terça-feira, 16 de setembro de 2014

Janot quer proibir críticas ‘tendenciosas’ de Dilma (PT) contra Marina (PSB)


Eleições 2014
Janot quer suspender programas que criticam Marina

Publicado: 16 de setembro de 2014 às 11:52 - Atualizado às 13:54

Rodrigo Janot_ Agencia Brasil
Rodrigo Janot

O procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, defendeu a suspensão das propagandas veiculadas pela campanha da presidente Dilma Rousseff que criticam a proposta da adversária Marina Silva de conceder autonomia operacional ao Banco Central (BC). Em parecer encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira, Janot considerou as peças irregulares ao reconhecer que eles pretendem criar “artificialmente na opinião pública estados mentais, emocionais ou passionais”. Tal conduta é proibida pelo Código Eleitoral. A manifestação de Janot pode ser acatada pelo TSE no julgamento do mérito das três ações da campanha de Marina que questionaram a propaganda. O caso deve ser analisado nos próximos dias.

Os advogados da candidata do PSB recorreram na semana passada ao tribunal contra a campanha sob a alegação de que a chapa de Dilma pratica “verdadeiro estelionato eleitoral” ao distorcer a proposta da adversária, uma vez que induz à percepção de que os bancos seriam os responsáveis pela condução da política de controle de juros e de inflação. Os advogados da candidata do PSB sustentam que a propaganda cria uma “cenário de horror” com a implantação da autonomia do BC ao chegar ao “absurdo terrorismo” de que a medida esvaziaria os poderes do presidente da República e do Congresso.

A propaganda, que foi ao ar nos dias 9, 11 e 12 de setembro e também em inserções durante o dia, mostra uma família sentada ao redor de uma mesa de refeição e mostra a comida sendo retirada aos poucos dos comensais à medida que um narrador fala das supostas consequências da autonomia do BC. Na semana passada, o TSE negou três pedidos de liminares apresentados pela defesa de Marina para suspender a propaganda. Contudo, Rodrigo Janot é a favor que o tribunal impeça a veiculação da campanha no julgamento do mérito.

“A cena criada na propaganda impugnada é forte e controvertida, ao promover, de forma dramática, elo entre a proposta de autonomia ao Banco Central e quadro aparente de grande recessão, com graves perdas econômicas para as famílias”, afirmam os pareceres de Janot. Para ele, é inquestionável que a crítica meramente política é inerente à campanha eleitoral e constitui típico discurso de embate. “Seus limites, entretanto, não podem ser ultrapassados, a ponto de criar um cenário ad terrorem ou tendencioso, apto a gerar estados emocionais desapegados de experiência real”, completaram.

Rodrigo Janot, que também é procurador-geral da República, manifestou-se contrariamente a outro pedido da chapa de Marina: conceder direitos de resposta à candidata do PSB no horário eleitoral reservado à campanha de Dilma. Para Janot, as peças não prejudicaram a candidatura de Marina. Ele disse que “a afirmação, ainda que controvertida, se insere no contexto de opinião pessoal acerca de um plano de governo” e que a visão de que a autonomia do BC signifique a entrega aos banqueiros de um grande poder de decisão sobre a vida das pessoas “não constitui inverdade flagrante, apta a ensejar direito de resposta”. (Ricardo Brito, AE)

kkk....Programa de Dilma destaca combate à corrupção (!!!)




Preocupada com danos eleitorais causados pelas acusações de pagamento de propina a políticos aliados, a campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff reagiu e dedicou praticamente todo o programa de TV desta tarde para defender ações adotadas pelos governos petistas no combate à corrupção.
A inserção no horário eleitoral gratuito ocorreu um dia antes do depoimento do ex-diretor da Petrobras e delator do suposto esquema montado na estatal, Paulo Roberto Costa, numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso. Foram usados os mesmos trechos exibidos na TV em 9 de setembro, três dias após a veiculação na imprensa das declarações de Paulo Roberto à Polícia Federal.

Na peça, Dilma afirma que nunca se envolveu "em qualquer ação desonesta" e argumenta que desde a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva os órgãos de controle federais ganharam autonomia para investigar "doa a quem doer". "Não há um único país no mundo em que não haja caso de corrupção. O que distingue os países é a disposição de cada um de combater a corrupção", disse a presidente.

A petista também alega que seu governo "nunca varreu nada para debaixo do tapete" e enumerou medidas para apurar malfeitos tomadas desde a gestão de Lula: o status de ministério conferido à Controladoria-Geral da União (CGU), a criação do Portal da Transparência e a aprovação das leis da Ficha Lima e de Acesso à Informação. O programa do PT também citou como conquista a Lei Anticorrupção e prometeu regulamentá-la em breve. Sancionada há mais de um ano, essa norma estabelece punições para empresas envolvidas em corrupção, mas ainda aguarda a edição do decreto de regulamentação.

Dilma afirma ainda na propaganda que, quando irregularidades não são investigadas, "prevalece a falsa ideia de que não existe nada de errado". "Se nada se investiga é claro que nada se descobre".

O final do programa da petista tentou aproximá-la das reivindicações populares levantadas nas manifestações de junho do ano passado. Foram mostradas cenas de uma reunião no Palácio da Alvorada entre Dilma e jovens lideranças de entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), além do coletivo Fora do Eixo.

Mudança
Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto e tentando evitar uma debandada de sua campanha, o senador Aécio Neves (PSDB) voltou a associar a ex-ministra Marina Silva (PSB) ao PT e a se colocar como o candidato que representa "o caminho seguro para o Brasil mudar de verdade".


Na parte final de uma propaganda eleitoral voltada para apresentar resultados atingidos na educação pelo tucano no governo de Minas Gerais, um apresentador narra a trajetória política de Marina e ressalta que ela militou por anos no Partido dos Trabalhadores. "Marina foi ministra do governo do PT e Aécio era oposição e defendia a mudança", diz o locutor.

O programa também afirma que Marina continuou no governo durante o escândalo do mensalão e que só deixou o partido quando Lula escolheu Dilma como sua sucessora. "Marina promete a 'nova política' que não praticou", critica a peça.

Dona do menor tempo de televisão entre os três principais concorrentes ao Palácio do Planalto, a candidata do PSB, Marina Silva, manteve a estratégia de não responder aos ataques disparados pelos adversários e apresentou propostas para a pauta ambiental.

Ex-ministra do Meio Ambiente, Marina aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto e figura hoje como principal oponente de Dilma. Se eleita, ela prometeu aumentar em 40% a área de florestas plantadas e estabelecer metas para a reduzir a emissão de carbono.

Na publicidade do PSB, Marina também diz que o planeta sofre hoje os efeitos da "devastação ambiental" e lembra que os reservatórios de água nas grandes cidades, como São Paulo, estão em situação de "colapso". Ao citar a crise hídrica no Estado governado pelo PSDB, foram exibidas imagens do Sistema Cantareira. "A falta de chuva no Sudeste é uma consequência do desmatamento na Amazônia", argumenta a candidata em seu programa.

Fonte: Estadão Conteúdo  Jornal de Brasília

Comentario

Enquanto Marina luta para preservar o meio ambiente o Agnulo e o Mazela só pensam em, desmatar, em acabar de vez com o cerrado e o Aecio defensor irracional do agro negocio vai transformar a Amazônia em uma plantaçõ de soja ou em pastos.Ambientalistas votem pela Amazônia, votem pela Marina. 

Anonimo

Tucanos já declaram apoio a Marina

Aliados do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, estão se aproximando da campanha de Marina Silva (PSB) para declarar apoio à ex-senadora já no primeiro turno. Apesar da consolidação de Aécio no terceiro lugar das pesquisas de intenção de voto, o que o tiraria do segundo turno, Marina pediu para que os auxiliares dela mais próximos não façam, por enquanto, nenhum movimento em direção aos tucanos.
 
Segundo apoiadores da presidenciável, prefeitos e deputados tucanos procuraram integrantes da campanha nos últimos dias para manifestar simpatia pela candidata. Ontem, o presidente estadual do PSDB no Ceará, Tomás Figueiredo Filho, declarou apoio à Marina. "Temos muitos pontos políticos em comum", alegou Figueiredo.

A cúpula tucana vem tentando mostrar otimismo e publicamente o discurso é de que Aécio pode chegar ao segundo turno. Nos bastidores, os tucanos não escondem o desânimo em virtude da dificuldade do candidato crescer na reta final do primeiro turno. "Ninguém acredita mais no Aécio, né?", ironizou um pessebista. Os tucanos consideram a aliança com Marina a mais provável, uma vez que o próprio eleitor do PSDB poderia migrar o voto para a ex-senadora num eventual segundo turno contra a petista Dilma Rousseff.

Marina chamou os aliados na semana passada para dizer que seria "desrespeitoso" qualquer tentativa de "cooptação" dos tucanos num momento em que Aécio ainda tenta se viabilizar. "Não dá para ter uma conversa ainda, seria desrespeitoso com o Aécio. Não temos orientação para conversar com ninguém", comentou Walter Feldman, coordenador adjunto da campanha.


Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasília

Marina muda programa de governo para 2º turno


Josias de Souza

O programa de governo de Marina Silva sofrerá novos ajustes para o segundo turno da disputa presidencial, informou a coordenação da campanha nesta segunda-feira (15).


Após encontro com empresários, o coordenador Walter Feldeman chamou a futura peça de “programa de governo 2.0.”

Curioso, muito curioso, curiosíssimo. Com 243 páginas, o programa de Marina gira ao redor de “seis eixos”. Na versão promocional, vieram à luz depois de ser “discutidos com vários setores da sociedade, em encontros em todas as regiões do país e em oficinas temáticas”.

A julgar pela forma como vem sendo mexido, o programa de Marina deve mesmo ser fruto de inusitadas discussões. Envolveram representantes surdos da coligação e pessoas mudas da sociedade. Ou vice-versa.

Diz-se que os novos ajustes tratarão do “setor produtivo''. Mais um pouco e o eleitorado será convencido de que Marina é a favor de tudo e absolutamente contra qualquer coisa.

Marina: Após ACM e Sarney, Lula e FHC apreciarão conversas que terão comigo



Josias de Souza

Lula Marques/FolhaMarina Silva reuniu-se na tarde desta segunda-feira com representantes do setor cultural. Em discurso transmitido ao vivo pela internet, ela disse não ver “nenhum problema em conversar com Fernando Henrique e Lula” caso venha a ser eleita. Acha que os ambos também não se constrangerão de dialogar com ela. Ao contrário, imagina que gostarão da experiência.

“Acho que será mais fácil, pelo que eu conheço deles, do que foi para eles ter que ficar subordinados à lógica de Antonio Carlos Magalhes e Sarney. Nós vamos fazer um realinhamento político. E eles ainda vão nos agradecer.” Marina repisou em seu discurso o compromisso de governar com “os melhores” de cada partido caso chegue à Presidência da República.

Referindo-se aos governos de FHC e de Lula, Marina comparou a subordinação de um ao ex-PFL de ACM e do outro ao PMDB de José Sarney à síndrome que leva algumas vítimas de sequestro a desenvolver uma fixação por seus sequestradores. Para ela, PSDB e PT “estão vivendo a síndrome de Estocolmo, se apaixonaram pelos sequestradores dos seus sonhos.”

“O PSDB de Montoro, de Covas e do próprio Fernando Henrique precisa voltar às suas raízes”, disse a candidata do PSB. “O PT de Suplicy, do próprio Lula e de Florestan Fernandes precisa voltar àss suas raízes.” Aferrada à metáfora do sequestro, Marina disse representar o resgate: “Esse movimento que estamos fazendo é de resgate.”

“Se uma pessoa com dois minutos de televisão, contra outra que tem quase 12 minutos, ganhar as eleições com pouco dinheiro, pouca estrutura, apenas com uma nova postura, será um resgate. Já quero dizer de antemão: não tenho nenhum problema de conversar com Lula, não tenho nenhum problema de conversar com Fernando Henrique.” Ela disse isso num dia em que Lula a acusou de querer “terceirizar'' a Presidência e Aécio apelidou sua candidatura de “PT de roupa nova''.
Marina delarou-se satisfeita por estar rodeada de artistas. Gente que faz “a boa arte”, ela enfatizou, antes de atacar os que “fazem arte na política no mau sentido”. Exemplificou: “a arte de acabar com a Petrobras, a arte de fazer uma governabilidade com base em distibuição de pedaços do Estados para que grupos possam chamar de seus.”

Na opinião de Marina, Dilma chega ao final do mandato com um ministério majoritariamente composto de pessoas anônimas. Disse falar em maioria para não ser injusta com ministros que eventualmente tenham legitimidade para ocupar as poltronas. “Mas eu não consigo ver legitimidade no nosso ministro de Minas e Enegia [Edison Lobão], a não ser o fato de que ele é indicado pelo Sarney. É isso que precisa acabar.”

Marina voltou a reclamar dos ataques quer recebe dos adversários, especialmente da campanha de Dilma. Insinuou que sua rival virou uma espécie de fantoche do marqueteiro João Santana. “Desconfio que a presidente Dilma não se sente confortável com isso que está dizendo a meu respeito. Mas tem um marqueteiro que diz que é assim que é pra dizer e ela diz.”

Até aqui tudo bem!

Coordenador de Aécio: ‘Delação tem que vazar’


Josias de Souza

FolhaÀs vésperas do depoimento do delator Paulo Roberto Costa na CPI da Petrobras, o coordenador Jurídico da campanha presidencial de Aécio Neves, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), defendeu explicitamente o vazamento dos segredos relatados pelo ex-diretor da estatal à Procuradoria da República e à Polícia Federal. “O sigilo desse material vai contra o interesse da nação”, disse Sampaio ao blog na noite passada.

Membro da CPI petroleira, Sampaio brandiu a tese segundo a qual “o eleitor tem o direito de saber” o que se passa. “Não considero razoável que a gente vá para a eleição sabendo que tem 49 deputados e 12 senadores que surrupiaram a Petrobras e disputam a eleição protegidos pelo manto do sigilo. Tomara que os papeis sejam vazados. Sou um incentivador desse vazamento.”

Sampaio prepara-se para a sessão desta quarta (17), quando a CPI espera ouvir Paulo Roberto. Promotor de Justiça com 28 anos de experiência, o deputado tucano antevê o que deve ocorrer. “Ele certamente vai dizer aquilo que o Ministério Público o orientou a dizer. Talvez diga que não pode falar. Então, vamos propor a transformação da reunião numa sessão sigilosa, sem jornalistas e assessores.”
Não vaza do mesmo jeito?, provocou o repórter. E Sampaio: “Certamente vai vazar. Mas a responsabilidade não poderá ser atribuída ao depoente. Eu torço para que alguém vaze. Temos o direito de saber quem são esses ladrões que roubaram a Petrobras. Alguém me disse que pode ter gente do meu partido no meio. Eu digo: se tiver, que se dane.”

Carlos Sampaio recordou que, no ano eleitoral de 2006, funcionava no Congresso CPI dos Sanguessugas, como eram chamados os congressistas que desviavam verbas da saúde que deveriam bancar a compra de ambulâncias. “Fui subrelator daquela CPI. Pedimos a cassação de 72 parlamentares. Eram bandidos como esses que assaltam a Petrobras. Desse total, 67 não se reelegeram na disputa daquele não. Foram cassados pelo eleitor. Agora, precisa acontecer algo parecido.”

Não receia que o vazamento do teor da delação prejudique as investigações do escândalo. “Suponha que estejam planejando uma operação de busca e apreensão. A essa altura, quem está metido nisso já sumiu com tudo que pudesse incriminá-los”, afirmou.

O medo como método - MERVAL PEREIRA


O GLOBO - 14/09
O sociólogo Manuel Castells, um dos maiores especialistas em redes sociais, diz que o medo é a emoção primária fundamental, a mais importante de nossa vida a influenciar as informações que alguém recebe. Os recursos da moderna propaganda estão sendo usados à exaustão nesta campanha para explorar as descobertas mais recentes da neurociência, que já definiu que o eleitor vota mais com a emoção do que com a razão.

Mais uma vez o PT apela para o esquerdismo canhestro para tentar barrar a caminhada da hoje adversária Marina Silva, assim como fez com os candidatos do PSDB em pleitos anteriores. A privatização já foi o argumento da vez, mas, como o próprio governo petista teve que privatizar portos, rodovias e aeroportos para destravar os investimentos, achou-se outro bode expiatório contra Marina, como o Banco Central autônomo ou o petróleo do pré-sal.

Sempre aparentando uma estratégia de esquerda, uma suposta defesa dos desvalidos, o que o PT faz é explorar o medo das camadas menos informadas da população criando fantasmas contra seus adversários. O fenômeno mais interessante desta eleição é a troca de posições entre os candidatos do PSDB e do PSB, com Marina concretizando todos os projetos estratégicos previstos por Aécio Neves quando da campanha ainda participava o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Contando com o esquema partidário do PSDB, bem mais capilarizado que o do PSB, Aécio pretendia neutralizar a força do PT no Nordeste com boas votações em estados daquela região onde a oposição se fortalecera depois da eleição de 2010, como Bahia e Ceará, além de contar com a vitória natural de Campos em Pernambuco.

Se em 2010 Dilma elegera-se com votação espetacular no Norte e no Nordeste, onde tirara mais de 11 milhões de votos de diferença para o candidato tucano no 2^ turno, este ano alterações importantes indicavam que a votação naquelas regiões poderia ser diluída entre os três principais adversários, mesmo que Dilma continuasse com vantagem.

A entrada de Marina na disputa, devido à morte trágica de Campos, fez com que se concretizasse a mudança de quadro nas votações, mas a favor dela. Dilma, que teve média de 70% dos votos do Nordeste em 2010, neste momento está com 47%, enquanto Marina tem 31%. Aécio está com a mesma votação que Serra teve em 2010: 8% dos votos nordestinos.

Em PE, Marina manteve a maioria dos votos de Campos e lidera com 45%, enquanto Dilma tem apenas 38%. Na BA, Dilma está à frente com 50%, mas em 2010 teve 67%. Em nenhum dos dois estados, com 43% do eleitorado do Nordeste, Aécio está à frente, embora a coligação DEM-PSDB esteja vencendo a eleição para o governo na Bahia.

No Sudeste, Dilma está com 28%, em contraponto aos 46% que teve na última eleição, pois venceu em Minas. Marina hoje tem 36% dos votos do Sudeste, mais que Serra em 2010, mesmo este tendo vencido em SP. Marina, no momento, vence em São Paulo e disputa o segundo lugar em Minas com Aécio.

Em SP, o governador Geraldo Alckmin pode vencer no 1º turno. O PSDB tem vencido regularmente a eleição para presidente em SP, mas desta vez quem está à frente é Marina. No Rio, onde a presidente teve vitória com 3,7 milhões (43,8%) no 1º turno, e 4,9 milhões (60,5%) no 2º, a candidata Marina Silva lidera as pesquisas, impossibilitando que a presidente Dilma repita sua performance.

O esquema partidário paralelo que Aécio montou com dissidentes da base aliada do governo do estado, que rejeitaram o apoio do PT a Lindbeigh Farias, não está funcionando a seu favor. No Sul, Dilma caiu de 43% para 35%, e tem a mesma votação que Serra em 2010. Marina tem 28%, enquanto Aécio mantém 20%.

Mais um exemplo de que as alianças feitas não estão alavancando Aécio: no Rio Grande do Sul, a senadora do PP Ana Amélia vence para o governo do estado, mas Aécio está em 3º lugar. Marina atualizou seu programa de governo, em especial na parte econômica, e encontrou semelhanças com o eleitorado do PSDB, o que facilitará uma transferência de votos no segundo turno.

O PT, por seu lado, conseguiu dar à campanha o tom de confrontação radicalizada que lhe é propício. Marina terá que contar com a organização partidária dos aliados da oposição para fazer frente à máquina partidária petista no 2º turno. 

A histeria do "Estado laico" - PERCIVAL PUGGINA


ZERO HORA - 13/09


Virou moda invocar a laicidade do Estado para desqualificar opiniões, religiões e igrejas. É o tipo de coisa que só acontece no Brasil, país em que presidentes da República se atrapalham com rudimentos de português e matemática. Fosse o pensamento prática frequente entre nossa elite, tais invocações à laicidade do Estado seriam rechaçadas pelo que de fato são: ensaios totalitários visando a calar a boca da maioria da população.

A leitura dos preceitos que os constituintes de 1988 incluíram em nossa Carta Magna sobre o tema esclarece, acima de qualquer dúvida, que eles desejavam, nesse particular, limitar a ação do Estado e não das pessoas, suas religiões e igrejas, como agora, maliciosamente, lendo a Carta pelo seu avesso, alguns pretendem fazer crer. Enfaticamente, a CF determina ser “inviolável a liberdade de consciência e de crença”, que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença” e que o Estado não pode estabelecer ou impedir cultos.

Não são as opiniões de indivíduos ou, mesmo, de figuras públicas em que se perceba inspiração religiosa que violam a Constituição, mas as tentativas de os silenciar, de os privar do direito de expressão, aos brados de “Estado laico! Estado laico!”. Não, senhores! Foi exatamente contra essa pretensão que os constituintes ergueram barreiras constitucionais. Disparatado é o incontido e crescente desejo que alguns sentem de inibir a opinião alheia, para que possam _ veja só! _ falar sozinhos sobre determinados temas. E são tantos os desarrazoados neste país que poucos percebem o tamanho da malandragem.

Leigos ou religiosos, ateus ou agnósticos, detentores de mandato ou jurisdição, podem e devem ouvir suas consciências ao emitirem seus votos ou decisões. Talvez estejamos habituados a líderes que escolhem princípios como gravatas (ou echarpes) e estranhemos quem os tenha, bons e sólidos. A laicidade impõe limites ao Estado, não aos cidadãos!

Eu tenho o direito de emitir conceitos, com base religiosa ou não, fundados na cultura gaúcha ou tupiniquim, na doutrina marxista ou liberal, sem que desajuizados pretendam me calar. Essa minha liberdade tem garantia constitucional. E há dispositivos específicos para assegurá-la no que se refira às convicções religiosas e suas consequências. 
 
A histeria a esse respeito escancara não só recusa ao contraditório, mas também vocação totalitária. Por quê? Porque como bem se sabe, o totalitarismo, para cujo porto estamos sendo levados pelo nariz, não pode conviver com sistemas de valores que não sejam ditados pelo Estado e que ante ele não rastejem. É a esse mostrengo que andam chamando “Estado laico”. Ele não é isso.
 

O galão d’água - MARTHA MEDEIROS


ZERO HORA - 14/09


Reproduzo o relato que minha filha recebeu pelo whatsapp de uma garota brasileira que mora no Japão: Ontem veio um homem aqui e deixou um galão dágua na frente da minha porta. Disse que durante a madrugada eles fariam uma vistoria nos encanamentos de água do bairro e por isso estavam passando para avisar, deixar o galão e pedir desculpas por terem que desligar o registro de água por algumas horas.

Eu disse para ele que não precisava deixar a água, afinal, estaríamos dormindo nesse horário, mas ele respondeu: Você paga suas contas todos os meses e nós temos obrigação de não deixar você sem água nem por um minuto. E ainda disse: Se precisar de mais, pode pedir. E assim seguiu a distribuir nas outras casas. Durante a madrugada, olhei pela janela e havia um grupo trabalhando nas ruas em silêncio. Hoje vieram novamente, casa por casa, só para agradecer.

Pois é. Não é assim que deveria ser tudo na vida? Decência, responsabilidade e educação: por que é tão raro, tão complicado? A simplicidade da cena: um galão d’água deixado de porta em porta para o caso de os moradores terem alguma eventual necessidade às duas horas da manhã, às três horas da manhã.

Não é caridade, e sim direito do cidadão que paga taxas e impostos. Eu não deveria me comover com isso, mas me comovo, porque a gente cumpre com os compromissos como qualquer japonês, qualquer sueco, qualquer canadense, mas onde está a contrapartida?

Acho que isso explica nossa desesperança de que uma eleição mude alguma coisa. Já não acreditamos que um candidato consiga não se deixar corromper pelo poder, que possa governar sem dever favores para outros partidos, que solucione as mazelas do povo em detrimento das negociatas de gabinete. Política passou a ter um sentido desvirtuado.

Ninguém obriga um homem ou uma mulher a se candidatar a um cargo público. Se ele se oferece para a missão de governar, deveria fazer isso unicamente por seu espírito altruísta. Mas soa como piada. Altruísmo na política brasileira? Tem graça.

Um galão d’água na porta. Um serviço de atendimento ao consumidor que funcione de forma fácil. Um policial em cada esquina. Nota fiscal entregue em todas as transações comerciais. Lixeiras por toda parte. Ruas bem sinalizadas. Transporte farto, barato e que cumpra horários. Hospitais com vagas dia e noite. Escolas eficientes. Confiança em vez de burocracia. Sinceridade em vez de enrolação. Agilidade em vez de empurrar com a barriga. Se todo mundo concorda que é assim que tem que ser, por que não acontece, quem emperra?

Não é só culpa de quem governa, mas dos governados também. Viciados em retórica, seduzidos por vantagens exclusivas e não coletivas, sempre nos perguntando “como posso faturar com essa situação?”, não permitimos que o Brasil se moralize e avance.

Galão d’água na porta de casa? Só com um troquinho por fora, meu irmão.
 

Índice de confiança do empresário cai e é o menor da história


Desde 1999
Icei cai 7,7 pontos e se mantém o menor desde 1999
Publicado: 16 de setembro de 2014 às 13:14

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Queda na confiança é resultado da piora nas condições da economia e das empresas


A confiança do empresário caiu 7,7 pontos em comparação a setembro de 2013, ficando em 46,5 pontos, informou hoje (16) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, a falta de confiança já perdura por seis meses seguidos e não depende do tamanho da empresa. Em comparação a agosto, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ficou em mesmo nível, informou a confederação.

A pesquisa indica, também, que o índice permaneceu no menor patamar da série histórica, iniciada em 1999. Os indicadores da pesquisa variam de 0 a 100 pontos. Abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança.

Na avaliação da CNI, o levantamento mostra que a falta de confiança é generalizada em todos os portes de empresas. Nas pequenas, o Icei foi 46,7 pontos, nas médias ficou em 45,4 pontos e, nas grandes, em 47 pontos. Na avaliação por segmento industrial, o índice se manteve acima dos 50 pontos na indústria extrativa.

A confederação destaca que a queda na confiança é resultado da percepção de piora nas condições da economia e das empresas, com comprometimento da atividade industrial e dos investimentos. A pesquisa foi feita entre 1º e 10 de setembro, com 2.844 empresas de todo o país, das quais 1.059 são de pequeno porte, 1.074 são médias e 711 são de grande porte.

A exemplo dos terroristas, invasores de prédio em São Paulo fizeram ‘barricada’ de crianças


Confusão
Vandalismo marca reintegração de posse no centro de São Paulo

Publicado: 16 de setembro de 2014 às 11:15 - Atualizado às 11:20

Moradores e PM entram em confronto durante reintegração
Vândalos se aproveitaram da confusão para incendiar ônibus e depredar lojas

Um ônibus biarticulado foi incendiado em frente ao Theatro Municipal de São Paulo durante confronto entre a Polícia Militar e moradores de um prédio ocupado no centro de São Paulo, na manhã desta terça-feira, 16. A PM tenta cumprir pela terceira vez uma ordem de reintegração de posse do imóvel, mas foi atacada com objetos lançados do alto do prédio. Os policiais responderam com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

A reintegração de posse foi determinada pela 25ª Vara Cível do Foro Central a pedido do proprietário do imóvel localizado na Avenida São João. Representantes do Movimento Sem-teto do Centro (MSTC) declararam que permanecerão no prédio até que se cumpra um acordo e caminhões e carregadores sejam apresentados para a realização da mudança.

Essa é a terceira vez que a PM tenta cumprir a ordem judicial. Nos dias 11 de junho e 27 de agosto, as tentativas não foram bem-sucedidas. No mês passado, a ação tinha sido suspensa porque os oficiais de Justiça avaliaram que a quantidade de caminhões e transportadores ainda não era suficiente.

Moradores fizeram um “cinturão de proteção” com crianças e mulheres, autência barricada. Atearam fogo em pedaços de móveis, lixo e outros objetos na Avenida São João, próximo a ônibus que foram abandonados no local durante conflito entre os sem-teto e a PM. Policiais da Tropa de Choque, que conta com um carro blindado, fizeram cerco e reagiram com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

Ainda há pessoas no prédio que se recusam a deixar o edifício. O cruzamento da Avenida São João com a Avenida Ipiranga está bloqueado. Na região, há pelo menos 10 viaturas da PM e um helicóptero Águia. Os manifestantes arremessam objetos em direção aos policiais. Alguns arrancam pedaços de concreto das calçadas para usar contra a Polícia.

Em entrevista à Rádio Estadão, a coordenadora do Movimento Sem-teto do Centro (MSTC), Ivonete Araújo, reforçou as reclamações contra um acordo que não teria sido cumprido. “O proprietário não cumpriu os meios que ficaram acordados em uma reunião. Ele prometeu 40 caminhões, 120 carregadores e não tem”, disse.

Ivonete disse que as famílias que ocupam o prédio não têm para onde ir e a intenção é permanecer no imóvel. “Vai sair para onde? Vai carregar os móveis como? O Judiciário não olha para a questão social. Como é que eles vão sair? Não tem meios”, reclamou.

Não há confirmação da quantidade de pessoas que ocupam o local: a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) estima em 200 pessoas, mas há a possibilidade de o número ser maior e ultrapassar 500. O prédio de 20 andares está ocupado há seis meses pelo MSTC.

Por volta de 10h30, um ônibus da Polícia Militar com moradores do prédio ocupado, inclusive com crianças, seguiu para a 3ª DP de São Paulo, em Campos Elíseos.

Após nova tentativa de diálogo nesta terça-feira, móveis começaram a ser lançados de cima do prédio. A PM isolou avenidas da proximidade e acionou o Batalhão de Choque para o local. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), o bloqueio afeta um ponto de ônibus e cerca de 30 linhas foram alteradas.

Para Barbosa, modelo atual possibilita troca de favores entre políticos


Joaquim palestrante
Ex-presidente do STF diz que reeleição prejudica política

Publicado: 16 de setembro de 2014 às 12:31

De volta a eventos públicos após um período de quarentena fora do País, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa afirmou nesta terça-feira, 16, ser contra a reeleição para o cargo da Presidência da República. “O sistema político fica prejudicado quando há o instituto da reeleição para os cargos do Executivo”, disse, em palestra realizada na abertura de congresso de empresários do setor de shopping centers, na capital paulista.

Barbosa fala em  abertura de congresso de empresários em São Paulo (Foto: Valter Campanato/ABr)
Barbosa fala em abertura de congresso de empresários em São Paulo 

Barbosa argumentou que a possibilidade de reeleição dá margem para que o Executivo adote a política de troca de favores, como negociação de cargos e apoio a programas inadequados, com o objetivo de ampliar a base aliada. Uma alternativa, segundo ele, seria a adoção de um único mandato mais longo, de cinco anos.

Barbosa não citou o nome da presidente Dilma Rousseff (PT), que busca o segundo mandato, nem de outros candidatos. Em sua palestra, ele ponderou que a afirmação “não tem relação com qualquer caso concreto da atualidade”.

Na chegada ao evento, o ex-ministro do STF foi abordado por jornalistas sobre as eleições, mas ele preferiu não fazer comentários, sob a justificativa de que estava de férias na Argentina, sem acompanhar o andamento das campanhas.

Quando a palestra foi aberta a perguntas, veio da plateia o questionamento sobre o que fazer para convencer o ex-ministro a ser candidato à Presidência. “Vocês não têm nada a fazer. Está tão bom aqui fora”, disse, sorrindo. Perguntado ainda sobre qual o seu partido político preferido, respondeu que “não escolheria nenhum”. Ele foi aplaudido de pé por um público de cerca de 300 pessoas, tanto na abertura quanto no fim de sua apresentação.

Durante a palestra, Barbosa discorreu sobre estabilidade jurídica e desenvolvimento econômico, quando voltou a fazer críticas à situação institucional do País. Dentre outros pontos, criticou o excesso de impostos e burocracia, que diminuem a visibilidade de empreendedores. “A falta de transparência do Fisco e a tributação exacerbada são compensados pela anistia e parcelamento da tributação, com programas como o Refis” observou.

O ex-ministro afirmou ainda que é otimista em relação ao Brasil e lembrou que houve avanços significativos nas últimas décadas, como alternância do poder e respeito às normas do Estado de direito. Por outro lado, criticou várias vezes o patrimonialismo, o nepotismo e a cultura do privilégio, representada pelo “jeitinho brasileiro”. “Eu sou otimista sobre o País. Vejo nossa situação como a fase mais importante de estabilização institucional da nossa história”, afirmou. (Circe Bonatelli/AE)

Dilma amordaça o Itamaraty!!!!



Itamaraty
Itamaraty censura e depois recomenda Facebook
Itamaraty proíbe acesso de diplomatas ao Facebook e também recomenda… visitar seu Facebook
Publicado: 16 de setembro de 2014 às 0:07 - Atualizado às 0:37

Antonio Cruz ABr - Luiz Alberto Figueiredo
O ministro proibiu acesso ao Facebook no Itamaraty. 

Após reunir diplomatas em início de carreira para reclamar que eles “falam mal” do governo Dilma nas redes sociais, o ministro Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) proibiu o acesso dos funcionários ao Facebook, como esta coluna já informou, mas logo em seguida a Secretaria de Estado enviou a todos os postos circular recomendando a página do Itamaraty no Facebook. Vai entender a esquizofrenia…

As explicações para censura do Facebook são hilariantes. O Itamaraty confirma a proibição, cujo objetivo seria “poupar banda larga”. Ah, bom.

Os diplomatas ignoraram a queixa do chanceler Luiz Alberto Figueiredo e continuam reagindo nas redes sociais aos maus-tratos de Dilma. 

Leia na Coluna Cláudio Humberto.

Partiu Venezuela: Cristina Kirchner quer controlar preços e lucros das empresas



Chega a dar pena do sujeito que falou querer fugir da Venezuela para Argentina, com intenção de deixar a crise para trás, como vimos neste post. Talvez alguma cartomante lhe disse: “Meu caro, a crise sempre estará junto com você”.

Pelo menos, a Dona Cristina Kirchner está cuidando com muito carinho da economia argentina para que a situação chegue rapidinho no patamar venezuelano, como podemos ler a partir de uma notícia da Veja:
Um projeto de lei que pretende fixar limites de preços e de lucro de empresas está causando temor entre empresários argentinos. A chamada Lei do Abastecimento, elaborada pelo governo da presidente Cristina Kirchner, já passou pelo Senado e agora depende da aprovação da Câmara, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.


O projeto tem várias semelhanças com uma lei implantada na Venezuela, em janeiro, pelo presidente Nicolás Maduro, que provocou o desabastecimento de bens de primeira necessidade, como alimentos e produtos de higiene pessoal.

A lei também prevê o controle de cotas de produção, que ficaria a cargo da Secretaria de Comércio do Ministério da Economia. O projeto ainda compreende a aplicação de multas, fechamento de empresas por até 90 dias e suspensão de registro por até cinco anos.

As principais entidades empresariais da Argentina, como a União Industrial Argentina (UIA), a Sociedade Rural e a Associação dos Bancos Provados já preparam uma ação judicial, caso a lei seja sancionada. A medida pode piorar as condições do país latino-americano para atrair investidores.
É assim: eles já estão matando cachorro a grito e ela ainda faz um plano para afugentar os investidores. Enfim, esta é a vacina da Dona Kirchner para a crise argentina. É para todo mundo tomar na b…

PT mente de novo para tentar (inutilmente) rebater os 5 motivos elencados pela Revista Forbes para não reelegermos Dilma



Dias atrás, a Revista Forbes listou 5 motivos para os brasileiros darem um chute nos fundilhos de Dilma. Veja:
O Brasil não cresceu tanto quanto poderia – e deveria – sob seu governo
É a primeira vez em cinco anos que o Brasil registra retração da economia, lembra o colunista. Em 2010, o país cresceu 7,5%, compara a publicação. “Embora Dilma diga que a performance fraca da economia seja fruto da crise internacional, os números a provam errada”, diz o texto. “Até o fim de seu mandato, o crescimento do país deve ser dois pontos porcentuais menor do que a média da América Latina entre 2010 e 2014. Pela primeira vez em 20 anos os vizinhos do Brasil deixam o país comendo poeira”.

A maior empresa estatal do país é seriamente prejudicada
A Petrobras está sob investigação por abrigar “dentro de suas paredes” um esquema de corrupção multimilionário, lembra o colunista. “As finanças da Petrobras sob administração petista não são nada menos do que desapontadoras”, diz o texto. A estatal está sendo usada pelo governo como uma forma de conter a inflação do país, segurando os preços dos combustíveis, o que causou um rombo de 20 milhões de reais à empresa em 2013. Segundo a revista, a ironia neste caso é que a ‘úncia solução lógica’ para o problema da Petrobras veio de sugestão do nanico Pastor Everaldo: “privatizar a estatal”.

A estratégia de manter a inflação em alta para manter empregos é questionável
Para inflação e baixo desemprego conviverem bem – como é o desejo de Dilma Rousseff -, é necessário que a economia apresente crescimento. No entanto, não é o que está ocorrendo no Brasil. A Forbes afirma que a piora da inflação se deve ao aumento dos salários e da diminuição dos lucros de empresas. Dilma entende que a solução seria aumentar as taxas de juros, enrijecer a política fiscal brasileira e permitir que os preços se ajustem. No entanto, essas medidas afetam diretamente o consumo no país, que representa 63% da economia brasileira. A revista afirmou que para uma governante populista, é como um remédio caro que, mesmo que o paciente precise comprá-lo, não terá condições de acesso.

Dívida Pública cresce. E o governo poupa menos
“O orçamento federal está constantemente em déficit, e Dilma se comprometeu a cumprir uma meta de superávit primário de 1,9% do PIB neste ano e 2% no próximo ano”, diz Antunes. Os gargalos do sistema brasileiro causam ineficiência e corrupção – e são responsáveis por um sistema de impostos bizantino.

Dilma não promoveu as mudanças para tornar a vida dos mais pobres melhor
O PT, partido que declarou o objetivo de defender os pobres e socialmente excluídos, não promoveu durante o governo Dilma a melhora na condição de vida dessa parcela da população que prometeu. Segundo o colunista, uma das razões é o retorno da inflação, que tem assustado brasileiros desde a década de 1970. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2012, a desiqualdade de renda melhorou de 2002 até a década seguinte. No entanto, essa melhora empacou há dois anos. Ao mesmo tempo, a receita arrecadada pelos ricos cresceu 50%. Isso significa que o governo Dilma quebrou um padrão de dez anos de progresso na distribuição de renda. Em outra questão, Forbes cita que o número de analfabetos também cresceu pela primeira vez em quinze anos, durante o governo de Dilma – tanto a presidente quanto Lula haviam prometido erradicar o analfabetismo do país.
Isso deve ter doído bastante, pois atinge em cheio a propaganda do partido. Mas o que o partido faz nesse momento? Demonstra uma cara de pau assustadora para lançar conversa mole tentando negar os fatos. Conforme o Brasil247, veja as tentativas de rebatidas do PT. Cada uma delas facilmente desmascarável.
1) O Brasil está crescendo Segundo o PT, o País está crescendo sim. O partido lembra que o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – um tipo de prévia do PIB -, registrou na última sexta- feira (12) alta de 1,5% em julho, o maior avanço mensal do indicador em seis anos. “Mas ainda insistem que Brasil não cresceu”, diz o PT.
Isso é que é enrolação. Não há concorrentes para o PT nesse sentido.

Só que a reportagem da Forbes falava de um crescimento pífio, muito menor que os outros países do BRICS. O texto do PT não refuta a Forbes. Ao contrário, a endossa, mostrando que o crescimento foi tão baixo que não há como perdoarmos o partido por tal desastre.

Como não tinha uma resposta, o PT apelou para a simulação de falso entendimento.

A coisa funciona mais ou menos assim: imagine que as notas vermelhas cheguem e o garoto seja questionado pela mãe: “Paulinho, todos seus passaram na prova! Você tirou só 1.”. No que o Paulinho responde: “Não é verdade. Eu tirei mais que zero. Olha só: tirei nota 1!”.

Vergonhoso, vergonhoso.
2) A Petrobras não está mal O partido rebate as acusações de que a Petrobras estaria sendo prejudicada pelo governo. “Só em 2014 já atingiu a marca dos 500 mil barris de petróleo produzidos por dia do pré-sal”, diz o PT. “No primeiro semestre deste ano, a empresa lucrou R$ 38,5 bilhões, valor superior ao mesmo período de 2013″, completam.

Mais uma informação falsa, pois o lucro do primeiro semestre foi de R$ 10,352 bilhões (com queda de 25,5% em relação ao mesmo período de 2013). Além do lucro diminuir o valor da empresa tem diminuído, mesmo com a descoberta do pré-sal, que ajudou a levar o valor da empresa para R$ 380 bilhões em 2010. Com os casos de corrupção e perda de credibilidade, a empresa perdeu 50% de seu valor. Em suma, um desempenho ridículo.
3) Desemprego O PT destaca a menor taxa de desemprego em mais de uma década, e ainda afirma que não há arrocho salarial no Brasil. “Em março, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego atingiu a menor marca, desde 2002; Ou seja, com Dilma o povo está mais empregado e sem arrocho salarial. E a inflação, em julho, praticamente zerou e se mantém na taxa prevista pelo BC”, diz o partido.
Essa conversinha de “redução de desemprego” também não engana mais ninguém. Os dados do IBGE apresentam a metade dos desempregados de fato, conforme vistos nos indicadores do DIEESE. Aqui temos um caso grosseiro de maquiagem de dados por parte do governo, o que por si só já desqualifica Dilma para permanecer no Planalto.
4) Dívida pública não é ruim Neste item, o partido até admite que a dívida pública está crescendo, mas, segundo eles, a alta é considerada baixa. “A dívida pública, cresce, sim! Mas, de acordo com o Ministério da Fazenda, tem taxas de crescimento de apenas 3% ao mês, consideradas baixas”, diz o PT.
É, pouquinho. Só R$ 2,7 trilhões. Dinheiro de pinga. Como a dívida chegou a um limite inaceitável, mas está crescendo pouco, então, na visão do governo… está bom. Eles definitivamente perderam a noção da realidade ou estão se fingindo de loucos.
5) Menos pobreza No último item, sobre a redução da pobreza, o PT diz que a razão listada pela Forbes é “absurda” e que a revista está errada. “Vale destacar que Dilma e Lula tiraram mais de 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza e outros 42 milhões ascenderam à classe C’, começa o PT. “Além do mais, em 2012, o coeficiente Gini – que mede a desigualdade de renda entre os países – atingiu o menor nível em mais de 35 anos, chegando a 0,53. Em 2001, o índice era de 0,60″, completa.
Apelar ao coeficiente Gini foi no mínimo desespero de causa, já que o índice não serve para avaliar redução de pobreza. No máximo, ele poderia ser um fator, dentre vários outros. Como índice isolado, vale o mesmo que um peido. Já o famoso indicator de “36 milhões de brasileiros pra cima, e mais 42 milhões de brasileiros melhores ainda” não passa de uma peça de propaganda já desmascarada aqui.
A verdade é que em termos melhoria econômica o Brasil toma goleada dos outros países do BRICS de forma ainda mais vergonhosa do que ocorreu com a seleção brasileira diante da Alemanha.

Em tempo: no mundo corporativo, se um gerente não apresenta resultados (em comparação ao que poderia ter feito, de acordo com o seu ambiente) e ainda falsifica indicadores para tentar lavar sua imagem, acaba sendo demitido. Esse é o estilo do PT de governo: fazer muito menos do que poderia ter feito (em comparações com quaisquer outros países do BRICS) e mentir sobre números.

Pensando bem, a revista Forbes até que pegou leve.

A Petrobrás e a picaretagem em todos os níveis: funcionário da empresa usa horário da empresa para alterar perfil de Paulo Roberto Costa na Wikipedia



Claro que existem pessoas sérias trabalhando na Petrobrás. Mas também um bando que na hora do trabalho, ao invés de produzir algo que preste, fica militando nas redes sociais. Não é uma beleza?
Veja a notícia mostrando que computador da Petrobrás alterou perfil de Costa na Wikipedia:
A Petrobras confirmou neste domingo que o perfil na Wikipedia de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal e delator do ‘petrolão’, foi alterado de um dos computadores da sede da empresa. Na modificação, Costa, preso durante as investigações da Operação Lava Jato, é apresentado como “cria do governo tucano” de Fernando Henrique Cardoso. Em nota, a assessoria de Imprensa da Petrobras informou que a Área de Tecnologia da Informação está rastreando os acessos à internet para identificar o computador em que o artigo foi reescrito.

A mudança foi feita às 16h16 deste sábado, 13, pelo endereço de IP 164.85.6.3. O texto sobre Costa passou a informar que ele foi demitido “com aprovação da presidente Dilma Rousseff” por estar “muito soltinho”. O artigo dizia que a imprensa omite que ele começou a carreira na Petrobras em 1979 e detalhava ainda os cargos ocupados por Costa durante o governo tucano, a partir de 1995, quando assumiu o posto de “gerente geral do poderoso Departamento de Exploração e Produção do Sul”.

O texto ficou no ar por seis minutos, até o perfil original ser restaurado pelo usuário Guilhermebr1. Na justificativa, disse que houve “edição tendenciosa a partir da rede da Petrobrás”.

O IP é uma identidade virtual que permite identificar o computador usado para acessar a internet. Recentemente, um computador do Palácio do Planalto foi utilizado para modificar o perfil dos jornalistas Míriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg. Foi aberta sindicância e o servidor de carreira Luiz Alberto Marques Vieira Filho assumiu ter escrito os textos. Ele foi exonerado do cargo de confiança que ocupava na Secretaria de Relações Internacionais e vai responder a processo administrativo disciplinar.
Coisa fina, coisa muito fina.
O tal de Paulo Roberto Costa virou diretor da Petrobrás no governo Lula e é funcionário da empresa desde 1977, assumindo cargos de gestão de direção até antes do governo Lula. O problema é que foi no governo Lula que ele virou diretor de abastecimento e refino da Petrobrás, onde conseguiu alçada para aprovação de negócios como o aluguel de plataformas e navios.

Portanto, a tal tentativa de ligar Paulo Roberto ao governo FHC não deu em nada. Tanto que o delator não conseguiu apontar nenhum nome do PSDB envolvido em corrupção.

E enquanto isso a Petrobrás permite que seus funcionários vivem inventando onda na Internet tentando livrar a cara do PT. Quer dizer, essa empresa está com problemas sérios não apenas de direção, mas em vários pontos de sua cadeia produtiva.

O governo sucessor vai demorar muito para limpar toda a sujeira feita pelo PT na Petrobrás.


PT já arma seu presente de natal: 3,5 milhões de empresas inadimplentes



É isso mesmo que você leu no título! Atualmente 3,5 milhões de empresas estão inadimplentes. O motivo para isso é a queda das vendas e do aumento dos custos com fornecedores, funcionários e bancos. Ou seja, a inflação e a queda do PIB estão gerando suas consequências.

Segundo a Veja, este é o maior volume de inadimplentes já registrado no setor produtivo, conforme dados da Serasa:
O número equivale à metade dos 7 milhões de empresas “operacionais” no país, segundo os critérios da Serasa. Para a empresa de crédito, é operacional a companhia que pesquisou a situação cadastral de um cliente ou teve o seu CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) consultado no último ano.

A Receita Federal, que emite o CNPJ, contabiliza cerca de 14 milhões de cadastros ativos, incluindo companhias não-operacionais (holdings, fundos, empresa de participação etc.), além de firmas que faliram, mas não deram baixa no cadastro de contribuinte. Mesmo contando os CNPJs emitidos, os inadimplentes somam 25%.

São empresas que, pelos mais diversos motivos, estão com débito em atraso no banco, deram cheque sem fundo, tiveram títulos protestados, enfrentam ações judiciais porque não pagaram fornecedores ou funcionários, tiveram (ou terão) a luz e o telefone cortados ou entraram em recuperação judicial –processo em que pede prazo para negociar com credores.

Portanto, têm dificuldades para tomar dinheiro emprestado e comprar a prazo.
Os números da Serasa não incluem os débitos na Receita Federal, no INSS e nos Fiscos estaduais e municipais, com exceção daqueles em fase de execução ou inscritos na dívida ativa.

Do total de inadimplentes, 91% são empresas de pequeno e médio portes –com faturamento de até R$ 50 milhões por ano–, tidas como as mais vulneráveis às flutuações das vendas e do crescimento da economia. São ainda as empresas que mais empregam no país –respondem por 52% dos empregos formais, segundo o Sebrae.

Um terço dessas companhias está no Estado de São Paulo, que concentra o maior número de pequenas empresas. Os setores mais afetados são comércio (47%), serviços (42,6%) e indústria (9,1%).

Para Luiz Rabi, economista da Serasa, o número de empresas inadimplentes mostra o microcosmo da recessão técnica do país, após dois trimestres de contração no PIB.
“A empresa fica inadimplente porque não tem caixa para pagar as contas, pois não vendeu como esperava. Ao mesmo tempo, aumentou o custo de materiais, aluguel, salários e os juros do banco.”
[...]
Para comparar com os anos anteriores, retroagiu ao máximo em seu próprio banco de dados. Descobriu que os 3,578 milhões de inadimplentes de julho deste ano são 8,9% a mais do que os 3,286 milhões de julho de 2013.

“Sabemos que o índice de mortalidade das empresas pequenas é alto. Mas não se trata de um crescimento vegetativo dessa mortalidade. Houve aceleração, o que indica uma piora considerável na economia”, disse Rabi.
Quando falamos que o crescimento medíocre do PIB é um problema, dificilmente o povo entende essa linguagem, mas precisamos transcrevê-la de forma clara: a queda no PIB significa diminuição de riqueza, e, com isso, a destruição de empregos. Nossa economia está a deriva.

Talvez por isso o governo petista esteja mais mitômano e raivoso que o costumeiro durante esta campanha, beirando o comportamento antissocial. Eles sabem que defendem o indefensável, mas tem chegado o momento em que as desculpas esfarrapadas não colam mais.

Isso também explica o quanto eles estão desesperados por manter o Decreto 8243 e implementar a censura de mídia, pois só assim conseguirão esconder tamanho desastre. O sinal é de alerta: a situação trágica de inadimplência das empresas vai criar desemprego.

Quanto a nós, precisamos comunicar ao povo mais essa destruição de valor causada de forma intencional por políticas que jamais foram orientada a um projeto de governo, mas de poder.

Alex Antunes e a semântica assassina do discurso LGBT na busca de um bode expiatório para campanhas de ódio




Ceticismo político


Há um fenômeno interessante relacionado ao movimento LGBT: sempre que eu escrevo um texto a respeito, eles simplesmente enlouquecem, mesmo que meus argumentos sejam muito mais libertários do que qualquer um deles possa sequer conceber. Eles entram em ataque histérico e não conseguem compreender absolutamente nada do que foi escrito.

Fico até imaginando o choque deles ao descobrir que eu não tenho absolutamente nada contra o casamento gay nem contra a adoção de crianças por gays. Para mim, o estado não deveria proibir ninguém de fazer o que quiser, desde que isso não cause impactos diretos nas vidas de terceiros. Alias, não sou religioso e minhas análises são bastante amparadas pelo darwinismo. Mas duvido que algum deles sequer leia esse trecho. A mente deles com certeza editará a informação.

Ao falar sobre o movimento LGBT, eu me sinto o personagem Dr. Doolittle, que conversava com animais. Minto. Eles nem conseguem me entender, ao contrário do que ocorria com o personagem de Eddie Murphy. E daí o resultado das litanias deles é sempre ridículo, como podemos ver no texto de um tal Alex Antunes intitulado A semântica assassina da homofobia, suposta refutação ao meu texto Suspeito de matar jovem gay em GO tinha relações sexuais com a vítima: lá vai mais um truque sujo de “homofobia mata” para a lata do lixo, do qual ressalto esse trecho em particular:
Como quase sempre ocorre quando um gay morre de forma bárbara, o movimento LGBT tenta jogar a culpa nas costas daquilo que eles chamam de “homofobia”, que na verdade é o direito de um sujeito optar pela heteronormatividade.
Notaram o que eu escrevi? É importante, pois o Sr. Alex Antunes não percebeu esse detalhe. Eu não tentei livrar a cara dos verdadeiros homofóbicos, mas daquilo que o movimento LGBT chama de “homofobia”, o que é completamente diferente.

Quem quer que já tenha lido um texto meu de janeiro de 2013 já teria percebido que eu jamais neguei a existência de crimes homofóbicos. O texto é o seguinte: Al Pacino em um filme sobre a verdadeira homofobia e as consequências devastadoras do aceite de uma rotulagem injusta e criminosa. Alias, vou até colocar de novo o trailer do filme que eu mencionei, “Cruising”,  dirigido por William Friedkin (o diretor de O Exorcista) em 1980:



Naquela época, eu escrevi de forma bem clara: “isso sim é homofobia”. E pelo que se vê na notícia comentada por mim, parece ter sido exatamente isso que vitimou o jovem João Donati: homofobia de verdade. Não aquilo que eles imputam aos evangélicos e demais conservadores que valorizam a família tradicional. Em síntese, era essa a tonalidade do meu texto.

Agora veja o que o infeliz Antunes escreveu:
Nesta sexta-feira foi preso o lavrador Andrie Maycon Ferreira, assassino do garçom João Donati. O crime ocorreu na quarta-feira, em Inhumas, na região metropolitana de Goiânia. As primeiras notícias davam conta de um bilhete homofóbico deixado no corpo, e de indícios de tortura, como as pernas quebradas da vítima. A polícia depois desmentiu o bilhete e a tortura. Uma onda de textos “aliviados” (sem trocadilho), como este aqui [o meu texto], comemoraram o fato do assassino ter tido relações sexuais com a vítima, o que descaracterizaria as alegações de homofobia. O mesmo tipo de inquietação contaminou as declarações do delegado, que afirmou que era possivelmente um crime “passional”, mas certamente não homofóbico.
Antunes estava evidentemente histérico quando escreveu isso, pois meu texto não menciona nenhum tipo de “alívio”, mas uma constatação do óbvio na quase totalidade desses casos: Donati não foi vítima daquilo que o movimento LGBT chama de “homofobia”. Ele foi vítima de um sujeito gay que manifestava fortes traços de homofobia, exatamente igual aos psicopatas do trailer do filme que mencionei. Aí ele mistura no mesmo balaio o meu texto (que tem uma tonalidade mais liberal/libertária) com as declarações de um delegado que não tocou absolutamente em nenhum dos meus pontos em discussão.


Como se vê, até aqui Antunes não disse coisa com coisa, mas a situação piora:
Não creio que o depoimento do assassino alivie em nada o problema de quem se diz contra a “conspiração gay”, muito pelo contrário. Os moralistas tentam traçar entre eles e o assassino um risco, ao dizerem que foi um problema entre dois gays (o que o delegado quer chamar de maneira forçada de “crime passional”, onde não havia paixão nenhuma). Mas esse traço de separação na verdade está entre o assassino e a vítima. E deixa os fundamentalistas e o assassino do mesmo lado: o de quem tem um profundo desconforto com o sexo entre homens.
De novo um argumento completamente histérico e sem o menor sentido. O truque é o de sempre. Existe homofobia. Até aí tudo bem. Daí em diante o movimento LGBT inventa que discordar do comportamento gay é “homofobia”. Claro que não é. Qualquer pessoa intelectualmente honesta sabe disso. Como sói ocorre nesses casos, quando ocorre um crime homofóbico, o picareta imputa a culpa naqueles a quem desonestamente chama de “homofóbicos”.

Na verdade, o crime foi um problema entre dois gays, e a homofobia parece ocorrer em maior quantidade entre eles. Não dá para negar que é possível que, por sentirem-se inferiorizados por não fazer parte do comportamento normativo, impulsos homofóbicos podem surgir. Mas isso não é culpa de quem prefere a normatização do comportamento heterossexual, mas da fragilidade psicológica de alguém em lidar com o fato de ser uma minoria comportamental.

Eu sou ateu e teria motivos para me sentir “excluído” de outros círculos. Mas jamais me senti mal com isso. Mas jamais me senti mal com isso. E não me sentiria se fizesse parte de uma minoria sexual. Essa é uma dica para os gays: aprendam a conviver com o fato de serem uma minoria que não perfaz o comportamento normativo. Vão sofrer muito menos assim e serão mais felizes. Não deem ouvidos ao movimento LGBT, que só vive atrás de criar falsas guerras de classe em busca de dividendos políticos.

Alias, esse discurso LGBT tentando fazê-los se sentir “vítimas da sociedade” pode aumentar o sentimento de auto-rejeição de muitos gays. Pode-se argumentar que o movimento LGBT é muito mais culpado pela homofobia do que são os pastores evangélicos.
Assim como tem muito mais gay não-praticante por aí do que parece – exatamente os que querem parecer que não são. Ao “denunciarem” as preferências alheias, ou mesmo ao simplesmente não conseguirem deixar de abordar o assunto com um humor tenso, eles se denunciam. É só olhar para quem acha preferência sexual um grande problema – ou uma grande piada. Eu arriscaria dizer que a homofobia é quase sempre auto-homofobia, sensação de inadequação. E isso mata.
Deve ter muito mais gays não-praticantes do que parece mesmo. E se o movimento parar com esse truque de fazê-los se comportar como vítimas, talvez muitos deles sairiam do armário mais felizes, encarando as dificuldades de cabeça erguida. Há um livro interessantíssimo sobre isso chamado The Way of Men, escrito por um homossexual, Jack Donovan.

Ele mudou radicalmente seu comportamento, desenvolveu noções de liderança, lutou para se destacar em seu ramo de atuação e, de repente, ninguém mais o discriminava. Não é interessante?

Alias o mundo corporativo está repleto de gays em posições de liderança. E todos ficam pianinho diante de alguém demonstrando competência, sendo heterossexual ou homossexual. Por que isso acontece?

Por que existem homossexuais que não dão ouvidos às baboseiras do movimento LGBT. Serão muito mais felizes, pois a sociedade já possui leis para protegê-los de crimes, da mesma forma que os heterossexuais são protegidos. O resto é vitimismo artificial histérico criado pelo movimento LGBT, querendo causar sentimentos de auto-rejeição neles.


Enfim, nada é mais danoso para os gays do que o movimento LGBT. Assim como nada tem sido mais danoso para as mulheres que o movimento feminista. As verdadeiras conquistas pela liberdade dependem do iluminismo, não de bizarrices como movimento LGBT e feminismo, que são amparados em simulações artificiais de guerras de classes.

Mas a coisa é ainda pior: como a canalhice de falsificar a realidade não encontra limites, eles tentam culpar os evangélicos e conservadores em geral por causa de crimes envolvendo homofóbicos, tudo por que inventaram uma propaganda sórdida dizendo que “qualquer pessoa opinando em favor da normatividade da família tradicional é um homofóbico”.

 Esse é com certeza um dos truques mais sujos já criados por mentes deformadas que arquitetaram o movimento LGBT.

Como vemos aqui, Alex Antunes leu um outro texto (mas não o que eu escrevi) e argumentou com base em seus truques já desmascarados  – em especial o truque da falsa homofobia, que não deve enganar ninguém que leu o texto Como neutralizar os truques do PT na questão da falsa homofobia.
Se Alex Antunes sofre discriminação em sua vida deve ser por outro motivo que não o comportamento homossexual, que nem sei se ele manifesta ou não (e isso é irrelevante aqui).


Mas dificilmente quem escreve um texto como o dele consegue encarar outras pessoas de frente, e com dignidade, principalmente mostrando honra. É por isso que ele consegue ter a cara de pau de acusar religiosos de culpas que eles não tem.

É o oposto: o movimento LGBT tem sido o maior causador de tensões desnecessárias entre heterossexuais e homossexuais. Como agravante, lutam para fazê-los se sentir inferiores, ao invés de estimulá-los a superar a dificuldade de serem uma minoria comportamental. Como promotor do discurso LGBT, ele devia se olhar no espelho para buscar as causas da verdadeira homofobia.

Mas ele jamais terá a coragem de encarar a questão dessa forma. Sabem por que? Por um motivo: quem nasceu para ser um Alex Antunes jamais será um Jack Donovan.

Mais política petista do nível do prostíbulo: Lula diz que economistas de Marina deveriam ser “proibidos de falar”

Blog Ceticismo Político


Será que Lula anda enchendo a cara antes de ir discursar? É o que parece. A forma que suas baixarias públicas tem tomado lembram a daqueles bêbados querendo arrumar briga. O negócio é tratar essa figura na  base do escracho e da ridicularização. E com muito cuidado, pois que ele começou a agir como se não tivesse nada a perder. No momento em que os assessores de Marina (e a própria) começarem a perceber que não há problema nenhum se o desconstruirem, essa campanha pode se tornar bem mais interessante.

Como sempre, quando os fatos mostram o saqueamento da Petrobrás, o governo Luladilma arruma um bando de militantes para protestarem “em favor da companhia”, em mais um show de hipocrisia. Foi isto que ocorreu em um ato “em favor do pré-sal e da Petrobrás”, organizado por coletivos não-eleitos nesta segunda feira, 15/09, na Cinelândia, no Rio de Janeiro. Quer dizer, na ótica deformada dessa gente, roubar a Petrobrás é legítimo, mas denunciar o roubo é “ficar contra a companhia”. Dá para discutir com essa escória?
Leia o que ele diz:
Se tem uma coisa que você não pode terceirizar é o cargo de presidente da república. Este é um cargo que você não pode terceirizar. Ou você assume ou não assume. Esse negócio de pedir para cada um falar um pedacinho das coisas que estão acontecendo neste país não dá certo. Afinal, este país não é uma colcha de retalhos que pode ser subdividida. Eu, se fosse a candidata que faz oposição a Dilma, proibiria seus economistas de falar, porque cada um fala mais bobagem que o outro. E o que pode acontecer é que o programa de governo pode ser feito a 500 mãos, menos as dela [de Marina].
Não pode terceirizar cargo de presidente da república, certo Lula? Se é assim por que você reconheceu em público que sua sucessora era um “poste”? Aliás, por que você fala mais que a Dilma nos discursos?

Como sempre, Lula vive acusando os oponentes daquilo que ele próprio faz.
Ele ainda quer proibir os economistas de Marina de “falarem”, em um ato falho demonstrando a sanha censória desse infeliz. Para quem só pensa em censurar opositores dia e noite, ao menos ele foi honesto. Honesto até demais, não? Ele não estava bem…

Lula além de tudo tem visão raio-X, pois consegue entrar na sala de todo mundo que escreveu o plano da Marina para saber quem participou ou não. É o que eu digo: com essa figura, temos que avaliar bloco por bloco, pois o show de sandices não tem fim. É uma vergonha que isso aí tenha sido presidente do Brasil por dois mandatos.

Alias, quais “bobagens” são faladas pelos economistas de Marina? Ele não consegue citar, pois não conhece nada de economia. Não estudou. Não sabe nada. Alias, vindo de um partido que coloca Guido Mantega para nos fazer apanhar de goleada dos outros BRICS, isso é no mínimo ridículo. Ele parece até o Felipão depois do 7×1 querendo dar dicas táticas. Se enxergue, Lula….
Alguns devem pensar: Mas por que o Lula foi escolher exatamente a Dilma e não alguém ligado a ele historicamente? Porque eu não via a Presidência da República como um clube de amigos, eu via como uma coisa muito séria. Para governar esse país, é preciso que a gente tenha pulso.
É, Dilma realmente tem pulso forte! Para levar o país na direção do abismo, claro. Mal assessorada, incompetente e teimosa é uma combinação pro desastre. Mas não podemos confiar em nada do que ele diz. Melhor ficarmos com a hipótese do “poste”.

Quanto à Marina, agora o tom de Lula é dizer que “ela não ama o país”:
Fico pensando: quem é que não quer levar adiante esse projeto da Petrobras? Certamente não é nenhum trabalhador brasileiro, certamente não é nenhum petroleiro, certamente não é nenhum brasileiro que ama esse país.
Isso mesmo, Lula. Marina é a traidora da pátria, não é? Mas qual governo está enviando verba brasileira para diversos outros tiranetes da América Latina? De quem vem essa traição contra o povo?
Prestem muita atenção nos discursos recentes de Lula. Ele já está na fase de demonstrar comportamento antissocial. Mas é naquele estilo “doidão”. Parece que o stress da campanha não está fazendo bem aos bolivarianos do PT. Ou deve ser o sol na cabeça. Ou então algo para aliviar o calor, não é?