quinta-feira, 16 de abril de 2015

8 mil litros de óleo vegetal vazam no mar de Fortaleza

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((o))eco - 15/04/15



Um líquido amarelo forte colore o mar de Fortaleza. O efeito vem do derramamento de óleo de palma ocorrido na semana passada (07), no Porto do Mucuripe, durante transferência da substância entre navios. O acidente ocorreu devido a diferença de pressão entre as tubulações dos dois navios, o que causou uma fissura por onde o óleo escorreu.


A empresa M. Dias Branco S/A, que havia importado 7 mil toneladas de óleo de palma da Colômbia, contratou uma empresa para realizar os procedimentos de remoção do óleo. A substância chegou a atingir o litoral tomando uma extensão próxima de 2 km.


Ainda não se sabe a quantidade de óleo derramado. De acordo com a empresa, caíram no mar quase 4 mil litros. A estimativa dos técnicos do Ibama é de pelo menos 8,6 mil litros.


Segundo nota do Ibama, apesar do óleo de palma ser biodegradável, ele é perigoso para os organismos marinhos, pois pode provocar a morte por recobrimento e consequente asfixia.


O Parecer Técnico de Vistoria está sendo feito pelo Ibama e a punição aos responsáveis pelo acidente ainda não foi definida.





Sabesp: bônus para diretores e reajuste de 22,7% à população


Mesmo com torneiras secas, paulistas pagarão mais caro. / P. França (Ag. Senado)

Em meio à maior crise hídrica da história de São Paulo – com um rodízio não declarado que deixa as torneiras secas por até 12 horas por dia – a Sabesp quer reajustar as tarifas de água e esgoto em 22,7%, o maior aumento desde 2001. A proposta foi apresentada nesta quarta-feira (15) na audiência pública promovida pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) para discutir o assunto. O valor proposto pela empresa supera a inflação anual de abril, pelo IPCA, de 7,8%, e o reajuste autorizado pela Arsesp no final de março, que foi de 13,8%. A agência ainda não definiu se acatará o pedido.
O último reajuste na conta de água, de 6,49%, foi feito em dezembro. A proposta da Sabesp chega pouco tempo depois da companhia ter anunciado queda de 53% nos lucros - de 1,9 bilhão de reais de lucro líquido em 2013 ante 903 milhões este ano - e pagamento de 504.000 reais em bônus para seus diretores referentes ao desempenho da empresa em 2014, ano do agravamento da crise. Em 2013, ano em que o fornecimento de água ainda não estava tão comprometido, foram pagos aos executivos 565.700 reais em remunerações extras.


Além disso, foi divulgado no balaço da empresa em março que serão cortados investimentos na área de saneamento, o que pode trazer prejuízos ambientais para as regiões atendidas.



A Sabesp alegou que seu desequilíbrio financeiro" foi provocado pela crise hídrica, e um dos maiores ‘vilões’ que provocaram a queda das receitas da estatal foi o Programa de Incentivo à Redução do Consumo, adotado no ano passado. Com descontos de até 30% na conta de quem usasse até 10% menos água, a medida fez com que a Sabesp deixasse de arrecadar 376,4 milhões de reais, segundo o balanço financeiro apresentado na semana passada. O consumo diário de água per capita na região metropolitana caiu de 163 litros por habitante para 126 litros.



A Arsesp informou em seu parecer técnico que o reajuste não busca compensar as quedas na receita da Sabesp provocadas pelo Programa, já que a “concessão de descontos tarifários é prerrogativa do prestador de serviços e, portanto, não são passíveis de compensação futura”.


Na prática, porém, o consumidor que economizou água e foi beneficiado pelo bônus na conta de água – e que teria sido um dos responsáveis pela deterioração financeira da empresa – terá agora seu desconto cobrado.


A companhia alega que o reajuste se justifica devido a um aumento dos custos previstos com energia, provocados pelos reajustes aplicados pelas distribuidoras de energia elétrica do país.

Voo MH 370 da Malaysia Airlines: mistério continua, quando existe tecnologia que permite localizar um celular em qualquer parte do Globo terrestre


Buscas ao avião da Malaysia Airlines desaparecido em 2014 serão ampliadas

[este voo caiu ou foi desaparecido?]

Austrália, China e Malásia decidiram nesta quinta-feira ampliar em 60 mil quilômetros quadrados a área de busca no sul do oceano Índico ao avião da Malaysia Airlines que desapareceu com 239 pessoas a bordo, no dia 8 de março de 2014.

A decisão foi tomada em Kuala Lumpur pelos ministros de Transporte da Malásia, Liow Tiong Lai, e da China, Yang Chuantang, além do vice-primeiro ministro da Austrália, Warren Truss. "Se não conseguirmos encontrar o avião dentro dos 60 mil quilômetros quadrados que estamos verificando agora, prosseguiremos com uma segunda fase de mais 60 mil quilômetros quadrados", anunciou o ministro malaio em entrevista coletiva na saída da reunião, informou o jornal local "Malaysia Insider".

As equipes de buscas já percorreram 60% da área atual sem encontrar nada destacável e esperam completar os trabalhos em maio deste ano, caso as condições meteorológicas permitirem.  Em comunicado conjunto divulgado após a reunião, os três países afirmaram que "as investigações na nova região poderiam durar um ano dadas às condições climáticas previstas para os próximos meses". "Os ministros reiteraram seu compromisso de encontrar o avião e levar paz às famílias e pessoas queridas das vítimas que estavam a bordo do voo MH-370 da Malaysia Airlines", acrescentou a nota.

 
O Boeing 777-200 da companhia aérea malaia saiu na madrugada do dia 8 de março de Kuala Lumpur, com previsão de aterrissar em Pequim seis horas depois. No entanto, as autoridades perderam contato com o avião 40 minutos depois da decolagem.


O voo transportava 153 chineses, 50 malaios (13 formavam a tripulação), sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiuanês e dois iranianos que utilizaram os passaportes roubados de um italiano e um austríaco. Os especialistas acreditam que o Boeing 777-200 deu meia volta e cruzou a península da Malásia em direção ao sul do Índico, onde caiu em uma zona remota após ficar sem combustível.

Fonte: EFE

Saiba mais lendo: E se o avião da Malaysia Airlines estiver numa basesecreta dos EUA?

 

TCU diz que governo cometeu crime de responsabilidade fiscal


Decisão pode fortalecer intenção da oposição, que analisa pedido de impeachment de Dilma; manobra, conhecida como 'pedalada fiscal', usou recursos de bancos públicos para inflar artificialmente resultados do governo e melhorar as contas da União
 
André Borges e Fábio Fabrini - O Estado de S. Paulo
 
BRASÍLIA - O Tribunal de Contas da União (TCU) declarou não haver mais nenhuma dúvida de que o governo Dilma Rousseff incorreu, de fato, em crime de responsabilidade fiscal, ao utilizar recursos de bancos públicos para inflar artificialmente seus resultados e melhorar as contas da União. As operações, que contrariam frontalmente a Lei de Responsabilidade Fiscal, passaram a ser conhecidas como "pedaladas fiscais". 


"Não tenha dúvida. Há um descumprimento de lei. Um banco público não pode emprestar dinheiro para o governo. É como se você estivesse devendo no seu cheque especial, e o governo não pode ter esse cheque especial", disse o relator do processo do TCU, José Múcio. 


 "Faltou dinheiro e a conta foi paga por terceiros". Nos cálculos do TCU, mais de R$ 40 bilhões foram sacados pelo governo das contas do Banco do Brasil, Caixa e BNDES, para engordar a contabilidade fiscal e se aproximar da meta de superávit primário, a economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública.

Aécio Neves, PSDB e outros partidos que se dizem oposição, sempre querem ser governo. E, para ser governo, preferem os conchavos com os governistas ao bom combate. Serão atropelados pelas mudanças





Aécio diz e não diz o que os movimentos “Fora, Dilma” querem ouvir 

 

Aécio tentou escapar dizendo que a oposição já defende “a maioria” dos pontos que fazem parte da agenda dos movimentos

 

Quer saber como arrancar um “sim” ou um “não” de político? Mesmo sabendo que isso não significa muita coisa?

 

Está hoje em “O Globo”.

 
O presidente do PSDB, Aécio Neves, e dirigentes de partidos da oposição foram postos numa tremenda sala-justa quando se encontraram, ontem, no Congresso com líderes de 20 movimentos contra o governo, responsáveis por levarem esse ano às ruas algo como 3 milhões de pessoas.

 
Os líderes dos movimentos queria arrancar dos políticos uma decisão sobre se apoiam ou não o que eles pedem principalmente o impeachment da presidente Dilma Roussef. 


Aécio tentou escapar dizendo que a oposição já defende “a maioria” dos pontos que fazem parte da agenda dos movimentos. - Queremos que digam agora de forma clara: é sim ou não à nossa pauta? - cobrou o representante do movimento Instituto Democracia, Paulo Angelim. - Essa já é uma pauta que defendemos há muito tempo, o fato novo é que a sociedade está dando eco - respondeu Aécio. - Mas é sim ou não! - insistiu Angelim.


 
Rogério Chequer, do movimento “Vem pra Rua”, também pressionou Aécio: - Chegamos ao nosso limite de organização, levamos 3 milhões de pessoas às ruas e o impensável aconteceu. O que queremos agora é a demonstração de que o impossível pode ser feito também no Congresso.

 
Sem ter como escapar, Aécio avançou: - Quero deixar claro que viemos aqui para dizer um sonoro sim para a pauta das ruas. Vocês tem o instrumento que nos faltava, que é o apoio popular. Nesse momento começamos a fazer história.


A conferir.

 

Datafolha indica: qualquer coisa é melhor do que Dilma. 63% quer impeachment e só 12% sabem quem é o vice Michel Temer.


 (Folha) Quase dois terços dos brasileiros (63%) afirmam que, considerando tudo o que se sabe até agora a respeito da Operação Lava Jato, deveria ser aberto um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.  O desconhecimento a respeito do que aconteceria depois disso, porém, é grande. No grupo dos que defendem a abertura de um processo que, no fim, poderia resultar na cassação da petista, só 37% sabem que o cargo de presidente ficaria com o vice. Quando instados a mencionar o nome do vice, metade desse subgrupo erra.

Conclusão: só 12% dos eleitores brasileiros são a favor de um processo de impeachment contra Dilma, estão conscientes de que o vice assumiria o cargo e sabem que o vice é Michel Temer (PMDB). Os números são de pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira (10), dois dias antes das manifestações programadas contra a presidente para este domingo. O instituto ouviu 2.834 pessoas. A margem de erro é de dois pontos.

O apoio aos protestos contra a presidente é alto (75%), assim como a taxa de eleitores que associam Dilma ao escândalo de corrupção na Petrobras, objeto da investigação da Operação Lava Jato. Para 57%, Dilma sabia da corrupção na estatal e deixou acontecer. Outros 26% opinam que ela sabia, mas nada poderia fazer para impedir.

A pesquisa mostra também que a Lava Jato pode estar alterando a percepção dos brasileiros a respeito dos problemas do país. Pela primeira vez, o tema corrupção aparece empatado com saúde na liderança do ranking de maiores preocupações. Para 23%, o maior problema é a saúde. Para 22%, corrupção.

O instituto apurou um empate também --este no limite da margem de erro-- ao simular uma nova eleição presidencial. Se Dilma fosse cassada e novas eleições fossem convocadas hoje, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) alcançaria 33% das intenções de voto contra 29% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


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REPRESENTANTES DE 26 MOVIMENTOS QUE PROTESTAM NAS RUAS ENTREGAM AO CONGRESSO PAUTA DE REIVINDICAÇÕES



Representantes de 26 movimentos que protestaram nas ruas contra a corrupção e o governo da presidente Dilma Rousseff nas históricas manifestações de 15 de março e 12 de abril entregaram nesta quarta-feira ao Congresso Nacional uma pauta de reivindicações intitulada "Carta do Povo Brasileiro" - uma alusão à Carta ao Povo Brasileiro, escrita pelo então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. 
 
 
 
No texto, eles defendem a transformação do crime da corrupção em crime hediondo, com penas de até 25 anos de prisão, a tipificação do crime de lesa pátria e a possibilidade de que partidos sejam responsabilizados caso suas contas ou candidatos se beneficiem de dinheiro de caixa dois. O PT, que há mais de 12 anos ocupa o Palácio do Planalto, foi eleito um dos alvos preferenciais do movimento.
 
 
 
"O Partido dos Trabalhadores teve 13 anos de poder para mudar o Brasil, conforme prometeu em sua Carta ao Povo Brasileiro em 2002. Ele agora recebe do mesmo povo uma carta que repudia a situação no qual o país foi deixado", diz trecho do manifesto. "Vivemos um quadro assustador de corrupção no seio dos poderes constituídos. Há 12 anos, ela se tornou sistêmica e se institucionalizou na máquina pública em níveis sem precedência. Um câncer a comer as entranhas já podres do país".
 
 
 
 
Contra o que considera um cenário de "impunidade reinante", a Aliança Nacional de Movimentos resumiu o sentimento das cerca de duas milhões de pessoas que foram às ruas nos protestos de março e abril: "No campo da moralidade, a ética e a decência desapareceram. A mentira passou a ser procedimento costumeiro nos pronunciamentos do governo federal à nação. A trama da manipulação de dados é um aliado habitual para justificar os consecutivos erros. Não existe por parte do governo o reconhecimento dos equívocos e de suas fragilidades. Não existe pudor".
 
 
 
 
Os movimentos exigem que deputados e senadores endossem a tese de que a presidente Dilma Rousseff deveria ser investigada no escândalo do petrolão, já que foi citada onze vezes em delações e depoimentos da Operação Lava Jato como uma das autoridades que tinha conhecimento do mega esquema de corrupção que sangrou os cofres da Petrobras. 
 
 
 
Conforme revelou na edição de 27 de outubro de 2014 reportagem de VEJA, o doleiro Alberto Youssef afirmou em juízo que Dilma, o ex-presidente Lula e a alta cúpula do governo petista sabiam do esquema de corrupção e distribuição de dinheiro sujo na estatal.
 
 
 
"Acabou-se o tempo do conformismo. Os trabalhadores brasileiros (...) não mais assistirão impassíveis às manobras de visam à manutenção do poder. Não mais aceitarão um governo mentiroso", dizem os manifestantes, que se intitulam como Aliança Nacional de Movimentos.
 
 
 
Além de pedir a abertura de investigação "por crime comum da cidadã Dilma Vana Rousseff", o manifesto pede para que o Congresso aprecie com transparência possíveis pedidos de impeachment contra a petista e defende submeter os acordos de leniência relacionados à Operação Lava Jato a aval do Ministério Público e afastar o ministro José Antonio Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal (STF) "por não atender ao critério de imparcialidade". Há ainda exigências para uma melhor gestão do governo, como a redução no número de ministérios, e para pontos de uma reforma política, como a implantação do voto distrital e o fim da reeleição.
 
 
 
A Carta do Povo Brasileiro foi recebida por deputados, senadores e pelos presidentes do PSDB, DEM, PSB, PPS, Solidariedade e PV. Apesar do viés anti-governista das reivindicações, os partidos de oposição foram cobrados pelos movimentos para serem mais atuantes no Congresso em defesa das pautas das ruas. "A oposição não estava sendo feita de verdade. A oposição estava apenas nas ruas. Nas ruas o povo diz sua voz e aqui o povo constituído é obrigado a ouvir", disse Janaína Lima, líder do movimento Vem Pra Rua São Paulo.
 
 
 
"O nível de indignação é máximo", afirmou o porta-voz do Vem Pra Rua Rogério Chequer. "Não é mais suficiente ter uma pauta alinhada. O que vai ser suficiente daqui para frente é o resultado efetivo. 
 
 
 
Faz sete meses que as ruas se organizam e vem protestar. Isso é sem precedentes no Brasil. Se até as ruas são capazes de se organizar, por que a oposição não pode?", questionou ele.
 
 
 
Na Carta do Povo Brasileiro, os movimentos ainda criticam a ineficiência da gestão pública, o clientelismo das máquinas públicas, o processo de 'toma lá dá cá' na definição de cargos públicos, a precarização dos sistemas de saúde e educação e a escalada da violência urbana.
 
 
 "A economia enverga, os empregos somem, a inflação cresce, a moeda se desvaloriza. Administra-se por contingência e (...) para reparar seus maus feitos, o governo pede ao povo para pagar a conta da ineficiência", diz trecho do documento.
 
 
Racha - A carta elaborada pelo Vem pra Rua não leva a assinatura de dois dos principais movimentos que convocaram as manifestações de rua nos dias 15 de março e 12 de abril - o Brasil Livre e o Revoltados Online.
 
 
 
 
 Isso porque, alegam os dois últimos grupos, o movimento encabeçado por Chequer não enfatiza o pedido do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Um dos líderes do Movimento Brasil Livre, Renan Haas, fez questão de dizer que não é signatário da carta por considerá-la muita genérica. 
 
 
 
"Eles vão pra Brasília para pedir mais saúde, educação e lutar contra a corrupção. Se é assim, pede logo paz no mundo", ironizou Haas. O movimento anunciou que vai fazer uma marcha a pé de São Paulo a Brasília na próxima semana para chamar a atenção do Congresso em relação ao pedido de destituição da presidente.
 
 
No domingo, Chequer havia afirmado que uma associação entre cinquenta grupos anti-Dilma estavam sendo formada sob o nome de Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos. No entanto, apenas 26 grupos assinaram a carta lida hoje no Congresso. O Vem pra Rua explicou que a aliança ainda está sendo "amarrada" e que nem todos puderam ir para Brasília nesta quarta-feira. 
 
 

Às vezes, a gente precisa desenhar para a Oposição: BNDES fez um empréstimo ilegal para a Odebrecht construir o Porto de Mariel, em Cuba. Isto foi confessado publicamente pelo presidente do banco no Senado Federal.

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Dia 14 de abril de 2014, reunião da Comissão de Assuntos Econômicos em conjunto com a Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, em audiência pública com Luciano Coutinho, presidente do BNDES. Convocada pela Oposição com o objetivo e obter informações para futuras adesões para uma urgente e necessária CPI que investigaria os empréstimos privilegiados a grandes grupos nacionais e para governos bolivarianos e ditaduras africanas.


Às 17:33 tivemos a seguinte inquirição ao presidente do BNDES:


O SR. TASSO JEREISSATI (Bloco Oposição/PSDB - CE) – Permita-me. Não estou pedindo informações detalhadas. Minha pergunta é se, nessas operações, por exemplo, de venda de bens e serviços em que uma determinada empreiteira brasileira vai construir um porto ou uma estrada em outro país, seja Cuba, seja Venezuela, o contrato firmado entre o BNDES é entre a empreiteira brasileira ou é entre o órgão de governo ou a empresa portuária do país subsidiado ou financiado.
 

O SR. LUCIANO COUTINHO – Pois não. O contrato é feito com a empresa importadora ou, se for o caso de um governo, com o governo.
 

O SR. TASSO JEREISSATI (Bloco Oposição/PSDB - CE) – Por exemplo, no caso de Cuba, do porto de Cuba, é com o governo cubano.
 

O SR. LUCIANO COUTINHO – É o governo. Se for uma exportação de aeronaves para uma companhia aérea, é a companhia aérea.
 

O SR. TASSO JEREISSATI (Bloco Oposição/PSDB - CE) – Numa exportação eu entendo; estou dizendo no caso de uma...
 

O SR. LUCIANO COUTINHO O governo, é o governo. O prestador de serviços é interveniente e é um prestador de serviços. Então, é diferente, ele não é um crédito ao exportador. Outra informação importante...
 

O SR. TASSO JEREISSATI (Bloco Oposição/PSDB - CE) – Só o mapinha regional, só acompanhando aí.
 

O SR. LUCIANO COUTINHO Outra informação importante, Senador, é que o dinheiro não sai do Brasil. A gente não remete o dinheiro para o exterior para comprar. O dinheiro sai do BNDES para pagar, em reais, a exportação devidamente documentada e auditada. Então, o Governo emite e reconhece uma fatura, nós verificamos, através de empresa de auditoria, se a exportação foi efetuada, e aí a gente libera gradualmente o pagamento, em reais, ao exportador no Brasil.

Por volta de 17:48, já ao final de uma longa explanação, tivemos este diálogo. Leiam com atenção:


O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) – Presidente, antes de o senhor me responder sobre a questão dos caminhões, talvez eu não tenha entendido direito as colocações feitas aqui. Mas V. Sª colocou que nós financiamos bens que saem do Brasil para fora. Correto?

O SR. LUCIANO COUTINHO – Sim.

O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) – As empresas brasileiras e o serviço é feito aqui; enfim, o dinheiro fica aqui internamente. Mas esses financiamentos, do tipo desse que foi para Cuba – e eu estive lá no Porto de Mariel –, não há equipamento brasileiro lá. Há tecnologia, há serviço de empresa brasileira. Mas os equipamentos, acho que não são brasileiros.

O SR. LUCIANO COUTINHO – Há equipamento brasileiro também.


O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) – Aqueles guindastes que estão lá são brasileiros?



O SR. LUCIANO COUTINHO – Há muito equipamento brasileiro, há equipamento chinês; mas há muito equipamento brasileiro e serviço.


O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) – Mas com relação aos chineses, somos nós que pagamos ou foi Cuba que pagou?


O SR. LUCIANO COUTINHO Não, não! Eu estou dizendo que com relação ao equipamento chinês, eu não sei como foi financiado. Eu sei pelo testemunho de alguém que visitou e me disse que viu o equipamento. Mas na verdade nós só podemos financiar equipamentos fabricados no País e serviços no país.


O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) – Especificamente nesse porto, Presidente Luciano, eu conheço, eu estive lá e equipamentos há muito pouco pelo valor investido lá. Trata-se mais de acesso, terraplanagem, asfaltamento do pátio; enfim, da infraestrutura local.



O SR. LUCIANO COUTINHO – V. Exª esteve lá também.


O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco União e Força/PR - MT) – Estive, estive lá.


O SR. LUCIANO COUTINHO – Viu in loco.


O SR. LUCIANO COUTINHO – Um belo de um porto.


O SR. LUCIANO COUTINHOEu obviamente vou verificar para lhe dar uma informação precisa sobre quais equipamentos brasileiros estão lá.

Por que Luciano Coutinho mentiu e por que as cláusulas deste contrato com Cuba não foram cumpridas pela Odebrecht? Simples! Porque basta pegar a relação de produtos exportados pelo Brasil para Cuba, que estão registradas no Banco Central e no MDIC para ver que, no período de Mariel, não houve exportação deste tipo de item para aquele país.


Cuba importa cerca de U$ 500 milhões por ano do Brasil. Cerca de 80% é comida, higiene e sapato. Sobra pouquíssimo dinheiro para importar um porto moderníssimo. Algo está errado. Ou fizeram exportações frias para Cuba ou não fizeram exportação alguma e o dinheiro foi pago para o Odebrecht sem que ela cumprisse o contrato.

Sugestão para a Oposição: chamem o Contas Abertas para fazer este levantamento. E apresentem um fato efetivamente concreto para exigir uma CPI do BNDES.


Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade - e a dignidade não se negocia.





Pra que servem as leis? pergunta o professor.

É só isso? Reclamar e reclamar?



Virou mania nacional, uma legislação elogiada e referenciada no mundo inteiro, mas que aqui não pega, não funciona. Puro bode expiatório para tentar justificar as nossas deficiências. 

Via de regra, inventa-se uma legislação com penas mais severas para suprir uma outra que já não pegou, seria como pretender correr, sem ter andado.


 
Tem um causo que rolou e que bem resume o assunto. Vê ai se estou certo, meu compadre, combativo Policial Militar? 

Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:

- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.
- Sai de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Juan estava desconcertado.
Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estávamos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.

- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:

- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.

- Para cumpri-las.
- Não!

- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!

- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.

- Até que enfim! É isso... para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.

Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...


- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta:

agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?...

Todos ficamos calados, ninguém respondia.
 
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?

- Sim!!!
- E por que ninguém fez nada a respeito?

Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?
 
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos.Não voltem a ficar calados, nunca mais!

- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.

Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
 
Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade 
- e a dignidade não se negocia.


Vaccari distribuiu R$ 25 milhões para petistas do Paraná em quatro anos; maior parte foi para Gleisi

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gleisi_hoffmann_61Preferida do companheiro – No período de quatro anos (campanhas de 2010, 2012 e 2014) o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso pela Polícia Federal na décima segunda etapa da Operação Lava-Jato, na última terça-feira (15), distribuiu R$ 25,2 milhões para sete lideranças do PT do Paraná: a senadora Gleisi Helena Hoffmann e os deputados Enio Verri (presidente estadual do partido), Zeca Dirceu, Tadeu Veneri, Pericles Mello e Professor Lemos, além do ex-deputado André Vargas.


Gleisi foi beneficiária da maior parte dessa bolada que pode ter origem em desvios na Petrobras. Em 2010, a senadora petista recebeu R$ 1,9 milhão do diretório nacional do PT, enquanto que na campanha de 2014 o aporte foi de R$ 16,3 milhões. No total, nas duas campanhas, Gleisi recebeu R$ 18,2 milhões.


Em 2014, 75% da campanha de Gleisi foi financiada por repasses de Vaccari, que recebeu os recursos da JBS, Sanches e Tripoloni, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, UTC, CR Almeida, Seara Alimentos, Banco Safra, entre outros. Esses valores computam apenas arrecadações feitas “por dentro”, com registro. Não entra nesse cálculo o R$ 1 milhão recebido “por fora” em 2010, pagamento denunciado pelos delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, que valeu a Gleisi a inclusão de seu nome na fatídica “Lista de Janot”.

O presidente estadual do PT, deputado Enio Verri, que já tem duas condenações por improbidade administrativa, recebeu R$ 1,3 milhão em repasses de Vaccari. Na campanha de 2014 foram R$ 115 mil (doados por Gleisi e Andrade Gutierrez) e na campanha a prefeito de Maringá, em 2012, foram R$ 1,2 milhões em repasses do diretório nacional.

O deputado Zeca Dirceu, filho do deputado cassado e mensaleiro condenado José Dirceu, recebeu R$ 1,8 milhão do diretório nacional nas campanhas de 2010 2014. Em 2010, o Zeca recebeu R$ 665 mil (até 2012 não se relacionava os doadores via diretório nacional). Em 2014, o petista recebeu R$ 1.142.086,00 através de Vaccari, na esteira de “doações” da Engevix, JBS, Carioca, Etesco, CRBS e UTC.

O deputado Professor Lemos, principal liderança da APP-Sindicato e líder da violenta invasão da Assembleia em fevereiro último, recebeu R$ 1.117,50 em repasses do diretório nacional nas campanhas de 2010 e 2012. Em 2010, foram R$ 19 mil e em 2012 mais R$ 1,098 milhão para sua campanha à prefeitura de Cascavel. Em 2012, o deputado Péricles Mello recebeu no caixa de sua campanha à prefeitura de Ponta Grossa R$ 1.683.000,00 em repasses de Vaccari.

Contudo, chama a atenção o caso do deputado petista Tadeu Veneri, típico professor de Deus, monopolizador da verdade e da honestidade. Veneri, em 2011, foi investigado pelo Ministério Público pelo uso irregular de verbas de gabinete. Além das doações do tesoureiro preso, Veneri tem uma suspeita proximidade com a empreiteira Odebrecht, investigada pela Operação Lava-Jato.

Apesar de ser um crítico feroz dos pedágios e das Parcerias Público-Privadas, Tadeu Veneri foi o único candidato da Assembleia Legislativa do Paraná a receber doação da construtora Odebrecht. Na prestação de contas da campanha de Veneri, entregue ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, há o registro de duas contribuições com recursos da empreiteira: uma de R$ 71.250,00 e outra de R$ 142.500,00 – totalizando R$ 213 mil. A Odebrecht está encarregada da duplicação de rodovia no Paraná, obra que contará com pedágio.

PT tenta legalizar dinheiro de propina através da prestação de contas e complica Dilma Rousseff

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joao_vaccari_12Tiro no pé – O Brasil acordou, na quarta-feira (15), com a prisão do tesoureiro do PT, João Vacarri Neto, realizada pela Polícia Federal, durante a décima segunda fase da Operação Lava-Jato. Vaccari foi preso preventivamente, em São Paulo, e levado para Curitiba (PR), onde até segunda ordem permanecerá na carceragem da Polícia Federal, juntamente com outros alarifes flagrados no Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade.



Secretário de Finanças e Planejamento do Partido dos Trabalhadores, Vaccari Neto, que nas últimas semanas deixou de contar com o apoio de muitos “companheiros”, é réu em ação do Ministério Público Federal (MPF) sob a acusação de arrecadar propinas de empresas por meio de contratos públicos firmados com a Petrobras, os quais foram emoldurados pelo superfaturamento.



Líder do PSDB no Senado Federal, Cássio Cunha Lima (PB) acusou o PT de transformar a Justiça Eleitoral em “lavanderia” ao tentar legalizar o dinheiro da propina por meio da prestação de contas da campanha. “O PT transformou a Justiça Eleitoral em lavanderia. É o segundo tesoureiro preso por envolvimento em corrupção”, lembrou.



Para Cássio, a prisão do tesoureiro envolve diretamente o Partido dos Trabalhadores como um todo, que ficou “refém das informações privilegiadas do Vaccari”. O senador paraibano lembrou que esse é o segundo tesoureiro do PT preso por envolvimento em desvio de recursos públicos, o que deixa o PT em uma “situação muito grave”. O primeiro foi Delúbio Soares, condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 (Mensalão do PT).



Se um pedido de impeachment da presidente Dilma Vana Rousseff continua a depender de fato determinado, algo que por enquanto inexiste, despejar a petista do Palácio do Planalto encontrará caminho livre caso fique provado que dinheiro do Petrolão abasteceu o caixa da campanha petista em 2014. De tal modo, bastaria ingressar no Tribunal Superior Eleitoral com pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma, operação nada simples e que encontrará resistência em um Judiciário cada vez mais aparelhado.



Em relação ao impeachment, o crime de responsabilidade começa a se desenhar, mas é preciso tempo para que isso ocorra. As “pedaladas fiscais” apontadas pelo Tribunal de Cotas da União constituem respaldo jurídico para um pedido de impedimento da presidente, mas ainda é cedo para qualquer afirmação. Mesmo assim, não custa manter a fé, a vigilância e a perseverança.

Piada do Ano: Líder do PT diz que Vaccari é preso político


Piada do Ano: Líder do PT diz que Vaccari é preso político


Sibá diz que PT vai discutir a situação do “preso político” Vaccari


Fernanda Calgaro
Do G1, em Brasília
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), informou nesta quarta-feira que o partido convocou uma reunião de emergência hoje à noite para discutir a prisão do tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto.


O tesoureiro petista foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta em sua casa, em São Paulo. Ele é investigado por denúncias de operar parte da propina no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato. Além de prender Vaccari, a PF tem mandado para prender a cunhada dele e ouviu depoimento da esposa do tesoureiro na residência do casal.


O encontro entre os integrantes da cúpula petista será na sede da sigla, em São Paulo, ainda nesta quarta, segundo Machado. Ele informou, no entanto, que uma eventual decisão do partido só será tomada em reunião do diretório nacional, que já estava marcada para esta quinta-feira. “Hoje terá uma reunião de emergência, mas a deliberação mesmo é do diretório”, afirmou Sibá.

“Estou aguardando ainda a decisão da Executiva, que vai se reunir amanhã [quinta-feira], e vamos fazer uma nota pública sobre a nossa posição formal”, disse Machado.


Para o líder do PT na Câmara, a prisão de Vaccari é “política”. Ele criticou as delações premiadas e disse estar “desconfiado de que existe uma orientação deliberada (…) para prejudicar o PT”.


OPERADOR
Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, a Polícia Federal afirmou que o tesoureiro do PT tem praticado crimes envolvendo desvio de dinheiro da Petrobras possivelmente desde 2004.


Para O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Publico Federal, Vaccari tem no esquema de corrupção da Petrobras um papel semelhante ao do doleiro Alberto Youssef, também preso na Lava Jato. “Ou seja, um operador”, disse Santos Lima.

A mídia enganosa, especialmente agora com a concorrência das redes, se inviabiliza. Esconder, manipular, distorcer, além de atos falhos, são atos suicidas.

Liberdade de imprensa, fundamental desde a época de Napoleão

Vittorio Medioli
 

O Tempo

Para Napoleão Bonaparte, a imprensa tinha um papel preponderante. A monarquia francesa caiu do trono no fim do século XVIII e subiu os degraus do patíbulo exatamente quando a difusão das impressoras influenciou a circulação de panfletos e jornais de conteúdo explosivo. Napoleão teve a sua escalada liberada em seguida pela imprensa. Sentiu na epiderme esse efeito e nunca esqueceu a importância do controle da informação.


Já como imperador, afirmou: “Se perco o controle da imprensa, não me aguentarei no poder nem por três meses”.


O crescente descontentamento nos meios sociais alfabetizados acelerou a queda da monarquia. Foram jornalistas e editores como Camille Desmoullins, o mesmo personagem imortalizado nos quadros de 14 de julho de 1789 como orador da tomada da Bastilha, que determinaram a queda da opulenta Corte de Versalhes.


NA CLASSE MÉDIA
A classe média da época, a burguesia, ao ter conhecimento dos abusos nos gastos de Luís XIV, em contraste com as dificuldades e penúrias dos setores produtivos e populares, submissos ao crescente confisco tributário, gerou o mais intenso movimento revolucionário de todos os tempos. Alastrou-se entre o povo sofrido e chegou longe. Depois das primeiras convulsões jacobinas, a via ficou livre para Napoleão se impor como ditador/imperador. As revoluções têm essa tendência de sair pela culatra e substituir um sistema por outro parecido.


Napoleão casou-se em 1810 com a sobrinha de Maria Antonieta, 15 anos após esta ter a cabeça cortada aos gritos da praça. Quem quebrou os paradigmas de milênios de feudalismo foi o movimento arrastado pela imprensa, fazendo luz sobre os descalabros da monarquia.
De lá pra cá a importância da comunicação, da circulação das informações e opiniões, foi uma constante limitadora para os governantes, determinando constrangimento na atuação indiscriminada. Mudou e ainda vem mudando os costumes.


REDES SOCIAIS
Agora as redes sociais, como as impressoras do século XVIII, ampliam e aceleram o alcance da informação, apertam ainda mais os governantes. E a guerra nas redes toma aspectos patéticos, marcados de absurdos e inverdades acobertados pelo anonimato. A verdade, entretanto, tem uma força que costuma aparecer. O engano dura pouco ou muito tempo, mas nunca para sempre.
A informação correta incomoda os sistemas de governo arbitrários; quanto mais tirânicos, mais necessidade de oprimir a imprensa.


O melhor marketing de um governante é o sucesso, aquele que atinge os governados. Qualquer ação coroada de sucesso tem o poder de demolir a inverdade.


A VERDADE NÃO BASTA
O governante, quanto mais sofrível é seu desempenho, mais queixoso será com a mídia e mais feroz com quem a mantém num campo de objetividade. Ao déspota a verdade não basta, mesmo com todos os meios que tem de se dirigir aos governados e fazer valer sua versão. 


A mídia enganosa, especialmente agora com a concorrência das redes, se inviabiliza. Esconder, manipular, distorcer, além de atos falhos, são atos suicidas.

A imprensa nos últimos 200 anos aumentou a capacidade de incomodar o poder e ser, quando bem administrada, um instrumento de equilíbrio social. Aquela de coloração imprópria e chantagista, hoje, tropeça justamente na multiplicidade das versões com as quais se confronta.


Diante de tudo isso, não se entende por que agora surgem tantas preocupações de limitar uma liberdade que é indispensável para qualquer democracia.

Pedofilia política denunciada graças aos esforços do movimento Escola Sem Partido!!!


Percival Puggina 


Parece que nos habituamos a esse tipo de abuso. Nós, brasileiros, não éramos assim, inquilinos discretos de uma casa de tolerância, que não se envolvem com o que se passa nos salões.


Gradualmente, porém, graças ao trabalho que já leva uma década do movimento Escola sem Partido, o país começa a perceber que nossas salas de aula se converteram em espaço privilegiado para “fazer a cabeça” dos alunos pelos moldes da cabeça dos professores.


Qualquer estudo cuidadoso dos livros didáticos, qualquer conversa de cinco minutos com aluno de qualquer escola, permite perceber o problema e ouvir relato desses abusos praticados por centenas de milhares de professores, país afora. É um escândalo nacional que já leva mais de 40 anos! E não distingue escola pública de escola privada.


O professor é a autoridade no seu pedaço. Presumivelmente sabe das coisas. Ele é maior, mais idoso, olha os alunos de cima, aplica provas, dá notas e decide sobre quem será aprovado ou reprovado. Partindo desse poder, muitos, muitíssimos, multidões deles, se veem no direito de invadir os cérebros infantis e juvenis com uma das mais perversas ideologias concebidas pela mente humana. Passam a trabalhar como a aranha que capturou suas presas numa teia, envolvendo-as com a baba de uma conversa fiada cujo principal efeito é paralisar neurônios. Quantas crianças ou adolescentes brasileiros chegam às escolas trazendo na mochila explicações marxistas sobre história, economia e sociedade? Nenhuma!


LIVROS “DIDÁTICOS”
Tais conteúdos, porém, lhes são sorrateiramente ministrados nos livros didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação e reproduzidos por uma legião de militantes, abusadores, pedófilos da política, que se aproveitam da própria autoridade, muitas vezes para ridicularizar (eles dizem “problematizar”) conceitos que as crianças e jovens aprenderam no espaço legítimo da própria família. Essa praga não distingue escolas públicas e privadas. As mais fracassadas utopias, as mais equivocadas explicações dos fenômenos sociais e os mais mal sucedidos métodos pedagógicos são vendidos como emanações do cume do saber (ou como calda de chocolate no sorvete do conhecimento).


Lá em Santana do Livramento, quando criança, a gente chamava “provalecido”, ou, corretamente, prevalecido, o sujeito grandalhão que se valia do tamanho para maltratar os menores. Os alunos mutilados intelectualmente por esses abusadores, tornam-se, depois, com suas muito prováveis frustrações, presas fáceis de partidos que, na vida política, explicam sua situação com o discurso que aprenderam em sala de aula. Pois essa multidão de “provalecidos” intelectuais, de pedófilos da política, de abusadores, estão com dias contados.


Vem aí, como produto do meritório trabalho do movimento Escola sem Partido, uma lei para proibi-los de fazer o que fazem. Pode ser que superado esse obstáculo, que vem formando multidões de analfabetos funcionais, tolhidos, dentro das salas de aula, em sua capacidade de promover a auto-realização, o Brasil acerte passo com o progresso social.

Foco principal de CPI da Petrobras serão as acareações


Vaccari já sabe que vai haver acareações


Daiene Cardoso
O Estado de S. Paulo
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), anunciou que incluirá na pauta da comissão os pedidos de acareação entre os arrolados na Operação Lava Jato. Durante a reunião deliberativa nesta tarde, a oposição apresentou requerimentos extra pauta para promover o confronto de informações entre os principais personagens investigados no escândalo de corrupção na estatal. Os pedidos só não foram aprovados porque o início da ordem do dia no plenário da Câmara dos Deputados impediu o prosseguimento da sessão na CPI.


O foco da oposição é aprovar as acareações entre o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-gerente da companhia Pedro Barusco, os ex-diretores Renato Duque e Nestor Cerveró e o doleiro Alberto Youssef. Mais de 30 requerimentos, segundo Motta, foram protocolados nesta linha. “A acareação é inevitável”, concluiu Motta.


Na reunião de terça-feira, a CPI aprovou 56 requerimentos, entre 17 convocações de executivos de empreiteiras arroladas na Operação Lava Jato e do suposto operador do esquema na estatal pelo PMDB, Fernando Soares, o Fernando Baiano. Diferente dos outros depoimentos até agora, contudo, os executivos e Baiano – que estão presos em Curitiba – serão ouvidos na capital paranaense por uma comitiva de parlamentares, e não na Câmara.


SESSÕES EM CURITIBA
A CPI vai se deslocar até Curitiba nas próximas semanas para ouvir os presos. O presidente da comissão Hugo Motta (PMDB-PB) admitiu que seria mais cômodo promover os depoimentos na Câmara, mas um ato da Mesa Diretora impede que presos sejam ouvidos nas dependências da Casa. A única exceção foi aberta a Renato Duque porque quando sua convocação foi aprovada, o ex-diretor ainda estava solto, realidade diferente dos convocados nesta terça. Motta disse que vai apelar ao presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para revogar o ato. “Irei insistir com o presidente, mas não posso ser refém desse ato”, ressaltou Motta.


Além de Fernando Baiano, foi aprovado também o requerimento para ouvir o ex-diretor da área internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró. Motta anunciou também que a oitiva do ex-diretor da área de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, foi marcada para o dia 5 de maio.


EXECUTIVOS E OPERADORES
Foram aprovadas as convocações de executivos das empreiteiras OAS (José Ricardo Nogueira Breghirolli, Agenor Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho Oliveira, José Aldemario Pinheiro Filho), Camargo Corrêa (Eduardo Hermelino Leite, Dalton Avancini e João Ricardo Auler), Engevix (Gerson Almada), Mendes Júnior (Sérgio Cunha Mendes, Adir Assad), UTC (Ricardo Ribeiro Pessoa) e Galvão Engenharia (Erton Fonseca, Dario de Queiroz Galvão Filho). Também aprovaram a oitiva do empresário Mário Goes, suspeito de ser um dos operadores do esquema para empresa Arxo, e Guilherme Esteves, suposto operador financeiro responsável pela entrega dinheiro de empresas para agentes públicos.