sexta-feira, 14 de novembro de 2014

AMBIENTALISTAS PREVÊEM EXTINÇÃO DA MATA ATLÂNTICA COM A DUPLICAÇÃO DA RIO-SANTOS


 
 




Trecho da Rio-Santos, em Bertioga.
Uma das principais rodovias do Estado de São Paulo, e constantemente congestionada no verão, a SP-55, conhecida como Rio-Santos, será duplicada em dois trechos a partir de 2016. Contemplada no pacote de investimentos captados pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a rodovia que liga cidades do litoral norte paulista vai receber R$ 300 milhões em recursos.
A obra, no entanto, promete ser polêmica, porque há possibilidade de desmatamento em áreas de preservação ambiental. Os projetos ainda estão em desenvolvimento e devem ser finalizados até o fim de dezembro. O governo estadual prevê três lotes de obras, que devem ser concluídos em meados de 2017 com o objetivo de desafogar o trânsito. Um dos trechos fica entre as praias de Caraguatatuba e Ubatuba, onde os motoristas chegam a perder mais de duas horas no trânsito.
A rodovia, administrada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), será duplicada entre os quilômetros 53,6 e 102, 3, com um investimento de R$ 82,8 milhões. O prazo para a finalização do projeto é de 18 meses.
Neste trecho, a média diária de veículos chegou a pouco mais de 10 mil em 2013. Durante o verão, o volume dobra, de acordo com o DER. Morador de São Paulo, o engenheiro Jorge Duarte, de 32 anos, já levou seis horas para percorrer o trajeto entre Caraguatatuba e Ubatuba. "Ir a Ubatuba no fim de ano é uma experiência de paciência. Duplicar esse trecho com certeza vai me fazer ir mais à praia durante o verão", disse.
Entre Bertioga e Santos, na Baixada Santista, serão duplicados 36,8 quilômetros, orçados em R$ 62,6 milhões. A ampliação da pista deve ser concluída em 15 meses. No trecho seguinte, entre Bertioga e São Sebastião, haverá recapeamento da pista do km 102,3 ao km 211,5, que custará R$ 95,3 milhões, com prazo de um ano e meio para a conclusão. A região tem pista simples e também é um dos gargalos para chegar às praias do litoral norte.
Moradora de Bertioga, a administradora Cintia Carina Lara, de 34 anos, trabalha em Riviera de São Lourenço. Fora da alta temporada, ela faz o percurso de carro entre os dois balneários em 15 minutos, mas no verão abandona o automóvel e tira a bicicleta da garagem. "Chega dezembro e fica impossível ir de carro. Essa pista simples prejudica muito a região. Prefiro ir de bicicleta a ficar presa no congestionamento."
Desmatamento
Um dos impactos dos futuros trechos duplicados da Rio-Santos deve ser o desmatamento da Mata Atlântica. O litoral paulista concentra uma das maiores reservas do bioma no País. Durante a construção da Rodovia Tamoios (SP-099), por exemplo, que serve como alternativa à Rio-Santos, foram desmatados mais de 370 mil metros quadrados de mata - área equivalente à dos Parques da Independência e da Aclimação, ambos na zona sul da capital, juntos.
A diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, vê riscos de prejuízos para a floresta. "O litoral tem a joia da Mata Atlântica, com uma área totalmente conservada. Uma intervenção naquela região pode causar impactos à fauna e à flora do bioma", explicou. "Precisa haver uma grande discussão nesses projetos para que não haja a destruição do restante do nosso patrimônio ambiental."
Segundo o governo, um estudo técnico foi contratado para calcular o impacto ambiental das obras e possíveis alterações nos projetos.
Prefeituras querem ampliar rodovia para melhorar turismo
Pedido recorrente entre os prefeitos das cidades do litoral norte, o anúncio da ampliação da SP-55 criou um clima de otimismo na região. Com a duplicação de dois trechos da rodovia, a intenção é atrair mais veranistas para as praias.
Segundo a prefeitura de Caraguatatuba, mais de 300 mil turistas vão ao balneário anualmente. A previsão é que, a partir de 2017 - com as obras concluídas -, esse número cresça em pelo menos 50%.
"O litoral norte não pode ser penalizado porque está em uma área de preservação. Precisamos de infraestrutura e esse projeto vai colaborar para o desenvolvimento da cidade", disse o prefeito Antônio Carlos da Silva (PSDB).
Em Bertioga, a ampliação da Rio-Santos também vai ajudar o fluxo urbano da cidade, que é dividida pela rodovia. "Nós estamos investindo em obras marginais para os acessos do trânsito interno.
O governo do Estado se comprometeu em fazer a ligação dessas duas obras, o que vai ajudar no nosso crescimento", explicou. De acordo com o município, o projeto prevê a construção de viadutos que separem o fluxo da SP-55 das vias municipais

ROUBALHEIRA DO PT NA PETROBRAS: POLÍCIA FEDERAL ACIONA INTERPOL PARA LOCALIZAR FORAGIDOS DA OPERAÇÃO LAVA JATO.


BLOG DO ALUIZIO AMORIM


Agentes da PF e da Receita Federal em frente ao prédio onde fica o escritório da construtora Camargo Correa, na avenida Brigadeiro Faria Lima, em Pinheiros (SP). A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato. 


A Polícia Federal acionou a Interpol nesta sexta-feira para tentar localizar Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema do petrolão. A Justiça expediu mandado de prisão contra ambos, mas eles não foram localizados pelos agentes.

O irmão do ex-ministro era subordinado ao doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras e lavagem de dinheiro que teria movimentado 10 bilhões de reais.

O juiz Sérgio Moro, da Justiça do Paraná, determinou a prisão temporária (cinco dias) de Adarico Negromonte. Segundo investigadores, contudo, há dois meses, ele não é localizado. Mário Negromonte, irmão de Adarico, ocupou a pasta das Cidades no governo Dilma Rousseff.


"Todos os investigados que não foram localizados já foram registrados no sistema de procurados e estão impedidos de deixar o país", informou nesta sexta o delegado da PF Igor Romário de Paula. Segundo ele, a inclusão desses nomes no alerta vermelho da Interpol está sendo providenciada.


Na sétima etapa da Lava Jato, a PF também prendeu executivos e fez buscas e apreensão em sete das maiores empreiteiras do país, apontadas como o braço financeiro de um esquema de corrupção na estatal. Confira os mandados de prisão decretados pela Justiça Federal:


Prisão preventiva:
1. Eduardo Hermelino Leite, da Construtora Camargo Correa;
2. José Ricardo Nogueira Breghirolli, da OAS;
3. Agenor Franklin Magalhães Medeiros, da OAS;
4. Sergio Cunha Mendes, da Mendes Júnior;
5. Gerson de Mello Almada, da Engevix;
6. Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia.


Prisão temporária:
1) Dalton dos Santos Avancini, da Construtora Camargo Correa;
2) João Ricardo Auler, da Construtora Camargo Correa;
3) Mateus Coutinho de Sá Oliveira, da OAS;
4) Alexandre Portela Barbosa, da OAS;
5) José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS
6) Ednaldo Alves da Silva, da UTC;
7) Carlos Eduardo Strauch Albero, da Engevix;
8) Newton Prado Júnior, da Engevix;
9) Otto Garrido Sparenberg, da IESA;
10)Valdir Lima Carreiro, da IESA;
11) Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC;
12) Walmir Pinheiro Santana, da UTC;
13) Othon Zanoide de Moraes Filho, da Queiroz Galvão;
14) Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão;
15) Jayme Alves de Oliveira Filho, subordinado de Alberto Youssef;
16) Adarico Negromonte Filho, subordinado de Alberto Youssef;
17) Carlos Alberto da Costa Siva, emissário das empreiteiras;
18) Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobras;
19) Fernando Antonio Falcão Soares, lobista


Investigados que sofreram bloqueios bancários:
1) Eduardo Hermelino Leite
2) Dalton dos Santos Avancini
3) João Ricardo Auler
4) José Ricardo Nogueira Breghirolli
5) José Aldemário Pinheiro Filho
6) Agenor Franklin Magalhaes Medeiros
7) Ricardo Ribeiro Pessoa
8) Walmir Pinheiro Santana
9) Sérgio Cunha Mendes
10) Gerson de Mello Almada
11) Othon Zanoide de Moraes Filho
12) Ildefonso Colares Filho
13) Valdir Lima Carreiro
14) Erton Medeiros Fonseca
15) Fernando Antonio Falcão Soares
16) Renato de Souza Duque


ADVOGADO AMERICANO PODERÁ LEVAR O PETROLÃO PARA OS TRIBUNAIS DOS ESTADOS UNIDOS


sexta-feira, novembro 14, 2014


Jason Coomer: de olho no petrolão.
O site do advogado americano Jason Coomer possui uma seção específica para processos de delação de corrupção do governo brasileiro. 



Coomer encoraja internautas que “tenham conhecimento de contratos fechados por meio de suborno ou contrapartidas ilegais” a entrar em contato, pois as recompensas previstas na legislação dos Estados Unidos variam de 10% a 30% do valor do suborno e de possível superfaturamento.
 
 
 
Apesar de ser uma publicação que precede as revelações da operação Lava Jato, a Petrobras já era um dos principais alvos de Coomer, pois ao combinar as enormes reservas de petróleo e gás com investimentos estrangeiros diretos, a estatal faria do Brasil o quinto maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas da Rússia, Arábia Saudita, EUA e Irã.
 
 
O site afirma que o Brasil é um dos países que atrai muitos investidores internacionais e “essa ferrenha competição combinada com o histórico brasileiro de corrupção no governo será um teste para inúmeras leis anti-suborno”.
 
 
Como forma de incentivar delatores, Coomer lista várias companhias ligadas à indústria do petróleo condenadas pela lei anti-corrupção nos EUA, bem como os valores dos respectivos acordos selados junto à Securities and Exchange Comission (CMV americana). Confira abaixo a lista e os valores pagos nos acordos.
 
 
Panalpina – Subornou autoridades na Nigéria, Angola, Brasil, Rússia e Cazaquistão. US$ 81,9 milhões / Pride International – US$ 56,1 milhões /
Royal Dutch Shell – US$ 48,1 milhões / Transocean – US$ 20,6 milhões / Noble Corporation – US$ 8,1 milhões  / Tidewater –  US$ 7,5 milhões / GlobalSantaFe – US$ 5,8 milhões. Do site Diário do Poder
 
 

Oposição irá até as últimas consequências, avisa Aécio.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014



O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta sexta-feira, 14, que a Petrobrás está "maculada". Ao comentar os desdobramentos da sétima fase da Operação Lava Jato, que nesta manhã prendeu um ex-diretor da estatal e executivos de empreiteiras, o tucano disse que a prisão reforça ligação do PT nas suspeitas de corrupção envolvendo a petroleira. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou sentir "vergonha" de falar sobre as denúncias.


Em encontro realizado em São Paulo com correligionários para agradecer a votação recebida no Estado nas eleições presidenciais, Aécio usou parte do seu discurso para atacar a gestão do governo federal. Segundo ele, a estatal incorporou "a marca perversa da corrupção".

Durante a sua fala, Aécio disse ainda que enquanto o PT celebra as eleições, um "importante diretor da Petrobrás indicado pelo PT" era preso. "A Petrobrás está maculada pela irresponsabilidade de alguns de seus diretores", disse. Na sétima etapa da Lava Jato, foi preso temporariamente Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás, área comandada por ele entre 2003 e 2012. Para o senador, a prisão de Duque "vai deixar muita gente sem dormir" porque, segundo ele, representa o elo mais forte com o partido.

O tucano criticou também o fato de o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ter aberto investigação contra delegados da Polícia Federal pelo fato de eles terem manifestado nas redes sociais simpatia pela sua candidatura do neste pleito. Para Aécio, a ação é inadmissível e Cardozo deveria estar atento ao que acontece na Petrobrás. Ao falar sobre o escândalo na estatal, o senador Aloysio Nunes ironizou: "A casa caiu."

Meta fiscal. Em rápida entrevista coletiva concedida antes do evento, que reuniu no mesmo palco Aécio, o ex-presidente Fernando Henrique, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador mineiro disse que a oposição fará tudo que estiver ao seu alcance para impedir que o governo altere a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a meta fiscal.

 "Vamos até as últimas consequências para evitar alteração na LDO e vamos impedir qualquer manobra no Congresso. A oposição vai reagir porque o Brasil não pode virar a casa da mãe Joana, onde cada um faz o que quer", disse.



Segundo Aécio, a oposição poderá, inclusive, impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal para impedir que o governo altere a LDO. (Estadão)

Governo publica portaria que valida plano para conservar onça-pintada


ICMBio vai implementar ações até 2017 para conter redução da população.
Em quase 30 anos, houve um declínio de 30% na população de onças.

Do G1, em São Paulo
Onça-pintada aparece durante pescaria de dourados no programa Terra da Gente (Foto: André Natale)Objetivo do plano é conservar a população desta espécie em todo o Brasil
 
 
O governo federal publicou nesta sexta-feira (20) no Diário Oficial da União portaria que valida o Plano de Ação Nacional para conservação das onças-pintadas, com o objetivo de implementar iniciativas para proteger a espécie, ameaçada de extinção.


O foco principal do plano é conseguir, até junho de 2017, reduzir a perda e fragmentação dos habitats desses felinos, além de diminuir o número de mortes causadas pela caça esportiva, preventiva ou mesmo para segurança pessoal. Além disso, vai disseminar informações necessárias para conservação da espécie.


Criado em 2009, deve ser implementado ainda este ano pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que designou o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP) como responsável pela implantação.


“A publicação da portaria valida o trabalho desenvolvido em parceria com a sociedade e estabelece as diretrizes de governo para a conservação da espécie”, explica Ronaldo Morato, coordenador do Cenap.

Censo das onças
No fim do ano passado, pesquisadores brasileiros avaliaram pela primeira vez a situação das onças-pintadas em cada bioma do país e constataram que este mamífero está criticamente em perigo na Mata Atlântica e na Caatinga, além de apontar uma redução de 10% na população desses felinos na Amazônia nos últimos 27 anos.


Com uma população total estimada de 55 mil espécimes, os cientistas creem que em quase três décadas houve um declínio de 30% na população efetiva, ou seja, uma queda no número de onças-pintadas capazes de se reproduzir e deixar descendentes férteis.

A fragmentação de florestas devido à urbanização, desmatamento para expansão agrícola e venda de madeira, além da caça predatória e retaliação por morte de animais domésticos ou gado estão entre os principais motivos para a redução de espécimes nos últimos anos.


O estudo atualiza informações sobre as onças-pintadas para a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), que elabora a “Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas”, que já contém 65.518 diferentes nomes de bichos e plantas que podem desaparecer nos próximos anos.


Habitat fragmentado
Na Mata Atlântica, nos últimos 15 anos houve perda de 80% da população efetiva. Entre as causas para esta redução está o desenvolvimento dos centros urbanos, que fragmenta áreas verdes necessárias para a sobrevivência das onças e eleva o risco de desaparecimento na região costeira do Brasil. Além disso, há ainda o desmatamento ilegal.


Na Caatinga, outro bioma crítico para as onças, a eliminação de indivíduos por caça e retaliação por predação de animais domésticos e gado é uma “grande ameaça”, conforme o estudo, e causa uma redução drástica de animais na região. A pesquisa sugere a existência de 250 onças-pintadas com capacidade de reprodução nesta região.

No Cerrado, onde a situação da onça-pintada está na categoria “em perigo”, há estimativa de que existam 250 espécimes que conseguem se reproduzir e gerar descendentes. De acordo com o estudo, as onças existentes estão espalhadas pelo bioma e já está comprovado um declínio populacional em consequência de atividades humanas. No Pantanal, a classificação está no patamar "vulnerável" e a população de onças é estimada em mil indivíduos.

Gente boa!!!Gorilas órfãos adotam guarda florestal como 'mãe' no Congo

 Andre Bauma e um de seus 'filhos': guarda florestal cuida de quatro órfãos  (Foto: Virunga National Park)






O guarda florestal Andre Bauma cuida, há sete anos, de gorilas da montanha dos órfãos, em Virunga, o mais antigo parque nacional da África, na República Democrática do Congo. Ele diz amá-los como se fossem seus próprios filhos.


Uma gorila, Ndakasi, é particularmente próxima a Bauma. Ela o vê como mãe. Apesar de ser homem, humano, Bauma assumiu o papel.


"Nós compartilhamos a mesma cama, eu brincava com ela, eu a alimentei... Então, posso dizer que eu sou sua mãe", diz ele.

Eles se conheceram em circunstâncias terríveis. Ndakasi era um bebê de dois meses de idade quando sua mãe foi baleada à queima-roupa na parte de trás da cabeça - o parque descreveu a ação como uma "execução". Ndakasi ainda estava agarrada à mãe morta quando Bauma a encontrou.

"Ela era pequena, pesava apenas uns dois quilos", diz Bauma.

Desde que a resgatou do chão da floresta, o guarda tem dedicado sua vida a salvar a dela.

"Cada gorila é crucial, porque é uma espécie em vias de extinção - por isso, tivemos que cuidar dela", conta.

Ndakasi nasceu em um renomado grupo de gorilas da montanha, a família Rugendo, que teve quatro de seus membros mortos no ataque em 2007.

Acredita-se que o comércio ilegal de carvão seja o motivo por trás do ataque. O ex-superintendente de Virunga, Honore Mashagiro, foi acusado de envolvimento com atividades ilegais, mas nunca foi condenado.

A lei diz que nenhuma atividade humana é permitida dentro do parque - e os guardas estão lá justamente para evitá-las.

130 guardas assassinados

É um trabalho perigoso: desde 1996, mais de 130 guardas florestais foram mortos.

"Estamos constantemente sendo ameaçados, não só por milícias dentro do parque, mas também, em geral, pela população", diz Bauma.

"Há muita pobreza, e as pessoas tentam sobreviver usando recursos naturais do parque, seja madeira para fazer carvão, campos para a agricultura ou a pesca ilegal".


Bauma agora dirige o orfanato de gorilas, localizado na sede do parque, em Rumangabo. Ndakasi foi o primeiro animal a ser alojado, mas ela logo ganhou a companhia de Ndeze, outro membro da família Rugendo. Depois vieram mais duas fêmeas e um macho. Um dos órfãos acabou morrendo.

Ninguém acreditava que Ndakasi sobreviveria, mas ela cresceu e tem hoje 65 kg. Porém, ainda se comporta como um bebê.

"Sempre que ela me vê, sobe nas minhas costas como faria com a mãe", diz Bauma. "Mas ela é uma menina grande e forte e já não sou capaz de brincar com ela como costumava. Na verdade, no final do dia tenho dor nas costas."

Os guardas se comunicam com os gorilas usando uma combinação de gestos e comandos de voz.

"Por exemplo, há uma chamada - um grunhido longo, mas baixo - para dizer: 'Estou aqui, eu vou ficar ao seu lado, está tudo bem'", diz Bauma.

"Eu também posso proibir alguma coisa", diz ele. "Eu posso dizer: 'Isso não é bom, você não deve fazer isso'". Essa ordem é dada através de séries de curtos "uh, uh, uh".

A comunicação não é um problema. "Eles (os gorilas) são muito inteligentes. Posso ouvir pelo tom de voz se eles estão com medo de algo, se estão preocupados, se há algo errado com a comida, se sentem que estão em perigo..."

"Existem diferentes sons que eles fazem. E como temos vivido juntos por muito tempo, consigo reconhecer bem o seu estado de espírito."

Se os gorilas se comportam mal, agarrá-los à força não é uma opção: os órfãos estão agora mais fortes do que os seus cuidadores. "Você não pode forçá-los a nada, porque, se decidirem ser teimosos, você está em maus lençóis", diz Bauma.

Por exemplo, se um órfão escapa do abrigo, pode levar horas para levá-los de volta para dentro - a "brincadeira favorita" dos gorilas é brincar de pega-pega, o que não é nada divertido para os cuidadores.

Felizmente, Bauma tem uma arma secreta: saquinhos de batatas fritas.
"Quando você dá algo que gostam, eles te veem como amigo. Nós não damos a eles como alimento, mas sim como uma tática para lidar com eles", explica.


Filme e Di Caprio

 

 

O Parque Nacional de Virunga é uma das áreas mais biologicamente diversas no planeta. Foi criada em 1925 com o objetivo principalmente de proteger o gorila da montanha. Ali, estão cerca de um quarto dos 890 restantes no mundo.

De acordo com a organização WWF, um animal pode gerar indiretamente US$ 4 milhões em receitas turísticas durante sua vida. Na década de 1970 o parque cresceu em popularidade, acolhendo uma média de 6,5 mil visitantes por ano.


Mas sofreu terrivelmente com as décadas de conflitos que se seguiram.


Os assassinatos de gorilas em 2007 foram o estopim para um ponto de inflexão. Um novo diretor do parque foi nomeado e a boa fase parecia ter voltado.


O número de turistas aumentou, chegando novamente à casa dos milhares.
Mas, em 2012, um novo movimento rebelde, o M23, se deslocou para perto de Virunga e o parque acabou fechado para visitantes. Ao mesmo tempo, havia ameaça de exploração de petróleo por parte de uma empresa britânica.


Estes tempos turbulentos foram documentados no filme Virunga, dirigido por Orlando von Einsiedel e que tem Leonardo di Caprio como produtor executivo. O filme estreou mundialmente no Netflix na sexta-feira.

 Gorila diverte-se com um dos tratadores: espécie está ameaçada  (Foto: Orlando von Einsiedel)


Em determinado momento do documentário, enquanto a insurgência do M23 ameaça a sede do parque, Bauma consola uma jovem gorila assustada.


"Estamos muito preocupados com a guerra, estamos ouvindo tantas bombas, muitas, muitas bombas", diz ele, acariciando o pelo da gorila.


Em certo ponto, a milícia M23 chegou tão perto que todos na área foram obrigados a deixar o local - exceto os guardas, armados com rifles.


"Eu me senti na obrigação de ficar com os gorilas", diz Bauma. "Você tem que justificar por que está neste mundo. Os gorilas justificam a razão de eu estar aqui, eles são a minha vida. Se é para morrer, vou morrer pelos gorilas."



A milícia não chegou a invadir o local. Bauma diz que não poderia ter entrado em conflito com os rebeldes, porque "não temos os meios para combatê-los".


"Não somos políticos, somos pessoas que tentam preservar a natureza, e a natureza é de todos, de todos os congoleses e pessoas no mundo. As coisas correram bastante bem. Enquanto estiveram aqui, eles não causaram danos maiores, porque escolhemos essa abordagem pacífica."

Longo prazo

 

Em outubro de 2013, o Exército congolês recapturou Rumangabo dos rebeldes do M23. Em um acordo assinado com a WWF, a empresa Soco, do Reino Unido, se comprometeu a acabar com operações de exploração de petróleo em Virunga.


Mas, para que o parque permaneça seguro a longo prazo, a Unesco pediu que o governo congolês abandone todos os planos de extração de petróleo na área.
A reserva tem outros inimigos. Em abril, o seu diretor, Emmanuel de Merode, foi baleado e ferido em uma emboscada.


Bauma diz que é difícil decidir o que fazer com os órfãos no longo prazo. "Nosso objetivo sempre foi liberá-los para a vida selvagem", afirma. No entanto, os esforços dos guardas para permitir que os gorilas cresçam fortes podem ter saído pela culatra.


"Como os alimentamos principalmente com alimentos que compramos no mercado - fruta, cenoura, maçã - e não são realmente alimentos que eles podem encontrar na natureza, e eles dormem dentro de casa, poderemos ter problemas ao liberá-los."


Por enquanto, a decisão é que os órfãos permaneçam em seu orfanato. Isto significa que Bauma passará três semanas em Virunga, com sua família gorila, e uma semana em casa, com sua família humana.


E os humanos, têm ciúme?


"Minha família humana entende que o meu trabalho com os gorilas é importante", diz ele.


"Eu não diria que eu amo os gorilas mais do que a minha família humana, mas vou tentar encontrar um equilíbrio. Eles são muito importantes para mim. Dou uma parte do meu amor à minha família gorila e outra parte à minha família humana". Gorilas estão no centro de disputas sobre o parque, que involvem a extração de petróleo  (Foto: Orlando von Einsiedel)

Especialistas debaterão opções ao desmatamento durante COP20



LIMA, 14 Nov 2014 (AFP) - Mais de mil especialistas e representantes internacionais debaterão, à margem da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP20), em Lima (Peru), alternativas ao desmatamento no mundo, causa da quarta parte das emissões de gases de efeito estufa, informou o ministro peruano do Meio Ambiente nesta sexta-feira.

O Fórum Global sobre Paisagens, em 6 e 7 de dezembro, será realizado no âmbito da COP20, informou, durante coletiva de imprensa, o ministro e presidente da conferência, Manuel Pulgar Vidal.

Durante este fórum, representantes governamentais da sociedade civil e especialistas discutirão propostas para reduzir os impactos ambientais negativos nas florestas, relacionados com o mau uso do solo, causador de 24% das emissões de gases de efeito estufa, destacou o Centro para a Pesquisa Florestal Internacional (CIFOR).

"Trata-se do maior evento paralelo à COP20", indicou o coordenador regional para a América Latina do CIFOR, Manuel Guariguata, ao ressaltar a importância do fórum.

"O uso do solo (das florestas) será um dos temas centrais da COP20", acrescentou.

No Brasil, Peru e Indonésia, assim como em outros países, o mau uso do solo gera conflitos sociais entre indígenas, mineiros, ambientalistas e agricultores, explicou o CIFOR.

Após alcançar o menor nível histórico, o desmatamento da floresta amazônica no Brasil aumentou no período 2012/2013, quando atingiu 5.981 km2 (+29%). Mudanças no uso do solo e desmatamento respondem pela maior parte das emissões de gases estufa do país.

O mínimo histórico foi alcançado em 2011/2012, com 4.571 km2 de desmatamento.

O governo ainda não revelou o resultado do período 2013-2014, encerrado em agosto, pois os dados oficiais são divulgados no fim de novembro. Mas dados parciais de detecção por satélite indicam que o desmatamento voltou a aumentar.

Quanto ao Peru, responsável por 0,4% do total de emissões do planeta, segundo o ministro, o desmatamento na Amazônia devastou 10 milhões de hectares, segundo cifras oficiais, o que representa 40% das emissões de carbono do país, concluiu o ministro.

Lima sediará a conferência da ONU com o objetivo de preparar um novo acordo sobre as mudanças climáticas, que deverá ser aprovado em 2015, durante outra reunião de cúpula, em Paris.

Brasil cumpre só 66% de metas do G20, diz estudo



O Brasil não é bom aluno no G20, o clube das 20 maiores economias: levantamento dos compromissos que eles implementaram mostra o país atrás de 11 parceiros, empatado com 4 e à frente de 4.


O levantamento foi feito pelo Grupo de Pesquisa do G20 da Universidade canadense de Toronto, divulgado nesta quinta (13) em Brisbane, cidade que abriga a sétima cúpula do G20.


Analisou 281 compromissos assumidos na cúpula anterior, entendendo como compromisso uma declaração de intenção pública ou promessa de adotar determinada ação, de macroeconomia a comércio, de trabalho a clima.


O Brasil cumpriu 66% dos compromissos, quando a média geral é de 71%. Se fossem escolares, os países do G20 não seriam reprovados, mas "os pais gostariam que tivessem desempenho melhor", diz John Kirton, diretor do grupo de estudos canadense.


Para ele, o ideal é que o G20 criasse um organismo independente para acompanhar as promessas.


De certa forma, a cúpula deste ano fará isso: cada país apresentou planos de investimento que serão acompanhados pelo FMI e pela OCDE. O secretário australiano do Tesouro, Joe Hockey, festejou as quase mil iniciativas propostas (sete são do Brasil). Mas, ressalvou, "o desafio será implementá-las".

Perplexidade em Brasília


por Gerson Camarotti


Um clima de perplexidade tomou conta do mundo político em Brasília com a nova etapa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Parlamentares da base aliada estão preocupados com o que consideram um avanço rápido das investigações em cima dos corruptores – os executivos de grandes empreiteiras.
No Palácio do Planalto o ambiente é de preocupação.


Apesar da ressalva de assessores do governo de que pessoalmente a presidente Dilma Rousseff está blindada, há o reconhecimento interno de que o aprofundamento das investigações vai criar uma crise política sem precedentes, além de fragilizar a imagem da Petrobras, a maior estatal do país.



Um integrante do governo reconhece, porém, que apesar da blindagem de Dilma,  a gestão da estatal durante o período do governo Lula já está atingida. Assessores mais próximos da presidente já defendem internamente que é preciso fazer um discurso preventivo para mostrar que Dilma iniciou mudanças na estatal, com demissão dos ex-diretores. E que, por isso, é preciso estabelecer uma separação entre as administrações da Petrobras no período Lula e no período Dilma.


Se aliados estão em pânico, no PT a situação consegue ser pior, com a prisão do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligado diretamente ao partido. Quando foi nomeado para a Diretoria de Serviços da estatal, em 2004, o padrinho político dele era conhecido por todos no Palácio do Planalto: o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que depois foi condenado no processo do mensalão.


O dúvida no PT é sobre a capacidade de resistência de Duque dentro da prisão. No partido, todos citam que a resistência do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi enorme. Mas que fragilizado psicologicamente depois de meses de prisão num regime rígido, acabou entregando todo mundo. O mesmo aconteceu com o doleiro Alberto Youssef.


Advogados de políticos estão sendo consultados pelos clientes desde que foi noticiada a operação da PF no início da manhã desta sexta (14). Senadores e deputados de partidos aliados foram surpreendidos com a prisão dos diretores e executivos das empreiteiras fornecedoras da Petrobras. Muitos desses executivos têm relação de proximidade com políticos já citados nas delações premiadas.


“Todo mundo está querendo entender a extensão dessa investigação. Ninguém imaginava uma operação dessa dimensão da Polícia Federal. Tudo está andando numa velocidade muito maior do que foi no escândalo do mensalão. Muito em breve, a operação vai atingir a classe política. Já é a maior crise política depois do impeachment de Collor”, avaliou um senador da base aliada, para em seguida completar: “E esse ambiente irá contaminar definitivamente o governo Dilma”.

Onze presos da Lava Jato seguirão hoje para Curitiba

Onze prisioneiros da Operação Lava Jato deixaram a sede da Polícia Federal em São Paulo, no bairro da Lapa, em direção ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em uma van preta com vidros escuros da PF. 


Em um micro-ônibus, também da PF, segue todo o material apreendido na sede de algumas das principais empreiteiras do País - são computadores, documentos, livros contábeis e outros papéis que interessam à investigação.


De Cumbica, os prisioneiros da Lava Jato seguirão para Curitiba (PR) onde estão concentradas as investigações sobre o escândalo de corrupção e propinas na Petrobras, envolvendo políticos e partidos.


Eles foram detidos na sétima fase da operação, deflagrada nesta sexta-feira, 14, suspeitos de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. Foram presos executivos e realizadas buscas e apreensão em sete das maiores empreiteiras do País, apontadas como o braço financeiro de um esquema de corrupção na estatal.


Fonte: Estadão Conteúdo Jornal de Brasília

Rollemberg terá que usar orçamento de 2015 para pagar férias dos professores


Estima-se que o rombo dos cofres do governo para o próximo ano chegue a R$ 1 bilhão. A medida viola a Lei de Responsabilidade Fiscal
 
 

O pagamento do abono de férias e dos vencimentos dos professores da rede pública de ensino do Distrito Federal enfrenta riscos.


A constatação é da equipe de transição do governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB), que se reuniu pela primeira vez, ontem, com todos os coordenadores da equipe.


Segundo dados apresentados ao governador, para evitar problemas no calendário escolar do ano que vem, o atual governo terá que compromenter o orçamento de 2015.


“Há um déficit muito grande e uma dificuldade significativa do governo para fechar a folha de pagamento. As informações que temos dão conta de que parte dos pagamentos referentes a dezembro terão que ser pagos com o orçamento de 2015, especialmente as férias e adiantamento dos professores.


É fundamental que isso seja feito até o dia 5 de janeiro, para que não haja problemas no calendário escolar. São providências que terão que ser tomadas”, revelou Rollemberg, à noite.


Estima-se que o rombo dos cofres do governo para o próximo ano chegue a R$ 1 bilhão. A medida viola a Lei de Responsabilidade Fiscal.



Prazo até o dia 5
Rollemberg explica que o valor tem que ser depositado na conta dos professores até o dia 5 de janeiro, para só então os professores saírem de férias. O retorno dos professores para as escolas está previsto para o dia 4 de fevereiro e dos alunos de escolas públicas, para o dia 9 de fevereiro de 2015.
De acordo com a equipe de transição, caso se comprove a utilização de recursos de 2015, isso ocorrerá pela primeira vez na história do DF.



Problemas nos serviços
O governador eleito voltou a criticar a falta de pagamento às empresas que prestam serviços ao Governo do Distrito Federal. Ele destacou problemas na saúde, com a falta de repasse de recursos as empresas que fornecem a alimentação aos hospitais, a greve no transporte público que durou oito dias e, mais recentemente, a paralisação no corte e poda de árvores.



Saiba mais
Começaram ontem a chegar as primeiras informações solicitadas pela equipe de transição ao atual governo. Os dados, segundo a equipe, ainda estão sendo analisados, porém já se sabe que são genéricos. Entre  informações solicitadas estão o fim de contratos, como o de manutenção do Metrô e  de serviços essenciais.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília



5 Comentários

wesley de p?dua

Folha de pagamento do mês de dezembro é responsabilidade do governo Agnelo...Violação da lei de responsabilidade fiscal, rombo na casa de 1 bilhão de reais! Já era de se esperar...
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manoel messias

e sempre assim,durante a campanha o rolemberg tinha soluçao pra tudo,agora vem com esse lenga-lenga!
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Oxe

92,7% do orçamento próprio do DF é usado p pagar PESSOAL. A conta fecha, NO SUFOCO, com uso do Fundo Constitucional, que, por si, é injusto com o resto do país, pois, por exemplo, a PMDF e a PCDF são polícias de característica estadual simples, sem justifictiva alguma de aporte federal. O serviço público afundou o GDF em compromissos tão sem prioridade social como inviáveis economicamente.
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francisco jose

Mais um ano e a mesma coisa , os governadores entram e sai e os professores, sempre ouve a lenga-lenga dels, não tem dinheiro para pagamento justo e que os governadores esquecem, que um profissioanl valorizado e bem remunerado, faz ainda melhor cidadãos para o futuro do Páis, respeitem o filho do trabalhador, UFA!!!, já chega de disso.
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Oxe

O gasto com pessoal no DF é um roubo! Muita gente recebendo fortunas, entre aposentadorias e remunerações. O DF precisa de gestão urgente: CORTE DE PESSOAL efetivo, e mudança de regras de aposentadoria.
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Aécio se impõe como líder tucano em SP e PSDB pode ter guerra interna em 2018


Por Anderson Passos - iG São Paulo |


Oficialmente, senador vai a SP agradecer votação, mas articula para não deixar que reeleição de Alckmin atrapalhe seu projeto

O PSDB paulista prepara para esta sexta-feira (14), na capital, um ato político em que o presidenciável e senador mineiro Aécio Neves se dirigirá aos seus correligionários para agradecer a expressiva votação obtida na eleição presidencial no Estado, onde teve 64% dos votos válidos no segundo turno.


O ato também é uma oportunidade de o mineiro fortalecer sua imagem em um reduto que, até as eleições deste ano, não lhe era caro. Ou seja: ao mesmo tempo em que afagará os paulistas, deixará claro que é o dono da oposição e do projeto para chegar à Presidência em 2018.


Futura Press
Aécio e Alckmin durante evento em São Paulo
A ameaça a esse projeto tem nome e sobrenome: Geraldo Alckmin. O governador paulista, reeleito no primeiro turno em 2014 (mantendo uma hegemonia que em 2018 chegará a 24 anos de poder), será a aposta dos paulistas para finalmente destronar o PT do Palácio do Planalto.


Abertamente, Alckmin não cogita a possibilidade, mas articulações de bastidores dão indícios de que mineiros e paulistas podem apoiar nomes diferentes.
Um exemplo: o deputado estadual Pedro Tobias, aliado de Alckmin, postulará seu retorno à presidência estadual do PSDB em São Paulo. A eleição será em maio do ano que vem.


A escolha no diretório tucano tem ampla influência do governador, que praticamente aponta o ocupante do cargo em revezamento entre os representantes da bancada federal e estadual. Hoje, o presidente é o deputado federal Duarte Nogueira, que substituiu o próprio Tobias em maio de 2013.
Com Tobias à frente do diretório, Aécio Neves não teria sua candidatura ao Planalto assegurada em São Paulo.



Alckmin, por sua vez, tem emitido sinais de que quer se desvincular do discurso radical antigoverno adotado recentemente pelo PSDB e por suas lideranças mais proeminentes. Na última quarta-feira (12), por exemplo, durante a assinatura de contratos para a construção de rodovias - serão financiadas por bancos estrangeiros - em Nova York (EUA), Alckmin condenou o discurso pessimista sobre o Brasil.

"Às vezes na imprensa, como na economia e na política, há muita ansiedade. Então às vezes nós vamos para os extremos. O Brasil de alguns anos atrás era a 'bola da vez’. E não era bem assim, havia um conjunto de desafios que não estavam vencidos. Agora é o contrário. Vai tudo mal, um pessimismo total. E isso também não é verdade."

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PSDB tenta fugir do rótulo conservador, mas vira referência para voto da direita
Já Aécio Neves aponta que Dilma Rousseff, se submetida ao regramento do Procon, teria de devolver o mandato obtido nas urnas por ter mentido para os eleitores.


"Se houvesse um Procon das eleições, a presidente Dilma estaria hoje sendo instada a devolver o mandato que recebeu", comentou o tucano sobre a proposta do Executivo de extinguir a meta de superávit fiscal contida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada ao Congresso.


Em entrevista à "Globonews", Alckmin se dirigiu a Dilma como “presidenta” e justificou que a chamava assim porque a petista “gosta desse tratamento”.
Aécio e aliados como o senador Aloysio Nunes – seu vice em 2014 – sequer acenam com qualquer diálogo para com Dilma no plano nacional.


Operação São Paulo
Membro da Executiva Nacional do PSDB e ex-secretário geral do partido no Estado, Cesar Gontijo relembra que ele, o ex-presidente estadual Pedro Tobias, o deputado federal José Aníbal e o deputado estadual Ramalho da Construção, com a anuência do então presidente nacional Sérgio Guerra (falecido), foram os responsáveis pela inserção de Aécio em São Paulo.


O primeiro evento foi o lançamento do núcleo sindical do partido capitaneado por Ramalho em 2012. No ano seguinte, em março, Aécio foi “batizado” ao participar do Congresso Estadual do PSDB-SP.


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“O abertura do evento era para ter duração de 20 minutos com discursos do presidente estadual Pedro Tobias, do presidente Fernando Henrique Cardoso, do governador Geraldo Alckmin e do Aécio Neves. Mas o governador [Alberto] Goldman e o senador Aloysio [Nunes Ferreira] também apareceram e discursaram a favor de Aécio”, lembrou Gontijo. Os dois últimos são aliados do ex-governador José Serra.
Estava lançada a senha para que Aécio fosse o candidato ao Planalto. “Ali o diretório do PSDB de São Paulo disse ao Brasil que o candidato à Presidência era Aécio Neves”, exaltou o integrante da Executiva Nacional.
O tucano mineiro participaria ainda de outros 14 encontros regionais do partido no Estado e chegou a declarar: “Nunca vi partido mais orgânico, mais organizado, mais forte do que o PSDB de São Paulo”.


Cesar Gontijo sustenta que o apoio a Aécio eclodiu da militância e chegou às esferas mais altas do partido. Para o dirigente, Aécio é hoje um candidato natural em 2018 porque reúne três elementos fundamentais a seu favor: as pesquisas eleitorais, a união do partido em torno dele e a participação de aliados.


Saco cheio
Para um dos vices-presidentes nacionais do PSDB, o ex-governador paulista Alberto Goldman, a rivalidade entre as seções mineira e paulista do partido nunca existiu. "Nós, do PSDB de São Paulo, jamais tivemos animosidade com ninguém", frisou, acrescentando que Aécio Neves obteve a forte adesão dos paulistas ao seu projeto por conta "de uma realidade polítca na qual grande parte dos paulistas tinham rejeição ao PT no poder".


O deputado federal tucano José Aníbal (SP) considera que a vitória expressiva de Aécio Neves sobre Dilma Rousseff no Estado é apenas uma prova de que “São Paulo encheu o saco” e fez jus às suas tradições históricas de cobrar mudanças por parte do governo federal.


“A opinião pública quer mudanças. A sociedade não tolera inércia. São Paulo encheu o saco. Esse crescimento zero é desastroso para o Brasil, significa o fim das oportunidades e das esperanças para milhões de jovens. São Paulo apenas cumpriu seu papel histórico de cobrar mudanças e agora está amarrado”, resumiu Aníbal ao iG.


Ele evitou entrar no mérito sobre o ineditismo de um quadro mineiro ter conseguido angariar tamanho apoio em território paulista, diferentemente de eleições presidenciais anteriores, quando dirigentes dos dois estados trocaram acusações sobre a falta de engajamento político de um e de outro.


Ligado ao governador paulista Geraldo Alckmin, o suplente do senador eleito José Serra também evitou projetar um possível confronto entre os dois líderes com vistas às eleições de 2018. “Sou muito feliz e, tenho certeza, o PSDB é muito feliz por ter duas lideranças com a envergadura de Aécio Neves e Geraldo Alckmin”, desconversou.
Eleições passadas
A se confirmar um confronto entre Aécio Neves e Geraldo Alckmin em 2018, será reeditada uma briga parecida com a das eleições presidenciais de 2006, quando o tucano paulista foi o postulante ao Planalto.


Alckmin conseguiu ainda chegar ao segundo turno contra o candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva, reflexo das denúncias do mensalão. No entanto, no segundo turno, os mineiros não apoiaram o tucano e o País assistiu à recondução do petista.



Em 2010, a briga entre paulistas e mineiros no ninho tucano foi mais intensa com Aécio Neves, já fora do governo mineiro e eleito ao Senado. De outro lado, em São Paulo, o então governador José Serra deixou para se desincompatibilizar do cargo no final do prazo, em abril, envolto em mistério.


Embora não fosse o nome preferido do então presidente do partido Sérgio Guerra, Serra já se articulara a tal ponto no partido que nem mesmo uma prévia daria chances a Aécio, que acabou se retirando da peleja interna.


A resposta do povo mineiro a Serra acabou vindo nas urnas: o paulista foi derrotado por Dilma nos dois turnos da eleição presidencial por larga vantagem de votos em Minas Gerais – Estado natal de Dilma e Aécio.

Povos e comunidades tradicionais não participaram do processo de construção do Projeto de Lei, que está sob regime de urgência no Congresso.

 

nota pública



Na tarde da última terça-feira (11) ocorreu na Câmara dos Deputados, no plenário Ulysses Guimarães, uma Comissão Geral sobre o Projeto de Lei (PL) 7735/2014, que trata do acesso e uso dos conhecimentos tradicionais e recursos genéticos e que foi encaminhado sob regime de urgência pelo Poder Executivo ao Congresso.
Representantes das indústrias farmacêuticas e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior admitiram, durante a Comissão Geral, que o governo está debatendo o teor do PL 7735 a três anos com o setor industrial. No entanto, povos e comunidades tradicionais foram excluídos intencionalmente do processo. Não houve qualquer tipo de discussão ou consulta aos povos indígenas, comunidades tradicionais e camponeses.
Uma carta assinada por 54 organizações manifesta repúdio ao Projeto de Lei e a forma como o mesmo tem tramitado. Leia o documento na íntegra:
De onde brotam os espinhos
Brasília, 11 de novembro de 2.014
Os Povos e Comunidades Tradicionais e Agricultores Familiares do Brasil, em nome próprio, representados por suas entidades e entidades parceiras que subscrevem a presente, com base nos artigos 8 ‘j’, 10 ‘c’ da Convenção da Diversidade Biológica, promulgado pelo Brasil no Decreto nº. 2.519/1998, a Convenção 169 da OIT, promulgada no Decreto nº 5.051/ 2004, especialmente em seus artigos, 5, 6 e 7, no Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura, promulgado no Decreto nº 6.476/2008, especialmente em seu artigo 9, na Constituição Federal, especialmente nos artigos 215, 216 e 225, no Decreto 6.040/2007, Lei 10.711/2003, Lei 11.326/2006, e Decreto 7.794/2012, vêm a público manifestar repúdio ao Projeto de Lei que tramita na Câmara Federal sob o nº 7.735/2014, encaminhado em regime de urgência pelo Poder Executivo, sob pressão do Ministério do Meio Ambiente, Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e denunciar os poderes Legislativo e Executivo Nacionais pela violação aos Direitos dos Agricultores Familiares, Povos e Comunidades Tradicionais, diante dos motivos que passa a expor:
– O Projeto de Lei representa uma nova tentativa de regulamentar o tema do Acesso e Repartição Justa e Equitativa de Benefícios, hoje regido pela MP 2.186-16/2001, que evidencia motivo de preocupação nacional e internacional, especialmente no Brasil, por sua megadiversidade e por ser, historicamente, território de inúmeras formas de expropriação de conhecimentos tradicionais e de recursos naturais.
– A preocupação para com os direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais e de agricultores familiares (considerados como guardiões da biodiversidade e detentores dos conhecimentos tradicionais a ela associados) surge apenas no aspecto econômico e em especial no trato da repartição de benefícios, não considerando o papel fundamental de povos e comunidades tradicionais para o uso sustentável e a conservação da biodiversidade brasileira, os quais constituem os outros objetivos da Convenção da Diversidade Biológica.
– A não observância ao processo de debate internacional quanto à implementação do Protocolo de Nagoya sobre Acesso aos Recursos Genéticos e Repartição de Benefícios, ainda não ratificado pelo Congresso Nacional.
– A incorporação da temática de agricultura e alimentação, quando a referência é o Tratado Internacional sobre os Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e Agricultura/FAO, que também abrange o uso sustentável e a conservação desses recursos, os direitos dos agricultores ao livre uso de suas sementes.
– A ausência de um processo de consulta ampla e da participação formal de organizações representativas de Agricultores, Povos e Comunidades Tradicionais, sem que suas preocupações e contribuições fossem reconhecidas ou incorporadas, desrespeitando o exercício do direito de participação e de resguardo de seus interesses.
– Pela invisibilidade dos sujeitos de direito que representam a força produtiva, a proteção da biodiversidade e da agrobiodiversidade nacional e que detém conhecimentos que são objeto de expropriação territorial e exploração econômica, que foram solenemente ignorados representando de um lado a relação desigual de poderes e de outro o descompromisso do Brasil com a própria legislação nacional quando conflitante com interesses eminentemente econômicos.
– O assédio praticado pela comunidade acadêmica (que se omite em discutir os direitos dos povos e comunidades tradicionais neste processo, e pauta a discussão unicamente para garantir a facilitação do acesso aos recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais associados, atuando na perspectiva da captura do conhecimento sem a divulgação dos resultados) e pela indústria, interessada no desenvolvimento tecnológico a qualquer preço e em altos rendimentos.
– A exclusão do exercício do direito a negar o acesso aos recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais associados, quando o seu próprio é sistematicamente dificultado.
– A participação de organizações que surgem como se representantes dos interesses dos povos e comunidades tradicionais, mas que estão interessadas no lucro líquido obtido a partir da comercialização de produtos originários do acesso a recurso genético ou conhecimento tradicional associado.
– Sem um processo de consulta e participação efetiva dos sujeitos de direito, tem-se uma proposta de legalização unilateral da exploração dos recursos e dos conhecimentos tradicionais associados, estando estes, relegados a um “obstáculo” a ser superado mediante pagamento ou promessa de pagamento.
Pelos motivos destacados, não é possível aos Agricultores familiares e aos Povos e Comunidades Tradicionais, referendar ou participar de forma limitada e excludente das discussões deste Projeto de Lei que, a pretexto de regulamentar e impe acaba por cercear direitos conquistados a base de luta social.
O Projeto de Lei, tal como apresentado, é o reconhecimento da falência do Estado Brasileiro no combate à biopirataria e na garantia de direitos coletivos, que subserviente a sistemas corporativos industriais e financeiros, desconsidera o papel de povos e comunidades tradicionais, únicos sujeitos que efetivamente desenvolvem estratégias para o uso sustentável e a conservação da diversidade biológica brasileira.
Esta denúncia vem reforçar as denúncias constantes da carta ‘De Onde Brotam as Sementes’ com as recomendações da sociedade civil ao governo brasileiro, bem como a Carta elaborada pela AS-PTA que marca o posicionamento dos agricultores familiares brasileiros.
Assinam a presente carta:
ASA Brasil
ASA Paraíba
AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia
Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica
Associação de Agricultura Biodinâmica do Sul
Articulação Pacari de Plantas Medicinais do Cerrado;
Articulação Puxirão dos Povos Faxinalenses;
AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia;
Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – Agapan;
Associação das Mulheres Organizadas do Vale do Jequitinhonha;
Associação dos Agricultores Guardiões da Agrobiodiversidade de Tenente Portela – AGABIO
Associação Nacional da Agricultura Camponesa;
Articulação Nacional de Agroecologia – ANA;
Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia – AOPA;
Antonio Andrioli – UFFS;
Bionatur;
Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida;
Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas – CAA/NM;
Centro de Apoio a Projetos de Ação Comunitária – CEAPAC;
Centro Ecológico;
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG;
Cooperativa Coppabacs – AL;
FASE – Solidariedade e Educação;
Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil – FETRAF;
Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social;
Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos;
Fundação Mokiti Okada
Instituto Terra Viva do Brasil de Agroecologia;
Leonardo Melgarejo – ABA
Marcha Mundial de Mulheres – MMM;
Marciano Toledo da Silva – MPA Brasil
Marijane Lisboa – USP;
Morada da Floresta;
Movimento das Aprendizes da Sabedoria (Benzedores e Benzedeiras, Parteiras, e Costureiras de Rendidura);
Movimento das Mulheres Camponesas – MMC;
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB;
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA;
Movimento Urbano de Agroecologia _ MUDA;
Movimentos Sem Terra – MST;
Núcleo Amigos da Terra Brasil;
PACS – Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul;
Paulo Kageyama – USP;
Rede Brota Cerrado de Cultura e Agroecologia;
Rede de Sementes Livres Brasil
Rede Eco Vida de Agroecologia;
Rubens Onofre Nodari – UFSC;
Suzi Barletto Cavalli- UFSC;
Terra de Direitos;
Via Campesina Brasil;
Via Campesina Sudamerica;
Dep. Marcon-PT/RS;
Rede de Agrobiodiversidade do Semiárido Mineiro;
Rede Puxirão de Povos e Comunidades Tradicionais

Publicado no Portal EcoDebate, 14/11/2014

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Confira a lista de executivos de empreiteiras presos pela Polícia Federal


Bonde da corrupção
Confira a lista dos presos pela PF

Publicado: 14 de novembro de 2014 às 14:22

Além do ex-diretor de Serviçoes e Engenharia da Petrobras Renato Duque, oito executivos de empreiteiras ligadas à estatal foram presos hoje (14) pela Polícia Federal. Confira a lista:
Renato Duque, ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras


Ricardo Pessoa, da UTC
José Ricardo Breghirolli, da OAS
Edson Fonseca, da Galvão Engenharia
Cristiano Kok, da Engevix
Gerson Almada, da Engevix
Sérgio Cunha Mendes, da Mendes Junior
Othon Zanoide Filho, da Camargo Correia
Otto Garrido, da Iesa

O vice-presidente da Camargo Correa, Eduardo Leite,, além do lobista e operador do PMDB, Fernando Baiano, e outros três funcionários da Odebrecht, Márcio Faria da Silva, Rogério Campos de Araújo e Saulo Vinicius Rocha Silveira, não foram encontrados pelos agentes da PF