quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Execução 'abala vida de fantasia' de traficantes brasileiros na Indonésia


BBC 20/01/2015 12h35 - Atualizado em 21/01/2015 08h35

Escritora australiana que expôs 'bolha' de hedonismo e drogas em paraíso de turistas vê na morte de Archer um aviso sombrio de mudança de tempos.


Fernando Duarte Da BBC
A escritora australiana conheceu Rodrigo Gularte (à esquerda) e Marco Archer no 'corredor da morte' na Indonésia (Foto: BBC)A escritora australiana conheceu Rodrigo Gularte (à esquerda) e Marco Archer no 'corredor da morte' na Indonésia (Foto: BBC)
Nevando em Bali, livro que expõe em detalhes o submundo das drogas na mais famosa ilha do arquipélago que forma a Indonésia, chama a atenção não apenas pela descrição da mistura de crime e hedonismo no paraíso turístico que recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano.



Muitos dos traficantes entrevistados pela escritora e jornalista australiana Kathryn Bonella para o livro eram brasileiros. Entre eles, Marco Archer, que no último sábado se tornou o primeiro brasileiro executado no exterior.
Para Bonella, no entanto, o mais significativo foi o fato de Archer ter sido também o primeiro ocidental a receber a pena de morte na Indonésia.
Kathryn Bonella: "Os brasileiros que conheci em Bali tinham um perfil bem diferente de 'mulas' e traficavam para manter um estilo de vida"  (Foto: BBC)Kathryn Bonella: "Os brasileiros que conheci em  Bali tinham um perfil bem diferente de 'mulas' e
traficavam para manter estilo de vida" (Foto: BBC)
'Bolha'


Para a australiana, a morte estourou o que ela chama de "bolha da fantasia" para os brasileiros envolvidos com o tráfico no país.


"A morte de Marco foi decididamente o que se pode chamar do fim de uma fase. Sempre se soube que o tráfico na Indonésia é punido com a pena de morte, mas as autoridades indonésias jamais tinham ido até o fim na punição a ocidentais", afirma Bonella, em entrevista à BBC Brasil.



"Ao mesmo tempo que isso não vai acabar com o tráfico em Bali, eu imagino que muitos brasileiros vão pensar duas vezes diante da próxima oportunidade de contrabandear drogas para a Indonésia. Mas duvido que isso vá durar para sempre. Há uma grande demanda por drogas em Bali, é um lugar para onde turistas do mundo inteiro vão para se divertir sem os mesmos limites vistos na maioria dos lugares do mundo."


"Rafael", um dos traficantes brasileiros mais ativos em Bali, tinha uma mansão que contava com um trampolim para pular do quarto à piscina


Para Bonella, a frequência com que encontrou brasileiros envolvidos com o tráfico na Indonésia - de transportadores de droga a ricos intermediários entre os grandes barões - é explicada pelo perfil da maioria dos viajantes do país para o arquipélago.



"Os brasileiros que encontrei tinham basicamente o mesmo perfil. Eram surfistas que viram no tráfico, em especial de cocaína, uma chance de se manter em Bali e viver uma vida de fantasia, pegando ondas, indo a festas e encontrando belas mulheres. A proximidade do Brasil com os mercados produtores de cocaína na América do Sul ajuda no acesso à droga. E, ao contrário dos habitantes de muitos países, os brasileiros viajam normalmente pelo mundo", argumenta Bonella.


Perfil diferenciado
Outro fator que diferencia os traficantes brasileiros que a australiana encontrou na Indonésia é o perfil social.


"Eles eram todos de classe média, com escolaridade e conhecimento razoável de inglês. Entraram no tráfico pela curtição, não por uma necessidade econômica. Queriam viver tendo do bom e do melhor. Bem diferentes das 'mulas' (transportadores de droga), que recebem pouco dinheiro para muito risco. Um dos brasileiros que conheci em Bali podia ganhar uma fortuna com uma viagem bem-sucedida", conta a australiana.


Um dos grandes exemplos foi um carioca conhecido como "Rafael", um surfista que durante anos foi uma das principais engrenagens no tráfico de cocaína em Bali e que não fazia muita questão de esconder seus lucros: dava festas homéricas em sua mansão à beira-mar, onde uma das atrações era um trampolim do qual ele saltava de seu quarto diretamente para a piscina.
A pena capital para o tráfico não impediu a Indonésia de concentrar a circulação e o uso de drogas no Sudeste Asiático


Bonella esteve na Indonésia no fim de semana e acompanhou através da mídia e de relatos de contatos a execução de Marco Archer. Embora faça questão de criticar a opção do brasileiro pelo tráfico, a australiana disse ter ficado chocada com o desfecho de um dos personagens mais citados em Nevando em Bali - numa das passagens, Bonella conta que Archer dominava o fornecimento de maconha em Bali e tinha até registrado a marca de um tipo de erva que vendia, a Lemon Juice.


"Visitei Marco na prisão durante a pesquisa para o livro. Sabia o que ele estava fazendo e de maneira nenhuma endosso o tráfico. Mas ele era carismático e até cozinhou na prisão para mim, e parecia ter muitos amigos na Indonésia, pois recebi uma série de mensagens lamentando sua morte. Sou pessoalmente contra a pena capital, em especial a tortura psicológica que foi Marco ter vivido mais de dez anos com a possibilidade de execução pairando sobre sua cabeça."
Surfistas brasileiros, segundo Bonella, usaram o tráfico como forma de manter um estilo de vida confortável na Indonésia


Numa das visitas, Bonella foi apresentada a Rodrigo Gularte, o outro brasileiro condenado à morte e cuja execução poderá ocorrer ainda este ano. Foi no livro da australiana que veio à tona uma suposta tentativa de suicídio do brasileiro após o anúncio da sentença, em 2005.


"Não pude comprovar, mas me pareceu claro que Rodrigo tinha sido afetado de maneira bem diferente de Marco", disse.


'Mais perigoso'


 A pena capital para o tráfico não impediu a Indonésia de concentrar a circulação e o uso de drogas no Sudeste Asiático  (Foto: BBC) A pena capital para o tráfico não impediu a Indonésia de concentrar a circulação e o uso de drogas no Sudeste Asiático (Foto: BBC)
A australiana disse não acreditar que a pressão internacional sofrida pela Indonésia nos últimos dias, inclusive com a retirada dos embaixadores de Brasil e Holanda (que também teve um cidadão executado no fim de semana), poderá mudar o destino do brasileiro e dois australianos também no corredor da morte.



"Não me parece que os protestos vão alterar a política de Joko Widodo (o presidente da Indonésia). Há um forte sentimento antidrogas entre a população local", avalia.


"Os traficantes devem estar assustados, mas o tráfico não vai parar. Há muita demanda, até porque a Indonésia é usada como centro de distribuição das drogas para outros países asiáticos e mesmo a Austrália. Só que agora os envolvidos sabem que a situação ficou ainda mais perigosa", opina Bonella.

REPÚBLICA BOLIVARIANA DO BRASIL SOB AMEAÇA DE APAGÃO DE ENERGIA ELÉTRICA COMO NUNCA ANTES NESTE PAÍS!

terça-feira, janeiro 20, 2015

Clique sobre a ilustração  para vê-la ampliada
O corte de energia que atingiu diversas cidades em dez Estados brasileiros e no Distrito Federal entre 14h55 e 15h45 desta segunda-feria poderia ter sido pior. 
 
 
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisou desconectar milhares de unidades consumidoras do sistema de fornecimento para evitar um blecaute muito mais amplo, que poderia deixar dezenas de milhões de brasileiros sem energia por mais de quatro horas, e causar imensos transtornos no trânsito, transportes públicos, hospitais, escolas e na atividade industrial, e ainda danificar a infraestrutura de geradores de energia, entre outros desastres.
 
 
 
Os problemas causados nos desligamentos pontuais, como o que aconteceu desta vez, são menos danosos do que em um grande blecaute, que pode demorar horas para ser revertido. Mas os danos menores não escondem falhas que refletem problemas sistêmicos da nossa matriz energética – e podem fazer o país voltar a conviver com o fantasma do apagão. 
 
 
Cortes são automaticamente programados para acontecer caso haja um desequilíbrio grande entre a geração e o consumo de energia. Assim que o risco de uma pane cresce, a frequência de transmissão de energia para algumas áreas é reduzida a menos de 60 Hz (frequência habitual). 
 
 
Instantaneamente essas áreas, previamente selecionadas pelo ONS junto com as distribuidoras, são desconectadas do sistema elétrico nacional. Aos poucos, o religamento é feito e distribuição volta ao normal – o tempo médio de desligamento é de aproximadamente uma hora. Procedimentos desse tipo podem ser adotados em diversas circunstâncias, como em picos de consumo que não conseguem ser rapidamente supridos pelo aumento da oferta. 
 
 
Solução bolivariana: O governo do Lula e da Dilma divulgaram esta imagem aconselhando que todos comprem um lampião porque o 'bicho vai pegar', menos nos palácios do PT que possuem geradores próprios. Conformem-se. Não foi por falta de aviso. Na Venezuela e em Cuba já é assim há muitos anos...
APAGÃO DEVE SE REPETIR
Especialistas ouvidos pelo site de VEJA, porém, acreditam que os cortes estejam, sim, relacionados ao pico de consumo, argumento plausível em pleno verão. Com temperaturas acima de 30 graus Celsius e pouca chuva, crescem as vendas de aparelhos de ar condicionado e ventiladores. O horário também contribuiu: se antes o pico de consumo de eletricidade se dava entre 17 horas e 20 horas, quando o brasileiro chegava do trabalho, hoje ele mudou para entre 15 horas e 16 horas, quando os aparelhos de ar condicionado estão ligados em sua potência máxima nos escritórios e residências pelo país.
 
 
A questão não é apenas o desligamento pontual de algumas unidades consumidoras por uma hora, mas a frequência com que esses episódios podem ocorrer daqui para frente.
 

VICE-PRESIDENTE DO PSDB VÊ DETERIORAÇÃO DO GOVERNO DO PT E FALA EM NECESSIDADE DE 'TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA' PARA EVITAR O CAOS

quarta-feira, janeiro 21, 2015


O vice-presidente do PSDB levanta a hipótese da necessidade de uma "transição democrática" para salvar o Brasil
O vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, publicou um texto em seu blog nesta terça-feira, 20, sugerindo que seja aberto um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Apesar de não mencionar o termo, o tucano afirma que a “tarefa” da oposição, diante da crise econômica e dos desdobramentos das investigações de corrupção na Petrobras, será pensar numa maneira de fazer uma “transição democrática”, pois a petista não teria condições políticas de terminar o mandato.
 
 
“Como (Dilma) vai resistir quatro anos em um quadro de superação difícil, se não impossível? Como e quando será possível uma transição democrática, supondo que a situação não possa ser mantida pelos quatro anos desse mandato?”, escreve Goldman. Segundo ele, pensar no que fazer diante desse quadro é “questão posta para a oposição”. 
 
 
“É a nossa tarefa”, completa.
 
 
Questionado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se estava sugerindo que a oposição deveria entrar com um pedido de impeachment contra a presidente, Goldman disse que esse seria “um caminho legal”, mas afirmou que era preciso debater o assunto, porque ele ainda não tinha “uma resposta”. “O País aguenta que essa gente continue dirigindo o País por mais quatro anos? Eu acho que não. Mas nós não temos a resposta para o passo seguinte”, afirmou.
 
 
 
No texto, o tucano diz que o início desta semana pareceu um prenúncio do “fim do mundo”, já que na segunda-feira, 19, o País passou um por um apagão de energia que atingiu 10 Estados e o Distrito Federal. Ele também criticou os recentes anúncios de aumento de impostos feitos pela equipe econômica do governo e disse que Dilma está tomando todas as medidas que prometeu que não tomaria durante a campanha eleitoral. Por fim, cita o escândalo da Petrobras que, segundo ele, mostra “uma total deterioração do governo e dos partidos que o sustentam”.
 
 
Desde que o candidato o tucano Aécio Neves perdeu as eleições do ano passado, os petistas acusam o PSDB de querer “vencer no tapetão” e tentarem forçar um “terceiro turno” eleitoral. O partido têm incentivado, por exemplo, que os seus militantes participem de manifestações que pedem o impeachment da presidente e adotou medidas que questionam a legitimidade do pleito, como uma auditoria do resultado das eleições que teve início nesta semana em Brasília. Do site Diário do Poder
 
 

Recuperação da imagem: PT chama ajuda externa para tentar mudar

Dirigentes aprovam participação de não filiados em processo de reformulação e autocrítica que começa em fevereiro e vai até junho

"Podemos fazer convites pontuais a jornalistas, economistas, gente da academia, de preferência críticos ao PT, para ajudar nesta reflexão", sugere o secretário-geral petista, Geraldo Magela...



A senadora Marta Suplicy (PT-SP) enfureceu o PT quando disse ao Estado que o partido tem de mudar para não acabar.


A necessidade urgente de mudança, porém, é quase unanimidade entre os dirigentes desde a eleição do ano passado, quando ficou claro internamente que o modelo criado 35 anos atrás está obsoleto.


Diante da onda antipetista que por pouco não custou à legenda o controle do governo federal, o partido da presidente Dilma Rousseff vai dedicar este semestre a reformulações e autocríticas, em processo liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



Do aniversário de 35 anos da sigla, que será comemorado no dia 6 de fevereiro em Belo Horizonte, até junho, quando será realizada a segunda etapa do 5.º Congresso Nacional do PT, em Salvador, o partido vai realizar uma série de debates e discussões com três objetivos estratégicos: reaproximar-se dos movimentos sociais, flexibilizar a estrutura partidária e, principalmente, pensar em medidas para recuperar a imagem do partido, desgastada por sucessivos escândalos de corrupção. “Houve um desvio de rota. Temos que retomar o rumo original”, admite o secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza.



Não filiados. As correções de rumos não são novidade na história do PT. A diferença desta vez é que o partido vai recorrer a pessoas de fora para ajudar no processo de autocrítica. O diretório nacional aprovou a inédita participação de não filiados no Congresso, a instância máxima partidária. Alguns dirigentes, no entanto, vão além.



“Podemos fazer convites pontuais a jornalistas, economistas, gente da academia, de preferência críticos ao PT, para ajudar nesta reflexão”, sugere o secretário-geral petista, Geraldo Magela.



A abertura da estrutura partidária, hoje engessada pela eterna disputa entre as correntes internas, é uma das maiores preocupações de Lula. No fim do ano passado, o ex-presidente reclamou do perfil essencialmente burocrático da atual direção petista, acentuada a partir da chegada do partido ao governo federal, em 2003.


A ideia é criar mecanismos online que possibilitem a participação na vida partidária de governadores, ministros, prefeitos e parlamentares, hoje dedicados exclusivamente às suas tarefas de Estado. Pessoas próximas a Lula, como o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência Luiz Dulci e o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, devem ficar mais presentes no partido.


Setoriais de cultura e economia podem ser criados para atrair artistas e acadêmicos. Por meio das redes sociais, o PT quer diversificar sua agenda incluindo temas como a questão de gênero, mobilidade urbana e meio ambiente para atrair a juventude que aderiu espontaneamente à campanha de Dilma.



A maior preocupação, no entanto, será o combate interno à corrupção. A obrigatoriedade de contribuições financeiras dos filiados deve cair. No fim de 2014, o PT aprovou uma nova regra que agiliza os processos de punição a corruptos. A expectativa é de um expurgo nos quadros partidários.



Fonte: O Estado de S.Paulo, por Ricardo Galhardo. Foto: Internet – 19/01/2015 – - 00:33:25

União gasta R$ 2,5 bi para limpar a sujeira do alto escalão

21/01/2015
Dyelle Menezes

A faxina ética no governo federal não tem preço estimado. No entanto, o custo para limpar a sujeira dos órgão públicos brasileiros é alto.


A União (Executivo, Legislativo e Judiciário) gastou R$ 2,5 bilhões com serviços e materiais de limpeza e conservação no ano passado. O montante equivale ao pagamento de salário mínimo (R$ 788,00) de quase 3,2 milhões de empregados domésticos.


O montante desembolsado em 2014 foi R$ 200 milhões – ou 10% – maior do que os R$ 2,3 bilhões pagos em 2013. A maior parcela dos recursos foi destinada para a contratação de empresas especialistas no setor: R$ 2,4 bilhões. Já a compra de materiais para limpeza e produtos de higienização somou R$ 124 milhões.
prédiosO principal responsável pelos gastos com limpeza a nível federal é o Ministério da Educação (MEC). Ao todo, os espaços sob gerência da Pasta custaram R$ 887,6 milhões com essa natureza de dispêndios em 2014. O ministério é responsável pela limpeza de 666 unidades gestoras.


Os gastos da Pasta incluem, por exemplo, a Fundação Universidade de Brasília (R$ 39,5 milhões) e a Universidade Federal de Rio de Janeiro (R$ 38,4 milhões). As unidades executoras do MEC abarcam desde universidades a institutos federais, centros culturais e complexos hospitalares pelo país.



O Ministério da Defesa (MD), por sua vez, foi o responsável pelos gastos de R$ 360,1 milhões no ano passado. A Pasta tem uma quantidade ainda mais significativa de unidades gestoras sob comando: 1029. O Grupamento de Apoio da Saúde do órgão é o que mais gasta dentre as unidades, R$ 19 milhões. O Hospital das Forças Armadas (HFA), localizado em Brasília-DF, apresentou gastos de R$ 15 milhões com materiais de limpeza neste ano.



Os gastos do ministério incluem os comandos militares e os distritos navais. Os valores destinados para materiais de limpeza e conservação da Defesa, para além das estruturas em terra, também são utilizados para higienização das embarcações da Marinha.



O ranking fica completo com os ministérios da Saúde, da Fazenda e da Previdência Social. As Pastas destinaram R$ 184,7 milhões, R$ 104,9 milhões e R$ 99,5 milhões, respectivamente para serviços e materiais de limpeza e conservação.



Legislativo
O Congresso Nacional também desembolsa recursos para limpeza das galerias, dos gabinetes e até mesmo dos apartamentos funcionais das Casas. O Senado Federal destinou R$ 21,8 milhões para limpeza e conservação das suas dependências. Já a Câmara dos Deputados destinou R$ 31,6 milhões para esse tipo de despesa.



Judiciário
Juntos, os órgãos do Judiciário desembolsaram R$ 288,1 milhões para deixar suas unidades limpas e higienizadas. A Justiça Federal é a que mais paga esse tipo de serviço. Cerca de R$ 108,8 milhões foram destinados para as despesas. O valor inclui os gastos de 33 unidades gestoras, como Tribunais Regionais Federais e Justiças Federais de Primeiro Grau em quase todos os estados.



Dentre as Cortes Superiores, o Tribbunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) é o mais “limpo”: R$ 14,1 milhões foram pagos em 2014. O Tribunal Superior eleitoral desembolsou R$ 5,7 milhões para os serviços. O Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior do Trabalho tiveram dispêndios de R$ 4,1 milhões e R$ 4,7 milhões, respectivamente. O Superior Tribunal de Justiça pagou R$ 908,9 mil para as despesas.



Empresas
As administrações públicas contratam empresas privadas especializadas para realizar o serviço. No ranking das empresas contratadas, a Planalto Service Ltda foi a que mais recebeu recursos federais para a execução dos serviços. Ela, que presta serviços para órgãos das três esferas do Poder, recebeu em 2014 cerca de R$ 70,5 milhões.



A segunda empresa de vigilância que mais recebeu recursos governamentais para despesas com limpeza e conservação foi a Liderança – Limpeza e Conservação Ltda, com receitas que chegaram a aproximadamente R$ 62,9 milhões no ano passado. A empresa possui contratos, por exemplo, com o Ministério da Educação e com a Justiça Federal.


Outras empresas de limpeza que mais têm recebido com o serviço são a Nova Rio Serviços Gerais Ltda, Qualitecnica Empresa Nacional de Serviços Ltda e Plansul – Planejamento e Consultoria Ltda, com receitas de R$ 56,9 milhões, R$ 56,8 milhões e R$ 53,8 milhões, respectivamente.



Ao todo, 11.094 pessoas físicas e jurídicas compõem os gastos com esse tipo de mão de obra terceirizada pela União, das quais 415 receberam individualmente mais de R$ 1 milhão, o que representa 84% dos dispêndios de 2014.

SÓ NO BRASIL, MESMO! Bandidos assaltam ônibus com 42 militares do exército a bordo, no Paraná


20/01/2015   


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A que ponto chegamos...
Atualização em 20/01:   Soldados do Exército que apanharam durante assalto, foram confundidos com 'sacoleiros', diz fonte
Ônibus que trazia para Curitiba 42 militares da Força de Pacificação do Complexo da Maré, no Rio, foi roubado na BR-116 (Gazeta do Povo)
REVEJA: Governistas e exército (COLOG) tentam restringir armas para cidadãos
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo foi abordado por três homens, que, armados, obrigaram o motorista a parar na estrada. (Fotos meramente ilustrativas)
A informação da PRF é que o ônibus havia saído do Rio de Janeiro, com destino a Curitiba. A reportagem tentou contato com o Exército, mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto.
Os ladrões levaram apenas objetos pequenos, como dinheiro, celulares e relógios.
Para amenizar
Para amenizar, o exército disse que o ônibus era fretado, que os militares tinham idades entre 18 e 19 anos, desarmados e com medo não reagiram ao assalto. Os suspeitos ainda ameaçaram e deram coronhadas em alguns dos militares, mas nenhum se feriu com gravidade.


O trio acabou fugindo em um carro preto. A PRF tem feito buscas e o setor de inteligência da corporação tenta identificar os ladrões. (Fonte: G1/PR)

Com seca, reservatórios do Distrito Federal acendem sinal de alerta.E o Magela (tinha de ser!!) ainda queria construir nova cidade com um milhão de habitantes em...Santa Maria!!!


As barragens do Descoberto e do Torto/Santa Maria, responsáveis pelo fornecimento de água na capital, mostram-se abaixo do nível esperado para janeiro e preocupam especialistas




postado em 21/01/2015 06:36 / atualizado em 21/01/2015 09:58

Luiz Calcagno





Como na maioria das unidades da Federação, o Distrito Federal está com os reservatórios de água abaixo do esperado para o início do ano. As barragens do Descoberto e do Torto/Santa Maria estão, respectivamente, 2,4m e 1m aquém do normal para janeiro. Para piorar, meteorologistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertam: as chuvas previstas para os próximos dias não serão suficientes para suprir a baixa. Embora os técnicos da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) considerem que, com os reservatórios acima do nível mínimo, não exista motivo para preocupação, especialistas avaliam que a estiagem fora de época trará problemas de abastecimento. Ontem, foi o dia mais quente do ano no DF: 31,9ºC.

O Correio visitou os reservatórios que abastecem a capital federal. Os funcionários de cada sistema se mostraram preocupados com o nível para o período. A Barragem do Descoberto está rodeada por uma margem de cerca de 60m, na qual, antes, havia água. A terra vermelha e seca expõe troncos e pedras nada familiares para quem vive nas proximidades. Valdeir Jonas da Silva, 35 anos, mora no Incra 9, em Ceilândia, às margens do espelho d’água, e nunca viu o espaço tão recuado. “Cada dia que passa sem chuva, parece piorar. Para quem conhece a região, dá tristeza ver isso acontecer. A nossa maior preocupação é com o abastecimento do DF”, conta.

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A assessoria de Comunicação da Caesb informou que existem projetos para aumentar a captação para o DF. Na prática, porém, os sistemas de Corumbá, do Lago Paranoá e a ampliação do Bananal não saíram do papel. Pesquisador da Embrapa Cerrados e presidente do Comitê de Bacias do Lago Paranoá, Jorge Werneck alerta que existe o risco de o volume de chuvas ser menor até a chegada da seca, e os recursos hídricos locais entrarem na estiagem com as barragens em um nível abaixo do necessário para atravessar o período. “Há quatro décadas, chovia todos os dias em dezembro e janeiro”, recorda.

Os termômetros do Inmet registraram ontem a maior temperatura de 2015 no DF. Os medidores alcançaram 31,9ºC. A umidade chegou a 28% no meio da tarde. Para amanhã, o instituto prevê chuva fraca em áreas isoladas do quadrilátero. Uma massa de ar quente do Oceano Pacífico impede a formação de precipitações na região. “Os ventos trazem ar quente, e os ventos frios são bloqueados. A incidência de raios solares contribui para o aumento das temperaturas”, detalha a meteorologista Maria das Dores de Azevedo.

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Área na DF-140 deve abrigar cerca de 900 mil habitantes, nos próximos 50 anos. A previsão é que no fim de 2014 alguns empreendimentos sejam erguidos na região




Por Rejane Evaristo, do Jornal da Comunidade – O Distrito Federal está prestes a ganhar uma nova cidade. A região, conhecida como Sul/Sudeste, está situada próxima à DF-140, entre Santa Maria e São Sebastião. De acordo com a Secretaria de Habitação Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab), a expectativa é que o local abrigue cerca de 900 mil habitantes nas próximas cinco décadas.


Segundo a Sedhab, o plano, que estabelecerá as diretrizes para a ocupação da área, deve ser consolidado em 90 dias. O projeto foi apresentado, no último dia 2 de outubro, em um seminário promovido por empresários da construção civil, que tinha o objetivo de discutir como será a urbanização do local. Segundo a secretaria, o lugar pode ser a última região destinada à ocupação urbana no DF.


Geraldo Magela. Foto: Toninho Tavares



De acordo com o secretário de Habitação Regularização e Desenvolvimento Urbano, Geraldo Magela, a demanda pela criação da nova cidade se deu após vários proprietários de lotes no local pedirem autorização para fazer o parcelamento das áreas. “Nós percebemos que se fôssemos autorizar parcelamento por parcelamento, iriamos cometer o erro de ver uma cidade implantada sem planejamento de médio e longo prazos. Então, paramos de receber as solicitações e decidimos fazer diretrizes urbanísticas para aquela região”, explica.




As diretrizes devem nortear a ocupação da área para as próximas cinco décadas. O planejamento deve ser feito com base no projeto de Brasília, que prevê áreas destinadas a cada tipo de ocupação. “Estamos falando de uma função fundamental do Estado, que é planejar. Nós começamos a discutir a criação do novo bairro porque Brasília começou a ser feita com base no planejamento, mas ao longo do tempo, os governos abandonaram esse planejamento e começou a surgir condomínios em todos os lugares. Começou a ter invasão em tudo quanto é lugar e agora nós estamos retomando a capacidade de planejar essa ocupação”, ressalta Magela.



Conforme o Plano de Ordenamento Territorial e Urbano (PDOT), a população do local não deve ultrapassar o número de 950 mil habitantes. Com isso, o desafio da Sedhab é adequar a ocupação urbana em setores destinados à moradia, desenvolvimento econômico, atividade comercial, preservação ambiental e qualidade de vida para essa quantidade de pessoas. 



“Vamos planejar a ocupação daquela área, que é enorme, mas por cinco décadas. Ninguém vai colocar 900 mil pessoas em um lugar, de um dia para o outro. Até porque, não haveria tantas pessoas interessadas em ir pra lá imediatamente”, afirma o secretário da Sedhab.


Infraestrutura
A intenção de formular as diretrizes urbanísticas para o local é evitar que haja uma ocupação desordenada, como já aconteceu em outros lugares do Distrito Federal. De acordo com o secretário, as normas estão sendo editadas para que todas as áreas sejam ocupadas devidamente. “Essas diretrizes são as regras que todos os parceladores vão ter que seguir. Então, elas vão dizer onde deve ter casa, onde pode ter apartamento, onde pode ter um shopping, onde pode ter uma universidade, onde vai ter o centro financeiro, por exemplo.”


Segundo Magela, as diretrizes devem auxiliar também no planejamento de infraestrutura da nova cidade. “Esse planejamento é feito para que nós tenhamos a responsabilidade de estruturar a região para ter oferta de água, saneamento básico, transporte adequado, mas, sobretudo pensando em uma área que não seja só de moradia. Nós queremos que ali tenha emprego, universidades, lazer etc. Inclusive podendo, amanhã, ser um pêndulo. Porque hoje as pessoas saem da periferia e vêm para o Plano Piloto. Mas a gente pode fazer o contrário.”


Secretário destaca planejamento
Geraldo Magela afirma que o planejamento prévio da cidade é de extrema importância, principalmente no que diz respeito a gastos dos cofres públicos. 


“Vou dar um exemplo: quando você pensa na implantação de um veículo leve sobre trilhos (VLT), um BRT ou um metrô, com uma área ocupada, é muito mais difícil e caro de fazer isso. Temos o exemplo do Gama, onde nós estamos “rasgando” áreas para colocar uma pista do BRT. Então, nós podemos ver que, dessa forma, fica muito mais caro e difícil”, afirma. “Se a gente vê que essa área vai precisar de um VLT, por exemplo, e eu começar a planejar isso hoje, vou ter um investimento com um custo muito mais baixo, em um tempo muito mais curto e em uma condição técnica muito adequada.”



Como a área é basicamente de propriedade particular, o início da ocupação será feito de acordo com a vontade dos proprietários. Segundo a Sedhab, os empresários informaram que aguardam a validação das diretrizes para que possam dar início às etapas fundamentais dos empreendimentos imobiliários, como o estudo de impacto ambiental. A previsão é que no fim de 2014 alguns empreendimentos já devam estar sendo erguidos na região.



Nova Região Administrativa
De acordo com o secretário, ainda não é possível falar na criação de uma nova Região Administrativa no local. “Com relação a esse espaço, nós ainda nem estamos falando em região administrativa. Até porque, pra chegar a ter uma região administrativa vai demorar muito.”


Atualmente, o espaço faz parte de quatro regiões. São elas: Santa Maria, São Sebastião, Paranoá e Jardim Botânico. “Se você for ver poligonais, essa área Sul/Sudeste pertence a diversas regiões administrativas”, explica Magela. 


“Quando vai ter uma ali, a gente ainda não sabe. Isso vai depender da forma de ocupação. Agora, eu posso garantir que não será uma ocupação de forma desordenada, como tem sido nos últimos anos. Será uma ocupação planejada”, informa Magela.