terça-feira, 31 de março de 2015

Xingu: estudo demonstra importância de áreas protegidas para preservar ciclo da água Vandré Fonseca - 30/03/15

Manaus, AM – As áreas protegidas ao longo da Bacia do Xingu têm contribuído com o ciclo hidrológico da região. Elas ajudam a manter a vazão de água do rio estável e compensam os efeitos das variações climáticas. A conclusão é de um estudo publicado em março no Journal of Hydrology, por pesquisadores do instituto americano Wood Hole Research Center (WHRC).


30032015-rio-xingu"Nossos resultados mostram que onde houve desmatamento o ciclo hidrológico foi alterado de forma considerável, mas as áreas protegidas tiveram um papel essencial, porque restringiram os impactos negativos da parte sul da bacia", diz Prajjwal Pandayo, líder do estudo.


O Xingu nasce no cerrado, no Estado do Mato Grosso. Embora as cabeceiras tenham sofrido desmatamento, cerca de 55% dos 770 mil quilômetros quadrados da bacia hidrográfica estão protegidos por um mosaico de Terras Indígenas e Unidades de Conservação.


A pesquisa faz parte de um esforço dos cientistas para entender quais os efeitos das mudanças que vêm ocorrendo na Bacia Amazônica, em diferentes escalas.



"Até certo ponto, você desmata e tem produção agrícola, mas você pode chegar a um ponto em que a produtividade é afetada", afirma a brasileira Márcia Macedo, que faz parte do grupo de pesquisadores. De acordo com ela, o desmatamento acelera o ciclo hidrológico.


A água que cai em forma de chuva, em vez de ser reciclada pela vegetação, corre direto para o rio. Um estudo publicado em 2013 já havia demonstrado que o desmatamento pode estender a estação seca na região, causando problemas na geração de energia da Usina de Belo Monte.



Outro estudo, sobre o Rio Araguaia, publicado em 2011 no periódico Biogeochemistry [acesso ao conteúdo pago], indicou uma elevação de 25% na vazão do Araguaia nos anos de 1990, em comparação com a década de 1970. A causa apontada para esta elevação é o desmatamento, que, na época, já atingia mais da metade da bacia hidrográfica.



30032015-mapa-xinguMapa da Bacia do Xingu. Rio nasce no cerrado e tem as cabeceiras bastante desmatadas. Terras Indígenas e áreas protegidas formam um mosaico que ajuda a preservar o ciclo hidrológico. Crédito: WHRC/DivulgaçãoEfeitos inversos: clima e desmatamento
Para separar os efeitos do desmatamento dos efeitos da variação climática natural, a equipe de cientistas utilizou observações de campo, dados de satélite e modelos de vegetação dinâmica para simular o balanço hídrico da Bacia do Xingu.



Os pesquisadores descobriram que até agora o desmatamento provocou mudanças relativamente pequenas, com uma diminuição sutil na evapotranspiração e um aumento no escoamento de água através do solo para o rio. O resultado foi um crescimento da vazão de 6%, relacionado diretamente ao desmatamento.



As variações climáticas ao longo deste mesmo período tiveram o efeito inverso sobre o ciclo de água: houve uma redução de 14% na vazão, devido à diminuição das chuvas.



"A gente vê só uma pequena variação (da vazão do rio), porque desmatamento e variação climática tiveram efeitos opostos", afirma Márcia Macedo. "Mas quando a gente vê só as cabeceiras, o efeito é mais dramático, porque houve mais desmatamento".


Para outro pesquisador que participou dos estudos, Michael Coe, a conclusão é que as áreas protegidas funcionam. "Ao limitar a agricultura para uma fração relativamente pequena da bacia, elas evitam grandes mudanças no ciclo hidrológico", destaca Coe.



 "Outras bacias hidrográficas que não foram tão bem protegidas já estão sofrendo as consequências. Isto é extremamente importante para os povos indígenas do Xingu, para a biodiversidade, e para a eventual geração de energia pela hidrelétrica do Belo Monte em Altamira".


A retórica retrógrada do secretário de recursos hídricos de SP


Maurício Tuffani

Ciência, cultura, ensino superior e ambiente


Perfil Maurício Tuffani é jornalista especializado em ciência, educação e meio ambiente


A retórica retrógrada do secretário de recursos hídricos de SP

Por Maurício Tuffani
30/03/15 10:27
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O secretário estadual de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, em entrevista em seu gabinete. Imagem: Karime Xavier/Folhapress
O secretário estadual de Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, em entrevista em seu gabinete. Imagem: Karime Xavier/Folhapress



Se há algo de que a atual crise hídrica no Brasil e especialmente em São Paulo não precisa é de declarações retrógradas, inconsequentes e até deseducativas de autoridades públicas. Em sua entrevista nesta segunda-feira (30.mar) à Folha, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, poderia ter se limitado a alegar que a urgência de obras para captação de água teria justificado ao governo paulista atenuar exigências de licenciamento ambiental.


No entanto, em vez de fazer um relato objetivo sobre uma decisão entre, de um lado, normas ambientais, e, de outro, uma urgência que envolve aspectos sociais, econômicos e até de saúde pública, o secretário não resistiu a apelar para o clichê desgastado, deseducativo e ultrapassado de desqualificar um dos lados dessa balança.


Essa retórica retrógrada reduz os preceitos de conservação de recursos naturais a meras formalidades a serem contempladas ou simplesmente contornadas, se houver situações de emergência.


Oposição
Segue o trecho da entrevista, com a pergunta da reportagem e a desastrada resposta do secretário.
Pela urgência das obras, a questão ambiental não está sendo atropelada?
Nós temos uma situação em que, se fossem seguidos os ritos tradicionais do setor ambiental, nós não teríamos condições de prover essa água à população em julho. Então, a questão é uma escolha. O que vocês preferem: seguir o rito ambiental ou trazer água para a população?
Essa argumentação estabelece uma oposição entre dois sentidos, o de uma necessidade e o de uma formalidade. Nos extremos dessa antítese estão, de um lado, a necessidade de abastecer a população e garantir a atividade econômica, com status de fator “real e concreto”, e, de outro, as exigências ambientais. Estas, paradoxalmente são reduzidas nesse discurso a normas abstraídas não só do “aqui e agora”, mas também da natureza das coisas, inclusive do próprio meio biofísico. Ou seja, o ambiente passa a ser uma abstração.



Tradição
Eu não perderia tempo com análise de discurso se o assunto se limitasse a uma declaração isolada e infeliz de uma autoridade pública. O problema é que existe toda uma lamentável tradição brasileira de desprezo por fatores ambientais e que felizmente parece estar cada vez mais em decadência na formação, na pesquisa e na prática da engenharia.



Na área de recursos hídricos, essa mentalidade predatória em projetos foi enfaticamente destacada nas últimas décadas por muitos especialistas, principalmente pelo geólogo Aldo da Cunha Rebouças (1937-2011),  professor da USP. Ele freqüentemente chamava os projetos predatórios de obras predatórias de “soluções de engenharia”, caracterizando a falta de prioridade das grandes empreiteiras para as necessidades sociais, ambientais e do interesse público em geral.



Esse desprezo pela preservação ambiental sobrevive em muitos dos grandes projetos de obras, apesar dos avanços na pesquisa e no ensino da engenharia, que adquiriram uma grande articulação interdisciplinar com diversas outras áreas do conhecimento, nos termos das diretrizes do desenvolvimento sustentável, estabelecidas pelas Nações Unidas.



Chantagem
A persistência dessa mentalidade ultrapassada tem culminado em análises de impacto ambiental que impõem uma escolha entre extremos. Muitas vezes, já com o adiantado da hora da necessidade de fornecer água, energia ou transporte, a decisão política e administrativa é constrangida a uma opção entre uma proposta de obra predatória, mas com viabilidade econômica e social, e alternativas menos impactantes, mas que pouco atendem à necessidade de desenvolvimento.



E é em situações como essas que surge a retórica que estabelece a chantagem entre a necessidade da economia e da sociedade versus a exigência ambiental, caracterizada como supérflua.


Um dos mais deploráveis exemplos isso foi a alegação do então presidente Lula, em 2007, de que caíra em seu colo a decisão de escolher entre as obras das usinas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, e a preservação de algumas espécies de bagres. Agora vemos o apelo desnecessário a esse discurso por parte do secretário estadual paulista de Recursos Hídricos.



Mau exemplo
O Estado de São Paulo conseguiu grandes avanços não só no ensino, na pesquisa e na própria atividade profissional da engenharia no plano da conservação ambiental, mas também na estruturação e na capacitação técnica de seus órgãos governamentais para proceder à fiscalização e ao licenciamento ambiental.



São Paulo pode avançar como bom exemplo, ainda que no Estado possam ser apontados exemplos casos de projetos de obras que ainda acabam encurralando o poder público nos extremos entre o desenvolvimento predatório a qualquer custo e a preservação ambiental.



Ao apelar desnecessariamente para essa retórica ultrapassada, chantagista, deseducativa e anacrônica, São Paulo não só escreve mas um capítulo nada edificante de sua atuação na atual crise dos recursos hídricos, mas mostra também que ainda tem muito a depurar.

Comentário


Obras NÃO fabricam água!



Quanto tempo vai demorar até que gestores públicos incompetentes aprendam isso? E que a população cobrem deles pelas consequências do que fizeram? Os serviços ambientais das matas ciliares e na áreas de nascentes e de recarga de aquíferos são MUITO mais importantes, eficientes e baratas do que qualquer obra.



Os cientistas estão esperneando e avisando que vai faltar água em SP há mais de 10 anos. Os gestores incompetentes se fizeram de surdos, mesmo quando os sinais estavam claríssimos.



Agora alegam emergência (que coincidência que em situações como esta se dispensam as licitações nas OBRAS) e dizem que as obrigatórias LICENÇAS AMBIENTAIS são um estorvo e que serão a causa da falta de água para a população.



A falta de água NÃO é culpa de São Pedro, nem dos ambientalistas, nem da população, nem dos cientistas, nem das mudanças climáticas, nem dos agricultores. 
É 100% CULPA DE GESTORES PÚBLICOS INCOMPETENTES.



O cinismo da afirmação da entrevista abaixo é INACEITÁVEL!

Anonimo

Cristianismo, Patriotismo e Nacionalismo - Homenagem à Revolução de 31 de março de 1964


terça-feira, 31 de março de 2015


Neste dia 31 de Março, celebramos mais um aniversário do Movimento Redentor, do Levante Libertador, do Alçamento Nacional, enfim, da augusta Revolução – e Revolução tanto no sentido de resistência a um governo ilegítimo, contrário ao Bem Comum, quanto nos sentidos de Renovação e de Restauração da Ordem, ou, como diria Plínio Salgado, de retorno ao “equilíbrio perdido” , e, claro, jamais no sentido moderno de antiTradição – que, por Deus, pela Pátria e pela Família, unindo o Povo Brasileiro e as Forças Armadas num só ideal e como um só homem, salvou a Terra de Santa Cruz e, com ela, todas as Américas, e, por conseguinte, todo o Mundo, da praga comunista, do câncer vermelho que tantos males espalhou pelo Orbe Terrestre. Isto porque o triunfo daquela Revolução – comparável, em relevância, às vitórias da Polônia sobre o Exército Vermelho da Rússia Soviética, em 1920, na Batalha de Varsóvia, e da Espanha tradicional e autêntica contra as hordas da antiEspanha, ao final da Cruzada, ou segunda Reconquista, de 1936-39, iniciada pelo Alzamiento de 18 de Julho de 1936 – impediu que os sicários de Moscou, Pequim e Havana controlassem o nosso Brasil, País que, por sua importância e posição geopolítica, era, assim com ainda é, a chave para o controle das Américas, cujo domínio faria dos comunistas os vencedores da denominada “Guerra Fria”.
 

Estão livres para discordar de nós aqueles que afirmam que em 31 de Março de 1964 não tivemos uma Revolução, mas sim uma Contrarrevolução, mas tais indivíduos não podem nos acusar de revolucionários no sentido moderno e antitradicional do termo e devem ter em conta que a absoluta maioria daqueles que fizeram o Movimento de 64 o consideraram uma Revolução e que este termo não significa apenas o processo de desconstrução da Ordem Tradicional ou um movimento no sentido de substituir tal ordem por outra fundada em quimeras, em mitos de natureza ideológica, podendo significar também um movimento de resistência a um governo injusto, isto é, contrário ao Bem Comum, e podendo, ainda, ser compreendido nos sentidos de Renovação e de Restauração, de retorno à Tradição, à Ordem Tradicional, donde observar José Pedro Galvão de Sousa que “o revolucionário nem sempre se opõe ao tradicional”.


É este último sentido, aliás, o mais rigoroso do termo, pois, como ressalta Plínio Salgado, a palavra Revolução, como sua etimologia indica, tem o significado de retorno, querendo o prefixo “re” dizer voltar, volver a algo. Daí observar João Ameal que, ao sair da conferência A aliança do sim e do não, de Plínio Salgado, se respirava “uma atmosfera que se poderia chamar, de fato, revolucionária, no sentido mais exato do termo revolução, que significava volta ao ponto de partida”, posto que nela o autor da Vida de Jesus exortara todos “a voltar ao ponto de partida, ao Senhor e Criador que está na origem de tudo e a quem devemos regressar com humilde e incondicional adesão se queremos merecer que nos ensine o Caminho, a Verdade e a Vida”.




Quanto à data da Revolução é ela mesmo o 31 de Março de 1964, quando partiu de Minas Gerais, com suas tropas, em direção ao Rio de Janeiro, o General Olímpio Mourão Filho, patriota e nacionalista exemplar, Herói Nacional na plena acepção do termo, que, na década de 1930, fora Chefe do Estado-Maior da Milícia Integralista e escrevera o livro Do liberalismo ao Integralismo. Com efeito, aqueles que alegam que a Revolução deveria ser chamada de Revolução de 1º de Abril por haver triunfado em tal dia deveriam se dedicar mais ao estudo da História, uma vez que todos os movimentos revolucionários são conhecidos pela data de seu início e não por aquela de seu término ou vitória.

 
No dia 19 de Março de 1964, foi realizada, nas ruas de São Paulo, a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, que reuniu meio milhão de pessoas de todas as categorias sociais, unidas contra um desgoverno demagógico, corrupto e irresponsável que arrastava o nosso Brasil para rumos contrários à sua Tradição e à sua Vocação e que estava plenamente comprometido com os elementos que desejavam, na expressão de Plínio Salgado, “extinguir em nossa Nação as liberdades públicas e privadas, abalar as instituições democráticas e nossas tradições cristãs” . Tal manifestação, a maior até então realizada na Capital Bandeirante, expressou, conforme sublinha a Revista Hora Presente, o clamor popular contra o desgoverno que infelicitava a Nação, enquanto a arrancada das tropas do General Mourão Filho, aos trinta e um dias daquele mês, não foi senão “o despertar das Forças Armadas, vindicando o seu pundonor, atendendo ao apelo da vox populi e desembainhando a espada” no intuito de dar um definitivo “basta” às tropelias que vinham sendo praticadas por aqueles que detinham o poder civil e iam conduzindo o País rumo ao caos. 

 
Assim, como salienta o Professor Alfredo Buzaid, Ministro da Justiça no Governo do General Emílio Garrastazu Médici, em alocução proferida no dia 1º de abril de 1970, na Semana Comemorativa do Sexto Aniversário da Revolução de 31 de Março de 1964, intitulada Rumos políticos da Revolução Brasileira e transmitida por toda a rede de televisão e rádio, “a Revolução não nasceu de uma quartelada”, havendo sido “um brado de independência do povo e das Forças Armadas, que se identificaram num ideal comum”. “O povo”, prossegue o ilustre jurista e pensador patrício, “saiu à rua em marchas eloquentes por Deus, pela Pátria e pela Família”, e “as Forças Armadas, cuja política de segurança fora preparada pela Escola Superior de Guerra, puseram abaixo um Governo sem moral, sem dignidade e sem decoro”, anunciando “a vitória da Revolução” uma autêntica “aurora de paz e de confiança”

 
Concordamos plenamente com o Professor Alfredo Buzaid, quando este observa que “a Revolução de 31 de Março é uma revolução no sentido verdadeiro da palavra, porque traz uma mensagem de renovação” , e salientamos que, no sentir do Povo e de muitos dos militares que a fizeram, cansados da farsa liberal-democrática que, aliás, a tornara necessária para sanear a vida política nacional, a Revolução Redentora de 31 de Março de 1964 foi uma Revolução Democrática no sentido Integral e Orgânico do termo, constituindo, no dizer do Professor Buzaid, “uma nova atitude do homem em face dos problemas fundamentais da Pátria” e preconizando uma “Democracia Real” que contivesse o “Estado de Direito” mas o superasse por tender a se constituir em “Estado de Justiça, que organizará a produção, manterá a ordem, realizará o equilíbrio dos interesses e assegurará a liberdade” . 


Infelizmente, porém, sobretudo depois do final do Governo Médici, maior estadista do Brasil republicano, a Revolução foi desviada deste sentido em direção ao sentido da velha e mofada liberal-democracia, inautêntica e inorgânica, alicerçada, conforme demonstra Goffredo Telles Junior, em “frases feitas”, “‘chavões’”, “slogans”, “ficções” constituídas em “tabus”, não sendo nada além de um conjunto de “mitos”, “quimeras” [9], que, como faz ver Gerardo Dantas Barreto, mata a Democracia Autêntica [10].

 
Neste sentido, podemos fazer nossas as palavras do Manifesto à Nação, lançado a 25 de agosto de 1968, na tradicional cidade paulista de Jaú, pela Confederação de Centros Culturais da Juventude, quando este, havendo salientado a importância da Revolução de 1964, a que denomina “revolução da família brasileira”, pondera que esta trazia “um desejo de renovação, para que não se repetisse uma situação idêntica àquela propiciada pela insuficiência do próprio regime”, lamentando o fato de esta renovação não ter sido operada senão superficialmente pelos governos revolucionários, havendo, assim, se autolimitado a Revolução. 


Os governos revolucionários, até aquele momento, assim como nos anos posteriores, salvo, parcialmente, no Governo Médici, não realizaram uma transformação do Estado Nacional Brasileiro capaz de consolidar plenamente a segurança do País e de conformar os textos constitucionais às novas exigências impostas pela realidade nacional e internacional, bem como às tradições nacionais, de que nos afastamos a partir da Constituição de 1824, profundamente liberal e apriorística, e, sobretudo, da Constituição de 1891, ainda mais liberal e apriorística, se constituindo, em nosso sentir, em uma verdadeira cartilha ideológica.

 
Assim, a Revolução de 1964, a “Revolução Vitoriosa” saudada por Goffredo Telles Junior, na Nota preliminar de sua obra A Democracia e o Brasil, cujo subtítulo é Uma doutrina para a Revolução de Março, como “a sublevação do Brasil autêntico, em consonância com os mais profundos anseios da Nação”, lamentavelmente, não deu ouvidos à advertência do jurista e pensador patrício, quando este afirma que, “no Brasil Novo, o que cumpre é não retornar às obsoletas, enganosas e nefastas fórmulas constitucionais, que iam levando o nosso País à desgraça” e que “se tais fórmulas forem mantidas, voltaremos, inevitavelmente, à sinistra situação em que nos achávamos, antes da Revolução” [12].


Isto, porém, não nos impede de reconhecer os méritos dos governos revolucionários, os quais, por exemplo, deram ao Brasil uma Constituição jurídico-política que se, por um lado, estava longe de ser a Constituição realista e plenamente de acordo com a Tradição Histórica Brasileira de que necessitamos, foi, por outro, bem menos utópica e contrária a esta Tradição do que a Constituição que a precedeu e do que aquela que a ela se seguiu. Isto para não mencionar diplomas legais da importância do Estatuto da Terra, de 1964, do Código Tributário Nacional, de 1966, e do Código de Processo Civil, de 1973, também denominado Código Buzaid, e que, já bastante mutilado pelos “nossos” congressistas, deve ser em breve substituído por um Código muitíssimo inferior em todos os sentidos. 



Já no campo econômico, os governos revolucionários, de acordo com o artigo 160 da Constituição de 1967, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 1, de 1969, segundo o qual a ordem sócio-econômica tem por fim realizar o Desenvolvimento Nacional e a Justiça Social, tendo como base os princípios da Liberdade de Iniciativa, da valorização do Trabalho como condição da Dignidade da Pessoa Humana, da Função Social da Propriedade, da Harmonia e Solidariedade entre as categorias sociais de produção, da repressão aos abusos do poder econômico e da expansão das oportunidades de emprego produtivo, em nítida contraposição ao liberalismo econômico e graças à colaboração entre o Estado e a iniciativa privada, transformaram o Brasil, em pouco tempo, na oitava economia do Mundo, e criaram praticamente toda a infraestrutura de que o País dispõe hoje.

 
Poderíamos fazer referência a muitas outras realizações dos governos revolucionários, mas, como o tempo e o espaço nos são escassos, apenas lembraremos a grande derrota por eles infligida ao terrorismo e a guerrilha, cujo objetivo era transformar o Brasil numa ditadura comunista, embora lamentemos o fato de terem eles deixado os marxistas e os inocentes úteis a serviço destes dominarem a imprensa, as escolas e as universidades do País, realizando a nefasta “revolução cultural”, de inspiração gramsciana, cujos nefastos frutos colhemos hoje.

 
Fechemos este artigo. Louvemos a Revolução de 31 de Março de 1964, merecedora de nosso incondicional apoio, e reconheçamos os méritos dos governos que se proclamaram seus continuadores, embora reconhecendo igualmente os não poucos erros destes. E lutemos por uma Revolução muito maior, que efetivamente transforme o Estado Nacional Brasileiro, consolide a segurança do País, conforme toda a Ordem Jurídica Positiva às novas exigências impostas pela realidade nacional e internacional, bem como, é claro, às tradições nacionais e aos princípios do Direito Natural, e que implante, no Brasil, um regime em que o Povo seja efetivamente representado, isto é, uma Democracia Orgânica, ou Democracia Integral, que realize um autêntico Estado Ético de Justiça, ético não por ser a própria encarnação da Ética, mas sim por ser inspirado na Ética, que lhe é anterior e superior, e movido por um ideal ético, e de Justiça não por ser o criador da Justiça, que igualmente lhe é precedente e superior, mas por se pautar nas regras da Justiça e se mover por um ideal de Justiça.

 
Pelo Bem do Brasil!
            Victor Emanuel Vilela Barbuy, Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira.
            São Paulo do Campo de Piratininga - LXXIX.
            Transcrito do Blog Cristianismo, Patriotismo e Nacionalismo


Comentário


Ditadura Militar:Época em que não havia liberdade de pensamento, liberdade de expressão,liberdade de ideologia.A repressão era profunda.As perseguições numerosas, por motivos insignificantes. Pessoas perdiam os cargos se tivessem visitado, mesmo como turistas, a União Soviética, por exemplo.

Por outro lado, não havia tanta corrupção.Não havia kit gay, não se fazia apologia do homossexualismo, não havia doutrinação política nas escolas.Não havia MST, tantas invasões, tanta criminalidade, vitimização dos drogados e dos criminosos e o ensino era de qualidade.Não havia inversão de valores e a família tradicional era respeitada.

Escolham.

Sabem o que somos?Um populacho inerme, pagando as altas contas da corrupção do Governo e nada mais do que isto.Somos apenas a parte da pilhagem que permite aos escabrosos políticos se locupletar, mergulhados no poder e acima de qualquer lei. Somos o País mais corrupto do universo, para quem gosta , é um grande destaque


segunda-feira, 30 de março de 2015

O AGONIZANTE PT?

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira


Seria bom se você verdade.Os últimos contratempos enfrentados pelo PT transmitem aos nacionais crédulos, de que a canalha convulsiona. Ledo engano.  Enfraquecido, perdeu apenas uma modesta parte de sua capacidade de cooptar gregos e troianos. Assim, o partido passa por dificuldades, mas de forma alguma, está perto de seu funeral. 
 
Para alguns nacionais, a atual oposição surge para confrontar a quadrilha que há décadas corrompe e desmoraliza a nação. Repito. Ledo engano. Não existe uma oposição. Existe de fato uma luta pelo poder, mas não pelo Brasil do futuro.  Partidos antes integralmente cooptados, atualmente assumiram a ambição de aumentar o seu poder e oferecem alguma reação ao domínio total.

Lastimavelmente, o embate fajuto e passageiro a que assistimos não é pela recuperação de nossa Pátria. A refrega é tão somente para que partidos como o PMDB, retirem do PT o seu poder total, e eles assumam uma maior fatia do butim. Assistimos aos sobressaltos atuais entre o Executivo e o Congresso, este sob a meia liderança do PMDB, e alguns julgam que estamos diante de uma verdadeira oposição aos descalabros do Petismo.   Reiterando. Ledo engano.
Inicialmente, entendemos que as meras picuinhas serão de curta duração, além de termos a convicção de que o PMDB pouco se diferencia do Petismo. Os atuais atritos são circunstanciais e facilmente contornáveis, mediante a troca de favores, e as duas partes são useiras e vezeiras em costurar conchavos.
Portanto, afirmamos que não existe qualquer oposição ao domínio petista, apenas o desejo de outro partido, de receber uma melhor parte do saque.  Conhecemos os personagens que lideram as posições do PMDB, o escorregadio Renan e o abominável Cunha, lapidares patifes que na atualidade ocupam posições na escabrosa política nacional, e que decidiram azucrinar a paciência do Executivo petista.
Podemos constatar que não estamos diante de algo que se proponha a mudar os rumos caóticos determinados pelo lulo-petismo, e somos apenas os submissos assistentes que presenciam ao entrechoque de canalhas.  Um e o outro arreganham os dentes, mas não se mordem, pois sabem que o seu interesse é manter o populacho inerme, pagando as suas altas contas e nada mais do que isto.
O melífluo debate, desta forma, desvia a opinião pública dos terríveis malefícios do petrolão e de muitas outras patifarias que mergulham esta nação num poço fedorento de corrupção.  Somos apenas a parte da pilhagem que permite aos escabrosos políticos se locupletar, mergulhados no poder e acima de qualquer lei. A caricatura da pantomima é acompanhada de palavrório ácido entre os embromadores que alardeiam o seu interesse pelo ESTADO NACIONAL; contudo, estamos na maior bancarrota, fracassados em todos os empreendimentos que deveriam enriquecer e engrandecer uma nação.
Brasileiros, como regredimos!  Nas últimas décadas fomos agraciados com uma malta de canalhas que, no momento, ansiando por dominar a nossa pobre gente e explorar esta terra à exaustão, brigam entre si. Envelhecemos, perdemos espaço no cenário internacional, a nossa infraestrutura deteriorou-se, a nossa educação regrediu, a nossa saúde pública definhou, a nossa justiça é parcial, a nossa democracia é manipulada, temos até um “exercito”, o de Stédile, portanto, solicitamos que alguém aponte qualquer coisa, área, ou fato em que tenhamos uma ponta de orgulho.
Somos o País mais corrupto do universo, para quem gosta , é um grande destaque.
Que Deus tenha piedade de nós...

BLOG PRONTIDÃO TOTAL

Lula entrega a cabeça de Vaccari. Como fez com Zé Dirceu, Delúbio, Genoino. E fará com Dilma Rousseff.

Lula não é um homem. É um rato. Hoje entregou a cabeça de João Vaccari Neto, o Mocha, o tesoureiro que sustentou todas as campanhas do PT desde os descalabros da Bancoop, que roubou a casa própria de milhares de companheiros. Lula repete com Vaccari o que fez com José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino e tantos outros. É o que fará com Dilma Rousseff, quando o bicho pegar. Aguardem.
Da Folha:
 
 
Segundo a Folha apurou, Lula defende o afastamento imediato de Vaccari e tem dito a aliados que, se permanecer no cargo, o tesoureiro não consegue nem se defender nem ajudar o partido. Após uma reunião com Lula pela manhã, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) defendeu que o partido afaste Vaccari do cargo preventivamente caso ele não o faça de maneira voluntária. 
 
 
 
O presidente do PT, no entanto, ponderou que só pode deliberar sobre o que chega oficialmente ao partido e que, até agora, Tarso Genro não fez qualquer encaminhamento formal sobre o caso de Vaccari. 
 
 
 
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Sem fechar balanço e sem saber quanto os governos petistas desviaram no Petrolão, diretores da Petrobras querem 13% de aumento nos salários.

Uma vergonha! Como sabe que não haverá lucro, diretoria quer aumentar as vantagens fixas, reduzindo os ganhos variáveis da remuneraão. A falta de ética e de espírito público beira à criminalidade dentro da estatal.
 
 
 
(Folha) Em meio à maior crise de sua história, a Petrobras pede aos acionistas que aprovem, na assembleia do próximo dia 29, um teto de remuneração 13% acima do que foi pago em 2014 para executivos que dirigem a empresa, considerando a média por executivo. Além disso, num momento de resultados financeiros em risco, quer aumentar a proporção de salário fixo e reduzir a de remuneração variável, atrelada a resultados. 
 
 
O teto médio fixo proposto, considerando os oito atuais diretores, é R$ 1,6 milhão para cada um por ano, 22,7% acima do R$ 1,3 milhão pago em 2014 e 9% acima do teto pedido no ano passado. Dividido por 12 meses mais o 13º salário, o valor de 2015 equivale a um salário médio mensal de R$ 123 mil. Em bônus por desempenho, a proposta é zero. Em participação nos resultados, é pagar, em média, R$ 92 mil a cada um dos oito diretores, 64% abaixo de 2014. As informações constam do manual para participação de acionistas na assembleia. 
 
 
"PREVENTIVO"
A Petrobras afirma que a proposta de 2015 contempla inflação de 8,09% prevista pelo BC para este ano. Em 2014, a inflação oficial, medida pelo IPCA, foi de 6,41%. Também seriam incluídos itens não previstos, como passagens aéreas e auxílio-moradia. A estatal diz, ainda, que reduziu as remunerações variáveis "preventivamente", diante das incertezas do resultado de 2014. 
 
 
A proposta de reajuste acontece em um dos piores momentos da história da estatal: desde a Operação Lava Jato, que investiga corrupção na companhia, até resultados financeiros em declínio. Entre janeiro e setembro de 2014, a Petrobras lucrou R$ 13,4 bilhões, 22% menos que em igual período de 2013. A produção cresceu 3%, e a geração de caixa, afetada pela defasagem do preço dos combustíveis que vigorou até outubro, caiu 11%. 
 
A dívida da empresa era de R$ 332 bilhões em setembro de 2014, ante R$ 268 bilhões no fim de 2013, alta de 24%. As ações das empresas, por sua vez, vêm caindo há cinco anos e afundaram 41% em 2014, a maior queda desde 2008, no auge da crise global. 
 
REAJUSTE EM 2014
De 2013 para 2014, a Petrobras aumentou em 18% a remuneração total paga aos sete executivos que dirigiam a empresa. O salário fixo (incluindo férias e 13º) de todos os diretores foi 10,7% maior. Na média, a então presidente Graça Foster e cada um dos seis diretores fizeram jus a R$ 2,2 milhões em 2014, ante R$ 1,87 milhões em 2013. Graça e cinco deles deixaram a empresa há dois meses. 
 
 
O maior incremento na remuneração veio da participação nos resultados: entre 2013 e 2014, o valor pago aos diretores foi multiplicado por três (R$ 256 mil por executivo). Um conselheiro da Petrobras, que pediu anonimato, disse que valores relativos a desempenho (bônus e participação nos resultados) pagos em 2014 referem-se aos resultados de 2013. Naquele ano, o lucro aumentou 11%. Os valores de 2014 obedeceram aos tetos aprovados na assembleia de acionistas de abril do ano passado, antes dos principais desdobramentos da Operação Lava Jato. 
 
 
3 comentários

Os remédios que já são caríssimos, vão ficar ainda mais caros.Essa é a forma do PT ajudar os pobres!


terça-feira, 31 de março de 2015

Dilma autoriza inflação cheia de 7,7% para aumento do preço de remédios.

 


(G1) Os remédios poderão ficar mais caros a partir desta terça-feira (31) em todo o país. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED) fixou em até 7,7% o ajuste máximo permitido este ano aos fabricantes na definição do preço dos medicamentos. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União" desta terça-feira. A regulação é válida para um universo de mais de 9.000 medicamentos e os ajustes são autorizados em três níveis, conforme o perfil de concorrência dos produtos.

O nível 1, que tem o maior percentual de reajuste, inclui remédios como omeprazol (gastrite e úlcera); amoxicilina (antibiótico para infecções urinárias e respiratórias). No nível 2, cujo percentual é de 6,35%, estão, por exemplo, lidocaína (anestésico local) e nistatina (antifúngico). No nível 3, que tem o menor índice de aumento, 5%, ficarão mais caros medicamentos como ritalina (tratamento do déficit de atenção e hiperatividade) e stelara (psoríase).

A autorização para reajuste leva em consideração três faixas de medicamento, com mais ou menos participações de genéricos. O reajuste segue a lógica de que nas categorias com mais genéricos a concorrência é maior e, portanto, o reajuste autorizado pode ser maior.
O ajuste de preços considera a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e que ficou em 7,7%. Em 2014, o reajuste máximo autorizado foi de 5,68%.

"Antes que seja tarde", por João Dória Jr.


Folha de São Paulo



O Brasil que foi às ruas em 15 de março para protestar contra Dilma Rousseff, a corrupção e o PT é bem diferente daquele que se mobilizou em 16 de abril de 1984, quando mais de um milhão e meio de pessoas se juntaram, no Anhangabaú, em São Paulo, na esteira do movimento em prol das Diretas-Já.

Naquele ciclo, a luta cívica tinha como alvo a defesa das liberdades e a escolha, pelo povo, do seu mandatário. Hoje, esses direitos se consagram na nossa Constituição.

Também difere do país que, em 20 de junho de 2013, registrou mais de 1,5 milhão de pessoas nas ruas, protestando contra as taxas dos transportes públicos e serviços precários nas áreas de saúde, educação e segurança, entre outros temas.


Se alguma semelhança com o passado pode ser enxergada, é com o memorável movimento "Fora, Collor", que culminou com o impeachment de Fernando Collor em 29 de setembro de 1992.

Como naqueles idos, o clamor recente dos 2 milhões de brasileiros que acorreram às ruas pede o afastamento da primeira mandatária. Ocorre que não há, até o momento, arcabouço técnico-jurídico suficiente para respaldar um pedido de impeachment da chefe da nação, apesar de pareceres de eminentes juristas acatando essa tese.

Essa, porém, é uma discussão para o direito. O fato é que o Brasil pós 15 de março abriu um novo marco em sua vida institucional. A partir da constatação de que sua democracia participativa ganha solidez com a entrada em cena de um cidadão com apurada conscientização política e sob a crença de que as mobilizações, ao contrário do passado, incorporam-se definitivamente à paisagem urbana.

É interessante observar que tais avanços ocorrem quando a vida político-institucional passa a ser banhada por um gigantesco lamaçal, no momento em que o país vivencia os mais escandalosos eventos da contemporaneidade. Quais as razões para essa aparente dicotomia, com a sociedade, de um lado, e a esfera política, do outro?

Vejamos. Lula assumiu, em 2003, como o salvador da pátria. Ancorou seu governo em ampla plataforma social, abrindo canais da articulação política, atendendo às demandas dos partidos da base, no balcão de apoios e recompensas, usando o instinto político para administrar conflitos com os outros Poderes.

A crise do sistema financeiro internacional, em 2008, levara o mundo a desempregar milhões de trabalhadores, mas o Brasil, vencendo as intempéries, gerava 12 milhões de empregos formais. Com o título de sétima economia, renda per capita triplicada e desigualdade caindo, a quarta democracia mais populosa do mundo, depois da Índia, EUA e Indonésia, parecia uma ilha de segurança no oceano borrascoso.

Mas a esperança de longa jornada desenvolvimentista arrefeceu na era Dilma, arrastada pelo modo de governar petista, ancorado no populismo, aparelhamento do Estado, desorganização das contas públicas, improvisação nas frentes de obras, entre outros, e a par do discurso separatista, "nós e eles".

A política econômica do lulopetismo se exauriu. Confirmando-se a projeção que se faz para este ano (de -0,5% de queda do PIB, podendo chegar a -3%), viveremos a maior retração em 25 anos. É o sinal da falência total do modelo.

A presidente da República se isolou da esfera política, administrando o país sem ouvir a sociedade. A Petrobras, rebaixada no grau de investimento no mês passado, deixou de ser símbolo de orgulho. A corrupção, como metástase, propaga-se e a sociedade clama por uma cirurgia rápida. Antes que seja tarde.


JOÃO DORIA JR., 57, empresário e jornalista, é fundador e presidente do Lide - Grupo de Líderes Empresariais

Que vergonha, gente!!!!Enquanto o povo passa fome e enfrenta o desconforto do péssimo transporte público, os deputados exigem "mais conforto" em seus luxuosos gabinetes.

O shopping dos deputados", por Bernardo Mello Franco

Folha de São Paulo



Cafés, lojas, agências bancárias, praça de alimentação, estacionamento subterrâneo com mais de 4.000 vagas. Parece o projeto de um novo shopping center, mas não é. Tudo isso está prestes a ser construído pela Câmara, em Brasília, ao custo estimado de R$ 1 bilhão.

O chamado shopping dos deputados foi promessa de campanha do presidente Eduardo Cunha. Faz parte de um plano que inclui a reforma de um anexo e a construção de três novos edifícios. O mais alto terá dez andares na superfície e três no subsolo.


A justificativa oficial é de que os deputados, que têm dois meses de férias e passam a maior parte da semana longe da capital, andam sem espaço para trabalhar. Por isso, todos terão direito a trocar os gabinetes atuais, com área média de 40 m², por salas mais confortáveis, com 60 m².

Cunha também parece insatisfeito com o plenário da Câmara, onde os presidentes da República tomam posse e Ulysses Guimarães promulgou a Constituição. Seu projeto inclui a construção de um "plenário alternativo" com 700 lugares. Como a Casa só dispõe de 513 deputados, é possível que o passo seguinte seja uma emenda para ampliar o número de Excelências na próxima eleição.

O presidente da Câmara já declarou que "ninguém vai fazer shopping com dinheiro público". No entanto, o jornal oficial da Casa reconheceu ontem que o modelo de parceria público-privada só deve cobrir "parte do custo do investimento".

O edital para as obras foi lançado na última sexta, um mês depois de Cunha autorizar os colegas a usar verba pública para emitir passagens aéreas para suas mulheres. Nesse caso, a repercussão negativa forçou o peemedebista a voltar atrás.

Há opções mais baratas para aumentar o conforto dos gabinetes. Se quiser economizar o dinheiro alheio, Cunha pode começar despejando a presidência e a fundação de seu partido, o PMDB. A sigla paga aluguéis irrisórios para manter suas sedes em área pública, nos prédios da Câmara.


Conheça os traidores do Brasil, gente que critica aqueles que lutam contra a corrupção.Pode???Por ignorância, ingenuidade ou será que foram devidamente comprados?

Náufragos do socialismo e chapas-brancas do lulopetismo, professores de jornalismo lançam vergonhoso documento atacando a imprensa e as manifestações contra a corrupção.

Professores de jornalismo e algumas associações dessa "categoria profissional" assinam ardiloso documento em que defendem um "jornalismo plural" e, pasmem, a democracia - como se esta corresse perigo devido à cobertura da imprensa às gigantescas manifestações contra a corrupção nos governos petistas. Pretensioso, o manifesto reconhece o direito às manifestações, mas - sempre um mas - faz objeções à cobertura noticiosa e, seguindo à risca a pauta oficial dos petistas, insinua que as manifestações - absolutamente pacíficas, como se viu em São Paulo - pregam o ódio e incitam à violência (ver trechos em negrito). 


Criticar Dilma, ao que parece, é um ataque à democracia. Quanto à "mídia", os professores veem nela o favorecimento intencional de uma "visão negativa dos governos petistas", blindando os "governos anteriores". 


Chegam mesmo a afirmar que o noticiário da imprensa conduz "ao ódio e ao antipetismo". 


Não faltam no documento nem mesmo os preconceitos antiamericanos e antiliberais: a oposição encarnaria o "realinhamento à tendência neoliberal global e à política externa dos Estados Unidos da América"!

Sinto vergonha alheia ao ver, entre os signatários do manifesto bajulador, alguns conhecidos. Eis o texto:

Por um jornalismo plural e em defesa da democracia

"Os representantes e membros das entidades abaixo-assinados, com representação em inúmeras cidades, estados e regiões do país, seja em universidades, empresas e organizações que atuam como pesquisadores, profissionais da comunicação, estudantes e professores da área, vêm a público manifestar preocupações quanto ao atual cenário político brasileiro, particularmente ao que envolve a necessária defesa e fortalecimento da democracia. 

Temos acompanhado com atenção e preocupação os acontecimentos que marcam o desenrolar da política brasileira, com real interesse pela cobertura jornalística realizada pelos meios de comunicação (TVs, rádios, jornais, revistas e portais web). 

Apoiamos e aplaudimos toda e qualquer iniciativa de investigação contra todo e qualquer indício de corrupção, assim como nos posicionamos contrários ao ajuste fiscal ora apresentado pela presidente Dilma Rousseff, não por promover ajustes, mas porque eles seguem a velha receita de manter a salvo as grandes fortunas e impor restrições às classes que estão na base da pirâmide social, diminuindo recursos de áreas como a saúde e a educação, com reais prejuízos para o ensino e a pesquisa nas universidades brasileiras, e restringindo direitos já conquistados pela classe trabalhadora em geral. 

Na esteira dessas considerações iniciais, manifestamos nosso apoio aos recentes protestos, reconhecendo o direito que todos têm de ocupar as ruas, manifestar suas posições políticas, independentemente de colorações ideológicas. Entretanto, vimos com preocupação, e repudiamos fortemente, manifestações de incitação ao ódio e à violência; outras de viés homofóbico e racista; outras ainda de desrespeito à mulher, na figura da presidente da República, manifestações que são, todas elas, uma ameaça à democracia, à convivialidade e ao respeito, todos valores intrínsecos à sociedade brasileira. 

Um outro aspecto de preocupação das entidades e profissionais signatários deste documento diz respeito à cobertura midiática que vem sendo efetivada acerca dos episódios recentes pelos quais passa o país, especialmente a corrupção, seus consequentes processos de investigação, a realização das marchas de protesto e os acontecimentos associados a tais fenômenos. 

Reconhecemos a importância do sistema midiático como lastro essencial para a consolidação da democracia; reiteramos a necessidade da defesa de que a mídia exerça o seu direito de informar a sociedade, alicerçado na prerrogativa da apuração e da investigação.  


Entretanto, alertamos que a cobertura midiática desses acontecimentos coloca em xeque, na maioria dos casos, uma compreensão plural dos episódios, propõe uma visão unilateral dos fatos, ameaçando assim o próprio processo democrático de constituição de uma opinião pública livre, autônoma e calcada na diversidade. 

De fato, a cobertura midiática realiza-se privilegiando algumas estratégias centrais, a saber: 

- Tematização e enquadramento de acontecimentos de maneira a favorecer intencionalmente uma visão negativa dos governos petistas, com flagrante sugestão de incitação ao ódio e ao antipetismo,ao mesmo tempo em que cria uma blindagem a governos anteriores; 

- Divulgação seletiva dos fatos, priorizando “pequenas pílulas de informação”, retirando-se dos conteúdos midiáticos o enunciado próprio do processo de investigação e da consequente elaboração de uma versão plural e aprofundada dos acontecimentos, com cobertura de todas as suas nuances. 

- Cobertura exaustiva e sistemática, com ênfase negativista acerca do país, pondo a serviço desse exercício articulistas de jornais e revistas, apresentadores de rádio e âncoras de TV, que insuflam na sociedade o pessimismo, a revolta e a desqualificação do governo eleito democraticamente em 2014. 

- Cobertura tendencialmente favorável aos partidos políticos de oposição, os quais se opõem às linhas de desenvolvimento e às políticas inclusivas implementadas no País, propondo, em contrapartida, realinhamento à tendência neoliberal global e à política externa dos Estados Unidos da América. 

Em vez de informar e possibilitar ampla reflexão, a cobertura midiática vigente julga e condena a partir de informações parciais e unilaterais, prestando, assim, um desserviço real à sociedade brasileira. Com isso, coloca-se como um péssimo exemplo para os futuros jornalistas e desmente as lições perenes a serem valorizadas pelo campo jornalístico, quais sejam, a defesa intransigente da liberdade de expressão por parte dos cidadãos e da liberdade de informação jornalística por parte da mídia e dos profissionais da notícia, o que só tem sentido se for respeitado o direito dos cidadãos a informações verdadeiras, plurais, de interesse público, independentemente da linha editorial das empresas. 


Fazemos, por fim, um alerta aos empresários de mídias do país, assim como aos jornalistas empenhados nesse tipo de cobertura: vivemos num perigoso limiar, em que tradicionais grupos de mídia perdem credibilidade e audiência, em um claro divórcio com os anseios de uma sociedade que busca reagir a essa comunicação hegemônica, criando-se um campo de disputas que, longe de fortalecer os processos de comunicação, enfraquecem o exercício do jornalismo e ameaçam a própria democracia. 


É, portanto, necessário incentivar um amplo debate público, visando fortalecer o compromisso com a defesa de todas as instituições democráticas do País. E isso significa que é preciso, também, aceitar e defender os resultados de escolhas eleitorais, independentemente de concordar ou não com as prioridades políticas. O respeito à democracia pressupõe aceitar e conviver com o exercício e a expressão das diferenças. E isso é também um compromisso social dos meios de comunicação. 
Brasil, 31 de Março de 2015".


Entidades e profissionais que assinam este documento:

Associação Paraibana de Imprensa
Centro Acadêmico de Jornalismo João do Rio (CAJOR – UEPG)
Fórum Paranaense de Pós-Graduação em Comunicação
Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ)
Frente Paranaense pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (FRENTEX-PR)
Rede de Estudos e Pesquisa em Folkcomunicação (Rede Folkcom)
Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba
Sindicato dos Docentes da UEPG (Sinduepg/ANDES-SN)
TVCom PG (Associação das Entidades Usuárias do Canal Comunitário de Ponta Grossa/PR
Rafael Freire, Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba
Marcela Xavier Sitonio, presidente da Associação Paraibana de Imprensa
Joana Belarmino de Sousa, Professora de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba
Sandra Regina Moura, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFPB
Lúcia de Fátima Figueiredo, Assessora do Sindicato dos Trab. em Educação Superior da Paraíba
Maria do socorro Andrade, filiada ao sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro
Alexandre Urquiza de Sá, Professor do Instituto Federal de Educação da Paraíba
Edson Verber da Silva, Jornalista do sistema Correio de Comunicações da Paraíba
Lande Seixas, Diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba
Hebe Gonçalves, Universidade Estadual de Ponta Grossa
Edson Spenthof, Universidade Federal de Goiás
Elson Faxina, Universidade Federal do Paraná
Paula Melani Rocha, Universidade Estadual de Ponta Grossa
Francisco José Castilhos Karam, Universidade Federal de Santa Catarina
Luiz Gonzaga Motta, Universidade Federal de Santa Catarina
Graça Caldas, Labjor/IEL/Unicamp
João Batista de Abreu, Universidade Federal Fluminense (IACS/UFF)
Osni Tadeu Dias, Coordenador do Curso de Jornalismo FAAT (SP)
Angela Farah
Maria Luiza Franco Busse, Rio de Janeiro
Alfredo Vizeu, Universidade Federal de Pernambuco
Sérgio Luiz Gadini, coord. Mestrado em Jornalismo da UEPG
Mirna Tonus, Universidade Federal de Uberlândia
Marcelo Bronosky, vice-presidente FNPJ

Empresários corruptos, os queridinhos do Governo.Quanto mais corrupto mais queridinho é.Ótimo exemplo, PT!

Por dentro da caixa-preta da Receita Federal

A Receita Federal, que ameaça e persegue os assalariados, tem sido generosa com empresários corruptos. Segundo editorial do jornal O Globo, a corrupção ocorre devido, justamente, à obesidade do Estado:


Países com Estados obesos, muito presentes na economia, de estratosféricos custos de manutenção, e, portanto, insaciáveis coletores de impostos, tendem a apresentar elevados índices de corrupção. Pois, quanto maior a ingerência da burocracia estatal na vida da sociedade, seja de forma direta, pela administração central, ou indireta, por meio de companhias públicas, mais amplas são as possibilidades de o dinheiro do contribuinte ser surrupiado. Afinal, enorme poder fica concentrado em um pequeno grupo de servidores, de carreira ou não, sempre a salvo de controles independentes.

Por uma coincidência pedagógica, o Brasil dos dias que correm apresenta exemplos bem-acabados de assaltos ao Erário. No petrolão, desviam-se recursos do Tesouro por um esquema montado na Petrobras, com fins pecuniários privados e para lubrificar finanças partidárias (PT,PP, PMDB) e de políticos. E acaba de surgir, também de uma operação da Polícia Federal — Zelotes, uma espécie de Lava-Jato —, um outro esquema, este construído nada menos do que no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), instância em que são julgados pedidos de suspensão de multas e outras penalidades lavradas por fiscais da Receita Federal junto a contribuintes.

Segundo investigações da PF, a anulação em todo ou em parte de débitos para com a Receita de grandes grupos empresariais seria conseguida em troca de propinas que variariam entre 1% e 10% do valor das dívidas, geralmente muito elevadas. Num país de carga tributária pesada, como o Brasil, o Erário é um espaço aberto a corruptos e corruptores.

Da lista de prováveis beneficiários do esquema constam os bancos Bradesco, Safra, Pactual e Boston; no setor de alimentação, a BR Foods; no automobilístico, Ford e Mitsubishi; no de comunicações, o grupo RBS; a Light, na distribuição de energia, a empreiteira Camargo Corrêa, e até a estatal Petrobras, além de, no siderúrgico, o Gerdau. Encontram-se sob escrutínio R$ 19 bilhões, correspondentes a penalidades existentes em 70 processos que podem ter sido “negociados” pelo esquema.

A Petrobras, devido às suas raízes de empresa monopolista, sempre teve a tendência de se fechar em si mesma, mesmo sendo uma companhia de capital em bolsa. Já a caixa-preta da Receita, esta é fechada de forma ainda mais hermética.

O importante direito do cidadão ao sigilo tributária costuma ser usado como escudo quando se cobra transparência à Receita. Mas a Operação Zelotes mostra que há mesmo déficit de luz do sol nas entranhas da principal repartição de coleta de impostos no Brasil.

Pouco ou nada se sabe sobre os conselheiros do Carf e o próprio órgão: como são escolhidos os conselheiros, quantos processos tramitam no órgão, quanto em multas é perdoado ou não etc. São informações que não implicam a quebra de sigilos. Sonegá-las facilita golpes como o que se encontra sob investigação.