domingo, 7 de setembro de 2014

Eleições: Candidatos prometem desde praia perto de Brasília até aerotrem de 500 km

BLOG do SOMBRA



Propostas polêmicas ou com chances mínimas de serem cumpridas chamam atenção no horário eleitoral no rádio e TV.


Candidatos prometem desde praia perto de Brasília até aerotrem de 500 km.
 
Candidato ao cargo de governador do DF, Luiz Pitiman promete trazer a “praia para mais perto de Brasília”. Foto: Divulgação.
 
Faltando menos de 30 dias para as eleições, candidatos a governos estaduais têm se notabilizado em fazer promessas polêmicas ou que dificilmente serão cumpridas. Dentre elas, está a tentativa de “trazer a praia para Brasília”, instituir internet banda larga gratuita em cidades onde nem sequer há sistema de telefonia celular e até construir um monotrilho de 500 quilômetros, doze vezes maior que o maior monotrilho do mundo...
 
No Distrito Federal, o candidato do PSDB, Luiz Pitiman, provocou alvoroço entre os brasilienses ao prometer trazer a “praia para mais perto de Brasília”. A ideia de Pitiman é interligar rodovias entre o Distrito Federal e a Bahia para reduzir a distância de 1,5 mil quilômetros entre Brasilia e Porto Seguro para aproximadamente 700 km.
 
O candidato afirma que a estrada já existe, mas precisaria ser asfaltada. No entanto, existem trechos que passam pelos Estados de Minas Gerais e Goiás, e que estão fora da jurisdição de Pitiman. Ele afirma que contaria com o apoio do candidato Aécio Neves (PSDB), para que esses trechos fossem também asfaltados. “É uma proposta viável e mais barata do que se imagina”, defende ele. 
 
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No Paraná, o candidato ao governo Geonísio Marinho (PRTB) promete construir um monotrilho que ligaria Curitiba a Foz do Iguaçu. O monotrilho teria pelo menos 500 quilômetros. Atualmente, o maior monotrilho em funcionamento do mundo está em Chongqing, na China, e tem 39,1 km. Distância doze vezes menor que a proposta do monotrilho curitibano. Em São Paulo, um projeto de construção de um monotrilho de 26,6 quilômetros está orçado em R$ 6,4 bilhões.
 
Marinho afirma que esse é um projeto pensando “20 anos para frente”. “Sei que não vou terminá-lo, se eleito, mas quero ao menos começar”, admite o candidato. Questionado sobre questões orçamentárias e de onde tiraria o dinheiro para uma obra desse tamanho, Marinho disse apenas que “o governo federal tem recursos para isso”. Apesar da promessa, Marinho não sabe quanto custaria um monotrilho de 500 quilômetros. “Nem os engenheiros que consultei sabem os custos hoje. Isso varia muito”, analisa o candidato.
 
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No Maranhão, o candidato ao governo do Estado, Lobão Filho (PMDB), prometeu durante um discurso no interior instituir internet banda larga para todo o Estado. A ideia de Lobão Filho é expandir um programa instituído esse ano pela governadora Roseana Sarney (PMDB), o Viva Internet, que disponibiliza pontos de acesso gratuito de internet na capital, São Luís. Entretanto, o programa tem sido criticado pela população por constantes problemas de acessibilidade e pela baixa velocidade disponibilizada aos usuários. Hoje, apenas 10% dos domicílios maranhenses tem acesso à internet e em cerca de 30% das cidades maranhenses nem sequer há disponibilidade de telefonia celular.
 
No Rio de Janeiro, o candidato do PSOL, Tarcísio Motta (Psol), promete legalizar o uso da maconha em âmbito estadual. Pela legislação entretanto, a legalização de drogas é competência do Congresso Nacional. Além disso, como existe uma lei federal que proíbe o uso da maconha, uma lei estadual não pode se sobrepor a uma lei federal, sendo considerada inconstitucional. Tanto Lobão Filho, quanto Tarcísio Motta não foram encontrados pelo iG para comentar suas propostas.

Adiada a morte do capitalismo


5 de setembro de 2014 § 12 Comentários
GoPro Inc's founder and CEO Woodman celebrates GoPro Inc's IPO at the Nasdaq Market Site in New York City
Os arautos da morte iminente do capitalismo e do triunfo final do bolivarianismo (só restam versões em português e espanhol daquilo que, um dia, o mundo chamou de “socialismo“) terão de esperar mais um bom tempo.

Somente neste 2014 em que o Brasil, com seus 30 e tantos partidos “socialistas“, hesita entre entrar ou não para o clube dos seus vizinhos mais atrasados abrindo mão até da democracia ou permanecer no “socialismo” meio-democrático de sempre, 188 novas companhias levantaram 40 bilhões de dolares em IPO’s (ofertas iniciais de ações) na Bolsa de Valores de Nova York e outras 100 esperam na fila. Os analistas americanos calculam em um mínimo de 80 bilhões os lançamentos de novas empresas até o fim deste ano.

Nenhuma dessas companhias, naturalmente, é propriedade de amigos do presidente Obama nem precisou de dinheiro de bancos oficiais, coisa que não existe por lá.
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O setor que mais lança ações é, como sempre, o de tecnologia e esse numero deverá explodir com o esperado lançamento de ações do site chinês Alibaba, um concorrente da Amazon que espera colocar 20 bilhões de dolares em ações.


Os setores de biotecnologia e saude estão em segundo e terceiro lugares, atras do de tecnologia, o que mostra quanto rende um bom sistema de educação, seguidos pelos de finanças e energia.

O numero é um recorde desde a crise de 2007.

Ontem, ainda, foi publicado o numero de empregos criados nos Estados Unidos em agosto: 204.000. É o quinto mês seguido com mais de 200 mil empregos criados, excluídos os empregos no setor do agronegócio.
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PS.: Onde é mesmo que está havendo “uma das piores crises por que o mundo já passou“, aquela que a Dilma, com seu “coração forte” está “driblando com farta criação de empregos“? Ninguém sabe, ninguém viu, a começar, é claro, pelos competentes marqueteiros de Aécio Neves e Marina Silva.

Aécio precisa convencer que ele pode excluir Dilma e o PT



Motor acelerado
Para cima e para baixo os índices das intenções de votos captados pelas pesquisas estão se mexendo com rapidez. O aumento do ritmo não se deve à influência do horário eleitoral
 
 
Marina só leva vantagem por ter convencido o eleitorado que só ela pode livrar o Brasil da Dilma e do PT

Políticos e especialistas na análise desse tipo de consulta popular concordam num ponto: o sentimento de rejeição à presidente Dilma Rousseff, o desgaste do PT e o desejo de mudança encontraram em Marina Silva um canal de expressão e por meio dele sinalizam o desejo de encerrar o jogo no primeiro tempo.  O apressado, como se sabe, corre o risco de comer cru e quente. Mas vontade é coisa difícil de segurar. Orienta-se pelo emocional.
Não passa pelo rigor do crivo intelectual. As palavras ditas não precisam ter alcance muito profundo. Basta que façam algum sentido aos ouvidos do senso comum.

Mal comparando, algo como a "quase-lógica" muito bem detectada pela cientista política Luciana Veiga nos discursos do então presidente Lula logo nos primeiros momentos de governo. Por esse critério, a comunicação não precisa ter compromisso com a exatidão nem com a lógica formal. Convence porque é verossímil. E pelo que estamos vendo no movimento do eleitorado, uma quantidade considerável de brasileiros vê em Marina Silva uma saída perfeitamente viável para consertar "tudo isso que está aí". Assim é porque lhe parece ser, conclui o eleitor.

Aécio Neves, com toda substância programática, equipe experiente, cancha de governo, respaldo político e empresarial não desperta esse sentimento. Representa a alternativa lógica, mas pelo visto as pessoas necessitam de fascínio. O real é combatente frágil ante a força do imaginário. De onde analistas de pesquisas e políticos não estão enxergando espaço para mudanças no cenário. Ressalvada a ocorrência de algo grave que atinja Marina na pessoa física ou jurídica, como diz o cientista político Antonio Lavareda, e mantida a tendência paulatina de subida nas pesquisas ao ponto de abrir uma dianteira de 13 pontos em relação a Dilma, uma decisão em primeiro turno "pode ser fortemente cogitada".

É uma impressão que já faz parte das conversas de bastidores em todas as campanhas. Justamente pelo fato de o eleitorado ter visto em Marina a possibilidade concreta de derrotar a presidente e o PT, hipótese que o eleitor não identificava tão firmemente em Aécio Neves. Muito bem, mas se a rejeição ao PT e a Dilma é tão grande, por que ela está em segundo lugar e não em terceiro? Duas explicações. Saulo Queiroz, secretário-geral do PSD e leitor arguto de pesquisas, aponta que a presidente tem percepção positiva nas regiões Norte e Nordeste, onde se concentra um terço do eleitorado. "É o que segura, porque o mau humor se espalha pelo Sul, Sudeste e Centro-Oeste."

Lavareda também parte dessa base nítida de apoio social e acrescenta o volume de propaganda do governo. Mas, atribui esse patamar, sobretudo, ao "lulismo". É a sustentação do ex-presidente quem garante hoje à presidente a vaga no segundo turno. O grande problema para ela é justamente a vantagem de Marina: o índice de rejeição. Supondo que a pressa sinalizada pelo eleitorado não se consolide e haja uma segunda etapa, esse fator torna quase impossível uma virada na final. A menos que Dilma conseguisse tirar a diferença de mais de 20 pontos porcentuais que a separam de Marina no quesito "não voto de jeito nenhum".

Por: Dora Kramer - colunista do Estadão
 
BLOG PRONTIDÃO

EMPREITEIRAS ENTRAM NA MIRA DA PF APÓS DELAÇÃO


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As principais construtoras do País são os novos alvos da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, agora que Paulo Roberto Costa as identificou como fomentadoras de um grande esquema de corrupção, em sua delação premiada; a lista inclui pesos-pesados como Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS e Odebrecht; recentemente, as empreiteiras formaram um pool e contrataram o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos para tentar evitar a delação de Costa; não deu certo; no fim de semana, donos e executivos das construtoras viajaram para não ser presos
7 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 05:23

De cada R$ 10 arrecadados pelos 11 candidatos à Presidência da República nos dois primeiros meses de campanha, cerca de R$ 6,5 foram para a petista Dilma Rousseff,

De cada R$ 10 arrecadados pelos 11 candidatos à Presidência da República nos dois primeiros meses de campanha, cerca de R$ 6,5 foram para a petista Dilma Rousseff, segundo a prestação parcial de contas divulgada neste sábado (6) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No total, os candidatos receberam R$ 188 milhões, sendo que a presidente Dilma Rousseff arrecadou sozinha R$ 123,3 milhões. Esse valor é quase o dobro dos valores somados dos seus dois principais adversários na disputa: Aécio Neves (PSDB), que arrecadou R$ 42,3 milhões, e Marina Silva (PSB), com R$ 19,5 milhões.


As doações cobrem o período de julho e agosto. Após as eleições, os partidos terão que apresentar uma prestação final de contas. Caso o candidato vá para o segundo turno, a prestação fica para depois disso.


Segundo o TSE, Eduardo Jorge (PV) conseguiu até o momento R$ 2,4 milhões, mas a arrecadação dos demais candidatos está longe da casa do milhão.
A campanha do Pastor Everaldo (PSC) juntou R$ 233,1 mil, seguida da de Luciana Genro (PSOL), com R$ 212,8 mil.
Levy Fidelix (PRTB) arrecadou R$ 103 mil; Zé Maria (PSTU), R$ 92,6 mil; Eymael (PSDC), R$ 83 mil; Mauro Iasi (PCB), R$ 38,3 mil; e Rui Costa Pimenta (PCO), R$ 10,4 mil.
Pela legislação eleitoral, os presidenciáveis podem receber as doações em uma conta bancária aberta em nome do próprio candidato ou em uma conta do comitê financeiro da campanha.
No caso da Dilma, quase a totalidade das doações foi para a conta dela como candidata. Aécio e Marina, porém, tiveram as suas arrecadações concentradas na conta do comitê financeiro.


Despesas


Os partidos também tiveram que declarar as despesas de campanha até o momento, incluindo gastos com transporte, produção de programas para TV e propaganda. Nesses dois meses, Dilma foi quem mais gastou (R$ 50,5 milhões), seguida de Aécio (R$ 35,4 milhões) e Marina (R$ 18,4 milhões).

Núcleo de campanha de Marina une ex-figurões do PT e do PSDB


Núcleo de campanha de Marina une ex-figurões do PT e do PSDB

Vinícius Segalla
Do UOL, em São Paulo

O núcleo da campanha presidencial de Marina Silva une políticos de partidos que costumam estar em campos opostos nas eleições. Nomes fortes que estão na órbita da candidata vieram do PT e do PSDB, siglas em que até pouco tempo eram figuras de destaque.
Marina tem afirmado durante sua campanha que pretende montar um governo com a participação de lideranças de vários partidos --incluindo os rivais PT e PSDB, que disputam eleições como principais adversários desde 1994.
Para o jurista e presidente do Instituto Avante Brasil, Luiz Flávio Gomes, a disposição de Marina em "unir" quadros dos dois partidos em seu eventual governo é mais uma necessidade prática do que um plano com fundamentação ideológica.
"A verdade é que não teria outra forma de Marina compor um governo, os partidos de sua coligação não possuem quadros suficientes para isso", diz o especialista.
Segundo Gomes, seria possível que o plano funcionasse, em virtude da necessidade das legendas em se manterem ativas no cenário nacional.
"Se o PSDB fizer oposição a Marina em um eventual governo do PSB, corre o risco de desidratar e se tornar um novo DEM [partido que diminuiu de tamanho ao longo dos anos em que ocupa a oposição, desde 2002]. Já o PT poderia fazer parte do governo na esperança de contar com o apoio de Marina para reeleger Lula em 2018, já que a candidata disse ser contrária á reeleição".
Veja, abaixo, quem são as pessoas que estão ao lado de Marina Silva na corrida eleitoral. 

Walter Feldman (Rede/PSB-SP)

Rahel Patrasso/Xinhua
 O médico e deputado federal Walter Feldman tem 60 anos, 31 dos quais dedicados à política, a maior parte dentro do PSDB. É conselheiro pessoal e considerado um dos homens mais próximos da candidata Marina Silva. 
Apesar de ser atualmente filiado ao PSB, é o porta-voz da Rede de Sustentabilidade, partido que Marina tentou criar a tempo para as eleições deste ano, mas não conseguiu. Sua proximidade ao PSDB também o credencia como interlocutor com a sigla em um eventual governo de Marina Silva.
Sua carreira política foi quase toda construída no seio do tucanato paulista. Cumpriu dois mandatos como deputado estadual (1995-2003), ocupou a presidência da Assembleia Legislativa, foi líder do governo e depois secretário-chefe da Casa Civil do governador Mário Covas (PSDB) e foi secretário municipal de José Serra (PSDB) em 2005 e de Gilberto Kassab (então no DEM) de 2007 a 2012.
Em 2008, começou a se distanciar das lideranças estaduais do partido. Defendeu que o PSDB apoiasse Kassab à reeleição em São Paulo, o que não ocorreu.
Sua situação no partido se deteriorou nesse período, e, em 2011, chegou a dizer que deixaria a legenda, só para voltar atrás seis meses depois, ao regressar de uma viagem a Londres.
Já em 2013, junto com Marina Silva, Feldman passou a trabalhar na criação do partido Rede de Sustentabilidade, colhendo assinaturas e convidando políticos a integrarem as fileiras da futura legenda. Em outubro do mesmo ano, entregou sua carta de desfiliação do PSDB. No mês seguinte, novembro, ao constatar que não seria possível formar o novo partido a tempo das eleições de 2014, o deputado anunciou sua filiação ao PSB. Defende uma aliança com tucanos em um eventual governo marinista

Maria Alice Setúbal (Neca Setúbal)

Zanone Fraissat/Folhapress
A socióloga e educadora de 63 anos é a coordenadora, ao lado de Maurício Rands, do programa de governo de Marina Silva. É também uma das herdeiras do Banco Itaú, além de irmã de seu atual presidente, Roberto Setúbal.
Maria Alice sempre atuou profissionalmente na área da educação, e foi graças às suas atividades neste campo que se aproximou da pessebista, a quem apoia desde 2008, ano em que conheceu a atual candidata à presidência.
Formada em ciências sociais e doutorada em psicologia da educação, fundou (1987) e preside o Cenpec (Centro de Pesquisa para Educação e Cultura), ONG ligada ao Itaú que se tornou referência nacional na produção de material didático, formação de professores e avaliação das escolas.
Conheceu Marina Silva por meio de seu amigo de infância Guilherme Leal, fundador da empresa Natura e candidato à vice-presidente na chapa de Marina (então no PV, Partido Verde) em 2010.
Em 2011, ao lado de Leal, Marina Silva e outros quatro intelectuais, fundou o IDS (Instituto de Democracia e Sustentabilidade, organização que anunciava o desejo de "buscar alternativas de desenvolvimento para o Brasil com base em novos valores e premissas, fundamentados na valorização do potencial econômico, patrimônio ambiental e diversidade sociocultural do País".
Como presidente do Cenpec, aproximou-se do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), enquanto este era ministro da Educação (2005-12).
Desta relação, surgiram afinidades políticas que levaram Maria Alice Setúbal a apoiar publicamente a candidatura de Haddad à prefeitura paulistana, em 2012. Mantém até hoje boas relações com o prefeito e com setores acadêmicos do petismo.
Atualmente, é tida como nome certo em um eventual governo de Marina Silva. Embora negue que existam planos para que venha assumir a pasta da Educação em um governo marinista, admite abertamente que "estará ao lado de Marina" no ano que vem, no Planalto ou não.

Maurício Rands (PSB-PE)

Divulgação
O advogado e professor universitário Maurício Rands é o coordenador de programa de governo da candidatura Marina Silva, função que exerce ao lado de Maria Alice Setúbal. Seu papel é mais técnico do que político, já que abandonou um mandato de deputado federal em 2012 para trabalhar na iniciativa privada fora do país.
Era homem de confiança de Eduardo Campos e chegou a ser cotado para concorrer à sucessão dele no governo de Pernambuco, antes de assumir o posto de coordenador de programa na campanha presidencial.
Começou na política quando ainda era estudante e tinha 20 anos, em 1981, no PMDB, mas sua carreira política foi quase toda construída no PT. Em 2001, foi secretário de assuntos jurídicos da Prefeitura do Recife durante a administração de João Paulo (PT).
Foi eleito a dois mandatos como deputado federal, permaneceu na Câmara de fevereiro de 2003 a julho de 2012 e foi  líder da bancada do PT em 2008. Em 2012, lançou-se pré-candidato à prefeitura do Recife, mas o diretório pernambucano sofreu interferência da executiva nacional do partido, e seu nome foi preterido, o que o fez abandonar a legenda e o mandato parlamentar.
Viajou para fora do país e abandonou a política por mais de um ano. Em outubro do ano passado, foi convidado por Eduardo Campos a voltar ao país e se filiar ao PSB. Dois meses depois, assumiu a coordenação do programa de governo.

Beto Albuquerque (PSB-RS)

Renato S. Cerqueira/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

O deputado federal é o candidato a vice-presidente da chapa "Unidos pelo Brasil" e também líder da bancada do PSB na Câmara. É um homem de partido, nunca foi de outra sigla que não o PSB.
Advogado por formação, o pessebista tem 51 anos e está na política há 28. Em 1986, filiou-se ao PSB. Foi eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul por dois mandatos (1991-99) e deputado federal mais quatro vezes (1999-2003; 2003-07; 2007-11; 2011-15).
É considerado um dos nomes do time de Marina Silva com boa interlocução com o PT. Além de sempre ter feito parte da base de sustentação na Câmara dos governos Lula e Dilma, foi secretário estadual de Transportes do Rio Grande do Sul (1999-2002), na administração de Olívio Dutra (PT-RS), e secretário de Infraestrutura e Logística do mesmo Estado (2011-2012), na administração de Tarso Genro (PT-RS).
Quando deixou o governo Genro para reassumir seu mandato de deputado em Brasília, disse que deixava o cargo por diferenças de pontos de vista eminentemente técnicas. Dizia que sua relação com o governador petista não havia sofrido "um arranhão sequer", o que foi confirmado, à época, por Tarso Genro.
Assim que voltou à Câmara, foi convidado pelo então presidente do PSB, Eduardo Campos, a assumir a liderança da bancada do partido na casa legislativa, cargo que ocupa até hoje. Sua escolha como vice na chapa de Marina Silva se deve exatamente à sua identificação com o PSB.

Luiza Erundina (PSB-SP)

Alan Marques/Folhapress
A veterana deputada federal é a coordenadora-geral da campanha de Marina Silva. Ela assumiu a vaga no lugar de Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB, que deixou a coordenadoria de campanha após divergências com a nova candidata do partido à Presidência.     
Aos 79 anos, 55 dos quais dedicados à política, a deputada e ex-prefeita de São Paulo pelo PT (1983-93) é tida como uma reserva moral do partido, além de ser detentora de considerável patrimônio eleitoral.
Tanto é assim que, após a morte de Eduardo Campos, o nome de Erundina foi cotado para assumir a candidatura presidencial, por ser uma figura que teria capacidade de unir em seu entorno a legenda socialista e as outras siglas da coligação.
A paraibana, que já foi secretária municipal (Campina Grande-PB), vereadora (São Paulo) e prefeita (São Paulo), está em seu quarto mandato de deputada federal por São Paulo, sem que tenha tido, até hoje, escândalos de corrupção ou malversação do dinheiro público pesando sobre seu nome.
Além disso, Erundina é uma das fundadoras do PT, ficou no partido de 1980 até 1997, quando deixou a sigla após aceitar o convite para compor o governo do então presidente Itamar Franco (PMDB-MG).
Apesar de sua saída tumultuada do Partido dos Trabalhadores, possui boa interlocução com amplos setores do petismo e com algumas de suas principais lideranças, como Lula, Eduardo Suplicy e Fernando Haddad.

Roberto Freire (PPS-SP)

Sérgio Lima/Folhapress
O deputado federal Roberto Freire é presidente do PPS (Partido Popular Socialista) e a principal liderança da legenda, que é a segunda maior da coligação Unidos pelo Brasil, atrás apenas do próprio PSB, partido de Marina e de Beto Albuquerque, candidato a vice.
Presidente de uma sigla que é aliada ao PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) desde 2004, Freire é tido como uma possível voz de interlocução com os tucanos em um eventual governo marinista a partir de 2015.
Veterano na vida pública, o pernambucano Roberto Freire tem 72 anos e faz política desde 1962, quando entrou no então clandestino PCB (Partido Comunista Brasileiro). Em 1968, após o endurecimento da ditadura com a publicação do AI-5 (Ato Institucional nº 5), exilou-se no Chile.
De lá, voltou em 1970 e, em 1972, foi candidato a prefeito de Olinda (PE) pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro).
Em 1985, com o PCB de volta à legalidade legalidade, concorreu e perdeu a disputa pela prefeitura de Recife. No ano seguinte, foi eleito deputado federal pelo partidão.
Em 1992, transformou o partido no atual PPS, dando início a um processo de condução da sigla da esquerda para a centro-esquerda.
No mesmo ano, entrou na base de apoio do presidente Itamar Franco (PMDB), que era vice-presidente de Fernando Collor de Mello (então no PRN), e se tornou o líder do governo na Câmara.
Depois disso, apoiou Lula e o PT nas eleições e no Congresso até 2004, quando deixou a base de apoio do governo Lula, passando a integrar o bloco de oposição junto com o PSDB e o PFL, atual DEM.
A partir daí, Freire e seu partido não deixaram mais a oposição, tendo apoiado a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB) em 2006 e a de José Serra em 2010.
Acabou optando por aderir à candidatura de Campos. Com a morte do pessebista em um acidente de avião no dia 13 de agosto, passou a integrar a coordenação da campanha presidencial de Marina Silva.

Eduardo Giannetti

Arte/UOL
Economista acadêmico de 57 anos, é o maior conselheiro de marina para assuntos econômicos.
Seu nome sempre figura, ao lado do do ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) André Lara Resende, como um potencial membro da equipe econômica em um eventual governo de Marina Silva.
O economista segue ao lado da candidata desde 2010, quando já trabalhou na estruturação da parte econômica de seu plano de governo. É crítico à atual administração federal e propõe a criação de um novo modelo de crescimento que priorize a educação e o meio ambiente.
Defende a sustentação da economia com base no tripé formado por câmbio flutuante, superávit primário e Banco Central autônomo. Acredita que a atual equipe econômica se descuidou da inflação, o que contribuiu para que se gerasse um "colapso de confiança" em relação á macroeconomia brasileira.
Sobre a autonomia do Banco Central, defende que se dê por meio de uma equipe que tenha um mandato com meta de inflação a ser atingida e tendo a Fazenda como aliada, não inimiga.
Para ele, "não deveria caber a membros da equipe econômica ou do Executivo se pronunciarem sobre ou darem palpite sobre como deve ser a política monetária", conforme afirmou em entrevista ao jornal "Estado de S.Paulo", em fevereiro deste ano.

Aécio acusa PT de transformar Petrobras em organização criminosa e fonte do propinoduto do Mensalão 2.



O candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) afirmou neste sábado (6), em Presidente Prudente, no interior de São Paulo que a atual administração federal é um "governo de mediocridade e descompromisso com a ética" e que a "Petrobras se transformou numa organização criminosa".

Aécio comentou a delação, pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, de suposta propina para políticos. Em depoimento ao Ministério Público (MPF) e à Polícia Federal (PF), Costa citou o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo o ex-diretor da Petrobras, parlamentares receberiam 3% sobre contratos da estatal.

Aécio defendeu a investigação "aprofundada" das denúncias e a punição "exemplar" aos responsáveis. "Não podemos agora tapar o sol com a peneira." Conforme o candidato do PSDB a presidente, "o Brasil acordou perplexo hoje com a gravidade das denúncias em relação à Petrobras"."Na verdade, estamos frente ao mensalão 2. Dinheiro público sendo utilizado para sustentar um projeto de poder", afirmou.

De acordo com Aécio, poucas vezes na história do Brasil se assistiu a "tanta desfaçatez". Ele disse ainda que, no processo de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado e da CPI Mista do Congresso sobre a estatal, o que a oposição queria era que todas as denúncias fossem investigadas "em profundidade".

"Agora, com as denúncias do ex-diretor da Petrobras, estamos frente a um acinte, a algo absolutamente vergonhoso", disse. "Só existe um instrumento à disposição para limparmos definitivamente a vida pública do País, desse tipo de atitude, que é o voto", declarou. Na análise do candidato do PSDB, "é muito importante que essas investigações sejam aprofundadas, que os responsáveis por esses desvios sejam punidos, mas o fato concreto é que, durante todos os últimos nove anos, o mensalão continuou a existir nesse governo".

"A atual presidente da República controlou com mão de ferro essa empresa ao longo de todos os últimos 12 anos, como ministra de Minas e Energia e presidente do seu conselho (da Petrobras), depois como ministra-chefe da Casa Civil e ainda presidente do conselho, e depois como presidente da República", prosseguiu.

"Não se trata de um malfeito isolado de alguém que involuntariamente ou solitariamente resolveu fazer ali um ato, cometeu uma irregularidade. É um processo contínuo, orquestrado, organizado. E ao que me parece, sob as bênçãos do governo do PT", julgou.

Aloysio Nunes Ferreira, candidato à vice na chapa de Aécio, falou sobre a situação econômica do País. Na análise ele, a economia está parada e a inflação, alta. Ele também comentou o suposto esquema de propina na Petrobras. Disse que "o mensalão tem no DNA a marca do PT " e que "a Petrobras se transformou num bordel".

Já Alckmin falou sobre o apoio que pretende dar, se eleito, à agricultura familiar. De manhã, Alckmin visitou o Assentamento Primavera, em Presidente Venceslau. Ele disse que fará a regularização fundiária de propriedades de até 450 hectares. Também se referiu às denúncias sobre a Petrobras e disse que vê a estatal "ser assaltada". (Estadão)

Planalto admite que delação impõe agenda negativa à campanha de Dilma


por Gerson Camarotti


Apesar da cautela com as primeiras notícias da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, a avaliação realista de assessores do governo é que o episódio introduzirá uma agenda negativa na campanha da presidente Dilma Rousseff.

Há a constatação interna de que Dilma ficará na defensiva enquanto não for divulgado todo o conteúdo dos depoimentos de Costa. Apesar de não envolver diretamente a presidente, o escândalo engloba o período dos dois governos Lula e dos dois primeiros anos do mandato de Dilma.

O tom de cautela foi verificado na primeira declaração da presidente, de que será preciso aguardar informações oficiais para tomar as "providências cabíveis" e que não haverá decisão com base em especulações.

No Planalto, embora se constate que, por enquanto, não há materialidade nas informações divulgadas neste fim de semana, há o reconhecimento de que o caso tem potencial explosivo por envolver aliados estratégicos e o próprio PT, colocando Dilma na berlinda em um momento em que ela iniciava uma estratégia de desconstrução da candidatura de Marina Silva.

"A delação premiada de Paulo Roberto mudou definitivamente a pauta do debate eleitoral na campanha", admitiu um auxiliar direto da presidente.

Na campanha de Marina Silva, a ordem é cobrar explicações de Dilma, mas preservar a memória de Eduardo Campos, apontado como um dos supostos beneficiários do esquema de Paulo Roberto Costa. "Não há elementos para se fazer qualquer citação a Eduardo Campos", afirmou um dirigente do partido.


Dilma fala em 'providências'; Aécio vê 'mensalão 2'; Marina defende Campos

06/09/2014 13h01 - Atualizado em 06/09/2014 18h22


Candidatos falaram da delação de políticos por Paulo Roberto Costa.
À PF, ex-diretor da Petrobras teria relacionado parlamentares a propina.

Do G1 *



A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, afirmou neste sábado (6), em evento de campanha em São Paulo, que, antes de tomar "as providências cabíveis", precisa saber “direitinho” quais são as informações prestadas por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, à Polícia Federal sobre um suposto esquema de pagamento de propina a políticos com recursos da Petrobras. 


Marina Silva, candidata do PSB, afirmou que a "má governança" da Petrobras está ameaçando o futuro da empresa e disse aguardar as investigações. O presidenciável do PSDB, Aécio Neves, apontou uma ação orquestrada, chamou o caso de "mensalão 2" e cobrou apuração e responsabilização dos envolvidos.

Paulo Roberto Costa delatou à Polícia Federal políticos que teriam recebido como propina parte do dinheiro de contratos da estatal com outras empresas. Além de parlamentares (deputados federais e senadores), Costa também teria mencionado governadores nos depoimentos.


“Gostaria de saber direitinho quais são as informações prestadas. Nessas condições, eu te asseguro que tomarei todas as providências cabíveis, não com base em especulação. Acho que as informações são essenciais e devidas ao governo, porque em caso contrário, a gente não pode tomar medidas efetivas”, declarou Dilma.


Em atividade de campanha no município de Brumado, no interior da Bahia, Marina Silva defendeu o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto no último dia 13 em acidente aéreo, de envolvimento no caso. "O fato de ter um empreendimento da Petrobras feito no seu estado, não dá o direito a quem quer que seja de colocá-lo na lista dos que cometeram qualquer irregularidade", declarou.


Ela afirmou que está aguardando a conclusão das investigações e criticou a gestão do atual governo na Petrobras


"Os mandatários da Petrobras estão ameaçando o futuro da Petrobras, o futuro do pré-sal. O atual governo tem que explicar da má governança que fez na Petrobras, levando essa empresa, que sempre foi respeitosa e respeitada dentro e fora do Brasil, a quase uma total falência", declarou.


Mais tarde neste sábado, durante campanha em Vitória da Conquista (BA), Marina voltou a falar sobre o assunto e disse que é preciso aguardar as investigações sobre o caso para evitar que Campos seja vítima de uma "injustiça."

"Nesse momento, qualquer julgamento, qualquer acusação sobre uma pessoa que não está mais aqui para se defender, pode ser uma grande injustiça. Nós estamos aguardando as investigações porque queremos a verdade e não queremos ver Eduardo morrer duas vezes, por uma fatalidade ou por qualquer tipo de leviandade em relação ao seu nome, à sua memória", disse Marina.

Em Presidente Prudente (SP), o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, cobrou apuração do caso e pediu a responsabilização dos envolvidos, comparando as denúncias relacionadas à Petrobras ao mensalão.
"É muito importante que as investigações sejam aprofundadas e os responsáveis sejam punidos. Durante todos os últimos nove anos, o mensalão continuou a existir no governo, agora financiado pela nossa principal empresa pública", declarou.

O presidenciável tucano classificou o episódio como "mensalão 2". Segundo ele, o suposto esquema na Petrobras é algo "orquestrado" e "organizado".

“Não se trata de um feito isolado. É um processo contínuo, orquestrado, organizado e, ao que me parece, sob as bençãos do governo do PT. É preciso que todos sejam responsabilizados. O Brasil está de frente com o Mensalão 2”, declarou o candidato, para quem "só existe um instrumento à disposição dos brasileiros para limparmos a vida pública, o voto".

Aécio disse ter "muito cuidado" em fazer "afirmações nominais" por não conhecer em detalhes as denúncias. Mas ressalvou que "o que existe, de fato concreto, a partir de um dos dirigentes mais prestigiados da Petrobras, indicado pelo PT e mantido em cargo pela atual presidente da República, não pode ser tapado com a peneira.”



* Colaboraram G1 São Paulo, G1 BA, G1 Presidente Prudente e G1, em Brasília