terça-feira, 17 de março de 2015

Não existe uma ética desenvolvida satisfatoriamente para outras espécies que não a nossa. Sem isso, as espécies animais não conseguirão sobreviver!

Adrian Monjeau: "Não existe uma ética para as outras espécies"


por Fernando Fernandez, Bernardo Araújo, Bruno Moraes e Eduardo Pegurier - 11/03/15

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O biogeógrafo argentino Adrian Monjeau gosta das áreas de fronteira em que o conhecimento científico da biologia e da ecologia esbarram com a necessidade de debates filosóficos e éticos.


Sua ciência estuda a distribuição de espécies e ecossistemas através do espaço geográfico e do tempo geológico. Ele sabe que estamos muito aquém das ações necessárias para sustar as extinções causadas pelas ações humanas.


Apesar de existirem mais de 100 mil áreas protegidas no mundo, poucas de fato funcionam. Além disso, elas compõem um território fragmentado demais para cumprir o seu papel de proteger as espécies.


De uma amostra de 1.500 áreas protegidas que estudou na América do Sul, apenas 8% estão em bom estado de conservação.

 No entanto, Monjeau é otimista ao acreditar que o ser humano será capaz de incorporar o valor das outras espécies às suas próprias decisões de políticas públicas e criar o que ele chama de uma ética da biosfera.


Ele também pensa que esse impulso pode vir de um grupo seleto de algumas centenas de lideres, de grandes empresários a artistas, fora da política tradicional que amarra as decisões ao curto prazo da próxima eleição.

Monjeau tem vindo ao Brasil regularmente para participar de um estudo sobre extinção em unidades de conservação e territórios indígenas, em parceria com a equipe de Fernando Fernandez, biólogo da UFRJ e também colunista de O Eco. E foi para esta equipe e para o próprio ((o))eco que ele concedeu a seguinte entrevista.


Fernando Fernandez: Adrian, ano passado você ministrou uma palestra na UFRJ, com um título que despertou muita atenção, que foi "Maten las ballenas" (Matem as baleias). O que você quis dizer com esse título?
Bom, este é um título provocador, mas se trata de uma brincadeira. De maneira alguma quero matar as baleias como o capitão Ahab, de Moby Dick. O título se inspirou numa área protegida na península Valdés, Patagônia, patrimônio natural da humanidade.

O avistamento de baleias se tornou o grande protagonista de toda a atividade nessa área, e há também os elefantes e lobos marinhos. Mas a fauna terrestre não tem nenhuma proteção. Todos os turistas e responsáveis pelas áreas protegidas estão hipnotizados pelas baleias, sobretudo com as caudas das baleias. Tirar uma foto de uma cauda de baleia é o objetivo de todo o grande circo que é essa área protegida.

FF: Você acredita então que a grande atração exercida pelas baleias pode trazer pessoas demais para essa unidade de conservação, resultando em prejuízos para a conservação da fauna terrestre?
Exatamente. O avistamento de baleias não produz efeitos positivos para a conservação das outras espécies. O que acontece é mais próximo do contrário. O negócio está crescendo, e há cada vez mais pessoas que não propiciam nenhum benefício para a fauna "não-carismática". Então propus aos funcionários: -- Vocês devem matar as baleias!, no sentido filosófico. Tirar a baleia do centro do discurso da conservação e se preocupar com a conservação de toda a fauna, coisa que não estava acontecendo.

O resultado foi desastroso. O fato de que eu estava falando filosoficamente foi mal compreendido. Em filosofia se fala da morte do homem, da morte na natureza, que significa tirar algo do centro, tirar o foco de determinada coisa. Matar as baleias significa tirá-las do protagonismo que possuem, e se preocupar com o resto. Obviamente as pessoas entenderam que Monjeau havia dito que temos que matar as baleias! Minha metáfora saiu do controle e foi um atrativo para os jornais durante semanas. Um desastre absoluto [risos].


FF: Você se formou com Rapoport, um grande biogeógrafo argentino. Você poderia nos falar um pouco sobre a contribuição que a biogeografia poderia dar para a conservação?
"Há na natureza uma estrutura hierárquica de ecossistemas aninhados uns dentro dos outros, com forças parecidas com as que eram creditadas aos deuses gregos: clima, geologia, geomorfologia, hidrologia, e por debaixo de tudo isso a flora e a fauna"
Existem padrões emergentes que operam a um nível geográfico, que podem ser mapeados, e que podem existir em várias escalas. É óbvio que outros ramos da ciência também são importantes, como o estudo de populações, competição, predação e outras interações.


Mas, do meu ponto de vista como biogeógrafo, essas interações estão contidas dentro de uma estrutura maior.

 Há na natureza uma estrutura hierárquica de ecossistemas aninhados uns dentro dos outros, com forças parecidas com as que eram creditadas aos deuses gregos: clima, geologia, geomorfologia, hidrologia, e por debaixo de tudo isso a flora e a fauna. Então, a missão da biogeografia é olhar a "big picture" (o cenário maior), é ver como as espécies interagem com o clima, com a geologia, com a geomorfologia, com a história do planeta, com a história evolutiva.


É como alguém que escuta uma sinfonia. Se estamos sentados num auditório, os sons dos instrumentos chegam aos nossos ouvidos se mesclando na harmonia que foi escrita na partitura. Mas se começamos a caminhar pelo palco, passamos a escutar os instrumentos de corda mais altos que os de sopro e assim por diante. Passamos então a escutar uma coisa distinta da que escutamos quando estávamos de longe.


Quem escuta a sinfonia de longe, escuta as coisas como elas foram escritas, combinando a totalidade do que cada instrumento está tocando, enquanto quem escuta de perto escuta apenas uma parte da harmonia total. A lição da biogeografia é a mais holística, a mais inclusiva. Ou assim diz um biogeógrafo [risos].


FF: Você trabalhou com um famoso biólogo da conservação, John Terborgh. Ele escreveu o artigo "The big things that rule the world" (As coisas grandes que controlam o mundo), que fala sobre a influência de grandes animais, sobretudo dos predadores de topo, sobre a diversidade. É a ideia de que retirando do sistema um predador de topo, como a onça-pintada ou o puma, você tem perdas de diversidade, pela perda da regulação sobre as espécies mais abaixo.
É a orquestra incompleta.


FF: Claro. Depois você escreveu "Uma ética para as últimas feras". Então eu queria que você falasse um pouco sobre o lugar dos grandes animais, dos predadores de topo, no nosso mundo atual. Sobre que lugar eles têm e o que nós podemos fazer a respeito.
Sim. Escrevi "Uma ética para as últimas feras", porque não existe uma ética desenvolvida satisfatoriamente para outras espécies que não a nossa.

Talvez para umas poucas, como nossos pets, enquanto as feras são combatidas, baleadas em algum momento pelas suas peles, para obter um troféu, pelo perigo que representam, ou pela ameaça ao gado. Então me ocorreu que os animais que hoje se encontram nas últimas, precisam de um grande salto ético humano, num contexto de uma ética da biosfera.

Sem isso, nenhum dos grandes predadores de topo, por exemplo, vai conseguir sobreviver. Estou clamando para que os filósofos trabalhem em uma ética séria e bem fundamentada, para que o homem seja retirado do centro do discurso. A pergunta é: como devemos ser para poder coexistir nesse mundo tão pequeno junto com outras espécies, e junto com as funções dos ecossistemas? É uma pergunta filosófica, mais do que ecológica, porque o problema transcende a capacidade da ecologia. Sou pessimista por um lado, mas otimista por outro...


Eduardo Pegurier: Qual é o lado pessimista e qual o otimista?
"O padrão não é de equilíbrio, é de extinção. Eu sou um defensor da conservação integral, mas por mais que acreditemos nela, não conseguiremos implementá-la em velocidade suficiente."
Estou estudando tipos de área protegida na América do Sul, áreas de conservação estrita, de conservação integral, extrativista, territórios indígenas e assim por diante. O resultado pessimista é que das mais de mil e quinhentas áreas protegidas estudadas, só 8% estão em boas condições de "saúde", digamos. Esses 8% são ilhas muito pequenas e isoladas entre si, insuficientes em termos de superfície e conectividade para salvar da extinção esses grandes animais que agora estão em fragmentos muito pequenos, e necessitariam de pelo menos centenas de milhares de quilômetros quadrados. Essa é a visão pessimista.


EP: Você está falando dos grandes carnívoros?
Grandes carnívoros e grandes herbívoros também. Não existe aí o tal equilíbrio ecológico. O padrão não é de equilíbrio, é de extinção. Eu sou um defensor da conservação integral, mas por mais que acreditemos nela, não conseguiremos implementá-la em velocidade suficiente. Nenhum discurso conservacionista por si só será suficiente para garantir o que devemos conservar. Nem as reservas de conservação estrita, nem reservas indígenas, muito menos as extrativistas.


Nenhuma por si só pode garantir o êxito de evitar a extinção e garantir os serviços ecossistêmicos em nível continental. Para piorar, diferentes discursos estão se enfrentando: socioambientalistas enfrentando conservacionistas estritos, aqueles que defendem reservas indígenas enfrentando uma conservação mais convencional, e por aí vai. Então vem a conservação dos grandes animais, que é difícil.


EP: E qual é o lado bom?
A parte otimista é que existe progresso enquanto existe consciência, que temos tecnologia suficiente e ciência e conhecimento suficiente para intervir fortemente nessas áreas protegidas e reflorestar, refaunar e dar assistência às espécies.


A refaunação que está sendo feita pelo laboratório do Fernando Fernandez, por exemplo, me parece maravilhosa, uma forma de colocar a conservação no ataque. A conservação costuma estar sempre na defesa, tratando de cuidar dos últimos remanescentes de alguma espécie, mas há cada vez mais lutas, mais gente, mais contaminação, mais emissão de carbono. Então, embora haja mais de 100 mil áreas protegidas no planeta, o processo de extinção continua. Continua porque existem áreas protegidas que são falsas, e muitos discursos, como a sustentabilidade, que são falsos.


EP: Você citou a hostilidade entre os vários grupos: conservacionistas clássicos, grupos que defendem o extrativismo, os que defendem os indígenas. Você vê possibilidade desses grupos se integrarem?
O ideal seria unir todos os interessados nos recursos naturais (conservacionistas, extrativistas, indígenas...) em cima de duas causas principais: evitar a extinção e conservar a funcionalidade dos ecossistemas. Se estivermos de acordo nisso, o resto são matizes. Com minha esposa e filhos, eu preparei uma aquarela que chamei de "A Mandala da Conservação", onde todas as discrepâncias do mundo conservacionista estão mapeadas ao redor desse núcleo comum.


Basicamente elas são: Para quem conservar? Para nós ou pelas espécies por si mesmas? Precisamos trabalhar todos juntos, contrários apenas a um inimigo comum que não tem nenhum interesse em evitar a extinção. Não é porque ele deseja a extinção, mas por que não se importa.


Bernardo Araújo: Vemos muitos casos, principalmente na África, de populações que são manejadas de maneira intensiva, às vezes dentro de territórios privados. Isso tem ajudado, aparentemente, na conservação dessas espécies. Você acha que iniciativas assim poderiam funcionar para a América do Sul? Poderíamos fazer da economia, por assim dizer, uma aliada da Conservação?
"(...)estamos longe dos 50%, porque se os conservacionistas juntos reclamam 80%, a economia humana reclama 140%"
Todo pincel que pinte o mapa de verde é bem-vindo. Então, se a conservação privada funcionar mesmo, então ela é bem-vinda. Temos que estar todos juntos. Nenhum de nós, em separado, alcançaria, mesmo que estejamos a pintar com distintas cores, com distintas forças. O século XXI precisa ser a era da paleta de cores.


Não do preto contra o branco ou do vermelho contra o verde, e sim a era da aquarela. Nesse sentido, tenho também uma visão pessimista e outra otimista. Não pensem que eu as compatibilize [risos]. Imagino como seriam os presidentes de duzentos países juntos falando sobre como salvar o mundo. Não resolveriam nada, porque os governos mundiais são muito conservadores, e eles tomam o conjunto de decisões que conduz o planeta ao futuro. Cada presidente teria de estar na mesa de negociação representando seus eleitores. Para isso teria de tomar decisões politicamente corretas para sua porção do mundo, para seu horizonte de três ou quatro anos, manter-se um escravo do consenso.



Mas o consenso não necessariamente garante decisões corretas para daqui a mil anos. Tem sido difícil obter do conjunto das nações uma resposta suficientemente ágil para a Conservação. Por outro lado penso que ter presidentes de duzentas grandes corporações mundiais poderia surtir mais efeito, com sua capacidade de captar e gerir recursos, se conseguirmos convencê-los a isso. Também confio nos artistas. Para obter a consciência necessária, os artistas são mais escutados do que os cientistas. Então juntemos duzentos CEOs de empresas e duzentos artistas de destaque. Grandes artistas que possam sair pelo mundo levando uma mensagem muito embasada, dizendo: -- Isso é o que falta. Assim é que temos de ser.


Bruno Moraes: Edward Wilson já argumentou que seria possível transformarmos o mundo em um meio-mundo. A ideia se contrapõe ao seu comentário de que temos uns 90% da superfície terrestre direcionados para a economia humana, propondo que poderíamos utilizar apenas 50% dessa área, com os outros 50% constituídos de massivas reservas conectadas entre si. O texto dava o exemplo interessante de um multimilionário que comprou uma área imensa para proteger os ursos norte-americanos. O que você acha desse tipo de iniciativa?
Há um trabalho de Brooks e colaboradores onde aparecem as nove grandes prioridades globais para a Conservação, compilando áreas que diversos especialistas apontaram. Se sobrepusermos todos esses mapas, temos 80% da superfície terrestre. Se cada um conservasse o que quer conservar, teríamos 80%, e não 50% da Terra. Por outro lado, a economia humana já superou a "biocapacidade" terrestre de sustentá-la desde 1975-1978.


Agora precisamos de um planeta e outros 30-40% para sustentar a gula gigantesca da crescente economia humana. Portanto estamos longe dos 50%, porque se os conservacionistas juntos reclamam 80%, a economia humana reclama 140% [risos]. Então, o sonho de Wilson é uma utopia. Sobre o "missionário" norte-americano que quer conservar os ursos, há um exemplo notável na América do Sul que é o de Douglas Tompkins, e sua mulher, Kristine, no Chile e na Argentina.


Na Patagônia, compraram quatro grandes fazendas, restauraram o ecossistema nativo e então as doaram ao governo para criar o Parque Nacional de Monte León. Quem dera tivéssemos mil Tompkins, ou dois mil Tompkins.



BA: Acho que seria legal que você falasse um pouco sobre a pesquisa que veio desenvolver no Brasil.
Bem, como pesquisador visitante, vou tentar responder a uma pergunta que tem a ver com tudo isso que falamos. A pergunta é: "Quais discursos funcionam e quais discursos não funcionam para evitar a extinção em Áreas Protegidas e territórios indígenas da Mata Atlântica?". Quero ver onde houve retração de áreas de distribuição das espécies, onde espécies se extinguiram e, sobretudo, o porquê, o quê ocorreu.


Prefeitura de São Paulo planta árvores no meio da via.Em Brasilia INFRAMERICA destroi arvores centenarias e quer acabar com o cerrado!

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((o))eco - 12/03/15

A Prefeitura de São Paulo iniciou o plantio de árvores na faixa que sinaliza as duas mãos de circulação de veículos. O projeto piloto foi inaugurado nesta quarta-feira (11) nas ruas do bairro Cidade Patriarca, na Zona Leste de São Paulo. No local foram plantadas 70 mudas de árvores, a grande maioria ipês amarelos, no asfalto sem a presença de um canteiro central. O objetivo, segundo o prefeito Fernando Haddad (PT), é aumentar a arborização do município sem prejudicar o pedestre e a rede elétrica.


“Nós estamos desenvolvendo novas metodologias de plantio, levando em consideração as características da cidade: as calçadas são estreitas, então a árvore ocupa um espaço precioso na calçada, necessário para o cadeirante ou para a pessoa com deficiência, e a fiação, com o que as árvores convivem mal”, afirmou, de acordo com nota publicada no site da prefeitura.


O projeto intitulado Árvore no Asfalto está sendo implementado com a supervisão de engenheiros da Companhia de Engenharia de Tráfego e por agrônomos. De acordo com Haddad, há um déficit de 1 milhão de árvores nas vias públicas de São Paulo.


Detalhes técnicos
Para o primeiro teste, foram usados 7 tipos de mudas, de árvores de médio e grande porte, como ipê, caroba, carobinha e cássia, cuja característica principal é que a raiz cresce para baixo e não para os lados.  O cuidado foi para que o plantio não causasse deformação no pavimento com o crescimento futuro das árvores. A prefeitura também utilizou anéis de concreto que visam direcionar as raízes para as camadas mais profundas do solo.


A previsão é que em 3 ou 4 anos as árvores já estejam adultas.


“A árvore na cidade tem adversidades: tem o solo, a qualidade do ar, a fiação. Ao longo da história o planejamento urbano não contemplou o pedestre, então tem muitos lugares onde ou tem espaço para o pedestre ou para a árvore. Então o plantio no asfalto é uma alternativa para deixar a cidade mais verde. Na Europa e no Canadá há projetos de plantio muito semelhantes”, defendeu Wanderley Meira do Nascimento, titular da Secretaria do Verde e Meio Ambiente.


A cidade de São Paulo tem como meta até 2016 plantar 900 mil mudas em passeios públicos e canteiros centrais.

(Em Brasília, INFRAMERICA destrói as arvores do cerrado.Quer troca-lo por ...cimento!)
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Brasília: obras que desconstroem a memória da cidade

Torre Digital, novo cartão postal de Brasília. Foto de Chico Sant'Anna
Torre Digital, novo cartão postal de Brasília. Foto de Chico Sant’Anna
Por Chico Sant’Anna
Aos 54 anos, Brasília já começa a viver um processo acelerado de perda de sua memória urbana. A cada dia que passa, novos elementos da paisagem vão desaparecendo. É certo que a cidade não pode ficar congelada, mas como diz o urbanista José Roberto Bassul, também não pode derreter.


Pessoalmente, prefiro outra figura de linguagem: se a cidade não pode ficar engessada, tem que se modernizar, este processo não pode deixar fraturas expostas. Recentemente, o aeroporto internacional de Brasília teve uma nova ala inaugurada. Bonita, vistosa, toda de metal e vidro.


O estacionamento foi ampliado, mas ai já começa a primeira fratura. A  Praça Santos Dumont, que ficava à frente do Aeroporto Internacional JK é a mais recente vítima do avanço desmedido e impensado das obras (não) projetadas para adaptar a Capital Federal à Copa do Mundo. Onde antes existiam espelho d’água, palmeiras, árvores do cerrado e até um busto do Pai da Aviação, agora prevalece um grande e árido cimentado, construído pelo consórcio Infraero/InfrAmérica.
Aeroporto - Praça Santos Dumont
Onde antes existiam espelho d’água, palmeiras, árvores do cerrado e até um busto do Pai da Aviação, agora prevalece um grande e árido cimentado construído pelo consórcio Infraero/InfrAmérica. Da Praça Santos Dumont restou apenas uma imagem embaçada do google maps.


O estacionamento ganhou duas mil novas vagas, quase todas sem uma sombrinha sequer. As obras de ampliação do estacionamento podiam muito bem ter garantido a presença do busto em bronze. Nem que fosse uma pequena ilha para garantir a manutenção do monumento. Perder duas ou três vagas no estacionamento não faria nenhuma diferença no faturamento dos empresários que o exploram. Mas não, o processo de apagar a memória é mais forte do que os de sua preservação.


Assim, o busto de Santos Dumont, que estava lá desde os tempos do barracão de madeira que foi o primeiro aeroporto da Nova Capital, desapareceu, ninguém sabe onde foi parar a escultura. A única lembrança, são as imagens do google maps.


Também a Praça 21 de abril – alguém ai sabe onde fica? É na 707 Sul -, abrigava um busto em bronze de Santos Dumont, o Pai da Aviação. A obra de arte voou há muitos anos e dela ninguém tem notícia. Parace que Brasília não tem muito apreço pelo inventor do aeroplano.

Balão sem árvores e desmatado
Balão do Aeroporto 7-4-2013 (5)Espaço Cósmico 81


O Bambolê de Dona Sarah, detonado pelas obras da Copa, é mais um ícone na cidade que foi desconstruído. Mesmo que venha ser reajardinado como antes, não mais poderá contar com as cinquentenárias árvores que o adornavam, pois poucos metros abaixo da terra há uma enorme laje de concreto do mergulhão feito pelo GDF para atender as exigências da Fifa. Não haverá profundidade para que as raízes se instalem.


No extinto Balão do Aeroporto, havia uma escultura, denominada Monumental Espaço Cósmico 81, de Yutaka Toyota.


Exposta desde 1980, a obra que lembra um triangulo feito por trilhos nos quais são apostos dois cubos. Foi retirada para reformas no local em meados de 2005. Nunca mais foi vista.
Agora, com o fim das obras do mergulhão da Fifa, uma pergunta que não quer calar: A escultura retornará ao seu local?


Leia também:
Brasília é uma cidade jovem, mas já tem sua história, uma história intensa para seus poucos anos de vida. O problema é que Brasília, como todo jovem, não dá valor e não preserva sua própria história.

A cada dia, a cada obra, a cada mudança urbanística, lembranças de um passado, não tão distante, vão se evaporando.


Quem passeia no Núcleo Bandeirante, a antiga Cidade Livre, dificilmente irá encontrar lá um único exemplar dos barracos de dois andares que se espremiam pela cidade, colados um a um. Sobrados de madeira imortalizados no filme Bye Bye Brasil.

Na Vila Planalto, as antigas casas de madeira dão lugar a casarões de alvenaria, comércio e até hotel. O bucólico encanto particular da Vila vai se perdendo pela ação da especulação imobiliária. A cidade perde sua personalidade e se iguala a qualquer outro emanhanrado de casas e sobrados existentes no país.



Nos anos 60, as residências da W.3 Sul possuíam um único pavimento, não tinham cercas e o passeio público e jardins eram compartilhados por residências diversas.

Também na área tombada do Plano Piloto, a saga especulativa transforma em casarões que mal cabem em seus lotes as antigas casas construídas na W.3 Sul pela Fundação da Casa Popular – o BNH de Juscelino. Casas que construíram um modelo de convivência harmônica entre os vizinhos. Sem cercas, sem privatização de áreas verdes.


Esta borracha que vai apagando a história da Nova Capital, principalmente de seus primórdios, fica mais afoita toda vez que o GDF dá início a obras viárias. E isso não é privilégio da atual administração, parece mais uma tradição.


No Eixo Monumental, entre os Setores Hoteleiros Sul e Norte existia um grande parque de vivencial, que deu lugar a interligação da avenida W.3 Sul e Norte.
No Eixo Monumental, entre os Setores Hoteleiros Sul e Norte existia um grande parque de vivencial, que deu lugar a interligação da avenida W.3 Sul e Norte.


Foi assim quando interligaram as avenidas W.3 Sul e Norte. O parque de recreação, com rinque de patinação, pistas de aeromodelismo e tanques de navalmodelismo deram lugar ao viaduto atual. Não houve nem a preocupação de deslocar para as laterais da nova via os equipamentos públicos existentes anteriormente.


Os carros ganharam um acessomais ágil. Os moradores perderam um local de lazer e recreação.
Também quando da duplicação da Avenida das Nações, que os tecnocratas insistem em chamar apenas de L.4, apagando da memória das futuras gerações a denominação definida por Lúcio Costa para a principal via do Setor de Embaixadas, desapareceu um pequeno monumento.



Visita de Dwight Eisenhower ao Brasil, em janeiro de 1960, ganhou marco na Avenida das Nações. Monumento desapareceu.

Era pequeno, mas importante: um bloco de mármore branco trifacetado. Ele registrava a visita a Brasília, em fevereiro de 1960 – quatro meses antes da inauguração da nova capital -, do então presidente dos Estados Unidos, Dwigh Eisenhower, e o compromisso do mandatário norte-americano de nela construir a representação diplomática de seu país.

O marco desapareceu. Informações não oficiais indicam que no governo de José Roberto Arruda, seu vice, Paulo Octávio, a pedido da Embaixada dos Estados Unidos, teria retirado o monumento de onde foi inaugurado por Juscelino e Eisenhower e o cedeu à representação diplomática.

Se for verdade, trata-se de um ato de privatização e desnacionalização de um monumento que deveria ser de toda a sociedade e não apenas dos poucos e raros brasileiros que entram na embaixada.
Bustos de figuras históricas da praça dos Próceres estão abandonados e vandalizados. Salvador Allende, ex-presidente do Chile, teve a armação dos óculos, e, bronze, vandalizada.
Bustos de figuras históricas da praça dos Próceres estão abandonados e vandalizados. Salvador Allende, ex-presidente do Chile, teve a armação dos óculos, em bronze, vandalizada.

Cidade Monumental
Brasília, cidade monumental, não cuida bem de seus monumentos.
Um mau exemplo é a Praça dos Próceres, bem em frente ao gabinete do governador do Distrito Federal, ao lado da Praça do Buriti.

Criada na atmosfera da Nova República por José Aparecido de Oliveira, tinha por objetivo homenagear lideranças que trouxeram a liberdade de seus povos no mundo inteiro, em especial os heróis latino-americanos.

Originalmente, eram dez estátuas e bustos construídos com material robusto, como bronze e concreto, mas se deterioraram e viraram alvo de todo tipo de vandalismo, abandono e falta de conservação. Três imagens já não existem mais.

Segundo levantamento do jornal Metro, apenas o busto de José de San Martin, libertador de Argentina e do Peru, e Simón Bolivar contam com placas e bustos intactos. Simon Bolívar, o pai da Grã-Colômbia, foi um presente a Brasília do falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Da peça em homenagem a Miguel Hidalgo, que libertou o México, só sobrou a placa. Coisa que o busto do ex-presidente chileno, Salvador Allende, perdeu junto com parte da armação dos óculos. O local está se transformando num ponto de uso de drogas, nas barbas do Poder.



Até JK e Dona Sarah não escaparam da ação de vândalos.

Pouco mais acima, em frente ao memorial JK, até Juscelino Kubitschek e Dona Sarah foram alvo de agressões na cidade que criaram, conforme documentou o Correio Braziliense, em maio de 2012.
Os símbolos religiosos também são alvo da depredação. É o caso do conjunto de orixás instalados na Prainha do Lago Paranoá, réplicas de outro conjunto existente em Salvador.

As imagens foram recentemente recuperadas após terem sido incendiadas envoltas em pneus, numa técnica que relembra o método “microondas”, muito utilizada por traficantes, no Rio de Janeiro.

O vandalismo não é privilégio do Plano Piloto. Mesmo após a restauração, a imagem fixada na entrada dacidade de Santa Maria, é alvo constante de depredação e, bem pertinho do Distrito Federal, Santo Antônio do Descoberto teve a imagem do padroeiro furtada.
Conferência Distrital das Cidades 28-09-2013 (10)Solarius

Talvez o maior exemplo de descaso e abandono das obras de artes e monumentos no Distrito Federal seja o Solarius, popularmente conhecido como Chifrudo. 

Com seus dezesseis metros de altura, ele marca, às margens da BR-40, a entrada do Distrito Federal. Trata-se de uma obra do escultor francês Ange Falchi em homenagem aos candangos que vieram construir a Capital Federal.

O Solarius, doado em 1967 pelo governo francês a Brasília, foi idealizado a partir das informações vinculadas pela imprensa francesa sobre o movimento de migração dos brasileiros de todas as regiões a fim de construírem a Capital Federal.

Feita em aço, ferro, chapas galvanizadas, lã de vidro e plástico, a escultura foi considerada por seu autor como sendo o “símbolo do Pioneiro Indômito, que conquistou a região agreste e pungente do Planalto Central”.

Deveria ser uma demonstração de orgulho pela epopéia brasileira. Como muitas outras obras de arte, contudo, o Solarius está abandonado e não há nenhum esforço das autoridades educacionais e culturais em fazer com que o brasiliense tenha noção do significado que aquela obra de arte simboliza para a Capital Federal: além de uma homenagem aos pioneiros, é o reconhecimento internacional da importância de Brasíia.

O GDF nem sabe quantas são e onde estão as imagens e estátuas existentes no Distrito Federal. Não há um cadastro de monumentos. O jornal Correio Braziliense, em 2012, contabilizou 31 imagens apenas no Plano Piloto. “A maioria encontra-se em péssimo estado. Algumas esculturas estão com rachaduras e partes quebradas. Também tiveram pedaços arrancados ou acabaram destruídas” afirmou o jornal à época.

Como diz o dito popular, povo sem história, é povo sem memória, é povo sem futuroe o segredo do futuro de Brasília, talvez esteja em suas raízes em sua razão de ter sido construída e de ser.


Olhar e preservar o passado pode ser a melhor maneira de se assegurar a qualidade de vida no futuro.


(Para ler mais sobre a destruição do cerrado planejada pela INFRAMERICA abra, por favor, o link abaixo:http://associacaoparkwayresidencial.blogspot.com.ar/2014/12/consorcio-inframerica-que-adquiriu-as.html )

No "governo do pobres", bilionários se multiplicam


MÍDIA SEM MASCARA



O bolsa-família é um campo de concentração de ingresso voluntário,
onde quem entra não sai nem que a vaca tussa.

 


Desde os tempos de Getúlio Vargas nada produz melhor dividendo político do que rotular-se defensor dos pobres. É um discurso que agrada pobres e ricos. Tanto isso é verdade que o PT, em seus anos de credibilidade, enquanto distante das decisões administrativas e dos recursos públicos, era o partido campeão de votos nos bairros mais aristocráticos de Porto Alegre.



Lula, no entanto, precisa dizer o contrário. Ele e seu partido, não se contentam com propagandear o zelo pelos mais necessitados. Eles precisam, também, repetir à exaustão que os ricos ficam contrariados com isso. Falam, Lula e os seus, como se rico fosse idiota e não soubesse, na experiência própria e na internacional, que nada ajuda mais a prosperidade dos ricos do que a prosperidade de todos. É mais riqueza gerada, mais PIB, mais mercado, mais consumo, maior competitividade. Pobreza é atraso e culto à pobreza deveria ser catalogado como conduta antissocial.


A sedução produzida pelo discurso em favor dos pobres se abastece das próprias palavras. Fala-se no Brasil de uma estranha ascensão social em que o número de dependentes do socorro direto do governo aumenta indefinidamente através das décadas. O bolsa-família é um campo de concentração de ingresso voluntário, onde quem entra não sai nem que a vaca tussa. E o seguro-desemprego tornou-se o amigo número um da rotatividade no emprego, desestimulando a permanência no trabalho remunerado. Enquanto isso, o sistema educacional das classes favorecidas no discurso e desfavorecidas nas ações de governo continua reproduzindo a miséria nas salas de aula que o Brasil destina às suas populações carentes.


Enquanto isso, em dez anos de governo dos que supostamente privilegiam a pobreza, o número de bilionários brasileiros pulou de 6 para 63, regredindo para 54 com as marolinhas do ano passado. Nenhum crescimento semelhante ocorreu, no mundo, durante esse período. E aí, amigos, dêem-se vivas não a um desenvolvimento harmônico da sociedade, mas ao BNDES e seus juros de pai para filho, subsidiados com o suor do nosso rosto. De 2009 para cá, o banco passou a esguichar dinheiro grosso para a zelite das empresas nacionais. 



Só do Tesouro Nacional, R$ 360 bilhões foram repassados ao banco para acelerar o desenvolvimento de empresas amigas do governo, muitas das quais com credibilidade semelhante à do próprio governo. Não vou falar dos financiamentos negociados através do itinerante ex-presidente Lula em suas agendas comerciais com ditadores latino-americanos e africanos, porque essa é uma outra história.



Bilhões foram pelo ralo das análises mal feitas e dos negócios mal explicados. Há um clamor nacional pela CPI do BNDES. 



O governo que diz zelar pelos pobres (mas que precisa deles em sua pobreza) destinou muito mais recursos aos bilionários (porque precisa deles em sua riqueza). Afinal, ninguém tira centenas de milhões de reais do próprio bolso para custear campanhas eleitorais. 


Esse é o tipo de coisa que só se faz com o dinheiro alheio, vale dizer, com o nosso próprio dinheiro, devidamente levado pelo fisco e, depois, lavado pelo governo nas lavanderias dos negócios públicos.
www.puggina.org



Emendar-se, o governo não vai.Para resolver tais casos, a Constituição disponibiliza o processo de impeachment. Que tem lei própria.

Mídia SEM Máscara.

Para resolver tais casos, a Constituição disponibiliza o processo de impeachment. Que tem lei própria.
A mobilização em favor do impeachment é ato de respeito próprio. É questão de decoro nacional. Expiação ante o mundo civilizado.

 


Nada seria mais danoso às carreiras ligadas ao Direito e à Justiça do que a unanimidade das opiniões jurídicas. 


Vale o mesmo para a imprensa. Nas sociedades livres, a divergência integra o ser social. Não existe ponto sem contraponto. E é por aí que muitos trabalham. As sociedades submetidas ao totalitarismo funcionam ao contrário: dissentir, pensar diferente do rebanho ou de seus pastores, gera consequências que vão dos adjetivos pejorativos às sentenças de morte. 


Por isso, a afirmação de que o impeachment da presidente Dilma constitui demanda ridícula, golpista, sem fundamento jurídico, não é uma sentença final, irrefutável. É apenas uma das posições possíveis perante o assunto.



Com apenas 7% da opinião pública a seu favor, a permanência de Dilma no poder nada tem a ver com democracia, mas com Estado de Direito. É este que a sustenta contra aquela. Para resolver tais casos, a Constituição disponibiliza o processo de impeachment. Que tem lei própria. 


Que é um instituto de natureza eminentemente política, nem surdo nem mudo, com motivações éticas e regras claras. 

Golpe, só não percebe quem não quer, foi dado ao país antes, durante e depois da eleição. 


 Antes, com governança irresponsável, com franquias à corrupção, com esbanjamento dos recursos públicos para fins eleitorais, com negligência no controle dos gastos, com a ruína da aritmética.

Durante, com repetição de despudoradas mistificações, com ocultação da realidade nacional, com a estratégia serial killer de reputações e a imputação aos adversários das maldades que o governo viria a cometer. 


Depois, no agir como se o dia 27 de outubro nada tivesse a ver com o dia 26. E transcorresse noutro país, sob outra realidade, perante outro povo. Mas o que é isso, companheira?


A presidente, por tudo que fez e deixou de fazer, precipitou a nação no descrédito e nos afundou numa crise em que não deveríamos estar. A improbidade se instalou no governo como quem reclina a poltrona e põe os pés sobre a mesa. É um seriado de infinitos episódios. 


Milhões de brasileiros que não perceberam isso antes compreenderam agora, em dois meses. Emendar-se, o governo não vai! Então, a mobilização em favor do impeachment é ato de respeito próprio. 


É questão de decoro nacional. Expiação ante o mundo civilizado. Contrapor que isso causaria faniquitos em Stédile e outros como ele, não é argumento. É afofar a cama dos brutamontes! Para isentar-se de qualquer culpa por toda improbidade praticada em sua gestão, seria necessário que a presidente estivesse muito longe daqui, comandando, quem sabe, outro país e outro governo. No Brasil, não vejo como.





Publicado no jornal Zero Hora.

http://puggina.org

O mimetismo do bem ou O dia em que a maioria silenciosa (ou os brasileiros direitos) ( ou os coxinhas com muito orgulho) saiu às ruas.




Algumas observações sobre as manifestações que ocuparam o país e, ao que parece, vão ocupar ainda mais:

 

1. Há dois anos, no auge dos protestos de junho de 2013, estava prestes a dar uma palestra para um grupo de amigos e disse a um dos convidados, um desses janotas que vivem em função do mercado financeiro, que o Brasil estava passando por um processo revolucionário. Ele apenas fez um muxoxo e um esgar de desprezo;


2. Estamos na fase em que a "crise de hierarquia" (crisis of Degree, na terminologia de René Girard), na qual a sociedade não consegue mais se espelhar na elite que deveria liderá-la, já mostrou  a que veio. O Estado falido que não admite isso para si mesmo e, por meio de seus funcionários e acólitos, começa a achacar a população com impostos, taxas e outros tarifaços; a economia que se desagrega a olhos vistos no bolso de qualquer trabalhador, independente de classe social; um governo perdido que não sabe o que deve ser feito para manter o mínimo de ordem institucional; e um clima crescente de insatisfação que, se não for devidamente canalizada, pode descambar em violência, uma vez que anda sempre em busca de experiências catárticas, como as passeatas ou manifestações de massa;

3. Em outras palavras, citando Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas, estamos em pleno "o diabo na rua, no meio do redemoinho";

4. Dito tudo isso, o que mais surpreendeu na manifestação do dia 15 de março de 2015 foi o fato de que, pela primeira vez em minha porca vida, não era um movimento comandado pela retórica de esquerda e sim uma reunião daquilo que os americanos chamam de "a maioria silenciosa" - ou seja, a maioria de todos nós, que trabalha e paga impostos e que, sobretudo, aguenta até um certo limite para a interferência do Estado em sua vida privada. Contudo, quando este limite estoura - como é precisamente o caso deste momento em que estamos  vivendo - a reação é a da justa indignação;

5. Em geral, os espectadores engajados sempre ficam céticos em relação às manifestações que envolvam mais de três pessoas. A princípio, foi o meu caso. Mas, ontem, ao ir ao protesto na Paulista para observar, a primeira coisa que me sensibilizou foi, digamos assim, "o mimetismo do bem". As pessoas que estavam lá podem até não ser honestas ou boas todos os dias e todas as horas da sua vida; mas, naquele momento, todos queriam ser bons, todos queriam ser honestos - e isto é o que conta. Minha esposa foi comprar duas Cocas em uma banca que estava aberta e achou que o vendedor havia errado no troco. Informei que ele estava certo - e o sujeito respondeu a ela: "Aqui ninguém quer roubar não, aqui ninguém é PT";

6. A outra coisa que impressionou foi a ausência de um clima de violência e de ressentimento. Havia famílias e gerações inteiras ali: desde do avô até o neto pequeno, passando pela mulher, pelo filho, pelo sobrinho. Outro detalhe: muitos negros, vários homossexuais, vários travestis. O que isso significa? Que decência não tem gênero, raça ou escolha sexual e que esse pessoal também está cansado de ter as suas reivindicações sequestradas por um grupo de oportunistas;

7. Assim, fica nítido que o PT não engana mais ninguém. Aliás, é o que todos queriam ali, sem exceção: que Dilma e o PT fossem embora da vida pública. O que seria excelente, porém não é o que vai acontecer: Dilma será rifada pelo PT para este permanecer no poder e o Partido dos Trabalhadores vai se desintegrar em outros pequenos partidos para continuar com seu trabalho hegêmonico de aviltamento das consciências. O PMDB será o fiel da balança e terá de se unir com o PSDB para governar minimamente o país;

8. A única coisa que pode mudar essa situação é se Sergio Moro (gostaria de saber se o juiz federal tem consciência de que o seu Moro pode ser tanto do juiz italiano Aldo ou do mártir inglês Tomás), com a Operação Lava Jato, limpar a estrutura política do país, colocando a cúpula do PT (especialmente Lula e José Dirceu) em maus lençóis - leia-se: em cana. Por mais que Moro & Cia sejam extremamente competentes, temos que saber até que ponto o patrimonialismo jurídico deixará Dias Toffoli em seu devido lugar, já que o PT deseja que ele cumpra o seu papel de militante do patrimonialismo revolucionário;

9. Com este cenário, não é um exagero aceitar a conclusão de Olavo de Carvalho (e, depois, copiada descaradamente por Vladimir Safatle, sempre sem citar a fonte original) de que estamos assistindo à morte da Nova República. E, com isso, temos um problema maior: Quem será o líder de todo esse redemoinho que arrasa com o país? O PSDB perdeu a sua chance porque, como sempre, foi pusilânime - e mais: ele sabe que depende muito bem do sistema podre da Nova República para permanecer no poder. O PT terá de se metamorfosear - e isso levará algum tempo até assumir a sua nova máscara. Sobrou o PMDB, que, infelizmente, é o modelo supremo do patrimonialismo tradicional, mas é infinitamente muito melhor do que o modelo estabelecido pelo Foro de São Paulo (e que, na verdade, foi a única oposição real que o PT teve em seus doze anos de governo);

10. E, por falar em Olavo de Carvalho, lembro-me que há dois meses tive uma conversa com Joel Pinheiro da Fonseca e ele afirmou que "o olavismo estava morrendo". Bem, ontem, na Paulista, eu não vi nenhuma placa escrita "Joel Pinheiro tem razão";

11. Voltando aos três tipos de patrimonialismo, fenômeno descrito com perspicácia por Raymundo Faoro, mas desenvolvido de forma brilhante por Antonio Paim em A querela do estatismo e depois levado ao extremo da genialidade por Paulo Mercadante em seu A coerência das incertezas. A luta pelo butim do Estado se dá entre o PT, PSDB e PMDB - mas, ontem, na manifestação da Paulista e em outros lugares do Brasil, as pessoas não queriam saber nada disso. Ao contrário dos protestos de 2013, em que desejavam mais Estado para resolver problemas do próprio Estado, tudo o que queriam ali era que o governo parasse de interferir na vida de cada um;

12. Assim, o que pode acontecer daqui em diante? Dilma e o PT caem? É provável que o Partido dos Trabalhadores rife Dilma Roussef para não perder o reino. Tudo isso depende de como o PMDB (leia-se Eduardo Cunha) se comportará. Mas o PT demorará para ir embora da vida pública. Afinal, não se trata de um mero partido - e sim de uma forma de pensamento. Este pessoal não vai embora tão cedo;

13. A prova disso é a própria reação da mídia que, desesperada porque está vendo o seu mundo ruir, parte para a desinformação pura e simples, como fez a Globo News com os comentários patéticos de Cristiana Lobo, a Folha de São Paulo com sua opção "a solução é à esquerda" e os demais veículos;

14. Enfim, há muita coisa a ser feita. Mas o que tem de ser comemorado é que, pela primeira vez na minha curta vida que espero ser longa, eu testemunhei o fato de que o feitiço virou contra o feiticeiro.


Martim Vasques da Cunha
é escritor.

http://martimvasques.blogspot.com.br

Presidente sitiada – artigo de hoje no GLOBO

17/03/2015 às 11:21 \ Democracia

Rodrigo Constantino-VEJA

Superou todas as expectativas: cerca de dois milhões de brasileiros foram às ruas em várias cidades do país para protestar contra o governo Dilma e o PT. São Paulo liderou, com metade deste montante. Em todo lugar, foi um ambiente de muita revolta e indignação, mas pacífico e familiar. Em Copacabana, levei minha filha e vi várias crianças e adolescentes. Os mascarados infiltrados não tiveram vez.


O contraste fica evidente: na sexta-feira 13, pelegos da CUT e “soldados” do “exército de Stédile” colocaram alguns gatos pingados nas ruas, a maioria em troca de mortadela e R$ 35. Havia ali até imigrantes que nem falam português. Foram apenas pelo dinheiro. Um “protesto” chapa-branca esquizofrênico, contra o governo, mas a favor de Dilma.


O PT perdeu o controle das ruas, não tem mais o monopólio da mobilização das massas. Fala em nome dos trabalhadores, mas os esfola com a inflação elevada e os impostos crescentes. Precisa pagar para reunir algumas pessoas em defesa da presidente, e faz isso em dia de semana, pois os “trabalhadores” ali presentes não trabalham: querem somente esmolas estatais.


Já no domingo os verdadeiros trabalhadores trocaram o dia de descanso pelo dever cívico de se manifestar contra um governo mentiroso, incompetente e corrupto. Sem organização partidária, foi um protesto totalmente espontâneo da parcela da população que não aguenta mais tanta roubalheira e cinismo. Essas pessoas querem um país melhor, desejam resgatar o direito de sonhar com o futuro, manter a esperança usurpada pelo governo.


Leia mais aqui.

Distantes da realidade, Dilma e seus asseclas insultam os brasileiros.


Dilma, Cardozão e Rossetto não enxergam a realidade: é o vício petista de negar os fatos. Pior para eles. O grave, diz editorial do Estadão, é que não ouviram o que o povo falou no histórico 15 de março. O que os dois ministros disseram, na entrevista coletiva, é um insulto aos brasileiros:

(...) A teimosia de Dilma e sua pouca disposição para dar ouvidos ao que o povo exige ficou mais uma vez evidente nas palavras de dois ministros - José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência - escalados para, em entrevista coletiva, dar a resposta do governo à voz das ruas.
Cardozo falou para o público em geral e Rossetto, para os petistas. O primeiro repetiu todas as obviedades sobre manifestações democráticas e requentou as promessas de um pacote de medidas contra a corrupção e outro sobre reformas políticas. E logo depois de Cardozo ter afirmado que protestar é "um direito de todos", Rossetto contradisse-o, desqualificando as manifestações com o argumento de que quem saiu às ruas foi principalmente quem "não votou em Dilma". E fez questão de valorizar, mencionando-as duas vezes, as manifestações realizadas dois dias antes - com público significativamente menor do que as de domingo - organizadas pela CUT e outras entidades sobre as quais o PT exerce influência.
O grave é que não ouviram o que o povo falou.
E o povo falou que Dilma - reeleita há quatro meses - já não merece sua confiança. Falou que não quer mais, encastelada no governo, uma quadrilha que assalta sistematicamente a Fazenda Pública. Falou que não mais tolera uma administração que não trabalha para benefício de todos, e sim para a perpetuação de um projeto de poder que repudia, por antidemocrático e divorciado do interesse nacional. Falou, enfim, que não quer sustentar com seu suado trabalho uma oligarquia que se refestela no engodo, na corrupção e na desmoralização das instituições.
Nada disso a presidente Dilma Rousseff e seus asseclas ouviram. Até quando continuará esse descompasso com a realidade? (Leia na íntegra).

Estouraram o propinoduto do PT: Vaccari é denunciado pelo MPF.


Estouraram o propinoduto do PT: Vaccari é denunciado pelo MPF.

Dados divulgados pelo MPF nesta segunda-feira, 16. Foto: Ricardo Brandt


(Estadão) O Ministério Público Federal denunciou à Justiça nesta segunda feira, 16, o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Vaccari consta da lista de 27 alvos da nova denúncia da Procuradoria da República no âmbito da Lava Jato. É a primeira acusação formal contra Vaccari e também a primeira contra o ex-diretor da estatal, Renato Duque, preso nesta segunda feira, no Rio, na Operação ‘Que País é esse?’.


A denúncia anunciada nesta segunda feira pela Procuradoria é relativa à Operação My Way, nona fase da Lava Jato, deflagrada em fevereiro. Um dos delatores da Lava Jato afirmou à Polícia Federal e à Procuradoria que Vaccari arrecadou até US$ 200 milhões para o PT. “Temos evidências de que João Vaccari tinha consciência que esses pagamentos eram feitos a títulos de propinas”, afirmou Deltan.


A força-tarefa constatou que Vaccari se encontrava com regularidade com Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal petrolífera, “para acertar os valores devidos”. O relato do empresário Eduardo Leite, vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, foi decisivo para o oferecimento da denúncia contra o tesoureiro do PT. “Ele revelou que se encontrou com Vaccari e que este pediu doações oficiais eleitorais a título de propinas.”


Também tiveram peso na acusação contra Vaccari, os depoimentos de quatro delatores da Lava Jato: Augusto Mendonça, Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia da Diretoria de Serviços da Petrobrás), Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da estatal) e o doleiro Alberto Youssef.


O procurador Deltan Dallagnol ressalta que o Ministério Público Federal jamais fará denúncia com base exclusivamente em delações premiadas. O procurador, que coordena a força tarefa da Lava Jato, informou que foram apuradas doações para o diretório nacional do PT e outras para diretórios locais. Ele ressaltou que “não existe uma vinculação a determinadas campanhas”.


Também está entre os denunciados o empreiteiro José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS, o doleiro Alberto Youssef, e o operador de propinas Mário Góes. Em fevereiro, Vaccari foi conduzido coercitivamente à sede da Polícia Federal em São Paulo. Na ocasião, o tesoureiro do PT negou qualquer irregularidade. Seu advogado, Luiz Flávio Borges D’Urso, afirma que ele não praticou atos ilícitos e que está à disposição da Justiça.


O empresário Adir Assad é outro da lista de denunciados. Empresas de fachada por ele controladas teriam sido usadas pelo doleiro Youssef para dar fluxo a propinas a políticos do esquema montado na estrutura da Petrobrás entre 2003 e 2014.


Comentários (alguns...):

J. Freire disse...
Coronel,
a mulher endoidou de vez. Na entrevista estava mais "Dilma" que nunca. Prometeu o que vem prometendo após as manifestações antes da Copa. Quando perguntada quais medidas, a resposta foi que seriam as medidas prometidas na campanha. Disse que o governo não é só ela, parecendo que os ministros não são sua indicação e não lhe são subordinados. Não precisamos mais de um Impeachment e sim que a Rainha Louca seja interditada.
J.C.MACIEL disse...
A porta de fortaleza foi estourada.É bom que haja diligência para recolher documentos contábeis e provas na sede da quadrilha petista.
Vamos para a "Operação Esculacho".
Anônimo disse...
O que ainda está fazendo solto????

Anônimo disse...
Vamos preparar mais uma ala da Papuda? Tem muito corrupto para ser encarcerado.
Anônimo disse...
Muy buenas Coronel.
Como dizia um antigo Comandante na Amazônia, "eu não quero saber se o pato é macho, eu quero é ovo."
Quando o Renato Duck, (é pato mesmo), começar a grasnar, o facínora de nove dedos e a DilMaluca,vão sair voando para Cuba.
pp. Vosso Blog esta QT,(qualidade total), meu respeito pelo seu esforço e dedicação.
Anônimo disse...
demorô !
Anônimo disse...
Que estelionato. Pqp. Se mantiveram no poder com dinheiro do povo roubado. Se fossem honestos, não se reelegeriam em 2006.
Anônimo disse...
OFF

Olhem só esta manchete! É muita cara de pau!!!! Ainda tem coragem de dizer que lutou pela Democracia. FORA, MENTIROSA!


Minha geração deu a vida para que
o povo pudesse ir às ruas, diz Dilma

http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/03/16/emocionada-dilma-defende-protestos-e-diz-governar-para-203-milhoes.htm

Cai por terra tese do PT. Em depoimento explosivo, empreiteiro revela que Vaccari exigiu que propina de R$ 10 milhões fosse transformada em doação oficial.



 
Se a PGR conseguir comprovar que propinas eram transformadas em doações oficiais, como revelado pelo vice-presidente da Camargo Correa, cai o governo Dilma Rousseff.
 
 
 
(Folha) O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, disse em depoimento prestado no âmbito de um acordo de delação premiada que o tesoureiro do PT, João Vaccari, pediu que a empreiteira pagasse uma propina de cerca de R$ 10 milhões em forma de doação oficial ao partido. O episódio, segundo Leite, ocorreu "por volta de 2010". 
 
 
O executivo relata que Vaccari "tinha conhecimento" do esquema de suborno que existia na diretoria de Serviços, ocupada por Renato Duque, que foi indicado ao cargo pelo PT, segundo os procuradores da Operação Lava Jato –o partido e Duque negam que tenha havido a indicação. Duque foi preso nesta segunda-feira (16) novamente. 
 
 
Leite relata no depoimento que Vaccari abordou-o cobrando propinas que a Camargo Corrêa atrasara o pagamento e sugeriu que a situação fosse acertada por meio de doações ao PT. A delação do vice-presidente da Camargo Corrêa ainda não foi homologada pela Justiça, mas o uso da parte referente a Vaccari foi autorizado pelo advogado dele, Marlus Arns, segundo procuradores da Lava Jato. Leite encerrou seus depoimentos na delação na última sexta-feira (13).
 
 
O presidente da empreiteira, Dalton Avancini, também fez um acordo de delação, mas continua depondo. Os procuradores da Lava Jato dizem que as doações legais eram uma das formas de pagamento de suborno e é ilegal porque se trata de uma maneira de lavagem: "Eram repasses de propina disfarçados de doações eleitorais", disse o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força tarefa do Ministério Público Federal que atua na Lava Jato. 
 
 

"Movimentos sociais" não conseguem mais mobilizar eleitor (ou ex-eleitor) de Dilma.Gilberto Carvalho, ex-ministro e guru dos sem terra, sem teto e demais sem-vergonha!!


"Movimentos sociais" não conseguem mais mobilizar eleitor (ou ex-eleitor) de Dilma.

Ontem, em Recife, os ditos "movimentos sociais" confessaram a um desesperado Gilberto Carvalho, ex-ministro e guru dos sem terra, sem teto e demais sem-vergonha que são usados para manipular as populações mais pobres, que não conseguem motivar as classes mais humildes a irem para a rua defender Dilma Rousseff.

Isto já havia ficado muito claro na pesquisa Datafolha que mostrou que apenas 4% dos que foram levados pela CUT para a Avenida Paulista, a R$ 35 por cabeça,  no último dia 13, disseram que estavam ali para apoiar a presidente.Já 25% estavam ali para protestar contra o fim dos direitos trabalhistas proposta pela presidência. 


Segundo matéria do Estadão,  o ex-ministro admitiu que os movimentos sociais foram chamados apenas “na véspera” da definição das medidas para ajuste fiscal. “Levou um mês para ser chamada a CUT lá no Palácio (do Planalto). Um mês para o MST ser chamado lá no Palácio. E viemos com um pacote que só penalizou o lado dos trabalhadores, sem nenhuma comunicação”, afirmou Carvalho. “Devo dizer que fiquei muito triste com isso. Esse foi um erro imperdoável que nós cometemos. Não tem como negar. Porque assim você não faz alianças estratégicas”, completou.

De acordo com ele, a orientação agora é ouvir sugestões e acatar aquelas que não causem prejuízo à essência do pacote. “Acho que agora a lição foi aprendida”, afirmou o ex-ministro, em resposta a uma série de críticas colocadas pelos presentes, que alegavam dificuldades em chamar a população para defender a presidente nas ruas. “Não dá para a gente só falar em combater a corrupção e falar em reforma política. É preciso que o governo sinalize de maneira clara com relação às bandeiras e às realizações na geração de emprego e no benefício dos trabalhadores”, disse Carvalho, concordando com avaliações feitas pela plateia.

Pelo que Dilma declarou ontem, em entrevista à imprensa, o fosso vai aumentar em relação aos movimentos sociais. A presidente reafirmou que vai implantar as medidas que reduzem os direitos dos trabalhadores e insistir na reforma política, um tema sem a mínima importância para quem está sentindo na carne, na batata, na conta de luz a crise econômica causada pelas mentiras e pela incompetência do governo petista. 


7 comentários

Comentário

Enquanto isso, as Olimpíadas, previstas para 2016, continuam gastando bilhões.Pode?  

Ana Lia

A oposição só não derruba Dilma se não quiser.-O ANTAGONISTA

BLOG O ANTAGONISTA

 

Procura-se um advogado

Dilma Rousseff disse que é preciso dialogar.


Depois do depoimento do vice-presidente da Camargo Corrêa e da denúncia contra o tesoureiro do PT, ela deveria estar dialogando com seu advogado.


A oposição só não derruba Dilma se não quiser.

Dinheiro roubado, dinheiro doado.Confira os montantes que a coitada da Petrobras teve de "doar" aos politicos e às empreiteiras do PT.


BLOG O ANTAGONISTA

Os procuradores da Lava Jato, em suas denúncias contra Renato Duque e João Vaccari Neto, explicaram como a propina das empreiteiras foi contabilizada como doação legal ao PT:


“A vinculação entre as doações políticas e os pagamentos feitos pela Petrobrás aos Consórcios Interpar e Intercom pode ser comprovada pela comparação entre as datas em que a Petrobrás pagou os consórcios e as datas, subsequentes, em que empresas controladas por Augusto Mendonça promoveram a transferência de propina disfarçada de doações oficiais para partido político”.


O Ministério Público fez uma tabela cruzando os dados sobre os desembolsos da Petrobras e as doações das empreiteiras ao PT. Desmorona-se, assim, a última barreira defensiva do governo e do partido. O PT é uma gigantesca lavanderia de dinheiro sujo, usada para reciclar e distribuir a fortuna roubada na Petrobras.

A tabela do Ministério Público: dinheiro roubado, dinheiro doado

O BRASIL ESTÁ VIVO!!

Sponholz: o Brasil está vivo.


Um comentário:

lgn disse...
Há que se ficar muito atento, pois os revolucionários comunistas que estão no poder jamais, repito, jamais desistem. Marco Antonio Garcia, José Dirceu, em franca atividade, Lula, Dilma, Rui Falcão, e os ditos movimentos sociais sustentados pelo governo, são obsessivos no propósito de se fazer na América Latina o que se perdeu no leste europeu. Como as minorias são organizadas eles se pretendem ser a voz do povo. Há que se permanecer em vigília até que o PT volte a ser o que era, um partido de segunda.