segunda-feira, 16 de março de 2015

Brasil vira piada nos EUA.Vídeo MUITO engraçado.

segunda-feira, 16 de março de 2015

 

 

Nosso país foi motivo de chacota no Last Week Tonight, com John Oliver, que passa na HBO dos EUA e Canadá. O panelaço da semana passada, contra a presidente do Brasil, foi destaque no programa. Os americanos e canadenses rolaram de rir do inusitado que é ter uma presidente como Dilma Rousseff. Mas a síntese do programa está perfeita.


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Cunha diz que vai arquivar pedidos de impeachment contra Dilma





JOSÉ ROBERTO CASTRO E RICARDO CHAPOLA - O Estado de S. Paulo 


16 Março 2015 | 13h 17

Presidente da Câmara volta a dizer que impedimento é 'inconstitucional', mas critica resposta dada pelo governo a protestos

São Paulo - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indicou nesta segunda-feira, 16, que vai arquivar os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que chegarem à Casa. Cunha, que é o terceiro na linha de sucessão da Presidência, disse que não leu o pedido do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), mas acredita que o impeachment "não é a solução". Ele ainda disse que o impedimento da presidente é uma situação que "beira o ilegal e o inconstitucional".
"Efetivamente, da nossa parte, não tem guarida para poder dar seguimento até porque entendemos que esta não é a solução. Entendemos que temos um governo que foi legitimamente eleito e que, se aqueles que votaram neste governo se arrependeram de terem votado, isso faz parte do processo político. E não é dessa forma que vai resolver", argumentou o peemedebista, após participar de um encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Pedidos de "Fora, Dilma" estiveram presentes nas manifestações ocorridas em todo o País nesse domingo, 15.


"Temos que debater, sim, o que aconteceu nas ruas ontem, temos que buscar formas que ajudem o governo a se encontrar com aquilo que a sociedade deseja ver. Mas não a partir de situações que cheiram e beiram o ilegal e o inconstitucional", completou.
Para presidênte da Câmara Eduardo Cunha, impeachment "não é a solução"
Para presidênte da Câmara Eduardo Cunha, impeachment "não é a solução"
Em seguida, o presidente da Câmara passou a fazer críticas ao governo e aos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), escalados para defender o governo no início da noite desse domingo, 15. Cunha disse que a fala dos ministros não refletiu o clima das ruas e chamou a participação dos dois de "desastre". "Não vi ninguém nas ruas pedir reforma política, vi pedir reforma de governo", disse Cunha. "Não vi ninguém nas ruas dizendo que o financiamento empresarial é o problema", complementou.


Na noite desse domingo, em resposta aos protetos, os ministros prometeram lançar um pacote com medidas para combater desvios de dinheiro público e voltaram a defender a reforma política, que, segundo eles, vão mudar as regras do sistema eleitoral e coibir a corrupção.


Sobre a proposta apresentada pelos ministros de um pacote anticorrupção, Cunha ironizou dizendo que há dois anos escuta o governo dizer que vai mandar as medidas para o Congresso. "Qualquer proposta que mandarem eu coloco em votação imediatamente", disse.

Quando noventa e três por cento dos brasileiros expressam claramente seu desprezo ao governo Dilma, não falta nos altos escalões do esquerdismo quem diga que isso é a “elite” voltada contra “o povo”. Nunca imaginei que, mesmo no mais excelso patamar de desenvolvimento econômico concebível, pudesse uma nação ter sete por cento de povo e noventa e três por cento de elite.





Aquela história da mentira infindavelmente repetida que se torna verdade é ela própria uma mentira infindavelmente repetida, que pode ser usada com algum sucesso se você não acredita nela mas leva aos mais desastrosos resultados quem acredita. Na maior parte dos casos, ela não passa de uma autopersuasão de avestruz, boa para induzir um cretino a caminhar com uma autoconfiança de sonâmbulo em terreno minado. O próprio dr. Joseph Goebbels, a quem se credita a invenção dessa frase, terminou muito mal. 


Chavões e frases feitas são afirmações gerais de validade muito relativa, a que você apela como premissas autoprobantes para sustentar outras afirmações que em geral não têm validade nem mesmo relativa. São as ferramentas de eleição do automatismo mental, criadas para você pensar que está pensando quando na verdade está apenas falando. São o Petit Larousse do psitacismo.


O Príncipe de Maquiavel, o Manifesto Comunista e as obras de Antonio Gramsci são depósitos clássicos onde os necessitados sempre encontram as fórmulas de que necessitam para realizar, de novo e de novo, a proeza de não entender coisíssima nenhuma. 


O prestígio do maquiavelismo é algo que não cessa de me deslumbrar. Como é possível que tantas pessoas aparentemente inteligentes continuem seguindo com devoção de coroinhas as lições de sucesso de um bobão cronicamente fracassado?


E como é possível alguém continuar acreditando na teoria marxista da luta de classes depois que Lênin demonstrou, por palavras e atos, que se queriam mesmo uma revolução proletária era preciso realizá-la sem proletários? 


Desde que Jim Fixx, o inventor dos exercícios aeróbicos, morreu de ataque cardíaco em pleno jogging, aos 52 anos de idade, comecei a desconfiar que todas as fórmulas infalíveis são um perigo para a humanidade. A verdade é matéria de intelecção direta, o ato mais individual e intransferível que existe. Tão logo se cristaliza numa fórmula uniformemente repetível, a fórmula se torna o melhor pretexto para não ter intelecção nenhuma.



O sinal mais visível de esgotamento de uma corrente de idéias é quando seus porta-vozes insistem em apegar-se aos seus chavões consagrados  justamente nas horas de desespero e confusão em que essas chavões se relevam mais deslocados da situação concreta, mais incapazes de descrever o que está se passando.


Quando noventa e três por cento dos brasileiros expressam claramente seu desprezo ao governo Dilma, não falta nos altos escalões do esquerdismo quem diga que isso é a “elite” voltada contra “o povo”. Nunca imaginei que, mesmo no mais excelso patamar de desenvolvimento econômico concebível, pudesse uma nação ter sete por cento de povo e noventa e três por cento de elite. 


Em plena efervescência geral contra a roubalheira petista, Frei Betto, André Singer e mais dois bonecos de ventríloquo se reúnem na Apeoesp para discutir “a ameaça conservadora aos direitos sociais”, quando é patente que em todos os protestos populares anti-Dilma ninguém disse uma palavra contra “direito social” nenhum, exceto o direito social de meter a mão nos cofres públicos.

Quando milhões de brasileiros estavam batendo panelas em protesto contra o último discurso da presidenta, um líder petista, com ares de quem revela preciosa inside information, afirmou “haver indícios” de que os partidos de oposição haviam “financiado o panelaço”. Até agora me pergunto como, por que meios, mediante quais artifícios bancários esotéricos seria possível financiar um panelaço.



E, é claro, não poderia faltar quem, rastreando as pistas mais sutis e inefáveis, visse no panelaço a mão sinistra do governo de Washington. William F. Engdahl, o Emir Sader americano, nosso já velho conhecido (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/100503dc.html e http://www.olavodecarvalho.org/semana/100623dc.html), jura até que o “Movimento Passe Livre” foi inventado pelo sr. Joe Biden para “desestabilizar o governo Dilma Rousseff”, quando no Brasil até as crianças sabem que foi criado pelo próprio governo Dilma Rousseff para desestabilizar a administração estadual paulista.



Em suma, aconteça o que acontecer, o cérebro da esquerda, em avançado estado de decomposição, já não sabe senão repetir os mesmos chavões de sessenta, setenta anos atrás, desejando ardentemente que a mentira repetida não apenas seja acreditada, mas adquira, pela força mágica da repetição, a virtude transfigurante de uma profecia auto-realizável. 



É verdade que a debacle intelectual não traz necessariamente a derrota política. Ao contrário. A própria história do PT mostra que é possível um partido alcançar o cume do sucesso político justamente numa época em que, intelectualmente, o seu discurso já estava morto e enterrado. Mas, quando a glória política começa a declinar, não há sinal de impotência mais deplorável e patético do que o esforço de apegar-se, retroativamente, a um discurso já mil vezes desmoralizado. As mentiras repetidas podem, às vezes, passar por verdades. Mas, como todos os utensílios, têm um prazo de validade limitado. 



Publicado no Diário do Comércio.



O paulistano não decepciona nunca!!

 

DCM-Diario do Centro do mundo



Postado em 15 mar 2015
 
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As milhares ou, de acordo com a sempre confiável Polícia Militar de São Paulo, milhões de pessoas que marcharam pela principal avenida da capital na tarde de hoje estão de parabéns. Caminhar faz muito bem.


Obcecados pela boa forma, trouxeram pesos para a caminhada. É até difícil calcular o quanto carregavam se levarmos em conta o que se esconde por trás de cartazes com frases que clamam pela volta de uma ditadura militar. Estas frases pesam como o chumbo. Carregá-las, sem dúvida, é exercício mais extenuante que o crossfit da academia mais estrelada dos Jardins. Povo obcecado por boa forma, sempre carregando seus pesinhos.

O importante é que os protestos desta tarde trouxeram lágrimas aos meus olhos. Nelson Rodrigues escreveu que não há multidão intranscendente, ou talvez não tenha escrito exatamente assim. Cito muito mal. A multidão emociona, o hino nacional faz a voz ficar rouca. Lembrei até do panelaço de semana passada. Tanto que fui à cozinha e acariciei as minhas panelas.


Peço perdão pela emotividade.


Bom, adiantando a prosa: fiquei com os olhos marejados porque muitos paulistanos cumpriram bravamente, mais uma vez, o papel de desbravadores. A adesão à manifestação contra a presidente, de muito longe a maior em todo o país, foi digna de grandes momentos da nação.


Veja bem. O paulistano está lutando por um direito que lhe é inalienável: o de ter na presidência o candidato que ganhou a eleição. Quem venceu o pleito em São Paulo foi o senador Aécio Neves, com 63% dos votos. A lógica é transparente. Quem diz que parte dos manifestantes era formada por golpistas propondo um terceiro turno na eleição de 2014 é dono de um alvar desconhecimento dos fatos. Aqui deu Aécio, meu caro. Não é impeachment, é justiça.


São Paulo não pode parar. São Paulo é moda. É dinheiro trocando de mão, sem oportunismo e promovendo a tolerância. A camisa do genial Sérgio K com a frase “A culpa não é minha, votei no Aécio” custa 130 reais – mas não é cara se é para arrancar o Brasil do fundo do poço.


O uniforme oficial da seleção brasileira personalizado sai por 350 reais? Não existe preço se é para acabar com a corrupção no Brasil. Melhor ainda tendo o privilégio de usar, do lado esquerdo do peito, o escudo da CBF. Para combater desvirtuamento de instituições, veja só.


Estou muito orgulhoso de ter escolhido esta terra para morar. Parafraseando Pero Vaz de Caminha, esta é a terra em se plantando, tudo dá – isso quando tem água na torneira para irrigar a terra, claro.


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“Sou negro, pobre e estou pedindo a saída da Dilma”, diz manifestante.(Faltou acrescentar: "E sou inteligente!")

16/03/2015
às 13:33

Fernando Silva, o Fernando Holiday, também pertence ao PT chama "elite branca" (Foto: Renata Agostini)
Fernando Silva, o Fernando Holiday, também pertence ao que o PT chama “elite branca” (Foto: Renata Agostini/Folhapress)


Na VEJA.com:

Os atos de protesto contra o governo Dilma deste domingo (15) reuniram bem mais que a “elite branca”. Nas diferentes cidades em que as manifestações foram realizadas, celebridades, artistas e socialites caminharam com migrantes, ex-petistas, vendedores ambulantes, militares ou agentes penitenciários. Nesse caldeirão cultural, as posições políticas e palavras de ordem também variavam, desde os que refutavam a ideia de pedir o impeachment da presidente até os que defendiam a intervenção militar. “Vamos parar com esse negócio de que só a elite está aqui. Sou negro e pobre e estou pedindo a saída da Dilma”, disse Fernando Silva, conhecido como Fernando Holiday, 18, que participou da manifestação na av. Paulista, em São Paulo.

Ele entrou para o MBL (Movimento Brasil Livre) após postar um vídeo na internet e ser chamado pelos rapazes do movimento. Filho de ex-funcionária pública aposentada e pai “desparecido”, mora em Carapicuíba. Estudou em Escola pública toda a vida e agora ainda decide qual faculdade cursará. Ganhou bolsa na PUC para cursar filosofia, mas não gostou. “Existe um sentimento de que só os ricos querem ela fora. Mas muitos pobres querem. O povo quer”, disse à *Folha*. O pernambucano Antonio Pereira e Silva, 62, foi ao protesto na avenida Paulista de metrô após sair do bairro de Artur Alvim, onde mora na Cohab 1, na zona leste de São Paulo.

Ele refuta a tese de que apenas membros da classe média e da elite estejam insatisfeitos com a presidente Dilma Rousseff (PT). “Eu não ganhei nada para vir aqui. Eu e o país estamos a favor do impeachment”, disse. Corretor de imóveis, Pereira e Silva conta que, no bairro dele, não ouviu panelaço contra o discurso da presidente, no último domingo. “Mas eu aplaudi a reação de protesto em São Paulo”, observou.

(…)

Por Reinaldo Azevedo

Panelaço durante arenga de ministros, mostra que Dilma tem dois caminhos: RENÚNCIA ou SUICÍDIO


Panelaço durante discursos de ministros tentando explicar o fracasso do governo a que servem mostra que o impeachment é INEVITÁVEL.


Por ser o impeachment um processo lento, burocrático,  e que deixará o País sob o risco de convulsão social, resta a ainda presidente Dilma - deposta simbolicamente hoje, por um número de manifestantes superior a mais de 50 vezes os que ela pagou para defender seu governo na sexta-feira, 13 - ter a dignidade (apesar de honra e dignidade ser qualidades que faltam a maioria dos petistas) de - RENUNCIAR ou seguir o exemplo do estadista GETULIO VARGAS = SUICÍDIO.


 
Ministro da Justiça tenta defender Dilma em coletiva de imprensa em Brasília após manifestações  e suas declarações não são bem recebidas pela população Brasil afora, com registros de PANELAÇOS em diversas cidades.



 
A presidente Dilma Rousseff vai "propor nos próximos dias" um pacote de medidas de combate à corrupção, como já prometido na campanha eleitoral de 2014, em resposta às manifestações deste domingo, que reuniram 1,5 milhão de pessoas em todo o País. A afirmação foi feita pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em coletiva de imprensa em Brasília. As declarações não foram bem recebidas pela população Brasil a fora, com registros de "panelaços" em diversas cidades.

Na TV, Cardozo afirmou que os protestos ocorreram de forma pacífica e que as manifestações mostram que o Brasil é um país democrático, que respeita a liberdade de expressão. "O governo, que tem uma clara postura de combate a corrupção, que tem criado mecanismos que propiciem a investigação, irá nos próximos dias anunciar algo que já era promessa de Dilma: um conjunto de medidas de combate à corrupção e à impunidade", afirmou Cardozo. "É importante que se frise que as ações nessa área não se encerram com essas medidas. A presidenta governa para todos os brasileiros, não só para os que a elegeram. O diálogo está aberto", completou o Ministro da Justiça.

(...)

Quem também falou em nome de Dilma foi o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto. Em tom menos conciliador do que Cardozo, Rossetto disse que as manifestações deste domingo foram feita "majoritariamente" por pessoas que não votaram no PT na última eleição presidencial.  Segundo Rossetto, os pedidos de impeachment de Dilma são "infundados". 



 "As manifestações contrárias ou favoráveis ao governo ou aos governos são legítimas. O que deve ser condenado é o golpismo, a intolerância, o impeachment infundado que agride a democracia, a violência." [ministro Rossetto:  o número de manifestantes contra o desgoverno Dilma, o que lhe inclui, foi de quase 2.000.000. O número de manifestantes a favor do desgoverno Dilma foi interior a 40.000 = o número dos que foram as ruas contra Dilma é superior a mais de 50 vezes dos que são a favor. (lembrando que os manifestantes de sexta, são vagabundos - trabalhadores precisam trabalhar nos dias úteis e sexta-feira passada foi dia útil - 'manifestantes profissionais' que compareceram para ganhar R$ 35, um sanduíche de mortadela e condução. Mesmo assim foram enganados por vocês, que trocaram o sanduba por pão com margarina.)]

 


O ministro da Secretaria-Geral também admitiu, em sua fala, que o mau momento econômico do País favorece as manifestações contrárias ao governo. Ele defendeu, ao mesmo tempo, as medidas de austeridade adotadas em 2015. "O fato é que a economia chegou ao fim de 2014 abaixo do que esperávamos. Todos nós temos responsabilidade, o governo em especial, de sustentar um padrão de crescimento que promova o emprego e a renda. 


O objetivo das medidas é arrumar as contas públicas para retomar o ambiente de crescimento, geração de emprego e renda e manutenção de medidas sociais que tornaram este país mais igualitário."

Continuar lendo..............IstoÉ

Eduardo Cunha está moral e politicamente obrigado a aceitar os pedidos de impeachment contra Dilma


domingo, 15 de março de 2015

Atos anti-Dilma mobilizaram 1,8 milhão de pessoas no país

Estimativa foi feita com base em dados da PM. Protestos em forma de panelaço foram ouvidos no Rio, SP, BH e Recife durante pronunciamento de ministros; Cardozo e Rossetto defenderam medidas contra a corrupção, entre elas o fim do financiamento empresarial em campanhas  

 

Após quase dois milhões de pessoas se manifestarem contra o governo Dilma, contra a petralhada, contra a roubalheira, Eduardo Cunha - presidente da Câmara dos Deputados a quem compete receber e dar o primeiro encaminhamento ao pedidos de impeachment - está obrigado, moral e politicamente, a receber todos os pedidos, começando pelo do deputado federal Jair Bolsonaro.

Se furtar a essa responsabilidade será passar recibo de que não está honrando o mandato de presidente da Câmara dos Deputados e terceiro na linha sucessória


                                                         PT - CÂNCER TOTALITÁRIO

Dilma enfrenta o maior protesto popular da história democrática, e governo se defende sem autocrítica



Dilma enfrenta o maior protesto popular da história democrática

 

Ministros Rossetto e Cardozo falaram em defesa do governo — reciclando velhas propostas petistas, e sem sombra de autocrítica

 
O governo de Dilma Rousseff foi alvo neste domingo da maior manifestação espontânea já feita no Brasil contra um presidente da República. Vestidos de verde e amarelo, os brasileiros foram às ruas em todos os estados e no Distrito Federal para protestar contra a presidente e o Partido dos Trabalhadores. 
 
 
Ao menos 1,4 milhão de pessoas tomaram praças e percorreram avenidas, segundo estimativas das Polícias Militares nos estados.  
 
 
O número, contudo, não leva em conta manifestações realizadas no interior, que podem elevar significativamente o total.
 
 
Ao contrário do que ocorreu na manifestação pró-governo de sexta-feira, quando o braço sindical do petismo, a CUT, e os grupos de sem-teto e sem-terra cooptados pelo governo organizaram marchas com militantes uniformizados - e pagos em grande número de casos -, nenhum partido político ou grupo organizado controlou os movimentos ou pôde reivindicar a sua paternidade. 
 
 
 
Com exceção de raros políticos em suas bases, nenhum expoente da oposição foi às ruas numa decisão calculada: de um lado, a ausência deles deixa claro que a manifestação é apartidária e espontânea; do outro, também não tinham certeza de como seriam recebidos em algumas praças.  
 
 
O candidato derrotado por Dilma, o tucano Aécio Neves, divulgou um vídeo usando a camisa da seleção brasileira no qual justificou porque não saiu de casa: "Depois de refletir muito, optei por não estar nas ruas neste domingo para deixar muito claro quem é o grande protagonista dessas manifestações: o povo brasileiro, o povo cansado de tantos desmandos, cansado de tanta corrupção".

A multidão que tomou as ruas foi muito maior do que a previsão mais pessimista do Planalto. Na véspera das passeatas, o governo articulava o discurso de que seriam atos sem foco definido, protagonizados pela "elite" e cujo pico de concentração seriam 100.000 pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo.  
 
 
De fato, a maior adesão ocorreu em São Paulo, mas com dez vezes mais pessoas do que jamais esperava o Planalto: recorrendo a imagens aéreas e programas de computador, a PM estimou a presença de 1 milhão de manifestantes na Paulista. 
 
 
 
A jornada também mostrou que pessoas de todos os estratos sociais participaram das marchas nas cinco regiões do Brasil, e que elas tinham, sim um foco claro: o governo. A indignação contra o governo deu o tom das passeatas - sem que faltassem cartazes e palavras de ordem em favor do impeachment da presidente Dilma.

 
 
Dilma Rousseff passou o dia trancada no Palácio da Alvorada. Convocou um gabinete de crise para monitorar as passeatas e escalou os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, e José Eduardo Cardozo, da Justiça, para se pronunciar em nome do governo. A fala teve início por volta das 18h45. A exemplo do pronunciamento de Dilma na semana passada, a fala dos ministros foi recebida com panelaço e buzinaço nas capitais brasileiras 
 
 
 
Na contramão de uma postagem feita durante a tarde nas contas de redes sociais de seu ministério, que afirmava que o "discurso de ódio fere a democracia e não gera mudanças", Cardozo disse que as passeatas foram "legítimas, democráticas e com respeito às autoridades".  
 
 
 
Questionado sobre a postagem em entrevista à noite, o ministro disse que deu ordem para que ela fosse retirada do ar. Como remédio contra a indignação, contudo, ele apresentou tão somente velhas promessas e ambições petistas: o envio de um pacote anticorrupção ao Congresso e a realização de uma reforma política que, ele explicitou, deve proibir as doações de empresas.

 
Se não houve sombra de autocrítica na fala de Cardozo, Miguel Rossetto, integrante de uma ala mais radical do PT, adotou um tom agressivo, para afirmar que a discussão de um processo de impeachment "não deve ser tolerada".  
 
 
 
Rossetto procurou também qualificar os manifestantes como sendo todos pertencentes ao contingente de eleitores que não votaram na presidente em 2014 - afirmativa categórica que as pesquisas mais recentes de aprovação do governo não autorizam, por mostrar que Dilma Rousseff perdeu rapidamente o cacife com que contava no início de seu segundo mandato. Rossetto também procurou defender o pacote de ajuste econômico que o governo procura implementar, e que desperta a insatisfação de setores de apoio ao petismo - ou do próprio partido. 
 
 
 
Enquanto os ministros falavam, a manifestação prosseguia com panelaços semelhantes ao que recebeu o pronunciamento de Dilma Rousseff há uma semana, no Dia da Mulher.
 
 

A investigação sobre Dilma - Em um país parlamentarista, Dilma já teria caído


O agravo regimental que o PPS, através do deputado federal Raul Jungman, impetrou no Supremo Tribunal Federal pedindo que seja revista a decisão do ministro Teori Zavascki de não abrir inquérito sobre a presidente Dilma, cria um fato político que impede que caiam no esquecimento as menções feitas a ela nas delações premiadas.

 

Mesmo que o doleiro Alberto Yousseff tenha admitido que não tinha como provar sua afirmação de que a presidente sabia do que estava acontecendo na Petrobras, o normal seria investigar a denúncia concreta de que a campanha presidencial em 2010 recebeu dinheiro desviado da estatal em forma de doação legal.  A informação consta da delação premiada do ex-diretor Paulo Roberto Costa, mas foi negada por Yousseff, que teria sido o intermediário na transação ilegal. Mesmo com essa contradição, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu, e foi atendido, que o ex-ministro Antonio Pallocci seja investigado pelo fato.

 

Pallocci era um dos coordenadores da campanha de Dilma em 2010 e teria procurado Paulo Roberto Costa, então ainda diretor da Petrobras, em busca de financiamento. Pelo mesmo motivo, o senador Lindbergh Frias está sendo investigado, e Pezão, o governador do Estado do Rio atual, também, todos por desvios na campanha eleitoral de 2010.

 

Aliás, as constituições estaduais preveem que os governadores só podem ser processados com a autorização de dois terços dos membros da Assembléia Legislativa, inspiradas no artigo 51 , inciso I, da Constituição Federal. O STF já se manifestou pela constitucionalidade desses dispositivos, baseados no princípio da simetria: o governador, tal qual o Presidente, é chefe do Poder Executivo.

 

O STJ só poderá processar um governador, satisfeita aquela exigência, mas, permite que ele seja investigado, inclusive, por fatos estranhos às suas funções, ainda que anteriores ao mandato, que é o caso do Pezão e do governador do Acre Tião Vianna. 

Ler na íntegra......................... Blog do Merval

 


Em um país parlamentarista, Dilma já teria caído

Movimento na rua foi de rejeição à presidente e ao PT.
O sentimento de mudança, que já estava nas ruas no ano passado, foi burlado por uma campanha publicitária que enganou o eleitorado, e agora está de volta às ruas. A presidente Dilma perdeu a legitimidade política de estar à frente do governo, embora tenha sido eleita legalmente. 


Se fôssemos um país parlamentarista, seu governo teria sido derrubado. Depois de dois meses e meio de novo mandato,  já tem a maioria da população contra ela. E a maioria que supostamente tinha no Congresso, transformou-se em minoria nas últimas votações. Como somos presidencialistas, Dilma continuará à frente do governo enfrentando seguidas crises.

Ouça o comentário na CBN

Blog do Merval Pereira


BLOG PRONTIDÃO TOTAL

Lula falou e a bem remunerada elite chapa-branca do jornalismo nacional passou a repetir: a zelite não quer que os pobres prosperem. (Afirmação absurda!!Zelite são os corruptos do Governo.Na sua maioria arquimilionarios.Essa ZELITE sim não quer ver os pobres educados para não terem poder de critica!!)

Lula foi aluno de Eremildo, o idiota

Percival Puggina 


Virou moda. Lula falou e a bem remunerada elite chapa-branca do jornalismo nacional passou a repetir: a zelite não quer que os pobres prosperem. Qual o motivo de essa frase estar sendo reproduzida por tantos membros da mídia, como porta-vozes do alto comando petista? Nada que o PT repete à exaustão deixa de ter objetivo bem determinado. É o caso.


Os petistas, naufragados na indecência de seu governo, numa sucessão de escândalos que envergonham o país e ruborizam a espécie humana em todas as latitudes, altitudes e longitudes, precisam atribuir motivação maldosa a seus adversários. E qual pode ser pior do que o sujeito ter raiva de quem alegadamente faz bem aos pobres? Poucos, muito poucos sentimentos humanos colocariam alguém tão às portas de uma condenação eterna do que desejar o mal do pobre, sentir-se incomodado quando ele prospera e ter raiva de quem supostamente o faça prosperar. Isso é tão inominável, tão fora da normalidade, que deixa de ser um impulso humano para ser o que de fato é: uma acusação maligna, concepção de mente enferma, que faz da política campo de provas de sua sordidez.


SEM PÉ NEM CABEÇA
Essa injúria, proferida por Lula no ato da ABI, e repetida pelos papagaios do eldorado petista, não tem pé nem cabeça. É fruto de perversão moral. Está na linha de tudo mais que vêm fazendo. Como conceito, só pode ser produto de uma aula de sociologia do professor Eremildo, o idiota (personagem criado pelo jornalista Elio Gaspari).

Repito o que escrevi há poucos dias: os países com melhor qualidade de vida são aqueles em que praticamente não existem pobres e a totalidade da população consegue viver com dignidade. A fome era endêmica na Europa Ocidental até meados do século passado. No entanto, com trabalho e uso judicioso dos recursos públicos, hoje você atravessa o continente, entra e sai das cidades europeias e raramente se depara com habitações miseráveis. Nelas você se percebe infinitamente mais seguro do que no Brasil.

Só os alunos do professor Eremildo, o idiota, são capazes de crer em tamanha estupidez, contraditória com o racional interesse de todos os seres humanos, porque convém a todos, sem exceção, que todos tenham um padrão de vida melhor. Eremildo, o idiota, ensinaria essa besteira que Lula diz, por crença. Os jornalistas, os políticos, os marqueteiros e os militantes que repetem tamanho disparate, precisam dele como folhas de parreira para esconder as próprias vergonhas.


 


Cunha já admite que poderá abrir o processo de impeachment


“Pode ficar tranquila que não vou deixar haver impeachment…”


Carlos Newton
O jornalista Lauro Jardim, da Veja, revela que “o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, embora de público não vá admitir nem que a vaca tussa, dias atrás afirmou a mais de um interlocutor ser impossível segurar o processo de impeachment caso a possibilidade ganhe força a partir dos protestos de 15 de março”.


Bem, pelo que se viu no domingo, vai ser difícil segurar essa onda. O fato é que o possível e provável impeachment da presidente Dilma Rousseff já havia se tornado um dos principais temas procurados no Google e nos outros sites de buscas do Brasil. Embora os jornais ainda fingissem que não estava acontecendo nada, a expectativa era cada vez maior na internet, onde reina a confusão, porque muitos portais, sites e blogs revelam brutal ignorância sobre as regras que regulam o impeachment presidencial no Brasil.


Na verdade, tudo dependerá da forma com que estiverem sendo conduzidos os inquéritos da Operação Lava Jato e das investigações complementares no Supremo Tribunal Federal. Mesmo que não haja provas diretas do envolvimento da presidente Dilma Rousseff no esquema, que demonstrem dolo (intenção) em caso de improbidade administrativa, ela poderá ser incriminada também por culpa (negligência, imperícia e omissão), na tese de Ives Gandra Martins.

Ou por ter sido beneficiada pelo Caixa 2 da campanha do PT, segundo a Lei Eleitoral, na tese de Jorge Béja, que aventa até a possibilidade de impeachment por crime de responsabilidade, devido à omissão de Dilma na indicação do novo ministro do Suprem.


TEMER ASSUME?
No caso da tese de Gandra, quem assume é o vice-presidente Michel Temer, se ele não estiver envolvido no esquema da Petrobras, pois era presidente do PMDB na época da corrupção desenfreada.


Mas no caso de o processo ser movido com base na Lei Eleitoral, porque parte do dinheiro da corrupção foi utilizado na campanha presidencial do PT, e o vice-presidente Michel Temer também acabar sendo envolvido, como beneficiário do esquema da Petrobras, nesta hipótese então assumiria interinamente o presidente da Câmara, que hoje é o deputado Eduardo Cunha.


Mas se Cunha também estiver envolvido, assim como Renan Calheiros, presidente do Senado,  quem assumiria em caráter interino seria o presidente do Supremo Tribunal Federal, que hoje é o ministro Ricardo Lewandowski.


Outro detalhe: se o impeachment for aprovado ainda nos dois primeiros anos de mandato de Dilma/Temer, o presidente interino é obrigado a convocar eleições no prazo de 90 dias. Porém, se a aprovação pelo Congresso ocorrer nos dois últimos anos, ele terá de convocar as eleições no prazo de 30 dias, para completar o mandato de Dilma.


INQUÉRITOS
Quanto aos inquéritos agora abertos no caso de envolvimento de políticos e autoridades no Supremo Tribunal Federal (presidente, vice-presidente, deputados federais, senadores e ministros) ou no Superior Tribunal de Justiça (governadores), tudo está no início.


Uma vez finalizadas essas investigações complementares, o procurador-geral da República então decidirá quais políticos e autoridades serão alvo de denúncia. E novamente o STF terá que decidir se aceita essas eventuais denúncias, para que ocorram efetivamente os processos.


Quanto ao impeachment de Dilma (e Temer?), trata-se de julgamento político, que pode começar a qualquer tempo, dependendo apenas de apresentação do pedido de processo à Câmara Federal, com deferimento do presidente da Câmara, que acaba de se tornar inimigo declarado do Planalto. Ou seja, a novela está apenas começando.

Voz das ruas subjuga governo e assegura cadeia para os ladrões


Pedro do Coutto


A voz das ruas que se fez presente ontem no país, atingindo seu ponto máximo na passeata contra a corrupção e contra o governo na Avenida Paulista, que reuniu um milhão de pessoas, sem dúvida alguma ecoou como uma forte expressão popular que subjuga a administração federal e, ao mesmo tempo, assegura em sua sequência a punição para os ladrões da Petrobrás que assaltaram a empresa e que não poderão escapar da punição exigida pela opinião publica.


Isso porque as multidões que se concentraram e se deslocaram pelas capitais e principais cidades brasileiras apresentaram uma série de exigências dentre as quais duas se destacaram: a mudança dos rumos políticos da presidente Dilma Rousseff e o julgamento, sem sofismas dos corruptos, corruptores e intermediários da teia gigantesca que imobilizou e saqueou a principal empresa estatal brasileira.


A insatisfação refletida nas avenidas e nas praças significou, ao mesmo tempo, um marco divisor no desenrolar do segundo mandato da presidente da República. Tanto assim que diante dos fatos ela convocou uma reunião ministerial de emergência no Palácio da Alvorada para certamente avaliar os reflexos das monumentais concentrações populares de ontem.


É verdade que Dilma Rousseff havia fixado o encontro 48 horas antes de sua realização. Mas isso não muda o caráter de emergência uma vez que o resultado das passeatas, principalmente a da cidade de São Paulo surpreendeu a todos não só pela presença maciça do povo, mas também pelo entusiasmo das centenas de milhares de manifestantes de todas as classes sociais. A onda popular, de fato, subjugou o poder Executivo e vai obriga-lo a mudar urgentemente de rumo, uma vez que acentuou uma crise que abala os alicerces do próprio governo.



Esse abalo ficou ainda mais nítido porque as manifestações de sexta-feira, que seriam de apoio a Dilma e à Petrobrás, transformaram-se num misto de apoio sereno e de crítica não tão suave às iniciativas do governo através dos projetos elaborados pelo ministro Joaquim Levy, os quais, depois de ontem, só poderão ser aprovados se a presidente da República se dispuser a enfrentar uma onda de revolta social ainda maior do que aquela que percorreu as ruas brasileiras no domingo.


MAL TRAÇADOS
Se a reunião de ontem marcada por ela foi no Palácio da Alvorada, as praças de 15 de março acentuam um alvorecer de pressões que se intensificam e levam o Planalto ao recuo e à impossibilidade de prosseguir nos rumos até agora traçados.


Mal traçados porque as afirmações da presidente da República têm colidido frontalmente com os compromissos da candidata quando buscava as urnas do poder. Contradição profunda e evidente, tão evidente quanto a impossibilidade dela poder harmonizar roteiro econômico colocado por Joaquim Levy com as aspirações da sociedade, a tal ponto que o posicionamento contraditório conseguiu cindir o próprio PT, principal partido da base aliada, hoje da mesma forma que o PMDB, acuado pela força colossal da voz das ruas.


A voz das ruas ressoou tanto que sua manifestação de ontem expandiu-se a várias cidades de diversos países, entre os quais Nova York, Londres, Miami, Sidney e Buenos Aires. Os reflexos de tal dimensionamento tornam-se um fator a mais da perda de domínio da opinião pública pelo sistema partidário. Sobretudo porque não houve nenhum caráter partidário nem na Avenida Atlântica no Rio, nem na Praça da Liberdade em Belo Horizonte tampouco na Avenida Paulista.


O POVO CANSOU
Houve, efetivamente a explosão de uma revolta popular pacífica contra a perda de rumo da situação nacional, atingida principalmente pelos assaltantes e ladrões que roubaram bilhões de dólares e reais da Petrobrás, comprometendo a economia e administração do país. O povo cansou de esperar uma afirmação mais forte do governo contra tais assaltos; como elas não vieram até agora passou da reivindicação à exigência legítima na defesa dos interesses nacionais e sociais.


A divergência envolvendo Dilma Rousseff e Luis Inácio da Silva publicada na imprensa na sexta-feira dá bem mostras da desorientação e confusão que paralisam atividades que deveriam ser dinâmicas no sentido do desenvolvimento, mas que estacionaram no porto das contradições.

(Foto extremamente simpatica!) A ELITE BRANCA CONTRA DILMA!!!

6/03/2015 às 6:23

O 15 DE MARÇO 2 – A entrevista de um descontrolado e de um deprimido. E tome novo panelaço Brasil afora! PT nunca esteve tão perdido

Vejam esta foto, que me foi enviada por um amigo. Desconheço o autor. Se quiser se identificar, é só mandar uma mensagem para o blog.
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Não poderia haver retrato maior da perdição em que se meteu o petismo. 


Desde que o partido foi criado, nunca o vi cometer tantos erros em série. Com essa tropa de trapalhões, Dilma está lascada. Mas como ignorar que é ela a chefe? Como vocês veem acima, um grupo de negros — tudo indica se tratar de uma família — faz troça da máxima veiculada nas redes sociais pelo PT e por seus asseclas no subjornalismo: só a elite branca teria disposição para ir às ruas. Bem, como eles são obviamente negros e como estão protestando contra Dilma, então passam a ser, segundo critérios petistas, elite branca.


O PT e o governo demonstraram, mais uma vez, na noite de ontem, que não estão entendendo nada. Isso, sim, é perigoso, não a população pacífica nas ruas. Mal os protestos haviam terminado, os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, concederam uma entrevista coletiva. Não foi veiculada em rede nacional. Mesmo assim, ouviu-se um várias cidades do país um panelaço semelhante àquele do dia 8 de março, quando Dilma foi a TV sob o pretexto de homenagear as mulheres.
Apresento a Miguel Rossetto três perigosas golpistas da elite branca, de olho azul... Governo está perdido!
Apresento a Miguel Rossetto três perigosas golpistas da elite branca, de olho azul… Governo está perdido! (Foto: Beto Ribeiro)



Com ar deprimido, visivelmente perdido, Cardozo anunciou que o governo pensa num pacote de medidas contra a corrupção. Dilma prometeu o mesmo em 2013. Mas não ficou por aí: apontou a reforma política como a cura dos males. Segundo os ministros, é preciso acabar com a doação de empresas privadas a campanhas políticas — talvez a ideia mais estúpida e malandra do petismo.



O tom de Cardozo em relação às manifestações mudou. Segundo disse, não viu golpismo, não. Aí foi a vez de Miguel Rossetto barbarizar. Para o ministro, “os protestos ocorridos hoje são de setores críticos ao governo, e seguramente essa participação parece ser de eleitores que não votaram na presidente Dilma”. É a tese cretina do terceiro turno. Rossetto, que certamente não estava nas ruas, chamou de golpista, sim, a defesa do impeachment de Dilma. Membro de uma corrente de esquerda do PT chamada “Democracia Socialista”, o ministro certamente nunca viu o povo de verdade, sem o pedigree ideológico da sua turma.

Dia desses, Renan Calheiros disse que o governo tinha envelhecido precocemente. Pode ser. Mas velho mesmo, de verdade, é o PT. Nas ruas, havia pobres, ricos, gente de classe média. Lá estavam negros, brancos, mestiços. Protestavam mulheres e homens, homo e heterossexuais, adultos, jovens e muitas crianças acompanhando os país. O repúdio ao governo petista os unia a todos.


A entrevista, que deveria servir como uma bandeira branca, uma tentativa de aproximação, teve efeito contrário: panelaço, buzinaço, gritos de “Foraaa!”. Ou por outra: Dilma ajudou a convocar a manifestação deste domingo com o seu desastrado pronunciamento do dia 8. Os dois ministros praticamente marcaram um novo protesto.

Pior: a tese da reforma que os dois abraçaram na entrevista não conta com o apoio do PMDB, seu maior aliado. Eu me pergunto que espírito soprou aos ouvidos de Dilma e de seus homens fortes que a entrevista coletiva era uma boa ideia. O bom senso estaria a indicar que o governo deveria, no máximo, ter lido uma nota curta, parabenizando os brasileiros pela manifestação ordeira e pacífica, reiterando que está empenhado em combater a corrupção e reconhecendo que existem motivos para descontentamento. E pronto.


Rossetto, com cara e discurso de descontrolado, e Cardozo, o deprimido:  a entrevista serviu para piorar um pouco as relações com a população e também com o PMDB
Rossetto, com cara e discurso de descontrolado, e Cardozo, o deprimido: a entrevista serviu para piorar um pouco as relações com a população e também com o PMDB. Obra de gênios. Não é fácil fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

Seria um sinal de humildade no dia em que dois milhões tomaram as ruas, segundo dados das Polícias Militares. Mas não! O que se viu foi um atestado de prepotência e de hostilidade com os manifestantes — refiro-me a Rossetto nesse particular. Pior: o governo, que também é do PMDB, oferece como resposta uma saída que não conta — e ainda bem que não! — com o apoio do… PMDB!


A Folha informa que Dilma desabafou com um assessor: “Eu não contribuí para isso tudo e levo a culpa”. (Tadinha! Vamos levar ela para nossa casa?Rs...). Pois é… Digamos que assim fosse. Quem, então, contribuiu, presidente? De quem é a culpa?

Está tudo errado! Mas é evidente que a presidente não tem motivos para seguir os meus conselhos, não é mesmo? Para piorar, a rede petralha, incluindo os blogs sujos, faz uma pregação abjeta e odienta na Internet, como se isso fosse resolver alguma coisa. Piora tudo.


O PT não entendeu nada. Perdeu o discurso. Perdeu as ruas. Perdeu a hegemonia nas redes sociais. Perdeu o rumo. Isso, sim, é um tanto perigoso. Nessas condições, tende a fazer ainda mais bobagens. A entrevista da dupla serviu para piorar um pouco mais a relação do governo com a população e com o PMDB. É obra de gênios. Não é fácil fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
Texto publicado originalmente às 4h35
Por Reinaldo Azevedo

“Não somos de direita. Somos brasileiros direitos”. Ou: O movimento das pessoas direitas!

16/03/2015
às 6:25

O 15 DE MARÇO 1 – Dois milhões saem às ruas de verde e amarelo contra a roubalheira. Em paz, manifestantes protestam contra o PT, pedem a punição dos culpados e o impeachment de Dilma. Ou: O movimento das pessoas direitas

Quem mesmo estava nas ruas? Eram as pessoas direitas
Quem mesmo estava nas ruas? Eram as pessoas direitas, o que parece insuportável aos “companheiros”


Dois milhões de pessoas foram às ruas nos 26 Estados do Brasil e no Distrito Federal — um milhão só em São Paulo. O número decorre da soma de estimativas feitas pelas PMs locais. O Datafolha, que vive sendo malhado pelos blogs sujos, agora mereceu testemunho de fé da companheirada porque assegura que 210 mil passaram pela Avenida Paulista. Considerada só a área dessa via, talvez. Fui ao topo de um prédio muito alto. Todas as perpendiculares estavam tomadas por uma massa compacta. 



A Rua da Consolação também. A PM diz ter levado em conta essas áreas adjacentes, considerando cinco pessoas por metro quadrado, mesmo critério empregado para chegar aos 12 mil petistas que se concentraram na região no dia 13.



Quantos estiveram nas ruas na cidade de São Paulo, afinal, neste domingo? Participei ativamente dos comícios das Diretas e estive presente a algumas manifestações pelo impeachment de Collor. É experiência pessoal e memória, sei disto, mas nunca vi nada igual a este 15 de março. Se, no lendário comício das Diretas do dia 17 de abril de 1984, no Anhangabaú, havia 400 mil pessoas, parece-me difícil supor que, neste domingo, o contingente se resumisse à metade daquele.



Mas digamos, para efeito de pensamento, que o instituto esteja certo. Ainda assim, quase um milhão de pessoas teriam marchado em protesto contra o governo Dilma. Seja um número ou outro, já é a maior manifestação política da história. Até porque os comícios das Diretas ocorriam em uma determinada capital e pronto. Desta feita, houve protesto em todas elas e em 185 outras cidades.



A massa verde-amarela na Paulista. Um protesto sem vermelho (Foto: Hélvio Romero/Estadão)
A massa verde-amarela na Paulista. Um protesto sem vermelho (Foto: Hélvio Romero/Estadão)


Uma imensidão verde e amarela

Este 15 de março marca ainda outro fato inédito. Nas campanhas das Diretas e em favor do impeachment de Collor, as esquerdas davam o tom do discurso — aliás, assim tem sido desde a redemocratização do Brasil. Nas ruas, os petistas passavam a impressão de ser a força hegemônica. O vermelho disputava o espaço com o verde e amarelo. 


Neste domingo, não! O PT não estava presente. Ainda que Dilma tenha mobilizado boa parte das palavras de ordem, a maioria delas, no tempo em que acompanhei a manifestação — e foi bastante — tinha o PT como alvo principal. Horas depois, ficaria claro, uma vez mais, por quê.



Enquanto governistas falavam em ódio, violência e golpe, manifestantes levavam seus filhos para a rua (Foto: Beto Ribeiro)
Enquanto governistas falavam em ódio, violência e golpe, manifestantes levavam seus filhos para a rua (Foto: Beto Ribeiro)

Ódio? Qual? Violência? Onde?

Desde que começou a ficar claro que o país poderia assistir à maior manifestação de sua história, o PT, ministros de Estado e a própria presidente evocaram a palavra “golpe”, como se o vocabulário terrorista fosse afastar as pessoas das ruas. Não funcionou. Perdidos, mudaram, então, a estratégia e passaram a fazer estranhas advertências sobre o risco de violência e a política do ódio.


Nem uma coisa nem outra. Hostilidade ao petismo? Ah, havia, sim. Ou os petistas trataram com afeto, em suas pequenas manifestações do dia 13, os que hoje se opõem ao governo Dilma? Violência? Exceção feita a algumas escaramuças aqui e ali — especialmente no Distrito Federal e depois de encerrado o protesto —, nunca se viu povo tão ordeiro. Em São Paulo, a Polícia Militar, em trabalho exemplar, prendeu um grupo de autointitulados “Carecas do Subúrbio”. 


Carregavam bombas caseiras e soco- inglês. Um deles conseguiu escapar e se escondeu no meio da multidão. Acompanhei o momento em que foi identificado. As pessoas se agacharam, colocaram-no em evidência e chamaram a Polícia. Funcionou.



Uma cartolina com uma verdade clara e simples: país mudo não muda
Uma cartolina com uma verdade clara e simples: país mudo não muda



Sem black blocs

As manifestações deste domingo provaram uma tese antiga deste blog. Os “black blocs” nunca foram um fenômeno urbano, uma estética, uma ética — ou seja lá que outro lixo subintelectual se tenha tentado inventar. Eram e são bandidos tolerados e protegidos por movimentos de ultraesquerda. Onde estavam no dia de ontem? Sabiam que não seriam nem abrigados nem protegidos. Sabiam que seriam expulsos da rua pela massa de, estes sim, trabalhadores!


Como esquecer que Gilberto Carvalho, em entrevista histórica concedida à Folha, confessou ter se reunido várias vezes com lideranças da canalha mascarada?


Eram poucas as faixas porque praticamente não havia movimento organizado. Também não se permitiu que o protesto fosse aparelhado por partidos políticos — e, com isso, não estou rejeitando a política, não! Ao contrário! Vi nas ruas um momento de tomada de consciência de pessoas que já não aguentam mais a conversa mole e vigarista, segundo a qual, na prática, uma suposta justiça social serve de compensação à roubalheira descarada.


O Brasil está mudando. Os reacionários do PT e suas franjas fascistoides na subimprensa optam, agora, por atacar a população de trabalhadores que vai às ruas. Perderam o eixo e a noção de tudo. Com satisfação, vi uma frase de um texto deste blog estendida na Paulista: “Não somos de direita. Somos brasileiros direitos”.


Atenção! A democracia nos reserva, sim, o direito de ser de direita. Mas, neste domingo, as pessoas direitas é que estavam nas ruas, de direita ou não.
Texto publicado originalmente às 3h12
Por Reinaldo Azevedo

(VOLTEI A TER ORGULHO DE SER BRASILEIRA!!!)

PM de São Paulo desqualifica Datafolha e comprova cerca de 1 milhão de pessoas na manifestação de São Paulo.



O Datafolha, vergonhosamente, estimou em 210 mil pessoas o mar humano que se concentrou no centro de São Paulo, sem metodologia alguma. A PM calculou 1 milhão de pessoas e reafirmou o número. Vejam a nota da corporação: 
 
 
A Polícia Militar, a respeito da grande manifestação popular realizada nesta data (15/03), na região da Avenida Paulista, ratifica suas estimativas de público em aproximadamente 1 milhão de pessoas, de acordo com a aplicação de sua ferramenta tecnológica “COPOM ON-LINE”, que utiliza recursos de mapas e georreferenciamento, baseadas nas imagens aéreas colhidas por um dos helicópteros Águias, determinando a extensão principal da manifestação, bem como, a ocupação das ruas adjacentes adotando como parâmetro de cálculo, naquele momento, de 5 pessoas por metro quadrado.
 
 
A estimativa, apurada por volta de 15h40min, considerou a extensão da Avenida Paulista, da Praça Oswaldo Cruz até a Rua da Consolação, considerando ainda, a ocupação das ruas adjacentes e paralelas, além do Vão Livre do MASP. No decurso da manifestação, a Polícia Militar destaca o atendimento às seguintes ocorrências:
 
- 20 indivíduos de um grupo identificado como “carecas do subúrbio”, foram conduzidos ao 2°DP, em razão de estarem portando dezenas de morteiros, gás pimenta, lanternas com dispositivo de choque elétrico e “soco inglês”.
 
- 4 pessoas detidas e encaminhadas ao 78° DP, sendo 1 mulher por furto de celular, outra por ato obsceno, um adulto por soltura de fogos de artifício no meio da multidão e, por último, um detido por prática de roubo.