quinta-feira, 10 de julho de 2014

Dilma agora quer estatizar o futebol! Sai pra lá!


Epa! Sinal vermelho no futebol. Mais propriamente, com uma estrela vermelha. Depois da derrota humilhante por 7 a 1 para a Alemanha, Dilma e o PT estão à caça de bodes expiatórios. 


A presidente tentou usar o torneio para faturar politicamente, como é sabido por todos. A simples menção de que havia um problema ou outro na Copa ou de que a nossa Seleção era, na verdade, medíocre, com um destaque positivo ou outro, a máquina de propaganda petista logo tachava o crítico de “pessimista”, de antipatriota. A verdade é que a propaganda tentou demonizar os que não aderiram ao patriotismo tosco.

Muito bem! A derrota acachapante está aí. Há o risco considerável de Dilma ter de entregar a taça a Lionel Messi, o capitão da Seleção Argentina. Ora, é claro que argentinos também podem vencer — até porque têm um time muito mais arrumado do que o nosso. Mas isso, para os brasileiros que gostam de futebol, têm um peso simbólico.

Como Dilma resolveu vestir chuteiras, embora os torcedores lhe tenham recomendado que ficasse longe da questão, receberá, sim, parte da carga negativa pela derrota. Muito bem! Um site ligado ao PT e à campanha (re)eleitoral da presidente, chamado “Muda Mais”, descobriu o verdadeiro culpado: a CBF. Escrevem lá: “A organização do futebol brasileiro está ultrapassada e presa ao nome de poucas figuras que revoltam o torcedor faz algumas décadas. Impera na CBF um sistema que em nada lembra uma instituição democrática e transparente. É preciso mudar”.

Num outro front, o ministro Aldo Revelo, dos Esportes, afirmou que o Estado tem de atuar mais na área. Aldo e o PT não pensam necessariamente a mesma coisa. E o ministro tem sido, até onde sei, uma pessoa correta. Mas vamos com calma com esse discurso! Se a CBF não é exatamente uma conspiração de anjos, não será atrelando a confederação ao Estado que vamos conseguir resolver os problemas. Nas grandes praças de futebol do mundo hoje — Espanha, Itália ou Alemanha —, o dinheiro estatal se mantém longe dos estádios.


Ao contrário: precisamos é limpar o futebol da influência política, isto sim. Quanto mais próximo da iniciativa privada estiver, melhor. A conversa mole do site petista lembra a pregação dos primeiros anos do PT, lá na década de 80, quando o partido prometia renovar a política. Deixem-me ver como se deu a renovação: hoje, os petistas estão aliados a Paulo Maluf, a José Sarney, a Jader Barbalho e a Fernando Collor, entre outros. Todos os vícios das velhas oligarquias foram preservados, aos quais se somaram os novos, da oligarquia sindical.


Em entrevista à rede de TV americana CNN, disse a presidente:

“O Brasil não pode mais ser apenas exportador de jogadores. Exportar jogadores significa que estamos abrindo mão de nossa principal atração, que pode ajudar a lotar os estádios. Até porque, qual é a maior atração que os estádios no Brasil podem oferecer? Deixar a torcida ver os craques. Há anos, muitos jogadores brasileiros têm ido jogar fora, então renovar o futebol no Brasil depende da iniciativa de um país que é tão apaixonado por futebol”.

É um raciocínio um tanto pedestre, e óbvio, para questão complexa. O que quer a nossa soberana? Estatizar os jogadores? Que a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal comecem a comprar passes de jogadores?

Qualquer que seja a solução, ela passa longe da canga estatal. Até porque a Fifa entregou ao Estado brasileiro a realização da Copa do Mundo. O torneio está na fase final, e o evento é, em si, um sucesso. Mas tudo aquilo que o governo prometeu aos cidadãos não foi entregue. E isso é apenas um fato. Precisamos é de mais mercado e menos estado no futebol, isto sim.

Por Reinaldo Azevedo

Desastre histórico 13 – A derrota da Seleção Brasileira e a do PT. Ou: É TOIS, DILMA!



Nunca achei, e os leitores sabem disto, que a vitória ou a derrota da Seleção Brasileira teria uma tradução imediata nas urnas. Tratei do assunto na minha coluna na Folha na sexta-feira passada, intitulada “A derrota da Seleção e a de Dilma”. “A derrota da Seleção e a de Dilma”. Escrevi então:

“A vigarice intelectual tenta transformar o tal ‘pessimismo com a Copa’ numa espécie de metáfora –ou metonímia– do suposto ‘pessimismo com o Brasil’. Também as críticas ao governo e o legítimo esforço para apeá-lo do poder segundo as regras do jogo seriam obra de pessoas de maus bofes, que saem por aí a espalhar o rancor e a amargura –coisa, enfim, de quem deveria deixar ‘estepaiz’, já que se mostra incapaz de amá-lo… Com todo o respeito, a tese de que o Brasil precisa perder a Copa para Dilma perder a eleição é só uma trapaça intelectual de quem quer que Dilma vença a eleição, ainda que o Brasil perca a Copa.”

O desastre a que assistimos no campo, nesta terça, ele sim, é simbólico de certo estado de coisas no Brasil. Reparem que foram muito poucas as críticas contundentes ao desempenho pífio da Seleção Brasileira nos cinco jogos anteriores. Aqui e ali se apontou o descompasso entre a realidade e os fatos, mas nada com a dureza e com a clareza que a ruindade do time estava a pedir. Por quê? Porque também o jornalismo — com raras exceções — vivia e vive sob uma espécie de tutela, com receio de ser acusado de falta de patriotismo.

O governo federal decidiu, infelizmente, fazer politicagem com a Copa do Mundo. A máquina publicitária oficial não teve pudor nem mesmo de pegar carona na contusão de Neymar, tentando transformá-lo numa espécie de herói nacional. Dilma Rousseff resolveu bater um papinho com Dilma Bolada no Facebook, de sorte que não dava para saber se a Bolada era a Rousseff ou a Rousseff, a Bolada. A presidente encontrou tempo para atacar os “urubus do pessimismo”. Referia-se, em princípio, àqueles que previam que o torneio seria um desastre organizacional, o que, é sabido, não foi. Mas não só a eles: os tais “pessimistas” estariam interessados na derrota do Brasil só para o PT perder as eleições…

Há, ainda, uma fatia dos políticos brasileiros que está convicta de que pode manipular a vontade popular a seu gosto. Sim, muitas críticas infundadas foram feitas à realização da Copa no Brasil, mas é evidente que parte delas procedia e procede — como procedentes são milhares de restrições outras que se fazem ao governo de turno, o que é normal numa democracia.

A máquina publicitária oficial, no entanto, incapaz de fazer a exploração rasteira do torneio — como esquecer as vaias do Itaquerão? —, decidiu “monitorar” às avessas o debate: tolhendo as críticas, intimidando os críticos, tentando silenciar as vozes discordantes, colando a pecha de sabotadores naqueles que dissentem. 


Não custa lembrar que o PT, com o apoio de setores comprados da imprensa — comprados pela publicidade oficial —, criou até uma lista negra de jornalistas, sobre a qual muita gente que chegou a me parecer séria um dia fez um silêncio cúmplice, preferindo olhar para o outro lado. Críticos do governo foram tachados de “jornalistas da oposição” e de “adversários da realização da Copa no Brasil”.

Pois é… Nos últimos dias, especialmente depois que veio a público uma pesquisa Datafolha em que Dilma havia oscilado quatro pontos para cima, na margem de erro, o Planalto se assanhou de novo em pegar carona na Copa. Dilma anunciou na sua conversa no Facebook que vai ao Maracanã, no domingo, entregar a taça ao vencedor — ocasião, então, em que “Maracanaço” talvez passe a ter outro sentido.


Qual é a última torcida que cabe à presidente? Por razões que o técnico argentino chamou nesta terça de “culturais” — ele se referia ao fato de que a imprensa de seu país comemorava o desastre brasileiro —, resta à nossa governanta torcer desde já para que seja a Holanda ou a Alemanha a vitoriosa. Ou lhe caberá a honra, depois de ter esconjurado os urubus, de entregar o troféu ao capitão da Seleção da Argentina.

Eu não acho que a derrota da Seleção fará o eleitor votar dessa ou daquela maneira. Não o subestimo assim. Isso não nega o fato de que o PT tinha planos para tentar fazer da eventual vitória uma arma para esmagar os adversários. Seria ineficaz porque, reitero, não é assim que se dão as coisas. Mas o Brasil ficaria um pouquinho mais incivilizado, matéria em que essa gente é craque.

É TOIS, DILMA!

Por Reinaldo Azevedo

Desastre histórico 12 – O triunfo do raciocínio mágico e da burrice. Ou: Macumba lógica



Na segunda, no programa diário “Os Pingos nos Is”, que ancoro na Jovem Pan (entre 18h e 19h; volta ao ar nesta quinta, em horário normal), esculhambei a tese cretina que vi esposada em muitos lugares segundo a qual a saída de Neymar até poderia representar um ganho para a Seleção Brasileira. 

O raciocínio estúpido e mágico se sustentava em dois pilares:
  a) componente psicológica o desagravo ao nosso melhor jogador e o sentimento de unidade nacional gerado por sua contusão estimulariam os nossos guerreiros, que, então, lutariam ainda com mais garra;
  b) componente técnica por motivos insondáveis, a ausência de Neymar tornaria cada jogador mais compenetrado e ciente das suas obrigações, o que obrigaria o time a jogar um futebol mais eficiente e solidário.


Obviamente, nada disso aconteceu. Eu, aborrecidamente lógico que sou, considero que, com a possível exceção de Fred, menos nunca é mais, a não ser quando se somam ou se multiplicam entre si grandezas negativas. Se Neymar é nosso melhor jogador e se ele é o único da Seleção que lembra um armador, caso ela saia, a Seleção ficará, obviamente pior.


Mais: como eu não tinha percebido — nem eu nem ninguém — a existência de algum esquema tático de Felipão que não fosse Neymar, a sua saída implicava ficar sem nada. Some-se a isso a ausência de Thiago Silva — esta, sim, muito mais devastadora para o jogo desta terça —, e temos, então, o “Mineiraço”. 

Explico a referência a Fred, que estava em campo não por culpa sua, diga-se, mas de Felipão: ele atuou na Seleção como massa negativa. Tê-lo era como jogar não com 10, mas com nove jogadores. Era a soma que subtraía. Onde se pensava haver um centroavante, havia apenas alguém lutando contra sei lá que demônios do futebol. Não é que ele não tenha ajudado; ele atrapalhou.


Enquanto o futebol — e o mesmo vale para o país — se deixar perder nessas bobagens, não vamos muito longe, não. É possível que até Felipão tenha caído presa da armadilha: “Ah, vamos fazer do limão uma limonada”. 


E aí meteu Bernard e Hulk para correr pelas pontas, deixou a armação para David Luiz, e aí foi a zaga que entrou em parafuso. Quando o ataque não marca, a zaga está em pânico e não existe meio-campo, o resultado de 7 a 1  é até barato. 


Todos vimos que, num dado momento, a Alemanha decidiu parar. Um dos jogadores concedeu uma entrevista e chegou praticamente a se desculpar. Falava a sério. Não era arrogância.


Patético Na entrevista coletiva que concedeu, perguntaram a Felipão por que ele deu a entender, no treino, que Bernard não estraria, que ele armaria um time um pouco mais defensivo e adensado no meio-campo, e depois fez o contrário. Ele respondeu que agiu daquele  modo porque a imprensa estava no treino, e ele não queria entregar seus segredos.


Ah, bom! Felipão guardava uma surpresa a sete chaves: a derrota por sete a um contra a Alemanha. De tudo o que ele disse na entrevista, concordo com uma coisa: ele é o principal culpado.

Para encerrar, meus caros, reitero a máxima de que macumba, ela mesma, nunca fez ninguém ganhar jogo. Mas também não consta que faça perder. Já as macumbas lógicas, ah, essas conduzem a grandes desastres: no futebol, na política e na vida.


Por Reinaldo Azevedo

Desastre histórico 11 – Publicidade no intervalo e depois do jogo tornou tudo mais surrealista


Não há condições técnicas — não ainda ao menos — de programar uma publicidade para a vitória e outra para a derrota. E, é natural — não estou censurando ninguém —, os produtos anunciados (cerveja, bancos, carros etc.) vinham embalados por euforia e otimismo. Só que a realidade era bem outra.


Ok, meus caros, já aconteceu antes. A minha geração — estou com 52 — não teve “Maracanaço”, mas teve a derrota para a Itália em 1982. Ocorre que nós todos amávamos aquele time, mesmo com os seus defeitos. 

Era inequívoco que jogava com talento incomum — embora tivesse uma defesa descuidada. Também naquele caso e em outros tantos, a propaganda refletia uma realidade que já não nos pertencia mais.

Desta feita, não foi a derrota em si que tornava a coisa toda meio surrealista, mas a forma como se deu e, obviamente, o placar. Apesar da euforia, é evidente que havia e que há certo clima desconfiança cercando a realização do torneio no Brasil.

No intervalo, lá estavam as mensagens ufanistas e insuportavelmente alegres, quando perdíamos por 5 a zero. Terminado o jogo, voltaram os comerciais. De novo, lá estávamos nós, os felizes imbatíveis da tela, derrotados na vida real por sete a um.


No futuro, e a tecnologia se encarrega do assunto, é o caso de pensar alternativas para a vitória e para a derrota. Mas não se peça a ninguém, nem acho que seja o caso, que se faça um anúncio para a humilhação.

Por Reinaldo Azevedo
 

No estado de Sarney, Campos diz que não aceitará o PMDB em seu governo



Nas disputas estaduais, PSB se coligou com o PMDB em oito estados.
Ex-governador de PE fez campanha nesta quinta (10) em São Luís (MA).



Do G1 MA



Eduardo Campos (PSB) e a Marina Silva (PSB), em visita a São Luís (Foto: Clarissa Carramilo / G1) 
Eduardo Campos (PSB) e a Marina Silva (PSB), em visita a São Luís 
Em visita ao Maranhão, estado no qual o senador José Sarney (PMDB-AP) fez sua carreira política, o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou nesta quinta-feira (10) que, se for eleito, o PMDB não fará parte de seu eventual governo. Apesar de o PSB ter se coligado com o PMDB em oito das 27 unidades da federação, Campos declarou que quem quiser continuar ao lado de Sarney deve votar em Dilma Rousseff (PT) ou Aécio Neves (PSDB).

"Fui o único candidato que disse com todas as letras que quando eu e Marina estivermos governando o Brasil, a partir do dia 1º de janeiro, o PMDB, de José Sarney, estará na oposição. Será a primeira vez, em 50 anos, que a gente vai ter muita unidade política", disse o presidenciável do PSB durante ato político em São Luís (MA).
"Quem quiser prestar homenagem ao Sarney, vota na Dilma. Quem quiser continuar com o Sarney no governo, pode votar também no Aécio, porque todo mundo sabe que esse PMDB tá com o pé em duas canoas. Agora, a única canoa que ele [o PMDB] não bota o pé, é na nossa", complementou Campos.

Quem quiser prestar homenagem ao Sarney, vota na Dilma. Quem quiser continuar com Sarney no governo, vota no Aécio"
Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência
O PSB, de Campos, se coligou com o PMDB, de Sarney, em Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Mato Grosso do Sul. Já na disputa presidencial, os peemedebistas apoiarão a tentativa de reeleição de Dilma.

Segundo Eduardo Campos, ele escolheu o Maranhão para iniciar oficialmente sua campanha de rua pelo Nordeste devido à "localização estratégica" do estado, que fica na divisa com a região Norte. Na avaliação do candidato do PSB, é "questão de tempo" para que a população maranhense mude de opinião e vote nele. Na eleição de 2010, a presidente Dilma Rousseff foi a candidata mais votada no estado, com 2.079.650.

"Acho que é só uma questão de tempo. A população do nordeste brasileiro, como um todo, acreditou muito no governo da presidenta Dilma. Foi praticamente o Norte e o Nordeste que elegeram a presidenta Dilma. O que acontece é que, passados quatro anos, a população percebe claramente que não teve a nossa região a atenção que esperava ter, não teve essa atenção", disse.


Candidato posa ao lado de apoiadores de campanha em São Luís (Foto: Clarissa Carramilo / G1) 
Candidato posa ao lado de apoiadores de campanha em São Luís 
Disputa estadual
Durante a passagem pela capital maranhense, Eduardo Campos confirmou apoio à candidatura de Flávio Dino (PCdoB) ao governo do Maranhão, apesar de o PPL, legenda coligada ao PSB na corrida presidencial, ter lançado a candidatura de Zéluis Lago para a sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB).


"Nós temos uma aliança nacional com PPL e o PPL tem aqui uma candidatura que tem o seu espaço, mas o meu partido está na candidatura de Flávio Dino. Nós gostaríamos que todos estivessem para apoiar a oposição fortalecida, para garantir uma vitória eleitoral, uma vitória política para mudar o Maranhão e mudar o Brasil", declarou.

Aécio
Nesta quinta, Eduardo Campos foi indagado por repórteres sobre uma declaração feita por Aécio Neves durante passagem do candidato do PSDB pelo Maranhão em maio. Na ocasião, o tucano disse que não é "inimigo político" do seu adversário do PSB.

Conforme Campos, apesar de ele e Aécio exercerem papéis políticos opostos, sempre mantiveram uma "relação de respeito". Na visão do presidenciável, os eleitores estão cansados de polarização na política.

"Nós não subimos nos mesmos palanques nacionais, mas isso não impediu que nós tivéssemos uma relação de respeito. Convivemos na Câmara de Deputados, dialogamos sobre projetos importantes, temos uma visão política e origem política distintas. Já tivemos oportunidades de divergir em vários assuntos, mas a vida me deu uma capacidade de dialogar e respeitar as pessoas que não pensam exatamente como eu penso. Esse jeito de fazer política eu quero conservar. Passadas as eleições, a gente vai perceber que o povo brasileiro cansou dessa polarização, nós e eles".

Copa e eleições
Em meio à entrevista concedida em São Luís, o candidato do PSB disse não acreditar que a discussão sobre a Copa do Mundo influencie na disputa eleitoral. Ele afirmou que, na opinão dele, não há "relação direta" entre os dois eventos.


"Uma coisa é a Copa do Mundo, outra coisa é a disputa política eleitoral. [...] Não vejo relação direta entre uma coisa e outra, absolutamente", ponderou Campos. Em tom de brincadeira, ele ainda disse que Felipão não é o melhor exemplo para se falar em estratégia.

Adolescente se suicida no Nepal devido à derrota do Brasil na Copa





Segundo a polícia, jovem era fã da seleção brasileira e se matou.
Menina de 15 anos se enforcou após o jogo.

Do G1, em São Paulo

Uma adolescente de 15 anos morreu no Nepal após a derrota por 7x1 da seleção brasileira de futebol para a Alemanha em uma das semifinais da Copa do Mundo. 

Segundo a polícia local, ela era fã do Brasil e ficou deprimida após o jogo, o que a levou a se matar na manhã desta quarta-feira (9).


A jovem foi identificada como Pragya Thapa, segundo a imprensa local. Sua mãe encontrou seu corpo em seu quarto. Segundo a polícia, antes de se matar a jovem estava em seu quarto estudando, após uma discussão com amigos sobre o jogo. Alguns dos amigos a provocaram por sua torcida pelo Brasil e pela derrota do time.

A polícia investiga o caso. “Ela estava ansiosa para ver o Brasil na final, mas eles perderam para a Alemanha”, disse Sharad Thapa, inspetor da polícia local, de acordo com o jornal britânico “Daily Mail”.

Aécio diz que governo Dilma faz uso político da Copa do Mundo no Brasil





Na semana passada, ele criticou uso político do Mundial sem citar nomes.


Senador disse que quem tentar se apropriar da Copa 'vai pagar o preço'.

Victoria Varejão Do G1 ES
 
O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira (10), durante atividade de campanha no Espírito Santo, que o governo da presidente Dilma Rousseff fez uso político da Copa do Mundo no Brasil. Na semana passada, o tucano afirmou que via uso político do Mundial, mas não citou nomes.

Aécio Neves visita o ES e fala sobre reação de Dilma à Copa (Foto: Victoria Varejão/ G1)Aécio Neves visita o ES e fala sobre reação de
Dilma à Copa 
 
Ao ser perguntado novamente sobre o tema  nesta quinta, Aécio Neves afirmou que o governo Dilma "a cada momento, tem uma reação diferente" em relação à Copa e que, depois que o Mundial "deu certo", a presidente se comportou como "artilheira da seleção".

"Sempre fui muito reto nas minhas palavras, Copa do Mundo é uma coisa, eleição é outra. O governo da presidente Dilma é que, infelizmente, a cada momento, tem uma reação diferente. Quando vieram as manifestações, ela não tinha nada a ver com Copa do Mundo. Quando a Copa dá certo, parecia até que era ela a artilheira da seleção", frisou.

O candidato frisou ainda que "quem vai pagar o preço" pelo uso político da Copa "são aqueles que tentaram se apropriar de um evento que é de todos os brasileiros".
Aécio estava acompanhado do senador Agripino Maia (DEM-RN) e visitou Vitória e Vila Velha, na região Metropolitana do Espírito Santo.


O senador destacou que esteve no Mineirão na última terça-feira (8) e acompanhou a derrota do Brasil para a Alemanha por 7 a 1. Segundo ele, o comportamento como torcedor não se mistura à campanha eleitoral.

"Todos nós estamos tristes com  o resultado. Estive lá, como torcedor, no Mineirão, atônito com aquele resultado, e nunca misturei as coisas. Mas aqueles que esperavam fazer da Copa do Mundo, como disse a presidente, uma 'belezura' para influenciar nas eleições, vão se frustrar", afirmou o tucano.

Neymar chora ao comentar a lesão: "Poderia estar numa cadeira de rodas"



Atacante se emociona ao relembrar lance que o tirou da Copa do Mundo de 2014, conta que o colombiano Zúñiga ligou para pedir desculpas e diz que perdoa o rival

Por Teresópolis

Neymar reapareceu em Teresópolis para estar com o grupo na reta final da Copa do Mundo. Pouco depois de chegar à Granja Comary, o atacante apareceu para dar entrevista coletiva. 


Com 45 minutos de atraso em relação ao horário divulgado pela CBF, o camisa 10 entrou cabisbaixo na sala de imprensa. De boné e vestido com uma amarelinha autografada pelos companheiros no vestiário antes da entrevista, ele se considerou parte do vexame. E chorou ao falar da fratura sofrida na partida contra a Colômbia, depois de joelhada de Zúñiga, nas quartas de final do Mundial. 



- Foi um lance que não concordo, não aceito. Não vou falar que foi desleal, que ele veio na maldade, que fez isso ou aquilo porque não estou na cabeça dele. Todos que entendem de futebol sabem que não é uma entrada normal. 

Quando você quer fazer uma falta para quebrar o contra-ataque, você segura, empurra. Da forma como ele veio e da forma como a bola vinha, foi uma entrada que não é de situação de jogo. 


Quando estou de frente e tenho a visão periférica eu consigo me defender. De costas, eu não consigo me defender. A única coisa que pode me defender de costas é uma regra. Foi um lance que eu não tinha como me proteger e eu acabei me machucando.


Neymar coletiva Seleção (Foto: Mowa Press)Neymar admite a dor, mas pede que equipe não abaixe a cabeça



Neymar buscou fôlego e continuou a responder sobre o lance que o tirou precocemente da Copa do Mundo. Mas não aguentou e chorou.

- Deus me abençoou naquele lance. Se fossem dois centímetros para dentro eu hoje poderia estar numa cadeira de rodas. Complicado você falar. Num momento tão importante na minha carreira, isso faz parte. Aconteceu e vida que segue – acrescentou o jogador, que só deve ser recuperar de 40 a 45 dias.  


Muito embora esteja chateado com o lance que o tirou da Copa do Mundo, Neymar aceitaria o pedido de desculpas do colombiano Zuñiga. 

- Desculparia, sim. Não tenho rancor, ódio. Ele até me ligou, falando que não queria me machucar, que sentia muito. Desejo que Deus o abençoe e que ele tenha sucesso na carreira dele – resumiu o camisa 10 da seleção brasileira.


Neymar Coletiva Brasil (Foto: Alexandre Lozetti)Neymar respondeu a perguntas sobre a sua lesão e a eliminação do Brasil na Granja Comary


Sobre o vexame histórico de ter perdido de 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo, Neymar se colocou como parte do grupo nessa responsabilidade.

- Não tenho vergonha nenhuma de falar que fiz parte dessa equipe que levou de 7 a 1 – resumiu o atacante da seleção brasileira.
Neymar visita o treino da Seleção (Foto: Mowa Press)Neymar visitou a Seleção na Granja Comary e concedeu entrevista coletiva


Neymar viaja com a delegação da seleção brasileira para Brasília nesta sexta-feira. A partida contra a Holanda, na disputa pelo terceiro lugar da Copa do Mundo, será no sábado, às 17h, no estádio Mané Garrincha.

Confira os trechos da entrevista de Neymar:
Reencontro 
Estou muito feliz por ter voltado a reencontrar os companheiros. Claro que numa situação ruim. Só de eu ter a oportunidade de estar andando, revendo meus companheiros. Começamos juntos e vamos terminar juntos. Independentemente do que aconteceu, se não conseguimos o título, estamos fechados, unidos e vamos terminar juntos, honestamente, no sábado. 


O que espero daqui pra frente é que a gente seja alegre como sempre. Não é por causa de uma derrota histórica que temos de baixar a cabeça. Faz parte do futebol. Eu sou um cara que não gosta de perder de jeito nenhum. Ainda mais no esporte que amo. Vai doer por muito tempo, mas vai passar e dias melhores virão. 


Vamos fazer de tudo para que a gente possa devolver a alegria aos nossos rostos, da família e do povo brasileiro. 


O semblante é de tristeza, chato. O que mais me deixou feliz na volta pra cá é que tiveram pessoas aplaudindo, gritando o nome dos jogadores, depois de uma derrota feia. Agradeço a todos os torcedores que nos apoiaram. Assumimos a responsabilidade de ter perdido. Vida que segue. Dias melhores virão. Que a gente volte a ser feliz o mais rápido. 

Vexame 
Foi uma coisa inacreditável, inexplicável. Não consigo explicar. Foi um apagão que teve na nossa equipe. Ficou difícil de reverter. Não existe o “se”. É muito fácil falar depois que as coisas acontecem. Já passei por isso e sei como é conviver com um apagão dentro de campo. Você não consegue fazer nada. 


Tem que torcer logo para que acenda a luz rápido. Não vim aqui para explicar o que aconteceu na partida. Perguntei e eles não têm como explicar. Se eles não conseguem, quem sou eu para explicar. 


Tem que lamentar a derrota, ficar triste. Todos os jogadores buscaram isso. E todos são merecedores de estar aqui. Se parar para fazer a convocação novamente 90, 95% vão ser os mesmos jogadores. Não é por causa da perda de um título que os jogadores são ruins. 

Não tem o que falar. Aconteceu. Faz parte do futebol. Estamos dispostos a tudo dentro de campo. Infelizmente aconteceu com a gente. Não queríamos passar por isso. Principalmente pelas nossas famílias, que acabam sofrendo mais do que a gente. A gente é forte o suficiente para aguentar tudo isso. 

Copa do Mundo 2018
Eu queria acordar e estar em campo com os meus companheiros. Não tem como pensar daqui a quatro anos. Fizemos de tudo para conseguir. Tivemos a oportunidade de marcar o nosso nome na história de forma positiva. 


E falhamos, deixamos a desejar. Não fizemos uma campanha boa. Demonstramos um futebol regular, por isso que chegamos na semifinal. 


Não mostramos futebol de seleção brasileira, que encanta a todos. Agora é encarar o jogo de sábado como se fosse final e terminar a Copa do Mundo sorrindo, com uma vitória. Não vai confortar tanto. Não vai assimilar tanto a dor, mas é importante. 


Em casa
Foram as piores semanas que tive na minha vida. Se tivesse que imaginar algo ruim, não seria isso. Vai ficar um aprendizado. A gente pergunta o porquê de tudo isso. 


Futuro
 Eu quero o algo a mais. Se eu treino hoje bem, amanhã quero treinar melhor ainda. Vou ter que treinar mais, me dedicar mais. Fazer tudo a mais para daqui a quatro anos estar numa Copa do Mundo novamente. Fomos fracassados, sim. Perdemos. Mas foi o que falei, faz parte do futebol. Não queríamos perder dessa forma. Pelo menos eles correram, mesmo perdendo de 7. Não avacalharam. Correram como homens. 


E isso é que sinto orgulho de todos eles. São pessoas que passo a admirar ainda mais.


*Participam desta cobertura Alexandre Lozetti, Chris Mussi, Leandro Canônico, Márcio Iannacca, Martín Fernandez, Richard Souza e Thiago Correia.


O fim da Festa




Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Humberto de Luna Freire Filho

A festa acabou para os brasileiros que se vestem de patriotas a cada quatro anos. Espero que, agora, eles se juntem à maioria dos brasileiros que são patriotas todos os dias do ano sem precisar se envolver na bandeira nacional, aqueles que usam jaleco branco, aqueles que usam macacões de fábricas, aqueles que usam fardas, aqueles que cumprem as leis vigentes, aqueles que não tentam tirar vantagem em tudo, aqueles que não são gigolôs do governo, em suma aqueles que trabalham duro e pagam impostos.

Aproveitem a ressaca da derrota e deixem de lado por alguns dias o caderno de esportes; leiam o caderno de economia e vejam para onde está indo a nossa. Leiam o caderno de educação e avaliem o futuro do país. Leiam sobre a saúde pública e terão um belo roteiro para filme de terror. Leiam sobre a política e descubram que a cada dia surge um novo corrupto. Só não leiam sobre segurança, caso contrário você não mais sairá de casa.

 Enfim, acordem: Deem menos crédito a essa imprensa esportiva comprometida com organismos internacionais e que não tem o menor respeito pela inteligência do cidadão, criando perspectivas onde não existem. Em outubro, ajudem aos brasileiros de boa fé por para fora do governo esses despreparados, corruptos e ladrões que tomaram conta do poder e estão destruindo o país. Além disso espero que assimilem bem a importante lição dada pelos alemães: o Brasil não é o país do futebol, já foi. O Brasil hoje é o país da corrupção institucionalizada. Obrigado Alemanha, pela grande ajuda dada ao povo brasileiro. 

Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

A maior das Surpresas



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Roberto Gotaç

Numa copa do mundo marcada por surpresas como a emergência da Costa Rica na elite do futebol, o desastre espanhol, a dentada do Luiz, a trombada do Zuñiga por trás, aquela na qual o que bate na traseira, no trânsito, nunca tem razão, embora o colombiano não tenha sido nem advertido pelo árbitro, a vértebra fraturada do  Neymar, a ineficiência acachapante do Cristiano Ronaldo, o otimismo irracional alardeado por membros da cúpula da comissão técnica brasileira, ao afirmarem que a copa estava garantida, antes ainda da fase de grupos, o choro fácil dos nossos craques e a pirotécnica cantoria do hino à capela, após todas essas e outras bizarrices, quem poderia imaginar que a mais retumbante  e dramática das surpresas ainda estava por vir: Alemanha 7, Brasil 1? 

Poderá ela ser superada na final ou na disputa do terceiro lugar? Aguardemos...

Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

A Lição da Alemanha




Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Chagas

Caros amigos: O desempenho da Seleção Brasileira é o retrato da Copa do Brasil: cara, improvisada e um fracasso diante da realidade.

Deus é justo e impediu que o acaso e a euforia pusessem uma cortina de fumaça sobre a realidade da copa mais cara da história do futebol mundial, cujas obras foram pagas mesmo antes de serem concluídas ou entregues, aí incluídos 12 estádios faraônicos envoltos no rescaldo mal arranjado de empoeirados canteiros de obras.

O Brasil tem vivido na copa o clímax de uma fraude chamada governo popular do partido dos trabalhadores. Uma farsa, uma mentira, uma ilusão!

Só a "odiada classe média" teve recursos para sustentar uma parte do prejuízo, comparecendo aos estádios. Só o concurso das demoníacas Forças Armadas e das truculentas e despreparadas  Policias Militares foram capazes de garantir a segurança de atletas, delegações, chefes de estado, turistas e torcedores. Só a decretação de feriado nos dias de jogos assegurou a mobilidade urbana para pedestres e jumentos.

Nem mesmo o desabamento de um viaduto do "PAC da Copa" e a morte de dois trabalhadores foi capaz de abrir os olhos do País do Futebol para a improvisação e para a correria da tapeação.

Foi preciso a seriedade e a competência de um grupo de alemães para tirar-lhe a venda e o entusiasmo pelo efêmero e fazê-lo enxergar o tamanho do engodo, da mentira, do rombo e da conta a pagar.

O exemplo dos alemães não deve, no entanto, limitar-se ao degradante 7x1, mas estender-se aos próximos anos e aos desafios de reerguer o Brasil depois de 12 anos de PT, assim como eles recuperaram sua pátria depois da destruição de 6 anos de guerra!

Que Deus não deixe de iluminar o nosso caminho e que nos dê força, determinação e maturidade para reconstruir a nossa pátria!


Paulo Chagas, General de Brigada na Reserva, é Presidente do Ternuma.