quarta-feira, 19 de março de 2014

Sistema prisional norte-americano aposta na cobrança de diárias de seus presos.

Colunistas


Para enfrentar déficit orçamentário bilionário, sistema prisional norte-americano aposta na cobrança de diárias de seus presos. Será que essa moda vai chegar por aqui?



No não tão distante ano 2000 li uma interessante notícia sobre os já lotados presídios norte-americanos. Falou-se que, diante da sempre crescente população carcerária e da cada vez maior escassez de recursos, o estado do Kentucky estava autorizando os diretores dos seus 85 presídios a cobrar até US$ 50 de diária de cada preso.


O primeiro presídio a aderir foi o da cidade de Owensboro, que decidiu cobrar de cada preso uma “taxa de admissão” de US$ 20, além de uma diária no mesmo valor, através da qual ele arcaria com os custos de sua “hospedagem”.

Na época achei curiosa a idéia, mas fiquei a pensar se ela efetivamente vingaria. A resposta chegou-me há poucos dias, através de uma detalhada reportagem produzida pela conceituada rede MSNBC.


Assim, em New York, uma diária de US$ 90 foi apresentada como a mais adequada para os usuários de cada “quarto” do sistema penitenciário. Segundo o governo, com os recursos arrecadados será reduzido o gasto total de US$ 1 bilhão com o sistema penitenciário.

No Arizona, em um condado chamado Maricopa, as refeições dos presos passaram a ser cobradas – custam US$ 1,25 cada. 

No estado do Iowa, onde se enfrenta um déficit de incríveis US$ 1,7 bilhão no orçamento do sistema penitenciário, sugeriu-se que fosse cobrado dos presos o fornecimento de papel higiênico.

Em New Jersey decidiu-se que cada preso pagará uma diária de US$ 5 para ficar em uma cela, e US$ 10 caso necessite ir para a enfermaria. 

Calculou-se, lá, que esta pequena cobrança reduzirá as despesas do estado com o sistema penitenciário em robustos US$ 300 mil a cada ano.

No estado da Virginia, as prisões estaduais já começaram a cobrar diárias em um valor até “camarada”: US$ 1. Já as diárias do Condado de Taney, no estado do Missouri, são bem mais “salgadas”: US$ 45.
O fato é que os norte-americanos estão convictos de que a prisão de criminosos é um sério fator de desestímulo ao crime. 

E, assim, segundo dados do Departamento de Justiça, relativos ao ano de 2003, um em cada 37 norte-americanos está ou já esteve preso em algum momento da vida. 

Constatou-se que 2,7% da população norte-americana, através de si ou de parentes, já tinha tido alguma “experiência com prisões”. Em números absolutos, no final do ano de 2002 incríveis 2,1 milhões de norte-americanos estavam a “ver o sol nascer quadrado”.


Como seria de se esperar, os custos que envolvem a manutenção da imensa quantidade de penitenciárias exigidas para a detenção de um tão grande número de pessoas explodiram – e o déficit orçamentário junto. Só para se ter uma idéia, no já citado estado do Kentucky o buraco orçamentário já estava em US$ 500 milhões – só para as prisões estaduais, bem entendido.
 

As consequências da escassez de recursos têm se manifestado na forma de falta de vagas nos presídios e na soltura antecipada de condenados, o que tem gerado críticas de diversos setores da Sociedade.


A política criminal do Brasil não é a mesma dos Estados Unidos, claro. Mas ainda assim nosso país tem investido como nunca na construção de novas prisões, e nossa população carcerária tem aumentado a olhos vistos. Será que brevemente chegaremos ao impasse a que chegaram os administradores das prisões norte-americanas? 

E será que é este realmente o caminho a ser seguido? Humildemente, acho que falta algo na política criminal da humanidade – um pouco mais de razão e um pouco menos de emoção!


Leia mais sobre o sistema prisional

Frente Parlamentar contra a Corrupção acusa Congresso

A Frente Parlamentar contra a Corrupção acusou nesta quarta-feira o Congresso Nacional de não ter interesse em fazer avançar propostas de combatam a corrupção. "Há 358 projetos tramitando e quase 50 prontos para o plenário e não vai nenhum. Alguns estão prontos para o plenário há 10 anos. Temos projetos com condições de indicar o relator há 12 anos", afirmou o presidente da comissão, deputado Francisco Praciano (PT-AM), durante Seminário Internacional de Combate à Corrupção realizado na Câmara dos Deputados organizado pela representação brasileira da Organização Global de Parlamentares contra a Corrupção (Gopac).
 
 
Segundo ele, o único momento em que os congressistas chegaram a demonstrar alguma iniciativa para discutir o tema da corrupção foi após a realização das manifestações do meio do ano passado, mas que, passado o movimento das ruas, os projetos voltaram "a dormir nas gavetas do Congresso". O levantamento foi feito também por outro integrante da frente, o deputado Mendes Thame (PSDB-SP).


Representantes dos principais veículos de imprensa participaram do evento, como o diretor de conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour; a colunista da Folha de S.Paulo, Eliane Cantanhêde; o editor de Política do Correio Braziliense, Leonardo Cavalcanti; e o jornalista da Revista Veja, Rodrigo Rangel.


No início da mesa redonda, Gandour colocou como um dos desafios acabar com o entendimento por parte de alguns agentes públicos de que questionamentos sobre determinados assuntos não devem ser esclarecidos. "Evidentemente todos sabemos que o papel do jornalismo é perguntar o que não quer ser respondido. É tentar mostrar o que não quer ser exibido. 


É tentar revelar o que está oculto. E frequentemente essa atitude inclui um natural incômodo. O papel do jornalismo majoritariamente é incomodar e é assim que se fiscaliza os poderes, os negócios públicos e também os privados", afirmou o jornalista. "Por outro lado, também é importante relembrar que a missão, o dever, do gestor público, do servidor público é prestar contas à sociedade, ao contribuinte, ao cidadão", acrescentou.

Gandour defendeu, entretanto, que deve haver "zelos" tanto por parte da imprensa quanto daqueles que são alvos de questionamentos. "Do nosso lado da imprensa, é nossa obrigação dar o tempo necessário à fonte para que ela providencie as explicações necessárias. É preciso perguntar com clareza, estruturar a pauta para que a fonte tenha clareza do que está sendo pesquisado", afirmou. Segundo ele, da parte dos agentes públicos uma das missões é de se estruturar para prestar informações. "Frequentemente a gente ainda se depara com uma situação esdrúxula que é reações 'como você quer saber isso? Por que a imprensa que saber disso?'"

Representante da Organização Global de Parlamentares contra a Corrupção (Gopac), o mexicano Jorge Zemeno Infante considerou a corrupção como uma "violação permanente dos direitos fundamentais". "A corrupção é uma violação permanente dos direitos fundamentais. 

Há debates em nível global que nos levam a considerar a grande corrupção como uma violação de direitos humanos", afirmou o mexicano. Segundo Infante, nos últimos 10 anos de atuação junto à Gopac, observou que uma das medidas de avanço no combate à corrupção foi a criação de leis e o fortalecimento das instituições para executá-las.

Fonte: Agencia Estado

Carros elétricos: prejuizos ambientais consideráveis


 José Eduardo Mendonça - 19/03/2014 às 10:45

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Veículos não são ambientalmente seguros como se pensa


Veículos elétricos são supostamente bons para o ambiente, por não terem escapamentos emitindo CO2. A verdade, porém, é que como todos os produtos manufaturados, eles têm efeitos colaterais ambientais.


O carro híbrido médio contém cerca de 11 quilos de grafite, e um elétrico perto de 50 quilos. A maioria desta substância é minerada na China, e a mineração e o processamento resultam em danos ambientais consideráveis.  Um deles é a chamada “chuva de grafite”, uma poeira prateada que cai do céu perto das minas. O processamento deixa a água utilizada mais ácida. Os fenômenos levaram o governo chinês a fechar muitas minas.

“Não há dúvida de que a China se encontra em uma situação ambiental delicada”, disse Josh Landess, analista da Bloomberg New Energy Finance. “Há uma ironia óbvia, de que prejuízos estejam sendo causados pela indústria de transporte limpo”.


A queda na produção de grafite poderia ter um efeito negativo sobre o setor de veículos alternativos, mas não existe um consenso sobre isto.

Simon Moores, analista da Industrial Minerals Data, de Londres, acredita que o preço da matéria-prima subirá 30% ainda este ano. O impacto sobre os preços finais dos veículos, no entanto, é visto como mínimo.

O problema não são apenas os carros elétricos. Uma e-bike usa um quilo de grafite e um laptop cerca de 100 gramas. Um smartphone, algo como 15 gramas.  O crescimento e a diversificação de dispositivos eletrônicos irá elevar substancialmente o uso de grafite em baterias recarregáveis, comenta a Bloomberg.


Foto: ealecrim/Creative Commons

Que tal criar um bebê preguiça?De verdade?

Baby sloth and stuffed monkey (photo: M. Sevcenko)

Detran-DF é contra a garagem na Esplanada.


Exclusivo: Detran-DF é contra a garagem na Esplanada.

Resposta Engenharia Detran
Por Chico Sant’Anna

Ministério do Planejamento diz que não há garantias de melhoria no trânsito


A polêmica decisão do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan), autorizando a construção de uma garagem para dez mil carros no subsolo do canteiro central da Esplanada dos Ministérios, não conta com a concordância do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, órgão do próprio Governo do Distrito Federal. A medida também foi analisada pelo Ministério do Planejamento, em 2010, que apresentou uma série de críticas.

Embora saliente que a decisão de construir ou não a garagem vai ser tomada sob parâmetros políticos, o Detran, órgão responsável pelo ordenamento do trânsito na Capital Federal, considera que a iniciativa fere a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), estabelecida pelo governo Federal, pelo fato de incentivar o uso de veículos individuais.


Leia também:
Criada pela Lei 12.587, de abril de 2012, esta política institui as diretrizes e orientações aos municípios na elaboração dos seus próprios planos de mobilidade urbana de forma a atender à população e contribuir para o desenvolvimento urbano sustentável. Em linhas gerais, a PNMU pretende estimular o transporte coletivo público nas cidades ao estabelecer como prioridade o transporte coletivo, público, em vez do individual, particular e motorizado.

A posição do Detran-DF consta de um documento interno emitido em outubro do ano passado. Trata-se do Despacho da Gerência de Engenharia – Geren, nº 2443/2013, em resposta ao memorado nº 57/2013, da Ouvidoria Geral do órgão.


 

Ministério do Planejamento


Em junho de 2010, o ministério do Planejamento instituiu um grupo de trabalho para analisar e propor Solução para o trânsito na Esplanada dos Ministérios – STEM. O grupo foi composto por representantes dos ministérios do Planejamento, Saúde, Defesa e da Advocacia Geral da União. Em seu documento final, ele afirma que Brasília já responde por uma parcela da frota nacional de veículos motorizados duas vezes maior do que a proporção de sua população em relação a população brasileira.


“Esta forte vocação ao transporte individual, principalmente de automóveis e motocicletas, gera muitos impactos negativos, como: poluição, acidentes, congestionamentos e aumento no tempo médio de deslocamento entre a casa e o trabalho das pessoas” – salienta o documento técnico do grupo.

 

Shopping subterrâneo


A proposta do GDF, que foi aprovada sem maiores debates, estudos prévios e consultas, implica na construção de uma edificação de quatro andares subterrâneos, no canteiro central da Esplanada. Seriam 340 mil metros quadrados a um custo estimado de R$ 800 milhões.

Mais do que um garajão para cerca de 10 mil carros, o empreendimento seria uma espécie de shopping Center subterrâneo, com agências bancárias, restaurantes, lanchonetes e outras serviços. Esta destinação seria, inclusive, de maior interesse aos portenciais empreendedores, do que a garagem, propriamente dita. Com uma população permanente de milhares de servidores, com bom poder aquisitivo, os empresários do ramo dos centros comerciais estariam olhando o projeto como uma galinha de ovos de ouro.

Especialistas lembram que o volume mensal de carros novos emplacados em Brasília é da ordem de 10 mil carros. Isso permite concluir que um mês após entrar em funcionamento a garagem já teria sua capacidade superada pela entrada de novos veículos em circulação e não iria trazer grandes soluções para o problema de engarrafamento e do tamanho do trânsito no Eixo Monumental, na altura dos ministérios.

Em 2012, o trecho de 6,5 Km do VLT entre o Aeroporto e a Estação Sul, próximo ao Jardim Zoológico, estava estimado em R$ 270 milhões, mas a obra foi cancelada. Hoje falam em R$ 400 milhões. Mesmo tomando como base o preço mais caro, com os R$ 800 milhões, estimados em custos para a construção do garajão, seria possível instalara a linha de VLT já projetada para o Eixo Monumental, ligando a Praça dos Três Poderes à Praça do Buriti, com integração ao metrô, na Rodoviária. A medida teria mais impacto para desafogar o trânsito e reduzir a poluição ambiental do que a garagem.

Ao analisar os pontos negativos da implantação da garagem, o STEM assinala que a garagem não garantirá a minimização do problema do trânsito no Eixo Monumental, uma vez que a quantidade de veículos circulando será a mesma  ou até maior, além da obstrução de faixas com as saídas dos estacionamentos subterrâneos para a via principal.

Salienta que pelo tamanho da obra, exigindo trabalhos de escavação, de impermeabilização e outros de natureza mais complexa para as situações subterrâneas, os transtornos durante a sua implementação serão grandes, implicando em mais engarrafamentos, redução das vagas de estacionamento hoje disponíveis, além de trazer para o local o trânsito de veículos pesados, como caminhões, escavadeiras, tratores, carretas e outros equipamentos pesados. Tudo isso demandará ainda a alocação de volumes grandiosos de recursos, que poderiam ser de melhor aplicação em outras soluções.

Segurança Nacional

Por fim, o grupo técnico do governo federal salienta que antes de mais nada, seria necessário a realizar estudos de impacto ambiental, bem como a consulta aos órgãos da administração federal, instalados na Esplanada.

A gestão da área da Esplanada dos Ministérios, mesmo que legalmente não seja uma atribuição do governo federal, sempre está sujeita à concordância de entes nacionais, em especial o Congresso Nacional, a Presidência da República e os órgãos de segurança nacional. É uma área sensível e por isso tem tratamento diferenciado.

Pela Esplanada passam cabos de fibra ótica das tradicionais empresas telefônicas, mas também privativos dos entes de segurança nacional. Inserir um empreendimento de tal magnitude implicaria em remanejar todo este aparato de telecomunicações existente naquele local, além de fragilizar as ações de vigilância e segurança pública.

Transporte Funcional

Como este blog sugeriu anteriormente, o estudo do STEM aponta o retorno do transporte funcional – extinto no governo Collor de Mello – como uma das soluções para o fluxo de veículos e vagas de estacionamento.

Na análise dos técnicos, o retorno dos ônibus propiciaria maior fluência no trânsito da Esplanada, pois os funcionários públicos seriam estimulados a deixarem seus veículos em casa e a utilizarem os ônibus funcionais. Esta medida pode ter impactos positivos inclusive em áreas distantes da Esplanada, como as estradas que ligam o Plano Piloto às  cidades do Distrito Federal.

Os técnicos acreditam que haveria uma desobstrução das faixas de rolagem, propiciando maior segurança veicular e permitindo que a sexta faixa de rodagem do Eixo Monumental fosse autorizada a estacionamentos. Isto redundaria em mais 1.500 vagas a um custo quase que zero.

Além das vantagens de circulação de veículos, os benefícios ao meio-ambiente e mesmo ao funcionamento do Poder Público seriam grandes. O grupo entende que seria significativa a redução da emissão de carbono/diminuição da poluição, dos congestionamentos e maior rapidez nos deslocamentos.

Por outro lado, haveria redução de atrasos na chegada ao trabalho e de absenteísmo dos servidores públicos e conseqüente aumento da produtividade funcional. A media é vista como de valorização dos servidores públicos e melhoria da qualidade de vida, segurança, conforto, higiene, comodidade e mais tempo com a família e amigos.


Outra alternativa de baixo custo levantada pelo grupo do ministério do Planejamento é a flexibilização dos horários de entrada e saída dos servidores públicos. Porpõe a divisão dos órgãos instalados na localidade em quatro grupos, diferenciados por atividade e área de atuação (área econômica, militar, social, infraestrutura, etc).

 Cada um dos grupos teria um horário de entrada e saída com meia hora de diferença. São medidas, segundo o estudo técnico, que aportam soluções de curto prazo, fácil implementação e baixo custo.
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Ladrões assaltam joalheria no Sudoeste em rápida ação


Dois homens assaltaram uma joalheria no Sudoeste, na manhã desta quarta-feira (19). Os criminosos renderam os três funcionários do estabelecimento e subtraíram seus pertences. 

Além disso, os ladrões levaram joias e 20 relógios. A ação foi rápida e um terceiro suspeito aguardava a dupla em um carro. 


A joalheria ainda não informou a quantia do prejuízo. A 3ª DP investiga o caso e até o momento os suspeitos continuam foragidos. 


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

BEIJO GAY NA GLOBO. Os jovens comentam.

Blog LIBERTATUM

Carta aberta a Letícia Spiller---Rodrigo Constantino

sexta-feira, 14 de março de 2014

Rodrigo Constantino: Carta aberta a Letícia Spiller e um oportuno esclarecimento

Caros leitores,

Embora já tivesse tido a oportunidade de divergir de rodrigo Constantino - e eu nem ninguém precisamos concordar com alguém sempre, pois gozamos de nossas liberdades - fato é seus artigos ultimamente têm sido muito bem escritos, muito bem fundamentados e dotados daquele bom senso que a maturidade traz àqueles que se esforçam para compreender as coisas da vida. 

Neste contexto, sugiro a todos lerem a Carta Aberta a Letícia Spiller e o PS que Rodrigo escreveu devido à repercussão de seu artigo.

Carta aberta a Letícia Spiller

leticia-spiller
Prezada Letícia,
Antes de mais nada, gostaria de dizer que admiro seu talento como atriz e também te considero muito bonita. Infelizmente, você tem endossado certas ideias um tanto estapafúrdias, aplaudido regimes nefastos como o cubano, e alegado que se arrepende de ter usado uma camisa com a bandeira americana no passado, chegando a afirmar que se fosse hoje usaria uma com o Che Guevara.
Ontem, sua casa no Itanhangá foi assaltada por bandidos armados, que lhe fizeram de refém enquanto sua filha dormia logo ao lado. Lamento o que você passou, pois deve ser, sem dúvida, uma experiência traumática. 

Nossa casa é nosso castelo, e se sentir inseguro nela é terrível, especialmente quando temos filhos menores morando com a gente. A sensação de impotência é avassaladora, e muitos chegam a decidir se mudar do país após experiências deste tipo.
O que eu gostaria, entretanto, é que você fosse capaz de fazer uma limonada desse limão, ou seja, que pudesse extrair lições importantes desse trauma que ajudassem a transformá-la em uma pessoa melhor, mais consciente dos reais problemas que nosso país enfrenta. Se isso acontecesse, então aquelas horas de profunda angústia não seriam em vão.

Como você talvez saiba, sou o autor do livro Esquerda Caviar, que fala exatamente de pessoas com seu perfil (aproveito para lhe oferecer um exemplar autografado, se assim desejar). Artistas e “intelectuais” ricos, que vivem no conforto que só o capitalismo pode oferecer, protegidos pela polícia “fascista”, mas que adoram pregar o socialismo, a tirania cubana ou tratar bandidos como vítimas da sociedade: eis o alvo da obra.
Essa campanha ideológica feita por esses artistas famosos acaba tendo influência em nossa cultura, pois, para o bem ou para o mal (quase sempre para o mal), atores e atrizes são formadores de opinião por aqui. Quando um Sean Penn, por exemplo, abraça o tiranete Maduro na Venezuela, ele empresta sua fama a um regime nefasto, ignorando todo o sofrimento do povo venezuelano. Isso é algo abjeto.
No Brasil, vários artistas de esquerda têm elogiado ditaduras socialistas, atacado a polícia, o capitalismo, as empresas que buscam lucrar mais de forma totalmente legítima, etc. Muitos chegaram a enaltecer os vagabundos mascarados dos black blocs, cuja ação já resultou na morte de um cinegrafista.
Pois bem: a impunidade é o maior convite ao crime que existe. Quando vocês tratam bandidos como vítimas da sociedade, como se fossem autômatos incapazes de escolher entre o certo e o errado, como se pobreza por si só levasse alguém a praticar uma invasão dessas que você sofreu, vocês incentivam o crime!
Pense nisso, Letícia. Gostaria de perguntar uma coisa: quando você se viu ali, impotente, com sua propriedade privada invadida, com armas apontadas para a sua cabeça, você realmente acreditou que estava diante de pobres vítimas da “sociedade”, coitadinhos sem oportunidade diferente na vida? Ou você torceu para que fossem presos e punidos por escolherem agir de forma tão covarde contra uma mãe e uma filha em sua própria casa?
Che Guevara, que você parece idolatrar por falta de conhecimento, achava que era absolutamente justo invadir propriedades como a sua. Afinal, o socialismo é isso: tirar dos que têm mais para dar aos que têm menos, como se riqueza fosse jogo de soma zero e fruto da exploração dos mais pobres. Você se enxerga como uma exploradora? Ou acha que sua bela casa é uma conquista legítima por ter trabalhado em várias novelas e levado diversão voluntária aos consumidores?
Nunca é tarde para aprender, para tomar a decisão correta. Por isso, Letícia, faço votos para que esse desespero que você deve ter sentido ontem se transforme em um chamado para uma mudança. Abandone a esquerda caviar, pois ela não presta, é hipócrita, e chega a ser cúmplice desse tipo de crime que você foi vítima. Saia das sombras do socialismo e passe a defender a propriedade privada, o império das leis, o fim da impunidade e o combate ao crime, nobre missão da polícia tão demonizada por seus colegas.
Te espero do lado de cá, o lado daqueles que não desejam apenas posar como “altruístas” com base em discurso hipócrita e sensacionalista, daqueles que focam mais nos resultados concretos das ideias do que no regozijo pessoal com as aparências de revolucionário engajado. Será bem-vinda, como tantos outros que já acordaram e tiveram a coragem de reconhecer o enorme equívoco das lutas passadas em prol do socialismo.

Um abraço,
Rodrigo Constantino
***

Um post scriptum na carta para Letícia Spiller


Fonte: QUEM
carta aberta que escrevi para a atriz Letícia Spiller, assaltada em sua própria residência ontem, causou enorme celeuma e já foi, em poucas horas, lida por mais de 250 mil pessoas. 

A grande maioria tem elogiado, o que nos enche de esperança com o país, pois muitos estão cansados do sentimento de impunidade que reina por aqui.
Mas várias críticas têm surgido sobre o momento inoportuno, a falta de respeito por “usar” o sofrimento dela para promover meu livro, ou um suposto tom de “bem feito”. Nada mais falso.

A carta não contém ironia, tampouco eu desejaria que algo tão terrível, como ter bandidos armados em sua própria casa, acontecesse com ela (não desejo isso nem ao Sakamoto!). Eu realmente lamento o ocorrido.

Também não preciso promover meu livro, pois ele já é um best-seller, com mais de 20 mil exemplares vendidos, e eu sequer dependo desta renda para viver (o que não quer dizer que seja ruim ganhar um extra com meu trabalho, viu, Record?). Portanto, essa crítica de oportunismo não se sustenta e mais parece projeção da própria esquerda materialista, que só pensa em dinheiro, por mais que sempre diga o contrário.
O momento foi inoportuno devido ao sofrimento da atriz? Não creio! Afinal, ela está bem, nada de pior aconteceu (felizmente), está em segurança, com a família, apesar de provavelmente ainda sentir angústia com a noite assustadora que passou. Mas isso quer dizer que o momento é justamente oportuno! Explico.
Alguns perguntam se já tive arma apontada na cabeça, como se com tal pergunta pudessem me desmoralizar como alguém insensível diante da dor alheia. Respondo: já, sim. E foi muito desagradável. Não foi em casa, e sim no carro. Uma arma prateada que bateu no meu vidro, com o marginal demandando meu relógio, que fora presente de casamento dos meus pais (valor emocional, se é que alguns esquerdistas compreendem isso).
Eu até já contei esse caso aqui em outra ocasião. O fato é que tinha minha filha com apenas um aninho em casa me esperando, e mantive a maior calma do mundo, entregando o relógio sem gestos bruscos. Quando me vi em segurança, longe do vagabundo, a perna tremeu um pouco. Não é uma sensação boa estar entre a vida e a morte sob a mira de uma arma.
Mas aqui vem a parte importante: esse momento tenso ajudou a mudar, em parte, minha vida, quem eu sou, e para melhor. Eu era muito jovem, e mais ligado a bens materiais. Na verdade, tinha coleção de relógios, pois os adorava. Tudo isso pareceu pouco importante perto de continuar vivo e poder chegar em casa e ver o sorriso de minha filha.
Experiências traumáticas podem, sim, mudar a gente. E foi exatamente com isso em mente que escrevi a carta para a atriz, aproveitando este momento delicado que ela enfrenta. Oportunismo sim, mas no bom sentido. Como eu acredito no livre-arbítrio, tanto dos bandidos como dos artistas, acho que a Letícia Spiller pode mudar, usar essa experiência para se dar conta de que vem defendendo bandeiras muito erradas, que apenas incitam a criminalidade ao tratar bandidos como vítimas da “sociedade”.
Infelizmente, a reação de muita gente diz mais sobre eles mesmos do que sobre mim. Felizmente, foi uma minoria perto da imensa maioria que compreendeu o espírito da coisa. Há luz no fim do túnel…
Rodrigo Constantino

GOVERNO DILMA ARREBENTOU O PAÍS OU EU ESTOU LOUCO?

Paulo Martins: JM SBT -

COI anuncia futebol no Rio de Janeiro e em mais quatro cidades em 2016


Salvador, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo vão sediar jogos do torneio de futebol

19 de março de 2014 | 14h 20


Marcio Dolzan - O Estado de S. Paulo
RIO - As cidades que vão sediar as partidas do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, foram confirmadas nesta quarta-feira, durante o primeiro dia da sexta visita oficial Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional para o evento no Brasil. Além do Rio, outras quatro cidades vão receber partidas.

Veja também:

 
Arena Corinthians deve ser o palco das partidas - Divulgação

Arena Corinthians deve ser o palco das partidas
Salvador, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo vão sediar jogos do torneio de futebol da próxima Olimpíada. Enquanto os duelos no Rio serão realizados no Maracanã, a Fonte Nova, o Mané Garrincha e o Mineirão receberão as partidas em Salvador, Brasília e Belo Horizonte, respectivamente.

A confirmação desses estádios e dessas cidades, incluindo São Paulo, foi realizada através de imagem divulgada pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio no seu perfil na rede social Twitter. Já o estádio de São Paulo não foi oficialmente confirmado, mas deve ser a Arena Corinthians, do Corinthians, que está sendo construído para a Copa do Mundo deste ano.

A Olimpíada de 2016, no Rio, tem a cerimônia de abertura marcada para 5 de agosto, enquanto o encerramento será no dia 21. Dono de cinco títulos da Copa do Mundo, a seleção brasileira masculina está longe de ter o mesmo desempenho nos Jogos Olímpicos e tentará faturar em casa a sua primeira medalha de ouro.

'Cão leão' é vendido por R$ 4,4 milhões em evento na China


France Presse 19/03/2014 06h50 -


Mastin tibetano foi arrematado durante exposição na província de Zhejiang.
Animais chamam atenção por serem comparados a leões

Da France Presse
 
 
Um mastim tibetano foi vendido na China por quase dois milhões de dólares, uma das maiores quantias pagas por um cão no mundo, informa a imprensa chinesa.

O comprador, um rico promotor imobiliário, pagou 12 milhões de yuanes (mais de R$ 4,4 milhões) para adquirir o animal de um ano de idade e 90 kg em uma exposição na província de Zhejiang, informa o jornal "Qianjiang".

Mastins tibetano à esquerda foi vendido por mais de R$ 4,4 milhões em evento na China (Foto: STR/AFP)Mastim tibetano à esquerda foi vendido por mais de R$ 4,4 milhões em evento na China
 
Os mastins tibetanos são comparados frequentemente aos leões por sua impressionante semelhança. A raça passou a ser muito cobiçada pelos milionários chineses e virou símbolo de status social.

O preço dos animais disparou nos últimos anos.

"Têm sangue de leão e são a flor e a nata dos machos reprodutores na família dos mastins", afirmou o criador Zhang Gengyun ao jornal Qianjiang.

A raça, que em alguns casos pode ser agressiva, se adapta às condições climáticas extremas e à altitude. Tradicionalmente os mastins são muito apreciados pelos pastores nômades da Ásia Central.

Os proprietários os consideram bons cães de guarda e muito leais.
 
Animais são famosos devido a semelhanças com um leão (Foto: STR/AFP)Animais são famosos devido a semelhanças com um leão

STF 'congela' redistribuição de royalties do petróleo por um ano



Concedida pela ministra Cármen Lúcia, a liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que impediu a aplicação da lei com a nova distribuição de royalties do petróleo completou na terça-feira, 18, um ano sem previsão de quando será julgada pelo plenário.


Cálculos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), com base em números da Agência Nacional de Petróleo (ANP), mostram que R$ 4 bilhões deixaram de ser redistribuídos nos seis primeiros meses de vigência da liminar. Como a produção de petróleo permaneceu estável nos meses seguintes, a estimativa é de que R$ 8 bilhões poderiam ter entrado nos cofres de Estados e municípios não produtores, os maiores beneficiados com a mudança aprovada pelo Congresso.

A legislação determina que liminares em ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) têm de ser concedidas pelo pleno da Corte. A única exceção prevista em lei é para períodos de recesso. Ao conceder a liminar em março, com o tribunal em atividade, Cármen Lúcia justificou que as sessões de 20 e 21 de março de 2013 já estavam com a pauta fechada.

Além disso, afirmou que na semana seguinte não haveria sessões em razão do feriado da Semana Santa. Portanto, não seria possível esperar para levar o tema a plenário. Na ocasião, a ministra afirmou que liberaria o processo para julgamento no mês seguinte. Até agora, porém, isso não ocorreu.

Após a concessão da liminar, nenhum argumento de mérito foi analisado. E somente oito meses após ter suspendido a eficácia da lei, no dia 21 de novembro, pediu pareceres à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para proferir seu voto.

O processo está na PGR desde 6 de fevereiro, à espera da manifestação do procurador Rodrigo Janot.

De acordo com os cálculos da CNM, nos primeiros seis meses de vigência, a União recebeu R$ 1,2 bilhão a mais do que teria direito pela nova lei e os Estados e municípios produtores de petróleo, notadamente Rio de Janeiro e Espírito Santo, ficaram com R$ 2,8 bilhões a mais. 

A estimativa é que igual montante foi repassado nos seis meses posteriores, mas a ANP ainda não divulgou o quanto foi destinado neste período.

Presidente da instituição que reúne os municípios, Paulo Ziulkoski destaca o fato de o tema ter sido debatido em seis votações no Congresso, até o pronunciamento final com a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff. "Ganhamos seis votações. O povo já se manifestou por meio de seus representantes. O Supremo precisa dar uma decisão. Esses R$ 8 bilhões deixaram de ser investidos em creches, merenda escolar e na saúde do País inteiro", diz Ziulkoski.

No STF, ministros criticam reservadamente decisões como a da ministra Cármen Lúcia. Afirmam que um ministro não pode, por uma canetada solitária, declarar inconstitucional uma lei aprovada pelo Congresso. E acrescentam que decisões nesse sentido criam ruído entre Legislativo e Judiciário. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasil: política no estilo Robin Hood: tirar dos ricos para dar aos pobres.


GUSTAVO CERBASI
28/02/2014 07h00 
 
O governo usa intensamente, em sua publicidade, o slogan “país rico é país sem pobreza”. Criada em 2011, a frase é o mote da política de distribuição de renda que tem melhorado os indicadores de desigualdade social no Brasil, com recursos como o Bolsa Família.

Mas a situação econômica brasileira vem apresentando as consequências da distribuição forçada de renda esperadas no longo prazo. Ao usar recursos arrecadados com os impostos para aumentar a renda de famílias menos ricas, supunha-se que o maior consumo estimularia a economia, faria as indústrias produzir mais e gerar mais empregos. 

Isso ocorreu em situações pontuais e ajudou no desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste. Mas a indústria não precisa apenas de consumidores. Precisa também de infraestrutura logística, crescimento sustentável, estabilidade e estímulos à inovação. Isso tudo custa e depende, no Brasil, de iniciativa governamental. A indústria brasileira perde fôlego e competitividade. Com um mercado que sobe e desce, os investimentos vão para vizinhos mais estáveis.

O risco passa também pelo emprego e pela renda. As políticas de combate à desigualdade geram resultados bons no curto prazo, mas eles não se sustentam por muito tempo. As famílias aumentam o consumo, aquecem a economia, mas aumentam as dívidas, e então deixam a economia sem demanda. 

Esse é o retrato do Brasil atual: timidez nos investimentos, saída de capital, incerteza nos negócios e no emprego e insatisfação crescente. Em vez de promover o crescimento, o estímulo não sustentável promove, entre as famílias, uma dependência cada vez maior do amparo do governo.

O problema está na inspiração das ações políticas. Não há sentido em afirmar que um país rico é um país sem pobreza. Na prática, esse slogan justifica uma política no estilo Robin Hood: tirar dos ricos para dar aos pobres. Como consequência, ricos produzirão menos e levarão seus recursos para onde for mais seguro. O slogan do governo afugenta a riqueza, em vez de promovê-la.

Um país rico é aquele que promove oportunidades iguais de acesso ao conhecimento e à educação e estimula investimentos, geração de empregos, tecnologia, segurança e crescimento. Em resumo, um país rico é aquele que colhe os frutos de ter estimulado, entre todos os cidadãos, a ambição de gerar riqueza. Estamos longe disso no Brasil. Por isso, somos um país pobre.

O debate deixou de ser uma discussão de ideias. A novidade são os indicadores, a realidade que pede mudança no uso dos recursos públicos. Podemos exigir, como cidadãos, uma administração mais sustentável dos impostos que pagamos. 

Anvisa proíbe venda de mais uma marca de whey protein

Nutrição


Punição vale para lote do 100% 3 Whey Protein Top Fuel. Agência encontrou irregularidades na quantidade de carboidrato declarada no rótulo

Whey protein: Anvisa encontrou irregularidades em mais uma marca de suplemento
Whey protein: Anvisa encontrou irregularidades em mais uma marca de suplemento (Thinkstock)

 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a punir fabricantes de whey protein, como são conhecidos os suplementos proteicos extraídos do soro de leite e usados por atletas. Desta vez, o órgão proibiu a distribuição e comercialização de um lote do 100% 3 Whey Protein Top Fuel, fabricada pela empresa Vulgo Suplementos em Belo Horizonte.

De acordo com a Anvisa, um teste demonstrou que o suplemento contém uma quantidade de carboidrato superior à declarada em seu rótulo. Essa diferença excede o limite imposto pela agência, que tolera uma diferença de até 20% entre as informações nutricionais presentes na embalagem do produto e a sua real composição. 

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A proibição das vendas do suplemento é válida somente para o lote testado – que é o 857, com data de fabricação de dezembro de 2012 e válido até dezembro de 2014. A decisão da Anvisa foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União.

Punições — No último mês, a Anvisa suspendeu a comercialização de vinte lotes de whey protein de catorze fabricantes diferentes. Os suplementos também haviam apresentado uma diferença maior do que de 20% entre a quantidade de carboidratos declarada no rótulo e a presente na composição do produto.

Dilma aprovou compra de refinaria que provocou prejuízo de US$ 1 bi à Petrobras

Anuência da presidente foi dada em 2006, quando chefiava a Casa Civil. Hoje, ela afirma que só concordou porque recebeu 'documentos falhos' para análise

 

 

DE PAI PARA FILHO - A refinaria de Pasadena, no Texas: comprada na gestão de Gabrielli, acabou se transformando em um problemão do qual Graça Foster (no detalhe) quer se livrar



DE PAI PARA FILHO - A refinaria de Pasadena, no Texas: comprada na gestão de Gabrielli, acabou se transformando em um problemão do qual Graça Foster (no detalhe) quer se livrar  (Agência Petrobras e Glaicon Enrich/News Free)
 
Um dos mais malsucedidos negócios da história da Petrobras foi fechado com a anuência da presidente Dilma Rousseff, quando ela ainda era ministra-chefe da Casa Civil e comandava o conselho da estatal. Documentos revelados nesta quarta-feira em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostram que Dilma votou, em 2006, a favor da compra de 50% de uma refinaria em Pasadena, no Estado americano do Texas. 

A outra metade ficou com a trading belga Astra Oil. A parceria foi desfeita em junho de 2012, depois de acirrada disputa judicial. A Petrobras, então, adquiriu as ações da Astra Oil e ficou como única dona da refinaria – e também com um prejuízo superior a 1 bilhão de dólares. 


O caso, revelado por VEJA, está sob análise do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público, que investigam suspeitas de superfaturamento.

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Dois anos após a negociação, em 2008, Dilma levantou dúvidas sobre a transação. Na ocasião, a estatal e sua sócia belga divergiam sobre a condução da refinaria, e a Petrobras propôs comprar os 50% restantes. Por quanto? Setecentos milhões de dólares. 

A então ministra criticou duramente o presidente da estatal à época, José Sérgio Gabrielli, e a operação foi rechaçada pelo conselho. Em 2009, porém, a Petrobras perdeu na Justiça e foi obrigada a pagar 839 milhões de dólares à Astra pela sua metade. 

Quando percebeu que não havia o que fazer e o melhor era se livrar da refinaria, a única proposta de compra foi de 180 milhões de dólares. Diante do rombo iminente de mais de 1 bilhão de dólares, a Petrobras desistiu da venda.

Em 2006, a estatal havia pago 360 milhões de dólares por 50% da Pasadena Refining System Inc. A planta fora adquirida um ano antes, desativada, pela belga Astra Oil, por 42,5 milhões de dólares. 

O que levou a refinaria a ter uma valorização de dezessete vezes em um ano permanece um mistério. Documentos obtidos pelo jornal mostram que Dilma foi favorável à aquisição, embora já houvesse questionamentos sobre a planta, considerada obsoleta. 

A companhia até hoje não conseguiu explicar o que a levou a investir 1,2 bilhão de dólares em uma refinaria pequena, ultrapassada e sem condições de processar o petróleo extraído na costa brasileira, que não vale 15% disso. 

Ouvida pelo jornal O Estado de S. Paulo, Dilma manifestou-se pela primeira vez sobre o assunto. Afirmou que recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho". Em nota, a presidente afirma que o material que embasou sua decisão em 2006 não trazia justamente a cláusula que obrigaria a Petrobras a ficar com toda a refinaria, reporta o jornal. 

Dilma prossegue afirmando que também não teve acesso à cláusula Marlim, que garantia à sócia da Petrobras um lucro de 6,9% ao ano mesmo que as condições de mercado fossem adversas. Essas cláusulas "seguramente não seriam aprovadas pelo conselho" se fossem conhecidas, informou a nota da Presidência.

A nota encerra esclarecendo que, após tomar conhecimento das cláusulas, em 2008, o conselho passou a questionar o grupo Astra Oil para apurar prejuízos e responsabilidades. 

Em sua decisão, segundo o jornal, Dilma foi seguida pelos então ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Jaques Wagner (Relações Institucionais), hoje governador da Bahia pelo PT. Ambos integravam o conselho da estatal. 

O que a presidente não explica é por que aprovou a compra por 360 milhões de dólares de uma refinaria negociada um ano antes por 42,5 milhões de dólares.



19/03/2014
às 4:34

Que vergonha! Dilma estava escondendo até agora que apoiou, sim, a compra, pela Petrobras, de refinaria-sucata nos EUA que gerou prejuízos à Petrobras de US$ 1,204 bilhão!




É do balacobaco. Já contei a história aqui em detalhes. Só que o que o vem a público agora, em reportagem do Estadão, é ainda mais grave. 

A síntese é a seguinte: em 2005, a empresa belga Astra Oil comprou uma refinaria chamada Pasadena Refining System por US$ 42,5 milhões. Em 2006, vendeu 50% da refinaria à Petrobras por US$ 360 milhões. 


Para tornar a usina operacional, era necessário investir mais US$ 1,5 bilhão, conta que seria dividida entre a Petrobras e a Astra. 


O contrato previa que, se os sócios se desentendessem, a gigante brasileira seria obrigada a comprar a outra metade. Eles se desentenderam, e os belgas resolveram executar o contrato: pediram US$ 700 milhões por sua parte. 

A Petrobras não quis pagar, os belgas foram à Justiça e os brasileiros tiveram de ficar com a outra metade da sucata por US$ 839 milhões. Soma total do prejuízo: US$ 1,204 bilhão. A refinaria está parada, dando um custo milionário, todo mês, de manutenção.

Pois é… Até esta quarta, pensava-se que Dilma, que era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, não soubesse de nada à época. 

Prosperou a versão de que a negociação havia sido feita sem a sua anuência. Errado! Ela não só sabia como votou a favor da compra. Agora diz que ignorava a obrigação da Petrobras de ficar com a outra metade da empresa. Com a devida vênia, trata-se de uma cascata. 



E QUE SE NOTE: QUANDO A PETROBRAS COMPROU POR R$ 360 MILHÕES METADE DE UMA EMPRESA PELA QUAL OS BELGAS HAVIAM PAGADO R$ 45 MILHÕES — E DILMA CONCORDOU! —, JÁ SE TRATAVA DE UM ESCÂNDALO. AFINAL, SÓ NESSA OPERAÇÃO, SEM QUE SE REFINASSE UM BARRIL DE PETRÓLEO, OS BELGAS OBTIVERAM UM LUCRO DE 1.500% EM MENOS DE UM ANO.


Mais: o homem que negociou com a Petrobras em nome dos belgas é Alberto Feilhaber, um brasileiro que já havia trabalhado na… Petrobras por 20 anos e que se transferira para o escritório da Astra, no EUA. Quem preparou o papelório para o negócio foi Nestor Cerveró, à frente da área internacional da empresa brasileira.


Essa compra escandalosa é hoje investigada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal, pelo Tribunal de Contas da União e, em breve, por uma comissão do Congresso.


Imaginava-se, até esta quarta, que tudo era mesmo culpa de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da empresa, de quem Dilma nunca gostou muito. Agora, a gente descobre que a soberana sempre soube de tudo, não é mesmo? Parece que Gabrielli cansou de levar a culpa sozinho. 


Abaixo, uma síntese do escândalo, que tem, sim, as digitais de Dilma. Pois é… 


Lembro do candidato Lula, em 2002 e em 2006 e da candidata Dilma, em 2010, acusando os tucanos de querer privatizar a Petrobras, o que nunca aconteceu. Eles não privatizaram. Prefeririam quebrar a empresa. A Soberana assumiu o mandato com a ação da empresa valendo R$ 29. Está sendo negociada agora a R$ 12,60.

*

1: Em janeiro de 2005, a empresa belga Astra Oil comprou uma refinaria americana chamada Pasadena Refining System Inc. por irrisórios US$ 42,5 milhões. Por que tão barata? Porque era considerada ultrapassada e pequena para os padrões americanos.


2: ATENÇÃO PARA A MÁGICA – No ano seguinte, com aquele mico na mão, os belgas encontraram pela frente a generosidade brasileira e venderam 50% das ações para a Petrobras. Sabem por quanto? Por US$ 360 milhões! Vocês entenderam direitinho: aquilo que os belgas haviam comprado por US$ 22,5 milhões (a metade da refinaria velha) foi repassado aos “brasileiros bonzinhos” por US$ 360 milhões: 1.500% de valorização em um aninho. 


A Astra sabia que não é todo dia que se encontram brasileiros tão generosos pela frente e comemorou: “Foi um triunfo financeiro acima de qualquer expectativa razoável.”


3: Um dado importante: o homem dos belgas que negociou com a Petrobras é Alberto Feilhaber, um brasileiro. 

Que bom! Mais do que isso: ele havia sido funcionário da Petrobras por 20 anos e se transferiu para o escritório da Astra nos EUA. Quem preparou o papelório para o negócio foi Nestor Cerveró, à frente da área internacional da Petrobras. Veja viu a documentação. 

Fica evidente o objetivo de privilegiar os belgas em detrimento dos interesses brasileiros. Cerveró é agora diretor financeiro da BR Distribuidora.

4: A Pasadena Refining System Inc., cuja metade a Petrobras comprou dos belgas a preço de ouro, vejam vocês!, não tinha capacidade para refinar o petróleo brasileiro, considerado pesado. Para tanto, seria preciso um investimento de mais US$ 1,5 bilhão! Belgas e brasileiros dividiriam a conta, a menos que…

5: A menos que se desentendessem! Nesse caso, a Petrobras se comprometia a comprar a metade dos belgas — aos quais havia prometido uma remuneração de 6,9% ao ano, mesmo em um cenário de prejuízo!!!

6: E não é que o desentendimento aconteceu??? Sem acordo, os belgas decidiram executar o contrato e pediram pela sua parte, prestem atenção, outros US$ 700 milhões. Ulalá! Isso foi em 2008. Lembrem-se de que a estrovenga inteira lhes havia custado apenas US$ 45 milhões! Já haviam passado metade do mico adiante por US$ 360 milhões e pediam mais US$ 700 milhões pela outra. Não é todo dia que aparecem ou otários ou malandros, certo?

7: É aí que entra a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Ela acusou o absurdo da operação e deu uma esculhambada em Gabrielli numa reunião. DEPOIS NUNCA MAIS TOCOU NO ASSUNTO.

8: A Petrobras se negou a pagar, e os belgas foram à Justiça americana, que leva a sério a máxima do “pacta sunt servanda”. Execute-se o contrato. A Petrobras teve de pagar, sim, em junho deste ano, não mais US$ 700 milhões, mas US$ 839 milhões!!!

9: Depois de tomar na cabeça, a Petrobras decidiu se livrar de uma refinaria velha, que, ademais, não serve para processar o petróleo brasileiro. Foi ao mercado. Recebeu uma única proposta, da multinacional americana Valero. O grupo topa pagar pela sucata toda US$ 180 milhões.


10: Isto mesmo: a Petrobras comprou metade da Pasadena em 2006 por US$ 365 milhões; foi obrigada pela Justiça a ficar com a outra metade por US$ 839 milhões e, agora, se quiser se livrar do prejuízo operacional continuado, terá de se contentar com US$ 180 milhões. Trata-se de um dos milagres da gestão Gabrielli: como transformar US$ 1,204 bilhão em US$ 180 milhões; como reduzir um investimento à sua (quase) sétima parte.

11: Graça Foster, a atual presidente, não sabe o que fazer. Se realizar o negócio, e só tem uma proposta, terá de incorporar um espeto de mais de US$ 1 bilhão.


12: Diz o procurador do TCU Marinus Marsico: “Tudo indica que a Petrobras fez concessões atípicas à Astra. Isso aconteceu em pleno ano eleitoral”.

Por Reinaldo Azevedo



Governo de SP quer captar água de rio federal

São Paulo VEJA


Sistema Cantareira registrou 14,7% da capacidade nesta quarta-feira

Governo de São Paulo quer captar água do 
rio Paraíba do Sul para suprir demanda do Sistema Cantareira


Governo de São Paulo quer captar água do rio Paraíba do Sul para suprir demanda do Sistema Cantareira (Carlos Emir / Ag. O Globo)
 
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu autorização da Agência Nacional de Águas (ANA) para captar água da bacia do rio federal Paraíba do Sul e despejá-la no Sistema Cantareira, principal fornecedor de água para a região metropolitana paulista. 

Em uma sequência de queda histórica, o sistema registrou nesta quarta-feira apenas 14,7% de sua capacidade.

O Paraíba do Sul é a principal fonte de captação de água para a região metropolitana do Rio de Janeiro – abastece 10 milhões de pessoas.

Desde o começo do ano, o governo paulista tem descartado a possibilidade de racionamento, apesar do baixo nível do Cantareira. 

Outro fator prejudicial seria o consumo maior de água, impulsionado pelas altas temperaturas do verão mais quente da história no Estado. O governo paulista culpou ainda a estiagem severa pelo desabastecimento.

Na semana passada, a Sabesp reduziu 10% da vazão máxima de fornecimento para a Grande São Paulo. O governo também cortou 15% da quantidade de água vendida para São Caetano do Sul e Guarulhos.

"O governador Geraldo Alckmin pediu que nós, do governo federal, avaliássemos tecnicamente essa proposta, quanto ao impacto e à energia gerada. E também para fazermos a interlocução técnica com Minas Gerais e o Rio de Janeiro", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ela se reuniu nesta terça-feira com a presidente Dilma Rousseff e o governador paulista.

Segundo a ministra, se a captação for autorizadam as obras para utilizar a água dos reservatórios do Paraíba do Sul vão demorar um ano.

(Com a Reuters)