sábado, 21 de março de 2015

Erosão da classe média verdadeira é o caminho mais curto para o empobrecimento geral e irrestrito do país, ou seja, o caminho mais curto para a cubanização do Brasil.

BLOG DO ALUIZIO AMORIM


CRISE NO BRASIL GERADA PELO PT SE AGRAVA PELO IMOBILISMO E A LENIÊNCIA OPORTUNISTA DAQUELES QUE TÊM O PODER E O DEVER CONSTITUCIONAL DE AGIR

O cotidiano na Venezuela: filas imensas nos supermercados para adquirir alimentos, principalmente. 
Geraldo Samor é um dos analistas do mercado dos mais atilados. Em sua coluna no site da revistsa Veja faz sérias advertências sobre o futuro imediato nada promissor para os brasileiros. 

Ao que eu acrescento: caso as autoridades constituídas - tirante evidentemente o Palácio do Planalto - no Congresso Nacional passando pelas lideranças políticas dos principais partidos políticos - fora o PT, é claro - e as Forças Armadas, continuarem cultivando esse imobilismo, quando não uma leniência absurda de forma a colocar um pedra sobre o caos instalado no Brasil pelo PT e seus seus sequazes, tudo de ruim que se possa imaginar está a caminho. 

Mais um pouco estaremos rivalizando com a Venezuela em termos de desastre geral e penúrias inimaginável que castigarão a já depauperada classe média e os estratos mais frágeis economicamente da sociedade brasileira.  Erosão da classe média verdadeira é o caminho mais curto para o empobrecimento geral e irrestrito do país, ou seja, o caminho mais curto para a cubanização do Brasil.

Leiam a análise de Geraldo Samor:

O dólar está a 3,30 mas é impossível encontrar alguém que ache que este preço ‘paga’ todas as incertezas do Brasil hoje.

Proteja a cabeça e prepare-se para o impacto. Vai ser um pouso forçado.
O mercado de crédito está travado. Os bancos botaram os balanços na parede.
Há relatos de que várias empreiteiras estão sem receber, tanto do governo federal quanto dos estaduais.

No leilão de ontem, o Tesouro Nacional engoliu o orgulho a seco e escolheu defender seu caixa. Aceitou vender LTNs (títulos pré-fixados) com vencimento logo ali, em 1 de outubro. (No mundo da política isso hoje parece uma eternidade, mas no mercado de renda fixa trata-se de um vencimento curtíssimo.)

A humilhação máxima – o rebaixamento do crédito do Brasil — parece iminente. A impressão é de que, mesmo se as agências não derem o corte, isso em nada aliviará o mercado, simplesmente porque a confiança entre os locais está zerada. A realidade já se impôs. A confiança de empresários e consumidores convergiu para o mesmo sentimento: o Brasil hoje é junk.

É um mundo de CDI, de preservação de liquidez, de um dia de cada vez. A declaração de Armínio Fraga de que o Governo precisaria fazer uma economia mais do que o dobro da que está fazendo dá uma ideia do tamanho do buraco em que meteram o País.

O objetivo principal do ajuste fiscal é fazer com que o tamanho da dívida pública em relação ao PIB entre numa trajetória de queda nos próximos anos. (O raciocínio é lógico: se a dívida como proporção do PIB aumentar sem parar, uma hora o Estado fica insolvente. Quebra. Game over.)

Fraga disse que precisamos de um ajuste de ‘mais de 3%’ do PIB para retomar essa trajetória de queda, mas todo mundo sabe como Joaquim Levy está suando — aliás, sangrando a camisa — para entregar o 1,2% que prometeu.

Enquanto isso, Brasília vive mais um Baile da Ilha Fiscal, desperdiçando energia em factóides: o ministro demitido pelo semideus… os benefícios de uma reforma ministerial… os cinquenta tons de bullying do PMDB.

Para quem vive os desafios diários da economia, toda essa discussão é exasperante porque não substantiva. A política geralmente se resolve sozinha. Já a economia precisa de empenho, intelecto e convicção.

O problema do Brasil hoje não é de ministério — é de confiança.

Os grandes motores da economia — a Petrobras, a construção civil, as empreiteiras, as montadoras — tudo está parado.

A Petrobras precisa ser capitalizada — ou o Governo coloca lá um dinheiro novo que não tem, ou vende uma parte grande da empresa. Não há espaço para timidez, tergiversação ou pusilanimidade. Enquanto este aumento de capital (ou esta monetização de ativos em larga escala) não acontecer, a empresa vai agonizar em praça pública. Piada a propósito: “Cite quatro coisas no Brasil viciadas em injeções de capital — PDG, Petrobras, PT e PMDB.”

É verdade que a Bolsa andou tendo uns dias de alta, e pode até subir mais.
Com o real se desvalorizando mais de 20% em apenas 40 dias, o País está ficando barato para os gringos — e cada vez mais caro para os brasileiros.

A riqueza do País está trocando de mãos. Você sabe a quem agradecer. Da coluna de Geraldo Samor

Que fase! "General" do "exército" do Lula passa pito em Dilma em evento público.


General Stedile, do "exército" bolivariano de Lula, se acha o Chávez brasileiro. Sua guerrilha terrorista que usa mulheres e crianças como escudos humanos recebeu Dilma, hoje, no Rio Grande do Sul. Com uma carraspana em público!

(Estadão) Ao lado da presidente Dilma Rousseff, o principal líder do MST, João Pedro Stédile fez nesta sexta-feira, 20, um discurso em que defendeu a petista, atacou os ministros da presidente e convocou a militância para voltar às ruas no próximo dia 7 de abril. "Nenhum ministro aqui no Brasil deve se sentir superior ao povo", afirmou.

Apesar de defender a escolha de Dilma, destacar que ela foi legitimamente eleita, Stédile fez críticas ao ajuste fiscal e disse que o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, deveria debater suas medidas para recuperar a economia com os trabalhadores. "Os ministros das senhora têm que ser mais humildes. Humilde para ouvir o povo, para saber quais são as propostas (que o povo quer)", afirmou. "Se o orçamento tem problema, por que o 'seu Levy' não vem discutir conosco."

O líder do MST disse que não dá para fazer ajustes econômicos "apenas cortando gastos sociais". "Quem tem que pagar a conta não são os trabalhadores. São os ricos e os milionários", defendeu. Stédile, que atendeu ao chamado do ex-presidente Lula e levou o MST às ruas no último dia 13 em favor da presidente Dilma e do PT, iniciou sua fala com duras críticas ao modelo de agronegócio e disse que a presidente foi "enganada" ao ser levada para ver a colheita de soja no ano passado, pois não disseram a ela que o Brasil é um grande "exportador de veneno" graças ao agronegócio. "Queremos um novo modelo agrícola, que se baseie na produção de alimentos saudáveis para evitar que continue a proliferação do câncer", afirmou.

Com críticas também ao BNDES, a Conab e ao Incra, Stédile afirmou que a presidente precisa colocar no comando dessas instituições pessoas de sua confiança. "O Incra virou uma tapera velha. Não dá para continuar assim. (ao escolher nomes) não olhe para partidos, que entram lá para fazer sua 'cotinha' medíocre", afirmou.

Protestos. Stédile elevou bastante o tom ao criticar a mídia e convocar novos atos em defesa da presidente. Segundo ele, por trás do movimento dos que foram às ruas no dia 15 de março contra Dilma está "uma classe média reacionária". Para ele, "quem quer tirar a Dilma, que é quase uma santa", é a classe média que não aceita o avanço dos mais pobres, "que não quer assinar a carteira da empregada", que "não aceita que o povo tem um pouquinho mais de direitos".

"O golpe não é contra o governo é contra os pobres", afirmou Stédile. Segundo ele, atrás dos cartazes de "Fora Dilma" e "Fora PT" está uma articulação da mídia. Citando especificamente a TV Globo, Stédile afirmou que a emissora é "verdadeiro partido ideológico do País". Stédile disse ainda que os trabalhadores estão dispostos a discutir e ocupar as ruas para debater ideias. "Sejam um pouco mais politizados venham para a rua debater ideias, não com desvios fascistas e reacionários", afirmou.

O líder do MST disse ainda que o movimento não pode e não vai abandonar as ruas e disse que na quinta as centrais sindicais se reuniram e decidiram que no dia primeiro de abril serão realizadas plenárias para articular a militância que vai voltar às ruas no dia 7 de abril e lembrar "o horror do golpe militar".

Stédile defendeu ainda a realização de um plebiscito para a realização da reforma política e disse que a corrupção, que é o tema da "moda", está restrito a uma meia dúzia de gerentes que roubaram a Petrobrás e que é preciso mudar o modelo de financiamento de campanhas. "As dez maiores empresas elegeram 70% dos parlamentares, e não a Petrobrás", disse.

Stédile falou em evento do qual participa a presidente Dilma, na cidade de Eldorado do Sul (RS), que abre a colheita do arroz ecológico com inauguração de uma unidade de secagem e armazenamento do produto da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap).
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Comentario

Até agora (devo ser muito burra) não sei quais foram as conquistas dos pobres feitas durante o Governo Dilma.O salário mínimo é uma miséria, as passagens de ônibus caríssimas, o ensino péssimo, a saúde sucateada,a inflação altíssima...Que conquistas foram feitas alguém pode me dizer?

Ana Lia

PT não é mais partido, é lavanderia.


A cada novo depoimento dos empreiteiros e operadores do Petrolão mais provas se acumulam de que o PT deixou de ser um partido para se transformar numa lavanderia de dinheiro desviado da Petrobras. Os depoimentos são abundantes. Fortes e contundentes. Segundo a revista Época desta semana, os investigadores já têm provas suficientes de que Vaccari e o PT, num ardil malandro, embora brilhante, subverteram o caixa oficial de campanha.


Para se precaver e evitar atos amadores como os cometidos no mensalão, isolaram, sempre que possível, o dinheiro sujo do partido. Para receber a propina, exigiam que as empresas e os intermediários se encarregassem de lavar o dinheiro da corrupção. Os pagamentos ao caixa oficial do PT eram a etapa final do processo de lavagem de dinheiro. Tornava-se aparentemente limpo quando entrava nas contas do partido. Cabia a Vaccari as tratativas para converter as propinas em doações oficiais para o PT.


A artimanha, segue a reportagem da Época, ficou mais explícita com um depoimento de Costa que veio à tona na terça-feira. “Há pouco saiu na imprensa, várias vezes, que o dono da UTC fez uma doação oficial de não sei quantos milhões para o PT. Nenhuma empresa vai doar 2 milhões, 3, 4, 5 milhões porque gosta do fulano de tal”, disse o delator. “Todas as doações, sejam oficiais ou não oficiais, não são doações. São empréstimos. A empresa está emprestando e depois vai cobrar”, disse Costa. Ele confirma algo que o cidadão comum intui facilmente, mas que os legisladores parecem não querer enxergar. “É tudo balela”, disse Costa aos procuradores.

O Antagonista, de Diogo Mainardi e Mário Sabino,informa que Lula está na mira da Lava Jato. No dia em que o próprio ex-presidente assinou uma liberação de verba para uma refinaria, passando por cima do TCU, um empreiteiro depositou uma propina de R$ 350 mil na conta do PT, conforme confessou. A princípio do legal, mas por trás de tudo um partido lavando dinheiro da corrupção.  Leia aqui.  

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Empreiteiros da Lava Jato devem ir para penitenciária.


sábado, 21 de março de 2015


Nada de delivery de picanha e pizza. Nada de visitas em bandos de advogados e parentes. Nada de sportswear e moleza com celular. Os empreteiros da Lava Jato devem ser transferidos, nos próximos dias, da sede da Polícia Federal para o Complexo Médico-Penal do Paraná, o famoso CMP. Lá terão direito a atendimento médico, psiquiátrico e poderão usufruir um dos 104 cubículos coletivos, em 6 galerias. 
 
 
 
Em meio a loucos e doentes, quem sabe os corruptos do Petrolão decidem falar tudo o que sabem?
 
 
 

MPF vai pedir punição de partidos corruptos. E o Brasil honesto vai comemorar se o PT for extinto.


O procurador da República Deltan Dallagnol.
Aliás, ser tivéssemos um TSE vigilante, o Partido Totalitário já teria sido extinto, dada sua extensa ficha criminal. Mas, cá pra nós, o TSE é como jabuticaba: é coisa brasileira:


O procurador da República Deltan Dallagnol afirmou nesta sexta-feira que a força-tarefa da Lava-Jato deverá pedir a punição de partidos envolvidos com a corrupção em contratos de empreiteiras com a Petrobras. O procurador não informou quais seriam as punições. Até o momento, os pedidos de punição estavam restritos a políticos e dirigentes partidários.

O pacote de combate à corrupção apresentado hoje pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, prevê o aumento da pena máxima para o crime de 12 para 25 anos de prisão. Também está prevista uma gradação das penas de acordo com o valor do dinheiro público desviado. O Ministério Público defende que haja multa, suspensão e até cassação do registro de funcionamento de partido político envolvido com corrupção. Tudo a depender da gravidade dos desvios.

Entre as sugestões estão ainda a criminalização do caixa dois, reforma do sistema de prescrição das penas e medidas para a recuperação de lucro obtido com práticas criminosas. As propostas já vinham sendo elaboradas por procuradores bem antes das manifestações do último domingo, quando milhares de pessoas saíram as ruas para pedir rigor contra a corrupção. São medidas com potencial de impacto maior até que o pacote anticorrupção lançado na quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff. (O Globo).
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MPF lança 10 medidas contra a corrupção. Tremei, petistas.


O amigo Coronel (que de milico não tem nada) alertou para esta matéria. Em homenagem aos bravos procuradores e juízes da Operação Lava Jato, na terra do inesquecível poeta Leminski, também chamo atenção para a iniciativa do MPF, que divulgou 10 medidas para o combate à corrupção:

1) Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos;

2) Reforma do sistema de prescrição penal;

3) Prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado;

4) Recuperação do lucro derivado do crime.


Tremei, corruptos (ôps, petistas).
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Quem tem medo do "exército de Lula"?


É raro algum literato fazer críticas ao governo. A maioria, quando não indiferente, gosta mesmo é de aplaudir quem está no poder. O escritor Ignácio de Loyola Brandão se arrepende de não ter levado os netos à manifestação da Paulista, no histórico 15 de março, por medo dos black blocs e do "exército de Lula".  Diante das ameaças, tinha razão mesmo. O exército de Lula, porém, revelou-se tão covarde quanto o próprio. Espero que Brandão arregimente os netos para o próximo dia 12 de abril. Do lado errado ele não está. O Brasil perdeu o medo do nefasto lulopetismo:

(...) Acabamos não indo para a Paulista, não levamos os três garotos. O medo da violência, dos que são pagos para isso, vândalos e black blocs, do "exército de Lula", foi maior. Nos arrependemos na segunda-feira ao olhar uma foto maravilhosa de Hélvio Romero, que deveria se tornar uma bandeira e disparar pela rede social. Significa: paz. Na primeira página do dia 16, este jornal publicou a imagem de quatro crianças sorridentes, copos de refrescos na mão, sorrindo tranquilas, fascinadas com a manifestação. Atrás delas, dezenas de policiais com escudos, linha de frente de guerreiros ferozes que não precisaram entrar em ação. Estamos crescendo. Eles, aqueles que nos chamam de "outros" e nos desprezam dizendo que somos 'elites", sabem que vão cair. Todos sabem quem são eles. Todos sabem seus nomes, o que fazem (ou não fazem), o destino final. Estamos de olho em cada um. Até podermos dizer aquela frase antiga: Conheceu, papudo? Ou melhor, Papuda! (Íntegra, no Estadão).
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As "lições" de Lula e Dilma: ódio a quem discorda. É a pior subversão.


No artigo "A pior subversão", publicado na edição impressa de Veja desta semana (e surrupiado abaixo na íntegra), J. R. Guzzo comenta a divisão estimulada por Lula, Dilma e o PT entre a população: discordar já virou delito, como na época da ditadura civil-militar. Eles querem que as pessoas desprezem umas às outras e ignorem a tolerância:


Foi marcado para 15 de março, nessa jornada nacional de protesto contra um governo que rompeu relações com os governados, com a razão e com a realidade, um encontro entre o Brasil e a seguinte pergunta: se você não utilizar a liberdade de expressão para criticar o governo do seu país, então para que raios ela serve? Há um bom tempo, ou desde sempre, os atuais donos do poder no Brasil se esforçam dia e noite para impor à população uma tramoia perversa. A liberdade, dizem, só serve quando é usada para concordar com eles, ou para tratar de algum assunto que não os incomode; quando alguém se vale do direito de livre expressão para discordar do ex-presidente Lula, da presidente Dilma Rousseff e do PT, está praticando um delito.

Essa liberdade domesticada, inofensiva e sujeita à aprovação prévia das autoridades, que o governo quer empurrar à força para cima do país, não é liberdade nenhuma – não serve para nada, a não ser para ele mesmo. As manifestações de 15 de março estão destinadas a esclarecer quais são os direitos que estão atualmente em vigor – os que só podem ser exercidos mediante autorização do Palácio do Planalto e do Instituto Lula, ou os que são garantidos pela Constituição brasileira para todo cidadão que se manifesta dentro da lei.

É melhor deixar em paz os números relativos ao tamanho das demonstrações – mais ou menos pessoas na rua não alteram em nada o fato de que o Brasil vive as primeiras manifestações genuinamente populares desde o movimento das Diretas Já, há mais de trinta anos, e de que o governo está se mostrando perfeitamente incapaz de dar uma resposta decente a isso. Este é o fato real – os descontentes existem, e diante deles a trindade Lula-Dilma-PT tem provado a cada dia, pelo que diz e pelo que faz, que não consegue entender como funciona uma democracia.

O alicerce do raciocínio que levam a público, e em cima do qual vão amontoando todas as suas reações, é o seguinte: a manifestação de discordância é perigosa. É um pensamento ruim. Sempre que um governo dá a si próprio o direito de silenciar quem se opõe a ele, só tem um caminho pela frente: ir tomando decisões cada vez mais repressivas, pois o ato de repressão praticado hoje só poderá ficar de pé se for sustentado pelo ato de repressão praticado amanhã. É a receita das tiranias.

É claro que o atual governo brasileiro não tem meios práticos para criar uma ditadura no Brasil; Lula e seus dependentes sabem que não tem. Mas, ao persistirem na sua estratégia atual, estão dividindo cada vez mais o país em dois lados, e tratando como inimigo o lado que discorda. Tenta-se vender, no fim das contas, a falsificação da virtude. As forças que controlam o governo insistem em dizer que são as únicas representantes do bem no Brasil, por terem ganhado as quatro últimas eleições presidenciais; quem se opõe a elas, portanto, é o mal. Ganhar quatro eleições seguidas é enorme. Quantos regimes, pelo mundo afora, podem apresentar um desempenho igual? Mas Lula, Dilma e o PT agem como se isso lhes tivesse dado aprovação eterna, e como se o povo já tivesse decidido que eles devem ficar lá para sempre – qualquer outra possibilidade é considerada um ataque à vontade popular, e qualquer tentativa de alternância do poder recebe o carimbo de “subversão”. Afirmam sem parar que os descontentes, a começar pelos que se acham no direito de ir a manifestações de rua, são “golpistas” que babam de raiva. Comportam-se como a ditadura, que via em toda expressão de desacordo uma conspiração de “comunistas”.

É difícil achar um conjunto de provas que atestem tão claramente essa opção totalitária como as declarações que o PT faz em público, com o suporte de sua máquina de propaganda remunerada ou voluntária. O esforço mais repetido nessa catequese é o sequestro da palavra “popular”. Ela só tem validade, segundo Lula, quando é aplicada a quem está a favor. As manifestações do dia 15, por exemplo, não são “populares”; são coisa privativa de gente rica, ou de um ou outro boçal que não sabe o que é bom para ele próprio. O panelaço do domingo anterior, armado livremente pela internet nas 24 horas precedentes, foi descrito como uma brincadeira desses mesmos ricos no terraço de seus apartamentos de luxo – inclusive em São Bernardo, Vila Velha e outros notórios redutos da alta burguesia. (A propósito: ressuscitou-se a palavra “burguês”, em desuso desde os anos 60 do século passado.) O governo nega a possibilidade de que exista fora da classe “AAA” algum brasileiro indignado com a corrupção. Também não admite que um cidadão do povo possa ter valores morais; moralidade, na filosofia do PT, é apenas “moralismo”, um vício que só ocorre nas mais altas esferas da sociedade. Os 51 milhões de eleitores que votaram em Aécio Neves e contra Dilma, na última eleição presidencial, não fazem parte da população do Brasil.

Nada disso altera em um grama o que acontece no mundo das realidades. Pouco depois do panelaço das elites, a presidente viu-se enxotada por um temporal de vaias do percurso que deveria seguir durante sua visita a uma exposição em São Paulo; a cada dia fica mais complicado para Dilma andar a pé em lugares públicos do país que governa. Lula, então, parece incapacitado para exercer o direito de ir e vir. Suas aparições continuam restritas a recintos fechados e ambientes onde dá para vetar a entrada do público em geral. Ali, na segurança de plateias formadas apenas por militantes, faz discursos carregados de ameaças, insultos e rancor contra “eles” – todos os que querem dizer em voz alta que não concordam com o seu catecismo. Na última delas, num ato em “defesa da Petrobras” no Rio de Janeiro, prometeu pôr “o exército do MST” na rua. Foi ouvido, pouco depois, quando mulheres “sem terra” e com o rosto coberto por lenços invadiram um centro de pesquisas para destruir mudas de eucalipto; chegaram lá a bordo de quinze ônibus fretados por uma organização que vive de dinheiro público. É uma situação curiosa: como nem Dilma nem Lula podem sair à rua, ambos acham que ninguém mais pode. Não adianta a presidente dizer que admite o direito de manifestação, quando todos os que estão no seu bonde atacam diariamente quem quer se manifestar contra ela. Adianta menos ainda fazer advertências contra a possível “violência” dos protestos quando não foi capaz de dizer uma única palavra para condenar a selvageria que o MST acaba de praticar.

A recusa das forças do governo em aceitar que a população se exprima livremente em público não poderia ser mais óbvia, também, quando acusam os manifestantes de ser os costumeiros “golpistas” deste país. Tornou-se a última moda, nessa toada, dizer que quem discorda está querendo inventar um “terceiro turno” para as eleições do ano passado. Quem, até agora, sugeriu anular a eleição de Dilma? Ou será que o PT está querendo que, uma vez encerrada a votação, fique proibida qualquer crítica ao vencedor? Um disparate com idênticos teores de falência mental é a tese, especialmente exótica, segundo a qual quem se manifesta a favor do impeachment de Dilma está propondo um “golpe militar”. Como é mesmo? Qualquer cidadão brasileiro tem o pleno direito de falar a favor do impeachment; na verdade, pelo que está escrito na lei, tem até o direito de assinar ele mesmo um pedido legal de deposição do presidente da República. (O PT, ainda outro dia, chefiou a campanha que levou ao impeachment de Fernando Collor. No governo seguinte, defendeu abertamente o “Fora FHC”; só sossegou quando Lula foi enfim eleito.)

É realmente extraordinário que diferenças de opinião possam levar ao ódio. Mas é justamente isso que Lula, Dilma e o PT estão construindo no momento. Estimulam um Brasil onde as pessoas desprezem umas às outras, ignorem a tolerância e obedeçam a quem manda. Essa é a pior subversão.
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Vigaristas a serviço da roubalheira petista


Do bandoleiro Stédile ao ex-frade Leonardo Boff, passando pelo próprio Lula, todos deturpam a realidade em nome de suas toscas concepções ideológicas. Como diz Percival Puggina, em artigo publicado no ZH, o diabo não é bom conselheiro:

Pelo menos dois milhões e meio de pessoas saíram às ruas no dia 15 de março. Diziam, em essência, quatro coisas: Fora Dilma! Fora PT! Chega de corrupção! E a que estava escrita na camiseta que eu usava: Impeachment! A desaprovação da presidente, em março, segundo levantamento da Datafolha, chegou a 62%. Em fevereiro, o mesmo instituto dizia que para 52% dos brasileiros Dilma é falsa, para 47% é desonesta e para 46%, mentirosa. Nada surpreendente quando esses números se referem a quem disse que "a gente faz o diabo em época de eleição".
Num sistema de governo bem concebido, do tipo parlamentarista, tal situação levaria ao voto de desconfiança. O governo cairia. No presidencialismo, tem-se o que está aí: uma crise institucional. Então, era preciso contra-atacar. Qual o conselho do diabo numa hora dessas? "Diz que teus opositores não gostam de pobre!", recomendaria o Maligno. Foi o que fez Lula, num discurso à porta do hospital onde a Petrobras, por culpa dele e de seus companheiros, respira por meio de aparelhos.
Disse o ex-presidente: “O que estamos vendo é a criminalização da ascensão social de uma parte da sociedade brasileira. (...) A elite não se conforma com a ascensão social dos pobres que está acontecendo neste país”. Por toda parte, o realejo da mistificação, da enganação, da sordidez intelectual passou a ser acionado por gente que se faz de séria. Colunistas chapa-branca, artistas subsidiados pelo governo, intelectuais psicologicamente enfermos se alternam na manivela do realejo, a repetir essa tese.
O líder do MST, João Pedro (quebra-quebra) Stédile, falando ao lado de Dilma no RS, enquanto eu escrevia este artigo, rodou a manivela: "A classe média não aceita assinar a carteira da sua empregada doméstica. A classe média não aceita que o filho de um agricultor esteja na universidade. A classe média não aceita que os negros andem de avião. A classe média não aceita que o povo tenha um pouco mais de dinheiro”. Suponho que na opinião dele, os patrocinadores do MST são santos cujas meias deveriam ser guardadas para fazer relíquias, apesar de esfolarem a nação e encherem os próprios bolsos e os bolsos dos ricos. Quão tolo é preciso ser para se deixar convencer de que o povo sai às ruas porque pobres e pretos andam de avião e não por estar sob um governo que se dedicou a fazer o diabo? Como pode a mente humana entrar em convulsões e a alma afundar em indignidades de tais proporções?
Leonardo Boff, foi outro. Perdeu boa parte de sua fé católica, mas não a fé em Lula, a cujo alto clero não se constrange de pertencer. Dia 16, em Montevidéu, declarou: "No Brasil há uma raiva generalizada contra o PT, que é mais induzida pelos meios de comunicação, mas não é ódio contra o PT, é ódio contra os 40 milhões (de pobres) que foram incluídos e que ocupam os espaços que eram reservados às classes poderosas". É assim que o petismo age. Deve haver um lugar bem quente no inferno para quem se dedica a esse tipo de vigarice intelectual.
Vigarice, sim. E tripla vigarice. Primeiro, porque transmite a ideia equivocada de que o PT acabou com a pobreza, quando o partido está empobrecendo a todos, a cada dia que passa. Segundo, porque a nada o petismo serviu mais do que à prosperidade material de sua alta nomenklatura e a dos muitos novos bilionários que, há 12 anos, servem e se servem do petismo. Terceiro, porque só o PT se beneficia da pobreza dos pobres, aos quais submete por dependência.O desenvolvimento econômico e social harmônico é generoso. A ascensão dos pobres, quando ocorre de fato e não por doação ou endividamento, beneficia a todos. Isso até o diabo sabe.

Só o tesoureiro do PT é corrupto? É hora de cassar o registro do partido.

sábado, 21 de março de 2015


O tesoureiro e mochileiro Vaccari, o Delúbio da vez, recolheu dinheiro em nome da alta cúpula do Partido Totalitário (e, convenhamos, de sua candidata a presidente da República). A dinheirama foi parar nos cofres da corrupção petista. Só eles são culpados? A proposta do MPF, que lança 10 medidas contra a corrupção, acerta em cheio ao incluir nos processos também os partidos:


João Vaccari Neto e Delúbio Soares nunca tiveram títulos na nobreza do PT. Na hierarquia da sigla eles pertencem, no máximo, à ordem dos escudeiros. A fidelidade inabalável de Vaccari e Delúbio ao projeto de poder da legenda os lançou em uma função inglória: a tesouraria do partido. Em 2000, o PT adotou um discurso mais ameno para ampliar o perfil do eleitorado. A mudança acarretou uma guinada de vida no partido, que começou a forrar seus cofres para financiar um duradouro projeto de poder. Delúbio assumiu a Secretaria Nacional de Finanças. Só saiu de lá em 2005, denunciado como um dos operadores do mensalão. Vaccari é o Delúbio da vez. Na segunda-feira 16, ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção e lavagem de dinheiro. Contra o tesoureiro pesam depoimentos de dois ex-funcionários da Petrobras e quatro empreiteiros que fizeram acordos de delação premiada. Todos unânimes em apontá-lo como recolhedor de propinas para o PT.

Com as acusações decorrentes da Operação Lava Jato, caiu por terra a defesa ferrenha que alguns petistas faziam da honra de Vaccari. Internamente, antigos companheiros pedem seu afastamento da secretaria de finanças para preservar o partido. As apurações da Polícia Federal e do MPF indicam que U$186 milhões em propina teriam passado pelas mãos do homem responsável por arrecadar dinheiro para o PT. Segundo os delatores, o dinheiro abasteceu o caixa de campanha da presidente Dilma Rousseff. Ainda assim, a degola de Vaccari pedida pelos correligionários sugere uma estratégia marota: colocar todos os malfeitos do partido nos seus ombros, evitando que as denúncias extrapolem para outros nomes.

O mesmo ocorreu com Delúbio no escândalo do Mensalão. O tesoureiro foi para o altar dos sacrifícios, admitiu que arrecadava recursos além do contabilizado pelas campanhas eleitorais e figurou como coordenador do “núcleo central da quadrilha” no processo do mensalão. Ele foi o único, entre os oito petistas investigados por participar do esquema, a ser expulso do partido. Saiu em 2006, mas retornou aos quadros de filiados em 2011, após a eleição de Dilma. O ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisão, passou cinco meses no presídio da Papuda e outros cinco em regime semiaberto. Em setembro, ganhou o direito de cumprir o restante da pena em casa.

Se as descobertas dos investigadores da Lava Jato forem confirmadas na Justiça, Delúbio e Vaccari ficarão na história do reinado petista como os responsáveis por ilícitos financeiros que beneficiaram da alta cúpula do partido aos diretórios no interior do País. Embora tenham trajetórias parecidas, os dois adotaram práticas diferentes. O modus operandi usado por Vaccari pouco lembra o antigo estilo de arrecadação posto em prática por Delúbio. A falta de uma legislação eleitoral que obrigasse o detalhamento da prestação de contas explica, em parte, a opção de Delúbio pelo esquema de caixa 2. Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2002 obrigou candidatos e comitês financeiros a expor em minúcias as receitas e despesas. Essa regra dificultou a vida de Delúbio. Em uma reunião do Diretório Nacional, no mesmo ano, o então tesoureiro discursou contra a divulgação do nome dos doadores e disse uma frase que entrou para a história. “Transparência demais é burrice.” Transparência não foi um problema para Vaccari. As investigações mostram que ele mascarou as propinas que o PT recebeu no esquema da Petrobras em forma de doação oficial de campanha. (Istoé).