sábado, 19 de abril de 2014

NOVAS PROVAS DE CORRUPÇÃO NA PETROBRAS


ÉPOCA revela mais suspeitas de gestão temerária — e também de irregularidades — dentro da estatal

 

MACACÃO A presidente Dilma Rousseff em Suape, Pernambuco, de uniforme da Petrobras. Ela batizou o petroleiro Dragão do Mar

Na manhã da segunda-feira, dias após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter convocado os petistas a defender a Petrobras das mais graves acusações de corrupção na história, a presidente Dilma Rousseff trocou o discreto tailleur preto da Presidência pela clássica jaqueta laranja da estatal. Deixou a labuta no Planalto para fazer campanha no Porto de Suape, em Pernambuco.

Numa cerimônia montada às pressas para lançar ao oceano o navio Dragão do Mar, Dilma defendeu incisivamente a Petrobras. “Não ouvirei calada a campanha negativa dos que, por proveito político, não hesitam em ferir a imagem desta empresa que nosso povo construiu com tanto suor e lágrimas”, disse, zangada. “Nada, nem ninguém, conseguirá destruir (a Petrobras). Com o apoio de todas as pessoas, a Petrobras resistiu bravamente às tentativas de desvirtuá-la, reduzi-la e privatizá-la.”

A jaqueta laranja que Dilma ostentava ao discursar já deu orgulho aos brasileiros.
Quem não teria orgulho da maior empresa do Brasil, a 13ª produtora de petróleo do mundo e líder inconteste na exploração de óleo em alto-mar? Hoje, é a mesma jaqueta de Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras preso pela Polícia Federal (PF), acusado de comandar um dos mais vastos esquemas de corrupção já descobertos na estatal, um sujeito mantido no cargo por um consórcio entre PT, PP e PMDB, com o aval de Lula, que o chamava de “Paulinho”. A mesma jaqueta de Nestor Cerveró, o ex-diretor internacional da Petrobras que, indicado por PT e PMDB, é agora acusado de ser o artífice do desastre conhecido como “operação Pasadena”, em que a estatal desembolsou US$ 1,2 bilhão por uma refinaria nos Estados Unidos comprada um ano antes por US$ 42 milhões.

CONEXÃO O ex-ministro José Dirceu, ao levantar o punho depois de ser condenado e preso no caso do mensalão. Um advogado ligado a ele foi contratado para representar a Astra

A jaqueta laranja não é mais a mesma. Nem a autoridade política de Dilma, após ficar claro que ela avalizara a compra da refinaria Pasadena em 2006. Somente agora, tantos anos depois, ela se disse enganada pela diretoria da Petrobras, acusada de não ter explicado corretamente os termos do negócio.

Como fica a imagem de gestora competente, marca de Dilma, assim como a jaqueta laranja é a marca da competência da Petrobras? A combinação das duas imagens pareceu fora do lugar. Tudo ali estava fora do lugar. O navio Dragão do Mar fora construído pelo Estaleiro Atlântico Sul, uma sociedade entre as empreiteiras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, ambas suspeitas de pagar propina para conseguir contratos na Petrobras, segundo a PF investiga na Operação Lava Jato.

Nos últimos dias, Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, e Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional, foram ao Congresso Nacional falar sobre o caso da refinaria Pasadena. Eles divergiram. Para Graça Foster, “o negócio originalmente concebido tornou-se um investimento de baixo retorno sobre o capital investido.” Para Cerveró, “foi um bom negócio, sem dúvida”.

É útil relembrar a cronologia da transação. Em 2004, a empresa belga Astra comprou o controle acionário da refinaria Pasadena, no Texas, por US$ 42,5 milhões. A Astra pagou dívidas antigas, fez investimentos e vendeu 50% da refinaria à Petrobras por US$ 360 milhões. Havia no contrato uma cláusula segundo a qual, em caso de divergência entre os sócios, a empresa divergente deveria comprar a parte do outro. Tal divergência ocorreu em 2008, e a Astra fez uma proposta para vender a refinaria à Petrobras. A Petrobras decidiu não pagar e entrar na Justiça. Perdeu — e foi obrigada a pagar uma indenização de US$ 639 milhões.

Leia mais: - Graça Foster: compra da refinaria de Pasadena foi um "mau negócio"
- Cerveró diz que Pasadena foi bom negócio

O prejuízo, já grande, poderia ter parado por aí. Bastava à Petrobras ter feito um acordo com a Astra. De acordo com documentos inéditos obtidos por ÉPOCA, a Astra estava disposta a negociar. Em vez disso, a Petrobras preferiu entrar na Justiça outra vez. Perdeu de novo – e o prejuízo para o acionista subiu a US$ 1,2 bilhão.

CLIQUE PARA AUMENTAR
Como um mau negócio se tornou um negócio ainda pior

Até julho de 2009, o negócio de Pasadena era apenas ruim para a Petrobras. Depois, se tornou desastroso — quando não suspeito, tamanha a sequência de más decisões tomadas no curso de muitos anos. Até ali, havia um prejuízo de US$ 639 milhões com uma refinaria que para nada servia, a não ser enriquecer advogados contratados para defender a Petrobras na Justiça americana. E enriquecer também ex-fun­cionários da Petrobras que foram trabalhar na Astra. Somente os advogados contratados pela Petrobras já haviam cobrado US$ 3,9 milhões em honorários. Mesmo perdendo.

A Astra, segundo executivos ouvidos por ÉPOCA, já estava satisfeita com a indenização.
Havia outros processos na Justiça americana sobre o mesmo caso, mas a Astra, de acordo com executivos ligados a ela, estava disposta a fazer um acordo para encerrar o assunto. Não interessava extrair, nos tribunais, todo o dinheiro possível da Petrobras. Como uma trading, a Astra pretendia fazer mais dinheiro vendendo petróleo, nos anos seguintes, à própria Petrobras. E a manutenção de um longo e desgastante litígio contra a Petrobras, um dos gigantes do petróleo mundial, também afetava as outras relações comerciais da Astra, com empresas no mundo todo. Segundo esses executivos, a Astra não apenas poderia aceitar fazer um acordo. Ela queria fazer um acordo.

Se a Astra queria encerrar o assunto, quem poderia sair ganhando caso a Petrobras continuasse brigando nos tribunais? E, ainda por cima, brigando com poucas chances de se livrar do prejuízo de US$ 639 milhões — mas com chances razoáveis de aumentar substancialmente esse valor? Sem dúvida, os advogados contratados para prolongar essa briga.

Quanto mais tempo e mais processos, mais honorários milionários para eles. Não parece fortuito, portanto, que a decisão de prolongar a disputa judicial tenha partido, na Petrobras, de um grupo de advogados. Ao menos oficialmente.

No dia 9 de julho de 2009, segundo documentos internos da Petrobras, o chefe do Jurídico Internacional, o advogado Carlos Borromeu, defendeu, perante a diretoria da empresa, que a Petrobras continuasse brigando com a Astra nos tribunais americanos.

O departamento jurídico da Petrobras, como acontece na maioria das empresas, tem tal peso que raramente uma decisão é tomada em desacordo com a opinião dos advogados. 
Tem peso também, por óbvio, para escolher que advogados serão contratados para ajudar nos processos. Na Petrobras, os advogados reportam-se diretamente ao presidente — suas carreiras dependem dele. 

Naquele momento, o presidente era o petista José Sérgio Gabrielli, aquele que aprovara, anos antes, a compra da refinaria. E que, até hoje, defende o negócio.

Naquele dia de julho, Borromeu deveria estar em baixa. Fazia pouco tempo que uma corte arbitral dos Estados Unidos decidira que a Petrobras deveria pagar à Astra a indenização de US$ 639 milhões. 
Borromeu, sem se abalar pelo prejuízo que ele e seu departamento não haviam conseguido evitar na Justiça, disse aos diretores que a postura da Astra era “belicosa”. Disse também que a estratégia mais inteligente consistia em “prosseguir litigando” com os belgas. Por quê?

Segundo os cálculos apresentados por Borromeu à diretoria, a que ÉPOCA também teve acesso, eram mínimas as chances — 30%, para ser exato — de que a Astra aceitasse um acordo. Borromeu não explicou como chegara a esse percen­tual. Em contrapartida, argumentou, havia uma chance de 50% de que a Petrobras estancasse os prejuízos se continuasse nos tribunais. Logo, a decisão mais sensata era “prosseguir litigando”.

Para diretores que estavam na reunião, e altos executivos da Petrobras que entendiam do caso, os percentuais não faziam sentido. Estavam, na mais benigna das hipóteses, invertidos. 

O mais provável era que a Astra topasse um acordo. E, diante do tamanho do prejuízo que a derrota final da Petrobras nos tribunais americanos significaria, era preciso articular esse acordo. Gabrielli estava inflexível — não se sabe se por convicção pessoal, se por influência dos advogados ou se por ordens superiores. 


Como presidente, tinha poder para decidir que “sugestão de encaminhamento” seria feita ao Conselho de Administração, presidido por Dilma. Gabrielli comprou o argumento de Borromeu.



Procurado por ÉPOCA, Gabrielli afirma que “a disputa judicial buscava o melhor resultado para a Petrobras”. “As diferenças entre os sócios eram sobre procedimentos operacionais e o tamanho do investimento a realizar”, diz ele. 


“Buscamos explicitar as diferenças entre a disputa arbitral sobre essas questões e a judicial, que era o exercício do ‘put option’.” Pasadena foi um bom negócio?

Gabrielli afirma que a resposta é “sim” para o momento da compra, mas não teria sido sob o cenário de 2008 a 2012. “Vale lembrar que a refinaria está em operação todos esses anos e, devido à disponibilidade de petróleo leve e barato no Texas, especificamente no campo de Eagle Ford, atualmente é lucrativa, ainda que a Petrobras não tenha realizado os investimentos para capacitá-la a processar petróleo pesado”, diz.

Ele sustenta que as cláusulas omitidas do Conselho de Administração — a “put option” (sobre a opção de venda) e “marlim” (referente ao petróleo brasileiro) — não são as responsáveis por transformar um bom negócio no momento da compra, em 2006, em aparente mau negócio no cenário que vai de 2008 a 2012.

“Nesse período, o mundo mudou, descobrimos o pré-sal e o planejamento estratégico da Petrobras acompanhou as mudanças”, diz. Quanto à cláusula “marlim”, que garantiria a rentabilidade de 6,9% à sócia da Petrobras no caso de duplicação da capacidade de refino, ela é inócua. 

“Como não houve o investimento previsto — e essa é a razão da disputa judicial com a Astra —, ela não é válida. Isso foi reconhecido pela Justiça americana.”

Na época da reunião da diretoria, Cerveró não era mais diretor internacional da Petrobras. Pelos bons serviços prestados ao PT e ao senador Renan Calheiros, que também o apadrinhava, fora realocado para a Diretoria Financeira da BR Distribuidora, uma das principais subsidiárias da estatal.

Em depoimento ao Senado nos últimos dias, Graça Foster deu a entender que Cerveró fora rebaixado em virtude do mico Pasadena. Nem tanto. É como se Cerveró deixasse de dirigir uma Ferrari para pilotar um Jaguar — e com o mesmo combustível BR. 
A Ferrari agora estava nas mãos de Jorge Zelada, apadrinhado pela bancada do PMDB na Câmara. Era ele que, ao lado de Paulo Roberto Costa, pilotava o bólido mais veloz da Petrobras, tinha de dar explicações e resolver o problemaço que se tornara Pasadena. Ambos discordavam do cavalo de pau proposto pelo jurídico da Petrobras — e aprovado por Gabrielli.

Os técnicos abaixo deles, também. Nos relatórios internos obtidos por ÉPOCA, eles criticam o resultado da reunião e a posição de Gabrielli.  Parte desse material já foi publicado por ÉPOCA — mas a íntegra dos documentos agora revelados detalha os bastidores que levaram a Petrobras a ter ainda mais prejuízo com Pasadena.
 “Após a explanação (do advogado), resolveu a Diretoria apresentar ao Conselho a sugestão de não negociar-se com a Astra e sim prosseguir com a ação na Corte”, escreveram os executivos da área de Abastecimento. 
“A razão que fez com que a Diretoria optasse pelo prosseguimento da ação ao invés do acordo deveu-se principalmente pela alegada ‘prepotência’ com que a Astra vem se colocando frente à Petrobras e, segundo colocado na Diretoria, nunca ter havido de parte da Astra uma manifestação de desejar o acordo.”

Eles preferiam o acordo. E tinham argumentos, não apenas legais, para isso. Um deles: “O fato de pessoa altamente credenciada da Astra e membro do seu Board ter procurado uma aproximação para início de entendimentos com a Petrobras”. 
Em seguida, deixando de lado a dita prepotência dos executivos da Astra, os técnicos afirmaram o óbvio: o acordo significava menos prejuízo num negócio que, use-se lá qual fórmula matemática, já era um mico. 


“Caso no litígio a Petrobras perca, o custo total irá para cima de US$ 1 bilhão, acrescidos de honorários de sucumbência. Vale lembrar que a Petrobras já perdeu na arbitragem, e a possibilidade de perder na Corte é preocupante”, escreveram.

Diante desse cenário, o que propuseram os executivos? “A ministra Dilma deverá ser procurada para ser informada de que a Astra está procurando entendimentos, inicialmente por canais informais. (…) 


Com isto, a ministra Dilma deveria, na reunião do Conselho da próxima sexta-feira, comunicar que estão havendo (sic) movimentos de aproximação da Astra com relação a Petrobras e, com isto, o Conselho daria um prazo para que se consumasse o acordo — ou, aí sim, a partir deste prazo não restaria outra alternativa senão prosseguir na Corte.”

Os técnicos foram ignorados, os advogados prevaleceram, e o Conselho presidido por Dilma tomou, mais uma vez e no mesmo caso, uma decisão que, sob a luz do presente, revela-se profundamente danosa aos cofres — e à imagem — da Petrobras. 


Pode-se argumentar que Dilma e o Conselho de Administração foram, como no começo do caso Pasadena, mal assessorados. Que não tinham acesso às informações necessárias para tomar a melhor decisão possível em favor da Petrobras.

Outros executivos talvez tivessem prestado atenção aos apelos dos técnicos para levar a sério as abordagens informais da Astra. Mesmo depois que o Conselho presidido por Dilma resolveu levar a briga judicial até as últimas consequências, executivos da Astra prosseguiam buscando formas de encerrar o caso — o oposto do que asseguravam, meses antes, os advogados da Petrobras. 
Tamanho era o desejo dos belgas de pôr fim à disputa judicial que Mike Winget, presidente da Astra nos Estados Unidos, e Kari Burke, diretora da empresa, vieram ao Brasil diversas vezes, em busca de contatos políticos que resolvessem o caso definitivamente.

Segundo empresários e lobistas que mantiveram contato com eles, os diretores da Astra queriam duas coisas: que a Petrobras pagasse os US$ 639 milhões e que as duas empresas voltassem a fazer negócios. Para conseguir, a Astra, de acordo com esses relatos, estava disposta a pagar até US$ 70 milhões à pessoa certa — à pessoa que resolvesse o caso. Procuraram o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e um assessor informal dele, Carlos Mattos.

Como revelou ÉPOCA, Fernando Baiano é parceiro de negócios de Paulo Roberto. Baiano não conseguiu resolver. Procuraram outros lobistas, que também não resolveram. Nas conversas com esses lobistas e empresários, os dois executivos da Astra diziam que haviam contratado um advogado ligado ao ex-mi­nistro José Dirceu para resolver o assunto. 
Não declinavam o nome do advogado, o método empregado por ele para “resolver”, nem o andamento das tratativas. Para convencer a Petrobras a encerrar o caso, os executivos conseguiram até que o senador americano Ted Kennedy enviasse uma carta à presidência da Petrobras, apelando para a boa relação entre os dois países.

A intensa movimentação dos executivos demonstra que a Astra não estava interessada em faturar os US$ 1,2 bilhão pagos pela Petrobras. Queriam mais — mas em negócios. Ao fim, quem mais ganhou com tudo isso, além dos belgas, foram os advogados contratados pela Petrobras.

19 de abril de 2014
ÉPOCA Online
Diego Escosteguy, com Marcelo Rocha, Murilo Ramos e Flávia Tavares

Estratégia de Esquerda: Ambição global


Uma estratégia que os beneficiários da esquerda adoram, e que sempre é executada pelos funcionais, é pensar sempre globalmente.

E qual a vantagem disso? Capitalização política com maior intensidade.

Antes de tudo, tenho que explicar aqui o conceito de capitalização política, que serve para explicar grande parte das estratégias de esquerda, mas é essencial para entendermos esta em especial.

Vamos imaginar o cenário de uma empresa, que tenha duas unidades de negócio, cujos gerentes sejam rivais. Neste exemplo, vamos chamá-las de unidades Delta e Gama. Cada uma delas possui especialização em linhas de serviços diferentes em relação aos serviços da empresa.

O Gerente da unidade Delta afirma que os serviços fabris não são o “futuro”, e que aos poucos a empresa deve abandoná-los e focar especialmente em serviços de inteligência competitiva. Já o Gerente da unidade Gama acredita que os serviços fabris são a base de sustentação da empresa, e que portanto devem ser priorizados.

Suponha que ocorram vários eventos no primeiro trimestre, no qual o faturamento da empresa cai de 65 para 40 milhões no período.
Essa queda ocorreu por causa do desativamento de vários serviços fabris, causando redução do faturamento da unidade Gama. Foram 4 desativamentos consecutivos.

Mesmo que a empresa tenha perdido faturamento, o Gerente da unidade Delta CAPITALIZOU politicamente.

Ou seja, ocorreram quatro eventos que geraram essa capitalização positiva para o Gerente da unidade Delta.

Agora, imagine se ele encontrar o caso de outras empresas perdendo negócios fabris também. Ele poderá CAPITALIZAR ainda mais, mesmo utilizando eventos fora de sua empresa.

Se você entendeu o conceito de capitalização, e como ele ocorre NO CURSO de eventos, notará por que priorizei a explicação de capitalização política, e ampliação dessa capitalização para além das fronteiras tradicionais.

Realize agora a situação em que ocorra uma tragédia, por causa das chuvas, em um estado.

Nessa situação, o esquerdista poderá capitalizar, dizendo que o evento ocorreu por causa dos “poderosos”, que não cuidaram da infra para os pobres. Claro que será uma explicação que não tem a ver com a realidade. Mas ele vai capitalizar por usar esse discurso.

Lembre-se que capitalização política não é o mesmo que ganho direto de capital. Geralmente, especialmente no nível funcional, é ganho de autoridade moral.

Isso significa que a cada rotina exercitada, de acordo com os eventos que ocorrem, ele fará a capitalização.

Mas se o intuito dele é capitalizar politicamente sempre que possível, para que se restringir aos eventos que ocorrem em seu país?

É aí que o esquerdista irá citar eventos de qualquer país do mundo para iniciar suas rotinas. Sempre em busca da alegada “justiça social” em qualquer lugar que ele possa imaginar.


Por exemplo, no caso da sentença de apedrejamento para a iraniana Sakineh, muitos esquerdistas começaram seu protesto, lutando contra as “injustiças contra as mulheres” ou “machismo extremista” existente na sociedade iraniana.
Foi inclusive por isso que publiquei o texto “O Liberalismo como Droga Psicológica”, assim como “A difícil situação da nova consultora de comportamento global Carla Bruni”.


Mas na época não tinha ainda realizado a investigação a ponto de entender o MOTIVO pelo qual os esquerdistas agem assim.


O exemplo da empresa mostra que agora temos uma explicação bem plausível: olhar (de forma simulada ou não) para os “problemas” do mundo todo e exercitar uma postura de que se está lutando para “corrigir” todos esses problemas, aumenta o grau de capitalização política do esquerdista em si.

Estratégia de Esquerda: Retórica do Ódio




Se vocês prestaram atenção aos detalhes, notarão que estou priorizando a divulgação das estratégias de esquerda que tem mais importância para eles. Estas são utilizadas em maior quantidade.

Agora é o momento de falar da retórica de ódio. É o momento de entender por que leitores de Richard Dawkins odeiam tanto os religiosos, ou por que os leitores de Karl Marx odeiam tanto os que não se coadunam com seus ideais. Como mostrarei aqui, é apenas uma questão de estratégia.

O fato é que o rancor (catalizado em forma de ódio) que um grupo sente em relação a outro é um forte motivador para a luta. Tecnicamente, a função é a mesma do amor. Amor e ódio são sentimentos com potencial similar para gerar ações.

Vejamos o exemplo de um pai, que luta ardorosamente para dar o melhor para seus filhos. É claramente um ato de amor. Mas se um pedófilo bolinar uma de suas filhas, ele poderá ir até o fim do mundo para punir esse malfeitor. Esse é um ato de ódio. Ambos levam à ação.

Conservadores de perfil religioso lutam para conter os atos de ódio, e dizem que as ações devem ser essencialmente direcionadas ao amor. Já esquerdistas trabalham os dois aspectos, e, por vezes, priorizam o componente de ódio.

Os esquerdistas do tipo funcional são motivados a amar sua ideologia, seus líderes, através do uso de estratégias (criadas e mantidas pelos beneficiários, e reproduzidas pelos funcionais) como Obtenção de autoridade moral e Julgamento pelo Futuro

 Depois disso, são apresentados aos funcionais os bodes expiatórios que não deixariam esse futuro projetado ocorrer. 

Todo o discurso, a partir desse momento, será feito para inserir no coração do funcional a maior carga de ódio em relação a esses bodes expiatórios que eles poderão suportar. O militante aí estará pronto para a luta.

Antes que surja a objeção, vou tratá-la de antemão: não estaria o autor deste blog incorrendo no mesmo recurso que os esquerdistas ao ter escrito o texto “Falando ao Coração”? Lembremos que neste texto eu citei um diálogo no qual eu expus a um sujeito que havia sequestrado que parte da culpa desse ato devia ser computada aos esquerdistas, que apoiaram leis de impunidade ao menor. Somente pelo fato dos menores não terem sido punidos é que foi possível que estes mesmos menores o sequestrassem.

A resposta é clara: não! Isso não é retórica de ódio, mas simplesmente o apontamento dos fatos.
Já a retórica de ódio da esquerda não é baseada em fatos, mas simplesmente na criação de FICÇÕES, para a projeção do futuro maravilhoso, ou MAQUIAGEM de fatos, para enfim arrumar um bode expiatório.

Por exemplo, se um esquerdista diz que “está do lado do povo”, isso não é a narração de um fato, mas uma alegação política. Se investigarmos a fundo, veremos que na totalidade dos casos o sujeito está no máximo a favor de alguns corporativismos que ajudam a tomada de poder por um grupo, mas não “o povo”.

Creio que diferenciei claramente o apontamento dos fatos da retórica de ódio.

Pela implementação de ódio profundo no coração deles contra todo e qualquer oponente de suas ideologias, fica bem claro que temos a sensação clara de que, quando conversamos com eles, notamos que esquerdistas estão visualizando o nosso cadáver a todo momento.

Se você achar que esta é uma estratégia abominável, basta se lembrar da consequência da implementação com sucesso da esquerda por completo, nos exemplos da China, Cambodja e Rússia.
Para tirar as dúvidas, vamos fazer um teste. Imagine a questão dos gays. Visualize a situação na qual um grupo de gays é agredido. 

É muito difícil você encontrar a maioria dos conservadores apoiando esse ato. Pelo contrário, muitos irão dizer que isso é uma aberração, mesmo sendo contra as leis do gayzismo. Quer dizer, o fato de um grupo ser contra as idéias do outro não implica que temos que odiar esse grupo.

Já no caso dos esquerdistas, vemos diversos atos aberrantes, como a punição aos presos políticos em Cuba, a prisão arbitrária de Alejandro Exlusa na Venezuela ou mesmo a recente invasão do Clarin na Argentina. Se fosse do nosso lado, talvez falaríamos: “aí já é demais”. Isso explica o fato de que todas as ditaduras de direita foram sempre caridosas demais.

Já em relação aos esquerdistas, há uma aprovação UNÂNIME aos atos de Cristina Kirchner, Hugo Chavez e Fidel Castro. Não há queixa alguma. Há apoio, irrestrito. E geralmente dizem algo do tipo: “falta isso acontecer agora no Brasil”.

Isso está explicado pelo fato de que a mente do esquerdista é acostumada a visualizar cadáveres quando olham para seus adversários. Isso ocorre por que há ódio profundo e incontrolável na alma deles, em relação a seus adversários.

É por isso que o esquerdismo, sendo uma religião política, pode ser considerada a mais perigosa de todas as doutrinas.


A esquerda que se vangloria por nada: desconstruindo as fraudes de Frei Betto em prol da impunidade de menores



freibetto
 
Conforme já mostrei no texto “Por que a apologia aos criminosos praticada pelos esquerdistas não passa de um grande negócio?”, toda vez que virmos um esquerdista defendendo a impunidade dos criminosos violentos devemos tratá-los da mesma forma que tratamos fraudadores da pior espécie, pois temos pessoas com falhas de caráter defendendo um dos negócios mais sujos possíveis.

No blog Pragmatismo Político, Frei Betto usa uma série de truques para seguir protegendo este negócio. O texto que será desconstruído aqui é “Todos os países que reduziram maioridade penal não diminuiram violência”.

É natural que a defesa de marginais violentos resulte em muitos benefícios financeiros para a elite dos beneficiários da esquerda. A turma funcional que os segue propaga o discurso sem ganhar nada com isso. Mas não importa, pois o processo vicário tira qualquer escolha destes últimos: eles seguem empolgados propagando fraudes para proteger seus líderes. Fraudes estas criadas por estes líderes.

No texto, Betto usa uma técnica pífia que eu já havia desconstruído no texto “Ceticismo político nível ‘hard’: Quando um esquerdista diz usar fatos decisivos para defender impunidade a criminosos violentos”. Usar percentuais de reincidência maiores ou menores não configura nada se não for feita uma análise temporal de um impacto. Ou seja, algo que qualquer pessoa intelectualmente honesta deveria saber.

Por exemplo. Suponha que estamos executando testes de software em um aplicativo e há 20% de chances dele ficar indisponível. Esse valor em si não significa absolutamente nada se não dimensionarmos o impacto da indisponibilidade. Suponha que por outra alternativa temos 70% de chances do aplicativo ficar indisponível. 

Se a indisponibilidade neste caso durar 2 horas (enquanto no primeiro durar 40 dias), citar que temos “20% ao invés de 70%” não significa absolutamente nada em termos de benefício ou malefício.

Se a reincidência de menores é de 30% nos sistemas socioeducativos (e não 20%, como Betto citou) e de 60% (e não 70%, como mais uma vez o esquerdista maquiou – e ambos os números foram referenciados por Frank Jaava no primeiro artigo linkado neste texto) no sistema prisional, isso ainda não muda o fato de que um sujeito saindo depois de três semanas após ter estuprado uma mulher pode estuprar uma outra um mês depois. 

Sendo assim, qual o benefício dos “30% de reincidência” se o impacto para os civis é muito maior? Em suma, sempre que um esquerdista jogar percentuais a esmo, é claro que ele esconde a variável mais importante: impacto. Quem quiser consultar o PMBOK, saberá que qualquer análise de risco que ignore um de dois fatores (probabilidade e impacto) é desonesto.

Para além desta fraude intelectual evidente, há outra fundamental: falsificar a intenção de uma proposta para criticá-la por essa intenção inventada. Ou seja, é a falácia do espantalho.

Por exemplo, imagine que você lance uma campanha promocional para aumentar a venda de empadas e esfirras s em uma lanchonete. Um oponente pode lhe criticar por causa de sua campanha não ter aumentado a venda de energéticos. Mas quem disse que sua intenção era aumentar a venda de energéticos? Simples: o seu opositor inventou essa intenção desonestamente para dizer que sua proposta “não funcionou”. Sempre que vir isso acontecer, desmascare o fraudador de imediato.

É o que temos que fazer com Betto quando ele diz que países que reduziram a maioridade penal não registraram redução da violência. Mas observe as fontes dele:
Nos 54 países que reduziram a maioridade penal não se registrou redução da violência. A Espanha e a Alemanha voltaram atrás na decisão de criminalizar menores de 18 anos. Hoje, 70% dos países estabelecem 18 anos como idade penal mínima.
Ué, cadê as fontes? O gato comeu? Qual era a taxa anterior às leis? Qual a taxa posterior? Como Betto não apresentou essas fontes, sua alegação vale o mesmo que um peido.

Mas, a título de argumento, vamos fingir que ele possa ter evidências do que fala. Antes de tudo, temos que eliminar a falácia do apelo à autoridade: quem disse que Espanha e Alemanha são autoridades na questão da justiça? Assim como a maioria da Europa, o esquerdismo é muito influente por lá, o que pode fazer com que todas as leis (mesmo as de redução de maioridade penal) sejam ineficientes.

É melhor, portanto, tratamos a fraude principal: a implementação de falsas intenções na proposta do outro.

O fato é que redução da maioridade penal não é medida pela redução ou aumento dos crimes em níveis gerais, pois são vários os fatores que levam os crimes a ocorrer. De nada adianta reduzir a maioridade penal e manter um sistema cada vez mais leniente com o crime. 

Por exemplo, do jeito que a esquerda é, se reduzirem a maioridade penal vão exigir que nenhum estuprador passe mais de 3 anos na cadeia. Como os esquerdistas dedicam sua vida à impunidade, é claro que temos que reduzir a influência dos discípulos de Marx para implementarmos leis de fato eficientes para combater o crime. Isso não muda o fato de que a redução da maioridade penal é um imperativo moral e técnico.

Vejamos o caso do adolescente que estuprou uma passageira de ônibus na frente dos demais passageiros. Esse monstro já havia sido pego por outros crimes que deveriam tê-lo levado a um bom tempo de prisão antes. Mas por causa da lei de impunidade de menores, ele estava livre, pronto para poder estuprar aquela mulher na frente de todos os demais passageiros do ônibus. Qual o nível de humilhação essa mulher sofreu? Será que algum dia ela vai se recuperar do trauma? Muito provavelmente não.

Em suma, ao aceitar plenamente o impacto de dar a uma classe privilegiada (os menores infratores) licença total para matar, estuprar e torturar, o estado assume um impacto absurdo pelo qual se torna responsável. Podemos logicamente afirmar que manipular percentuais para promover esse tipo de licença para matar é uma ideia psicopática. (Não estou afirmando que Frei Betto é um psicopata. Ele pode ser apenas psicótico. 

Ou histérico. Mas eu foco em quem inventou esse argumento defendido por ele. Claramente é um psicopata).

Betto também omite o fato de que aqueles que defendem a redução da maioridade penal também defendem penas justas para criminosos. Por exemplo, um estuprador não pode ficar menos de 10 a 15 anos na cadeia. O mesmo vale para assaltantes, estupradores, sequestradores e latrocidas. Alguns desses casos mereceriam inclusive prisão perpétua. Do jeito que as demais leis de impunidade existem para favorecer criminosos bárbaros, é claro que nós sabemos que apenas reduzir a maioridade penal em um sistema leniente não vai gerar resultados mesmo.

Quando Betto omite que a redução da maioridade penal é apenas uma das propostas para redução do crime defendidas pelos cidadãos decentes, comete aqui sua terceira fraude intelectual. Do jeito que Betto trata a questão, parece que os direitistas dizem que “redução da maioridade penal é a solução do problema”. Mentira. A direita propõe que várias medidas sejam tomadas para evitar a conivência do estado com o crime. Uma dessas medidas mais importantes e urgentes é a redução da maioridade penal.

Tivéssemos a redução da maioridade penal, teríamos salvo aquela mulher carioca de ser estuprada em um ônibus em plena luz do dia. Também teríamos salvo a vida de um dentista que morreu ao ser queimado por assaltantes. Todos criminosos com licença para matar, por causa de uma lei psicopática que lhes garante a impunidade.

Não há um argumento lógico que justifique dar licença para matar para os menores de idade, tanto que Betto precisou recorrer a pelo menos três fraudes intelectuais grotescas para continuar promovendo sua proposta imunda.
Se este texto de Betto é considerado “um pilar da argumentação da esquerda contra a redução da maioridade penal” é sinal de que temos um problema a resolver na direita: a falta de combatividade à essas fraudes. Pois desmascará-las é fácil até demais

Jorge Oliveira. Mensaleiros: ladrões de galinhas



Publicado: 18 de abril de 2014 às 2:04                   Diário do Poder

Alemanha, Hamburgo – As CPIs criadas pelo Congresso Nacional não apresentam resultados positivos há muito tempo. O problema é que os congressistas normalmente são despreparados para questionar seus convidados e os convidados não têm o menor respeito pelos congressistas. Veja o que aconteceu com o depoimento da Graça Foster, a Graciosa (!), presidente da Petrobrás. Falou, falou e não disse nada. Além de não esclarecer os últimos escândalos, não conseguiu também responder porque o seu marido há vários anos atua como fornecedor da Petrobrás,  beneficiando-se de contratos sem licitação.

Como adiantou o jornalista Claudio Humberto, aqui, no Diário do Poder, são  verdadeiras as informações de que o marido da Graciosa é fornecedor privilegiado desde 2005 na venda de componentes para a  Petrobrás. A informação circula nos corredores da empresa há mais de uma década. É por isso que a Graciosa mantém-se silenciosa sobre as tramoias de alguns diretores. Ela teme o contra-ataque lá dentro que pode arranhar o casal.

Mas se depender dos parlamentares que acompanham as investigações sobre a Petrobrás,  Graciosa pode ficar tranquila. Nenhuma acusação bombástica será revelada que a incrimine.  E tão pouco os brasileiros vão conhecer a caixa preta por onde passam os contratos bilionários viciados entre os fornecedores e a estatal. Os deputados e senadores não têm qualificação nem conhecimento para questionar os técnicos que irão depor. Por isso, muitos desses depoentes deixam a comissão de inquérito como chegam: pela porta da frente e  às vezes até aplaudidos, como já aconteceu em casos recentes.

Quem não se lembra, por exemplo, do marqueteiro Duda Mendonça que confessou ter recebido no exterior milhões de dólares da campanha do ex-presidente Lula, dinheiro, segundo ele próprio, proveniente de caixa dois. Deixou a CPI sob aplausos de parlamentares que iriam destacar depois a sua sinceridade com que revelou o crime cometido como se isso fosse atenuante ao delito da lavagem de dinheiro.

Os depoimentos dos diretores da Petrobrás mais cedo ou mais tarde caem no abismo do esquecimento. A empresa gasta milhões de reais em comunicação para “plantar” informações na mídia e minimizar a importância da CPI e até denegrir a imagem de parlamentares mais afoitos que tentam questionar os escândalos com mais independência. É assim, com jornalistas lobistas espalhados pelos corredores do Congresso Nacional, que o governo vai tentar desarmar a Comissão Parlamentar de Inquérito que não terá fôlego nem para começar os trabalhos.

Não se iluda, no final de tudo isso o governo ainda sai ganhando. O fracasso da investigação do escândalo na Petrobrás ainda dará motivos para o PT se vangloriar de que a oposição insistiu na instalação da CPI mas foi incompetente para descobrir as denúncias de desvio de recursos, a compra superfaturada de refinarias, a propina a diretores da empresa, as inúmeras fraudes nos contratos em licitação e as compras superfaturadas de equipamentos. De réus, os petistas certamente passarão a vítimas.

Diante de tanta corrupção nas principais empresas estatais brasileiras é de se duvidar da honestidade da presidente Dilma, que durante muito tempo, no governo Lula, conviveu e apoiou as nomeações de apaniguados que chegaram ao governo para roubar e os mantêm no poder até hoje.  O assalto bilionário aos cofres da Petrobrás é tão grande que os mensaleiros já foram desclassificados a categoria de ladrões de galinha.

Carlos Chagas A REFORMA INEVITÁVEL DO PETISMO




Publicado: 19 de abril de 2014 às 7:48 -Diário do Poder



Como mote para a Semana Santa, vale tirar lições   na história das religiões para aplicá-las à nossa realidade   política. Porque as religiões, quaisquer que sejam, atingem seus momentos culminantes e mais sublimes quando necessitam competir para sobreviver.  Da mesma forma, tendem à intolerância quando e onde são indiscutidas e soberanas.

O Cristianismo nasceu, conquistou adeptos e afirmou-se através do martírio de seus fiéis,  mais tarde ao enfrentar o Islã e em seguida ao ver-se      atropelado pela Reforma. Três momentos, entre dezenas de outros,  em que a Igreja lutou,   penitenciou-se, revigorou-se   e manteve sua influência. No reverso da medalha, quando absoluta, sem adversários,  mergulhou nas profundezas da Inquisição, nas fogueiras, na venda de indulgências e na intolerância teológica, esta por sinal  vigente até pouco tempo.

Raciocinando do maior para o menor, se quiserem do geral para o particular, o que vem  acontecendo  com o PT? O partido nasceu da indignação do proletariado e de parte  da intelectualidade,  como reação a um modelo social, econômica e politicamente estagnado. Conquistou amplas camadas da população, resistiu ao conservadorismo e sustentou reformas fundamentais. Cresceu,  através de sucessivas eleições, até chegar ao governo.

A partir daí, os companheiros imaginaram-se   definitivos, logo passando a impor o pensamento único, donos de todas as  verdades.  Junto com a soberba, adotaram vícios muito parecidos com a fogueira,  o nepotismo e os excessos do abuso do poder.  Guardadas as proporções, copiaram   praticas dos  Papas da Renascença. A seu modo, encontram-se vendendo indulgências,  nomeações, contratos e facilidades, empenhados em usufruir das benesses do controle nacional.

Devem precaver-se os petistas. Quanto menos sentem não haver  competição, mais intolerantes se tornam. Julgam que depois dos oito anos do Lula estão vivendo  os oito  de Dilma, depois dos quais virão mais oito do Lula. Imaginam  seu reinado permanente. Tivessem um pouco mais de cuidado com as lições da História e perceberiam estar avançando sobre eles  a sombra de um Lutero caboclo, disposto a reformar sua liturgia absoluta. Dividir-se-á a Cristandade, ou melhor, o petismo, diante de uma Reforma inevitável?

Comentários
  • Samuel Gueiros Jr. ·
    Chagas utilizou exemplos religiosos. Porque não exemplos políticos mesmo, como o fascismo (Itália), o nazismo (Alemanha), o peronismo (Argentina), o bolchevismo, (Rússia), o franquismo (Espanha)? o nazipetismo não demora a implantar o "heil Lula". O Camping Digital do PT é a cópia das técnicas nazistas de arregimentar uma juventude sedenta de fanatismo, que entregam a própria mãe em prol do ptismo. Acho que as coisas caminham não para o que vai se desenhando ser a derrota de Dilma, mas, principalmente como será o desmonte do PT na administração pública, esta prestes a sofrer de infecção generalizada. O país entrará na UTI a partir de 2014 e esse pessoal não vai entregar fácil o poder, podem contar com sabotagens, destruição, queima de arquivos, se não descambar para batalha campal na transição. Aécio ou Campos vão precisar de uma estratégia militar para desalojar o bunker petista do Estado. A derrota do PT se dará à custa de uma espécie de "Normandia" política do país, com os verdadeiros aliados (o povo) a enfrentar nas praias a funesta e covarde ditadura petista, a maior fraude em toda a história política do país.
  • arthur.latache (entrou usando yahoo)
    Meu Caro Chagas
    Lamento discordar, mas, corrija-me, parece-me que quase(?) todos fundadores originais do PT que poderiam realizar a mudança proposta saíram; muito mais fácil eles criarem outro partido ou unirem-se a quem lhes possa dar guarida.
  • Rosa Casta
    Nem a religião católica nem o Islã em seu período mais fervoroso teve 48% de votos contra. Portanto meio descabida a relação. O que acontece é que todos se perguntam onde foi parar aquele partido que vinha mudar tudo. Cadê a turma do " não roba nem deixa robá ?"



No PMDB-RJ Ministro do PMDB lidera resistência ao movimento ‘Aezão’



Governo se movimenta para tentar impedir movimento pró-Aécio Neves
Publicado: 19 de abril de 2014 às 10:40 -

min moreira franco 2
Ministro Moreira Franco. Foto: ABr

Rio - Desde que parte do PMDB do Rio de Janeiro prometeu apoio ao tucano Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, na última segunda-feira, a ala governista da legenda iniciou articulações para conter a dissidência e garantir apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff no Estado.
Representante desse grupo, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, age para evitar o voto “Aezão”, pregado por Aécio após o encontro com os peemedebistas fluminenses. 

A ideia é difundir no Estado o apoio silmultâneo ao tucano para a Presidência e ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) para o Palácio Guanabara.

“Estamos realmente (trabalhando para conter a dissidência), porque vivemos a história do PMDB e o PMDB não trai”, afirmou Moreira Franco. O ministro tem conversado com os convencionais do Estado, considerados fundamentais na convenção nacional que decidirá a posição do partido na eleição presidencial, a fim de assegurar apoio a Dilma.

A movimentação do ministro entra em choque com a ação do presidente regional da legenda, Jorge Picciani, que lidera a ala pró-Aécio no PMDB. (Luciana Nunes Leal/Agência Estado)

Diario do Poder

Corrupção Polícia Federal abre inquérito contra Eike Batista




Amigo de Lula e Dilma será alvo de inquérito da PF, a pedido do MPF

Publicado: 18 de abril de 2014 às 17:42            Diário do Poder


eike e lula no jatinho
Nos tempos em que era considerado bilionário, Eike (de azul) ao lado do amigo Lula embarcando em seu jatinho

A Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro instaurou ontem um inquérito policial para apurar possibilidade de crimes financeiros cometidos pelo empresário Eike Batista em 2013, quando estava à frente da petroleira OGX. A investigação correrá sob sigilo.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a PF não cita o nome do empresário, que tem ligações muito próximas com o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff.  O texto diz que vai apurar a prática de crimes por parte do “acionista controlador de uma empresa que atuou na área de petróleo envolvendo negociações de ações, em tese, irregulares, realizadas em 2013″.
Na segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro havia solicitado que a Polícia Federal instaurasse um inquérito para apurar a suposta prática de crimes financeiros pelo controlador da OGX. 

O pedido foi embasado nas conclusões do relatório de acusação elaborado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encaminhado ao MPF no dia 19 de março.

País tem mais ministérios que EUA e Chile juntos -Coluna Claudio Humberto

  • 19 de abril de 2014 

     
    A promessa do presidenciável Aécio Neves (PSDB) de, eleito, reduzir o número de ministérios, faz lembrar que o Brasil tem mais ministérios que a soma de todos os que existem nos governos dos Estados Unidos e do Chile. Com 39 ministros sem autonomia nem metas a perseguir, o governo Dilma Rousseff sucumbe ao inchaço, com crescimento pífio da economia e estagnação no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
  •  
    Com 15 ministérios e cerca de 2 milhões de servidores, os americanos mantêm a maior potência do mundo funcionando sem inchar o governo.
  •  
    Com 80% de aprovação, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, e seus 20 ministros comandam o país de melhor IDH da América Latina.
  •  
    Aloizio Mercadante reflete a confusa gestão Dilma. Já foi ministro de Ciência, de Educação e está na Casa Civil. E só entende de economia.
  •  
    A Câmara vai homenagear nesta terça-feira (22) os 54 anos de Brasília. O evento acontece no Plenário Ulysses Guimarães, às 9h30.
  •  
    O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou intervenção judicial e afastamento da diretoria da Rede TV!, sucessora da TV Manchete, que foi extinta em 1999 após calote de mais de R$ 500 milhões em funcionários e fornecedores. A novela judicial da dívida da família Bloch, assumida pela Rede TV!, parece mais perto do fim com a possível execução da penhora de 10% do faturamento do canal de Amilcare Dallevo, o principal sócio.
  •  
    A sentença cita matéria sobre “a vida de Luiz XVI” de Amilcare Dallevo em São Paulo, com 50 vagas de garagem e dois helipontos em casa.
  •  
    Cita ainda “fortes indícios de movimentação clandestina do dinheiro” da Rede TV!, que agora só terá o Supremo Tribunal Federal para recorrer.
  •  
    O Sindicato dos Jornalistas do DF representou contra o deputado Jair Bolsonaro (PP) que chamou Manuela Borges (Rede TV) de analfabeta.
  •  
    Com medo da volta de Lula, a cúpula do PMDB acredita que o partido dificilmente aceitaria Josué Gomes para vice, em lugar de Michel Temer. Cristão-novo, ele é tido como “soldado do Lula, não do PMDB”.
  •  
    Mais constrangedor que a presidente da Petrobras admitir “mau negócio” na refinaria de Pasadena, foi Graça Foster dizer que soube das maracutaias doleiras do ex-diretor Paulo R. Costa “pela imprensa”.
  •  
    A pesquisa do PMDB-MA, que aponta Lobão Filho perto de Flávio Dino (PCdoB) na disputa ao governo, não foi registrada no TRE-MA e foi feita em apenas um município, não refletindo a situação dos candidatos.
  •  
    Os chineses estão muito preocupados com a queda de seu PIB. O crescimento do país este ano deve ficar na casa dos 7,4%. Enquanto isso, no Brasil ficaremos felicíssimos se o crescimento chegar a 1,5%.
  •  
    Rival do tio Antônio Valadares e do primo Valadares Filho (PSB-SE), o ex-deputado Pedro Valadares colou em Eduardo Campos e acabou promovido a assessor especial. Ele cuidará da agenda em SP e no DF.
  •  
    Enquanto parte dos cristãos malham Judas neste sábado de aleluia, o governo segue firme malhando o contribuinte. Ao final do dia, o valor total pago em impostos passará de R$ 520 bilhões, só em 2014.
  •  
    Ex-líder do PT, Maurício Rands (PSB-PE) comemora o pré-lançamento da candidatura de Eduardo Campos contra reeleição de Dilma (PT): “Concluímos a aliança programática, e consolidamos a eleitoral”.
  •  
    O político argentino Sérgio Massa se encontra em São Paulo com a nata do empresariado brasileiro, na Fiesp. Apesar dos esforços para se apresentar como símbolo de algo novo, ele não engana: é peronista como Cristina Kirchner e, mais, foi chefe seu de gabinete.
  •  
    Triste país em que não procurar emprego entra em estatística do IBGE.


Com aprovação em queda, Dilma divulgará marca social



Com a popularidade em queda, o patrimônio de "gerente" corroído e sob ameaça de uma CPI da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff determinou aos ministros que adotem a estratégia da multiplicação das marcas do governo. 

A ordem é para que todos os auxiliares, sempre que fizerem discursos públicos, citem programas sociais como Mais Médicos, Pronatec, Prouni, Brasil Sem Miséria e Minha Casa, Minha Vida.


O roteiro de reação deve ser seguido mesmo se o tema da cerimônia não estiver relacionado a esses assuntos e os ministros forem de outras áreas. Pressionada por eleitores que exigem mudanças, como revelou a última pesquisa Ibope divulgada anteontem, Dilma quer destacar que muitos dos programas mencionados hoje por seus adversários são conquistas da administração do PT e representam "só um começo".


"O principal cabo eleitoral do seu governo é você mesma", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conversa com Dilma, no início do mês. "Os ministros têm de divulgar as ações do governo, dar respostas mais rápidas e traduzir todos esses números para a vida real. Ninguém sabe o que é PIB. A pessoa quer saber o que pode comprar no supermercado, se a vida melhorou ou não." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agencia Estado

Por que Dilma censurou a pesquisa sobre desemprego do IBGE?

sexta-feira, 18 de abril de 2014







Suspensa de maneira de controversa, a pesquisa ampliada do IBGE sobre o mercado de trabalho tem o potencial de derrubar mitos propagados pelo governo Dilma Rousseff sobre o emprego no país. Apurados em todo o país, os números mostram que o cenário atual é, sim, favorável -mas não a ponto de autorizar afirmações de tom épico como as mostradas abaixo, retiradas de discursos da presidente.

1) “Nós hoje, no Brasil, vivemos uma situação especial. Nós vivemos uma situação de pleno emprego.”(Dilma, 29/01/13)

O mito revisto: “Nós chegamos próximos do pleno emprego.” (Dilma, 17/07/13)

Os dados: A tese do (quase) pleno emprego se amparou nos resultados da pesquisa mais tradicional do IBGE, limitada a seis regiões metropolitanas, que mostra desemprego na casa dos 5%. A pesquisa ampliada que começou a ser divulgada neste ano mostra taxa mais alta, de 7,1% na média de 2013, e, sobretudo, desigualdades regionais: no Nordeste, o desemprego médio do ano ficou em 9,5%.

 2) “O Brasil, hoje, é um país que, em meio à crise econômica das mais graves, talvez a mais grave desde 1929, é um país que tem a menor taxa de desemprego do mundo.” (Dilma, 14/06/13)

O mito revisto: “Hoje nós temos uma das menores taxas de desemprego do mundo.“ (Dilma, no mesmo discurso)

Os dados: Em comparação com o resto do mundo, não há nada de muito especial na taxa brasileira. É semelhante, por exemplo, à dos Estados Unidos (6,7% em março), que ainda se recuperam de uma das mais graves crises de sua história. O desemprego no Brasil é menor que o de importantes países europeus, mas supera o de emergentes como Coreia do Sul (3,9%), China, (4,1%,), México (4,7%) e Rússia (5,6%), além de ricos como Japão (3,6%), Noruega (3,5%) e Suíça (3,2%).

3) “Temos o menor desemprego da história.” (Dilma, 23/12/12)

O mito não foi revisto.


Os dados: A base da afirmação é que a taxa apurada em apenas seis metrópoles é a menor apurada pela atual metodologia, iniciada em 2001. Já foram apuradas no passado, com outros critérios, taxas iguais ou mais baixas. A pesquisa ampliada permite comparações com taxas apuradas no passado por amostras de domicílios.Dados do Ipea mostram que o desemprego atual é semelhante, por exemplo, ao medido na primeira metade nos anos 90. (Dinheiro Público - Folha de São Paulo)



Empreiteiras roubam Petrobras, repassam milhões para doleiro que, por sua vez, esquenta a bufunfa e entrega em casa para políticos. PF revela nomes.



O deputado Argolo, feliz da vida.

O doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato, mantinha um serviço de entrega de dinheiro vivo a seus clientes. É isso que aponta reportagem publicada neste fim de semana pela revista “Veja”. A publicação teve acesso a escutas feitas pela Polícia Federal e registrou conversas sucessivas entre o doleiro, identificado como “Primo”, e um interlocutor frequente — possivelmente um de seus clientes — conhecido pela sigla “L.A”. Em mensagens trocadas em setembro passado, “L.A.” cobrou de Youssef um pagamento.

— E aí? — perguntou “L.A”.

— Meninos foram para o banco agora. Vamos ver o que conseguimos sacar e vamos para aí — respondeu o doleiro.

Segundo a revista, no dia seguinte “L.A.” ligou novamente, e Youssef pediu a confirmação do endereço de entrega. Seu interlocutor respondeu então fornecendo um endereço completo. Horas depois, o doleiro escreveu: “Já chegou. Desembarcando. A caminho”. O endereço da entrega da encomenda é, segundo a “Veja”, o do apartamento funcional onde mora o deputado baiano Luiz Argôlo, que recentemente trocou o PP pelo Solidariedade.

O deputado nega ser “L.A.” e diz à revista que tudo não passa de uma ilação. Segundo “Veja”, no entanto, há outros fatos que ligam o deputado a Youssef. O doleiro teria transferido R$ 120 mil a Vanilton Bezerra, chefe de gabinete de Argôlo. Mas Bezerra nega essas transações.

Em outubro, “L.A.” avisou ao doleiro: “A fatura da Malga este mês será de 155. Preciso receber na data, por favor”. A Malga Engenharia é uma das empresas de fachada usadas pelo doleiro para receber repasses de propina.

“L.A.” dá a entender, segundo a reportagem, que tem uma espécie de conta clandestina com Youssef: “Tenho o saldo 36”, escreveu ele, ao fazer um balanço dos pagamentos recebidos do doleiro no fim do ano passado. Procurado pela revista, o deputado reafirmou que não possui qualquer ligação com as investigações da Polícia Federal e estranhou “divulgações acerca de depósito indevido em conta de um assessor” de seu gabinete.

Enquanto esteve no PP, Argôlo era próximo de pessoas importantes do partido, como o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. Um irmão do ex-ministro, Adarico Negromonte, ia com frequência ao escritório do doleiro, mas, segundo ele, por uma infeliz coincidência: à revista, Adarico Negromonte afirmou que lá visitava um amigo que havia prometido lhe arrumar um emprego. A revista lembra ainda que a segunda fase da Operação Lava-Jato deve esclarecer as dúvidas em relação a diversas mensagens e telefonemas dados e recebidos pelo doleiro. (O Globo)