segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Opinião: Quem vota em corrupto, não pode reclamar da corrupção

BLOG DO SOMBRA


É impressionante o quanto o eleitor caminha para atirar no próprio pé. Se não fosse o STF, o ex-governador José Roberto Arruda (DEM) estaria candidato e se elegeria governador do Distrito Federal nestas eleições. Apesar de ter sido preso e cassado, o eleitor do DF ia reconduzi-lo ao posto do qual saiu por ter roubado os cofres públicos. Quem vota em corrupto, não tem o direito de reclamar da corrupção...

Eu, Roberto Kuppê, me orgulho de ter dado start (acendi o pavio) do processo que levou à Operação Caixa de Pandora em 2007, que culminou com a prisão de dezenas de políticos corruptos de Brasília (DF). Vejam o que disse a revista Época e o site Congresso em Foco, na ocasião: “Como jornalista, Roberto Kuppê não é um dos nomes mais conhecidos do cenário da mídia em Brasília. Durante anos, ele foi assessor de políticos de Rondônia na capital. Hoje, mantém um blog. Mas, na verdade, Roberto Kuppê é mais conhecido por ter ganho quase R$ 19 milhões na Mega-Sena há dois anos. 
 
Hoje, ele administra a sua fortuna como empresário e toca seu blog. Kuppê, porém, está no centro das denúncias que agora atingem o procurador-geral da República do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Bandarra. Foi por conta de uma nota que o milionário da Mega-Sena publicou que a promotora de Justiça do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) Deborah Guerner se aproximou do ex-secretário de Assuntos Institucionais do GDF Durval Barbosa. E levou com ela, conforme Durval acusa, o procurador Bandarra. A nota publicada por Roberto Kuppê era intitulada “MP contaminado”.  Kuppê dizia que Leonardo Bandarra, Deborah Guerner e seu marido, Jorge Guerner, estariam envolvidos com irregularidades em contratos para prestação de serviços de coleta de lixo no Distrito Federal” (Congresso em Foco)
 
“As suspeitas contra Bandarra e Deborah foram levantadas por Durval Barbosa num depoimento à Polícia Federal. Ele disse aos investigadores ter recebido, em 2007, a visita de Cláudia Marques, uma assessora do governador Arruda. No encontro, segundo Barbosa, Cláudia, falando em nome de Bandarra e de Deborah, teria pedido a ele ajuda para conseguir retirar de circulação da internet acusações contra os dois. Naquele ano, Roberto Kuppê, um jornalista de Brasília que atua como dublê de empresário, publicara em seu blog que Deborah e Bandarra teriam favorecido empresas de coleta de lixo em contratos emergenciais com o governo do Distrito Federal. A Polícia Federal investiga se houve pagamento de propina de R$ 300 mil por mês para a renovação semestral desses contratos, que dependia de aval do Ministério Público”.  (Revista Época).
 
Portanto, senhores eleitores, prestem bem atenção em quem vão votar em 5 de outubro para governador. Já temos exemplos de que uma vez corrupto, sempre corrupto.

Fonte: Por ROBERTO KUPPÊ, blog +RO - 21/09/2014 - - 07:19:45

Dilma diz que mudança na economia brasileira depende dos EUA


Nathalia Passarinho Do G1
 A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, afirmou, em entrevista gravada no domingo e transmitida nesta segunda-feira (22) pelo “Bom dia Brasil”, que a política econômica atual está na “defensiva” por causa da crise financeira internacional e que qualquer mudança dependerá de uma melhora na economia dos Estados Unidos.
 
(Veja a íntegra da entrevista e leia a transcrição da entrevista em Bom Dia Brasil entrevista Dilma Rousseff.)
“A gente tem de ver como que evolui a crise [...] Os Estados Unidos evoluindo bem, eu acho que o Brasil pode entrar numa outra fase, que precise de menos estímulos. Pode ficar entregue à dinâmica natural da economia e pode, perfeitamente, passar por uma retomada”, afirmou aos jornalistas Miriam Leitão, Chico Pinheiro e Ana Paula Araújo.

Segundo a presidente, apenas com a recuperação econômica de outros países será possível adotar, no Brasil, uma política econômica “ofensiva”. “Estamos numa situação em que o Brasil está na defensiva em relação à crise internacional. Protegendo emprego, salário e investimento. Essas três variáveis. Por quê? Porque vamos apostar numa retomada. Na retomada você muda a política econômica de defensiva para ofensiva.”

 Dilma foi, então, questionada sobre o fato de o Brasil estar crescendo menos que outros países da América Latina, como o Chile e a Colômbia. A presidente respondeu dizendo que alguns países vizinhos estão “em situação difícil”. “O nosso maior importador aqui na região, que é a Argentina, está numa situação bem problemática. 80% dos nossos manufaturados vão para lá”, afirmou.
 
A presidente destacou ainda que há uma “crise gravíssima” de desemprego no mundo, afetando, sobretudo, os jovens. A jornalista Miriam Leitão lembrou que a taxa de desemprego de jovens no Brasil está em 13,7%. Dilma disse que a taxa média de desemprego no Brasil alcançou, em seu governo, 4,9%. “Nós temos na PNE a menor taxa de desemprego de toda série histórica, de 4,9%.  Ninguém tem, no mundo, taxa de 4,9%”, disse.
Banco Central
Na entrevista, Dilma criticou a proposta da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, de dar independência ao Banco Central. Segundo ela, isso significaria criar um “quarto poder” no Brasil. Propaganda eleitoral da coligação de Dilma, veiculada em cadeia nacional de televisão, critica fortemente o trecho do programa de governo de Marina que pretende garantir autonomia, por lei, ao BC. No vídeo, o locutor diz que a candidata quer, com isso, dar “poder aos banqueiros” , inclusive para decidir sobre o “emprego e salários” da população.

Perguntada pelos entrevistadores se esse tipo de peça publicitária não teria o intuito de “gerar medo” nos eleitores em vez de debater propostas, Dilma disse estar apenas “alertando” a população para os efeitos das propostas da adversária.

“Tudo o que eu falo está no programa da candidata. A candidata diz: vou tornar o Banco Central independente. Ora, Banco Central independente nos termos do Brasil é colocar um quarto poder na Praça dos Três Poderes. Aí vai chamar Praça dos Quatro Poderes. Está escrito isso. Mas não é só isso. Ela diz que vai reduzir o papel dos bancos públicos”, afirmou a presidente.

Na entrevista, a jornalista Miriam Leitão lembrou a Dilma que países como Chile e Reino Unido colocaram em prática a proposta de um Banco Central independente e os resultados foram positivos. A presidente, então, disse que o BC no Brasil tem o papel de perseguir “única e exclusivamente controle de inflação”.

Miriam Leitão destacou que esse controle não tem sido eficiente, já que a inflação hoje está perto de ultrapassar o teto da meta. “O seu Banco Central não tem conseguido [controlar a inflação]”, disse. “Nem eles [Estados Unidos]”, respondeu Dilma.

A jornalista questionou a afirmação da presidente apresentando dados. “Eles estão com inflação de menos de 2%”, disse. A presidente respondeu dizendo que a “deflação” é também “preocupante”. Miriam Leitão ressaltou que não se trata de “deflação”, já que não os Estados Unidos não estão vivenciando inflação negativa, mas sim inflação em torno de 2%.

Dilma ponderou que todos os países têm dificuldade em alcançar o centro das metas de controle de preços. “Hoje, no mundo, ninguém está conseguindo cumprir todas as metas no ponto. Oscila. Lá também oscila”, afirmou.

Petrobras
A presidente também falou, na entrevista, sobe as denúncias de um esquema de propina em contratos de empresas com a Petrobras. Dilma disse que irregularidades estão sendo descobertas porque o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu “mecanismos de autonomia” à Polícia Federal.

Segundo ela, antes do governo Lula “a Polícia Federal não saia investigando o que lhe passasse pela cabeça”. “Fomos nós que descobrimos [o esquema na Petrobras]. Foi a Polícia Federal, ligada ao ministério da Justiça. A Polícia Federal integra o meu governo. É um órgão do governo”, disse.

A presidente também foi questionada sobre a indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras, o que ocorreu no governo do ex-presidente Lula. O ex-diretor da estatal está preso em Curitiba (PR) por suspeita de participar do esquema e aceitou fazer a chamada delação premiada em troca de redução da pena.
Dilma afirmou que Costa foi indicado para a diretoria porque reunia os requisitos para o cargo. “O senhor Paulo Roberto tinha credenciais para ser escolhido diretor. A descoberta que ele fez isso é uma surpresa, porque eu, como quase todos os brasileiros, acredito que os funcionários da Petrobras, de carreira, são pessoas testadas, investigadas.”

Educação
A presidente também foi questionada pelos jornalistas sobre o fato de o Brasil não ter cumprido as metas educacionais fixadas pelo Ministério da Educação para o final do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e  ensino médio, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Dilma ressaltou melhorias nos primeiros anos do ensino fundamental, mas reconheceu que o resultado para os anos posteriores de ensino ficou aquém do esperado.

“No Ideb melhorou bastante os anos iniciais, do primeiro ao quinto. Cumprimos direitinho a meta e nos superamos. Os anos finais do ensino fundamental e ensino médio não estão bons. Não conseguimos entrar na meta. Nos dois últimos anos do fundamental nos aproximamos. No ensino médio, não nos aproximamos”, disse. Para reverter a situação, ela propôs uma reforma no ensino médio, com alteração das matérias hoje ministradas aos alunos.

Nota do Bom Dia Brasil
Após a gravação da entrevista, o Bom Dia Brasil esclareceu dúvidas sobre números levantados pela candidata Dilma Rousseff. Como afirmou Miriam Leitão, a taxa de crescimento projetada para a Alemanha neste ano, segundo a OCDE, é de 1,5% por cento. A presidente Dilma se referiu ao crescimento naquele país no segundo trimestre deste ano, comparado ao segundo trimestre do ano passado, que é de 0,8%. É  um outro conceito, mas o dado também está correto.

Sobre o desemprego entre jovens de 18 a 24 anos, a taxa é mesmo de 13,7%, segundo a Pnad, tal como afirmou Miriam. Ou seja, 13,7% dos jovens nessa faixa etária que procuraram emprego não encontraram. A taxa, como afirmou Miriam, não registra aqueles que estudam e não procuraram trabalho.

Os caminhos do voto


Merval Pereira 20.9.2014 8h32m
 
 
Por caminhos distintos, Ibope e Datafolha chegaram aos mesmos números na corrida presidencial. Acontece que a esta altura da campanha, importa muito a tendência dos votos. No Ibope, a presidente Dilma Rousseff chegou a 36% caindo três pontos, enquanto Marina chegava a 30% caindo um. Pelo Datafolha, Dilma chegou a 37% subindo um ponto percentual, e é Marina quem cai 3 pontos para chegar aos mesmos 30% encontrados pelo Ibope dias antes. Só as próximas pesquisas esclarecerão qual pé a tendência correta.

O candidato do PSDB Aécio Neves cresceu nas duas pesquisas, e embora tenha no Ibope uma melhor atuação, pois cresceu 4 pontos, é no Datafolha que encontra o melhor cenário para sua candidatura, pois cresce em cima de Marina, que perde pontos.

Se pegarmos os números da pesquisa do Datafolha de um mês atrás, pouco antes do início da propaganda oficial no rádio e televisão, a presidente tinha 36%, Marina tinha 21% e Aécio tinha 20%. Isso significa que a presidente Dilma, com cinco vezes mais tempo de propaganda eleitoral do que Marina Silva, não ganhou votos em um mês de alta exposição, enquanto a candidata do PSB foi a única que subiu nesse período.

O candidato tucano está na faixa dos 20%, dentro da margem de erro. O resultado de dias atrás do Ibope possibilitava a interpretação de que a campanha agressiva do PT contra Marina não dera resultado, pois naquele levantamento fora a presidente Dilma quem caíra. Mas vem o Datafolha e mostra que não apenas Dilma subiu um ponto, como Marina caiu três.

Na análise das últimas pesquisas, de um mês para cá, nota-se, porém, que a propaganda petista pode sim ter afetado o crescimento de Marina Silva, ao mesmo tempo em que o candidato do PSDB, com uma estratégia menos agressiva, mas bastante crítica, conseguiu retomar eleitores que haviam migrado para Marina Silva. Há uma migração grande de votos entre Dilma e Marina, e entre Marina e Aécio, mas a pesquisa Datafolha mostra que os votos acrescidos à candidatura tucana nesta rodada saíram principalmente de quem estava com Marina.

Um dado importante é constatar que a propaganda oficial, que mostra um país tão bom que já virou até propaganda viral na internet com a música sarcástica “Quero morar na propaganda do PT”, não conseguiu reduzir a taxa de rejeição da candidata Dilma Rousseff, que se mantém na faixa entre 33% e 35%.

Seus dois opositores estão na faixa dos 20%, sendo que Marina teve dobrada a sua rejeição desde que se apresentou: era a menos rejeitada com 11% em agosto e hoje tem 22%. Os petistas comemoram essa mudança de patamar como se fosse um efeito colateral precioso da campanha de desconstrução de Marina, e de fato a candidata do PSB já entrou na campanha como uma das mais conhecidas candidatas, graças ao recall da eleição de 2010, e por isso não pode alegar que aumentou sua taxa de rejeição por estar mais conhecida do eleitorado.

Pode ter, isso sim, aumentado o foco sobre sua candidatura com a possibilidade de vitória, mas de qualquer maneira é uma notícia negativa para sua campanha. Quem tem a comemorar é o candidato do PSDB Aécio Neves, que passou a ser o menos rejeitado, com 21%, e o único a subir nas duas pesquisas mais recentes. A próxima semana é decisiva para as aspirações da candidatura tucana, que ainda se apresenta como alternativa contra o PT, insistindo em que Marina representaria uma mudança de forma, não de conteúdo, em relação ao governo petista que está no poder por 12 anos.

Incoerência
A presidente Dilma diz com orgulho que são órgãos do seu governo que estão investigando os escândalos de corrupção na Petrobras: Polícia Federal, Ministério Público. Mas, contraditoriamente, pede, através do Ministro da Justiça, acesso aos depoimentos de Paulo Cesar Costa ao juiz Sérgio Moro.

O Procurador-geral da República negou o acesso, alegando que o processo corre sob segredo de justiça. Isso tudo acontece por que, diferentemente do que pensa a Presidente, o Ministério Público e a Polícia Federal são órgãos do Estado brasileiro, não do governo deste ou daquele partido.

Uma eleição diferente Merval Pereira

Ao contrário da eleição anterior, em que sua votação era fundamental para determinar se haveria um segundo turno em que ela não concorreria, a hoje candidata do PSB Marina Silva está com um pé no segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff, mas vê nos últimos 15 dias de campanha o candidato do PSDB Aécio Neves aproximar-se.

Na eleição de 2010 a votação de quase 20% de Marina foi fundamental para que o tucano José Serra fosse para o segundo turno. Hoje, quem está com cerca de 20% é o candidato tucano, mas não há dúvidas de que haverá segundo turno, por que a presidente Dilma está com uma votação abaixo da média do PT nas eleições anteriores.

Diferentemente de outras eleições, hoje existem dois candidatos de oposição disputando uma vaga do segundo turno, que, juntos, são majoritários. Em 2002 e 2006, a maioria dos adversários de Lula no primeiro turno aderiu à sua candidatura: em 2002, Garotinho, do PSB, teve 17,8% dos votos e Ciro do PPS 11,9%; em 2006, foi a vez de Cristovam Buarque do PDT (2,6%) e Heloisa Helena do PSOL (6,8%).
Em 2010, Marina, pelo Partido Verde, se absteve de apoiar alguém no segundo turno, mas hoje ela dependerá do apoio do PSDB para vencer a eleição, se for para o segundo turno contra a presidente Dilma. Não que os eleitores tucanos não estejam propensos, em sua maioria, a votar nela para derrotar o PT, mas ela precisará mais que os votos.
Vai ter que negociar um apoio programático para dar segurança ao eleitorado de que terá condições de governar o país nos próximos quatro anos. Um acordo em grande estilo com partidos que hoje estão na oposição poderá representar para Marina num provável segundo turno o que a Carta aos Brasileiros representou para Lula em 2002.
Antes, porém, precisa chegar na frente de Aécio Neves, e não é à toa que os dois dizem a mesma coisa a esta altura da campanha: não há mais tempo para ser sutil, é preciso ser explícito para que o eleitor entenda logo a mensagem. Por isso, a campanha de Marina decidiu, a partir deste fim de semana, denunciar o que chama de mentiras da campanha de Dilma Rousseff.
E o candidato do PSDB Aécio Neves está partindo para convencer o eleitor de que votar em Marina é a mesma coisa que votar no PT. Ao mesmo tempo, ele está se dedicando a Minas, jogando em cima do eleitor mineiro a responsabilidade de levá-lo à presidência do Brasil. Ele acredita que se crescer em Minas, ultrapassando a presidente Dilma na corrida para a presidência, ele aumentará as chances de eleger Pimenta da Veiga governador, e de ir para o segundo turno.

Em tese, ele tem também espaço para crescer em São Paulo, onde Marina abriu uma liderança implausível e Dilma Rousseff mantém-se bem votada, apesar de o PT estar mal no Estado. Na pesquisa recente do Datafolha, a diferença de 20 pontos para Marina no levantamento anterior reduziu-se para 13; no Ibope, essa distância era de 16 pontos e caiu para 11.

O comando da campanha de Aécio Neves tem o objetivo de chegar a 25% das intenções de votos na última semana da campanha, um crescimento de seis a oito pontos nas próximas pesquisas, o que significaria que Marina Silva sairia da casa dos 30% para ficar em empate técnico com o candidato do PSDB.

Se isso acontecer, segundo o diretor do Datafolha Mauro Paulino, Aécio teria crescido além de seu limite máximo, que é de 21% hoje, e Marina teria caído abaixo de seu piso, que se encontra em 27% dos votos segundo aquele instituto. Assessores de Aécio argumentam que esses limites são móveis, e mudam de acordo com a votação dos candidatos. Portanto, a evolução da campanha é que os dita, à medida que os fatos acontecem.

Uma análise da votação por regiões do Datafolha mais recente mostra mudanças significativas a esta altura da campanha. Na região que tem o maior número de eleitores, o Sudeste, Dilma conserva os mesmos 28% de pesquisas anteriores. Já Marina teve uma queda de quatro pontos, caindo de 37% para 33%. Parte dessa queda foi para Aécio, que subiu de 18% para 20%.

No Sul, enquanto Dilma se mantém estacionada em 35%, Aécio subiu 6 pontos, indo de 16% para 22%, aumentando mais do que a queda de Marina, que foi de 5 pontos, de 30% para 25%. No Nordeste, a candidata do PT garante uma grande votação, na casa dos 50%, e Marina continua em segundo lugar com 32%. O candidato Aécio Neves cresceu um pouco, de 5% para 8%.

A Região Norte, com o menor eleitorado, é onde existem as maiores mudanças nos últimos 15 dias: Dilma subiu de 38% para 49%; Marina caiu de 32% para 28%, e Aécio também caiu de 14% para 9%. O norte e o nordeste continuam sendo os grandes bastiões da candidatura Dilma, e é onde o candidato tucano tem sua pior performance. E Marina continua à frente de Aécio em todas as regiões, mesmo onde está em queda.

IMPERDÍVEL! HAGOUT DE LOBÃO E DANILO GENTILI DENUNCIA QUE A PERMANÊNCIA DO PT NO PODER LEVARÁ O BRASIL À MESMA SITUAÇÃO DA VENEZUELA. A CENSURA JÁ ESTÁ EM VIGOR.





Aqui a gravação do hangout (bate-papo via Youtube) de Lobão com o Danilo Gentili. Vale a pena ver. De forma descontraída e inteligente, Lobão e Danilo fazem uma análise nua e crua sobre o momento político brasileiro, principalmente quando se vive os últimos dias da campanha eleitoral que antecede a eleição de 5 de outubro próximo.

Vale destacar o momento em que Danilo Gentili revela como age a Justiça Eleitoral brandindo uma lei que na verdade subjuga e ameaça os veículos de comunicação. Na prática já está em vigor o tal "controle social da mídia", ou seja a regulação estatal de emissoras de rádio, televisão e jornal. 


Danilo explica que as entrevistas com candidatos presidenciais estão sujeitas às regras rígidas da lei eleitoral com a ameaça, inclusive, de fechamento da emissora.

Em suma: essa campanha eleitoral é uma pantomima, uma picaretagem sob o comando dos psicopatas do PT e seus satélites.

Por tudo isso vale muito a pena ver este vídeo que contém informações que não são veiculadas pela grande mídia por pressão governamental ou então pela ação deliberada dos próprios jornalistas. Aliás, esse fato tenho denunciado seguidamente aqui no blog. E um exemplo disso é o fato de que um jornal do tamanho da Folha de S. Paulo, um dos mais importantes jornais brasileiros, contratou recentemente o chefe dos invasores de propriedades privadas em São Paulo como seu colunista semanal.

Todos os assuntos aventados por Lobão e Danilo Gentili são completamente pertinentes. Vale a pena ver o vídeo e refletir, antes que o Brasil se transforme totalmente num apêndice de Cuba, como ocorreu com a Venezuela, a Bolívia, o Equador e agora a Argentina.
BLOG do ALUIZIO AMORIM

Sponholz: O cinismo do PT!





Militante do PT morre ao proteger um cavalete. E a BLOSTA culpa os adversários. É mole?

Hiago
Preste atenção no trecho abaixo da matéria Blog do Tarso: Discurso de ódio ao PT mata militante do partido em Curitiba, publicado pelo blog Viomundo, reproduzindo conteúdo de um outro blog militante:
O discurso do ódio ao Partido dos Trabalhadores, e contra a política, da oposição, da velha mídia e dos setores mais atrasados da sociedade fez uma vítima fatal ontem (19) em Curitiba.

Um militante da campanha de Gleisi Hoffmann (PT) ao governo do estado do Paraná, que também fazia campanha para a presidenta Dilma Housseff (PT), chamado Hiago Augusto Jatoba de Camargo, de 21 anos, foi assassinado com uma facada na Praça da Ucrânia, em Curitiba, onde há uma Feira Noturna frequentada pela classe-média e alta da cidade, no Bigorrilho (Champagnat).

O jovem que sofreu o homicídio era responsável por cavaletes das candidatas e um homem, possivelmente com um grupo, iniciou discussão com o menino e deferiu um golpe de faca contra ele.

O assassino tem barba ruiva e vestia camiseta de time de futebol, e já vinha causando problemas na região.

O Blog do Tarso já havia denunciado a campanha criminosa contra os cavaletes de políticos (clique aqui), o que é crime.

Além disso os candidatos Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB, ex-PT, ex-PV, futura Rede Sustentabilidade), Beto Richa (PSDB), Alvaro Dias (PSDB), a revista Veja e demais órgãos da velha mídia, já faziam uma campanha de ódio contra o Partido dos Trabalhadores. Espero que com esse crime seja paralisada essa campanha do ódio.
Notaram como eles desconstruíram desonestamente todo o evento? Falamos de cinismo levado ao estado da arte.

Para início de conversa, a campanha contra os cavaletes jamais fez referência a partido algum. É contra cavaletes de todos os partidos: ponto final. A alegação de que isso tem a ver com algum partido em específico é irrelevante, pois segundo o Paraná Online, a briga pode até ter sido entre duas pessoas disputando lugar para colocar seus cavaletes.

Diante disso, não há evidência de que o crime surgiu por causa de “discurso contra o PT”. E mesmo que surgisse, não há evidência de que seja o discurso de gente como “os candidatos Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB, ex-PT, ex-PV, futura Rede Sustentabilidade), Beto Richa (PSDB), Alvaro Dias (PSDB), a revista Veja e demais órgãos da velha mídia”, apontados como responsáveis por campanha de ódio.

Observe o nível da mendacidade: o PT orgulha-se de estar fazendo uma campanha de desconstrução de seus adversários (hoje sobre Marina, mas se Áecio aumentar sua pontuação, será contra ele) e ao mesmo tempo acusa seus adversários de “campanha de ódio”. No léxico deles, “campanha de ódio” é qualquer crítica civilizada feita por seus adversários.

É evidente que eles já perderam todo e qualquer traço de desconfiômetro. Surpreendentemente, os adversários continuam sem reagir diante dessa saraivada absurda de ataques lançados pelos petralhas.

A continuar por essa toada onde só um lado (o PT) ataca, Dilma rapidamente pode alcançar os 40% nas pesquisas já nas pesquisas desta semana.


Os mistérios da mídia



“Embora a mídia de massa não opere em segredo, sua estrutura e suas operações internas continuam um mistério para a maioria do público. E a sua influência não pode ser subestimada” (Jim Marrs, O Governo Secreto, editora Madras, 2005, página 113)
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja

Durante o ano de 1998, na administração Clinton, nos EUA, ninguém poderia imaginar que tecnologia nuclear estivesse sendo repassada à China por ordem do presidente, e também o fato de Clinton assinar ordens executivas questionáveis, como a extensão da zona internacional ao longo da fronteira sul dos EUA, por mais 240 quilômetros. A mídia de massa desviou a atenção desses fatos para os escândalos sexuais de Clinton com Mônica Levinsky.

Muitas pessoas reclamam que os principais veículos da mídia são superficiais, conformistas e subjetivos na seleção das notícias. Uma recente pesquisa (1) demonstrou que 60% dos entrevistados acreditam que as notícias apresentadas pela mídia são injustas e inexatas, e uma outra, conduzida pela publicação industrial Editor & Publisher, revelou que os próprios jornalistas não discordam disso e que a cobertura da mídia é superficial e inadequada.

Segundo os críticos, o propósito da mídia de massa não é o de mostrar as coisas como elas são, mas mostrá-las como os donos da mídia querem que elas sejam. Parenti escreveu que o principal papel da imprensa é “recriar continuamente uma visão da realidade que apóie o poder da classe econômica e social existente” (1). Essa perspectiva distorcida pode ser vista nos termos usados nas histórias referentes às “disputas trabalhistas” – nunca se usa o termo “disputas de administração’”. Parenti chamou a atenção para o fato de que a administração sempre faz “ofertas”, enquanto os trabalhadores fazem “exigências”.

O poder da mídia é impressionante. Um estudo realizado em 1994 pela Veronis, Shuler e Associates revelou que o típico americano passa mais de 4 horas por dia assistindo televisão, 3 horas ouvindo rádio, 48 minutos ouvindo música gravada, 28 minutos lendo jornais, 17 minutos lendo livros e 14 minutos lendo revistas.
A consolidação do poder da mídia corporativa que cria esses produtos de consumo de tempo acelerou-se tremendamente na década de 1990. Em 1982, 50 corporações controlavam a maior parte da mídia de massa nos EUA. Em janeiro de 1990, esse número havia diminuído para apenas 23 e no final de 1997, as corporações eram apenas 10.

Os principais bancos possuem uma significativa quantidade de ações no número sempre decrescente das corporações de mídia, que por sua vez são controladas pelos membros das sociedades secretas. Por meio de uma elite de formação de políticas (2), como o Conselho de Relações Exteriores (CFR) e a Távola Redonda dos Negócios (3), eles conduzem o navio do Estado em uma direção que consideram ser financeiramente vantajosa. GE, CapCities, CBS, New York Times e Washington Post, todos têm membros que participam do CFR. Pouca coisa mudou nos dias de hoje. Uma espiada superficial na edição de 1998 de Standart and Poor’s Corporation Records, revelou que vários membros do CFR e da Comissão Trilateral fazem parte da diretoria das maiores corporações da mídia (4).

A propriedade corporativa aliada aos membros das sociedades secretas, muitos dos quais estão empregados na mídia, pode explicar porque as reuniões dos Bilderberg (5), da Comissão Trilateral (6) e do CFR (7) não são anunciadas pela “vigilante” mídia americana. De fato, as listas dos membros dessas sociedades são um “quem é quem” da mídia de massa.

Existem as organizações de “vigilantes da mídia”, como a Accuracy in Media (AIM) (8) e muitas pessoas supõem que esses grupos trabalham pelos interesses do público. Michael Collins Piper não concorda com essa suposição. Em 1990, ele revelou que o fundador da AIM, Reed Irvine (9), recebia 37 mil dólares por ano como “conselheiro para a divisão de finanças internacionais” do Sistema do Banco Central. Observando que muitos membros do FED também pertencem a sociedades secretas, Piper escreveu: “Até hoje, Irvine e a AIM nunca abordaram nenhum assunto que seja sensível aos interesses do stablishment internacional: seja o grupo Bilderberg, a Comissão Trilateral, o Conselho de Relações Exteriores ou a verdade a respeito do controle privado do Banco Central”.

Existem também pontos sensíveis no que diz respeito ao fluxo de informações, como a chefia internacional do escritório central da Associated Press em New York, em que uma pessoa decide quais as notícias de fora dos EUA que serão divulgadas. É importante entender que o controle real da mídia de massa não é um controle direto exercido sobre centenas de esforçados diretores, repórteres e editores por todo o país, mas sobre a distribuição das informações, sendo importante assinalar que existe uma tremenda pressão criada pela necessidade da segurança no emprego e o receio da perda de fontes, pois muitos colunistas nacionais contam com fontes internas para apresentar informações importantes. Uma boa parte dessas informações vem de fontes do governo, que secariam se a história errada fosse publicada. Mesmo os repórteres nacionais mais audazes precisam se conter, se desejam manter seus informantes internos.

O sempre concentrado controle da mídia, exercido pelas corporações, significa que a objetividade nas notícias há muito entendida como um serviço público, é atirada pela janela em favor de lucros baseados em classificações. O veterano jornalista Walter Cronkite afirmou que a situação atual do jornalismo de televisão é “desastrosa e perigosa” e depreciou os “lucros insensatos para satisfazer os acionistas. Ao exigirem um lucro semelhante à área de entretenimento, eles estão nos levando para o abismo”.

A mídia vigilante da América, como ela gosta de se definir, parece mais um cachorrinho de estimação dos donos de corporações. Isso pode explicar porque seis das dez “histórias mais censuradas” (10) de 1985, como determinado pelo serviço de notícias Alternet, envolviam relatos a respeito de negócios como a monopolização das telecomunicações, a situação cada vez pior do trabalho infantil, o aumento dos gastos do governo com armas nucleares, as fraudes da indústria médica, a batalha da indústria química para subverter as leis ambientais e as promessas quebradas do Acordo de Livre Comércio Norte-Americano (NAFTA). Tais histórias não alcançaram o grande público porque “qualquer pessoa que questione o mantra reinante da ortodoxia econômica, será severamente disciplinada pela imprensa e pelos interesses internacionais” (11).

É especialmente intrigante o fato de que nenhum dos principais segmentos da “mídia vigilante” da América tenha demonstrado interesse em determinar quem são os donos das corporações que controlam a mídia e a própria nação. Uma explicação para essa falta de zelo investigativo pode ser encontrada na história de um pesquisador da NBC-TV que, em 1990, entrou em contato com Tood Putnam (12), editor do National Boycott News. Esse pesquisador estava interessado no“maior boicote acontecido no momento” . Putnam respondeu: “O maior boicote do país é contra a General Eletric”. O membro da equipe da NBC imediatamente retrucou: “Não podemos anunciar esse... Bem, nós poderíamos anunciá-lo, mas não o faremos”. Em 1986, a NBC havia sido comprada pela General Eletric.

Observa-se, finalmente, que não há dúvida sobre a existência das sociedades secretas nos dias de hoje. A existência de grupos como a Comissão Trilateral, o Conselho de Relações Exteriores e os Bilderberg está bem documentada. A única questão diz respeito à extensão de seu controle e manipulação dos acontecimentos mundiais mais importantes. Da mesma forma, não há dúvidas de que os membros dessas sociedades exercem um controle excessivo sobre muitas das maiores corporações e bancos do mundo. Essas corporações, por sua vez, controlam minerais essenciais, energia, transporte, produtos farmacêuticos, agricultura, telecomunicações e entretenimento. Em outras palavras, os elementos básicos da vida moderna. Elas também fornecem membros para os círculos internos do governo e esses membros, com freqüência, implementam as políticas concebidas e desejadas por essas sociedades, que exercem uma considerável influência sobre as eleições e a política nacional e parecem estranhamente imunes a quaisquer investigações, seja do governo, seja da mídia de massa.

Reunindo todos esses fatos, eles sugerem que o objetivo geral dessas sociedades modernas é estabelecer um governo mundial com controle social centralizado e perda da soberania nacional, objetivo que parece cada vez mais próximo da realidade, principalmente através do crescente aumento do controle corporativo e financeiro sobre os governos e as economias.

A dominação do mundo tem sido o objetivo dos homens desde antes de Alexandre, o Grande. Por que, então, há tanto segredo envolvendo esse assunto nos dias de hoje? Uma coisa está absolutamente clara: é evidente que a globalização, ou o governo mundial, ou a Nova Ordem Mundial, não está apenas na imaginação dos autores que escrevem acerca das conspirações ou dos paranóicos, mas é o objetivo articulado de fraternidades, organizações e grupos secretos, todos eles trazendo as marcas da Maçonaria, Távolas Redondas e Illuminati. Para compreender o mundo ao nosso redor, devemos estudar todas as evidências, se desejamos evitar tanto a paranóia destrutiva quanto a fé ingênua e sem base.

Essas sociedades remontam diretamente às antigas organizações secretas, formando uma cadeia de conspiração por toda a História e parecem estar seguindo um plano formulado e articulado há muitos anos. Esse plano foi levado adiante pelos membros “iluminados” do Instituto Real para Assuntos Internacionais, do Conselho das Relações Exteriores, da Comissão Trilateral e de inúmeras fundações e consórcios de empresas. Sua irmandade incestuosa também faz amplo uso das agências secretas da Inteligência, tanto na Grã-Bretanha quanto nos EUA, para promover seus planos.

Tudo isso incita várias perguntas: Se o CFR, a Comissão Trilateral e os Bilderberg são constituídos apenas por pessoas inocentes e bem intencionadas, trabalhando por um mundo pacífico e próspero, como alegam, então por que todo esse segredo? Por que a existência de todas essas organizações de fachada, às vezes antíteses umas das outras? Por que elas desconfiam da atenção do público, uma vez que toda atividade justificável e honrada deve ser capaz de suportar a luz do dia?
O texto acima é um resumo das páginas 113 a 120 do livro de Jim Marrs, O Governo Secreto, editora Madras, 2005

O Homem maduro






Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Quando a esmola é demais, o santo desconfia.

Um homem atinge a idade madura quando se dá conta de que não é o dono da verdade. Talvez seja inquilino.

Passados os arroubos da juventude, providenciada a prole e cessada a ditadura da megera que um dia foi a princesa prometida, começa a fase de preparação do balanço final.

Feliz aquele que tem muito a se arrepender e nada a se envergonhar.

O egoísmo natural começa a ceder terreno à gratidão, à amizade desinteressada e à solidão.

Uns dos pensamentos mais recorrentes é: Se eu não fizer nada em que merda de país meus netos vão viver !

Se teve a felicidade de viver uma infância feliz, de ir a uma escola risonha e franca e de fazer os primeiros voos solo sem medo de encontrar uma bala perdida, o sentimento do dever é ainda mais forte.

As cidades dominadas pelo crime organizado, as escolas que ensinam mentiras gramcistas e a ditadura do politicamente correto precisam ser destruídas a qualquer custo.
Não se tem mais medo de morrer.

Afinal já não aguenta mais nem ouvir o casal que na mesa ao lado no restaurante  discute a relação.

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Lava jato corre risco de ser sabotada se mergulhar na relação perigosa entre bancos, doleiros e políticos







Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A Operação Lava Jato entra em sua fase mais delicada, e que tem tudo para sofrer uma oposição paralisante. Não é difícil mapear e pegar Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e os vários políticos beneficiados pelo esquema de corrupção que aparecem em várias listas que vazam pela internet. O complicado será responsabilizar os bancos que foram coniventes com a bilionária movimentação de dinheiro ilegal do esquema.

Uma das dez ações judiciais vai focar em dois ou três grandes bancos com altos indícios de colaboração com o doleiro Youssef. A principal intenção é descobrir como a organização criminosa era abastecida por tanto dinheiro em espécie. Além disso, o Ministério Público e a Polícia Federal desejam saber, detalhadamente, como os bancos driblaram seus departamentos de compliance, descuidando das operações sistematicamente feitas pela turma da Lava Jato.

Ninguém se surpreenda se a Lava Jato sofrer uma “sabotagem”, se realmente mergulhar fundo nas relações perigosas entre banqueiros e doleiros no Brasil. O Capimunismo brasileiro não suporta uma investigação deste tipo.

Compromisso Dilma


Investigar pode...



Dilma foi obrigada a rever seus conceitos errados sobre o papel do jornalismo e voltou atrás:

“Fizeram uma confusão danada com a minha declaração. Agora, o jornalismo investigativo pode até fornecer elementos. Vamos lembrar de um caso clássico: o Water Gate, que forneceu elementos. Agora, quem fez a prova foi a investigação oficial. Se ela não fizer a prova, você não consegue condenar ninguém. Assim é o processo. O que temos de obter cada vez mais é maior rapidez da investigação e que seja muito mais claramente tipificados os crimes. Vou dar um exemplo: o caixa dois não está no Código. O processo de combate à impunidade requer tipificar e rapidez nos julgamentos”

A Presidenta continuou em seu malabarismo para tentar ajeitar a bobagem que dissera:

“Estávamos discutindo impunidade. O que é grave no Brasil? Se você investigar e detectar corrupção, para você não deixar as coisas impunes, você tem de propor uma ação penal na qual as provas são apresentadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. E vai para julgamento e, lá, ainda tem direito ao contraditório. É essa discussão que estava aqui falando com vocês. A imprensa investiga, investiga para informar e até para fornecer prova, como é o caso do Water Gate. Não é nem prova, o correto é indício. Agora, o que no Brasil estou falando é de aperfeiçoamento institucional e legal, do qual precisamos. Tenho certeza de que a impunidade é elemento essencial da reprodução da corrupção. Na medida em que a pessoa se considera acima de qualquer suspeita, doa a quem doer, atinja quem atingir, a coisa fica complicada”.

E a genial candidate conclui o complicado raciocínio reformado, agora atacando o Judiciário:

“Portanto, o processo de investigar e acabar com a impunidade diz respeito à gente acelerar o processo de investigação e garantir que não se alegue que as provas foram comprometidas por A, B, C ou D. Que se garanta que prova seja consistente. Isso é uma coisa. A impunidade (o combate) se dá no âmbito dos processos judiciais. Quantos julgamentos conhecemos que estão em andamento?”


Dei after...


Cidades do mundo todo acompanham Nova York na Marcha Popular pelo Clima

Proteja nossa natureza, vote Marina!


Cidades de todo o mundo acompanharam neste domingo a convocação feita por Nova York, que acolherá na próxima terça-feira a Cúpula sobre o Clima nas Nações Unidas, para se manifestarem a favor do meio ambiente.

Rio de Janeiro, Paris, Sydney, Madri, Bogotá e Buenos Aires foram algumas das cidades onde ocorreram marchas e manifestações para reivindicar medidas contra o aquecimento global do planeta, a dois dias da reunião de 120 países na sede das Nações Unidas, em Nova York.

Sem dúvida, a maior concentração ocorreu na metrópole norte-americana, que contou com a participação de 310 mil pessoas.

A manifestação nova-iorquina teve a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que fez questão de participar dessa iniciativa popular organizada por mais de 2 mil grupos.

Além disso, famosos como Leonardo DiCaprio, o cantor Sting e o ator Mark Ruffalo e políticos como o ex-vice-presidente americano, Al Gore, o prefeito da cidade, Bill de Blasio, também caminharam entre a multidão

A Marcha Popular pelo Clima começou no cruzamento sudoeste do Central Park e terminou em uma avenida do oeste de Nova York, após quase quatro horas de percurso.

Na América Latina, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Bogotá também se juntaram à convocação de Nova York com diferentes atos.

No Rio, mais de 100 pessoas de todas as idades desafiaram à chuva na praia de Ipanema para exigir "zero desmatamento" e "100% energia limpa".

Os organizadores esperavam a presença de aproximadamente 30 mil pessoas na "Caminhada pelo Clima", mas a chuva e o vento acabaram prejudicando a manifestação.

Na capital argentina, centenas de pessoas vestidas com camisetas brancas e verdes em frente ao Planetário participaram de oficinas, concertos e atividades lúdicas.

Em Bogotá, cerca de 300 pessoas, muitas delas com bandeiras da Colômbia e camisetas com a frase "Bogotá marcha pelo clima", desafiaram uma manhã fria e se reuniram no Parque Nacional.

A Marcha Popular pelo Clima também se repetiu em outros continentes. Na Austrália, a maior parte das manifestações ocorreram em Sydney e Canberra, mas também houve um protesto em frente ao centro de Convenções de Cairns, onde se reuniram neste fim de semana os ministros de Economia do países do G20.

Na França, cerca de 5 mil pessoas se manifestaram no centro de Paris e outras passeatas também foram mobilizadas em Bordeaux, Lyon e Marselha.

Na manifestação da capital francesa participaram o ex-candidato presidencial da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, e a ambientalista e ex-ministra de Habitação, Cécile Duflot, que alertou contra o perigo do "ecoceticismo" daqueles que acreditam que já é tarde para resolver os problemas do planeta.

Em Madri, mais de 500 ambientalistas se juntaram à convocação com pedidos para que o governo espanhol faça parte da causa das energias renováveis e diga "não" ao petróleo, à energia nuclear e à fratura hidráulica (fracking, em inglês), uma técnica controversa utilizada para a extração de combustíveis fósseis, como gás de xisto.

A Marcha Popular pelo Clima acontece dois dias antes da Cúpula sobre o Clima na sede da ONU, em Nova York, que será presidida pelo secretário-geral da organização.

A cúpula pretende promover a vontade política para se chegar a um acordo de limitação das emissões de gases do efeito estufa na Conferência da ONU sobre a Mudança Climática (COP21), que será realizada em Paris no ano que vem, e que será precedida pela COP20, prevista para o mês de dezembro em Lima, no Peru.
EFE    

Unidos pelo petróleo


Como era a relação entre o governador Cid Gomes e o delator e ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que se estreitou nos últimos seis anos a ponto de ultrapassar a fronteira do contato institucional

Claudio Dantas Sequeira (claudiodantas@istoe.com.br) e Izabelle Torres (izabelle@istoe.com.br)

ISTOÉ revelou na semana passada que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa incluiu o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), na lista de políticos beneficiados pelo esquema de corrupção na estatal. Ao ser confrontado com a informação, Cid Gomes começou a se encalacrar nas próprias versões. Primeiro disse que não sabia quem era Paulo Roberto Costa. Depois, alegou nunca haver estado com ele na vida. Suas explicações iniciais, porém, foram desmontadas em pouquíssimas horas. No mesmo dia da publicação da reportagem de ISTOÉ, pipocaram nas redes sociais fotografias de encontros e eventos em que Paulo Roberto Costa e Cid Gomes aparecem lado a lado. Numa das imagens, o delator e o político cearense demonstram intimidade.
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PROXIMIDADE INCONTESTÁVEL
Em 20 de agosto de 2008, o então diretor de Abastecimento da Petrobras,
Paulo Roberto Costa, esteve ao lado do governador do Ceará, Cid Gomes,
durante inauguração do Terminal de Regaseificação do Pecém. Também
estavam presentes o presidente Lula e autoridades do governo
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Sorriem um para o outro. Uma dessas fotos foi tirada no dia 10 de junho de 2008 no Palácio de Iracema, antiga sede do governo do Ceará. Na imagem, Cid está sentado à cabeceira de uma ampla mesa de reuniões, tendo Costa imediatamente a seu lado. No encontro, os dois trataram do ambicioso projeto da refinaria Premium II, anunciada com pompa pelo governo do Ceará como a futura maior refinaria de petróleo do mundo com produção de 300 mil barris por dia e investimentos estimados em R$ 11 bilhões. Foi apenas o primeiro de muitos encontros entre Cid e Costa.
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ONDE TUDO COMEÇOU
Em encontro no dia 10 de junho de 2008, no Palácio de Iracema, Cid Gomes
e Paulo Roberto Costa negociaram a construção da refinaria Premium II, no Ceará
Os dois estiveram juntos participando de reuniões para tratar de negócios privados, mesmo depois de Costa ter deixado a Petrobras em abril de 2012. Em maio de 2013, ambos trataram de um projeto pessoal do delator e ex-diretor de Abastecimento da estatal: a instalação no Estado de uma minirrefinaria de petróleo. Em 17 de janeiro deste ano, Costa esteve em mais um encontro com Cid. Na reunião, o governador do Ceará lhe prometeu uma área de dez hectares no Complexo Industrial e Portuário de Pecém. À imprensa local, na ocasião, o ex-diretor da Petrobras disse que estava otimista e previa construir a minirrefinaria em até 18 meses. Dois meses depois, ele foi preso. Esses fatos derrubam categoricamente a segunda versão apresentada por Cid Gomes. Ao não conseguir desmentir as fotos em que aparece ao lado de Costa, o governador refez sua declaração inicial. Em nota oficial, negou qualquer envolvimento ou tratativas pessoais com o delator. “Todo o meu relacionamento com a Petrobras sempre foi institucional”, disse. Como se vê, a nova versão de Cid também não se sustenta.
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Evento no Ceará, em 2008, reuniu o ex-diretor de Abastecimento da
Petrobras Paulo Roberto Costa e a então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff
O projeto de minirrefinarias de Costa era antigo, mas enquanto ele ocupou a direção de Abastecimento e Refino da Petrobras nunca conseguiu executá-lo. Em 2005, Costa e o então presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, tentaram emplacá-lo sem sucesso no Rio Grande do Norte, na ocasião governado por Wilma de Faria (PSB). A ideia era usar a minirrefinaria como uma forma de compensar a construção da refinaria de grande porte em Abreu e Lima, Pernambuco. Naquele momento, o hoje falecido Eduardo Campos gozava de prestígio no Palácio do Planalto. Ao conseguir para seu Estado o investimento bilionário da estatal, Campos buscou alternativas para contemplar os aliados do partido, que se sentiram desprestigiados. Além da governadora Wilma de Faria, era preciso agradar também aos caciques Cid e Ciro Gomes, hoje no PROS, mas que, à época, estavam filiados ao PSB de Eduardo Campos. Para o Ceará, o governo articulou a construção de uma siderúrgica com investimento da Vale e das coreanas Dongkuk e Posco, e Paulo Roberto Costa acenou com a criação da minirrefinaria. Mas os Gomes, naquela ocasião, não acharam suficiente. Queriam algo mais grandioso. Ambicionavam um projeto como a pernambucana Abreu e Lima.
Quando assumiu o governo em 2007, Cid conseguiu o aval de Gabrielli para a realização de seu desejo. O encontro de 10 de junho de 2008 no Palácio de Iracema, registrado pela imagem que ilustra a abertura desta reportagem, selou as tratativas para a construção da refinaria Premium II e também marcou o início de uma longa relação entre Cid Gomes e Paulo Roberto Costa. Depois do encontro com o governador, Costa atravessou a noite em Fortaleza na companhia de técnicos da Petrobras. No dia seguinte, visitaram Pecém e a área que seria disponibilizada para a construção da refinaria. Após sobrevoar o local, o executivo decretou: “O terreno está numa área industrial bem localizada e próximo a um porto com logística capaz de atender nossas necessidades”. Acompanhou a comitiva o então presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, hoje deputado federal pelo PROS e homem de confiança de Cid, e o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Ceará (Cede), Ivan Bezerra.
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Dois meses depois, em 20 de agosto, Paulo Roberto Costa voltou ao Ceará para a inauguração do Terminal de Regaseificação do Pecém. Além do próprio Cid, estavam presentes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, e Gabrielli. No palanque, Costa sentou-se exatamente atrás do governador do Ceará, como é possível ver em várias fotos oficiais. A construção da Premium II foi confirmada com a assinatura de protocolo de entendimentos e o lançamento da pedra fundamental anunciado para dezembro de 2009, o que só acabou ocorrendo no final de 2010. Em 29 de dezembro, no último ato de governo, Lula participou da cerimônia oficial, assim como Gabrielli, Costa e o presidente da Transpetro, o cearense Sérgio Machado. Àquela altura, porém, ainda não havia terreno, licença ambiental ou estudos de impacto, nem mesmo um projeto técnico concluído ou contrato firmado. Naquele ato, Costa destacou que a produção da refinaria seria destinada ao mercado interno. Ele sentou-se na primeira fileira de autoridades, ao lado de Machado, Lula, Cid, Gabrielli e do senador Inácio Arruda (PCdoB).
Em 24 de abril de 2012, Paulo Roberto Costa, já demissionário, foi a Fortaleza participar como palestrante do Ciclo de Debates do Centro Industrial do Ceará. Disse que a Petrobras estava pronta para iniciar as obras e aguardava apenas a entrega do terreno de dois mil hectares no Pecém. A doação da área foi um dos grandes entraves para a refinaria, uma vez que a posse do local era questionada por índios da tribo Anacé. No dia seguinte, foi à Universidade de Fortaleza, onde palestrou para alunos de engenharia sobre os projetos de refino da estatal. Foi quando revelou que a Petrobras buscava sócios para erguer a Premium II. Costa, então, apresentou o problema a Cid, que se empenhou pessoalmente na busca de um investidor. Iniciou conversas com a coreana GS Energy, mas a parceria não prosperou. 
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Temendo que a Premium II se transformasse num pesadelo eleitoral, Cid pressionou pelo andamento dos projetos. Costa falava que a refinaria havia sido concebida a partir de detalhados estudos técnicos e econômicos, além de ambientais e sociais da estatal, mas logo seria desmentido. Em auditoria, o Tribunal de Contas da União (TCU) se deparou com uma série de irregularidades graves em relação aos estudos de viabilidade técnica, geotécnicos e topográficos. Sobre a ausência de viabilidade técnica, a Petrobras alegou, por exemplo, que estava reformulando o projeto, cujo orçamento saltou de iniciais R$ 11 bilhões para R$ 20 bilhões. O contrato para o estudo inicial era estimado em R$ 2,5 milhões. O TCU chegou a pedir documentos para uma auditoria, mas nada havia sido feito ainda porque faltava a doação do terreno para a Petrobras.
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Uma vez fora da estatal, o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, abriu a empresa “REF Brasil (Refinaria de Petróleo do Brasil), sediada num novíssimo conjunto de edifícios empresariais da Barra da Tijuca, no Rio. A REF Brasil funcionaria como guarda-chuva de quatro minirrefinarias – o velho projeto que ele acalentava desde 2005, mas que, quando estava na direção da Petrobras, não conseguiu viabilizar. No dia 13 de setembro de 2013, depois de tratativas informais com Cid Gomes desde maio daquele ano, Paulo Roberto Costa criou a empresa Refinaria Cearense num edifício empresarial de Fortaleza, em parceria com Francisco José Machado Sant’Anna, do grupo Energio Nordeste. No dia 17 de janeiro de 2014, Paulo Roberto Costa encontra-se novamente com Cid na capital cearense. Após o encontro, anunciou publicamente a construção de uma mini refinaria no Ceará, através de sua empresa REF Brasil. Com produção de 5 mil barris por dia e investimento de R$ 120 milhões, a refinaria deveria ficar pronta em 18 meses. O maquinário seria importado da China. Costa foi preso dois meses depois. Em junho, a empresa foi formalmente dissolvida. Os rastros da relação entre o delator e o governador Cid Gomes, no entanto, não têm como serem apagados.
As trapalhadas de Cid Gomes
Eleito em 2006 com mais de 62% dos votos válidos, Cid Gomes tem uma gestão marcada por denúncias de favorecimento a parentes e gastos milionários injustificáveis. Logo que foi eleito, Cid protagonizou seu primeiro grande escândalo ao patrocinar um tour pela Europa de jatinho oficial com assessores e respectivas mulheres. Estiveram na comitiva europeia a primeira-dama do estado, além da própria sogra
de Cid, Pauline Carol Habib Moura. Detalhe, a viagem custou mais de meio milhão de reais. Tudo pago pelos cofres públicos.
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TOUR COM DINHEIRO PÚBLICO
De jatinho oficial, o governador Cid Gomes levou a mulher e a
sogra para a Europa numa viagem que custou R$ 500 mil
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As polêmicas não pararam por aí. No ano passado, Cid pagou um cachê de R$ 650 mil para Ivete Sangalo cantar na inauguração do hospital em Sobral, berço político dos irmãos Gomes. O evento gerou repercussão nacional, ainda mais depois que parte da marquise desabou um mês depois da inauguração da unidade hospitalar. Em 2013, Cid Gomes voltou a ser alvo de críticas da oposição devido à contratação pelo governo de um buffet orçado em R$ 3,4 milhões. Destinado a abastecer a cozinha do Palácio da Abolição, sede do governo do Ceará, o buffet previa até 495 pratos diferentes, uma variação de receitas preparadas com caviar, escargots, bacalhau, salmão, presunto de Parma, funghi, vieiras, frutos do mar, pães exóticos, croissants e até trufas. “Enquanto o sertão sofre com a seca, o palácio do governo se banqueteia”, disse à época o deputado estadual Heitor Ferrer.

O desespero bate na campanha do PT

Um exército de militantes com cargos públicos se organiza para elevar o tom da Propaganda eleitoral de Dilma e evitar um revés na urnas. Até o ex-presidente Lula entra na briga com um discurso mais radicalizado

Izabelle Torres (izabelle@istoe.com.br)
 

A eventual reeleição de Dilma Rousseff para a Presidência marcaria um recorde na história da República: nunca um partido político terá ficado por tanto tempo no poder. Nem mesmo os 21 anos da ditadura militar, com suas divisões internas e troca de grupos de comando, podem ser vistos com um período de direção partidária única, como seriam os 16 anos da era petista. 

O estilo da ação e a longevidade do PT no Palácio do Planalto claramente já deixaram marcas na máquina administrativa e política do governo. Ao longo de 12 anos, o número de cargos de confiança, por exemplo, saltou de 17 mil para 22 mil. Este universo de servidores, frequentemente nomeados por critérios políticos, criou uma estrutura de petistas aguerridos e abnegados, cujos salários e encargos fiscais consomem mais de R$ 200 bilhões por ano. Isso não é coisa para se desleixar. O risco de não ganhar as eleições já deixa esses servidores-militantes em desespero. 


A perda de poder em Brasília – ou, vá lá, da chance de praticarem seus ideais – assusta tanto quanto a perda dos cargos comissionados e a perspectiva de terem de a retornar a seus estados de origem para buscarem novos empregos. Hoje, os DAS (cargos de Direção e Assessoramento Superior) podem passar de R$ 20 mil mensais.


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CLIMA TENSO
Na sexta-feira 19, Dilma se exaspera após coletiva à imprensa no
Palácio da Alvorada, num clima em que o PT exagera na dose dos
ataques aos adversários na corrida eleitoral


Este clima de tensão entre os servidores-militantes contaminou a campanha eleitoral e pode explicar boa parte do tom da propaganda petista, que passou a adotar o jogo bruto, com ataques exagerados aos adversários e alguma falta de discernimento entre o público e o privado. No início do mês, uma reunião na sede do partido, em São Paulo, se transformou em uma acalorada discussão sobre a participação mais efetiva dos funcionários públicos na eleição. 


No encontro, líderes do PT cobraram mais empenho de servidores comissionados e os exortaram a ir às ruas em favor da reeleição de Dilma Rousseff. O recado estava implícito. Quem não se mexer, tem o emprego ameaçado. Assim, o PT tem organizado caminhadas pelo País, a exemplo da que ocorreu em Brasília no último dia 13, em que grande parte dos cerca de quatro mil participantes era de funcionários públicos. Atos em prol da candidata do PT, como a reunião com artistas brasileiros, no último dia 15, viraram palcos quase exclusivos de ataques a adversários. 


Dilma aproveitou a oportunidade para, em tom agressivo, repetir diversas vezes que as propostas de Marina Silva, candidata do PSB, apresentariam riscos ao País. No mesmo dia, o exército de internautas petistas divulgava nas redes sociais críticas da classe artística à segunda colocada nas pesquisas.


Na semana passada, uma manifestação de homenagem a Petrobras capitaneada pelo ex-presidente Lula ilustrou bem o atual momento da campanha. Suado e descabelado, Lula esbravejou ao pedir apoio dos militantes. 


Disse que é preciso proteger a estatal contra Marina Silva, afirmando que ela não conhece e não dá importância às riquezas do pré-sal. Antes do evento, em uma reunião rápida com o líder do Movimento dos Sem Terra, José Pedro Stédile, Lula conclamou o antigo aliado a se engajar na campanha. A resposta veio rápida. 


Em entrevista, na segunda-feira 15, Stédile prometeu realizar invasões e fazer protestos diários, caso Marina vença a eleição. No comitê da candidata do PSB, a ameaça virou piada. “Entendo o temor deles, que vão ficar sem empregos”, respondeu o coordenador do comitê financeiro do PSB, Márcio França.
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Suado e descabelado, Lula esbravejou em evento da Petrobras
contra Aécio Neves e Marina Silva. Até o MST foi chamado para
ameaçar invasões em caso de derrota governista


Mas o comportamento da campanha de Dilma está longe de ser uma distração eleitoral. De olho num embate no segundo turno das eleições, os petistas voltaram a jogar pesado no horário eleitoral gratuito. Na TV, um locutor apareceu dizendo que, se eleita, Marina Silva vai tirar R$ 1,3 trilhão da Educação e extinguir o pré-sal. 


A peça publicitária foi exibida dias depois do polêmico vídeo que mostrava uma família com a comida saindo no prato, como conseqüência da proposta de autonomia do Banco Central apresentada por Marina. Diante dos ataques, a candidata do PSB entrou com três representações no TSE contra a veiculação das propagandas do PT. No documento, argumentou que sua imagem fora duramente atingida pela candidata adversária, que teria apresentado um dado fraudulento com o propósito de incutir o medo nos eleitores. O mérito ainda não foi julgado, mas conta com o parecer favorável do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que viu intenção deliberada dos petistas de criarem “artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais”, o que é vedado por lei. 


Para ironizar também o candidato do PSDB, Aécio Neves, que tem dito que o sonho dos brasileiros é morar no País retratado pela propaganda ilusória de Dilma, os petistas levaram ao ar um personagem denominado Pessimildo, um boneco rabugento que faz troça dos críticos do governo e foi inspirado em figuras conhecidas da televisão com o objetivo de satirizar todas as críticas feitas à petista. 


A principal linha do discurso do personagem é responder ponto a ponto os programas eleitorais dos adversários.


Enquanto a campanha do PT foca-se no ataque pessoal aos adversários, crises internas afetam a própria candidata do partido. No final da última semana, a presidenta Dilma pediu a suspensão da divulgação de seu programa de governo após impasse com alas do PT que defendem idéias contrárias à posição do Planalto. 


A intenção inicial dos petistas era a de incluir no texto propostas com grande apelo eleitoral e que pudessem atrair categorias diversas de eleitores, como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho. Dilma, entretanto, resiste em defendê-las. Apesar de não declarar publicamente, o governo evita há pelo menos quatro anos que a proposta do fim do fator previdenciário seja votada no Congresso. 


O Planalto enfrenta pressão das centrais sindicais, mas nunca se comprometeu com a ideia da redução da jornada de trabalho. Ao saber por assessores das propostas para trabalho e emprego, Dilma pediu o adiamento da divulgação do programa.


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No horário eleitoral, PT usa personagem denominado Pessimildo
para ironizar adversários, enquanto a propaganda do
partido retrata um país sem defeitos


Enquanto a campanha montada pelos marqueteiros adere ao radicalismo e reflete parte do desespero de gente agarrada ao poder, Dilma Rousseff segue tentando transparecer tranquilidade e segurança. Na vantajosa posição de atual presidenta, ela usa o Palácio da Alvorada como comitê de campanha sem que a Justiça Eleitoral faça sequer uma advertência. 


Em uma única semana, recebeu estudantes, reitores de universidades e concedeu duas entrevistas como candidata sentada na cadeira presidencial. 


O cenário é alentador para os milhares apadrinhados que tratam a estrutura pública como se fosse privada do partido e consideram positivo mostrar uma Dilma forte e em posição de superioridade em relação aos demais concorrentes.
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FABIANO SILVA

EM 22/09/2014 11:08:58
Eles estão desesperados, pois mesmo com milhões a mais que outros candidatos, a maquina publica nas mãos e 5 vezes mais tempo de tv que os demais candidatos, eles não estão conseguindo mudar a insatisfação do povo brasileiro, que percebeu que o governo Dilma foi um fracasso. Quero ver no segundo...

Bia

Em agenda, Paulo Roberto Costa ironiza pobre e corrupção , petista detesta pobres porque não tem dinheiro para pagar propina


Lula da Silva

EM 22/09/2014 10:59:09
FORA PT!!!!