quarta-feira, 25 de junho de 2014

O golpe no PP: A velha Arena adere aos métodos da velha VAR-Palmares! Como diria Ciro Gomes, “que nojo!”



Huuummm… Daqui a pouco haverá gente elogiando a sagacidade da presidente Dilma — serão as mesmas penas que atacaram o PTB por ter deixado o governo. E por quê? Porque o Planalto se meteu numa conspirata com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, do Piauí. E em que consistiu a operação?


Ora, o PP, descendente direto da Arena, o partido que apoiou a ditadura militar, aderiu aos métodos de decisão que vigoravam na VAR-Palmares, um dos grupos terroristas a que pertenceu Dilma: o centralismo democrático. Em “esquerdês”, o que quer dizer “centralismo democrático”? É o poder que detém o comando do partido para tomar decisões terminativas, sem espaço para contestação e sem consultar ninguém. Lênin o adotou como um dos pilares do comunismo revolucionário. Qual é a base, digamos, teórica e moral desse método? 


É simples: o “partido” (no caso, o comunista) representa o povo. Se representa, seus dirigentes são a encarnação máxima desse povo, certo? Logo, quando o comando decide, é como se o povo decidisse. Ainda que dê a impressão do contrário, é o método que vigora também no PT. Adiante.


O PP está rachado. Se o apoio a Dilma fosse posto em debate, seções importantes do partido resistiriam; tenderiam a dizer “não”. Boa parte, com chance de ser a maioria, queria a neutralidade. O que fez, então, o ínclito Ciro Nogueira? Pôs em votação uma resolução que conferiu à Executiva Nacional o direito de tomar a decisão, sem consultar mais ninguém. Deixou lá os convencionais com cara de bobos. É o que se chama “golpe”. E o comando decidiu apoiar Dilma e pronto!


Que coisa espetacular! Diga-se em favor dos comunas que todos os membros do partido concordavam com o centralismo democrático. No caso do PP, não! A reação foi de revolta. Ângela Amin, vice-presidente da legenda, nem foi consultada. Disse que vai recorrer à Justiça contra a convenção, contando com o apoio da senadora Ana Amélia, hoje favorita na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul. 


Também o atual governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, foi feito de bobo. Ele é um dos que defendem a neutralidade, a exemplo do presidente de honra da sigla, senador Francisco Dornelles (RJ) — na verdade, ele queria o apoio a Aécio, mas achava que um partido neutro contemplaria a maioria.


Quem entregou o jogo foi o ministro das Cidades, Gilberto Occhi. “Houve um almoço com a presidente em que o PP confirmou o seu apoio”. 


Entenda-se por PP a direção do partido, a mesma que deu o golpe. Ora, se prometeu, tem de entregar, né? E o ministro tentou filosofar: “Divergências acontecem em todos os partidos, é fruto da democracia no país”. Na sua concepção de democracia, quem é contra não tem direito nem a voz nem a voto. Finalmente, a VAR-Palmares impôs seus métodos à Arena.


Como diria o pensador Ciro Gomes, “que nojo!”. E que fique claro, para arrematar: é evidente que aqueles que não querem apoiar Dilma não vão apoiar Dilma. E ponto! O que Nogueira negociou com  o PT, sabe-se lá em quais termos, foi um minuto e pouco no horário eleitoral gratuito. 


Por Reinaldo Azevedo

Não falta caráter a certa crônica política; é coisa de mau-caratismo mesmo! Ou: E as alianças de Dilma? São, por acaso, definidas pela ideologia?



Ah, que coisa bonitinha! Que coisa encantadora! De súbito, percebo uma estridência moralista, inclusive em certa crônica política, com o fato de o PTB ter deixado a base do governo Dilma e decidido apoiar a candidatura de Aécio Neves, do PSDB, à Presidência. 


Notem que falo em “crônica política”, não em análise. A crônica, mesmo quando boa — e não é o caso desta de que falo, pode ser ligeira, atendo-se, digamos, a aspectos epiteliais da realidade; um cronista pode falar, assim, dessas “coisas de pele”, que não requerem o concurso do cérebro.


“Oh, o PTB não está indo para o lado de Aécio por ideologia”, escreve um. “É falta de caráter”, diz um outro. É mesmo? O PP vai apoiar a presidente Dilma. É por ideologia? O tal PROS, que nem existe (é uma invenção do Planalto), vai apoiar a presidente Dilma. É por ideologia? Calma! Vamos direito ao ponto: o PMDB, oficialmente, vai apoiar a presidente Dilma. 


É por ideologia? E o PR? Por pressão do partido, Dilma acaba de tirar o ministro César Borges da pasta, deslocando-o para a Secretaria dos Portos. Volta ao cargo Paulo Sérgio Passos. Alô, cronistas! Por que aquela plêiade de patriotas do PR quer tanto o Ministério dos Transportes? Para ver triunfar a sua ideologia? Foram os escândalos nessa pasta, diga-se, que deram início àquilo a que se chamou “faxina” e que levaram a popularidade de Dilma a mais de 70%. Bons tempos aqueles para a soberana, né?


Deixem-me ver, então, se entendi: quando Dilma Rousseff e o PT fazem acordo até com o capeta, chama-se a isso de inteligência e de pragmatismo. Eu já cansei de ler análises, a maioria delas ditada por Gilberto Carvalho, que me adora (“Olá, ministro, lembra de mim?”), segundo a qual não importa com quem o PT se junte; o importante é que o partido mantenha a hegemonia da aliança. Se, no entanto, um partido da base decide apoiar o candidato de oposição, ah, isso é, então, inaceitável! Isso é oportunismo! 


Os mais furibundos chegam a dizer que se trata de falta de caráter.
Aí, tentando parecer profunda, não enigmática, Dilma afirma que “a esperteza tem vida curta”. 

É claro que é uma alusão ao PTB e àqueles que não estão dispostos a fazer a sua campanha. Convenha, não é, governante? Mais “esperto” ainda é ficar com o Planalto, que tem benesses a oferecer — como o Ministério dos Transportes, por exemplo. Os “espertos” sempre conseguem lucrar mais negociando com quem está no poder.


O PP acaba de bater o martelo: vai com Dilma mesmo! É por ideologia? É por excesso de caráter que o partido herdeiro direto da Arena se junta com a herdeira direta da VAR-Palmares? Ora, vão plantar batatas!


Houve um tempo em que o campo, sem trocadilho, do impressionismo, do chute, da torcida nada velada, do fígado era a crônica esportiva. Felizmente, com o tempo, ela melhorou bastante. Está cada vez mais técnica — ainda que não possa abrir mão, e eu acho correto, de lidar com um pouco de paixão. Já a análise política, convertida em crônica, com a chegada do PT ao poder, foi cedendo cada vez mais terreno àqueles vícios antes atribuídos aos boleiros. 


E faz sentido, né? Um comentador de futebol luta para que a sua escolha pessoal não seja percebida pelo leitor, internauta, ouvinte ou telespectador. Já os comentadores da política fazem questão de demonstrar a seus juízes do PT que eles são boas pessoas.


Por Reinaldo Azevedo

As decisões do Supremo: Barroso vota certo no caso de Genoino e pensa errado em qualquer caso. Com a devida vênia, é um papelão!



Por oito votos, os ministros do STF negaram o pedido de prisão domiciliar para José Genoino. Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski foram os dois divergentes. Joaquim Barbosa se declarou impedido. Que fique claro: o petista está preso em regime semiaberto com o concurso da avaliação técnica de duas juntas médicas. 



Assim, a decisão dos ministros se fundamenta em critérios absolutamente objetivos. De todo modo, o ex-presidente do PT poderia até ter  emplacado o pedido. Depois, no entanto, do absurdo protagonizado por seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, as chances de o petista ver mudado o regime de prisão caíram drasticamente. 


Se bem se lembram, Pacheco teve de ser retirado à força do STF, meio fora de si, vituperando contra Joaquim Barbosa. O advogado carrega esta honra consigo: nunca havia acontecido nada parecido no tribunal. Ainda que alguns ministros se inclinassem em favor do pedido, ceder pareceria um agravo ao próprio Supremo. De resto, insista-se: os médicos sustentam que Genoino tem condições de enfrentar as condições muito amenas do regime semiaberto do Complexo da Papuda.


O ministro Roberto Barroso, o novo relator do mensalão, voltou ao papelão já protagonizado antes. Embora tenha votado contra a pretensão de Genoino, ficou a um passo de lhe pedir desculpas, destacando que a sua condenação não destrói a sua condição de, acreditem!, “símbolo de valores igualitários e republicanos”. U-la-lá! 


Temos um símbolo do republicanismo e do igualitarismo que está na cadeia porque cometeu crimes no comando do maior partido do país, que estava — e está — no poder. Não é a primeira vez que este senhor vem com essa patacoada. 


Parece que o Brasil deveria pedir desculpas a Genoino por ter leis — muito brandas, diga-se, e mal aplicadas — que mandam para a cadeia gente que assina falsos empréstimos e que participa de, como direi?, ações para comprar consciências no Congresso — sem contar que parte da grana do mensalão era pública.


Barroso aproveitou para lembrar que, em dois meses, Genoino sai do semiaberto para o aberto — quando o preso é obrigado a apenas dormir numa casa de albergado. Sem que a questão nem mesmo estivesse em votação, já antecipou que defenderá que passe para a prisão domiciliar.


Neste momento, está em votação o pedido de quatro presos em regime semiaberto — José Dirceu, Delúbio Soares, Romeu Queiroz e Rogério Tolentino — para trabalhar fora do presídio. Cita decisões de vários tribunais que dispensam o cumprimento de um sexto da pena, conforme exige o Artigo 37 da Lei de Execução Penal. Certamente será favorável, e essa deve ser a opinião da maioria da Corte.


Não tem jeito! Vai ver o meu signo não bate com o de Barroso. Está claro que ele adoraria ser ministro do Supremo da Suécia. Diz o valente: “A interpretação do direito não pode ignorar a realidade, como se estivéssemos na Suécia, que, para nos matar de inveja, vem de fechar alguns presídios por falta de população carcerária. O Estado, juízes e tribunais devem prestigiar entendimento razoáveis que não sobrecarreguem ainda mais o sistema e nem imponham aos apenados situações mais gravosas”.


É uma fala perigosa. Levada ao pé da letra, os juízes passarão a tomar decisões segundo a sua particular leitura da realidade, não segundo a lei. Sempre que forem condenar alguém, devem se lembrar de que, na Suécia, a pena seria justa, mas aqui não! Dadas as condições dos presídios no Brasil, então o melhor mesmo é deixar a bandidagem solta. 

Salvo melhor juízo, a esmagadora maioria dos brasileiros é decente, não pratica crimes, mas terá de conviver com quem pratica para não chocar a consciência chique e politicamente conveniente, que nada tem de correta, de Barroso. É o fim da picada!

Por Reinaldo Azevedo

Piada! O petista Gabrielli afirma, acreditem, que a Petrobras pagou pouco por refinaria de Pasadena! O que é que disseram os belgas mesmo???



Hoje é o dia… E a se a gente pedisse desculpas a José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras? O que vocês acham? Mais do que isso: a gente poderia dar a ele uma medalha de Honra ao Mérito. 

O valente prestou depoimento nesta quarta à CPI Mista da Petrobras. Afirmou, e nem poderia ser diferente, que nada houve de errado com a compra da refinaria de Pasadena. 


Até aí, vá lá. Não poderia dizer o contrário. Mas ele foi adiante: disse, vejam que espetáculo, que a Petrobras pagou pouco pela refinaria. Ah, bom! Gabrielli está convicto de que a empresa brasileira passou a perna nos belgas e fez um negocião. Parece brincadeira, mas ele tentava parecer sério.


Com a arrogância costumeira, atacou o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR): “O senhor tem o direito de fazer o espetáculo que está fazendo”. Embora a CPI Mista não se equipare àquela piada que é a comissão do Senado, ainda assim, é composta por uma maioria de governistas, que estão lá, com raras exceções, para aplaudir gente como Gabrielli. 


A seriedade deste senhor veio a público, com clareza insofismável, na campanha de 2010, quando afirmou, na condição de presidente da Petrobras, que FHC havia tentado privatizar a empresa. É mentira! Isso nunca aconteceu.


A tese de que Pasadena foi baratinha é nova e espantosa. Não é o que os próprios belgas disseram, né? No balanço que está no site da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, a CNP, que comanda o grupo Astra Transcor, dona, então, da refinaria de Pasadena,  afirma que a operação com a Petrobras foi um sucesso “além de qualquer expectativa razoável”, conforme revelou reportagem do Jornal Nacional.



Pasadena balando 2005 sucesso

No balanço de 2006, ano em que a Petrobras efetivamente pagou por metade da refinaria, a Astra teve um lucro recorde. Nesse mesmo balanço, a CNP já fala da cláusula “put option” e da possibilidade de impor à Petrobras a compra da outra metade.

Pasadena cláusula


Vai ver os belgas são muito burros, e José Sérgio Gabrielli, muito inteligente, né? Vai ver comprador e vendedor acharam que aplicaram um belo truque no outro. Considerando o prejuízo que a Petrobras teve de entubar, adivinhem que estava certo.
O respeitado jornal de economia e política belga “L’Echo” noticiou a operação. Destacou que a Petrobras fez um péssimo negócio, “calamitoso”.

Pasadena calamitosa
Chamou os ganhos do grupo belga de “golpe de mestre mantido em segredo”.
Pasadena - jornal - golpe

O dono do conglomerado CNP é o bilionário Albert Frère. O “L’Echo” tira um sarrinho do Brasil, dizendo que o país foi o “grande irmão” de Albert. É um trocadilho: “frère” quer dizer “irmão”, em francês…


Mas, claro!, devemos acreditar em Gabrielli: foi um negocião!

Por Reinaldo Azevedo

STF derruba exigência de 1/6 da pena para trabalho externo no semiaberto





Corte ainda decidirá se presos do mensalão têm direito a trabalho externo.
Ministros avaliarão propostas de emprego apresentadas por Dirceu e mais 3.

 Do G1, em Brasília
 
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quarta-feira (25) por maioria (nove votos a um) que os presos que iniciam o cumprimento da pena em regime semiaberto (condenados entre quatro e oito anos) podem deixar o presídio durante o dia para trabalhar antes mesmo do cumprimento de um sexto da punição.


A decisão foi tomada durante julgamento de recursos de presos do mensalão do PT, entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e mais dois, mas os casos específicos dos quatro ainda não foram analisados.


Os condenados questionam decisão tomada pelo presidente do Supremo e então relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, que negou benefício do trabalho externo a Dirceu e revogou a autorização de trabalho concedida por Varas de Execução Penal (VEPs) a sete condenados por entender que eles não tinham direito porque não haviam cumprido um sexto da pena.


O tribunal ainda não decidiu se eles terão ou não autorização para deixar o presídio para trabalhar porque a questão sobre o cumprimento de parte da pena é apenas um dos requisitos para autorização de trabalho externo. 


A Justiça também leva em conta o tipo de trabalho apresentado pelo condenado, se o emprego permite a ressocialização e se é possível o controle do trabalho executado.


Barbosa questionou a proposta de Dirceu, em um escritório de advocacia, que chamou de "arranjo" entre amigos. Também foi contra o trabalho de Delúbio Soares, acusado de corrupção como tesoureiro do PT, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A exigência do cumprimento de um sexto da pena está previsto no artigo 37 da Lei de Execução Penal (LEP).

O Código Penal fixa que punições no semiaberto devem ser cumpridas em colônia agrícola ou industrial. Diante da ausência de estabelecimentos do tipo no país, juízes de todo o Brasil, com aval do STJ, concedem há mais de 15 anos autorização de trabalho externo desde o início do cumprimento da pena. Nesses casos, os réus voltam para a prisão somente para dormir.

A negação do direito ao trabalho externo para reintroduzir o prévio cumprimento de um sexto provoca drástica mudança na jurisprudência e vai de encontro frontalmente com as condições do sistema carcerário nos dias de hoje"
 
Luís Roberto Barroso, relator do mensalão
 
Barbosa considerou que os entendimentos do STJ "violam" o que está previsto na LEP e que, "ao eliminar a exigência legal de cumprimento de uma pequena fração da pena", as VEPs e o STJ "tornaram o trabalho externo a regra do regime semiaberto, equiparando-o, no ponto, ao regime aberto".

Ao votar sobre o tema, o novo relator do processo do mensalão, ministro Luís Roberto Barroso, destacou que a decisão fixada pelo Supremo servirá de parâmetro para todos os juízes de execução penal do país.

Barroso citou dados sobre o sistema penitenciário brasileiro e destacou que atualmente a população carcerária soma 567 mil presos, mas o déficit é de 210 mil detentos. Ele destacou que Joaquim Barbosa citou, ao negar autorizações para trabalho externo, uma decisão anterior do STF da década de 90 que negou autorização, quando a população carcerária era menor.

"A negação do direito ao trabalho externo para reintroduzir o prévio cumprimento de um sexto provoca drástica mudança na jurisprudência e vai de encontro frontalmente com as condições do sistema carcerário nos dias de hoje", afirmou o relator.


O ministro Gilmar Mendes acompanhou. "Se sequer os estabelecimentos têm vagas suficientes para o trabalho interno, como impedir o exercício de uma atividade externa?"

Mendes destacou, porém, que é preciso analisar se o preso preenche todos os requisitos, como proposta de emprego adequada para permitir a ressocialização. "Um sujeito que traficava num bar não pode voltar lá para treinamento. Temos que analisar essa questão."

Ministro com mais tempo de atuação na Suprema Corte, Celso de Mello foi o único a concordar com a decisão de Joaquim Barbosa. Para ele, o trabalho externo não é próprio do regime semiaberto, no qual o detento pode trabalhar dentro da cadeia. "A exigência temporal mínima da lei de execução penal não pode ser desconsiderada, mesmo em se tratando de regime prisional semiaberto."

Planalto confirma mudança nos Transportes após pressão do PR




Ministro César Borges (BA) se reuniu com a presidente Dilma nesta manhã.


Ele vai para pasta dos Portos; ex-ministro Paulo Passos voltará ao posto.

  G1, em Brasília
César Borges e Paulo Sérgio Passos, durante transmissão de cargo nos Transportes em abril de 2013 (Foto: Edsom Leite/Ministérios dos Transportes)César Borges e Paulo Sérgio Passos, durante transmissão de cargo nos Transportes em abril de 2013
 
O Palácio do Planalto divulgou nota oficial nesta quarta-feira (25) para confirmar a mudança no comando do Ministério dos Transportes. O ministro César Borges (PR-BA) deixará o comando da pasta e no lugar dele assumirá Paulo Sérgio Passos, também filiado ao PR e que já foi ministro da área entre julho de 2011 e abril de 2013.

Atualmente, Passos preside a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal da área de logística vinculada ao ministério.

Conforme o comunicado da Presidência, César Borges assumirá a Secretaria Nacional de Portos, que atualmente está sob comando de Antonio Henrique Pinheiro Silveira, ex-secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.

A alteração atende a pressão do PR, que ameaçou deixar a base do governo federal para apoiar o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, caso não obtivesse mais participação no governo.

O partido não estava satisfeito com a atuação de Borges na pasta e queria o retorno de Paulo Passos, que assumiu o posto em 2011, depois que Alfredo Nascimento deixou o cargo em razão de denúncias. À época, o PR também foi contra a indicação de Passos em razão de ele ser considerado de perfil técnico e não político.

A secretaria de portos era chefiada pelo PSB, que deixou o governo após a definição da candidatura a presidente de Eduardo Campos.

Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com César Borges, Paulo Passos e Antonio Henrique Silveira para acertar detalhes da troca. Também participaram os ministros Thomas Traumann (Comunicação Social) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). 


Depois da reunião, todos deixaram o Planalto sem dar informações sobre o que ficou definido.

Por 8 a 2, Supremo nega conceder prisão domiciliar para Genoino





O presidente da Corte, Joaquim Barbosa, não participou do julgamento.


Relator disse que petista pode pedir para cumprir pena em casa em agosto.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília
 
Por maioria de votos (oito a dois), o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta quarta-feira (25) conceder prisão domiciliar para o ex-presidente do PT e ex-deputado José Genoino (PT-SP). Condenado no julgamento do mensalão do PT a 4 anos e 8 meses por corrupção ativa, Genoino alegou problemas de saúde para tentar cumprir a pena em casa.

Os ministros analisaram nesta quarta recurso que foi apresentado pela defesa do ex-parlamentar depois que o presidente do Supremo e ex-relator do mensalão, Joaquim Barbosa, determinou que o petista voltasse a cumprir pena na cadeia após alguns meses em prisão domiciliar provisória. Segundo Barbosa, laudo médico da Universidade de Brasília (UnB) indicou que não havia gravidade no estado de saúde de Genoino.

A maioria do plenário concordou com a decisão de Joaquim Barbosa e declarou que conceder o benefício, neste momento, seria tratar Genoino de modo diferente de outros presos do sistema carcerário.

"Não posso deixar de reconhecer que [a concessão da prisão domiciliar] estaria produzindo uma exceção e que esse entendimento não teria como ser reproduzido para todas as pessoas seriamente doentes que se encontram no sistema carcerário. Se é excepcional e não universalizável, é porque não é humanitária nem republicana", frisou o novo relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso.

Joaquim Barbosa não participou do julgamento do recurso de Genoino porque se declarou "impedido" de analisar o caso depois que entrou com representação criminal contra o advogado do ex-deputado do PT e afirmou que os defensores dos condenados estavam atuando politicamente. 

Por conta disso, o presidente do STF desistiu da relatoria do processo e Barroso foi sorteado para assumir o posto.

Preso em novembro do ano passado, Genoino começou a cumprir pena na cadeia, mas passou mal dias depois e obteve direito a prisão domiciliar provisória.

No entanto, desde 1º de maio, ele voltou a cumprir pena na cadeia por ordem de Barbosa. Para tentar reverter a decisão monocrática, a defesa do petista recorreu ao plenário, para que a Corte tomasse uma posição definitiva.

Em julho de 2013, Genoino foi submetido a uma cirurgia para tratar um caso de dissecação da aorta, uma grande artéria que sai do coração, de onde partem os ramos que levam o sangue para os tecidos do corpo. Segundo os advogados, a situação de saúde do ex-parlamentar piorou desde que ele voltou à prisão.

Não posso deixar de reconhecer [que a concessão da prisão domiciliar] estaria produzindo uma exceção e que esse entendimento não teria como ser reproduzido para todas as pessoas seriamente doentes que se encontram no sistema carcerário"
Luís Roberto Barroso, relator do mensalão do PT
 
Ao votar sobre o tema, Barroso destacou que há outros presos em situação semelhante à de Genoino. Ele citou que, somente no Distrito Federal, há 16 cardiopatas, 10 com câncer, 56 com diabetes e 65 com HIV. Por isso, frisou o relator, seria desigual permitir prisão domiciliar ao petista.

Barroso lembrou ainda que Genoino tem direito a pedir progressão para o regime aberto a partir do dia 24 de agosto. Segundo Barroso, como não há estabelecimento específico no Distrito Federal para apenados do regime aberto, o ex-deputado pode vir a obter o benefício de cumprir a pena em casa.

Além de Barroso, votaram a favor da decisão de Joaquim Barbosa de ordenar o retorno de Genoino à prisão os ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.

O preso definhará na prisão sem a assistência médica estabelecida"
 
Dias Toffoli, que votou a favor da prisão domiciliar
Ministro com mais tempo de atuação no Supremo, Celso de Mello defendeu no plenário a decisão de Barbosa. "Incensurável a decisão tomada pelo eminente presidente da Corte, em longa e fundamentada decisão que se caracteriza pelo caráter impessoal de sua fundamentação ancorada unicamente em registros médicos."

Já os ministros Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski votaram a favor da concessão da prisão domiciliar. "O preso definhará na prisão sem a assistência médica estabelecida", ressaltou Toffoli. 


Para ele, é questão "humanitária" conceder o benefício ao petista.

Toffoli e Lewandowski destacaram durante o julgamento que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou que havia "dúvidas" sobre se o sistema carcerário garantiria os cuidados necessários ao ex-presidente do PT.

Lula pede engajamento de petistas pela reforma política



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou uma mensagem em vídeo para defender a reforma política e pedir engajamento dos militantes petistas para colher assinaturas que aprovem a proposta de iniciativa popular com esta finalidade. A mensagem faz parte da 2ª etapa da campanha pelo projeto lançada no último sábado, 21, durante a convenção Nacional do PT. 
 
 "A reforma política é cada vez mais necessária e urgente. É um clamor que nasce das ruas, que vem da sociedade. Ela é uma reivindicação geral, mas principalmente dos que lutam contra a injustiça e a desigualdade. Por isso, estamos convocando cada militante do PT a se engajar na campanha de assinaturas da proposta de iniciativa popular pela reforma política", diz o ex-presidente. 


Na mensagem, de quase dois minutos, Lula exalta os feitos do governo petista e diz que para "o Brasil continuar mudando, é preciso garantir a legitimidade das instituições e acabar com a interferência do poder econômico nas eleições". O ex-presidente diz que nos quase 12 anos do governo "democrático e popular" do PT, o povo brasileiro alcançou grandes conquistas. "Esse novo Brasil é fruto da elevação do nível de consciência da maioria do povo, sobretudo dos trabalhadores e dos excluídos", afirma.


Segundo Lula, esse "novo Brasil" é também resultado de uma maior participação democrática na construção de políticas públicas. "Democracia e participação popular são as fontes dessa energia transformadora, quanto mais vigorosas elas forem, mais vamos avançar, por isso é tão importante a reforma política", afirma. 


No final da mensagem, o ex-presidente diz que cada militante tem que buscar "na sua escola, no seu bairro, no seu local de trabalho" grupos para apoio à reforma. "Vamos reunir as assinaturas necessárias para garantir a reforma política. O Brasil precisa, você quer. É só assinar", conclui o ex-presidente.


Fonte: Estadão Conteúdo  Jornal de Brasilia

STF começa a julgar recursos do mensalão sobre trabalho fora da prisão



O Supremo Tribunal Federal (STF) começou sessão de julgamento dos recursos dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, que tiveram o trabalho externo cassado pelo presidente da Corte, Joaquim Barbosa. A sessão é presidida pelo vice-presidente, Ricardo Lewandowski.

Barbosa não participa da sessão. Na semana passada, o presidente renunciou à relatoria do processo.  Na decisão, Barbosa afirmou que os advogados dos condenados passaram a atuar politicamente no processo, por meio de manifestos e insultos pessoais. 


O presidente citou o fato envolvendo Luiz Fernando Pacheco, advogado do ex-deputado José Genoino. Barbosa determinou que seguranças do STF retirassem o profissional do plenário. O presidente do Supremo entrou com uma ação penal contra advogado no Ministério Público, pedindo que seja investigado pelos crimes de desacato, calúnia, difamação e injúria.

O plenário vai julgar hoje (25) os recursos do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-deputado federal Romeu Queiroz e do ex-advogado Rogério Tolentino. Também será julgado o pedido do ex-deputado José Genoino para voltar a cumprir prisão domiciliar.


No mês passado, para cassar os benefícios, Barbosa entendeu que Dirceu, Delúbio e outros condenados no processo não podem trabalhar fora da prisão por não terem cumprido um sexto da pena em regime semiaberto. Com base no entendimento, José Dirceu nem chegou a ter o benefício autorizado para trabalhar em um escritório de advocacia em Brasília.

Os condenados têm parecer favorável do procurador-geral da República. Rodrigo Janot. O procurador considera que não é necessário o cumprimento de um sexto da pena, confome entedimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para Janot, não há previsão legal que exija o cumprimento do lapso temporal para concessão do trabalho externo a condenados em regime semiaberto.

Fonte: Agência Brasil  Jornal de Brasilia

Eduardo Paes articula frente de prefeitos pró-Dilma

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), articula uma frente de prefeitos pró-Dilma na região metropolitana, em resposta ao apoio de peemedebistas como o ex-governador Sérgio Cabral à candidatura de Aécio Neves (PSDB) no Estado. 

Na noite de terça, 24, Paes reuniu-se na residência oficial da Gávea Pequena com os prefeitos de Duque de Caxias e de Niterói. O tema também foi abordado no encontro que o vice-prefeito do Rio, Adilson Pires (PT), e o presidente regional da legenda, Washington Quaquá, tiveram na manhã desta quarta-feira, 25.

"Das dez maiores cidades do Rio, nove votam em Dilma. No jantar que tivemos com o prefeito do Rio, discutimos a candidatura Dilma. Vamos fazer um grande programa para mostrar o que ela e o Lula fizeram para o Rio e o que o Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez", disse o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso (sem partido).

A decisão de Paes, que deverá coordenar o grupo de apoio à chapa "Dilmão", ocorreu após o acordo entre o PMDB fluminense e o DEM, selado na casa de Aécio em Ipanema, na zona sul do Rio. O encontro teve a presença de Cabral, que desistiu de se candidatar ao Senado, abrindo espaço na chapa para o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), adversário político de Paes. Em entrevista hoje à rádio CBN, o prefeito do Rio atacou Quaquá e o acusou de ser o responsável pelo fim da aliança entre PT e PMDB no Rio, iniciada em 2007, com a eleição de Cabral. "Ele (Quaquá) está preocupado com tudo nessa vida, menos com a vitória da presidenta Dilma. 

Colocaram o projeto individual e personalista aqui no Rio acima de qualquer interesse." O presidente do PT fluminense contemporizou, classificando os ataques de Paes como "resposta interna para o PMDB". "Quando um não quer, dois não brigam. Não vou polemizar com o prefeito, que faz parte da banda boa do PMDB. A banda podre já traiu a Dilma, que foi desrespeitada pelo Cabral e pelo Pezão (o governador Luiz Fernando Pezão, candidato à reeleição) com esse encontro na casa do Aécio", disse Quaquá.

Para ele, Paes "apenas repetiu o discurso ensaiado do PMDB". "O Paes não está rompendo com o PMDB, pelo menos por enquanto", ironizou o presidente do PT-RJ, que é prefeito de Maricá. Na entrevista de hoje, Paes procurou negar que tenha problemas com a ala de seu partido que articula o chamado Aezão, movimento de apoio a Aécio e Pezão, atribuindo as dissidências a "gestos absurdos do PT do Rio". 


"Não se aproveitem de uma eventual discordância na candidatura presidencial para achar que o PMDB do Rio vai se desunir em torno da candidatura do Pezão. Tem uma posição divergente em relação a mim, que eu respeito desde o início, porque foi provocada pelo PT do Rio", declarou Paes, referindo-se ao presidente regional do PMDB-RJ, Jorge Picciani, que lidera o "Aezão". "Vou usar toda a minha força política para que a presidenta Dilma e o Pezão sejam reeleitos", disse o prefeito, que deverá integrar a coordenação da campanha de Dilma no Rio, junto com representantes do PT, do PR e do PRB.

Já o governador divulgou nota oficial em que afirma que "interesses da população do Rio estão acima das alianças partidárias". "Não vou fazer do Palácio Guanabara uma fronteira de briga. Nada nesse mundo me afasta da presidenta Dilma. Não tem palanque que vai nos separar. Tenho uma dívida de gratidão com ela e com o presidente Lula. 


Nosso relacionamento está acima das questões partidárias", afirmou Pezão. Perguntado sobre uma eventual aliança entre o candidato do PT ao governo, o senador Lindbergh Farias, e o também senador e pré-candidato do PRB, Marcelo Crivella, Quaquá disse que "não passa de boato e especulação". Mas ressalvou: "O Crivella é um dos líderes das pesquisas no Estado. Se resolver propor ou aceitar uma aliança, isso será discutido."

Fonte: Estadão Conteúdo  Jornal de Brasília

Vergonha! Sem a presença de Barbosa, STF libera trabalho de Dirceu

Antigo relator do processo do mensalão, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, havia proibido Dirceu de dar expediente no escritório
 
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quarta-feira, 25, autorizar o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu a trabalhar no escritório do advogado José Gerardo Grossi, em Brasília. Preso no complexo penitenciário da Papuda, Dirceu vai receber R$ 2,1 mil mensais pelo emprego.


Antigo relator do processo do mensalão, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, havia proibido Dirceu de dar expediente no escritório. Na sessão de hoje, os ministros do Supremo aceitaram o recurso de Dirceu e afirmaram que para garantir o direito ao trabalho externo, o preso no regime semiaberto não precisa cumprir pelo menos um sexto da pena. Barbosa havia dito que somente pode trabalhar fora do presídio o condenado que cumpriu ao menos um sexto da pena.

A menos de uma semana de sua aposentadoria, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, não apareceu na sessão plenária desta quarta.

A assessoria do tribunal informou que Barbosa não compareceu à Corte, mas não informou se o ministro estaria em Brasília. A agenda do presidente não é divulgada pelo tribunal. De acordo com informações de assessores, o presidente usaria os próximos dias, preparando seu discurso de saída.

Barbosa se declarou suspeito de julgar os últimos recursos movidos pelos advogados de defesa de condenados por envolvimento no mensalão. O ministro se afastou da relatoria do mensalão depois que o advogado Luiz Fernando Pacheco, que defende o ex-deputado José Genoino, subiu à tribuna no início do mês para pedir pressa no julgamento dos casos.

Na próxima terça-feira, 1º, Barbosa deve presidir a última sessão do semestre do Supremo. Em seguida, deve renunciar à presidência e se aposentar. O vice-presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, assumirá o comando da Corte a partir de então.

Fonte: Estadão Conteúdo  Jornal de Brasília

Marco Feliciano tem site atacado pela extrema-esquerda e acerta no frame

stalinazismo
Segundo o Gospel Prime,  Marco Feliciano teve seu site atacado por hackers, muito provavelmente do PT. 

Leia:
O deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) usou o Twitter para informar que seu site oficial foi atacado por hackers.
O parlamentar acredita que o ataque aconteceu por ele ter “detonado” o Partido dos Trabalhadores (PT) durante uma entrevista dada ao programa de Luciana Gimenez, o “Luciana By Night”, atração que ainda não foi exibida pela Rede TV!.

“Fui informado que a minha homepage foi derrubada por hackers. Motivo: gravei o programa da Luciana Gimenez que vai ao ar na segunda e detonei o PT”, escreveu Feliciano.

“Minha equipe está trabalhando para restaurar. Mas a truculência petista supera a dos nazistas e estalinistas, não aceitam o contraditório”, completou.

Enquanto tuitava o que aconteceu, Marco Feliciano recebeu uma mensagem de um internauta o ameaçando de morte. “@marcofeliciano Se eu enfiar uma arma na sua cabeça e puxar o gatilho. O seu “CHESSUS” te salvaria? Provavelmente não meu chapa! Te cuida!”, escreveu o internauta que teve a mensagem compartilhada pelo deputado.

A mensagem foi publicada no final da tarde desta quinta-feira (19), e na sexta o site oficial do pastor já estava ativo sem nenhuma mensagem de hackers.
Pelo estilo, este é evidentemente mais um serviço do MAV-PT.


Mas o que mais importa é que Feliciano acertou ao comparar a atitude petralha com as táticas nazistas e estalinistas. Alias, uma das melhoras formas de estudarmos o modus operandi petralha é entender o raciocínio psicopático usado tanto pelos propagandistas de Stalin como de Hitler.

O PT nada mais nada menos significa o estilo stalinazista de agir.

Rotina esquerdista: Direitistas não querem ver pobres viajando de avião

aeroporto-lotado


Última atualização: 23 de junho de 2014 – [Índice de Rotinas][Página Principal]

Algumas argumentações esquerdistas são tão vergonhosas que parecem fruto de neurose ou algum outro desvio mental, pois não podem ter sido de forma alguma elaboradas por pessoas em sã consciência.

É o caso desta rotina, onde eles como de costume fingem defender os pobres (embora nós já saibamos que é só encenação). Em seguida, eles dizem que nós, da direita, odiamos qualquer forma de melhoria dos pobres (como aquelas que vieram após o Plano Real). Daí eles concluem dizendo que nós estamos com raiva da esquerda por que “os pobres agora podem viajar de avião”.

Repare este comentário de um petralha, que, obviamente, foi bloqueado:
Amo saber que vocês continuarão a dividir vôos com pobres, que poderão encontrar o porteiro do prédio nas suas viagens pela Europa. Vocês vão ter que aturar isso. E vai descer rasgando!
A parte do “vai descer rasgando” é especialmente engraçada, lembrando Zagalo em uma Copa do Mundo, quando disse “vocês vão ter que me engolir”.

Seja lá como for, o que o esquerdista quer dizer é que a melhoria de vida dos pobres, com aumento do consumo pelas classes baixas, nos incomoda. Mas de onde é que esses dementes tiraram essa ideia?

Para início de conversa, se os pobres hoje viajam de avião, o fazem porque as empresas aéreas possuem preços mais em conta, e isso ocorre por causa da competição. 

Ou seja, a possibilidade dos pobres viajarem de avião é mais um triunfo do capitalismo, não do socialismo. Por falar nisso, no socialismo os pobres não podem ir para o aeroporto, pois senão fogem de seus países. Sendo assim, por que nos irritaríamos com pobres podendo viajar de avião? Não, não somos socialistas para nos sentirmos assim.

Alias, se eu já falei da competição antes, é bom que fique bem claro: se as empresas aéreas fossem estatais (como os radicais de esquerda adorariam que fosse), os pobres não poderiam viajar, pois os serviços seriam caros e ruins. E se o socialismo obtiver sucesso, nem pobres nem ricos poderiam ir para o aeroporto, pois seriam todos escravos dos ditadores.

Enfim, nós achamos ótimo ver pobres podendo viajar de avião, pois isso é mais uma prova de sucesso do livre mercado sobre as intenções da escória esquerdista.
Sendo assim, podermos reescrever a rotina, que se aplicaria com perfeição ao esquerdismo:
Amo saber que vocês da esquerda continuarão a assistir pobres podendo viajar para o exterior, tudo por causa da iniciativa privada, pois se fosse pelo estado, eles não conseguiriam. E se o socialismo vencer, ninguém poderá sequer ir para o aeroporto (a não ser se for amigo dos donos do poder), pois seriam todos escravos. Vocês vão ter que aturar isso. E vai descer rasgando!
Está surpreso com a baixaria? Pois é. Esse é o padrão da comunicação esquerdista, especialmente da extrema-esquerda.


Maria Clara Bubna: mais um exemplo do fascismo da extrema-esquerda

buba


Chegou o momento de tratar a questão de Bernardo Santoro, professor de direito da UERJ, que foi vítima de um patrulhamento ideológico tão imundo quanto imoral. Mais uma vez, a extrema-esquerda demonstra a incapacidade de convivência com o contraditório, apelando aos jogos mais sujos possíveis. 

Quando eles tentam se defender (e o que eles fizeram contra Santoro não tem defesa), aí criam verdadeiras obras de arte do cinismo.

Enfim, em quatro passos, vamos analisar o tamanho da perversidade, misturada com irracionalidade, dos ultra-esquerdistas nessa questão.

1. O “pomo” da discórdia

Tudo começou quando Bernardo Santoro postou em seu Facebook uma mensagem com uma série de verdades, que tendem a constranger as feministas. Veja abaixo:
Bernardo-Santoro-sobre-o-Feminismo-e1403486364809
Guardem bem essa mensagem que acabaram de ler. Ela nos será útil no passo 4, lá no final.

2. Após perseguição ideológica, Bernardo Santono pede exoneração do cargo 
Como pode-se ver na página de Facebook de Bernardo, mesmo com ele tendo todas as provas em seu dispor, foi colocado sob julgamento, enquanto uma aluna que o difamou permanecia incólume. Diante de tamanha armação (puramente calcada em ideologia), ele pediu exoneração, até por que, pelo que podemos perceber, não dependia “do serviço”. Segue a mensagem, publicada em 4 de junho:
Para os alunos do primeiro e do segundo período da Faculdade de Direito da UERJ:

Em reunião da Conselho Departamental da Faculdade de Direito ocorrida hoje, foi proposto pelo CALC a abertura de sindicância e meu afastamento provisório do cargo de professor de Economia Política I e II em virtude das acusações de uma aluna de que estava sofrendo “assédio moral”.
Apresentei, dentre outras, as seguintes provas:

1 – Print do link do post onde a aluna acusa meu contrato de ser ilegal e onde sugerem ter havido favorecido pessoal no concurso em que fui aprovado (se fizeram isso, fizeram muito mal, já que fui o terceiro colocado);
2 – Cópia dos e-mails das alunas que criavam cizânia, onde combinamos que elas teriam a OPÇÃO de fazer um trabalho ao invés de prova, e sempre convidando-as para fazermos a paz e retomarmos com o andamento natural da aula;
3 – Cópia da discussão entre essa aluna da UERJ e uma aluna da UFRJ (que não foi minha aluna), onde as duas decidem fazer a tal nota conjunta mentirosa em que afirmam que eu persigo politicamente mulheres na faculdade, que me fez virar o alvo do movimento feminista do Brasil inteiro, me fez ter de dar explicações até a um jornal local e fez um evento acadêmico ser cancelado por falta de segurança, como relatado pelo organizador do evento com testemunhas;
4 – Cópia e testemunhos escritos de uma série de ações injuriosas e até ameaçadoras da aluna contra mim;
5 – Cópia de declaração das minhas turmas da UFRJ em defesa da minha pessoa, atestando minha conduta ilibada;
6 – Cópia da mensagem onde, por conta de todos os transtornos sofridos, entendia que era de mútuo interesse o fim da relação professor-aluna, em virtude de todo o caos que essa senhorita gerou na minha vida pessoal e profissional nas últimas duas semanas;
7 – Cópia da mensagem para outra aluna, que tem deficiência auditiva, a quem propus também o mesmo modelo alternativo de avaliação, além de aulas particulares exclusivas, o que a deixou muito contente;
8 – Cópia de mensagem de Coletivo Feminista onde ameaçam invadir e “me esculachar” no evento da minha defesa de dissertação de mestrado.

Apesar de toda a farta documentação, o colegiado entendeu ainda assim que havia justa causa para abertura de sindicância, e que por conta do meu atual estado emocional (que, diga-se, é excelente dado que tenho sofrido ataques pessoais, ameaças e perseguições políticas de todo o Brasil há duas semanas) eu deveria ser afastado provisoriamente das minhas funções.
Respeitando a decisão do Colegiado, mas discordando por ser manifesto caso de injustiça, decidi nesta tarde pedir exoneração imediata do meu cargo de professor na Faculdade de Direito da UERJ.

Venho pedir desculpas para todos os meus alunos de ambos os períodos, mas infelizmente não havia como eu estender essa luta por mais tempo. Essa situação já estava afetando minha família, em especial minha esposa e filho, e meu trabalho (por conta dessas questões acadêmicas e de “julgamentos”, estamos indo para quinta-feira e só consegui trabalhar na terça de manhã).

Repudio com veemência o patrulhamento ideológico e a violência conduzida pelo movimento feminista contra minha pessoa. Não aceito a proposição educadamente apresentada na Congregação de que homens são opressores naturais da mulheres, com todo o respeito ao professor que se manifestou assim. Não aceito a sugestão de que persegui esquerdistas na minha classe. Isso é absurdo e todos os meus alunos sabem disso. Fiquei particularmente ofendido com isso.

Espero que vocês entendam que não estou saindo por vontade própria e sei também que não é a vontade de 98% de vocês, mas saibam que sempre estarei à disposição de vocês para o que precisarem.
Foi realmente uma grande honra poder ter sido o professor de vocês, ainda que por um período tão breve.
Abraços para todos.
É muito importante que ele tenha guardado prints, pois isso novamente nos será útil na quarta parte.

3. Rodrigo Constantino denuncia a perseguição ideológica contra Santoro. 

Em 7 de junho, Rodrigo Constantino publicou o post Feministas da UFRJ fazem perseguição ideológica a professor liberal.

Rodrigo disse:
Há algo novo no ar: cada vez mais professores e alunos saem da toca (ou do armário) e se assumem liberais nas universidades brasileiras. Aquilo que foi domínio da esquerda por décadas está ameaçado agora, pois mais e mais gente cria coragem de remar contra a maré vermelha e desafiar a doutrinação marxista. Naturalmente, há forte reação do lado de lá, não acostumado a conviver, de fato, com a pluralidade e diversidade.
Um caso recente ilustra bem isso. O diretor do Instituto Liberal, Bernardo Santoro, que dá aula na UERJ e na UFRJ, foi vítima de uma perseguição ideológica liderada por um grupelho feminista que, acima de tudo, demonstra total falta de senso de humor (marca registrada dos “revolucionários” e “fascistas do bem”).
No mesmo post, vemos o esclarecimento de Bernardo Santoro sobre o print apresentado pelo Coletivo de Mulheres da UFRJ:
Em primeiro lugar vou explicar como a história toda surgiu. Alguns alunos da graduação e da pós-graduação da UERJ, meus amigos, reclamaram que estavam sendo perseguidos pelo movimento feminista na UERJ pelo seu perfil conservador.

Achando que essa reclamação era um exagero, fiz uma brincadeira com esses amigos dizendo que eles deviam agradecer pelo fato do feminismo ter existido, pois isso teria libertado o homem do sistema patriarcal também e criado um sistema que lhes favorecia muito. Essa clara brincadeira com amigos conservadores, fora do âmbito da UERJ e da UFRJ, foi deturpada de maneira sórdida pelo “Coletivo de Mulheres da UFRJ”, e seria vista como uma brincadeira se não fosse por esse parágrafo, escrito pelo Coletivo:


Bernardo é conhecido por citações pejorativas em sala de aula contra diversos movimentos sociais que buscam uma sociedade mais igualitária e recentemente tem intensificado seus ataques públicos contra as mulheres e o movimento feminista, em especial o das mulheres da faculdade de Direito da UERJ”.

Nunca, em momento nenhum, citei pejorativamente movimentos sociais ou ataquei mulheres e o movimento feminista, especialmente dentro da faculdade de Direito da UERJ ou da UFRJ. Pelo contrário, sou conhecido por minha defesa do contraditório e abertura democrática a todos os alunos. Pode perguntar a qualquer aluno marxista meu e ele atestará que a aula é marcada pela pluralidade e respeito ao pensamento diferente. Essa mentira foi feita, de acordo com pessoas que já se propuseram a testemunhar publicamente, pela aluna Maria Clara Bubna e jogada para o Coletivo da UFRJ, que a divulgou sem prévio esclarecimento.

Abro parênteses para falar dessa aluna. Desde o primeiro momento a aluna antipatizou comigo sem nenhum motivo que não fosse ideológico, e mesmo com toda a minha paciência, ela se recusava a ir às aulas. Contando com a aula de ontem, em todo o período foi apenas a terceira aula assistida por ela. Ela injuriava o professor constantemente seja ao vivo (com testemunhas), seja pela internet (com prints).

O auge das calúnias foi a alegação, pela internet, de que o meu contrato seria ilegal por conta de decisão judicial (que, diga-se, não abarca o contrato do professor), e sugerindo que houve favorecimento pessoal nessa contratação, o que põe em xeque a idoneidade de toda a Direção da Faculdade de Direito da UERJ, em especial o Vice-Diretor João Eduardo Pereira e o Coordenador da Graduação, Gustavo Siqueira, que foram membros da banca que aprovou o professor em concurso.

Destaco também que o grupo de esquerda vinculado a essa aluna acusou de discriminação contra mulheres o prof. Marcello Ciotola (com print – UERJ e UNESA) e o prof. Paulo Emílio de Macedo (sem print, pois foi apagado antes – UERJ e UFRJ), sem falar em nomes, pois eles são professores efetivos, e eu, um reles professor substituto.

No mesmo dia, extremamente aborrecido pelas calúnias levantadas contra ele e contra a Direção da Faculdade de Direito, declarei em sala que quem quisesse poderia não assistir as aulas e que eu aprovaria os alunos com nota mínima. Três alunas aceitaram, Maria Bubna e outras duas, em e-mail enviado a mim. Respondi, já de cabeça fria, que não poderia, por razões acadêmicas, aprová-las sem avaliação, motivo pelo qual daria um trabalho para as três alunas fazerem, e enviei o texto que é um resumo da matéria toda para esse trabalho, o que foi aceito. Inclusive, avisei que elas poderiam frequentar A AULA A QUALQUER MOMENTO E FAZER AS PROVAS AO INVÉS DO TRABALHO.


Uma das alunas mudou de ideia e vai fazer as provas, o que foi motivo de muita alegria para mim. Esse mesmo rito de avaliação foi o utilizado para a aluna Malu Brito, que por problemas de deficiência auditiva, tinha dificuldades de acompanhar a aula. Eu, inclusive, me dispus a dar aulas particulares para ela fora do período de aula, mesmo sem ser pago para tal.

Quando fiquei sabendo que a aluna foi a responsável pela difamação feita pelo Coletivo de Mulheres da UFRJ, decidi processá-la criminalmente, por ser meu direito de cidadão contra o verdadeiro bullying feito pela aluna durante todo o tempo. Isto posto, procurei sim a aluna para discutir a possibilidade de desligamento da mesma da matéria, e nunca obtive retorno, mas nunca exigi, em momento nenhum, sua saída, e a aluna, inclusive, compareceu pela terceira vez no semestre na aula de segunda passada.

Esse sentimento perpassa pelo mesmo motivo pelo qual juízes são suspeitos de julgar inimigos no processo civil (art. 135,I do CPC). E é isso que a aluna tem se mostrado perante mim: ser minha inimiga, mesmo sem nenhum motivo aparente, pois sempre fui condescendente com os atos levianos da aluna. Portanto, com essa ação, estava PROTEGENDO a aluna, e não o contrário, por entender que não há mais condições de se manter um relacionamento profissional ou acadêmico com a mesma.

Lembro, nesse ínterim, que a aluna ignorou por completo todas as repercussões que suas ações infundadas poderiam trazer para mim, que possuo uma esposa que não pode trabalhar porque precisa cuidar do nosso filho, que é uma criança especial (autismo).

Vale ressaltar ainda que a totalidade de alunos meus na UFRJ foram em minha defesa em manifestação online e que estão averiguando a possibilidade de fazer um grande abaixo-assinado em minha defesa, mesmo já estando de férias.

Nesse tempo também recebi ligações de números privados que nada falavam, um evento acadêmico em que eu participaria criticando a reforma agrária foi cancelado por falta de segurança e continuam as ameaças a todo evento que participo, inclusive uma ameaça de invasão à minha defesa de dissertação de mestrado, nesta sexta, que terá segurança reforçada.

Por fim, destaco que tudo o que foi escrito aqui está amplamente documentado, com prints ou testemunhos, e será entregue à Direção das faculdades em questão ainda nessa semana para que as providências cabíveis sejam realizadas.

Na UFRJ o Centro Acadêmico de lá retirou as acusações após entrevistar mais de 30 alunas minhas e todas afirmarem que sou um ótimo professor e de caráter ilibado.

Meu único erro nessa história toda foi ter sido condescendente com ela o tempo todo. Quando ela me caluniou dizendo que meu contrato era ilegal e insinuaram que eu era não-concursado, eu deveria ter levado o caso para a direção imediatamente. Quando eu descobri que ela era a responsável pelo post difamatório do coletivo de mulheres da UFRJ, ao invés de amigavelmente tentar terminar o nosso vínculo, deveria ter entrado com um processo administrativo contra ela. Ao invés disso, ela usou a minha boa-vontade e minha compaixão contra mim.

Na UERJ, o Centro Acadêmico entrou com um pedido de sindicância e afastamento preventivo, que foi aceito. Eu fiz uma defesa que era interrompida o tempo inteiro pelo Diretor, e os chefes de departamento deixaram claramente sua antipatia por mim, por questões políticas, e por isso pedi exoneração, mas mudei de ideia. Agora vou lutar e vou até o fim. Antes do evento, se ouvia pelo corredor coisas do tipo “é uma ótima oportunidade para mostrarmos que essa faculdade tem sim uma posição ideológica”.
Lembro, novamente, a data desta postagem de Santoro: 7 de junho. Ou seja, 15 dias antes de Maria Clara Bubna postar a sua “versão dos fatos”, que, diante das evidências trazidas pelo gestor, se tornam mais um exemplo do mau caratismo que veremos a seguir.

4. O cinismo apavorante de Maria Clara Bubna
Diante de tudo que a extrema-esquerda fez contra Santoro, era se de esperar que eles se escondessem, envergonhados. Mas no caso da esquerda, eles sempre encontram uma forma de arquitetar discursos cínicos, que só seriam cabíveis a um psicopata. Tudo para justificar a perseguição de um professor.
Segue então, o “Manifesto de Maria Clara Bubna” (que será comentado, além de submetido, em especial, a um merecido escrutínio cético):
Por muitos dias, eu optei por permanecer calada.
Estranho, pois o que se viu, a partir das evidências apontadas por Santoro, foi uma postura muito “serelepe” por parte de Maria Clara Bubna difamando o professor e liderando uma ação orquestrada para prejudicá-lo profissionalmente. Já pegamos Maria Clara na mentira logo na primeira frase. Começamos bem…
Talvez numa tentativa de parecer madura (como se o silêncio fosse reflexo de maturidade) ou evitando que mais feridas fossem abertas, eu escolhi, nesse último mês, por vivenciar o inferno em que fui colocada com declarações breves e abstratas e conversas pessoais cautelosas.
Deixe-me ver: (1) o professor sai perdendo, (2) o grupo ultra-marxista dela sai vitorioso, (3) ela diz que viveu um inferno. Ela já começa jogando com uma ausência deliberada de senso de proporções, jogo que foi feito de encomenda para psicopatas.
Esse texto é um apelo a não só o meu direito de resposta, mas o meu direito a existir e me manter de pé enquanto mulher.
Na era dos blogs, não existe mais essa de “apelo à direito de resposta”. Quem quer escrever, escreve. Ela já começa tentando se fingir de vítima. E essa de “meu direito de existir e me manter de pé”? Será que as amigas feministas dela não dão risada dessas lágrimas de crocodilo?
Ouvindo Bernardo Santoro se referir aos médicos cubanos como “escravos cubanos”, a Marx como “velho barbudo do mal”; explicar o conceito de demanda dizendo que ele era um “exímio ordenhador pois produzia muito leitinho” (sic) e que o “nazismo era um movimento de esquerda”, decidi por me afastar das aulas e tentar acompanhar o conteúdo por livros, gravações, grupos de estudo…
Atenção! Precedente aberto: se existir qualquer professor marxista atacando os “médicos brasileiros fascistas”, “Reagan como arauto do mal” ou dizendo que “nazismo é de direita” podemos então defender o direito de não poder continuar assistindo a aulas e seguir ganhando nota? Ah, assim ficou fácil demais…
Já ciente do meu posicionamento político e percebendo minha ausência, o professor chegou a indagar algumas vezes, durante suas aulas: “onde está a aluna marxista?”
Bernardo Santoro tinha prints. Maria Clara tem ao menos um vídeo demonstrando o que ela falou? Senão, a afirmação dela é igual a afirmação do tiozinho do sítio dizendo que viu o saci pererê roubando os ovos no galinheiro. (Aliás, não sei qual personagem folclórico roubava ovos, mas foi o que deu para arranjar…)
No dia 15 de maio deste ano, Bernardo postou em sua página do Facebook, de maneira pública, um post sobre o feminismo. Usando o argumento de que se tratava de uma “brincadeira”, o docente escarneceu da luta feminista e das mulheres de maneira grosseira e agressiva. A publicação alcançou muitas visualizações, inclusive de grupos e coletivos feministas que a consideraram particularmente grave, em se tratando de um professor, como foi o caso do Coletivo de Mulheres da UFRJ, universidade em que Bernardo também leciona.


A partir do episódio, o Coletivo de Mulheres da UFRJ escreveu uma nota de repúdio à publicação do professor, publicada no dia 27 de maio na página do próprio Coletivo, chegando rapidamente ao seu conhecimento. Foi o estopim. Fazendo suposições, o professor começou a me acusar pela redação da nota de repúdio e a justificou como fruto de sua “relação conflituosa” comigo, se mostrando incapaz de perceber quão problemático é escarnecer, de maneira pública, de um movimento de luta como o feminismo.
Oh, coitadinha! Será que ela se sentiu tão ofendida com o que Santoro postou? (reveja lá no comecinho deste post, no item 1 deste “case” de investigação cética).
Fui investigar o perfil de Facebook de Maria Clara, e olhem só o que achei logo na seção de fotos:


bubna
E ainda vem com avaliação:
bubna2
Será que ela realmente não esperava que fossemos investigar as fotos PÚBLICAS que ela tem no Facebook? Depois desse nível de baixaria (que ela endossa), é claro que ela entende o “escarnecimento de movimento de luta” como parte da linguagem padrão do seu dia-a-dia. Se ela não se preocupa em baixar o nível do debate (como vimos nesse meme acima), podemos notar que quase todas as encenações dela se fingindo de “oprimida” ou “mulher sensível que sofre” não passam de armadilhas para enganar incautos.
Fui então ameaçada de processo.
Só que ela não foi ameaçada de processo pelo mero repúdio, mas por MENTIR dizendo que o conteúdo da brincadeira postada por Santoro no Facebook (que foi até leve em comparação com a provocação publicada por Maria Clara contra os adeptos do orgulho hétero) se refletia em ofensas às feministas em sala de aula. Alegação que Maria Clara jamais conseguiu provar.
Primeiro com indiretas por comentários, onde meu nome não era citado. Alguns dias se passaram com uma tensão se formando, tanto no meio virtual quanto nos corredores da minha faculdade. Já se tornava difícil andar sem ser questionada sobre o assunto.
Alguém coordena uma ação de patrulhamento ideológico e se incomoda com “questionamento sobre o assunto”? É evidente que ela está tirando uma na cara de seus leitores. Essa aí não respeita nem mesmo as amigas feministas dela que publicam seus dramalhões cínicos.
Veio então, dias depois, uma mensagem privada do próprio Bernardo. A mensagem me surpreendeu por não só contar com o aviso sobre o “processo criminal por difamação” que o professor abriria contra mim, mas por um pedido do mesmo para que nos encontrássemos na secretaria da faculdade para que eu me desligasse da minha turma, pois o professor não tinha interesse em continuar dando aula para alguém que processaria.
Aqui novamente vemos uma contradição grave de Maria Clara. Em 7 de Junho, Santoro já havia dito: “[...] procurei sim a aluna para discutir a possibilidade de desligamento da mesma da matéria, e nunca obtive retorno, mas nunca exigi, em momento nenhum, sua saída, e a aluna, inclusive, compareceu pela terceira vez no semestre na aula de segunda passada”. Ela alegou “exigência”, mas quais as evidências trazidas? Até agora, nada…
Nesse ponto, meu emocional já não era dos melhores. Já não conseguia me concentrar nas aulas, chorava com uma certa frequência quando pensava em ir pra faculdade e essa mensagem do professor serviu para me desestabilizar mais ainda.
É muito fácil contar historinhas sobre o próprio estado emocional. Sem provas, ela poderia até dizer que “pensou em se matar”. Aqui é pura questão de criatividade.Mas, novamente, sem uma nesga de evidência…
Procurei o Centro Acadêmico da minha faculdade com muitas dúvidas sobre como agir. Foi decidido então levar o assunto até o Conselho Departamental que aconteceria dali alguns dias. No Conselho, mesmo com os repetidos informes de que não se tratava de um tribunal de exceção, Bernardo agiu como se fosse um julgamento.

Preparou uma verdadeira defesa que foi lida de maneira teatral por mais de quarenta minutos. Conversas e posts privados meus foram expostos numa tentativa de deslegitimar minha postura. Publicações minhas sobre a militância feminista e textos sobre minhas preferências políticas foram lidos pelo professor, manipulando o conteúdo e me expondo de maneira covarde e cruel. Dizendo-se perseguido por mim, uma aluna do primeiro período, Bernardo esqueceu-se que dentro do vínculo aluno/professor há uma clara relação de poder onde o aluno é obviamente o elo mais fraco. Eu, enquanto aluna, mulher, jovem, não possuo instrumentos para perseguir um professor.

O Conselho, por fim, decidiu pela abertura de uma sindicância para apurar a postura antipedagógica de Bernardo. Não aceitando a abertura da sindicância, o professor, durante o próprio Conselho, comunicou que iria se exonerar e deixou a sala. Foi repetido incansavelmente que a questão para a abertura da sindicância não era ideológica, mas sim sobre a postura dele como docente. Bernardo, ao que parece, não entendeu.
Aqui o vitimismo artificial chega à estratosfera.

Ela contatou Centro Acadêmico, que levou a questão ao Conselho Departamental. Em seguida, se indignou por que Bernardo levou um caudal de provas contra ela (mesmo em um jogo de cartas marcadas).

Diante das provas, ela usa o truque da eterna vítima: “Bernardo esqueceu-se que dentro do vínculo aluno/professor há uma clara relação de poder onde o aluno é obviamente o elo mais fraco”. 


Na verdade, o aluno geralmente é o elo mais fraco, mas essa relação é invertida quando os alunos estão protegidos por “coletivos” aparelhados pela máquina estatal. Diante desses grupos, os dissidentes, como Santoro, sempre são o elo mais fraco.


Ela se irritou devido ao fato dos posts dela terem sido expostos. Mas eram ou não eram posts? Eu mesmo peguei uma imagem na página dela que comprometeu todo seu vitimismo artificial. O que importa é: os posts são reais ou não? Como não refutou as evidências de Santoro, ela joga mais choradeiras: “manipulando o conteúdo e me expondo de maneira covarde e cruel”. 


Quais manipulações? Tem como provar?


O recurso tentado aqui é o ataque não-especificado. Exemplos: “tudo que dizem de mim é mentira”, ou “o que falaram para você é falso”. Mas o que é mentira? O que é falso? Esse tipo de recurso tentado por ela não passa em qualquer crivo cético…
A cereja do bolo vem quando ela diz que “foi repetido incansavelmente que a questão para a abertura da sindicância não era ideológica”, ou seja, ela antecipadamente já tomou partido do conselho. Esse ato falho já é suficiente para mostrar que o único motivo para o julgamento de Santoro era ideológico. E isso ele entendeu direitinho.
No dia seguinte, saiu uma reportagem no jornal O Globo sobre a questão. O professor declara que eu sempre fui uma “influência negativa para a turma”.
Procurei essa reportagem e não encontrei. Se algum leitor tiver acesso e puder me mandar, agradeço de antemão. Eu já aposto que encontrarei mais mentiras na alegação de Maria Clara.
Alguns dias depois, a cereja do bolo: seu amigo pessoal, Rodrigo Constantino, publicou, em seu blog na Revista Veja, uma reportagem onde eu era completamente difamada e exposta sem nenhum aviso prévio sobre a citação do meu nome.
Quais as difamações? Notaram de novo o recurso do ataque não-especificado? O truque é usado para esconder que Bernardo só publicou fatos a respeito de Maria Clara.
A reportagem por si só já era deprimente, mas o que ela gerou foi ainda mais violento.
Aqui é a imputação de falsa culpa. Ela vai afirmar (sem provas, como sempre) que se algo aconteceu com ela é por causa de “argumentos do Bernardo Santoro” ou “texto do Rodrigo Constantino”. Assim fica fácil, não é? Mas como sempre, provar que é bom…
Comecei a receber mensagens ameaçadoras que passavam desde xingamentos como “vadia caluniadora” até ameaças de “estupro corretivo”. Meu e-mail pessoal foi hackeado e meu perfil do facebook suspenso.
Não dá para saber se as tais ameaças realmente existiram ou se foram inclusive criadas por fakes dela ou por suas amigas. Do jeito que até agora só a falsidade imperou em seu discurso, era de se esperar que ela viesse com evidências. Por exemplo, que tal algum perfil verdadeiro associado a Santoro fazendo ameaças? Ah, não existem essas evidências, certo? Como eu disse, o discurso dela tem menos evidências que declarações de sitiantes a respeito de uma suposta aparição do monstro da fortaleza.
A situação atual parece estável, mas só parece. Ontem, no meu novo perfil do facebook, recebi mais uma mensagem de um homem desconhecido dizendo que eu deveria ser estuprada. Não, eu não deveria. Nem eu nem nenhuma outra mulher do planeta deveria ser estuprada, seja lá qual for o contexto.
É engraçado que toda adepta da extrema-esquerda sempre arruma alguém para a “ameaçar de estupro online” para depois se fingir de vítima. Até Jandira Feghali apareceu com esse tipo de conversa. O difícil é acreditar que alguém queria estuprar Jandira, ou até mesmo Maria Clara.
Decidi quebrar o silêncio, romper com essa postura conformista e empoderar minha voz. É preciso que as pessoas tenham noção da tensão social que vivemos onde as relações de opressão estão cada vez mais escancaradas e violentas.
Só que a única violência que se viu foi aquela cometida contra um professor. Simples assim. Jogos nesse parágrafo: Ausência deliberada de senso de proporções e Acuse-os do que fazemos. Isso já começou a cansar…
Em todo esse desenrolar, eu me vi em muitos momentos me odiando. Me odiando por ser mulher, me odiando por um dia ter dado valor à minha voz. Me vi procurando esconderijos, me arrependendo de ter entrado na faculdade de Direito, de ter acreditado na minha força. Me detestei, senti asco de mim.
Ela não tem que se odiar por ser mulher (aliás, mais um discurso nonsense e irracional). Deveria se envergonhar por ser tão intelectualmente desonesta, por ser incapaz de escrever um único parágrafo sequer sem jogos sujos, por se fingir de vítima de forma artificial, por manipular a emoção alheia de forma canalha, por prejudicar a vida de profissionais por questões puramente ideológicas, por defender a censura, por fazer uso de seus grupelhos ideológicos para obter benefício particular em uma universidade que é bancada por impostos de outras pessoas.


Conclusão
Já passou da hora de privatizarmos instituições como UERJ e UFRJ. No Brasil, hoje em dia, não se aprende muita coisa que preste nesses lugares, que se tornaram antro da politicagem mais podre que as mentes mais depravadas do país conseguiriam conceber. Quem tem que se explicar são os reitores desses locais, que permitiram baixarias como estas, promovidas por seres que mentem por parágrafo, como Maria Clara, dessem resultado.