sexta-feira, 12 de setembro de 2014

NO FLA-FLU NINGUÉM TORCE PELO VASCO





Carlos Chagas
Publicado: 12 de setembro de 2014 às 7:48 - Atualizado às 13:43

Não se discute com os fatos, em especial quando respaldados por números: embolou o meio campo, com Dilma e Marina empatadas no primeiro e no segundo turno. Semana que vem poderá ser diferente, mas hoje a eleição se resolveria no cara ou coroa. Apesar de pesquisas serem pesquisas, sujeitas a uma série de variações, às vezes até de manipulações, não se colocará o Datafolha e o Ibope sob suspeição.

É preciso saber porque Marina, dias atrás em posição de supremacia, cedeu espaço para Dilma, que muitos supunham em fase de desespero.

A ex-senadora colhe o que plantou. Quando emergiu após a tragédia com Eduardo Campos, ela empolgou pelo seu passado. Criada na floresta, tendo passado fome, podendo ler e escrever apenas aos dezesseis anos, negra, ambientalista e na primeira linha da luta contra o poder econômico, esperava-se que na campanha ela desse continuidade a esses valores.

Não foi o que aconteceu. Entrou em campo uma nova Marina, conciliadora, fazendo as pazes com o agronegócio, cultivando os usineiros e os bancos privados, por certo frustrando muita gente. Sua abertura ao centro-direita pode ter sido tática, à maneira do que o Lula havia feito anos atrás. Seu programa de governo desanimou muitos que imaginavam uma reviravolta no processo político e econômico. Ainda teve que ceder à sua religião, condenando a descriminalização das drogas, o aborto e o casamento gay. Isoladamente, até se compreenderia cada um desses e de outros recuos, mas o conjunto da obra desanimou uma parcela do eleitorado.

Em paralelo, Dilma empreendeu uma abertura à sinistra, desvinculando-se dos bancos privados, que fustigou, além de enfatizar iniciativas sociais adotadas desde o governo Lula. Também espalhou o medo do retrocesso no caso da vitória de Marina. Junte-se a essa estratégia o apelo à militância do PT, apavorada com a perspectiva da perda do poder, e se terá a receita de porque as duas candidatas se equivalem na disputa presidencial.

Claro que o escândalo na Petrobras ainda dará frutos. A recessão econômica, também.. Mesmo assim, a corrida parece hoje literalmente empatada. Tempo há para o eleitorado decidir-se, na dependência do comportamento de ambas. Se a presidente insistir em bater firme na adversária, poderá arrepender-se, mas Marina também se arrisca na hipótese de persistir na postura de rebater todas as agressões em vez de esclarecer o que pretende em seu governo.

Correta, mesmo, está a previsão do segundo turno, com Aécio Neves de fora. Para quem migrarão seus votos é irrelevante, porque num Fla-Flu as arquibancadas não torcem pelo Vasco.

Casa de Patrícia Moreira, que chamou o goleiro Aranha de macaco, é incendiada em Porto Alegre, diz advogado


12/09/2014 13h53 - Atualizado em 12/09/2014 14h44

Torcedora foi flagrada chamando o goleiro Aranha, do Santos, de 'macaco'.
Corpo de Bombeiros chegou a ir ao local, mas fogo já havia sido apagado.

Do G1 RS
Incêndio casa Patrícia Moreira gremista Porto Alegre (Foto: Arquivo Pessoal)Incêndio de pequenas proporções atingiu a casa da torcedora, diz advogado 

Após ter a casa apedrejada e sofrer ameaças nas redes sociais, Patrícia Moreira, a torcedora gremista que foi flagrada ofendendo o goleiro Aranha, do Santos, com insultos racistas, teve parte de sua residência incendiada na madrugada desta sexta-feira (12) em Porto Alegre, diz o advogado dela.

Segundo Alexandre Rossato, o fogo começou por volta das 4h. Não havia ninguém na residência, que está fechado desde o dia do jogo entre Grêmio e Santos, pela Copa do Brasil, no dia 28 de agosto. O Corpo de Bombeiros confirma que foi chamado, mas quando chegou ao local, na Zona Norte de Porto Alegre, o fogo já havia sido apagado pelos proprietários.
Casa de Patrícia Moreira é incendiada em Porto Alegre (Foto: Fabio Almeida/RBS TV) 
Casa de Patrícia Moreira é incendiada em Porto Alegre
De acordo com um dos irmãos de Patrícia, o fogo começou na frente da residência. Vizinhos perceberam as chamas, por volta das 4h, e apagaram antes que pudessem atingir o interior da casa. Nos últimos dias, ele esteve no local retirando pertences da jovem e populares jogaram pedras contra as paredes e gritaram “racista”, relatou.

Por volta das 5h da manhã, um vizinho ligou avisando um dos irmãos. O fogo se concentrou no porão, junto ao relógio de água. Também atingiu relógio de energia elétrica. A família está registrando a ocorrência na 14ª Delegacia de Polícia da capital. A Polícia aguarda perícia.

Diante da repercussão do caso, Patrícia evitou dormir em casa nos últimos dias. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Nem a mãe diz saber de seu paradeiro. Pedras foram jogadas em direção a sua casa.

Na última semana, Patrícia prestou depoimento à polícia e fez um pronunciamento à imprensa. Ela negou ser racista e pediu perdão ao goleiro Aranha. "Eu quero pedir desculpas para o goleiro Aranha, desculpa mesmo, perdão de coração. Não sou racista. Aquela palavra macaco não foi racismo da minha parte. Não teve intenção racista. Foi no calor do jogo, o Grêmio tava perdendo. Peço desculpas pro Grêmio, para a nação tricolor, não queria nunca prejudicar o Grêmio. Desculpas para o Aranha. Perdão, perdão, perdão mesmo", declarou.

Entenda o caso
O incidente no jogo entre Grêmio e Santos, na Arena do Grêmio, ocorreu aos 42 minutos do segundo tempo, quando Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida. O juiz mandou a partida seguir, mesmo sendo alertado por jogadores do Santos dos incidentes que ocorriam fora de campo.
Racismo Arena do Grêmio (Foto: Reprodução/ESPN) 

Câmera de TV flagrou Patrícia chamando goleiro do Santos de "macaco"
A jovem mostrada pelas imagens do canal ESPN foi afastada do trabalho no Centro Médico e Odontológico da Brigada Militar. Patrícia Moreira era funcionária de uma empresa terceirizada e prestava serviços de auxiliar de odontologia na clínica da polícia militar gaúcha. As imagens da torcedora ofendendo o goleiro santista começaram a circular pelas redes sociais logo após a partida. Aranha registrou boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia na sexta (29).  


As injúrias raciais proferidas por torcedores gremistas contra o goleiro tiveram mais um desdobramento. Em julgamento nesta quarta-feira (3), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, por unanimidade, excluir o Grêmio da Copa do Brasil.

No primeiro duelo das oitavas da Copa do Brasil, os paulistas bateram os gaúchos por 2 a 0. O jogo de volta já havia sido suspenso até o julgamento do caso no STJD.


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Ibope/CNI: Potencial de voto de Marina é de 63%


BRASÍLIA - Segunda


Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira mostra que o potencial de voto da candidata à presidente pelo PSB, Marina Silva, é de 63%. Ao todo, 26% dos entrevistados disseram que votam nela "com certeza" e outros 37%, "poderiam votar". 
 
 
A candidata à reeleição, Dilma Rousseff, tem 52% de potencial de voto: 32% afirmaram que votam nela "com certeza" e outros 20% "poderiam votar" nela.

Já o potencial de votos do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, é de 49%. Ao todo, 15% dos entrevistados disseram que votariam nele "com certeza" e outros 34% que poderiam votar nele.
A pesquisa Ibope contratada pela CNI entrevistou 2.002 eleitores em 144 municípios de todo o País entre os dias 5 e 8 de setembro. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%.

Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-00593/2014. O levantamento Ibope anterior, da semana passada, foi encomendado pelo Estado e pela Rede Globo.

Fonte: Estadão Conteúdo  Jornal de Brasilia


PT também tem problemas de caixa em São Paulo e no Rio

FOLHA


A exemplo de Gleisi Hoffmann no Paraná, apostas de grandes partidos para a eleição nos Estados têm enfrentado dificuldades de caixa e falta de fôlego nas pesquisas.

A segunda parcial da prestação de contas da campanha mostrou algumas dessas candidaturas com gastos acima das receitas e arrecadação inferior a dos principais rivais.

Como Gleisi, que tem saldo negativo de R$ 2,8 milhões, os petistas Alexandre Padilha (SP) e Lindbergh Farias (RJ) também estão no vermelho -R$ 30,8 milhões e 1,1 milhão, respectivamente.
Padilha, por exemplo, arrecadou R$ 4,1 milhões -menos de um terço do líder nas pesquisas, Geraldo Alckmin (PSDB), e a metade do segundo colocado, Paulo Skaf (PMDB).



Lindbergh Farias, candidato do PT ao governo do Rio, durante entrevista ao programa "Poder e Política"
Lindbergh Farias, candidato do PT ao governo do Rio, durante entrevista ao programa "Poder e Política"   


Mais de 50% das receitas do petista vieram de repasses das direções estadual e nacional do partido, o que também é um indicativo de dificuldades na arrecadação.


No Rio, Lindbergh está em quarto lugar no último Datafolha, com 12% das preferências, e arrecadou menos de um terço do que o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que divide a dianteira da disputa com Anthony Garotinho (PMDB) -ambos possuem 25%.

PROS E PSB
No PSB, duas candidaturas que haviam sido articuladas por Eduardo Campos, morto em agosto, também buscam recuperação nas pesquisas e nas contas: a dos senadores Rodrigo Rollemberg (DF) e Lídice da Mata (BA).

Rollemberg tem R$ 400 mil de despesas a pagar na campanha e divide o segundo lugar na preferência do eleitorado com o governador Agnelo Queiroz (PT) -José Roberto Arruda (DEM) lidera.

A senadora do PSB vê a disputa na Bahia se polarizar entre DEM e PT, que vêm encontrando mais doadores. O petista Rui Costa é o candidato a governador no país que mais levantou recursos até agora -R$ 14,6 milhões.

Em baixa nas pesquisas, até um atual governador também enfrenta complicações de caixa -José Melo (Pros), do Amazonas. Ele tem déficit de campanha de R$ 3,5 milhões e arrecadou menos da metade do valor obtido por Eduardo Braga (PMDB), líder nas pesquisas.

Em geral, as campanhas negam relação entre arrecadação e intenção de voto.

O coordenador de campanha de Lídice, Antônio Carlos Tramm, diz que os rivais arrecadam mais porque contam com "a máquina da prefeitura ou do governo".

As campanhas de Gleisi e de Padilha dizem que o balanço está negativo porque foram declaradas despesas previstas, mas ainda não pagas. A campanha de Lindbergh não respondeu, e a reportagem não conseguiu contato com Melo e Rollemberg.

Dilma distorce o programa eleitoral de Marina, afirma leitor


FOLHA

Painel do Leitor

Dilma distorce o programa eleitoral de Marina, afirma leitor


Dilma está distorcendo o programa eleitoral e os ditos de Marina. Espalhou que ela é contra o pré-sal. Diz que ela quer entregar o BC aos bancos. Afirma que, por ser evangélica, ela vai se portar na Presidência como fundamentalista, entre outras mentiras. O PT quer desqualificar a candidata fazendo uma política rasteira. Os eleitores devem ser avisados para evitar esses maus políticos.
PAULO SERGIO VARGAS WERNECK (Taubaté, SP)
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O jornalista Fernando Rodrigues fala em investida feroz de Dilma Rousseff contra Marina Silva. Após alguns argumentos duvidosos, encerra com " A imagem de Marina está sendo desossada". O curioso é que a reação de Marina parece tímida. O que PT está mostrando não são elucubrações, são fatos e contra fatos não há argumentos.
GILBERTO ALVARES GIUSEPONE (São Paulo, SP)
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Tive o privilégio de conviver com Neca Setubal desde o final dos anos 80 em inúmeras iniciativas: Fundação Abrinq, Instituto Ethos, Rede Nossa São Paulo, Cenpec, Fundação Tide Setubal. Todos que puderam conviver com ela sempre a admiraram pela discrição, competência, dedicação e escolhas de vida: se dedicar e apoiar políticas e iniciativas que pudessem melhorar a educação pública, independentemente de partido político, e contribuir para diminuir problemas sociais –faz um trabalho exemplar na periferia de São Paulo. Se tivéssemos mais "Necas", certamente nosso país seria mais justo.
ODED GRAJEW (São Paulo, SP)
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Em relação à charge/nota do Painel (10/9) sobre o minhocário que tenho em casa, esclareço que os insetos que aparecem no programa eleitoral não são moscas. A gravação foi feita no final da tarde e a luz atraiu uma revoada de cupins. O minhocário não tem cheiro e não atrai moscas.
Eduardo Jorge, candidato do PV a presidente (São Paulo, SP)
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A presidente Dilma Rousseff diz que a candidata Marina Silva, se eleita, quer entregar a condução da política econômica aos banqueiros. Ainda resta alguma coisa da economia brasileira a ser entregue aos famigerados banqueiros? Nunca na história deste país os banqueiros estiveram de barrigas tão cheias como no governo petista. O usuário nunca foi tão explorado em inúmeras taxas criadas para engordar o caviar dos banqueiros. Não acredito que somente os banqueiros ficam com esse lucro fantástico, um dos maiores do mundo. Porque ignorar este abuso contra o usuário? Também não acredito que se a dona Marina for eleita ela irá corrigir esse enorme ônus que recai nas costas dos indefesos brasileiros. Certamente o acordo silencioso já tenha sido feito. Para corrigir essa falha, somente quando elegermos um cidadão competente, honesto e acima de tudo patriota.
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)
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Marina está perdendo um precioso tempo, que deveria ser usado para explicar aos eleitores os pontos fundamentais de seu programa de governo, respondendo a acusações de Dilma Rousseff. Essa mesma tática do PT já foi usada em eleições anteriores, com esse partido, um especialista em jogar sujo, saindo vencedor. Marina deveria simplesmente seguir a sabedoria do provérbio árabe que diz "os cães ladram e a caravana passa". Se eu fosse ela, não perderia um segundo a mais do que o tempo necessário para dizer ao povo brasileiro que mentiras sórdidas não merecem ser respondidas.
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
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A pesquisa Datafolha mostra que o PSDB provavelmente terá alguns ministérios caso Dilma seja reeleita. Essa suspeita aparece no horário político, pois quanto mais Aécio mira em Marina em sua propaganda eleitoral, mais a candidata do PT cresce. Para não perder o monopólio desses dois partidos (PSDB/PT) que estão há 20 anos no poder, tudo é possível, inclusive uma aliança de bastidores.
ANDRÉ PEDRESCHI ALUISI (Rio Claro, SP)
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Mendes diz que 'militância suja' do "submundo" de Brasilia tenta intimidá-lo no julgamento de Arruda



O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Gilmar Mendes disse nesta quinta-feira (11), durante julgamento de recurso do ex-governador José Roberto Arruda, que uma "militância suja" do "submundo" de Brasília, financiada com dinheiro público, tenta intimidá-lo através de insinuações de troca de favores entre ele e o político.

De acordo com Mendes, há uma tentativa de ligar o seu pedido de vista no caso de Arruda, que adiou o julgamento de terça-feira (9) para esta quinta, com o fato de sua enteada ter escapado de uma demissão em massa que ocorreu no início do governo do político.

"Além dos ataques que se fazem aos juízes, blogs financiados com dinheiro público, hoje me vem uma pergunta de uma jornalista do Estadão dizendo que tinha informações seguras que eu pedira vista pois queria atender a pleito do Arruda pois me fizera favor, teria mantido uma enteada minha no governo do DF. A que ponto nós chegamos?", disse.

O ministro destacou que não iria se intimidar e que é inimaginável se supor que pediria vista num processo por uma suposta benesse.

"Imaginam que um juiz pede vista dos autos para recompensar um falso benefício que ele teria recebido? Porque eles operam com essa medida [acreditam que também operamos]. Eram nada ontem e se perdem a eleição voltam ao nada de ondem vieram e nunca deveriam ter saído", disse.
O ministro ainda destacou que, devido a tais ataques, o TSE deve ser firme em suas posições, sem poder "ceder" ou "vacilar".


LINHA DO TEMPO DO CASO ARRUDA
Novembro de 2009
  • Na Operação Caixa de Pandora, PF desvenda esquema de compra de apoio na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O mensalão do DEM havia sido montado para favorecer Arruda, então governador
Novembro e dezembro de 2009
  • Cenas de corrução explícita, filmadas por câmeras escondidas, atingem imagem de Arruda. Em uma, ele aparece recebendo um maço de notas com R$ 50 mil. Disse que o dinheiro era para a compra de panetones. Outro vídeo mostra um aliado do governador colocando dinheiro na meia. Uma terceira gravação mostra um empresário pondo dinheiro na cueca
Dezembro de 2009
  • Arruda anuncia sua desfiliação do DEM um dia antes de uma reunião do partido que deveria expulsá-lo. Ele havia tentado, sem sucesso, evitar a reunião na Justiça
Fevereiro de 2010
  • Suposto emissário de Arruda é preso ao oferecer R$ 200 mil de suborno a uma testemunha, para que ela favorecesse o governador no julgamento do Mensalão do DEM
De fevereiro a abril de 2010
  • Passa dois meses preso preventivamente na Superintendência da Policia Federal. É o primeiro governador a ser detido por corrupção durante o mandato
Março de 2010
  • É cassado pela Justiça Eleitoral por desfiliação partidária e desiste de recorrer da decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que lhe tirou o mandato
Dezembro de 2013
  • Arruda é condenado em primeira instância por improbidade administrativa no caso do mensalão, na 2ª Vara da Fazenda Pública do DF. É sentenciado a pagar R$ 1,1 milhão de multa, entre ressarcimento e danos morais
Fevereiro de 2014
  • Arruda é condenado por improbidade administrativa em outra ação, por irregularidades no jogo de reinauguração de um estádio, em 2008. Um amistoso entre Brasil e Portugal custou R$ 9 milhões aos cofres do governo, e não houve licitação
Junho de 2014
  • O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) marca para o dia 25 o julgamento do recurso apresentado por Arruda, contra a condenação do Mensalão do DEM. Se a condenação fosse mantida, a decisão de segunda instância o tornaria inelegível, de acordo com a Lei da Ficha Limpa
  • Um dia antes da sessão, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), suspende o julgamento. A imparcialidade do juiz que condenou Arruda em primeira instância estava sendo questionada, e Nunes Maia entendeu que esse caso deveria ser julgado antes
  • Candidatura de Arruda ao governo do DF é confirmada pela chapa encabeçada pelo PR
Julho 2014
  • Com o julgamento suspenso, Arruda consegue registrar sua candidatura ao governo do DF até o fim do prazo, no dia 5. Sua coligação é composta por PRTB, PR, PTB, PMN e DEM
  • Joaquim Barbosa, ainda na posição de presidente do STF, manda julgar o recurso de Arruda, que dependendo do desfecho, faria com que ele fosse inelegível. As diretorias nacionais do DEM e do PPS mandam os diretórios do DF retirar apoio do candidato
  • Arruda é condenado em segunda instância por improbidade administrativa no caso do mensalão do DEM, pelo TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios). Com isso, passa a ser ficha suja. Surge a dúvida se sua candidatura às eleições deste ano deve ser mantida, já que a condenação ocorreu quatro dias depois do registro dos candidatos na Justiça Eleitoral.
Agosto 2014
  • O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mantém a candidatura barrada. O advogado de Arruda, José Eduardo Alckmin, diz que irá recorrer. Ainda cabem recursos para o próprio TSE e para o STF (Supremo Tribunal Federal)
Setembro 2014
  • Ministério Público Eleitoral pede à Justiça que mantenha barrada a candidatura de Arruda
  • Em sessão do TSE, o Gilmar Mendes pede vistas do processo e adia o julgamento. O pedido foi feito logo após o relator do processo, ministro Henrique Neves, ter defender que a candidatura continue barrada pela Lei da Ficha Limpa
  • Arruda lidera corrida eleitoral no DF, segundo o Datafolha, com 37% das intenções de voto. O segundo colocado, governador Agnelo Queiroz (PT), tem 19%

Paraná defende suspensão do voto para quem tiver Bolsa Família

Associação do PR defende suspensão do voto para quem tiver Bolsa Família


Uma cartilha distribuída pela ACI-PG (Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa) virou controvérsia na região da cidade paranaense ao propor a suspensão do direito ao voto de todos os cidadãos beneficiados por programas de distribuição de renda –nas esferas municipal, estadual e federal.

Presidente da entidade, o empresário Nilton Fior reconhece que a emenda fere a Constituição, mas a ideia, segundo ele, é a "provocar uma reflexão", por conta do grande número de pessoas no Brasil, que vive do benefício. Hoje são cerca de 13 milhões, segundo a Caixa Econômica Federal.
"Queira ou não, isso cria um vínculo entre quem concede o benefício e quem recebe. O que se pretende com essa discussão é eliminar este fator", diz Fior.

O documento, com 18 propostas, foi entregue aos candidatos a deputado de Ponta Grossa e dos Campos Gerais, na semana passada. A polêmica ocupa as redes sociais, com posições contrárias e favoráveis à medida.


Reprodução
Cartilha da ACI de Ponta Grossa que propõe a suspensão do direito ao voto de beneficiados de programas de distribuição de renda
Cartilha da ACI de Ponta Grossa propõe a suspensão do direito ao voto de beneficiados do Bolsa Família    

A proposta foi discutida na associação e aprovada por 34 dos 37 diretores da instituição. De acordo com a medida, qualquer pessoa que receba auxílio destas esferas perde temporariamente o direito de participar dos pleitos eleitorais.

Segundo Fior, a proposta se dá na mesma medida da luta da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral, que pede o fim do financiamento de campanha eleitoral por pessoas jurídicas. "Isso representa uma evolução, se conseguirmos conduzir um processo eleitoral sem a interferência de fatores externos", afirma.


A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Ponta Grossa vê a proposta como uma aberração e destaca o Artigo 60, parágrafo 4º, da Constituição Federal, que diz: "Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: II - o voto direto, secreto, universal e periódico".
"O direito ao voto universal é uma luta do povo brasileiro desde o fim do Império no Brasil [no século 19] até a Constituição de 1988", diz o presidente da OAB na cidade, Edmilson Rodrigues Schiebelbein.

Oficialmente, a OAB não vai tomar nenhum medida, segundo Schiebelbein, contra a proposta da ACI local.

CAMPANHA DE 2004
A ACI-PG tem histórico de participação em questões políticas da cidade. Em 2004, encabeçou uma campanha para que o município chegasse a 200 mil eleitores e garantisse segundo turno nas eleições municipais.

O movimento buscou eleitores nas periferias da cidade e incentivou a transferência de títulos de eleitores para o município.

Fior disse que aquele era outro momento em que a cidade precisava alcançar o número de eleitores para ter o segundo turno e que não pode condenar as ações de então. "Hoje, vivemos outro momento", diz.

Com mais de 225 mil eleitores –dados das últimas eleições, em 2012–, Ponta Grossa tem hoje segundo turno na pleito municipal.

Empresários reclamam do tom de propaganda petista

FOLHA


Empresários reclamam de estarem sendo vítimas de um processo de "satanização" nas propagandas do PT usadas para desconstruir a imagem da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva.
Reservadamente, um empresário do ramo industrial disse à Folha que o setor privado está sendo retratado como inimigo dos trabalhadores e de programas sociais na propaganda do petista.
Outro, da siderurgia, reclamou que esse tipo de propaganda vai contra o discurso oficial do Palácio do Planalto de reaproximação do empresariado, descontente com a política econômica da presidente Dilma Rousseff.


Alan Marques/Folhapress
A presidente Dilma Rousseff concede entrevista no Palácio do Alvorada, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff concede entrevista no Palácio do Alvorada, em Brasília  


Dois comerciais da campanha mostram imagens de executivos em tom de comemoração ao tratar de medidas prometidas ou aventadas por Marina. O primeiro foi gravado para atacar a proposta de independência do Banco Central feita pela principal adversária de Dilma.


O comercial mostra banqueiros sorrindo enquanto um locutor diz que a medida vai representar um risco para o emprego e o salário dos trabalhadores.

O segundo, que começou a ser veiculado nesta quinta-feira (11), diz que Marina não vai priorizar a exploração do pré-sal. Em seguida, mostra executivos apertando as mãos e comemorando, com um narrador dizendo que a decisão da candidata vai tirar R$ 1,3 trilhão da educação e da saúde no país.
Um terceiro empresário disse à Folha que "satanizar" o setor privado na eleição só vai agravar o desgaste no relacionamento do setor privado com o governo.


RACIONALIDADE
Além disso, reclamou, não vê sentido em relacionar executivos felizes com uma decisão de tirar prioridade do pré–sal. O setor privado, afirmou, quer mais leilões de campos de petróleo e não o contrário.

No caso do comercial que ataca banqueiros, um executivo do setor financeiro lembrou que há bancos que podem estar do lado de Marina, mas há outros que estão afinados com Dilma.
Em sua opinião, o PT acaba colocando todo mundo num balaio só em nome da eleição e passa a mensagem, ruim para a política econômica, de que no governo Dilma o Banco Central segue determinações políticas.

Um assessor presidencial diz que não é possível cobrar "racionalidade" durante uma campanha eleitoral e que o governo está numa guerra. Segundo ele, a prioridade é ganhar a eleição. Depois, pontes serão reconstruídas.

Pegando pesado
Outro auxiliar reconhece que o tom dos comerciais petistas, feitos pelo marqueteiro João Santana, está "pegando pesado", mas afirma que é uma forma simplificada de dizer à população o que significam as propostas de Marina.

Ele diz ainda que a presidente fez de tudo nos últimos meses para agradar e atender o empresariado e, mesmo assim, ele estaria em peso contra o governo.

Cita a avaliação ruim do governo e do PT nas pesquisas em São Paulo, centro do setor empresarial do país, como exemplo de que o empresariado decidiu ficar contra o governo.

O temor entre assessores é que o tom radical dos ataques teve de ser usado com muita antecedência para conter o crescimento da candidata do PSB, já no primeiro turno, quando o ideal era que fosse guardado para a reta final.

Atuação do governo na saúde é desaprovada por 74%, diz Ibope


Bruna Borges
Do UOL, em Brasília

Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (12) mostra como a população avalia a maneira de governar da presidente por área. O modo como a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, administra a saúde é desaprovado por 74% dos entrevistados, os que aprovam representam 23% e os que não responderam ou não souberam responder são 3%.


As áreas de impostos e segurança pública também tiveram índices altos de desaprovação, com 73% e 71% respectivamente. Os que aprovam os impostam são 20% e segurança pública, 26%. Não responderam ou não souberam responder 8% e 4%, respectivamente.

Apenas a maneira como o governo conduz as políticas de combate à fome e à pobreza tem índices de aprovação que superam a desaprovação. Entre os entrevistados, 50% afirmam que aprovam a política, 46% desaprovam e 4% não responderam ou não souberam responder.

O instituto Ibope Inteligência entrevistou 2.202 pessoas entre os dias 5 e 8 de setembro em 144 municípios. A pesquisa foi contratada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-00593/2014.

Campanha presidencial 2014 

12.set.2014 - Candidata do PSB à presidência, Marina Silva visita o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, acompanhada pelo candidato a vice, Beto Albuquerque, um mês depois de se reunir com o cardeal ao lado do então candidato a presidente na chapa, Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no dia 13 de agosto. Os dois encontros com o religioso aconteceram no Palácio São Joaquim, sede da Arquidiocese, na Glória, zona sul do no Rio de Janeiro Leia mais Reprodução/Instagram

Ibope: Dilma tem 39% e Marina, 31% O senador Aécio Neves (PSDB) aparece com 15% das intenções de voto no 1º turno



Ibope

Presidência da República



Dilma Rousseff


Marina Silva


Aécio Neves


Outros


Brancos e nulos


Indecisos


22 Mai 2014
22 Jul 2014
07 Ago 2014
26 Ago 2014
03 Set 2014
12 Set 2014
0%5%10%15%20%25%30%35%40%45%
39%
31%
15%