quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Fiscalização remove 28 edificações irregulares em três regiões do DF



O Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo erradicou, nesta quinta-feira (14), 28 edificações que haviam sido erguidas em áreas públicas de São Sebastião, Itapoã e Taguatinga. Cerca de 120 servidores participaram da ação, coordenada pela Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops) e pela Agência de Fiscalização (Agefis). Não houve resistência.

“De acordo com o nosso levantamento, as construções foram erguidas na última semana. Infelizmente, há quem ainda aposte na invasão de área pública, mas é bom que essas pessoas saibam que a fiscalização está presente”, alerta o subsecretário de Defesa do Solo e da Água da Seops, Nonato Cavalcante.

Ainda pela manhã, uma das equipes passou pela Rua 3 Chácara 33, no Assentamento 26 de Setembro, em Taguatinga, onde removeu um alicerce feito de alvenaria e uma cerca de 80 metros, usada para demarcar ilegalmente um lote.

No Itapoã, os órgãos do governo retiraram obras ilegais na Quadra 308, do condomínio Del Lago, onde 10 edificações feitas em madeira, 400 metros de cerca, um ponto clandestino de água e outro de energia foram removidos.

À tarde, a mesma equipe que realizou a ação no Itapoã foi deslocada para o Núcleo Rural Aguilhada, em São Sebastião. No local foram erradicadas 17 edificações feitas em madeira, outra feita em pré-moldado, 11 quilômetros de cerca e cinco fossas.
“A fiscalização de vigilância será reforçada nessas áreas para evitar o surgimento de novas construções ilegais”, garante o subsecretário Cavalcante.

Além de Seops e Agefis, estiveram presentes a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a CEB, a Caesb e a Terracap.

Legislação - O Código de Edificações do Distrito Federal (Lei nº 2.105/98) determina que toda construção deve ser previamente autorizada pelo governo. Essa licença é emitida pelas administrações regionais, que levam em conta a destinação da área prevista no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT).

As construções em área pública sem autorização podem ser removidas imediatamente. A Agefis pode, ainda, emitir advertências, multas, embargos, interdições e apreensão de materiais quando considerar necessário.

Fonte: Secretaria de Estado da Ordem Pública e Social do Distrito Federal

ONS tem até esta sexta-feira para fornecer as informações sobre a vazão da represa do Rio Jaguari – que banha os estados de São Paulo e Minas Gerais. .


14/08/2014 08h25

MPF-RJ pede informações ao ONS sobre vazão do Rio Jaguari, SP

Órgão diz que estado do Rio pode ter problema de fornecimento de energia.


Do G1 Rio
Rio Jaguari, em Limeira (Foto: Arquivo/Odebrecht)Rio Jaguari, em Limeira
 
O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pediu, nesta quarta-feira (14), ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informações sobre a vazão da represa do Rio Jaguari – que banha os estados de São Paulo e Minas Gerais. 

Segundo o órgão, o estado do Rio pode ter problemas de fornecimento de energia se o governo de São Paulo mantiver a vazão do Jaguari no nível mínimo, como mostrou o Bom Dia Rio.

As informações vão compor um inquérito civil público para apurar os impactos ambientais do projeto do governo paulista para a transposição do Rio Paraíba do Sul, na Região Metropolitana do Rio (Sistema Guandu), em razão da crise do Sistema Cantareira, principal fornecedor de água para a população da Grande São Paulo

Algumas cidades paulistas já enfrentam racionamento de água. Devido ao caráter de urgência do tema, o MPF-RJ concedeu 48 horas para a resposta do ONS.

O Rio Jaguari é um dos afluentes do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de 15 milhões de pessoas na região do Vale do Paraíba e no estado do Rio de Janeiro, além de alimentar a produção de energia elétrica pela Light, principal concessionária do estado. A exemplo do sistema Cantareira, a bacia do Rio Paraíba do Sul também passa por uma das piores estiagens da história.

O governo de São Paulo descumpre determinação do ONS de que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) aumente a vazão de água do Paraíba do Sul para o Jaguari de 10 mil para 30 mil litros por segundo. Nesta quarta, o nível da represa do Jaguari atingiu o menor patamar desde 2003. 

O volume da água, que estava em 81% em 2012, chegou a 38%. A represa do Paraibuna está com nível ainda pior: 13%.

Blog do Julio Gomes: Um mês depois da final da nossa Copa, o futebol brasileiro agoniza



Atualizado em  14 de agosto, 2014 - 18:33 (Brasília) 21:33 GMT


Depois da derrota por 7 a 1 na Copa, esperava-se uma chacoalhada mais forte no futebol brasileiro


Dia 13 de julho. Maracanã. Um enorme jogo de futebol, taticamente muito bem jogado, tecnicamente quase perfeito, com ritmo, velocidade, emoção, casa histórica, cheia, torcedores misturados, golaço decisivo. Era a final da Copa do Mundo. Tudo bem, é verdade. Não dá para um evento ser muito melhor do que a final da Copa do Mundo.

Mas ela foi em nossa casa. Debaixo dos nossos narizes. E coisas que acontecem por perto são as que têm mais efeitos inspiradores. É claro que eu não tinha a esperança de ver o Campeonato Brasileiro recomeçar com um futebol de primeiríssima. Mas, depois de a Copa ter nos mostrado jogos tão bons em todos os aspectos do esporte e, fundamentalmente, depois dos 7 a 1, eu esperava uma chacoalhada mais forte.
O que vimos? Nada. Ou quase nada. Seguimos na idade da pedra.

Ao longo de um mês, um mês cravado desde o final da Copa, tivemos:

  • Jogador apanhando de torcedores e sendo ameaçado de "demissão" pelo próprio clube, que deveria ser o primeiro a protegê-lo; Estádios às moscas, com públicos ridiculamente pequenos dois ou três dias depois da decisão da Copa. A ressaca nem havia passado ainda e o futebol lixo já estava sendo empurrado goela abaixo;
  • As brigas de sempre entre torcedores, quase sempre os tais "organizados". Emboscada na porta de estádio, cadeiras quebradas, alpinismo pra pular de um setor a outro de estádio da Copa, etc, etc, etc;
  • Jogos espetacularmente ruins, falta de gols, de passes certos, de futebol dinâmico, de campo encurtado, tudo isso junto com as velhas retrancas, o modus operandi consagrado dos últimos anos: a busca pelo resultado, não importa como;
  • Um calendário sendo anunciado para o ano que vem sem a pré-temporada corretamente exigida pelos jogadores, um calendário que segue matando tanto clubes grandes quanto pequenos;
  • Os dirigentes da CBF tirando olimpicamente o corpo fora ao colocar Dunga de volta no comando técnico da seleção. Mais um que aceita ser a cara da derrota, em caso de derrotas;
  • Clubes tradicionais do nosso futebol demitindo treinadores após uma ou duas derrotas, depois de tê-los deixado trabalhando durante toda a pausa para a Copa do Mundo. E o pior, voltando até duas décadas no tempo para trazer os respectivos substitutos (19 anos atrás, repito, DEZENOVE anos atrás, São Paulo, Flamengo, Grêmio, Internacional e Atlético Mineiro tinham os mesmos técnicos que têm hoje);
  • Movimento da "Bancada da Bola" no Congresso Nacional para aprovar uma lei de responsabilidade fiscal que parcelaria as históricas e vultuosas dívidas dos clubes de futebol para com a sociedade que paga seus impostos (sem, claro, as devidas contra partidas). Um show de dirigentes fazendo biquinho e tentando convencer os torcedores de que os clubes são pobre coitados e, se não tiverem a mão benevolente do governo, não poderão fomentar a lúdica prática esportiva a partir do ano que vem;
Devo estar esquecendo de alguma bizarrice pelo caminho.

E, passados 31 dias, chegamos ao 13 de agosto. Um mês depois da Copa.
Pela TV a cabo, poucos viram ou mesmo ficaram sabendo do título inédito do San Lorenzo na Copa Libertadores da América.

Veja bem. Na Europa, dia de final de Champions League é o dia do "para tudo". Não importa de que país sejam os times finalistas. O jogo será transmitido pela TV que mais pagou, de preferência in loco, pelo melhor narrador, comentarista e repórter possíveis, com interesse total porque, afinal, estarão em campo os melhores do continente. Os times que chegaram onde todos os outros queriam chegar.



Poucos brasileiros viram a vitória do San Lorenzo na Copa Libertadores da América
Aqui, não. Como não tem brasileiro, a final da Libertadores fica em quinto plano. Quer dizer. É o título que todo mundo quer no Brasil, mas é o torneio que ninguém quer ver se não estiver lá o próprio time ou então o rival, para torcer contra. Isso é gostar de futebol?? É assim que o "país do futebol" faz??

O país não conhece o San Lorenzo. Alguns sabem apenas que é o “time do Papa”. Pois é. A maioria tampouco conhecia Kroos, Khedira e aquele loirinho simpático que nadava no mar com os locais lá na Bahia. A ignorância é uma grande amiga da arrogância.

No dia da final da Libertadores, um mês depois da Copa, o que vimos foi a Copa do Brasil. Um torneio bacana. E que, como o mata-mata faz muita falta, tinha tudo para ser o mais bacana do país. Só que aí a CBF inventou uma regra: quem é eliminado da Copa do Brasil pode acabar tendo como “prêmio” a disputa da Copa Sul-Americana.
 

Como no futebol se classificar para algo virou mais importante do que ganhar algo, era óbvio que muitos times iriam preferir buscar a vaga na Libertadores seguinte via Sul-Americana, um torneio de menor nível técnico. No ano passado, pela primeira vez na história da Copa do Brasil, sete times de primeira divisão foram eliminados antes das oitavas de final do torneio. Coincidência?

A Ponte Preta mandou reservas e foi eliminada da Copa do Brasil pelo Nacional do Amazonas, então na quarta divisão. "Caiu" para a Sul-Americana. Chegou à final e quase conquistou o primeiro título internacional de sua história.

O assunto das possíveis "marmeladas" não ganhou corpo, porque os times grandões do país não haviam sido eliminados de forma esquisita e precoce.

Só que eis que no 13 de agosto de 2014, um mês depois da final da Copa, o Fluminense (levando de 5 no Maracanã), o São Paulo (de 3 no Morumbi) e o Internacional caíram na Copa do Brasil para times da segunda divisão. O prêmio? A Sul-Americana (o Flu ainda não está garantido, depende de o Santos não dar vexame igual).

No futebol brasileiro, é simplesmente difícil acreditar na idoneidade de todos os atores ao mesmo tempo. Muito difícil. No país em que os pontos corridos foram notabilizados pelas entregas nas rodadas finais, para que rivais locais fossem prejudicados, a CBF conseguiu criar uma situação de “o melhor é perder” até mesmo em um torneio de mata-mata.



Um mês após o fim da Copa, quase nada mudou no futebol nacional

O melhor pode ser perder para disputar a Sul-Americana. Ou para ter um calendário mais livre e focar no Brasileiro. Ou pode-se perder por incompetência mesmo. Muita gente não acredita em coincidências e que tantas eliminações precoces de times da primeira divisão em 2013 e 2014 não podem ter sido por acaso. Outros acham absurdo pensar em teoria da conspiração.

Mas o fato é que a quarta-feira à noite, um mês depois da Copa que deveria ter mudado nossos rumos, no mesmo dia em que o campeão continental foi definido, o único assunto que se falava era a “esquisitice” de eliminações de times grandes e os bizarros regulamentos da CBF.

Tem gente que também acredita que os 7 a 1 foram só um acidente.

Eu simplesmente não acredito mais em nada.

Para não dizer que tudo foi catástrofe neste mês que se passou, alguns poucos pontos positivos podem ser destacados. Neymar deu uma boa entrevista, admitindo que, na base, "ensina-se futebol de forma errada”. Nomes importantes e com opiniões fortes e duras, que destoam da maioria, como Leonardo, foram ouvidos. A TV Globo, dona do produto, está se mexendo de alguma forma para cobrar dos clubes mais qualidade. 

O Bom Senso FC tem conseguido se mexer e foi fundamental, com a ajuda de alguns parlamentares, para que a lei que tanto querem os dirigentes não fosse aprovada.

O futebol brasileiro agoniza na UTI. As esperanças são poucas. Quem tem o remédio não pode nem entrar no hospital. E, ao que parece, os que têm a chave são fãs da eutanásia.

Quatro temas econômicos que devem dominar a eleição presidencial






Atualizado em  5 de agosto, 2014 - 16:13 (Brasília) 19:13 GMT
    Urna eleitoral (AFP)
    Para governo, "pessimismo" eleitoreiro estaria por trás de análises negativas
    Não é a toa que o slogan que ajudou a alçar Bill Clinton à Casa Branca nos anos 90 se popularizou também fora dos EUA: "É a economia, estúpido!" resume uma dinâmica que há décadas tem definido corridas eleitorais pelo planeta – e as eleições brasileiras de outubro não parecem ser uma exceção.

    "Especialmente em um cenário de desaceleração econômica, como o do Brasil hoje, o eleitor tende a votar com o bolso", diz Carlos Melo, cientista político do Insper.
    "Ele está mais preocupado com sua renda e emprego do que, por exemplo, com casos de corrupção."

    Segundo Renato Perissinotto, cientista político da Universidade Federal do Paraná, a economia terá um lugar central no debate eleitoral brasileiro "porque o desempenho do governo nessa área, sobretudo no último ano, tem sido muito ruim".

    "Trata-se de um cenário que, para muitos, é o pior dos mundos, pois conjuga inflação crescente e baixo crescimento econômico", diz Perissinotto. "A oposição não tem nenhuma proposta alternativa claramente delineada, mas encontra-se na posição confortável de poder atacar os pontos negativos do desempenho do governo nesse campo."

    Faltando dois meses para o primeiro turno, temas econômicos parecem ter dominado o discurso dos presidenciáveis.

    Os principais candidatos da oposição, Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, atribuem o baixo crescimento a políticas equivocadas adotadas pelo governo.
    "O que me preocupa são os 7% de inflação e 1% de crescimento que serão deixados para nós se formos eleitos", disse Aécio, traçando um paralelo entre os indicadores econômicos e a derrota por 7 a 1 para a Alemanha.

    Já o governo atribui as análises negativas a um "pessimismo inadmissível" de fundo eleitoral e chama a atenção para a força do mercado de trabalho e o crescimento da renda dos trabalhadores.

    "O mesmo pessimismo da Copa está se dando agora com a economia, mas é ainda mais grave porque a economia é feita de expectativas", disse a presidente Dilma Rousseff.

    Para identificar quais temas da agenda econômica serão chave na eleição e entender as estratégias do governo e da oposição nessa área, a BBC consultou economistas e cientistas políticos. O resultado é este:
    Se a desaceleração é um dos pontos fracos do governo, os níveis de desemprego são um trunfo.
    "No que diz respeito ao mercado de trabalho, Dilma foi melhor até que Lula", opina Biancarelli, da Unicamp. "Nos últimos anos, o desemprego caiu para patamares historicamente baixos, e a renda dos trabalhadores continuou a crescer."

    Segundo o IBGE (PNAD Contínua), o desemprego chegou a 7,1% no primeiro trimestre. O resultado é maior que os 6,2% do trimestre anterior, mas menor que os 8% do mesmo período de 2013 (comparação que evita sazonalidades).

    Por outro lado, o ritmo de criação de postos de trabalho formais caiu, como aponta o Ministério de Trabalho.

    A oposição provavelmente ressaltará a fragilidade desse cenário, argumentando que, sem crescimento, uma hora ou outra o dinamismo do mercado de trabalho acabará abalado.

    "Já o discurso governista deve ser o de que um eventual governo de oposição deve colocar esses ganhos em risco, impondo ao país um ajuste ortodoxo brusco", diz Castelar.

    Por que tantos comediantes sofrem de depressão?


    Atualizado em  12 de agosto, 2014 - 18:09 (Brasília) 21:09 GMT

    Robin Williams (AP)
    Robin Williams dizia que sempre que a depressão o atacava, o humor o tirava do fundo do poço

    Robin Williams foi um de muitos comediantes que fizeram rir em público enquanto sofriam em sua vida privada.

    O ator, que tinha 63 anos, suicidou-se na segunda-feira em sua casa na Califórnia, nos Estados Unidos.
    No fim de julho, o humorista Fausto Fanti, do grupo Hermes e Renato, foi encontrado morto em seu apartamento em São Paulo com um cinto em torno do pescoço. A Polícia investiga o caso, registrado como "suicídio consumado".

    Pouco antes de falecer por causa de uma doença pulmonar, Chico Anysio revelou no início deste ano, em uma entrevista na TV, que travou uma dura - e vitoriosa - batalha contra a depressão.

    O ator e comediante inglês Stephen Fry sofria de transtorno bipolar e revelou no ano passado que tentou se matar em 2012.

    Isso leva a nos questionar: os mestres do riso tem uma tendência maior à depressão? E, se for o caso, por quê?

    Perfil contraditório

    "Não é preciso ser um gênio para saber que comediantes são um pouco loucos", disse a humorista inglesa Susan Murray no início deste ano, em resposta a um estudo que sugeria que comediantes têm traços psicológicos ligados a psicoses.

    Em janeiro, pesquisadores da Universidade de Oxford publicaram os resultados de um estudo em que participaram 523 comediantes (404 homens e 119 mulheres) do Reino Unido, dos Estados Unidos e da Austrália.

    "Descobrimos que comediantes têm um perfil de personalidade pouco comum e um tanto contraditório", diz Gordon Claridge, do Departamento de Psicologia Experimental de Oxford.

    "Por um lado, eles eram bastante introvertidos, depressivos e, poderíamos dizer, esquisitos. Por outro, eles são bastante extrovertidos e cheios de manias. Talvez a comédia - o lado extrovertido - seja uma forma de lidar com o lado depressivo. Mas, claro, isso não vale para todo comediante"

    'Vencível'

    Em seu depoimento, Chico Anysio revelou que se tratava com um psiquiatra há 24 anos. Sem esse tratamento, ele disse, "não teria conseguido fazer 20% do que eu fiz".
    "Entendi que era depressão, pude pagar os remédios e o psiquiatra e, então, eu venci. Porque ela é vencível”, contou o humorista.

    No caso do humorista Fanti, os investigadores à frente do caso disseram que consideram a hipótese dele ter se suicidado por estar passando por um momento difícil em sua vida.

    Fanti estava se separando da mulher, com quem tinha uma filha de oito anos.
    O humorista inglês Stephen Fry, que lançou em 2006 o documentário A Vida Secreta de um Maníaco Depressivo, revelou em uma entrevista em 2012 sua luta contra a depressão. 

    "Havia momentos em que eu estava gravando o programa na TV e rindo por fora, enquanto por dentro pensava 'quero morrer'", disse ele.

    Criatividade

    Stephen Fry (Getty)
    Stephen Fry conta que, mesmo enquanto fazia outros rirem, sofria com a depressão
    John Loyd, produtor e ator de programas de comédia na TV britânica, sofre de transtorno bipolar, que afeta gravemente o humor.

    Uma pessoa bipolar alterna entre fases de extrema felicidade e criatividade e depressão profunda.

    Lloyd diz que esse tipo de problema é "muito, muito comum entre profissionais criativos".

    "Pessoas estáveis pensam que o mundo está bom como ele é hoje. Não acham que precisam mudá-lo. Pessoas criativas não pensam assim. E quem quer mudar o mundo sofre muito com isso".

    Robin Williams supostamente também sofria de transtorno bipolar.

    Em público, ele sempre parecia estar atuando e fazendo os outros rir, mas nunca escondeu seus problemas com álcool e em seu casamento.

    Mas, nas entrevistas, era mais reservado quanto a seus problemas de ansiedade e buscava ver o lado positivo da situação.

    "Sempre que você se deprime, a comédia o tira do buraco", disse ao jornal The Guardian em 1996.

    Pagando o preço

    Integrante do grupo Monthy Python, Terry Gilliam dirigiu Williams em O Pescador de Ilusões (1991) e diz que seu talento era um "milagre", mas que isso "não vinha do nada". 

    "Quando os deuses te dão um talento do nível de Robin Williams, há um preço a ser pago", disse Gilliam à BBC.

    "Isso vem de profundos problemas internos. Uma preocupação. Todos os tipos de medos. Ainda assim, ele sempre conseguia canalizar tudo isso e transformar em ouro."

    Mas nem todos os comediantes passam por dificuldades assim, e a depressão está longe de ser algo exclusivo de personalidades criativas.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem desse problema.

    Em seus casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio. Por ano, cerca de 1 milhão de mortes são causadas por suicídios.

    Nick Maguire, o principal palestrante em psicologia clínica da Universidade de Southhampton, diz que pode haver uma conexão entre a depressão e a comédia, mas que "certamente não é muito forte ou clara".

    Ele explica que as pessoas têm diferentes formas de lidar com a depressão.

    "Normalmente, elas se isolam. Outra forma de amenizar temporariamente o impacto dessas emoções é fazer as pessoas rirem e gostarem de você", diz Maguire.

    "Infelizmente, isso é bom enquanto está ocorrendo, mas, quando você volta para casa, o que você faz?"


    O misterioso mundo subterrâneo das cavernas amazônicas


    O misterioso mundo subterrâneo das cavernas amazônicas

    Os tepuyes, mesetas impressionantes na fronteira entre o Brasil, 
    a Venezuela e a Guiana, escondem cavernas que deslumbraram 
    o pesquisador Francesco Sauro pela primeira vez em 2009.
    Sauro é membro do grupo de exploração geográfica internacional 
    La Vent, composto por pesquisadores venezuelanos, brasileiros e
     italianos. Na região, além de vastas cavernas subterrâneas, a 
    equipe já descobriu animais e novas espécies de minerais.

    "É um lugar único no mundo pelas paisagens, pela morfologia. 
    Todos os que têm a sorte de vê-las têm uma experiência incrível", 
    descreveu o pesquisador à BBC.

    A equipe inclui pessoas com vasta experiência em rapel, escalada.
    "E temos um código muito rigoroso de segurança", conta Sauro. 
    "Descemos as paredes de montanhas de 200, 300, até 400 metros
    de profundidade. As pedras podem cair. Os rios também são arriscados."
    Em suas viagens, Sauro coleta dados sobre a química e a 
    microbiologia das formações que encontra. Mas o lado científico 
    é apenas um atrativo das cavernas - o outro são as suas belezas e 
    os seus mistérios.

    "Imagine encontrar um tanque elétrico de água azul causado pelas bactérias que vivem
     lá", disse um animado Francesco Sauro. (La Venta) 

    Atualizado em  14 de agosto, 2014 - 08:38 (Brasília) 11:38 GMT

    Atualizado em  14 de agosto, 2014 - 08:38 (Brasília) 11:38 GMT Alessio Romeo/La Venta

    La Venta
    La Venta

    Alessio Romeo/La Venta

    Na terra de Marina, o impacto da morte de Eduardo Campos

    Rio Branco − Faltava pouco para as 11 horas da manhã quando a notícia sobre a morte do candidato Eduardo Campo (PSB) caiu como uma bomba no último dia da Reunião Anual da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF - Governors' Climate and Forests Task Force), que está acontecendo na capital do Acre. O senador Jorge Viana (PT-AC) terminava sua apresentação falando sobre o desafio do contato feito por indígenas isolados, quando as notícias sobre o acidente começaram a pipocar nos portais de notícia.


    A plateia era composta por representantes de ONGs, secretários do primeiro escalão do governo, secretários de 5 países e 2 senadores da República, e começou a ficar agitada. Instantes depois, o senador interrompeu sua fala ao receber a notícia de dos presentes. Chocado, pediu um minuto de silêncio em homenagem ao presidenciável e às demais vítimas do acidente.

    Jorge Viana é amigo pessoal da família de Eduardo Campos. "Campos era cheio de vida e sonhos e tentava levar para o resto do país o que implantou em Pernambuco. Tenho muito carinho por ele e por toda a família e sou solidário a todos nesta dor, principalmente sua esposa, que acabou de ganhar um bebê. Marina Silva, que como ele também se doa em tudo o que faz, deve estar arrasada e peço a Deus força para que todos possamos superar esta tristeza", afirmou, com semblante triste.
    Logo depois, o Senador deixou a conferência.

    Após o impacto da tragédia, a grande indagação é se Marina, acriana de Xapuri, será a candidata oficial à Presidência pelo PSB. O prazo para decidir é curto. De acordo com a legislação (Resolução 23.405/2014), em caso de morte do candidato, o partido precisa realizar uma votação para substituí-lo em até 10 dias. São elegíveis quaisquer membros da coligação do partido - no caso do PSB, são os partidos PHS, PRP, PPS, PPL e PSL.

    Além de Campos, mais 6 pessoas morreram, entre eles o cinegrafista Marcelo Lyra, o fotógrafo Alexandre Severo e o assessor Carlos Augusto Leal Filho (Percol).
    De acordo com notícias do G1, o jato de pequeno porte onde viajava o candidato caiu num bairro residencial em Santos, no litoral paulista, ferindo 6 pessoas, que foram levadas para o hospital. Todos passam bem.

    A presidente Dilma Rousseff se comunicou sobre a morte no twitter. Ressaltou que conviveu com Campos durante o governo Lula e nas campanhas presidenciais de 2006 e 2010.

    "Estivemos juntos, pela última vez, no enterro do nosso querido Ariano Suassuna. Conversamos como amigos. Sempre tivemos claro que nossas eventuais divergências políticas sempre seriam menores que o respeito mútuo característico da nossa convivência. Foi um pai e marido exemplar. Nesse momento de dor profunda, meus sentimentos estão com Renata e com os seus filhos. Estou tristíssima".

    Antes das 17h, a presidente fez uma declaração ao vivo na TV. Logo depois, foi a vez de Marina Silva,  abatida, fazer um pronunciamento emocionado sobre a morte de seu companheiro de chapa, desejando condolências à família e a todos aqueles que estão de luto por essa perda inesperada.

    Roberto Freire (PPS) é cotado para vice de Marina


    Após tragédia


    Deputado Roberto Freire (PPS) é um dos cotados para ser vice de Marina

    Publicado: 14 de agosto de 2014 às 0:04 - Atualizado às 7:55



    Agencia Câmara Roberto Freire
    Deputado Roberto Freire é o presidente do PPS. 

    A morte do ex-governador Eduardo Campos cria um novo cenário para a eleição de 2014. Candidata a vice, Marina Silva tornou-se a principal herdeira e liderança do PSB e substituta natural de Campos na disputa pela Presidência. 

    Membros da coligação já avaliam as opções para a nova chapa, e ganha força como candidato a vice o pernambucano Roberto Freire, deputado por São Paulo e presidente nacional do PPS.

    O PPS foi o primeiro partido relevante a apoiar o projeto presidencial de Eduardo Campos, o que credencia Roberto Freire para ser o novo vice.

    O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, ligado a Lula, também é cotado para vice, mas estreitaria a aliança com os demais partidos.

    O deputado Júlio Delgado (MG) e o senador Antônio Carlos Valadares (SE) também são opções para vice, no PSB. Leia na Coluna Cláudio Humberto.

     Comentarios


    • Pedro Paca · 
      O PPS é o partido dos comunistas arrependidos. O PMDB o dos comunistas oportunistas. O PSDB o dos comunistas envergonhados. O PT o dos comunistas sem-vergonha. O PSB o dos comunistas light. Já o PC do B tem a cara de pau de continuar usando a foice e o martelo. Tem mais alguma opção política no Brasil?
      • José Benedito Tintori ·
        É isso aí. Somos pano na boca da vaca vermelha.
      • Pedro Paca · 
        Tinha esquecido do Partido Verde, comunistas que comem sanduíche natural. PSOL, comunistas estudantis. Rede (quase um partido), comunistas virgens.
      • Mario Fernandes Testoni · 
        Pedro Paca, Tu merece uma medalha! De ouro!!
    • Carmen Lucia ·
      Votei nele para Presidente, nas primeiras Eleições Diretas após a ditadura militar, em 1989...continua sendo merecedor do meu respeito e admiração.
    • Jacob Marques · 
      Ele seria o melhor Vice, se for o escolhido, resta saber se concorda abrir mão de sua candidatura a Deputado Federal por São Paulo, em quem eu pretendo votar. A Marina teria de se guiar um pouco pela experiência política de Freire, se ela aceitasse isso estaríamos bem encaminhados e poderíamos por fim ao clientelismo, ao aparelhamento do estado, além de estancarmos a corrupção, pensarmos em algo prático que reverta o pífio crescimento econômico e, evidentemente, educação de qualidade voltada para o trabalho para todos os brasileiros excluídos da economia moderna, saúde de qualidade e trabalho propriamente dito, privilegiando a indústria nacional, fazendo com que os nossos empregos fiquem por aqui ao invés de mandá-los para fora.
    • Tunico Bauer · 
      Dentro de um novo cenário que infelizmente se afigurou, Roberto Freire será um grande vice de Marina. Ele é um viés moderador. Pernambucano, sério, honesto. Eu apoiaria sua indicação.
      • Mario Fernandes Testoni · 
        Mas seria um maluco se aceitar! Penso que conheço o Senhor Roberto Freire!! Aguardemos.
      • Tunico Bauer · 
        Mario Fernandes Testoni ele teria que abdicar de uma reeleição garantida mas este ato seria uma prova a mais de sua abnegação.
      • Mario Fernandes Testoni · 
        Não me passa pela cabeça um Roberto Freire acovardado, muito pelo contrário! Mas inteligente o bastante para não precisar arcar com erros alheios, concordas Tunico Bauer ?
    • Mario Fernandes Testoni · 
      Freire, apoiou sim Eduardo, Mas tenho dúvidas quanto a se de fato apoia a magrina!
      • Esther Correa · 
        O Roberto Freire sempre apoiou a Marina e até a convidou para ir para o seu partido quando a Rede não vingou. Ela foi quem não quiz. Daí ele apoiou Campos.
      • Mario Fernandes Testoni · 
        Esperemos Esther Correa, e veremos quem esta com a rasão. Ficarei muito grato se me cobrar sobre o assunto, abraços!

    Insatisfeita com o “piloto” de seu programa de TV, Dilma manda alterá-lo







    Publicado: 13 de agosto de 2014 às 10:05



    Lula lanÁa site com 'realizaÁıes' dos 12 anos de governo
    Candidata do PT à reeleição, presidente Dilma Rousseff. 


    Brasília - Uma nova crise de comunicação ronda o comitê da campanha petista. Insatisfeita com o “piloto” de seus programas de TV, a presidente Dilma Rousseff mandou o marqueteiro João Santana mudar, na última hora, a estratégia para a propaganda do horário eleitoral gratuito, que começa na próxima terça-feira. 

    As divergências ocorreram porque Dilma soube que, pelo cronograma fixado para os quatro primeiros programas, ela não iria pessoalmente às obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará, nem da Ferrovia Norte-Sul, ambas atrasadas.
    A equipe de Santana já havia feito gravações de cenários em Belo Monte, mas sem Dilma, que depois visitou a obra. O plano inicial era mostrar a candidata do PT à reeleição falando sobre “avanços” sociais nas áreas de saúde (Mais Médicos) e educação (Pronatec, ProUni) “in loco”, sempre tendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como garoto-propaganda do governo. Nos primeiros programas, no entanto, a presidente discorreria sobre as obras de infraestrutura dentro de um gabinete, com fundo verde – as imagens externas seriam adicionadas na edição no lugar da cor verde, com a técnica chamada chroma Key.

    O modelo “favela cenográfica”, utilizado sem sucesso pelo então candidato tucano José Serra ao Planalto em 2010, foi rejeitado pela presidente.

    A ideia sempre foi a de “vender” a imagem de Dilma como gerente de grandes obras, mas ela não gostou do que viu e mandou Santana refazer o roteiro. Disse que não poderia discorrer sobre os avanços da área de infraestrutura sem estar no local e deixou produtores de vídeo à beira de um ataque de nervos. Motivo: a mudança atrasou o cronograma de gravações acertado para o começo do horário eleitoral.
    “Não tem problema. Quem manda aqui sou eu!”, afirmou Dilma, segundo relatos obtidos pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Por causa da explosão da presidente, a estratégia foi alterada e a equipe – que antes gravava três vezes por semana – agora tem feito filmes diários, para acertar o ritmo de trabalho. A partir de terça-feira, Dilma terá 11 minutos e 24 segundos na propaganda do rádio e da TV para expor suas propostas, um tempo bem maior do que os de seus adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

    Desde que a presidente mandou Santana mudar tudo, há cerca de duas semanas, ela já visitou três canteiros de obras, onde gravou cenas para o programa de TV. Acompanhada do marqueteiro, Dilma esteve no último dia 5 na usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará. Lá, subiu num mirante dedicado a ela, sem prévio aviso à empresa que administra a obra (Norte Energia), tirou fotos com os operários e almoçou com eles no refeitório.

    Obras atrasadas
    Três dias depois, a candidata do PT desembarcou em Iturama, na divisa dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, onde fez gravações e vistoriou obras atrasadas da Ferrovia Norte-Sul sobre o Rio Grande. Na manhã de terça-feira, 12, a presidente visitou um outro trecho da mesma obra, desta vez ligando Palmas (TO) a Anápolis (GO).

    Na ferrovia, Dilma fez questão de comparar o avanço da obra da Norte-Sul durante a sua administração (2011-2014) e a do seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), às gestões anteriores. De acordo com seus números, entre o governo José Sarney (1985-1990) e o de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), foram construídos 205 quilômetros da ferrovia. “No governo do presidente Lula, no PAC, nós fizemos o trecho de Açailândia até Palmas, em torno de 500 e poucos quilômetros. Aí, nós continuamos até Ouro Verde de Goiás – as obras físicas, todas, foram concluídas em maio deste ano, 855 quilômetros.”

    Dilma iria nesta quinta-feira, 14, a Porto Velho (RO) gravar nas usinas de Santo Antônio e Jirau. Mas, pressionada pelo candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, decidiu ir a um encontro com formandos do Pronatec em Belo Horizonte. No sábado, a petista volta a gravar imagens, desta vez no canteiro de obras da transposição do Rio São Francisco em Cabrobó e Floresta, em Pernambuco.
    A tensão no comitê de Dilma registrou um primeiro abalo no mês passado, quando uma desavença entre Santana e o jornalista Franklin Martins – também integrante do comitê da reeleição – agitou a campanha.

    Ex-ministro da Comunicação do governo Lula, Martins é adepto de um estilo de disputa política agressivo, na linha “bateu, levou”. Diferentemente, João Santana tem preferência por uma estratégia mais “light”, que mostra a presidente como “rainha”, que não entra no “jogo rasteiro”.

    Nos bastidores, auxiliares de Dilma contam ser comum ela se irritar e mudar gravações de pronunciamentos e programas na última hora. Exemplo disso é o programa semanal de rádio Café com a Presidenta, sempre gravado no domingo. 

    Em várias ocasiões ela alterou o tema e mandou a equipe buscar ministros em casa para que lhe passassem informações que entrariam no ar. (Vera Rosa e Nivaldo Souza/AE)