terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

CEB faz reparos em rede de 4 regiões administrativas


Fornecimento de energia elétrica será suspenso durante realização dos serviços
Técnicos da CEB executarão serviços de manutenção preventiva da rede de distribuição de energia elétrica em Santa Maria, São Sebastião, Samambaia e Planaltina, nesta quarta-feira (5).

As equipes substituirão transformadores e estruturas de baixa tensão, entre outras ações. Alguns setores dessas localidades terão o fornecimento de energia interrompido enquanto durarem os serviços.

Santa Maria

Das 8h às 12h

QR 208, Conjunto A, lotes 20 a 25; Conjunto B, lotes 20 a 25; Conjunto C, lotes 20 a 25; Conjunto D, lotes 2 a 28; Conjunto E, lotes 2 a 28; Conjunto F, lotes 26 a 42; Conjunto H, lotes 26 a 42; Comércio Local 208; e QR 209, Conjunto A, lotes 1 a 13.

Motivo: manutenção preventiva geral com substituição de transformador, balanceamento de fases, limpeza e retirada e remanejamento de redes de alta e baixa tensões.

Das 13h às 17h

QR 209, Conjunto A lotes 14 a 29; Conjunto B, lotes 13 a 40; Conjunto C, lotes 1 a 29; Conjunto D, todos os lotes; Conjunto E, lotes 1 a 11; Conjunto F, lotes 1 a 11 e 25 a 32; Conjunto G, lotes 1 a 15; Conjunto F, lotes 1 a 15; e QR 309, Conjunto B, lotes 12 a 20.

Motivo: manutenção preventiva geral na rede, limpeza de rede, padronização de conectores e balanceamento de fases.

São Sebastião

Das 8h às 14h

Condomínio Jardim Botânico, Conjunto B, Módulo 20, lotes 1 a 5; Módulo 21, lotes 1 a 5; e Conjunto E, lotes 19 a 65.

Motivo: remanejamento de duas estruturas de alta tensão.

Samambaia

Das 9h às 15h

QR 413, Conjunto 2, lotes 12 a 26; Conjunto 3, lotes 16 a 36; Conjunto 4, lotes 2 a 15; Conjunto 5, todos os lotes; Conjunto 6, lotes 2 a 11; e Conjunto 7, lotes 2 a13.

Motivo: substituição de três estruturas de baixa tensão para lançamentos de cabos telefônicos.

Das 9h às 15h

QR 405, Conjunto 1, lotes 2 a 8; Conjunto 2, lotes 2 a 4; QR 407, Conjunto 1, todos os lotes; Conjunto 2, lotes 1 a 36; conjuntos 3, 4 e 5, todos os lotes; Conjunto 6, lotes 1 a 3 e 19 a 31; Conjunto 7, lotes 1 e 16 a 34; e QS 407, Conjunto G, lote 5.

Motivo: retirada de rede de alta e baixa tensões.

Planaltina

Das 9h às 15h

Vila Buritis, Quadra 1, conjuntos A ao G, lotes 41 a 60; Quadra 2, conjuntos A ao E, lotes 21 a 40.

Motivo: retirada e instalação de rede aérea de alta e baixa tensões.

Fonte: Agência Brasília--- Jornal de Brasilia



 

Ministro acaba com sigilo de inquérito sobre cartel


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira, 4, acabar com o sigilo das informações existentes no inquérito que apura um suposto cartel de trens em São Paulo. Em despacho, ele afirma que foi indevida a tramitação do inquérito sob segredo de justiça. 
 
"As peças existentes nos autos são acessíveis de forma geral". Segundo ele, apenas os dados sigilosos devem permanecer "envelopados e lacrados" com acesso restrito, numa referência a dados assegurados pelo sigilo bancário e fiscal.
 O ministro Marco Aurélio também negou pedido do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e dos secretários estaduais Edson Aparecido e José Aníbal, que são investigados no inquérito, para ter acesso aos acordos de colaboração premiada firmados na apuração. 
"Quanto aos requerimentos de acesso aos acordos de colaboração premiada, deve-se aguardar eventual homologação para evitar comprometimento. Até aqui, há investigação em estágio embrionário, sendo impossível definir por hora se os interessados têm ou não envolvimento com os fatos em apuração", afirma o ministro.

Marco Aurélio determinou ainda o desmembramento do inquérito para que permaneça no STF a investigação apenas em relação a autoridades que têm direito ao foro privilegiado. Ele determinou a remessa de uma cópia integral do inquérito à 6ª Vara Federal de São Paulo. 

Depois de tomadas essas providências, o ministro do STF quer que o inquérito seja remetido à Procuradoria Geral da República para que a mesma se manifeste sobre o prosseguimento das investigações relacionadas ao deputado Arnaldo Jardim, e aos deputados licenciados Edson Aparecido, José Aníbal e Rodrigo Garcia. 

Em relação aos três últimos, esclarece o ministro, mesmo licenciados do mandato parlamentar, por exercerem cargo público, eles continuam com direito ao foro privilegiado para serem investigados e julgados pelo STF.


Fonte: Agencia Estado---  Jornal de Brasília

Anvisa aponta diferença de 680% em preço de medicamento



Levantamento feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra uma diferença de até 680% no preço de uma classe de medicamentos usada para tratamento de transtornos de ansiedade, os benzodiazepínicos. O trabalho avaliou os valores cobrados em 2013 por 14 remédios, de sete diferentes tipos ativos. Na análise, os preços variavam de R$ 5,92 a R$ 34,62.

Os benzodiazepínicos são considerados como medicamentos de segunda escolha para o tratamento transtornos de ansiedade. "Há ainda incerteza sobre sua eficácia a longo prazo. Eles também trazem risco de dependência", afirmou Sybele Oliveira Lima, especialista da gerência de avaliação de economia da Anvisa.

Apesar das restrições na indicação, os benzodiazepínicos lideram a lista dos medicamentos controlados mais vendidos no Brasil. Uma das marcas (clonazepam), está em 9ª posição na lista dos 100 remédios mais vendidos no País. 


Sybele afirma não haver estudos que indiquem superioridade entre os princípios ativos analisados. "Justamente por isso, o levantamento pode ser usado como um instrumento para que médicos e pacientes decidam qual a melhor estratégia a ser usada."

Na comparação entre produtos com o mesmo princípio ativo, o Clozapan apresentou a menor variação de preços: 20%. A maior diferença foi constatada entre os medicamentos com Alprazolam: 348%.

Os principais transtornos de ansiedade são o transtorno de pânico, de ansiedade social, de ansiedade generalizada (TAG) e o transtorno obsessivo compulsivo (TOC). 


De acordo com o boletim da Anvisa, são considerados como medicamentos de primeira escolha os inibidores seletivos da recaptação de serotonina e os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina. O levantamento está disponível no site da Anvisa (www.anvisa.gov.br) a partir desta quarta-feira, 5.


Ligia Formenti
Fonte: Agencia Estado- Jornal de Brasilia

PT, PCdoB e PR trocam líderes no Senado

  • 04/02/2014 21h10
  • Brasília
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
 
Com o início do ano legislativo, algumas bancadas partidárias elegeram hoje (4) novos líderes para representá-las no Senado. Os 13 senadores petistas elegeram Humberto Costa (PT-PE), que assume no lugar de Wellington Dias (PT-PI). Costa foi líder do partido em 2011.

O PCdoB também comunicou hoje ao plenário a mudança na liderança. O senador Inácio Arruda (CE) passa o cargo para a senadora Vanessa Grazziotin (AM). Vanessa vai acumular o título com o de procuradora especial da mulher no Senado, que ocupa desde o ano passado.

Os senadores do PR também optaram por substituir o antigo líder, Magno Malta (ES), por Alfredo Nascimento (AM). Atual presidente do partido, Nascimento foi ministro dos Transportes no início do governo da presidenta Dilma Rousseff.

Os líderes têm a prerrogativa de falar pelas bancadas em plenário, além de orientar votações de seus pares. Também são eles que participam das reuniões com a presidência da Casa para a definição da pauta, entre outras atribuições.

A demonização da polícia e a romantização dos arruaceiros


A qualquer deslize, o aparato de segurança é tratado como vilão, enquanto os malfeitores são vitimizados pela mídia

JOSÉ FUCS
31/01/2014 18h57 - Atualizado em 02/02/2014 04h13
 
 
NAS RUAS Protesto contra o Mundial em São Paulo, no  dia 25. Episódios de violência preocupam o governo federal (Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress)


Em tempos de rolezinhos, black blocs e quetais, é estranho, muito estranho, que a polícia esteja sempre na berlinda. Em vez de a mídia focar a cobertura nos malfeitores e em suas ações, tornou-se algo corriqueiro condenar a atuação da polícia, que age para proteger a população e o patrimônio público e privado.

Quem me conhece sabe que estou longe de ser um defensor da truculência policial. Se alguém procurar, não vai achar nada em minha biografia ou nos artigos e reportagens que escrevi em trinta anos de trabalho como jornalista em que eu faça a apologia do Estado policial ou defenda a violência das forças de segurança.  

Ao contrário. Sempre apoiei – e continuo a apoiar – o respeito aos direitos humanos em qualquer circunstância, inclusive o dos bandidos e o dos presos, e o tratamento igualitário dos cidadãos pela polícia, independentemente de raça, cor e opção sexual de cada um.

Isso não significa que, para mim, a polícia seja um mal por definição, como acreditam muitos radicais e anarquistas da linha de Mikhail Bakunin, o fundador do “anarquismo social”, que estão à solta por aí. 

Eu acredito que a polícia e o aparato repressivo do Estado existem (e devem existir) para oferecer segurança, garantir os direitos dos cidadãos e proteger a propriedade pública e privada, de acordo com a Constituição e as leis ordinárias do país. Sempre que haja qualquer ameaça aos direitos de qualquer cidadão, ainda que seja o mero direito ao silêncio contra um pancadão na madrugada, o Estado e a polícia devem agir prontamente, com a força exigida em cada situação.

Ouso dizer, sob o risco de ser achincalhado pela turba ignara que prolifera nas redes sociais, que, em São Paulo e em outros estados do país, a polícia tem alcançado, de maneira geral, resultados razoáveis. 

Apesar da existência de problemas pontuais, parece inegável que, nos últimos anos, houve um tremendo progresso na repressão ao crime organizado, especialmente em São Paulo e no Rio. Houve também um grande progresso no respeito aos direitos humanos por parte da polícia desde a redemocratização do país, nos anos 1980.

É certo que, no Brasil, a polícia ainda está muito longe da perfeição. Está sujeita a erros individuais ou coletivos da mesma forma que qualquer cidadão ou categoria profissional, como mostra o caso do manifestante que levou um tiro da polícia ao participar de um protesto em São Paulo contra a realização da Copa do Mundo, no dia do aniversário da cidade. 

Embora pareça inverossímil que vários policiais estivessem perseguindo um manifestante que só havia gritado palavras de ordem contra a Copa, também é difícil explicar que, naquele contexto, eles tenham atirado a queima roupa, ainda que o sujeito estivesse com um estilete afiado na mão.
 
Muitos analistas de gabinete viram na reação dos policiais uma expressão do despreparo da polícia para lidar com grupos de baderneiros e grandes manifestações. Segundo esse pessoal, a polícia paulista estaria anos-luz atrás das polícias de países desenvolvidos. Esta visão, porém, não parece fundamentada na realidade.  

Mesmo na Europa e nos Estados Unidos, onde a polícia é tida como mais preparada, há casos escabrosos de erros policiais, iguais ou piores do que o cometido pela polícia de São Paulo no final de janeiro.

Na Inglaterra, por exemplo, o brasileiro Jean Charles de Menezes foi morto em 2005 por um erro grosseiro da respeitadíssima Scotland Yard. Na Austrália, a polícia é acusada de ter provocado a morte do brasileiro Roberto Curti, de 21 anos, com choques elétricos, em 2012.  Nos Estados Unidos, o afroamericano Rodney King, foi brutalmente espancado pela polícia em 1991, depois de uma perseguição por roubo.

 Na França, o General De Gaulle, então presidente do país, reagiu com mão pesada contra as manifestações estudantis que transformaram Paris numa praça de guerra, nos idos de 1968.


Erros policiais podem acontecer em qualquer lugar, mas não devem ofuscar os acertos, nem colocar em xeque a ação da polícia como um todo. A violência policial também pode ocorrer em qualquer país e quase sempre é mais que justificada, por mais que isso deixe estarrecidos os críticos da gauche tropical (ou esquerda caviar, como preferem alguns).

Por tudo isso, não parece fazer sentido que, no Brasil, a mídia dê eco aos que acusam a polícia de ser a sempre a grande vilã e trate os baderneiros como vítimas indefesas, romantizando suas ações. 

Não faz sentido também tratar as afirmações de um ativista aguerrido (para dizer o mínimo) como verdade absoluta, enquanto as explicações da polícia são questionadas de forma implacável. 

Seria mais ou menos como perguntar ao Fernandinho Beira- Mar, um dos maiores traficantes do país, preso desde 2002, o que ele acha de ficar na solitária, e depois publicar sua resposta em manchete, malhando os policiais que o prenderam por tê-lo algemado em público. 

O triste, hoje, é que há diversos veículos de comunicação com fama de sérios fazendo esse tipo de jornalismo descabido. No final, quem paga o pato é a polícia. Além de ter de lidar com os arruaceiros, ela ainda leva a fama de  incompetente e despreparada.

Há lavagem de dinheiro em grana arrecadada por PT para pagar multa?.

04/02/2014
às 16:39

Gilmar Mendes diz que é preciso examinar se não há lavagem de dinheiro em grana arrecadada por PT para pagar multa. E, de novo, o financiamento de campanha



Gilmar Mendes, ministro do STF, fez declarações nesta terça-feira que me deixaram um pouquinho envergonhado. Não por ele, que disse as coisas pertinentes.

 Mas por setores nem tão minoritários da imprensa, que assistiram ao espetáculo de pornografia política explícita e fizeram de conta que nada estava acontecendo. Houve até quem elogiasse! 

A que me refiro? À tal “arrecadação” que o PT teria feito pela Internet para pagar a multa de políticos presos por corrupção ativa e passiva, peculato e formação de quadrilha.

O ministro perguntou, segundo informa a Folha: “Será que esse dinheiro que está voltando é de fato de militantes? Ou estão distribuindo dinheiro para fazer esse tipo de doação? Será que não há um processo de lavagem de dinheiro aqui? São coisas que nós precisamos examinar”.

O ministro foi adiante:

“Há algo de grave nisso. E precisa ser investigado. E essa gente, eles não são criminosos políticos, não é gente que lutava por um ideal e está sendo condenado por isso. São políticos presos por corrupção (…) são coisas que precisam ser refletidas. A sociedade precisa discutir isso”.

Perfeito! Mendes, de resto, não está a falar de um caso ainda em julgamento, mas de sentenças já com trânsito em julgado. O deboche é explícito

O Supremo Tribunal Federal está a um voto de jogar o financiamento das campanhas eleitorais na clandestinidade, naquele que pode ser um dos mais graves erros cometidos pelo tribunal em toda a sua história. O acinte dos petistas para “arrecadar” o dinheiro da multa ajuda a iluminar o debate. Afirmou o ministro:

“Isso mostra também o risco desse chamado modelo de doação individual. Imaginem os senhores, com organizações sindicais, associações, distribuindo dinheiro por CPF”.

No ponto! Se as doações de empresas forem proibidas, sobrarão duas alternativas, que se combinarão:

a: financiamento público, que hoje beneficia o PT, que é o maior partido na Câmara;

b: doações de pessoas físicas.

Vejam o caso do dinheiro supostamente “doado” aos mensaleiros. Quem são as pessoas? Quem aceita financiar criminosos com tanta determinação? Qual é a origem dessa grana?

O “esquema” montado pelo PT para pagar as multas revela, sem que tenha sido essa a intenção, é óbvio, o que está por trás da proibição das doações de empresas. O país ficará reféns de esquemas que se movem nas sombras.
Por Reinaldo Azevedo

O deputado que tem vontade de ‘da cutoveladas’......

04/02/2014
às 19:43 \ Direto ao Ponto- Augusto Nunes 

.... nem precisa da carteirinha de sócio para frequentar qualquer clube dos cafajestes.

 Basta mostrar uma foto 3 x 4

andre-vargas


Na representação em que pede o enquadramento do vice-presidente da Câmara por quebra do decoro parlamentar, o líder da bancada do PSDB, Antonio Imbassahy, faz o resumo da ópera-bufa protagonizada pelo canastrão do PT do Paraná: 

“Durante a cerimônia de abertura do ano legislativo, o deputado André Vargas, com o nítido intuito de afrontar o Presidente do Supremo Tribunal Federal e relator da Ação Penal n.º 470, Ministro Joaquim Barbosa, repetiu, por diversas vezes, o gesto feito pelos ex-deputados José Dirceu e José Genoíno quando foram presos em novembro de 2013, em decorrência do trânsito em julgado de parte da sentença condenatória no processo, caracterizado pelo braço erguido com o punho fechado”.


Não é pouca coisa. Mas não foi tudo, informa algumas linhas depois o documento subscrito por Imbassahy:

 “Como informou a versão online do jornal O Estado de S. Paulo, numa troca de mensagens feita pelo telefone celular, com interlocutor desconhecido, o Deputado André Vargas sugeriu que gostaria de dar uma “cutovelada” (sic) no Ministro Joaquim Barbosa, que encontrava-se a seu lado naquela ocasião. Eis o trecho veiculado pelo jornal, a respeito da troca de mensagens realizada:
“(…) Na troca de mensagens, o interlocutor do petista pergunta: “Ele puxou conversa com você?”. Vargas responde: “Não”. A pessoa lhe responde: “E aí? Não vai quebrar o gelo não? Nem um Olá? Pergunta pra ele se vai assinar a prisão do j. paulo?”, numa alusão ao deputado condenado no julgamento do mensalão, João Paulo Cunha (PT-SP), que aguarda mandado de prisão. Vargas responde: “Da uma cutovelada (sic)”.”
Procurado pelo “Estadão”, o Deputado André Vargas confirmou o teor da mensagem, afirmando: “Não tenho nada a comentar, mas essa mensagem existe”.

O líder do PSDB deveria anexar ao documento, que resume didaticamente a afronta ao Poder Judiciário, a foto que reproduz as mensagens trocadas por celular e a que ilustra a primeira página da Folha desta terça-feira.

O diálogo eletrônico prova que também a língua portuguesa é tratada indecorosamente por uma besta quadrada remetida ao Congresso por eleitores paranaenses. Não se pode cobrar elegância de quem guilhotina o r do verbo “dar”. Não se deve esperar polidez de quem tem vontade de “da uma cutovelada” em alguém.

A foto publicada pela Folha prova que, fisicamente, Vargas é um atentado ao decoro. Os cabelos pintados que imploram pela renovação da tintura preta, a papada que denuncia o glutão de nascença de olho no lanche do colega de ginásio, o meio-sorriso dos que se acham condenados à perpétua impunidade ─ conjugados, esses e outros detalhes compõem a figura irretocavelmente obscena. 

O deputado que gosta de cutoveladas nem precisa sacar a carteirinha de sócio para frequentar qualquer clube dos cafajestes. Basta mostrar na portaria uma foto 3 x 4.

andre_vargas_celular_-_dida_sampaio_ae_03022014_600

Dívida de Valério com a União é de R$ 293 milhões





Operador do mensalão ainda não pagou R$ 4,4 milhões de multa imposta pelo STF


Dívida do operador do mensalão com a União chega a 293 milhões de reais

Dívida do operador do mensalão com a União chega a 293 milhões de reais (Douglas Magno/O Tempo/Folhapress)

 
Preso em novembro do ano passado após ter sido condenado a 40 anos e 4 meses de detenção no processo do mensalão, o empresário Marcos Valério, operador do esquema, tem uma dívida de 293 milhões de reais com a União. 

A quantia é referente a débitos pessoais de Valério, dívidas conjuntas a pessoas próximas dele e empresas usadas no esquema do mensalão, segundo dados da Lista de Devedores da Dívida Ativa da União.

A dívida do operador do mensalão pode crescer em breve, pois ele não pagou os 4,4 milhões de reais da multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O prazo para o pagamento terminou no dia 20 de janeiro. Se não quitá-la, Valério também terá esse valor inscrito na Dívida Ativa.

Leia também: Mensaleiros armam 'calote' nas multas impostas pelo STF

Na lista da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Marcos Valério tem atualmente 35 inscrições de dívidas para serem pagas. A maior delas refere-se à falta de pagamento de tributos não previdenciários no valor de 96,7 milhões de reais. Essa autuação é cobrada dele, da ex-mulher Renilda Santiago, dos antigos sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, também presos após condenação pelo STF, e da SMPB Comunicação, agência de publicidade usada no esquema.

Outros dois condenados no processo do mensalão constam da lista de devedores: o ex-advogado e ex-sócio de Valério, Rogério Tolentino - também preso - e o corretor Breno Fischberg, que aguarda em liberdade apreciação de um recurso sobre se terá direito a um novo julgamento. O maior devedor, pessoal ou solidariamente, é Hollerbach, com 177 milhões de reais.

A cobrança das dívidas é feita tanto por via administrativa como por via judicial e ocorre nos casos em que não há questionamento sobre os valores exigidos. A adesão a parcelamento de dívidas, como é o caso do Programa de Recuperação Fiscal (Refis), acarreta a exclusão automática do devedor da lista. 

Ou seja, a dívida divulgada na internet do operador do mensalão - e também dos outros envolvidos - não está sendo contestada e nem houve adesão a algum programa de parcelamento. Ela também se refere apenas a débitos federais.

Marcos Valério virou alvo de ações de execução fiscal movidas pela Fazenda Nacional na Justiça Federal de Minas Gerais desde 2001, quatro anos antes do escândalo do mensalão. 

No período foram apresentadas treze ações com cobranças de dívidas previdenciárias, de tributos como Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto de Renda pessoal de Valério ou das empresas do grupo dele. A maioria corre na Justiça sem resolução.

As pendências do mensalão para 2014


Transferência de mensaleiros




Depois de a maioria dos presos do mensalão ter preferido cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, mensaleiros encaminharam pedidos para que a Justiça os autorize a cumprir pena em outros presídios, para ficarem perto da família.  

A transferência não é automática e, em tese, o ministro Joaquim Barbosa poderia negar os pleitos alegando questões de segurança ou ausência de vagas, por exemplo. No caso do mensalão, porém, os pedidos têm sido atendidos. 

Já foram transferidos de Brasília para seus Estados os ex-dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, a ex-funcionária de Marcos Valério, Simone Vasconcelos e os ex-deputados Romeu Queiroz, Pedro Corrêa e Pedro Henry. 
O operador do mensalão, Marcos Valério, aguarda transferência de Brasília para Belo Horizonte.
 
(Com Estadão Conteúdo)

Ministro do STF pede apuração sobre ‘vaquinha’ de mensaleiros



Gilmar Mendes defendeu que o Ministério Público investigue doações feitas para José Genoino e Delúbio Soares; PSDB também protocolou pedido de apuração na Procuradoria-Geral da República

Laryssa Borges, de Brasília
Ministro Gilmar Mendes durante sessão que julga o mensalão
Ministro Gilmar Mendes durante sessão que julga o mensalão (STF)
 
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta terça-feira que o Ministério Público investigue como foi feita a arrecadação das multas pagas pelo ex-presidente do PT José Genoino e pelo ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares. Ambos foram condenados no julgamento do mensalão e fizeram campanhas pela internet para conseguir os valores. Para o magistrado, a rápido arrecadação pode indicar lavagem de dinheiro.

“Eu acho que está tudo muito esquisito. [Houve] Coleta de dinheiro, com grandes facilidades. Agora, essa dinheirama, será que esse dinheiro que está voltando é de fato de militantes? Ou estão distribuindo dinheiro para fazer esse tipo de doação? Será que não há um processo de lavagem de dinheiro aqui?”, questionou o ministro.

“O Ministério Público tem que olhar isso. Imaginem os senhores, com organizações sindicais, associações, distribuindo dinheiro por CPF”, completou Mendes. “Essa gente, eles não são criminosos políticos, não é gente que lutava por um ideal e que está sendo condenado por isso. São políticos presos por corrupção. É disso que estamos falando. Então, há algo de estranho nisso”.


Leia também: 

Após ‘vaquinha’, Delúbio paga multa – e ajuda Dirceu
'Vaquinha' rende, e Genoino doa R$ 30 mil para Delúbio
Mensaleiros armam 'vaquinha on-line' para pagar multas
Valdemar quer parcelar multa de R$ 1,6 milhão



Depois de conseguir arrecadar mais de 1 milhão de reais por meio de uma campanha de militantes do PT na internet, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, condenado no julgamento do mensalão, depositou na última sexta-feira 466.888,90 reais em juízo. 

O restante deve ser direcionado ao pagamento das multas do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), cuja prisão foi decretada nesta terça-feira.


Na “vaquinha” feita pela internet, Delúbio recebeu 1,013 milhão de reais – 600.000 reais foram depositados na véspera do prazo final de pagamento. No caso de José Genoino, foram arrecadados cerca de 700.000 reais, mais do que os 667.500 reais exigidos pela Justiça. “Arrecadar 600 mil num dia é algo que precisa ser refletido.

 A sociedade precisa discutir isso”, afirmou o ministro. 

Investigação - A bancada do PSDB na Câmara dos Deputados protocolou nesta terça-feira na Procuradoria-Geral da República um pedido de apuração dos supostos crimes cometidos por condenados no mensalão que conseguiram arrecadar dinheiro com as “vaquinhas”. 

O partido pede investigação por apologia a crime ou a criminoso e lavagem de dinheiro no processo de arrecadação de doações. Na representação, o atual líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), questiona não só o volume de recursos doados aos petistas como o curto tempo em que a soma foi conseguida.

A farsa de Fernando Haddad, na Cracolândia, vai chegando ao fim;

04/02/2014
às 19:07

 Prefeitura quer romper com ONG “Braços Abertos”; dependente contratada em gabinete do prefeito para fazer propaganda sumiu

 


A farsa inventada pela equipe de marketing do prefeito Fernando Haddad, com o apoio deslumbrado e desinformado de quase toda a imprensa, vai chegando ao fim. A Prefeitura estuda romper o convênio com a ONG “Braços Abertos” porque, como era óbvio, como estava escrito nas estrelas, como era fatal que acontecesse, o programa já naufragou.

Só uma parte ínfima dos dependentes comparece regularmente para trabalhar. Só mesmo a estupidez, aliada a uma boa dose de má-fé, supõe que se possa fornecer, gratuitamente, casa e comida a dependentes — além de uma renda — na esperança de que isso conduza à reinserção social, à diminuição do consumo ou mesmo à abstinência.

Há estudos experimentais na área da psicologia comportamental que recorrem ao dinheiro para controlar o ímpeto dos dependentes. Como? À medida que cumprem determinados desafios, são recompensados. A coisa passa por mecanismos delicados, em cujo mérito não entro, mas se pode resumir assim: os que estão em tratamento são recompensados por seu esforço. A ideia é tornar o não-consumo mais vantajoso do que o consumo.

Segundo pessoas que lidam com a área, o resultado é satisfatório dentro do possível. O trabalho requer um acompanhamento detido, e não se tem experiência ainda dessa prática com  grupos grandes.

O programa da Prefeitura faz exatamente o contrário: RECOMPENSA O USUÁRIO PELO CONSUMO, ENTENDERAM? Dele, nada se exige no que diz respeito à droga: apenas que compareça para trabalhar por quatro horas. 

Se quiser, e só se quiser, tem mais duas para um trabalho de qualificação profissional. Assim, a Prefeitura de São Paulo fez o seguinte e magnífico programa:

a: concentrou todos os usuários num ambiente favorável ao consumo;

b: cercou, digamos, moralmente a Cracolândia, de sorte que a polícia não pode mais entrar lá nem para prender traficantes;

c: deu aos usuários o conforto de cama e comida sem exigir nada em troca;

d: remunera-o com R$ 15 se aparecer para trabalhar;

e: como esse trabalho não o obriga a participar de um programa, o dependente o utiliza como elemento de ajuste de suas necessidades de consumo. Se conseguir dinheiro de algum outro modo para consumir, não aparece; se não conseguir, trabalha o suficiente para obter o dinheiro que vai sustentar o vício;

f: não por acaso, e a lógica existe, a única consequência conhecida do programa até agora é a elevação do preço da pedra no dia do pagamento e no seguinte;

g: isso pode contribuir, inclusive, para baixar a qualidade da pedra — com ainda mais impurezas —, já que continuará a demanda pelo produto barato.

As demais consequências, que implicam, por exemplo, a eternização do Centro de São Paulo como área do crack, vocês já conhecem.

Esse esgoto moral a céu aberto só é possível porque vivemos tempos simpáticos ao consumo de drogas.

A “Ana” do Cafezinho

Para demonstrar a sua fé no programa, o prefeito Fernando Haddad anunciou que contrataria uma dependente para servir cafezinho em seu gabinete. Contratou. A mulher ficou uma semana por lá e sumiu, voltou para o fluxo. A Prefeitura a procura desesperadamente. Tudo o que não quer é que seja encontrada antes por jornalistas.

Se bem que, dado o estado das artes, é possível que nem se desse grande destaque à coisa. Afinal, a “sabedoria” firmada a respeito, sabe-se lá com o concurso de quais especialistas e de quais estudos, é que o moralmente progressista é estatizar o viciado e lhe fornecer todas as condições para que consuma a droga em paz e, como dizem eles, “com dignidade e segurança”.

Só para arrematar: o novo ministro da Saúde, o sr. Arthur Chioro, é um fanático dessa política.

PS: Pode até ser que a Prefeitura já tenha encontrado a “Ana” quando este post for a público. Enquanto escrevo, a mulher está sumida no “fluxo”. Coisas da Bolsa Crack da Haddodolândia.
Por Reinaldo Azevedo



 

Franklin diz que regulamentação da mídia é inevitável e não inclui censura

Ex-ministro diz que não há país democrático sem regulação dos meios eletrônicos e defende maior distribuição de verba pública para veículos alternativos. Segundo ele, governo não vai ditar conteúdo.



“Na Europa, nos Estados Unidos e na Argentina não existe propriedade cruzada”, diz ex-ministro
O ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) Franklin Martins defendeu a regulamentação dos meios de comunicação eletrônicos sem censura de conteúdos e indicou apoiar medidas para veículos alternativos serem financiados pelo Estado mesmo sem audiência compatível com as verbas recebidas. 

“O governo não vai ditar o conteúdo, não pode ter racismo, preconceito, tem de promover a cultura local, percentual para produção independente”, disse o jornalista e ex-ministro na noite de segunda-feira (3) no programa “Contraponto”, produzido pelo Blog da Cidadania, em parceria com o Sindicato dos Bancários de São Paulo e Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé. 

Para ele, a regulação dos meios eletrônicos no Brasil é “inevitável”.

“Temos no Brasil uma das mídias mais concentradas do mundo. Não é pra obrigar a falar ‘x’ ou ‘y’, mas para permitir que mais correntes da sociedade possam se expressar”, afirmou ele (veja a íntegra no vídeo acima). O ex-ministro disse que a opção da “mídia técnica” não foi criação da ex-ministra da Secom Helena Chagas, regra pela qual a publicidade do governo é distribuída de acordo com a audiência verificada de cada veículo de mídia. Mas dele mesmo.


Franklin afirmou que a rede meios de comunicação alternativos, principalmente na internet, a chamada “blogosfera” vigia as “mentiras” da mídia tradicional, mas peca por não produzir conteúdos e reportagens próprias. A seguir, o jornalista Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, disse que criar reportagem “custa dinheiro” e que alguns veículos precisam de verbas públicas para fazer isso, mesmo não tendo a audiência suficiente para justificarem publicidade estatais. “Tem gente que precisa”, disse Guimarães.


Em resposta, o ministro voltou a defender a regulação dos meios de comunicação como solução. “A democratização da mídia é uma necessidade do Brasil”, continuou Franklin. Na gestão de dele à frente da Secom, por exemplo, o número de rádios que recebiam publicidade do governo saltou de 400 para 4 mil.

Argentina e Google

Franklin apoiou, com reservas, a Lei de Meios da Argentina, que limitou a propriedade de jornais, revistas, TV, rádio e internet pelo mesmo grupo empresarial em determinadas regiões do país. “A lei da Argentina é democrática, mas não devemos adotar o mesmo modelo. A Argentina é um potro fogoso, tem uma energia”, disse o ex-ministro. Ele disse que a ONU elogiou a lei argentina e destacou que os Estados Unidos e a Europa têm leis para regular a imprensa. “Concentração é perigoso para a democracia.”

Para jornais e revistas, Franklin diz que não cabe regulação. “Cada um escreve o que quer. Precisamos de lei de resposta ágil e proporcional aos agravos, que a justiça puna os abusos.” Apesar de o governo Dilma ter engavetado o projeto que deixou ao sair do governo, Franklin evitou criticar o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.


Exclusivo: a mídia na visão de Franklin Martins


Ele criticou a posse de meios de comunicação por parlamentares apesar da proibição expressa na Constituição. “Dezenas, talvez centenas, de parlamentares controlam televisões e rádios em seus estados. É uma agressão, e nada se faz.”


O ex-ministro destacou que a convergência de mídia na internet pode “atropelar” o setor de radiodifusão pelo de comunicações e também por gigantes da informática, como o Google. “O Google faturou R$ 3,5 bilhões no ano passado no Brasil. É o segundo maior recebedor de publicidade do Brasil, atrás apenas da TV Globo. Não paga imposto no Brasil, não emprega no Brasil, está lá fora.”


O programa “Contraponto” foi apresentado pela presidente do sindicato dos bancários, Juvandia Moreira, e teve entre os mediadores Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, e os jornalistas Maria Inês Nassif (Instituto Lula), Rodrigo Vianna ( TV Record) e Paulo Donizetti (Rede Brasil Atual). Foram quatro blocos de 20 minutos.

Blog Congresso em foco

Filho de Eduardo Coutinho confessa assassinato, diz polícia do Rio


04/02/2014 12h39 


Daniel Coutinho foi ouvido no Hospital Miguel Couto, na Gávea.


Segundo a polícia, ele alegou que 'não queria deixar os pais desamparados'.

Do G1 Rio


O filho do cineasta Eduardo Coutinho confessou à polícia ter matado o pai a facadas e esfaqueado também a mãe, Maria das Dores Coutinho, de 62 anos, que permanecia hospitalizada na tarde desta terça-feira (4). As informações são do titular da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, como mostrou o RJTV. 

Daniel Coutinho, de 41 anos, foi ouvido pela Polícia Civil na noite de segunda-feira (3), com a presença do inspetor e psicólogo da Divisão de Homicídios, Gilvan Ferreira. O depoimento durou pouco mais de duas horas e foi prestado no Hospital Miguel Couto, na Gávea, na Zona Sul do Rio, onde Daniel está internado sob custódia, já que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio.

 No entanto, detalhes do depoimento não foram revelados pela polícia.

Eduardo Coutinho foi morto em casa no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, na manhã de domingo (2). Para a polícia, Daniel matou o pai, esfaqueou a mãe, Maria das Dores Coutinho, e depois atingiu a própria barriga com facadas durante um "surto psicótico". 

Ele e a mãe passaram por cirurgia no Hospital municipal Miguel Couto. Maria das Dores foi transferida para uma unidade particular na segunda-feira (3), mas o nome do hospital não foi divulgado.

"Ele confessou o crime e, na verdade, explicou que tinha medo constante de viver e o objetivo era se suicidar, mas ele disse que não queria deixar os pais desamparados", afirmou o delegado Rivaldo Barbosa.

Sobre a informação de que Daniel sofreria de esquizofrenia, o delegado reafirmou que apenas a perícia judiciária poderá confirmar isso e frisou que não há como estabelecer relação entre os fatos. "Não dá para comprovar [que ele seja esquizofrênico]. Não tem relação direta entre doença mental e prática de crime. O que importa é que o crime foi esclarecido pela Divisão de Homicídios", disse Barbosa.

Segundo o inspetor de polícia e psicólogo Gilvan Ferreira, Daniel demostra arrependimento. Ele está estável e lúcido.

Enterro
O corpo de Coutinho foi enterrado às 16h20 desta segunda-feira (3). O velório começou às 10h30, na Capela 3 do Cemitério São João Batista, em Botafogo, também na Zona Sul. Dezenas de parentes, amigos e colegas de profissão se despediram de um dos principais documentaristas do país. Uma salva de palmas de quase cinco minutos marcou o adeus a Coutinho.



'Palavras desconexas'
Logo após o crime, Daniel teria batido na porta de um vizinho, "não concatenando as ideias" nem "falando palavras corretas", em um aparente surto, contou o delegado Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios.


A mãe de Daniel, Maria das Dores, levou dois golpes de faca nos seios e três na barriga, além de sofrer uma lesão no fígado.

De acordo com o delegado, Maria das Dores se salvou porque conseguiu se trancar no banheiro após ser ferida. De lá, ligou para o outro filho do casal, o promotor Pedro Coutinho.

O delegado contou que Daniel primeiro golpeou o pai, até matá-lo. Em seguida, atacou a mãe. Ele, então, aplicou dois golpes de faca na própria barriga, foi até a porta do vizinho e pediu para o homem avisar o porteiro sobre o ocorrido. Daniel voltou para o apartamento e ficou lá até a chegada dos bombeiros.

"Ele abriu para os bombeiros voluntariamente. O porteiro bateu, ele abriu", explicou Barbosa, acrescentando que uma vizinha disse ter ouvido gritos.

Duas facas sujas de sangue foram apreendidas no quarto de Daniel e encaminhadas para perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

Carreira
O paulistano Eduardo Coutinho ganhou em 2007 a estatueta Kikito de Cristal, do Festival de Cinema de Gramado (principal premiação do cinema nacional), pelo conjunto de sua obra. Entre seus principais filmes, estão "Edifício Master", "Jogo de cena", "Babilônia 2000" e "Cabra marcado para morrer".


Em junho do ano passado, ele e o também cineasta José Padilha (autor dos filmes "Tropa de elite" e "Tropa de elite 2: O inimigo agora é outro") foram convidados a integrar a Academia de Artes e Ciências

Eletricista leva choque de 14 mil volts e fica com 'estrelas' nos olhos

04/02/2014 18h38


Desenhos incomuns nos dois cristalinos são cataratas.
Homem de 42 anos ficou com a visão debilitada após o acidente.

Do G1, em São Paulo

Condição apareceu após choque elétrico (Foto: Bobby Korn/Don Kikkawa/The New England Journal of Medicine ) 
Condição apareceu após choque elétrico (Foto: Bobby Korn/Don Kikkawa/The New England Journal of Medicine )
 
 
Um homem de 42 anos que trabalhava como eletricista desenvolveu uma catarata com formato de estrela nos dois olhos depois de receber uma descarga elétrica de 14 mil volts no ombro esquerdo.

O caso foi mostrado na edição mais recente do periódico médico “The New England Journal of Medicine”. 

Por ser de cunho científico, a publicação não identifica o paciente, mas menciona que o acidente ocorreu há mais de dez anos e descreve a evolução da visão do eletricista ao longo desse tempo.

Exames microscópios revelaram que o cristalino, uma espécie de lente interna existente no globo ocular, adquiriu opacidade em forma estrelada. A visão dos dois olhos se limitava a perceber o movimento das mãos. 

O paciente foi submetido a uma cirurgia para extração da catarata e a implantação de uma lente intraocular que melhorou um pouco a sua acuidade visual, mas um descolamento de retina o levou a uma nova cirurgia. O paciente ficou com o olho esquerdo muito comprometido, conseguindo apenas contar os dedos, e uma acuidade moderada no olho direito.


Opacidade no cristalino tem forma de estrela (Foto: Bobby Korn/Don Kikkawa/The New England Journal of Medicine) 
 
Opacidade no cristalino tem forma de estrela (Foto: Bobby Korn/Don Kikkawa/The New England Journal of Medicine)
 

Polícia Federal recebe mandado de prisão de João Paulo Cunha

04/02/2014 18h41


Deputado foi condenado pelo Supremo no processo do mensalão.


Advogado disse que parlamentar irá se entregar ainda nesta terça à PF.



Filipe Matoso e Mariana Oliveira Do G1, em Brasília






A Polícia Federal informou ter recebido por volta das 18h30 desta terça-feira (4) o mandado de prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão. 

Segundo a assessoria de imprensa da PF, será definido, em conjunto com a defesa do parlamentar, se Cunha irá se entregar, quando e onde.


O advogado Alberto Zacharias Toron, responsável pela defesa do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), afirmou ao G1 que, "com certeza absoluta", o cliente dele vai se entregar à Polícia Federal ainda nesta terça. 

Toron não informou, porém, em qual horário e local Cunha irá se apresentar à polícia. O criminalista também não quis dar detalhes sobre onde está o deputado petista. "Isso é segredo de Estado", ironizou.

O mandado de prisão foi assinado no início desta tarde pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, segundo a assessoria de imprensa do tribunal.

Condenado a 9 anos e 4 meses por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva em regime fechado, João Paulo Cunha deverá cumprir inicialmente a pena de 6 anos e 4 meses no semiaberto, que dá direito a autorização para trabalho externo durante o dia, porque tem recurso pendente em relação à pena de lavagem, cuja punição é de três anos.

Férias
Antes de Joaquim Barbosa sair de férias no começo de janeiro, ele decretou o fim do processo do mensalão para Cunha, mas não expediu o mandado de prisão. Barbosa reassumiu a presidência do tribunal nesta segunda e, nesta terça, expediu o mandado.


Os ministros Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, que assumiram a presidência do tribunal provisoriamente por conta da ausência de Joaquim Barbosa, não tomaram nenhuma decisão sobre o caso. Durante a viagem, Barbosa chegou a criticar os colegas de tribunal por não terem assinado a ordem de prisão do parlamentar, mas ninguém se envolveu na polêmica.

Na Europa, Barbosa também comentou uma entrevista dada por João Paulo Cunha, que criticou a atuação do presidente do Supremo. O magistrado afirmou que não ficaria "de conversinha com réu" e afirmou que, na opinião dele, a imprensa dá espaço indevidamente a condenados e que eles deveriam permanecer no "ostracismo".

A declaração gerou reações entre petistas e, segundo o coordenador da área júridica do PT, Marco Aurélio Carvalho, foi responsável pela arrecadação de R$ 1 milhão em doações para o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares pagar a multa imposta no julgamento do processo do mensalão.

Roberto Jefferson
O retorno de Joaquim Barbosa ao Supremo deve dar fim ao impasse relacionado ao ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).


Jefferson pediu o direito a prisão domiciliar, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, opinou para que ele cumpra a pena na cadeia. Joaquim Barbosa, agora, terá de dar uma decisão final.

Dos 25 condenados pelo STF no julgamento do processo do mensalão, 19 estão em presídios, um em prisão domiciliar (José Genoino), outro foragido (Henrique Pizzolato) e dois aguardam julgamento de recursos (João Cláudio Genu e Breno Fischberg). Dos que já poderiam estar presos, somente Cunha e Jefferson permanecem em liberdade.

Campos diz que 'país parou' e 'saiu dos trilhos' do desenvolvimento


04/02/2014 12h32 - Atualizado em 04/02/2014 14h26

Possível candidato à Presidência apresentou diretrizes de governo.


Segundo ele, 'sensação da freada' impôs ao PSB lançar candidatura.



Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília




Em evento que lançou as diretrizes de seu programa de governo, Eduardo Campos conversa com deputados na Câmara (Foto: Zeca Ribeiro / Agência Câmara) 
Em evento que lançou diretrizes de seu programa de governo, Eduardo Campos conversa com
deputados (Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara)


Possível candidato à Presidência da República nas eleições de outubro, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta terça-feira (4) ter a "percepção clara" de que o Brasil "parou" e "saiu dos trilhos" do desenvolvimento. 

No auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília, Campos lançou, ao lado da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), as diretrizes para uma eventual gestão na Presidência.
"É possível fazer melhorar o Brasil e fazer com que o país não saia dos trilhos. 

Seja em um assentamento rural, periferia no Sudeste ou qualquer cidade na Amazônia Legal que vamos, temos a clara percepção que as pessoas estão vendo que o país parou, saiu dos trilhos que vinha, que com idas e vindas estava avançando", ressaltou o presidente do PSB.


De acordo com Campos, a "sensação" de que o Brasil "freou" impôs ao PSB lançar candidatura própria à Presidência da República. "De repente, houve a sensação da freada.  

Essa percepção clara impõe [uma atitude] ao PSB, que ajudou a construir a vitória do governo em 2010, a tomar a decisão unânime e mais dura [de se afastar do PT]", disse.

Mais cedo, nesta terça-feira, o governador pernambucano e Marina Silva entregaram o documento com as diretrizes do governo ao presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP). 

O partido oposicionista oficializou, em dezembro, apoio à chapa presidencial do PSB em 2014.
Campos entrou no auditório da Câmara aos gritos de ordem: "Brasil, para frente, Eduardo presidente". A ex-senadora Marina Silva se sentou ao lado do governador e foi aplaudida de pé ao chegar ao Nereu Ramos. 

Na plateia, estavam possíveis candidatos a diversos cargos nas eleições de outubro, como a ex-corregedora-geral de Justiça ministra Eliana Calmon, que deve concorrer ao Senado pela Bahia.

Diretrizes
As 12 diretrizes apresentadas por Eduardo Campos e Marina Silva nesta terça-feira estão compreendidas em cinco "eixos: Estado e democracia de alta intensidade; economia para o desenvolvimento sustentável; educação, cultura e inovação; políticas sociais e qualidade de vida; e novo urbanismo e pacto pela vida.


Primeiro eixo (Estado e democracia de alta intensidade): o partido propõe o uso da tecnologia e da mídia digital para ampliar a democracia. Defende ainda o fim de "disputas personalistas", o fim do abuso do poder econômico e a "superação do clientelismo". Para tanto, defende a realização de uma reforma política.

Segundo eixo (economia para o desenvolvimento sustentável): a aliança PSB-Rede Sustentabilidade defende valorizar pequenas e médias empresas, implementar uma economia que produza baixa emissão de gás carbônico (CO2), modernizar a agricultura e "reformular a reforma agrária".

Terceiro eixo (educação cultura e inovação): Campos diz que o foco será a erradicação do analfabetismo, a ampliação da política de cotas e a integração entre educação e cultura, com a abertura de escolas à "diversidade cultural" do país.

Quarto eixo (políticas sociais e qualidade de vida): o partido diz que reforçará o Sistema Único de Saúde (SUS), a atenção básica de saúde e o atendimento a famílias.

Quinto eixo (novo urbanismo e pacto pela vida): o PSB promete melhorar a mobilidade urbana, investindo no transporte coletivo em "todas as suas modalidades". Para resolver o problema da segurança pública, o partido propõe uma "reconciliação" entre a periferia e as áreas centrais das cidades. Para a sigla, o acesso a transporte, cultura e lazer deve contribuir para gerar uma "cultura de paz".



Fisiologismo
Apesar de o PSB ter ocupado cargos no governo Dilma Rousseff durante quase três anos, o potencial adversário da presidente da República afirmou em seu discurso que o "velho pacto político que mofou" não dará "nada de bom" à sociedade brasileira.


Segundo Campos, nem todos "caem de joelho" em troca de cargos na administração federal. O PSB entregou os postos que ocupava no Executivo após integrantes do PT terem criticado a suposta incoerência de Campos ao censurar um governo do qual ele fazia parte por meio de uma fatia na Esplanada dos Ministérios.

"Sei que não podemos botar cabresto na política, distribuindo cargos, pensando que todos se põem de joelhos. Há aqueles que carregam na consciência a vontade de lutar contra esse estado de letargia que nos comandava", alfinetou o governador de PE.

Campos também criticou a atual administração federal, dizendo não haver "ninguém que ache que mais quatro anos do que está aí fará bem ao povo brasileiro". Além disso, ele afirmou que vai derrotar o governo atual com "ideias" e disse que não vai se "desesperar como aqueles que se agarram à máquina pública com medo de perder as eleições".

Burocracia
Campos ainda defendeu ações para desburocratizar o país. "O Estado brasileiro complica a vida do povo brasileiro", disse. O governador relatou que um empresário contou a ele que tem 200 funcionários só para pagar impostos.


O presidente do PSB também criticou o excesso de documentos necessários para realizar qualquer transação ou registro no Brasil. "Você chega em um órgão público e precisa de 30 documentos. Quando arruma o 30°, o primeiro já venceu", afirmou Campos, arrancado risadas da plateia.

O governador defendeu que a máquina pública seja operada por profissionais competentes, e não por indicações políticas. "O Estado não pode ser apropriado nem pelas elites, nem pelo corporativismo, nem pelos partidos políticos. Tem que ser apropriado pela competência e excelência de servir."

Se o país passar uma década crescendo a 2%, vai acontecer o que acontece hoje. O analfabetismo crescendo, o país perdendo competitividade, a indústria caindo e vamos gerar às futuras gerações que país?"
Eduardo Campos,  governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB
Crescimento
Eduardo Campos criticou ainda o desacelerado crescimento econômico do Brasil, que, segundo ele, tem gerado pioras nos indicadores sociais.


“Se o país passar uma década crescendo a 2%, vai acontecer o que acontece hoje. O analfabetismo crescendo, o país perdendo competitividade, a indústria caindo, e vamos gerar às futuras gerações que país?", questionou.

Educação
O governador de PE destacou ainda que a maior prioridade de um eventual  governo do PSB será a educação.


"Se temos que ter uma prioridade, tem que ser a educação. Radicalizar na prioridade é colocar técnica, recursos, colocar o povo próximo da reformulação da política, do controle social sobre as escolas. [É preciso] Ter uma escola em que a comunidade participe", defendeu.
Campos também disse que as políticas sociais são importantes, mas precisam "ser protegidas pela condição econômica". "Senão, é enxugar gelo", disse.

'Mofo'
Marina Silva discursou antes de Campos e afirmou ser possível "reconstruir aquilo que está mofando na política". Antes do discurso da ex-senadora, um poeta resumiu as diretrizes do programa do PSB em verso e prosa. Em seguida, um tocador de pandeiro fez uma apresentação.


"Ver nossas políticas serem cantadas em verso e prosa é demonstração que algo novo e vivo está surgindo", afirmou Marina após as apresentações. Segundo ela, a aliança entre PSB e Rede Sustentabilidade "não é baseada em estrutura, tempo de televisão ou marketing, mas em cima de um programa".

O entulho da velha política está atrapalhando o Brasil, porque não se discutem propostas, não se discutem ideias, se discute o que fazer para aumentar o tempo de televisão, o que fazer para aumentar o palanque"
Marina Silva,  ex-senadora (PSB-AC)
"[Temos como] eixo de sustentação a ideia de que precisamos ampliar as conquistas, mas ao mesmo tempo sem ter uma atitude de complacência com os erros que estão sendo praticados repetidamente", disse.

Para a ex-senadora, que deve concorrer à vice-presidência na chapa de Campos, a "política está insustentável da forma como está sendo operada".

"Cada vez mais, a população quer melhorar a qualidade da sua representação. Cada vez mais, as pessoas querem ampliar sua participação, porque está surgindo no Brasil um novo sujeito político."

Marina reforçou sua plataforma principal de atuação política – a proteção ambiental – e defendeu o surgimento de "um modelo de desenvolvimento capaz de assegurar vida digna, justiça social, mas ao mesmo tempo preservar as bases naturais desse desenvolvimento".

"O entulho da velha política está atrapalhando o Brasil, porque não se discutem propostas, não se discutem ideias, se discute o que fazer para aumentar o tempo de televisão, o que fazer para aumentar o palanque", criticou.


Eduardo Campos e Marina Silva durante evento do PSB e da Rede nesta terça-feira em Brasília (Foto: Nathalia Passarinho / G1) 
Eduardo Campos e Marina Silva durante evento conjunto do PSB e da Rede na Câmara dos Deputados


(Foto: Nathalia Passarinho/G1)