quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

'Roubar é uma arte', assim desabafa o político no Natal

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014






“O Natal está aí. E quero vos dar um presente de Papai Noel, contando traços de minha vida às margens do Poder, para que entendam que a finalidade do roubo da coisa pública não é apenas a fome de grana, o amor ao tutu, ao vil metal. Não; roubar é uma aventura épica, é uma corredeira de sustos e vitórias, a delícia do risco assumido. Com essas descobertas dos chamados escândalos da Petrobras, comecei a ficar preocupado — mas meu nome ainda não foi citado. 


Talvez nem seja, porque o que levei foi uma mixaria diante dos milhões de dólares de gorjeta. Levei pouco, pois sou da época dos ‘dez por cento’, que durou até que o falecido Orestes Quércia lançou a máxima eterna: ‘dez por cento é para garçom’.


“Aí começou a inflação da corrupção. Sou gatuno, mas cheguei a ver com espanto propinas de US$ 40 milhões. Isso nunca houve na face da Terra; fico até humilhado com minhas modestas mãos na cumbuca — eu, que sempre assumi minha condição de corrupto ativo e passivo... (sem veadagem... claro). Não sou um ladrão de galinhas, mas já roubei galinhas do vizinho e até hoje sinto o cheiro das penosas que eu agarrava. Ha ha ha...

“Mas não roubo mais só por necessidade; é tesão, prazer mesmo. Tenho sete fazendas imaginárias, mando em cidades do Nordeste, tenho tudo, mas confesso que sou viciado na adrenalina que me arde no sangue na hora em que a mala de dólares voa em minha direção; vibro, vendo os olhos covardes do empresário, suas mãos trêmulas me passando a propina; delicio-me quando o juiz me dá ganho de causa, ostentando honestidade e finge não perceber minha piscadela marota na hora da liminar comprada (está entre US$ 50 mil e US$ 100 mil hoje). Sinto-me ‘superior’ assim. 



Roubar me liberta. Eu explico: roubar me tira do mundo dos ‘obedientes’ e me faz ‘excepcional’. Gosto da doce volúpia em salões de caretas — me xingam pelas costas, mas me invejam pela liberdade cínica que imaginam que tenho. Suas mulheres me olham excitadas, pensando nos brilhantes que poderiam ganhar de mim. 



Adoro sentir o espanto de uma prostituta quando eu lhe arrojo US$ 1 mil sobre o corpo, fazendo-a caprichar em carícias. É uma delícia rolar, nu, em cima de notas de US$ 100 na cama, sozinho, comendo chocolates do frigobar de um hotel vagabundo da cidade onde descolei a propina de um canal de esgoto superfaturado. 



Tenho orgulho de mim como profissional insensível até quando roubo verbas de remédios para criancinhas; domino a vergonha e transformo-a na bela frieza que constrói o grande homem. Sei muito bem os gestos rituais da malandragem brasileira: sei fazer imposturas, perfídias, sei usar falsas virtudes, ostentar dignidade em CPIs, dou beijos de Judas, levo desaforo para casa sim, sei dar abraços de tamanduá e chorar lágrimas de crocodilo...


“Eu já declarei de testa alta na Câmara: ‘Não sei nem imagino como esses milhões apareceram em minha conta na Suíça. Como? Que conta? Apesar desses extratos todos, não tenho nem nunca tive conta no exterior!’



Esse grau de mentira é tão sólido que deixa de ser mentira e vira uma arte. Vejam o exemplo do grande mestre Paulo Maluf — conseguiu desmoralizar nosso Código Penal e vai ser deputado de novo!


“Aliás, saibam que isso vai acontecer também com os ‘petrolões’ — são tantos processos que tudo vai se congestionar e, com o tempo, nada será feito.


“No Brasil, há dois tipos de ladrões de colarinho branco: há o ladrão ‘extensivo’ e o ‘intensivo’. Não tolero os ladrões intensivos, sem classe... Falta-lhes elegância. Roubam o que lhes aparece na frente, para se vingarem de passadas humilhações, dores de corno, porradas na cara não revidadas, suspiros de mãe lavadeira.


“Eu, não. Eu sou cordial, um cavalheiro; tenho paciência e sabedoria, comecei pouco a pouco, como as galinhas da infância que de grão em grão enchiam o papo... Eu sou aquele que vai roubando ao longo da vida política e, ao fim de décadas, já tem ‘Renoirs’ na parede, iates, helicópteros, esposa infeliz (não sei por quê, se dou tudo a ela) e infelizmente filhos estroinas... (mandei estudarem na Suíça e não adiantou).


“Eu adquiri uma respeitabilidade altaneira que confunde meus inimigos, que ficam na dúvida se me detestam ou admiram. Considero-me um técnico, um cientista da corrupção nacional...


“Ouso mesmo dizer que estou defendendo uma cultura! São séculos de hábitos e cacoetes sagrados que formam um país. Trata-se da beleza do clientelismo ibérico, onde a amizade cordial é mais importante que essa bobagem de ‘interesse nacional’! O que meus inimigos chamam de irresponsabilidade e corrupção é a resistência da originalidade brasileira, é a preservação do imaginário nacional! Eu estou no lugar da verdade. Este país foi feito assim, na vala entre o público e o privado. Há uma grandeza insuspeitada na apropriação indébita.

“A bosta não produz flores magníficas? O que vocês chamam de ‘roubalheira’, eu chamo de ‘progresso’, o doce progresso português que formou esse adultério entre o publico e o privado. Eu sempre fui muito feliz... Sempre adorei os jantares nordestinos, com moquecas e sarapatéis, os cálidos abraços das máfias rurais...

“Outro dia, um delegado que comprei me convidou para ver uma execução. Topei, por curiosidade; podia ser uma experiência existencial interessante. Era um neguinho traficante pé de chinelo que levaram para um terreno baldio. Ele implorava quando lhe passaram o fio de náilon no pescoço e apertaram devagar até ele cair estrangulado, bem embaixo de uma placa de financiamento público. Na hora, até me excitei; mas, quando cheguei em casa, com meus filhos vendo ‘Bob Esponja’ na TV, fui tomado pelo mal-estar que chamam de ‘sentimento de culpa’... Mas isso vai passar logo; sei combater essas fraquezas dos pobres de espírito.

“Tem muita verba pública aí, muita emenda no orçamento, empreiteiros me ligando sem parar... Tenho de continuar minha missão”.

Dilma loteia seus Ministérios para tentar preservar o segundo mandato.Ou: O monte de lixo inservível, embrulhado com papel de presente e oferecido como presente de natal ao povo brasileiro! OU:Não há um técnico na composição desses ministérios, mas sim uma maioria de especialistas em desvio de verbas públicas com a missão única de aparelhá-los para tentar salvar o mandato de Dilma.



Dilma II
Dilma loteia o governo para preservar mandato

Publicado: 24 de dezembro de 2014 às 0:22

Dilma Rousseff. Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo
Dilma Rousseff. Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo



Dilma Rousseff cedeu à pressão por cargos dos partidos aliados, sobretudo PMDB, porque ela também teme, como a cúpula do PT, que os desdobramentos do escândalo do Petrolão, maior roubo de dinheiro público da História, deve provocar crise institucional de gravidade sem precedentes, colocando em risco seu mandato.


Com isso, ela tenta agradar os parlamentares que podem votar seu eventual impeachment.


A definição de ministros, ontem, mostrou que Dilma diminuiu os espaços do PT e entregou ao PMDB seis ministérios que “furam poço”.


Ao PMDB, Dilma entregou três ministérios (Agricultura, Minas e Energia e Turismo) e três secretarias (Aviação Civil, Pesca e Portos).


Dilma teve de engolir a indicação de Eliseu Padilha (RS), ex-ministro de FHC cujos adversários do PT gostam de chamar de “Eliseu Quadrilha”.


Tão enrolado no petróleo quanto o PMDB, o PP – que elegeu 37 deputados – emplacou Gilberto Occhi no Ministério da Integração. Leia na Coluna Cláudio Humberto.

 Comentarios


  • Luis Felipe Rosa · 
    Não há um técnico na composição desse ministério, mas sim uma maioria de especialistas em desvio de verbas públicas com a missão única de aparelhá-los para tentar salvar o mandato de Dilma.

    • Odair Medeiros · 
      Luís, técnico faria a coisa certa, mas ela quer político profissional com PHd em maracutaia, para todos se locupletarem sem deixar rastro. Verdadeiros ratos!

  • Luiz Saboia · 
    Distante desse circo, sem precisar de nenhum favor ou benefício, surpreende-me o silêncio dos homens de bem desse País, diante de tanta corrução.

  • Mario Fernandes Testoni · 
    ESQUECE A GERENTONA QUE APOIO COMPRADO NÃO TEM PREÇO!

  • Joao Paganeli · 
    Boa madrugada, a presidenta CRIATURA SOBERBA, devido ao seu visível estado de SENILIDADE PRECOCE, deveria estar sendo medicada e encaminhada a um sanatório, qualquer brasileiro que na atual conjuntura aceitar uma cargo neste governo não é DIGNO.

  • Amaury Feitosa · 
    Dilma está se matando com o próprio veneno, para tentar salvar um governo que já nasce morto e desmoralizado vem de Kassab e pelas mesmas figurinhas carimbadas de sempre, será que esta turmita sabe que o erário vai estar sob rigoroso controle do Levy e da oposição que agora existe? O o Quadrilha antes odiado pelo PT agora é aliado, kkkkkkkkkk haja cinismo, mas é o homem certo da "organização" certa?

  • Felipinho Freitas · 
    Juca, Renan, Katia Abreu, Meireles, Levy, Eliseu Padilha e muitos outros estao com quem ganhar. Sabem o pior: a fila infinita do que querem aderir.o Caiado estar morrendo de ciume da Katia.

  • Marcos Do Nascimento Pereira · 
    ANTA BURRA, PERDIDA E SURTADA,
    CAD~E O PADRINHO LULA

  • Felipinho Freitas · 
    O Poder e assim mesmo. Quem ganha nomeia, quem perde vai para o fim da fila. Nao se admirem se em 2018, Aecio apoiar o PT contra Serra ou Alkimim. Alias, o quem sempre fez.

  • Odair Medeiros ·
    O Eliseu então fará parte de uma verdadeira quadrilha! A gerentona, arrogante, mal-humorada e incompetente, loteará tudo que não é dela, mas do povo brasileiro, para ficar tranquila mais quatro anos nas mordomias que o cargo proporciona.

  • Luis Felipe Rosa · 
    O que esta senhora fez foi juntar um monte de lixo inservível, embrulhá-lo com papel de presente e oferecer como presente de natal ao povo brasileiro

AVACALHAÇÃO TOTAL!!!Henrique Alves, citado na Lava Jato, ainda pode ser nomeado ministro



Dilma ainda considera nomear Henrique Alves

Publicado: 24 de dezembro de 2014 às 0:13 -

Marcelo Camargo ABr - Henrique Eduardo Alves
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Foto: Marcelo Camargo/ABR


Citado na lista de 28 políticos supostamente enrolados no Petrolão, escândalo de corrupção da Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (RN) ainda não foi inteiramente descartado pela presidente Dilma, ainda que o pretendesse. Foi isso o que ela prometeu ao vice-presidente Michel Temer, durante a reunião que definiu, nesta terça-feira (23), os nomes do PMDB no futuro ministério.


Michel pediu a Dilma “crédito de confiança”, levando em conta os 44 anos de vida pública de Henrique Alves e sua fidelidade ao governo.


Dilma disse a Michel que nomeará Henrique em fevereiro, com o fim de sua presidência na Câmara, caso até lá não seja acusado na Lava Jato.

Se 2014 não terminar logo, Dilma indica o Tiririca para ministro.Estou estou vendo que o governo gosta mesmo é de um bom protesto!


Blog do Sakamoto


Leonardo Sakamoto


Se 2014 não terminar logo, é capaz da gente acordar e ver que a Dilma indicou o Tiririca para alguma coisa.


(Ressaltando que o palhaço e deputado federal reeleito Francisco Everardo Oliveira Silva, que não falta em sessões parlamentares, seria mais dedicado e transparente do que alguns dos nomes já anunciados.)


Você pode escolher, o estelionato eleitoral  (Joaquim Levy, controlando a economia), a afronta (Kátia Abreu à frente da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a provocação (Gilberto Kassab, no Ministério das Cidades) ou o professor-tem-que-trabalhar-por-amor-não-por-dinheiro (Cid Gomes, na Educação).


Ou um comunista (Aldo Rebelo), que afirmou não acreditar que o ser humano é responsável pelo processo de aquecimento global, no Ministério da CIÊNCIA e Tecnologia.


Teve até espaço para as velhas tradições, como a família Barbalho (Helder, na Pesca). Sem contar, o Ministério do Esporte, que foi entregue a Deus.



Um amigo diz que tudo isso é uma estratégia de gênio de Dilma: ela indica um punhado de nomes polêmicos para as vagas de ministros, contrariando seus eleitores e rasgando o que prometeu em campanha. Isso deixa todos tão, mas tão indignados, que acaba por fomentar uma revolução socialista – o que era a intenção dela desde sempre.


O melhor de tudo é que essa tentativa de garantir governabilidade, trânsito e sustentação em um Congresso Nacional hostil não será muito frutífera. Nesse sentido, Dilma vai deixando claro que prefere tentar a sorte com os leões a se respaldar junto à sociedade civil e aos movimentos sociais.


Olha, tá ficando tão complicado que ela vai ter que escalar Jesus, Buda e Maomé na próxima leva de ministros para compensar.


E eu achei que 2015 ia ser mais tranquilo para nós, jornalistas. Mas estou vendo que o governo gosta mesmo é de um bom protesto! 


Principalmente, da esquerda – seja lá o que isso significar hoje em dia.


 


Ex Governador da Bahia Jacques Wagner, e vai ser o novo Ministro da Defesa, de nossa República. Gosta de orgias, compra consolos de 15cm, não para ele e se fosse que se dane.


É essa gentalha que vai cuidar dos Militares e te pergunto, o que vocês acham?


Ah! Feliz Natal (Do FACE BOOK)

Voce sabia que :Homossexuais não podem doar sangue por receio de transmissão de AIDS.


EUA passam a permitir doação de sangue por homens homossexuais

Do UOL, em São Paulo


A FDA, sigla em inglês da agência americana que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (23) que vai derrubar a proibição a gays e bissexuais de doarem sangue.


A proibição data de 1983, no início da epidemia de Aids no país, quando ainda havia pouca informação sobre o vírus HIV e não se tinha testes rápidos para detectá-lo. Com o fim da proibição, especialistas calculam que o suprimento de sangue pode crescer até 4% no país.


No entanto, apenas homens gays e bissexuais que não tiveram relações sexuais nos últimos 12 meses com homens poderão doar sangue (quem vai confirmar isso? Você confiaria?).


A agência afirmou em nota que "examinou cuidadosamente" a questão" e "considerou evidências científicas antes de mudar a política. Um guia detalhado da mudança será publicado já no início de 2015.


Segundo o Instituto Williams, da Universidade da Califórnia, a mudança adicionará 317 mil bolsas de 500 ml ao suprimento nacional de sangue anualmente, o aumentando de 2% para 4%.


Cerca de 8,5% dos homens norte-americanos (cerca de 10 milhões de pessoas) afirma já ter feito sexo com outro homem depois dos 18 anos, mostram dados do instituto californiano. Se a nova política permitisse que gays e bissexuais que tiveram relações sexuais no último ano pudessem doar sangue, o suprimento nacional poderia dobrar. (Com New York Times)



Celebridades incentivam doação de sangue em campanha

A atriz Bárbara Paz em cartaz da exposição "A Bola Vermelha", da Fundação Pró-Sangue, em São Paulo. A mostra, que incentiva a doação de sangue e a solidariedade, reúne fotografias de celebridades e trabalhos de artistas plásticos, pode ser vista até o dia 28 de abril no Shopping Frei Caneca Divulgação

Vejam o resultado dessas transfusões de sangue:

 

Dez crianças e adolescentes paquistaneses são contaminados com HIV por transfusões

Em Islamabad

Pelo menos 10 crianças e adolescentes paquistaneses com anemia contraíram o vírus HIV depois que foram submetidos a transfusões de sangue, informaram as autoridades locais.

As vítimas, com idades entre cinco e 16 anos, sofrem de talassemia, um tipo hereditário de anemia que exige transfusões sanguíneas regulares.

No Paquistão, as leis obrigam os hospitais e clínicas a controlar as doações de sangue para evitar contágios, mas nem sempre as medidas são aplicadas.

Nos últimos dias, a Federação Paquistanesa de Pacientes com Talassemia descobriu que 10 menores de idade na capital Islamabad e na região de Lahore contraíram recentemente o HIV depois da transfusão.

A ministra federal da Saúde, Saira Afzal Tarar, anunciou que solicitou um relatório sobre o caso.

Segundo a Federação de Pacientes com Talassemia, os centros de transfusão costumam detectar a hepatite B ou C, mas não o HIV, que afeta quase 100.000 pessoas no Paquistão, país de mais de 180 milhões de habitantes.

Transição anuncia mais quatro nomes do governo Rollemberg


  23/12/2014 17h02


Paola Lima segue na Procuradoria e Djacyr Arruda assume Controladoria.


René Rocha será consultor jurídico; Ricardo Callado, adjunto na Casa Civil.

Raquel Morais Do G1 DF
O jornalista Hélio Doyule (ao centro) junto aos novos indicados para ocupar cargos no governo de Rodrigo Rollemberg (Foto: Raquel Morais/G1) 
 
 
O jornalista Hélio Doyle (ao centro) junto aos novos indicados para ocupar cargos no governo de Rodrigo Rollemberg (Foto: Raquel Morais/G1)
 
 
O governo de transição do Distrito Federal anunciou no início da tarde desta sexta-feira (23) mais quatro nomes que integrarão a gestão de Rodrigo Rolemberg, que começa no dia 1º. Paola Aires Corrêa Lima segue como procuradora-geral do DF; Djacyr Cavalcanti de Arruda Filho assume a Controladoria; René Rocha Filho será o consultor jurídico do governador e Ricardo Callado atuará como chefe-adjunto da Casa Civil, comandando a área de comunicação institucional e interação social.


O futuro secretariado já havia sido anunciado no dia 15 e é formado por 25 pessoas – incluindo o chefe de gabinete (veja quem integra o primeiro escalão).
De acordo com o futuro chefe da Casa Civil e coordenador da transição, Hélio Doyle, a Controladoria vai substituir a Secretaria de Transparência. A estrutura da pasta vai ser absorvida pelo novo órgão, incluindo a página eletrônica onde o Executivo fornece informações sobre salários e contratos.


"A Controladoria é mais do que a secretaria. Ele [controlador] tem total poder, independência, para apurar, investigar, buscar contas, fazer auditorias", declarou. "Onde há suspeita, denúncia, a obrigação é investigar."


Doyle também afirmou que a opção por procuradores ocorre para garantir a transparência das ações adotadas pelo governo. "Qualquer irregularidade será punida. Haverá apuração, haverá sindicância", disse. "É por isso que a gente conta com dois procuradores, que pela sua própria função exercem uma função de Estado, e não de governo."


Veja o perfil os novos indicados


Controlador chefe do DF: Djacyr Cavalcanti Arruda Filho
Formado em direito pela Universidade de Brasília e com especialização em direito público, é procurador do DF desde 1999. Na Procuradoria-Geral, foi procurador-chefe substituto da Procuradoria de Pessoal, coordenador substituto de segurança pública e membro do conselho superior, eleito por dois mandatos.



Procurador-geral do DF: Paola Aires Corrêa Lima
Mestre em direito público pela Universidade de Brasília, é procuradora do DF desde 1999. Já foi coordenadora da Procuradoria Administrativa e chefe da Procuradoria Fiscal e de Assuntos Institucionais, além de advogada da Terracap e procuradora do INSS. É procuradora-chefe do DF desde 2013.


Consultor jurídico do governador: René Rocha Filho
Formado em direito pela Universidade de Brasília, é procurador do DF desde 1994. Foi promovido a subprocurador-geral em 2013. Também já exerceu os papéis de promotor de Justiça do Ministério Público e assessor de desembargador do Tribunal de Justiça.


Chefe adjunto da Casa Civil para Comunicação Institucional e Interação Social: Ricardo Callado
Formado em jornalismo pela Universidade do Ceará, é diretor de redação do Grupo Comunidade de Comunicação e assina as colunas Coletivo Político, do Jornal Coletivo, e Opinião, do Jornal da Comunidade. É autor do "Blog do Callado". Foi co-redator da coluna política do Jornal de Brasília, assessor de imprensa do Ministério da Agricultura, correspondente na região Norte do jornal Gazeta Mercantil e da GM Latino-Americana e editor-chefe do jornal Diário da Amazônia. Fez trabalhos especiais para a Agência Estado e a revista "IstoÉ'. Escreveu o livro "Pandora e outros fatos que abalaram a política de Brasília".

Rollemberg alega 'crise financeira' e cancela Universíade no DF.Parabens, Governador, chega de oba oba com o dinheiro dos contribuintes.Além disso esses acontecimentos esportivos atraem para o Brasil milhares de imigrantes que depois somem dentro do nosso territorio!Vide COPA!!

23/12/2014 16h07 - Atualizado em 23/12/2014 16h16

Evento aconteceria em 2019 e reuniria 10 mil estudantes de 150 países.
'[Ele] Achou muito arriscado assumir o compromisso', diz coordenador.

Raquel Morais Do G1 DF
O coordenador da transição, Hélio Doyle (Foto: Raquel Morais/G1)Hélio Doyle, coordenador da transição, durante anúncio da
desistência do DF pela Universíade (Foto: Raquel Morais/G1)


Futuro chefe da Casa Civil e coordenador da transição, Hélio Doyle confirmou nesta terça-feira (23) o cancelamento da realização das Olimpíadas Universitárias de Verão – a Universíade – em Brasília. A escolha da cidade foi anunciada no final de 2013, durante um evento na Bélgica. O evento aconteceria em 2019 e contaria com 10 mil estudantes.


"O governador eleito comunicou na sexta [à organização] o desinteresse do futuro governo do DF de promover a Universíade", disse Doyle. "[A decisão foi tomada por causa da] situação financeira, e é exclusivamente pela situação financeira. Seria um evento positivo para Brasília, daria destaque para Brasília."


Ainda segundo o futuro chefe da Casa Civil, o governo atual não honrou compromissos, como o pagamento de aproximadamente 23 milhões de euros, para realização do evento. "O governador eleito achou muito arriscado assumir agora o compromisso de desembolsar o montante necessário. Foi uma questão de prioridade."


O custo total estimado do investimento era de 730 milhões de euros, ou R$ 2,2 bilhões. Atletas de 150 países eram esperados para os jogos.



Brasília competiu com Budapeste e Baku, no Azerbaijão, mas as cidades desistiram da candidatura. A capital federal recebeu, então, todos 23 votos dos integrantes da Federação Internacional dos Jogos Universitários.


No vídeo exibido para a candidatura, foi apresentada a proposta de construir 22 locais de competição espalhados pela cidade e reformar áreas como o ginásio Cláudio Coutinho e o Centro Olímpico da UnB, além da construção de uma vila com mais de 2,4 mil apartamentos para as delegações estrangeiras.

O jornalista Hélio Doyule (ao centro) junto aos novos indicados para ocupar cargos no governo de Rodrigo Rollemberg (Foto: Raquel Morais/G1)O jornalista Hélio Doyule (ao centro) junto aos novos indicados para ocupar cargos no governo de Rodrigo Rollemberg (Foto: Raquel Morais/G1)

Mais nomes do governo
O governo de transição do Distrito Federal anunciou no início da tarde desta sexta-feira (23) mais quatro nomes que integrarão a gestão de Rodrigo Rolemberg, que começa no dia 1º. Paola Aires Corrêa Lima segue como procuradora-geral do DF; Djacyr Cavalcanti de Arruda Filho assume a Controladoria; René Rocha Filho será o consultor jurídico do governador e Ricardo Callado atuará como chefe-adjunto da Casa Civil, comandando a área de comunicação institucional e interação social.


O futuro secretariado já havia sido anunciado no dia 15 e é formado por 25 pessoas – incluindo o chefe de gabinete (veja quem integra o primeiro escalão).
De acordo com o futuro chefe da Casa Civil e coordenador da transição, Hélio Doyle, a Controladoria vai substituir a Secretaria de Transparência. A estrutura da pasta vai ser absorvida pelo novo órgão, incluindo a página eletrônica onde o Executivo fornece informações sobre salários e contratos.


"A Controladoria é mais do que a secretaria. Ele [controlador] tem total poder, independência, para apurar, investigar, buscar contas, fazer auditorias", declarou. "Onde há suspeita, denúncia, a obrigação é investigar."


Doyle também afirmou que a opção por procuradores ocorre para garantir a transparência das ações adotadas pelo governo. "Qualquer irregularidade será punida. Haverá apuração, haverá sindicância", disse. "É por isso que a gente conta com dois procuradores, que pela sua própria função exercem uma função de Estado, e não de governo."

Oposição aponta 'toma-lá-dá-cá' na Esplanada; PT fala em base forte


  23/12/2014 


Dilma anunciou nome de 13 pessoas que comandarão ministérios em 2015.


PSDB criticou 'loteamento de cargos', enquanto petistas elogiaram escolha.

Nathalia Passarinho e Fernanda Calgaro Do G1, em Brasília
Parlamentares do DEM e do PSDB ouvidos pelo G1 nesta terça-feira (23) apontaram "loteamento de cargos"  e "toma-lá-dá-cá" nas indicações da presidente Dilma Rousseff para a equipe ministerial do próximo governo, enquanto deputados do PT disseram que as nomeações vão "reforçar" a base aliada.
Por meio de nota oficial, o Palácio do Planalto anunciou nesta terça os nomes de 13 novos integrantes do primeiro escalão do governo federal. Entre os ministros que atuarão no segundo mandato da petista estão os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT), do Ceará, Cid Gomes (PROS), e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD).


As indicações contemplaram alguns dos partidos que apoiaram a candidatura de Dilma à reeleição – PT, PMDB, PROS, PSD, PCdoB e PRB.


Para o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), a reforma ministerial demonstra que a máquina pública continua “dominada pelo aparelhamento partidário” e “inchada”, já que não houve corte de ministérios.



“A gente assiste mais do mesmo, da mesma política, do toma-lá-dá-cá, dominado pelo aparelhamento partidário, que produziu o quadro que temos aqui de fraco desempenho político-econômico. Ela não está preocupada em produzir resultados em termos de satisfazer as políticas públicas, mas, sim, satisfazer os interesses partidários”, disse Mendonça Filho.


O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), também criticou o número de pastas e a distribuição dos cargos entre partidos da base aliada.  “O governo continua com a prática do toma-lá-dá-cá, do afilhadismo, mantendo desnecessariamente 39 ministérios, que além da irracionalidade do número, leva a um gasto do dinheiro do contribuinte no momento em que a presidente deveria dar um bom exemplo de corte de despesas, depois da gastança desenfreada no ano eleitoral."


Elogio petista
Já o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), avaliou a escolha dos nomes anunciados nesta terça como um sinal da intenção da presidente de manter a sua base aliada unida.


“A minha avaliação é bastante positiva, que expressa a coalização com a qual ela pretende governar o país. Sem dúvida nenhuma, a presidente faz uma escolha que demonstra o desejo dela de consolidar uma base de sustentação para o governo, uma coalizão com responsabilidade de governar tanto no Executivo quanto no Legislativo”, opinou.


O vice-líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), negou que tenha havido "toma-lá-dá-cá" nas indicações. “Não tem esse negócio de ‘toma lá, dá cá’. Ela [Dilma] montou a engenharia necessária para formar um governo de coalizão”, afirmou. “A presidente tem diretriz que foi vitoriosa nas urnas e vai implementar a partir de agora.”


Guimarães defendeu ainda a escolha do perfil dos nomes anunciados até o momento. “Eu acho que é um ministério que tem a cara do Brasil, formado por quadros experientes, com estatura política. Ela montou um ministério para dar conta do recado.”


Veja abaixo a lista completa de ministros anunciados nesta terça pela Presidência:


Agricultura: Kátia Abreu (PMDB-TO)
Senadora de Tocantins, Kátia Abreu, 52 anos, é presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Ela foi a primeira mulher a assumir a presidência da entidade. Em 1998, foi eleita pelo antigo PFL primeira suplente na Câmara dos Deputados. Assumiu a cadeira por dois anos, tendo comandado a bancada ruralista na Casa. A aproximação com a presidente Dilma ocorreu nos primeiros meses do primeiro governo da petista.


Aviação Civil: Eliseu Padilha (PMDB-RS)
O ex-deputado federal Eliseu Padilha é um dos políticos mais próximos ao vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer. Padilha foi ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso e tem histórico de confronto político com o PT no Rio Grande do Sul. Apesar de ter apoiado o PSDB nas campanhas presidenciais de 2002 e 2006, ele aderiu à base aliada da presidente Dilma Rousseff por orientação da cúpula do PMDB. Por conta do histórico de alinhamento ao PSDB, a indicação de seu nome enfrentou resistência no Planalto.


Cidades: Gilberto Kassab (PSD-SP)
O novo ministro Gilberto Kassab já foi opositor do governo do PT na época em que integrava o DEM. Kassab assumiu a prefeitura da cidade de São Paulo em 2006, quando José Serra deixou o cargo para disputar o governo paulista. Em 2008, foi eleito para mais um mandato. Em 2011, criou o PSD e se tornou um dos nomes mais influentes da política nacional. Ao deixar a legenda oposicionista, conseguiu enfraquecer a oposição – na época, o DEM perdeu 11 de seus então 46 deputados federais – e se aproximar do Palácio do Planalto. Atualmente, o PSD de Kassab tem 45 deputados federais, a quarta maior bancada da Câmara.


Ciência e Tecnologia: Aldo Rebelo (PCdoB-SP)
Ex-presidente da Câmara dos Deputados, o alagoano Aldo Rebelo, 55 anos, será deslocado para o Ministério de Ciência e Tecnologia a partir de 2015. Ele estava no comando do Ministério dos Esportes há quatro anos. No período em que esteve à frente da pasta, coordenou as obras públicas federais da Copa do Mundo e os preparativos para a Olimpíada de 2016, que será sediada no Rio. Entre 2004 e 2005, durante o governo Lula, Aldo chefiou a Secretaria de Relações Institucionais.


Controladoria-Geral da União: Valdir Simão (sem partido)
Escolhido pela presidente Dilma Rousseff para substituir Jorge Hage no comando da CGU, Valdir Simão é auditor de carreira da Receita Federal, mas nos últimos anos ocupou posições estratégicas em ministérios, secretarias e na Previdência Social. Conhecido por ser um "gestor eficiente",  ele ocupa hoje o cargo de secretário-executivo da Casa Civil.


Defesa: Jaques Wagner (PT-BA)
Governador da Bahia desde 2007, Jaques Wagner foi um dos principais coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Um dos fundadores do PT, o político foi ministro do Trabalho no governo do ex-presidente Lula. Em 2005, no momento mais delicado do governo do ex-presidente – quando se revelou o esquema do mensalão – assumiu a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). É tido como um político “conciliador” pelo Planalto.


Educação: Cid Gomes (PROS-CE)
Filho de prefeito, irmão de um ex-ministro de Estado e de um deputado estadual, Cid Gomes é governador do Ceará desde 2007. O político circulou ao longo da carreira por diversos partidos políticos: desde 1980 foi filiado ao PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS, seu partido atual. Além de governador, Cid Gomes também foi eleito deputado estadual e prefeito de Sobral (CE).


Esportes: George Hilton (PRB-MG)
Líder do PRB na Câmara, George Hilton, 43 anos, é deputado federal desde 2007. Antes de ingressar no PRB, ele já foi filiado ao PP e ao antigo PL (atual PR). Radialista e teólogo, Hilton também foi atuou como deputado estadual em Minas Gerais.


Igualdade Racial: Nilma Lino Gomes (sem partido)
Sem filiação partidária, a futura ministra é graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Educação pela UFMG, Nilma tem doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado, em Sociologia, pela Universidade de Coimbra (Portugal). Ela fará parte da cota pessoal de Dilma no primeiro escalão. Em 2013, Nilma se tornou a primeira mulher negra a assumir a direção de uma universidade federal, quando foi empossada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).


Minas e Energia: Eduardo Braga (PMDB-AM)
Líder do governo no Senado, Eduardo Braga governou o Amazonas entre 2003 e 2010, ano em que renunciou para concorrer a uma vaga no Senado. Nas eleições deste ano, tentou eleger-se novamente ao governo do Amazonas, mas foi derrotado por José Melo (PROS). Como líder do governo, foi um dos articuladores políticos do novo Código Florestal no Congresso. Em sua trajetória política, também foi vereador, deputado estadual, deputado federal, vice-prefeito e prefeito de Manaus.


Pesca: Helder Barbalho (PMDB-PA)
Indicado para a Secretaria da Pesca e Aquicultura na cota do PMDB, Helder Barbalho é filho do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Natural de Belém, Helder tem 35 anos. Até então, o cargo público mais alto que havia exercido era o de prefeito de Ananindeua, no interior do Pará. Neste ano, ele disputou o governo paranaense, mas perdeu a eleição para Simão Jatene (PSDB).


Portos: Edinho Araújo (PMDB-SP)
Ex-prefeito de São José do Rio Preto (SP) e de Santa Fé do Sul (SP), Edinho Araújo foi filiado à Arena – partido que apoiou o regime militar – e ao PPS antes de ingressar no PMDB. Em 2014, ele se elegeou para seu quarto mandato na Câmara dos Deputados. No Legislativo, Araújo relatou o projeto de lei que criou a Comissão Nacional da Verdade.


Turismo: Vinicius Lages (PMDB-AL)
Antes de assumir o Ministério do Turismo, em março deste ano, Vinicius Lages, 57 anos, ocupava, desde 2007, o cargo de gerente da Unidade de Assessoria Internacional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa). Neste ano, ele coordenou o programa do Sebrae de apoio e preparação de empresas para a Copa do Mundo. Lages fez doutorado em Economia do Desenvolvimento na França. Ele também tem especialização em economia de serviços, turismo e desenvolvimento de negócios.



VALE ESTE 3 Novos ministros governo Dilma (Foto: Editoria de Arte G1)




 

Dilma anuncia Jaques Wagner, Cid Gomes e mais 11 novos ministros.Com Katia Abreu será decretado o fim dos indios e da Floresta Amazonia?


  24/12/2014 01h16

O atual ministro do Turismo, Vinícius Lages, permanecerá no governo.
Nomes indicados para o primeiro escalão tomarão posse apenas em janeiro.

Fernanda Calgaro Do G1, em Brasília
Após intensas negociações com partidos da base aliada, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira (23), por meio de nota oficial, os nomes de 13 novos integrantes do primeiro escalão do governo federal.



Entre os ministros que atuarão no segundo mandato da petista estão os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT), do Ceará, Cid Gomes (PROS), e o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD).


Segundo o Palácio do Planalto, Jaques Wagner assumirá o Ministério da Defesa, Cid Gomes ficará no comando do Ministério da Educação e Kassab administrará a pasta das Cidades.



O Palácio do Planalto também confirmou a permanência no primeiro escalão do ministro do Turismo, Vinicius Lages, indicado pelo PMDB.


A presidente também definiu os nomes dos novos titulares de outros nove ministérios: Agricultura, Aviação Civil, Ciência e Tecnologia, Controladoria-Geral da União (CGU), Esportes, Igualdade Racial, Minas e Energia, Pesca e Portos. (veja no final desta reportagem a lista de ministros indicados nesta terça pela presidente).


Com esse último anúncio, Dilma Rousseff já definiu os chefes de 17 pastas do seu segundo mandato. A expectativa em Brasília é que a presidente divulgue os nomes dos titulares dos 22 ministérios que ainda estão sem definição na próxima segunda-feira (29), dia em que ela retornará de um curto período de descanso com a família no litoral da Bahia. A presidente deve embarcar nesta quinta (25) com a filha, Paula, e o neto, Gabriel, para a Base Naval de Aratu, localizada na península São Tomé de Paripe, no subúrbio ferroviário de Salvador.
Neste novo lote de ministros, Dilma contemplou o PMDB, seu principal sócio no governo.



O partido comandado pelo vice-presidência da República, Michel Temer, teve sua reivindicação atendida pela chefe do Executivo e passará a comandar seis pastas a partir de 2015. No primeiro mandato, a legenda aliada esteve à frente de cinco ministérios.


Os peemedebistas deixarão a gestão do Ministério da Previdência, porém, passarão a administrar as secretarias da Pesca e dos Portos, que também têm status de ministério. Além disso, o partido permanecerá à frente das pastas da Agricultura, das Minas e Energia, da Aviação Civil e do Turismo.


Já estavam confirmados desde o final de novembro os futuros titulares da equipe econômica: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Alexandre Tombini (Banco Central) e Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Mesmo sem terem sido empossados, os quatro futuros ministros da área econômica já vinham trabalhando no processo de transição.
Segundo o comunicado do Palácio do Planalto, todos os novos ministros assumirão os cargos somente no dia 1º de janeiro, após a posse da presidente reeleita.



Negociações
Envolvida pessoalmente com os últimos ajustes para anunciar nesta terça-feira parte de seus futuros ministros, Dilma passou a maior parte do dia no Palácio do Planalto. Por volta das 13h, ela fez uma rápida pausa nas articulações da reforma ministerial para participar de um almoço de confraternização de fim de ano com ministros e congressistas da base governista no Palácio da Alvorada.



Entre os convidados estavam os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Aldo Rebelo (Esportes) e Thomas Traumann (Comunicação Social), além do futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Também compareceram à confraternização natalina da Presidência os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), e do PMDB, Eduardo Cunha (RJ).


O almoço na residência oficial da Presidência durou cerca de 40 minutos. Tão logo acabou a celebração, a presidente retornou ao Planalto para mais uma série de conversas e reuniões que definiriam os futuros integrantes do governo federal. Minutos antes de anunciar os 13 novos ministros, a petista estava reunida, a portas fechadas, com Mercadante, e com o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para o ajuste fino da reforma ministerial.



Mapa dos partidos
As indicações anunciadas por Dilma nesta terça-feira contemplam seis partidos que a apoiaram na campanha pela reeleição: PT, PMDB, PROS, PSD, PCdoB e PTB.


No entanto, nesta última etapa da reforma ministerial, apenas PMDB e PTB ganharam espaço na Esplanada dos Ministérios. Além do partido do vice-presidente Michel Temer, que aumentará de cinco para seis o número de ministros, o PTB também assegurou um assento no primeiro escalão.



O senador Armando Monteiro (PTB-PE), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), administrará o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. No primeiro mandato de Dilma, o PTB não administrou nenhuma pasta.



Mulheres na Esplanada
Primeira mulher eleita para a Presidência da República, Dilma anunciou, em 2011, nove mulheres para seu primeiro escalão. Porém, ela fechou o primeiro mandato com sete mulheres na Esplanada dos Ministérios.


Até o momento, dos 17 ministros anunciados para integrar a equipe ministerial a partir de 2015, apenas duas são mulheres: Kátia Abreu (Agricultura) e Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial).



Presidente da Câmara


Cotado para assumir uma pasta na Esplanada dos Ministérios, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), divulgou nota oficial nesta terça na qual informou ter solicitado ao vice-presidente da República, Michel Temer, que seu nome não fosse incluído na reforma ministerial.



Na última sexta-feira (19), reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" afirmou que o nome de Henrique Alves faz parte de uma lista de 28 políticos supostamente mencionados na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.


No comunicado, o presidente da Câmara diz que antes de ter seu nome analisado para o primeiro escalão, quer esclarecer o que o antigo dirigente da estatal declarou ao Ministério Público Federal.


Nesta terça, um dia após Dilma informar que consultaria o Ministério Público para verificar se políticos cotados para o primeiro escalão haviam mesmo sido citado pelo ex-diretor da Petrobras, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou repassar ao governo federal qualquer informação sobre políticos citados nas delações premiadas de investigados pela Operação Lava Jato.


De acordo com o titular da Justiça, Janot informou que o conteúdo das delações premiadas está sob sigilo.


Veja abaixo a lista completa de ministros anunciados nesta terça pela presidente:


Agricultura: Kátia Abreu (PMDB-TO)

Senadora de Tocantins, Kátia Abreu, 52 anos, é presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Ela foi a primeira mulher a assumir a presidência da entidade. Em 1998, foi eleita pelo antigo PFL primeira suplente na Câmara dos Deputados. Assumiu a cadeira por dois anos, tendo comandado a bancada ruralista na Casa. A aproximação com a presidente Dilma ocorreu nos primeiros meses do primeiro governo da petista.

Aviação Civil: Eliseu Padilha (PMDB-RS)

O ex-deputado federal Eliseu Padilha é um dos políticos mais próximos ao vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer. Padilha foi ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso e tem histórico de confronto político com o PT no Rio Grande do Sul. Apesar de ter apoiado o PSDB nas campanhas presidenciais de 2002 e 2006, ele aderiu à base aliada da presidente Dilma Rousseff por orientação da cúpula do PMDB. Por conta do histórico de alinhamento ao PSDB, a indicação de seu nome enfrentou resistência no Planalto.

Cidades: Gilberto Kassab (PSD-SP)

O novo ministro Gilberto Kassab já foi opositor do governo do PT na época em que integrava o DEM. Kassab assumiu a prefeitura da cidade de São Paulo em 2006, quando José Serra deixou o cargo para disputar o governo paulista. Em 2008, foi eleito para mais um mandato. Em 2011, criou o PSD e se tornou um dos nomes mais influentes da política nacional. Ao deixar a legenda oposicionista, conseguiu enfraquecer a oposição – na época, o DEM perdeu 11 de seus então 46 deputados federais – e se aproximar do Palácio do Planalto. Atualmente, o PSD de Kassab tem 45 deputados federais, a quarta maior bancada da Câmara.

Ciência e Tecnologia: Aldo Rebelo (PCdoB-SP)


Ex-presidente da Câmara dos Deputados, o alagoano Aldo Rebelo, 55 anos, será deslocado para o Ministério de Ciência e Tecnologia a partir de 2015. Ele estava no comando do Ministério dos Esportes há quatro anos. No período em que esteve à frente da pasta, coordenou as obras públicas federais da Copa do Mundo e os preparativos para a Olimpíada de 2016, que será sediada no Rio. Entre 2004 e 2005, durante o governo Lula, Aldo chefiou a Secretaria de Relações Institucionais.


Controladoria Geral da União (CGU): Valdir Simão (sem partido)


Escolhido pela presidente Dilma Rousseff para substituir Jorge Hage no comando da CGU, Valdir Simão é auditor de carreira da Receita Federal, mas nos últimos anos ocupou posições estratégicas em ministérios, secretarias e na Previdência Social. Conhecido por ser um "gestor eficiente",  ele ocupa hoje o cargo de secretário-executivo da Casa Civil.


Defesa: Jaques Wagner (PT-BA)

Governador da Bahia desde 2007, Jaques Wagner foi um dos principais coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Um dos fundadores do PT, o político foi ministro do Trabalho no governo do ex-presidente Lula. Em 2005, no momento mais delicado do governo do ex-presidente – quando se revelou o esquema do mensalão – assumiu a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). É tido como um político “conciliador” pelo Planalto.
Educação: Cid Gomes (PROS-CE)

Filho de prefeito, irmão de um ex-ministro de Estado e de um deputado estadual, Cid Gomes é governador do Ceará desde 2007. Sobral, a cidade natal de Cid, inspirou programas nacionais de educação. O Programa de Alfabetização na Idade Certa, desenvolvida inicialmente em Sobral, foi a base para a criação do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa, do Governo Federal. O programa foi criado quando Cid era prefeito de Sobral e executada a partir de 2007.


Esportes: George Hilton (PRB-MG)


Líder do PRB na Câmara, o deputado federal George Hilton, 43 anos, está em seu terceiro mandato por Minas Gerais. Ele assumirá o Ministério do Esporte no lugar de Aldo Rebelo (PCdoB), que ficará com a pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação. Hilton foi indicado na cota do PRB, partido da base aliada do governo federal.


Igualdade Racial: Nilma Lino Gomes (sem partido)


Sem filiação partidária, a futura ministra é graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Educação pela UFMG, Nilma tem doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado, em Sociologia, pela Universidade de Coimbra (Portugal). Ela fará parte da cota pessoal de Dilma no primeiro escalão. Em 2013, Nilma se tornou a primeira mulher negra a assumir a direção de uma universidade federal, quando foi empossada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).


Minas e Energia: Eduardo Braga (PMDB-AM)


Líder do governo no Senado, Eduardo Braga governou o Amazonas entre 2003 e 2010, ano em que renunciou para concorrer a uma vaga no Senado. Nas eleições deste ano, tentou eleger-se novamente ao governo do Amazonas, mas foi derrotado por José Melo (PROS). Como líder do governo, foi um dos articuladores políticos do novo Código Florestal no Congresso. Em sua trajetória política, também foi vereador, deputado estadual, deputado federal, vice-prefeito e prefeito de Manaus.

Pesca: Helder Barbalho (PMDB-PA)

Indicado para a Secretaria da Pesca e Aquicultura na cota do PMDB, Helder Barbalho é filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Natural de Belém, Helder tem 35 anos. Até então, o cargo público mais alto que havia exercido era o de prefeito de Ananindeua, município do interior do Pará. Neste ano, ele disputou o governo paranaense, mas perdeu a eleição para Simão Jatene (PSDB).


Portos: Edinho Araújo (PMDB-SP)


Ex-prefeito de São José do Rio Preto (SP) e de Santa Fé do Sul (SP), Edinho Araújo foi filiado à Arena – partido que apoiou o regime militar – e ao PPS antes de ingressar no PMDB. Em 2014, ele se elegeou para seu quarto mandato na Câmara dos Deputados. No Legislativo, Araújo relatou o projeto de lei que criou a Comissão Nacional da Verdade.


Turismo: Vinicius Lages (PMDB-AL)


Antes de assumir o Ministério do Turismo, em março deste ano, Vinicius Lages, 57 anos, ocupava o cargo de gerente da Unidade de Assessoria Internacional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa). Neste ano, Lages coordenou o programa do Sebrae de apoio e preparação de empresas para a Copa do Mundo. O ministro do Turismo fez doutorado em Economia do Desenvolvimento na França. Ele também tem especialização em Economia de Serviços, Turismo e Desenvolvimento de Negócios.
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VALE ESTE 3 Novos ministros governo Dilma (Foto: Editoria de Arte G1)