Piloto é perigoso e todo mundo está sujeito à violência"

Segurança Pública no DF

Insegurança reina nas quadras

10:25:20

Nos pontos onde ocorreram crimes graves e de grande repercussão no Plano Piloto, os moradores dizem que os bandidos continuam agindo e amedrontando a população. Com isso, a comunidade se vê obrigada a mudar hábitos e a ficar mais atenta

"Tinha acabado de pegar meu filho na escola e fiquei muito assustada. De lá para cá, fico bem mais atenta. Hoje em dia, qualquer lugar do Plano Piloto é perigoso e todo mundo está sujeito à violência" Gláucia Macedo, 32 anos, gerente comercial, que teve o carro furtado na 306 Norte, onde, em 2010, um rapaz foi assassinado
 
Quando algum crime bárbaro ocorre no Distrito Federal, a população fica amedrontada. Em determinados casos, moradores e comerciantes fazem manifestações com cartazes e carros de som. Os pedidos são sempre os mesmos: justiça e mais segurança. Devido à repercussão, a resposta imediata do Estado costuma ser o aumento do policiamento na região onde a criminalidade se mostrou mais acentuada. Mas, passada a fase da comoção, a rotina de quem vive no Plano Piloto e nas demais regiões administrativas volta a ser a mesma: sensação de insegurança ou de impunidade.
 
O assassinato do brigadeiro reformado da Aeronáutica João Carlos Franco de Souza, 66 anos, há uma semana, chamou a atenção para a vulnerabilidade da população. Ele levou um tiro na cabeça no momento em que entrava na garagem do prédio, na 112 Sul. Os bandidos queriam levar o carro da vítima, um i30 prata, um dos mais visados. Ao acelerar o veículo — ou por um susto ou reação à abordagem — João Carlos acabou baleado. Não resistiu e morreu horas após dar entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base do DF. 
 
O porteiro Júlio César Costa, 39 anos, relata que a região tem grande fluxo de pedestres. Ele acredita que a iluminação pública precária, a proximidade com o metrô e de paradas de ônibus fazem dali uma área atrativa para a atuação de bandidos. “A frequência de gente desconhecida é alta e realmente não tem viatura passando. Meu sobrinho já foi assaltado ao lado da escola, e a polícia não apareceu. Tem muito pivete”, denuncia. Mesmo após o crime, Júlio diz não ter visto policiamento reforçado no local.
 
A reportagem do Correio percorreu durante a última semana mais de 10 quadras residenciais das asas Sul e Norte, onde foram registrados casos de violência de grande repercussão, entre 2010 e 2013. A intenção era tentar identificar o que mudou após o registro de crimes como latrocínios (roubo com morte) ou tentativas de assalto. A resposta dos moradores, síndicos, porteiros, comerciantes e funcionários de estabelecimentos foi a mesma: nada mudou. Ao contrário, a maioria diz ter percebido um aumento do tráfico de drogas pelas quadras, além da incidência de furtos e roubos de veículos, a pedestres, além de arrastões em restaurantes.
 
Morto em assalto

Em 29 de março de 2010, Thiago Almeida de Martins, funcionário de um supermercado da 306 Norte, foi morto durante um assalto. A vítima tinha 29 anos e era segurança do Hortifruti Oba e acabou atingido com dois tiros nas costas ao tentar evitar o roubo de um malote de dinheiro. A gerente comercial Gláucia Macedo, 32 anos, ouviu os disparos e ainda tentou anotar a placa do carro em que os bandidos estavam, mas as árvores atrapalharam e ela perdeu o veículo de vista. “Tinha acabado de pegar meu filho na escola e fiquei muito assustada. De lá para cá, fico bem mais atenta. Hoje em dia, qualquer lugar do Plano Piloto é perigoso e todo mundo está sujeito à violência”, acredita.
 
Gláucia revela que, na quadra onde o assassinato ocorreu, a violência não cessou. “Não mudou nada”, analisa. Há menos de um mês, ela teve o carro, um Santana, furtado durante a madrugada no estacionamento do Bloco D. O veículo foi encontrado uma semana depois na Fercal, na região de Sobradinho II. “Acho que não levaram para desmanche porque tinha pouca gasolina e o carro parou no meio do caminho. Daí resolveram abandoná-lo”, disse. 
 
Em junho do ano passado, um comerciante de 64 anos foi vítima de uma tentativa de latrocínio na 414 Sul. Os bandidos atiraram cinco vezes em sua direção, mas apenas uma bala acertou a virilha. Não morreu por sorte (leia Depoimento). A mulher dele, de 61 anos, diz ter medo da violência. “Minha filha chega do cursinho e eu fico na janela observando. Quando chega a noite, todo mundo fica assustado. A segurança na quadra não aumentou nada. Em dezembro, um rapaz foi assaltado embaixo do prédio e só deixaram ele com a roupa do corpo”, contou.
 
Palavra de especialista
 
“Temos um dilema”
 
A violência e os critérios das execuções penais levam o país à perplexidade. Há ainda uma disseminação da violência por menores de 18 anos, e essa naturalização desses crimes cometidos por eles vem enfrentando um momento de basta. A proposição disso está em debate no Congresso Nacional, que é a responsabilização penal com a redução da maioridade. Temos um dilema aí, porque também não funcionamos no plano das políticas públicas para esses jovens que estão saindo monstros do sistema carcerário. É um fracasso bastante claro. Estamos vivendo um conceito de sociologia do crime, que é o pânico moral, do salve-se quem puder. A segurança no DF é extremamente dependente do Entorno, e qualquer providência envolverá necessariamente uma análise dos fatores de risco e da situação social das cidades goianas vizinhas. É uma região de complexidade e de exclusão social.”
 
George Felipe Dantas, consultor em segurança pública
 
Memória
 
6 de abril de 2012
O funcionário do Banco Central Saulo Batista Jansen, 31 anos, morreu por volta das 20h com um tiro no peito. Ele lanchava com a mulher, a filha de cinco meses e amigos em uma lanchonete na 413 Norte quando Tiago Pereira Andrade roubou celulares, carteira e um notebook de clientes e, na fuga, disparou contra os fregueses, acertando o bancário.
 
17 de julho de 2012 
O agente da Polícia Federal Wilton Tapajós, 54 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça dentro do Cemitério Campo da Esperança, quando visitava um jazigo da família. Quase um mês depois, a Polícia Federal prendeu sete pessoas acusadas de participação no assassinato e no roubo e na receptação do veículo. Tapajós teria reagido ao assalto. 
 
27de julho de 2012 
Uma mulher foi estuprada na frente do marido dentro da própria casa durante um assalto na 703 Sul. Dois homens armados renderam o dono da casa quando ele saía para trabalhar, por volta das 4h. Os criminosos fugiram no carro da família e levaram duas televisões, micro-ondas, uma câmera fotográfica, roupas, DVD e outros objetos. Ele e a mulher foram amordaçados e, após colocarem os objetos no carro, voltaram ao apartamento e consumaram o estupro.
 
24 de abril de 2013 
A jovem Raquel Nascimento, 26 anos, foi encontrada morta no Bloco A da 210 Norte. A vítima não estava atendendo as ligações da mãe no celular. Preocupada e querendo alguma informação sobre a filha, a mulher ligou para o porteiro do prédio em que Raquel morava, o que levou o zelador a entrar no apartamento e encontrar o corpo da garota. No mesmo apartamento, a polícia encontrou o corpo de José Vitor Naciel, de aproximadamente 40 anos.
 
Depoimento
 
“Ele já saiu atirando”
 
“Estava chegando ao prédio e esperei uma senhora encostar o carro para poder estacionar. Desci e, quando coloquei a chave no bolso, fui surpreendido por um bandido que estava escondido atrás da coluna. Me assustei e dei um pulo para trás, mas ele já saiu atirando na minha direção e eu comecei a correr. Foram uns cinco disparos e um deles acertou minha virilha. Não chegaram a levar nada de mim e, se a bala tivesse avançado mais um centímetro, teria atingido uma veia e eu poderia ter morrido. De lá para cá, me tornei uma pessoa mais desconfiada. Não confio na hora de estacionar e já entro e saio correndo do carro. Quando vejo um motoqueiro, espero ele passar primeiro para depois seguir caminho. Antigamente, eu chegava tarde, mas agora estou fechando cedo o comércio onde trabalho para poder entrar em casa quando ainda está claro. A gente está vivendo num mundo onde não dá para confiar na segurança.”
 
Homem de 64 anos, que levou um tiro em junho do ano passado na 414 Sul, durante uma tentativa de assalto

Fonte: Correio Braziliense - 12/01/2014