segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Setembro de 2014 foi o mais quente do mundo desde 1880


France Presse 20/10/2014 15h53 - Atualizado em 20/10/2014 15h53

Com exceção de fevereiro, todos os meses do ano bateram recordes.
Temperaturas subiram no solo e na superfície dos oceanos, diz relatório.

Da France Presse
O mês de setembro de 2014 foi o mais quente no planeta, tanto em terra como nas superfícies dos oceanos, desde que o registro começou a ser realizado em 1880, informou nesta segunda-feira a agência meteorológica americana.


"É também o 38º setembro consecutivo que registra uma temperatura mundial acima da média do século 20", informou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA).


Quando combinadas, as temperaturas médias no solo e na superfície dos oceanos registradas em setembro bateram um recorde, chegando a 15,72 graus Celsius, ou seja, 0,72°C acima da média do século 20.
"À exceção de fevereiro, todos os meses de 2014 foram os mais quentes de que se tem registro. Entre eles, maio, junho, agosto e setembro foram os mais quentes de todos", indicou a NOAA em seu relatório.


A última vez em que a temperatura média no mundo em setembro esteve abaixo da média foi em 1976.

O texto acrescentou que a maioria dos territórios do planeta registrou temperaturas mais quentes do que no mês anterior, à exceção da Rússia Central, de algumas áreas do leste e do norte do Canadá e de uma pequena região da Namíbia.


Em contrapartida, "o calor recorde foi muito perceptível no noroeste da África, nas regiões costeiras da América do Sul, no sudoeste da Austrália, em partes do Oriente Médio e em regiões do sudeste da Ásia".


Em relação aos oceanos, a temperatura da superfície global foi 0,66º C acima da média do século 20, o que também foi um recorde para setembro.


"Isso também marca a temperatura mais alta registrada na superfície dos oceanos, batendo o recorde do mês passado", acrescentou a NOAA, afirmando que este aumento de temperaturas foi observado em todos os oceanos, principalmente na parte equatorial do Pacífico.


Antes da conferência anual das Nações Unidas sobre o clima, prevista para dezembro, em Lima, os negociadores de 195 países se reúnem a partir desta segunda-feira em Bonn (Alemanha) para avançar rumo a um acordo previsto para 2015, em Paris.


A ONU tenta limitar o aumento das temperaturas mundiais a 2ºC com base nos níveis pré-industriais, já que acima disso, as consequências podem ser dramáticas, alertaram os cientistas.


Especialistas afirmam, no entanto, que as tendências atuais de emissões podem levar as temperaturas a alcançar mais do que o dobro desse nível até o fim do século.

Parabens PT!Hospitais tem paralisação de funcionários da limpeza



Eles chegaram a ir aos postos de serviço, mas devido a falta de pagamento não trabalharam

camila.curado@jornaldebrasilia.com.br


As equipes de limpeza de sete hospitais do Distrito Federal paralisaram hoje suas atividades por estarem, desde o dia 15 deste mês, sem o pagametno do auxílio alimentação. A paralisação envolve cerca de 200 funcionários da empresa Ipanema Serviços Gerais, que atende os hospitais regionais de Taguatinga, Ceilandia, Asa Sul, Brazlândia, Guará e Samambaia. A falta de pagamento ocorreu devido a uma falha da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) por não ter repassado a verba para a instituição.

O diretor da Ipanema Serviços, Luiz Antônio Ferreira, relata que a SES não efetua os pagamentos desde junho. "Todas as empresas estão com essa dificuldade. Elas que estão arcando com a folha de pagamento", afirma. Desde o meio do ano, a empresa tem arcado com todas as despesas de salário, vale alimentação, impostos e materiais de limpeza para os hospitais, como papel higiênico, toalha e álcool em gel. "Só agora que chegou um ponto que o patrão não tem mais [como arcar]". Desde 2009, a Ipanema presta serviço para a Secretaria e, embora a falta de pagamento não seja frequente, já ocorreu algumas vezes. Ferreira declara que geralmente isso ocorre em finais de governos.

Segundo a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação e Serviços Terceirizáveis no Distrito Federal (Sindiserviços), Maria Isabel Caetano dos Reis, esse tipo de paralisação não é comum e, pela primeira vez, ocorre com a Ipanema Serviços. "A gente está dando apoio aos trabalhadores na expectativa de que a empresa faça o pagamento", afirma.

Contudo, a Secretaria ainda não tem previsão de quando a situação irá normalizar. O órgão assume o atraso nos pagamentos e afirma estar em negociação com a Secretaria da Fazenda para efetuar o pagamento o quanto antes. De acordo a SES-DF, algumas unidades estão funcionando com 30% do efetivo, sendo que em alguns locais o efetivo é de 50%. Esses trabalhadores atuam em áreas prioritárias como Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), centros cirúrgicos e emergências.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Lula é um “moleque de rua” segundo Ricardo Noblat




Em sua coluna de hoje, o jornalista Ricardo Nobat definiu Lula como um “moleque de rua”. Na verdade, um sujeito com duas caras, dependendo da conveniência. Mas a cara mais verdadeira é mesmo a do moleque. Diz Noblat:

Qual Lula é o verdadeiro? O bem educado que aparece no programa de propaganda eleitoral de Dilma na televisão, defende os 12 anos de governos do PT e, ao cabo, sorridente, pede votos para reeleger sua sucessora?
Ou o moleque de rua que pontifica em comícios país a fora, sugerindo, sem ter coragem de afirmar diretamente, que Aécio é capaz, sim, de dirigir embriagado, agredir mulheres e se drogar?
O segundo é o mais próximo do verdadeiro Lula. Digo por que o conheço desde quando era líder sindical. Lula é uma metamorfose ambulante. Não foi ninguém quem o disse, foi ele quem se rotulou assim.
A esquerda tudo perdoaria a Lula desde que chegasse ao poder. Chegou, cavalgando-o. Uma vez lá, se corrompeu. Quanto a ele… Não sabia de nada. Nunca soube.
Justiça seja feita a Lula: por desconhecimento de causa e preguiça, ele jamais compartilhou as ideias da esquerda. Assim como ela se aproveitou dele, Lula se aproveitou dela. Um casamento não por amor, mas por interesse.

E Lula é uma pessoa movida apenas por interesses, jamais por princípios e valores. Mente de forma compulsiva, por hábito, por prazer, por falta de escrúpulos. E como Noblat diz, não vamos colocar a culpa em sua infância pobre, pois não há essa ligação direta. Muita gente que veio da pobreza tem caráter, aquilo que falta ao ex-presidente.

Noblat aponta, ainda, o cinismo de alguém que chora no velório de D. Ruth Cardoso enquanto sua ministra Dilma preparava um dossiê contra ela para atingir o adversário tucano. Ou de alguém que diz não tolerar a agressividade, enquanto já xingou presidentes antecessores de tudo que é coisa.

Como Lula, existem vários Brasil afora. Gente que só pensa em “se dar bem”, custe o que custar. Gente preguiçosa, que não gosta de trabalhar, de se instruir, mas que quer moleza com muita malandragem. Gente disposta a tudo para ter riqueza e poder. Gente manipuladora e mentirosa, capaz de inventar as maiores baixarias contra o adversário político para se perpetuar no poder.

O grande problema não é existir alguém como Lula. Isso, infelizmente, é inevitável. O maior problema é alguém como ele ter chegado ao Planalto, tido dois mandatos seguidos, e ainda colocado seu “poste” lá depois. O maior problema é alguém com esse perfil de “moleque de rua” ser visto como um herói por muitos ignorantes, e ser bajulado por muitos da elite também.

Isso diz muito sobre nossos valores coletivos, sobre a moral – ou falta dela – disseminada em nosso país. Praticamente metade do povo adora um Macunaíma, um “herói sem caráter”. Os artistas e “intelectuais”, como Marilena Chaui e Chico Buarque, sempre lutaram para colocar um crápula no panteão dos deuses. Enaltecem o que há de pior, pois não suportam as virtudes dos virtuosos.

Mas, para desespero dessa gente, eles existem. E em quantidade cada vez maior. Gente honesta e trabalhadora da classe média, acusada de “fascista” por Marilena Chaui, que não aguenta mais ver tanta mentira, tanta podridão, tanta baixaria. Gente que vai, no domingo que vem, dar um basta a essa porcaria toda espalhada pelo PT de Lula e Dilma.

Rodrigo Constantino

A esquerda radical está de olho em seu imóvel

VEJA


Boulos, líder dos invasores, com a presidente Dilma.
Propriedade privada: o pilar fundamental das sociedades avançadas. Não por acaso o alvo principal dos coletivistas igualitários, muitas vezes dando vazão a um sentimento mesquinho de inveja, tantas outras aderindo a um romantismo boboca de que basta distribuir para tudo ficar bem. Rousseau e Marx atacaram o conceito de propriedade privada como se fosse a causa das mazelas humanas. Era o contrário.
Mas desde então a esquerda radical flerta com o ataque sistemático ao ícone do modelo capitalista, que é preservar e garantir a propriedade particular de cada um sobre seus bens. No campo, os produtores rurais já convivem com essa constante ameaça há décadas.
A própria Constituição, ao adotar o elástico e ambíguo conceito de “função social” da propriedade, abriu as comportas para o relativismo e a flexibilização do direito de posse. Muita invasão foi feita em nome dessa busca pela “justiça social”, prejudicando o avanço do agronegócio.
Mas agora a senha está dada: a esquerda radical quer transportar essa “luta” do campo para as cidades. De uns tempos para cá tem ficado evidente que o alvo não são mais os “latifúndios improdutivos”, que nem mesmo existem mais, e sim os “imóveis ociosos”, ou os “latifúndios urbanos”, como disse a líder do Movimento Passe Livre em seus 15 minutos de fama durante as manifestações de junho de 2013.
Evidência do fenômeno foi a ascensão de alguém como Guilherme Boulos, um invasor de propriedade que se tornou colunista da Folha e é recebido pela própria presidente Dilma. Líder do MTST, o braço urbano do MST, Boulos quer invadir, pilhar e tomar o que é nosso, tudo sempre em nome da tal “justiça social”. Não são pessoas realmente sem-teto, mas quem liga para esse detalhe quando está em jogo “mudar o sistema” do país, do capitalismo para o socialismo?
Nesta semana – e ainda estamos na terça – já saíram dois textos na mesma Folha defendendo o “direito” de invadir imóveis “desocupados”. O primeiro, de Raquel Rolnik, alega que é claramente legítimo invadir um prédio que está sem uso. Ela pergunta e logo responde: “Por acaso terrenos e imóveis podem ficar vazios ou subutilizados em pleno centro da cidade durante anos, às vezes décadas? Não, não podem”.
Como justificativa, lá está o conceito de “função social”. A professora de arquitetura da USP soltou um direto na propriedade privada: “Chega a ser acintoso que alguém mantenha imóveis ociosos em áreas centrais, enquanto tanta gente não tem onde morar ou mora em péssimas condições”. Entendeu?
O sujeito tem uma casa que fica lá, fechada para uso apenas de veraneio, quando ele visita o país. A esquerda radical acha que os “sem-teto” podem simplesmente invadir e fincar uma bandeira como novos proprietários. O artigo teve quase 10 mil curtidas no Facebook.
Rolnik, não custa lembrar, é aquela que foi acusada de ideologizar o relatório da ONU sobre o setor imobiliário do Reino Unido, e que gosta mesmo é de ficar em hotel de luxo enquanto prega a moradia popular. O mundo civilizado ficou chocado com as trapalhadas da socialista.
O segundo texto foi de Vladimir Safatle (tinha que ser!), o “intelectual” do PSOL que defende até os criminosos dos black blocs. Vai na mesma linha: a polícia é truculenta e trata os pobres como porcos, considerando que um estoque de cocos é evidência de que pretendiam atacar os policiais. Safatle acha graça. Talvez fosse para fazer cocada e vender no prédio ocupado…
Seu argumento é o típico discurso socialista que trata economia como jogo de soma zero, em que João é rico porque Pedro é pobre, e que basta tirar de uns para dar aos outros, sendo a “necessidade” um direito automático para tomar o que pertence aos outros. Diz ele: “Nada sobre o absurdo de existir uma cidade eivada de prédios vazios enquanto parte de sua população continua sem moradia por, muitas vezes, ser incapaz de aguentar os aumentos de aluguel resultantes de especulação imobiliária descontrolada”.

Make no mistake: o ataque à propriedade privada começa assim, pelas beiradas. Pegaria mal partir logo de cara para a defesa de uma igualdade imobiliária, limitando tamanho de propriedade ou obrigando os grandes proprietários a dividir seu espaço com famílias carentes, como fizeram os países socialistas. Mas esse é exatamente o objetivo final dessa gente.

Foi assim no campo: reforma agrária para combater latifúndio improdutivo no começo, e índice de produtividade hoje para tomar na marra a propriedade alheia. A esquerda radical expõe suas armas. Ela quer o seu imóvel, leitor. Acha que você não tem o direito de possuir um grande apartamento ou uma bela casa enquanto houver gente vivendo em favelas.

Socialismo é a idealização da inveja. E o que mais tem por aí é gente invejosa, ainda que disfarçada de “intelectual” que luta pelos interesses do povo…


Rodrigo Constantino

No RJ, Dilma faz terrorismo contra Aécio: 'Digam não à perda de direitos'

Eleições 2014

Presidente tem agendas com os dois candidatos a governador do Estado. Para evitar crescimento do tucano, ela investe no RJ na última semana de campanha

Daniel Haidar e Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro
A presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), durante campanha em Nova Iguaçu, no Rio
A presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), durante campanha em Nova Iguaçu, no Rio

 
No dia seguinte ao ato político de Aécio Neves (PSDB) em Copacabana, a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) fez nesta segunda-feira uma carreata em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ao lado do senador Marcelo Crivella (PRB), candidato ao governo do Rio de Janeiro. E seguiu para agenda com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), adversário de Crivella no segundo turno, em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio. Enquanto desfilava em um jipe, a petista aproveitou para proferir o discurso do terror contra o tucano. “Votem em nós que temos uma concepção que coloca as pessoas no centro de tudo. Não somos aqueles que só pensam nos banqueiros e nos ricos”, afirmou. Antes, pediu que se diga não "ao retrocesso, à perda de direito"

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A campanha petista busca evitar que Aécio cresça no terceiro maior colégio eleitoral do país – pesquisa Datafolha divulgada na semana passada aponta empate técnico entre os candidatos, com Dilma numericamente à frente: 51% a 49% dos votos válidos. A presidente vai, portanto, priorizar o Estado na última semana da campanha. Dilma deve voltar ao RJ na quarta-feira para um comício e na sexta-feira, antes do debate da TV Globo
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Em Nova Iguaçu, Dilma circulou pouco mais de um quilômetro com Crivella. No veículo, a dupla posava para fotos e cumprimentava eleitores. Também estavam no carro Anthony Garotinho (PR) e Lindbergh Farias (PT), derrotados em primeiro turno na disputa pelo Palácio Guanabara, e que hoje apoiam o senador.

A presidente fez um breve discurso na chegada ao local, em que voltou a associar uma eventual vitória de Aécio ao desemprego e ao arrocho salarial. A petista insinuou que a vitória do tucano colocaria em risco a renda dos trabalhadores. “A eleição do dia 26 vai colocar de um lado aqueles que defendem empregos e salários e, do outro lado, aqueles que quebraram o Brasil três vezes”, discursou Dilma.

Quando os relógios acertados com o horário de verão bateram meio-dia, Dilma chegou para seu compromisso com Luiz Fernando Pezão, em Padre Miguel. A distância de cerca de vinte quilômetros, partindo de Nova Iguaçu, foi percorrida de helicóptero. À dupla juntou-se o prefeito Eduardo Paes, único a usar o microfone após os quarenta minutos de carreata: "Quero saudar a presidente Dilma e pedir que, nessa semana, levemos o Pezão e ela à vitória". O grupo passou todo o percurso acenando para eleitores que apareciam nas portas e janelas de casa e cumprimentando os que conseguiam se aproximar do carro. Dilma se abaixou para atender aos pedidos de selfie e ensinou Pezão a fazer seu gesto mais repetido: o coração com as mãos.

Dilma venceu no Estado no primeiro turno com 36% dos votos. Marina Silva (PSB) ficou com 31% e Aécio, 27%. O empate técnico, portanto, preocupa a campanha petista, sobretudo porque a votação de Dilma em primeiro turno foi o pior resultado de um candidato do PT à Presidência da República no RJ desde 1998. Aécio fez carreata no domingo na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio, em que arregimentou 5.000 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, e estará na capital fluminense novamente na quinta-feira e na sexta-feira.

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Aécio: governo federal tem culpa pela crise hídrica em SP

Eleições 2014

Para tucano, aparelhamento da ANA dificultou combate ao problema. Ele disse que, se eleito, vai atuar em parceria com os Estados

Gabriel Castro, de Caeté (MG)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, faz carreata pela Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, neste domingo (19)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, faz carreata pela Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, neste domingo (19) (Felipe Dana/AP)
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou nesta segunda-feira que o governo federal tem culpa pela crise hídrica que atinge o Estado de São Paulo. Na avaliação do tucano, o governador Geraldo Alckmin agiu adequadamente ao propor bônus para os consumidores que reduzirem o consumo, mas o aparelhamento da Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, prejudicou o combate ao problema. Aécio falou com a imprensa durante uma visita ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG).

Aécio disse que, se for eleito, vai atuar em parceria com os Estados - o que, na avaliação dele, a gestão de Dilma Rousseff não faz. "Talvez o que tenha faltado seja uma parceria maior do governo federal. Por exemplo, a Agência Nacional de Águas, se não tivesse no governo do PT servido a outros fins - nos lembramos bem quais foram os critérios para ocupar cargos de diretoria na ANA -, poderia ter sido uma parceria maior do governador", afirmou.

Em 2013, a Operação Porto Seguro da Polícia Federal desmantelou um esquema de negociação de pareceres técnicos que envolvia desde o número dois da Advocacia-Geral da União (AGU) até a chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha. O chefe do esquema era Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor da ANA.
O comentário foi feito quando Aécio foi indagado a respeito da exploração da seca em São Paulo pela campanha da presidente Dilma Rousseff. O tucano disse que o tema não serve como arma eleitoral. "Eu vi essa questão da água ser muito discutida na eleição de São Paulo. E nós vimos o resultado", declarou ele, mencionando a vitória de Alckmin no primeiro turno.


Na entrevista, o tucano também disse que o debate deste domingo na TV Record, quando ele e Dilma Rousseff trocaram menos ataques do que nos encontros anteriores, foi positivo. "Eu prefiro esse tipo de debate, onde as pessoas podem falar de ideias, de propostas. É o que continuarei a fazer até o final da campanha. Apenas não aceitarei a infâmia, a mentira, a calúnia e a deturpação. Obviamente elas serão sempre respondidas", afirmou.

Aécio participou de uma rápida celebração conduzida por dois padres em uma capela do santuário, que fica no alto da Serra da Piedade, a menos de 100 quilômetros de Belo Horizonte. Aécio ouviu a leitura do sermão da montanha, em que Jesus fala das bem-aventuranças. Depois, ele fez uma prece silenciosa.

O tucano afirmou que a visita serviu para que ele pedisse "forças e capacidade para vencer as eleições e enfrentar adequadamente os desafios que nós teremos pela frente".

Aécio já havia comparecido ao local no início da campanha. A visita ao santuário é uma tradição na família do tucano. O avô dele, Tancredo Neves, ia ao local em momentos importantes de sua carreira política. "Não é um ato de campanha. É um retorno às minhas origens, às minhas raízes, aos meus valores", disse Aécio. O candidato do PSDB embarcou para Belém (PA), onde participa de um comício no início da noite.

Desmate na Amazônia cresce 290% em setembro

Meio ambiente

Área desmatada no mês passado chegou a 402 km². No mesmo período do ano anterior, região afetada somou 103 km²

Amazônia: desmatamento chegou a 402 quilômetros quadrados em setembro de 2014
Amazônia: desmatamento chegou a 402 quilômetros quadrados em setembro  de 2014


 
O desmatamento na Amazônia Legal chegou a 402 quilômetros quadrados (km²) em setembro de 2014, um aumento de 290% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram desmatados 103 km². O monitoramento foi feito pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), da organização de pesquisa Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em Belém, Pará.


De acordo com o boletim do órgão, divulgado neste domingo, a perda florestal acumulada no período de agosto a setembro deste ano, que corresponde aos dois primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento, chegou a 838 km². O aumento foi de 191% em relação ao período de agosto a setembro de 2013, quando foram desmatados 288 km².


Em setembro de 2014, o monitoramento foi realizado em 93% do território da Amazônia Legal. Por causa da cobertura de nuvens, no mesmo mês do ano anterior o monitoramento abrangia 79% do território.


Ainda segundo boletim, 59% do desmatamento detectado no mês passado foi registrado em áreas privadas. O restante ocorreu em assentamentos de reforma agrária (20%), Unidades de Conservação (19%) e terras indígenas (2%).

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Regiões — Rondônia foi o Estado mais afetado pelo desmatamento, com o registro de um terço de toda a derrubada de árvores apontada pelo Imazon. O restante se distribuiu entre Pará (23%), Mato Grosso (18%), Amazonas (12%), Acre (10%), Roraima (4%) e Tocantins (1%). Os municípios que mais desmataram foram Nova Mamoré (RO), Novo Progresso (PA) e Colniza (MT), respectivamente com 53,1 km², 30,1 km² e 25,5km² de floresta derrubada.


Além dos dados sobre corte raso na mata, o Imazon divulgou também números sobre a degradação florestal — áreas onde a floresta não foi inteiramente suprimida, mas foi intensamente explorada ou atingida por queimadas. Em setembro, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 624 km². Isso representa um aumento de 3 797% em relação a setembro do ano passado, quando a degradação florestal somou apenas 16 km².



Sistemas paralelos — O SAD emprega imagens dos mesmos sensor e satélite utilizados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornece ao governo federal informações sobre novas áreas de desmatamento na Amazônia. Entretanto, as metodologias usadas pelo Imazon e pelo Inpe são diferentes. Os dados de desmatamento do Deter para setembro ainda não foram divulgados pelo governo federal.
(Com Estadão

Governo do Amazonas negocia apoio de traficantes para o 2º turno

Subsecretário de Justiça do candidato à reeleição José Melo (PROS) vai à cadeia, se reúne com bandidos e, em troca de regalias, recebe a promessa do líder de uma facção criminosa: "A mensagem que ele mandou para vocês, agradeceu o apoio e que ninguém vai mexer com vocês, não"

Leslie Leitão VEJA
O governador do Amazonas, José Melo de Oliveira (PROS)
O governador do Amazonas, José Melo de Oliveira (PROS)

 
A conversa mais parece um bate-papo informal entre amigos em uma mesa de bar. O teor, no entanto, revela uma relação promíscua entre o poder e o crime. O encontro se dá dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), a maior unidade prisional do Amazonas, e reúne na mesma sala o maior traficante do estado e um integrante da cúpula da Secretaria de Justiça.

O objetivo do encontro é simples: negociar o apoio das quadrilhas ao candidato à reeleição, o atual governador José Melo (PROS), no segundo turno das eleições, no próximo domingo. São cerca de 30 minutos de uma gravação feita por um dos presentes ao encontro, a que o site de VEJA teve acesso.

"Vamos apoiar o Melo, entendeu? A cadeia...vamos votar minha família toda, lá da rua, entendeu? Não tem nada não, a gente não conhece o Melo (trecho inaudível), a gente quer dar um alô, que ele não venha prejudicar nós. E nem mexer com nós", diz o traficante José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido como Zé Roberto, uma das maiores lideranças da facção Família do Norte, que domina o tráfico em território amazonense.

Leia também: ​José Melo (Pros) e Eduardo Braga (PMDB) vão se enfrentar no segundo turno no Amazonas
DivulgaçãoComplexo penitenciário Anísio Jobim
Foi na sala do diretor que aconteceu a reunião entre integrantes do governo e lideranças do tráfico presas
A resposta vem do subsecretário de Justiça e Direitos Humanos (órgão responsável pelo sistema penitenciário no estado), major Carliomar Barros Brandão: "Não, ele não vai, não". E esse acordo fica explícito: "A mensagem que ele mandou para vocês, agradeceu o apoio e que ninguém vai mexer com vocês, não".

A promessa logo no início deixa a conversa mais informal. E durante boa parte do tempo é Zé Roberto quem fala. Em vários trechos o criminoso confessa assassinatos de inimigos ou de quem não reza pela cartilha da quadrilha que controla. Quando o assunto é política, entretanto, mostra-se receptivo e faz promessas como se fosse um cabo eleitoral.

"Tá vendo o que está acontecendo em Santa Catarina (vários ataques)? É o comando dos caras, que estão rodando lá por causa do governo dos caras. Tá vendo aqui, a cadeia tá tudo em paz porque o governo daqui não mexe com nós", afirma o criminoso num dos trechos, no que ouve a resposta de Carliomar: "O que ele quer é isso, é a cadeia em paz". O major, em momento algum, fala o nome do governador José Melo na gravação. Procurado por VEJA, no entanto, ele admitiu o encontro, e disse ter ido ao local em missão oficial: "Comuniquei ao secretário  porque tínhamos informações de que haveria um banho de sangue lá dentro da cadeia, e fomos tentar conversar para evitar isso", disse, negando qualquer intenção eleitoreira.

Mas a gravação é clara em outros trechos de que, sim, trata-se de um acordo entre governo e o crime organizado amazonense. Dentro da sala, além do diretor do presídio, capitão José Amilton da Silva, do major Carliomar e de Zé Roberto, estão outros detentos. O oficial diz lembrar apenas de um, mesmo assim pelo apelido: Bicho do Mato. Ele se refere a um dos líderes do bando, Francisco Álvaro Pereira. Zé Roberto fala das condições precárias, de algumas regalias e diz que ele próprio, se quisesse, poderia fugir. "A mensagem que ele mandou para vocês, agradeceu o apoio e disse que ninguém vai mexer com vocês, não", afirma Carliomar na conversa.

Então, em seguida, faz uma projeção sobre o número de eleitores que conseguirá angariar para José Melo no seguinte diálogo: "Eu acho que de voto ele vai ter de nós mais de cem mil votos", diz, completando: "Você imagina cada preso que tem família lá, se a gente der uma ordem eles vão cumprir. Não é igual aqueles caras que se der 100 reais que diz que vai votar e não vota. O nosso vai votar no Melo porque nós mandemos (sic)", afirma. A resposta do subsecretário é seca: "Certo, tô sabendo".

No final da conversa, já com o clima bem mais ameno, vários interlocutores chegam a fazer piadas. "Não esquece, no 90", diz o diretor da unidade, capitão Amilton, numa referência ao número eleitoral de José Melo. Outro homem, não identificado pela reportagem de VEJA, emenda: "Eu vou pra uma festa lá na casa (inaudível). Olha o nome: Festa dos anos 90. E vai acabar a festa às 5 horas, 55 minutos da manhã", diz, para gargalhada geral, numa referência ao número 555, usado pelo ex-governador e agora eleito senador Omar Aziz, de quem José Melo foi vice nos últimos sete anos. Neste momento, então, é de Zé Roberto a promessa final: "O Melo vai ter mais votos de nós do que das outras pessoas que ele vai comprar aí...".

O site de VEJA procurou o governo do Amazonas para falar sobre o caso. O secretário de Justiça, coronel Louismar Bonates, disse ter sido comunicado por seu subordinado (major Carliomar) do encontro após a reunião. "O objetivo era manter a paz lá dentro da cadeia", afirmou. Bonates contou ainda um episódio ocorrido há cerca de dois meses, dentro da própria unidade prisional, durante um evento evangélico. Segundo ele, na ocasião o mesmo traficante Zé Roberto se aproximou para falar com ele: "Esse mesmo detento veio dizer que iria votar no José Melo e que era pra eu avisar isso.

Eu disse para ele: "Isso aqui não é Colômbia, onde governo se vende para as drogas". E é claro que não levei recado algum, senão eu seria demitido na hora. O governo não negocia com bandido", disse o secretário de Justiça e Direitos Humanos.


Relações Perigosas

Trecho 1
Homem - Mano, vamos acertar isso com a direção (inaudível).
Traficante José Roberto Fernandes Barbosa - Vamos apoiar o Melo, entendeu? A cadeia...vamos votar minha família toda, lá da rua, entendeu? Não tem nada não, a gente não conhece o Melo (trecho inaudível), a gente quer dar um alô, que ele não venha prejudicar nós. E nem mexer com nós.
Subsecretário de Justiça Major Carliomar - Não, ele não vai, não.


Trecho 2
José Roberto - O que a gente quer do Melo? Que a polícia faça o trabalho dela, se prender um de nós com droga, vai prender, a gente vai respeitar. A gente não quer que fique matando, porque se matar e a gente começar a matar também. Os caras pensam que nós não tem peito. Nós tem tudo. Nós tem dinheiro, nós tem arma, tem tudo. Nós faz as coisas, se mexer com nós, se mexer com nossa família nós vai mexer, se prender lá fora, se botar na cadeia eu não tô nem vendo. Porque quem leva recado pra ele é você, ou o outro secretário lá. O recado que eu quero que o senhor leve pra ele, de nós, é que nós vamos apoiar ele.

Major Carliomar - Certo.


José Roberto - Que ele prenda nós lá fora com droga, a polícia prendeu com droga eu nô nem vendo. Mas que não venha perturbar nós


Major Carliomar - O que ele quer é sempre a paz na cadeia.


José Roberto - Tá vendo o que está acontecendo em Santa Catarina? É o comando dos caras, que estão rodando lá por causa do governo dos caras. Tá vendo aqui a cadeia tá tudo em paz porque o governo daqui não mexe com nós.


Major Carliomar - O que ele quer é isso, é a cadeia em paz


Trecho 3
Major Carliomar - A mensagem que ele mandou para vocês, agradeceu o apoio e que ninguém vai mexer com vocês, não.

José Roberto - Eu acho que de voto ele vai ter de nós mais de cem mil votos, to te falando


Marjor Carliomar - Então, pra próxima vocês vão ajudar, né?


José Roberto - Você imagina cada preso que tem família lá, se a gente der uma ordem eles vão cumprir. Não é igual aqueles caras que se der 100 reais que vai votar e não vota. O nosso vai votar no Melo porque nós mandemos.


​Major Carliomar - Certo, tô sabendo.

Sai novo manifesto em apoio a Aécio — desta vez, de ex-eleitores do PT



Manifesto em apoio ao tucano tem assinaturas coletadas com intelectuais e ativistas de esquerda que afirmam não se sentirem representados pelo PT

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, chega para o debate promovido pelo SBT, nesta quinta-feira (16), em São Paulo
O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, recebe apoio de ex-petistas 
 
A mobilização virtual de eleitores tem ido muito além dos compartilhamentos de virais em redes sociais. Manifestos têm sido produzidos por grupos intelectuais como forma de defender candidaturas e ideias. No início da semana, 164 economistas se mobilizaram para explicar detalhadamente por que a crise internacional — principal argumento usado pela presidente Dilma para explicar o fracasso econômico — é, na verdade, uma falácia. Agora, 246 intelectuais e profissionais liberais também redigiram um texto de apoio ao tucano Aécio Neves. Aqueles que assinaram afirmam, inclusive, terem sido ativistas de esquerda e/ou eleitores de candidatos petistas. "Sempre respeitamos o PT, em cujos candidatos muitos de nós já votaram. Pensamos que o rico pluralismo da esquerda deve se combinar com a recusa a qualquer posicionamento inflexível, submisso a princípios abstratos ou comandos partidários. Não aceitamos que nenhum partido atue como se fosse o único representante coerente da esquerda ou da democracia", afirma o texto, cujo título é 'Esquerda Democrática com Aécio Neves'.


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Os signatários da lista se dizem decepcionados com o PT, sobretudo após a campanha eleitoral deste ano, em que o partido dizimou a candidatura de Marina Silva à presidência. "A campanha petista no primeiro turno valeu-se de táticas e subterfúgios que desonram o bom debate. Caluniou, difamou e agrediu moralmente a candidatura de Marina Silva, sob o pretexto de que seria preciso fazer um 'aguerrido' confronto político. Atropelou regras procedimentais e parâmetros éticos preciosos para a esquerda e a democracia", afirmam os autores.

Segundo o texto, o tucano Aécio Neves poderá dar seguimento às políticas sociais dos últimos anos, além de ampliar os programas já existentes. "O capitalismo brasileiro se consolidou sob os governos do PSDB e do PT, tendo sido modelado pelas mesmas elites econômicas e pela predominância do capital financeiro. Agora, temos de avançar para um novo patamar de modernização e superar o padrão de liberalismo que presidiu àquela consolidação. Não dá para aceitar que os setores mais pobres da população sejam abandonados à própria sorte ou transformados em consumidores, em vez de cidadãos", dizem os autores.

Entre os que assinaram a lista estão o ator Marcos Palmeira, o economista José Eli da Veiga, da USP, o ex-presidente do IBGE, Sergio Besserman Vianna, e o cientista político Luiz Eduardo Soares, que foi secretário de Segurança Pública no governo Lula.


Manifesto petista — No seio do PT, também houve um manifesto. A militância conseguiu, com grande esforço, coletar uma lista de onze nomes encabeçada por Maria da Conceição Tavares, que adotou com desfaçatez o slogan da campanha petista "O Brasil não pode parar" para veicular um texto de apoio à candidatura de Dilma Rousseff. O documento, que mais parece uma peça publicitária escrita pelo marqueteiro João Santana, tamanho alinhamento retórico com o texto discursado por Dilma em sua campanha, afirma que as conquistas econômicas são mérito do atual governo e que a "crise" não pode servir de argumento "para um retorno às políticas econômicas do passado". Outros dois nomes que endossam o texto são Luiz Gonzaga Belluzzo e Nelson Barbosa. O primeiro é conselheiro econômico de Dilma. O segundo foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e tem operado junto ao PT para ser indicado ao cargo de Ministro , caso Dilma se reeleja.

Violencia no Brasil.Dilma espanca a verdade!


Blog


Reinaldo Azevedo



O debate entre Aécio e Dilma não teve pancadaria, mas isso não quer dizer que a petista não tenha espancado a verdade

O debate entre os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) rendeu uma média de 13 pontos no Ibope, o que é muito bom para o horário. O encontro, desta feita, foi um pouco mais frio do que o das outras vezes, embora não tenha deixado de ser tenso. A menos que eu tenha perdido, não se ouviu a palavra “mentira”, ainda que os dois candidatos tenham concordado em discordar sobre todos os assuntos. 


Mais uma vez, Dilma quis falar de um Brasil que já passou, citando números conforme lhe dava na telha, e Aécio, de um país que pode ser. Assim, de novo, ela investiu na política do medo, e ele, na da esperança de dias melhores. Dilma repetiu a relação absurda estabelecida no debate da Jovem Pan-UOL-SBT: afirmou que o país só conseguiria chegar a uma inflação de 3% com um choque de juros e triplicando o desemprego. É espantoso que uma presidente da República trate de assunto tão sério com tamanha ligeireza. Dá para entender por que os mercados entram em pânico se acham que sua situação eleitoral melhora? Mais: se, no sábado, ela admitiu que houve roubalheira na Petrobras, no domingo, já ensaiou um recuo. Basta rever o embate para que se constate que essa não é uma leitura que manifesta boa vontade com ele e má vontade com ela.
Um debate, a rigor, para ser sério, tem de contar com honestidade intelectual. A fala final de Dilma foi, de fato, a síntese de suas intervenções: segundo ela, estão em confronto dois modelos: um que teria proporcionado “avanços e conquistas” (o seu), e outro que teria condenado o povo ao desemprego e ao arrocho salarial” (o da oposição). Resumir os oito anos de governo FHC a esses dois termos nem errado chega a ser; é apenas estúpido.
Pela enésima vez foi preciso ouvir Dilma a afirmar que o governo FHC proibiu a criação de escolas técnicas: falso! Que apenas 11 foram construídas na gestão tucana. Falso. Que seus adversários tentaram privatizar a Petrobras. Falso. Que eles pretendem cortar direitos trabalhistas. Falso. Que são contra a participação dos bancos públicos na economia. Falso. O problema do PT na propaganda e no debate é responder a um adversário que o partido inventou, que não existe.
Petrobras
O debate deste domingo serviu para evidenciar como é realmente sensível o caso Petrobras. Se, no sábado, ela admitiu que houve desvios na Petrobras, no debate deste domingo, já foi mais ambígua, falando que há apenas “indícios de desvios”. Uau! Só os “indícios” que foram parar no bolso de Paulo Roberto Costa somam admitidos R$ 70 milhões. João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, é apontado por Costa e Alberto Youssef como um dos chefões do esquema. O partido ficaria com 2% de todos os grandes contratos. O tucano quis saber se Dilma confia em Vaccari, já que o homem é até conselheiro de Itaipu. Ela não respondeu.
Dilma apelou, mais uma vez, ao Mapa da Violência para afirmar que, em Minas, o número de homicídios cresceu mais 50% na gestão de Aécio. E ainda pediu que ele fosse ver a tabela. Eu fui. Ele governou o Estado entre janeiro de 2003 e março de 2010 — logo, os números que lhe dizem respeito são aqueles desse período. Vejam as tabelas abaixo, que trazem os mortos por 100 mil habitantes dos Estados brasileiros e das capitais.
Mapa da Violência - Minas
Mapa da Violência - capitais
Os homicídios no Estado entre 2003 e 2009 tiveram um crescimento de 14%, não de mais de 50%, e os da capital caíram 13,7%. Agora olhem este outro quadro:
Mapa da Violência Minas - ranking


Minas tem a segunda maior população do Brasil, mas está em 23º lugar no ranking dos Estados em que há mais mortes. Vejam lá o que se deu na Bahia do petista Jaques Wagner: ele chegou ao poder com 23,5 mortos por 100 mil, e a taxa saltou para 41,9 em 2002, um crescimento de 78,2%. Que tal analisar o Piauí? Os petistas pegaram o Estado com taxa de homicídios de 10,2; em 2012, era de 17,2, com aumento de 58,2%. A tragédia da incompetência petista na área se repetiu em Sergipe: os petistas assumem em 2007 com taxa de 29,7, e esta se elevou para 41,8 dez anos depois, com crescimento de 40,7%. Mas o PT se comporta como professor de segurança pública. Se deixar, eles dão aula até para São Paulo, que hoje tem a menor taxa do país.

O debate deste domingo não teve pancadaria, mas isso não quer dizer que a verdade não tenha sido sebveramente espancada.
Texto publicado originalmente às 5h05 desta segunda
 
Reinaldo Azevedo

Policiais Federais injuriados com Dilma ameaçam vazar trocas de SMS entre Paulo Costa e Palácio do Planalto

segunda-feira, 20 de outubro de 2014




Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrãoserrao@alertatotal.net

O hoje “colaborador premiado” e ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, trocava mensagens de sms, constantemente, com um aparelho que ficava no Palácio do Planalto. Em pelo menos um dos “torpedos” receptados ou descobertos pelos investigadores da Operação Lava Jato, “Paulinho” (como Lula o tratava nos bastidores) pedia autorização final para “fechar uma operação”.

A consulta de Costa ocorreu no governo Dilma Rousseff – que agora já admite que houve desvios de recursos na Petrobras e, na campanha reeleitoral, tenta vender a versão de que “não gostava de Paulo Roberto”. As investigações indicam que era constante a comunicação direta de Paulo Roberto com a cúpula do governo que agora tenta se descolar dele. Esta é uma das bombas de efeito desmoralizante que uma das cinco “tendências” da Polícia Federal, principalmente aquela mais injuriada com o desgoverno Dilma Rousseff, ameaça liberar no “mercado”, nesta semana decisiva para o segundo turno presidencial de domingo que vem.

A outra bomba, também sobre a Lava Jato, revela onde a maior parte do dinheiro desviado pelo esquema de Paulo Roberto Costa estaria bem guardado. O local de máxima segurança é Cuba – a ilha perdida pelo comunismo dos Irmãos Castro – os fundadores do Foro de São Paulo, em 1990. O problema é que as “reservas” de Costa não estariam disponíveis em dólar, euro ou real. Os recursos teriam sido convertidos em barras de ouro e pedras preciosas, para poderem circular pelo mundo dando menos bandeira que dinheiro em espécie. Outro detalhe é que apenas uma parte desta grana acumulada por Costa está prevista para retornar ao Brasil, obedecendo ao acordo de “colaboração premiada”.  

Dilma Rousseff e sua base aliada não têm mais a mínima condição moral e legal de continuar (des)governando o Brasil, depois de tanta sujeira que emerge nos depoimentos da “Colaboração Premiada” da Operação Lava Jato. A expectativa geral é que as revelações bombásticas varrerão a petralhada do mapa, junto com o esquema que lhes dá sustentação, pela via dos “mensalões” pagos por grandes empreiteiras que fazem negociatas superfaturadas com a máquina estatal capimunista. O problema é a dificuldade cultural e conjuntural para mudar, de verdade, esta verdadeira zona que o imortal Lima Barreto tão bem apelidou de Bruzundanga...

Debate morno


O encontro dos presidenciáveis na Rede Record foi menos tenso que o esperado.
Dilma, novamente, deixou sem respostas perguntas cruciais de Aécio sobre a corrupção na Petrobras:

“Cobrei nestes últimos debates uma posição em relação à Petrobras e não obtive. Quero fazer um reconhecimento de público: ontem, a senhora reconheceu que houve desvios. Quando apresentamos a proposta da CPI, fomos tachados de aproveitadores eleitorais. A senhora confia no seu tesoureiro, João Vaccari Neto, que é conselheiro de Itaipu? A senhora confia nele?”

Aécio também criticou o modelo policialesco do governo Dilma – que alega ser a mãe das investigações:

“As instituições é que investigam. Que triste é o país em que o presidente manda investigar. Isso pode funcionar em algumas ditaduras amigas do seu governo”.

Pilotagem perigosa


Expectativas

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira

Todos nós vivemos de um pouco de alimento, de sonhos e de esperanças.

O próximo decêndio acirrará nossas expectativas.

A gorda vê as grandes rachaduras nos pilares de sua Babilônia.
Uns desejam ardentemente o desabamento e outros o temem (desgraçada antevisão).

Bruxos de todas as crenças bradam por seus demônios.

Chover que é bom nenhuma gota. Talvez canivetes.

Os que tem compromisso com o futuro procuram o mal menor.

Os viciados no ópio do poder e do deboche pressentem uma crise de abstinência.

O Brasil em sua grandeza segue impávido.

Não há energúmeno que o possa abalar.

Um sábio estrangeiro outro dia exclamou:



“ Que maravilha será quando o país tiver um governo apenas ruim. Ele cresceu apesar dos parasitas . Livre da tênia, dos moluscos e dos fungos será incomparável !”

Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.