segunda-feira, 8 de junho de 2015

Um ano depois da Copa, metade do 'legado' ainda não foi entregue!E a COPA VERDE que fim levou?





Renata Mendonça
Da BBC Brasil, em São Paulo


Em agosto do ano passado, logo após o fim da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff comentou o atraso em várias das obras de infraestrutura planejadas para o evento, dizendo que muitas delas estavam em andamento e que "todos esses investimentos ficarão prontos para os brasileiros."
Passado quase um ano do torneio, metade do "legado" previsto ainda não foi entregue, como mostra um levantamento feito pela BBC Brasil. Das 44 obras de mobilidade urbana que deveriam ser entregues para o Mundial, 20 não ficaram prontas.
Essas obras estão elencadas na versão consolidada da Matriz de Responsabilidades, divulgada pelo Ministério do Esporte em julho do ano passado. O documento estabelece quem é responsável pela liberação de recursos e pela execução de todas as obras previstas para a Copa.
Desde o primeiro documento - que continha 82 obras (desde estádios, reformas em portos e aeroportos até projetos de mobilidade) – foram feitas atualizações, com alguns projetos saindo da Matriz por não terem um cronograma possível de ser cumprido até a Copa.
Sobraram 44 obras de mobilidade na última versão apresentada, e os casos que chamam mais atenção são Cuiabá, Fortaleza e Recife. As duas primeiras não concluíram, até hoje, nenhum dos projetos de mobilidade prometidos para o Mundial – eram três em Cuiabá e seis em Fortaleza.
Em Cuiabá, as obras da Copa são alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para investigar irregularidades nas construções – especialmente na do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que ainda está no início e já consumiu mais R$ 1 bilhão do seu orçamento que era de R$ 1,4 bilhão.
Das 12 cidades-sede, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo foram as únicas que já entregaram o prometido. Mas, no caso de BH, problemas estruturais chegaram a comprometer algumas das obras – incluindo a do viaduto de Guararapes, que desabou durante o Mundial, e a do viaduto Montese, que ficou nove meses interditado para reparos.
Os dois são alvos de um inquérito na Polícia Civil, que indiciou o secretário de Obras e Infraestrutura da cidade, José Lauro Nogueira, e outras 17 pessoas por homicídio com dolo eventual e tentativa de homicídio – duas pessoas morreram com a queda do viaduto e 23 ficaram feridas. A investigação concluiu que o acidente foi causado por um erro de cálculo e que a prefeitura chegou a ser alertada dos problemas - sem interditar as obras. Procurada pela BBC Brasil, a Prefeitura de Belo Horizonte não enviou posicionamento sobre os casos até o fechamento desta reportagem.

Cuiabá

Do prometido para a Copa em Cuiabá, somente o estádio – Arena Pantanal – foi entregue antes do torneio. Restaram três obras de mobilidade na Matriz: obras viárias de acesso à arena, o corredor Mário Andreazza, e o VLT, que serviria para ligar Cuiabá a Várzea Grande – todas de responsabilidade do governo estadual.
Nenhuma delas ficou totalmente pronta, mas a lentidão do VLT chamou a atenção das autoridades, que decidiram contratar uma auditoria para investigar irregularidades na obra de R$ 1,06 bilhão - a construção mais cara da história do Mato Grosso.
Somente a auditoria custou aos cofres públicos mais R$ 65 milhões e identificou quatro crimes: prevaricação, improbidade administrativa, possibilitar vantagem ao particular durante a execução de contrato e descumprimento dos deveres funcionais dos servidores públicos. Além disso, há uma suspeita de superfaturamento de R$ 100 milhões na compra de vagões do VLT.
A previsão de entrega dada pelo Consórcio responsável pelo VLT agora é para 2018 – mas ela já é contestada pela atual gestão do governo estadual.

Fortaleza

Fortaleza tinha a promessa de ser uma nova cidade após a Copa do Mundo, com projetos municipais e estaduais prevendo a entrega de BRTs, estações de metrô e até um VLT. Mas nenhuma das obras ficou pronta até agora.
O caso mais complexo é o do VLT, que chegou a passar por quatro licitações e atualmente está 50% pronto. O custo dele – que terá 12,7 km e ligará 22 bairros - chega perto de R$ 175 milhões, segundo o governo estadual, responsável pela obra.
A administração alega que, por motivo de atraso, teve de romper o contrato com a empresa que venceu a concorrência e depois realizar mais três licitações – sem sucesso por questões técnicas ou falta de interessados. Agora, o projeto foi dividido em três pacotes que ainda estão em processo de licitação.

Recife

Recife tinha sete projetos de mobilidade urbana, dos quais três foram entregues. Os outros ainda estão em construção, entre estes, os Corredores Norte-Sul e Leste-Oeste de BRTs, o Corredor Via Mangue e o Corredor Caxangá.
Fora essas obras da Matriz, há outro projeto grande que não saiu do papel: a chamada Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, a quase 20 km da capital pernambucana.
Lá foi construída a Arena Pernambuco, mas o projeto de PPP (parceria público-privada) da Odebrecht para o estádio incluía o desenvolvimento urbano do entorno, com a construção de shopping, hotel, hospital, condomínios residenciais e até a transferência do campus da UFPE (Federal de Pernambuco) para lá.
Mas, até agora, só a arena foi construída, e todo o resto está sendo analisado em um estudo de viabilidade encomendado pelo governo estadual à Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo, que começou a ser feito agora, custou R$ 1,3 milhão aos cofres públicos e levará de quatro a seis meses para ser concluído.

Outras cidades

- CURITIBA: Eram sete projetos no total, dos quais apenas a expansão do BRT e a reforma da Rodoferroviária foram entregues – ambas de responsabilidade da prefeitura. Os outros, divididos entre governos municipal e estadual, estão em andamento – alguns estão 70% concluídos -, com prazos para serem entregues entre o fim desse ano e o início do próximo. Segundo o governo estadual, os principais motivos dos atrasos foram "adequações de projetos; trâmites burocráticos pendentes; problemas no pagamento; problemas climáticos".
- SÃO PAULO: cumpriu o que havia prometido, mas só deixou um projeto de mobilidade na Matriz: as obras viárias em Itaquera, de responsabilidade da prefeitura. O monotrilho (governo estadual) que ligaria o aeroporto de Congonhas à estação Morumbi de trem acabou virando um dos projetos de alto perfil a serem retirados do documento por conta de atrasos na obra.
-  RIO DE JANEIRO: sede da próxima Olimpíada, deixou suas principais obras de mobilidade para serem feitas até os Jogos. Para a Copa, foram feitas algumas reformas na região do Maracanã, além do BRT Transcarioca, que liga o aeroporto Galeão à Barra da Tijuca. Quando perguntado se havia chance de as obras de infraestrutura prometidas para a Olimpíada ficarem para depois, o prefeito Eduardo Paes foi taxativo: "Chance zero. Tudo será entregue antes do prazo.

NO "DIA DA LIBERDADE DE IMPRENSA", EDUARDO CUNHA AVISA AO PT, PSOL E DEMAIS COMUNISTAS, QUE PROJETO DE CENSURA À IMPRENSA NÃO PASSARÁ.


Deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, assegura que os comunistas do PT, PSOL et caterva, que defendem a censura à imprensa, não terão guarida do Legislativo em sua tentativa de amordaçar a imprensa.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está em viagem ao exterior, hoje, em Moscou, para participar do fórum parlamentar dos Brics, fez hoje em seus perfis oficiais nas redes sociais - Twitter e Facebook - uma defesa da liberdade de imprensa.
 
 
"Tentativas de controle dos meios de comunicação não prosperarão no Legislativo", avisou, parabenizando os profissionais do setor pela comemoração neste domingo, 7, do Dia da Liberdade de Imprensa. Na defesa de seu argumento, o peemedebista diz que a liberdade deve prevalecer em todas as circunstâncias porque tem se consolidado como baluarte da democracia.
 
 
 
"Praticamos todos os dias o direito constitucional, a manifestação livre, que é da atividade parlamentar. A Câmara é um ambiente propício à discussão. É inaceitável a censura travestida de regulação. Essa Casa jamais dará acolhida e repudiará qualquer tentativa que possa resvalar em atitude autoritária, qualquer tentativa de controle dos meios de comunicação não irá prosperar no Legislativo."
 
 
A defesa da regulação da mídia é uma das bandeiras do Partido dos Trabalhadores e da presidente Dilma Rousseff. Assim que foi reeleita, em outubro do ano passado, a petista defendeu a regulação econômica da mídia, sem interferência no conteúdo, sob argumento de que apenas seis famílias controlam 70% da imprensa brasileira.
 
 
Para a presidente, a regulação servirá para impedir o monopólio e os oligopólios regionais dos meios de comunicação no país. Em razão da polêmica dessa proposta, apesar da defesa de Dilma, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva (PT), disse no mês passado que o projeto de regulação da mídia não faz parte das prioridades do governo.
 
 
A crítica de Eduardo Cunha a qualquer tentativa de regulação da mídia ocorre na mesma semana em que o tema estará em discussão na Câmara dos Deputados. Nesta quinta, 11, a partir das 9h30, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, a assessora da presidência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Ana Carolina Lopes de Carvalho, o professor da Universidade de Brasília (UnB) Murilo Cesar Ramos e a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, falarão sobre a regulação econômica dos meios de comunicação, em audiência pública requerida pela deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
 
 
Duas propostas serão discutidas nessa audiência pública na Câmara dos Deputados, o projeto de lei (PL) 4026/2004, de autoria do ex-deputado Cláudio Magrão (PPS-SP), e o projeto de lei (PL)6667/2009, do deputado Ivan Valente (Psol-SP). Ambos regulamentam a Constituição Federal (Art. 220), impondo limites à propriedade dos meios de comunicação e à audiência, com a finalidade de coibir o monopólio no setor. Do site da revista Veja
 
 

Park Way ganha área de soltura de animais silvestres


soltura de animais no countryLocalizada no Park Way, uma área de densa mata de cerrado que une os limites do Catetinho e do Brasília Country Clube – BCC, é o mais novo local escolhido pelo Ibama para a soltura de animais silvestres no Distrito Federal.


O local, rico em nascentes, preserva as características do cerrado do Planalto Central e, por isso, é propício para receber animais soltura de animais no country2apreendidos nas operações de fiscalização das autoridades ambientais.

Uma parceria foi firmada entre o BCC e o IBAMA para que as instalações funcionem como área de soltura de animais que não ofereçam riscos aos frequentadores do clube.


A partir desse acordo, centenas de pássaros, de diferentes espécies, como canários da terra, tucanos, araras, papagaios, além de tatus, quatis e micos e até um veado campeiro já foi solto no local.


A presença de novas aves nas imediações já é perceptível nas quadras adjacentes ao Clube.

Mais uma safadeza dos nossos políticos ficha suja em sua luta para não "largar o osso".PROJETO REDUZ INELEGIBILIDADE DOS POLÍTICOS DE FICHA SUJA

UMA PASSO PARA FRENTE, DEZ PARA TRÁS...

PROJETO REDUZ INELEGIBILIDADE DOS POLÍTICOS DE FICHA SUJA

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimO_VvDuMN3U9aEvAvbxy7KZCDh4FQn0Z_RfY7mnwFigdjGevLRfH4VkWTVcwChLNeKithbBls1wZFqHQnJZjASPDNF8R2ssBtwZNcn9INmfMaktlMOIsEzmv8UHKeWuc_dLF5Tp_bKhRO/s640/FICHA+SUJA+50.jpg

O Congresso Nacional debate um mecanismo para driblar a pena de inelegibilidade a políticos brasileiros. Projeto de lei complementar apresentado pelo deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA) e pelo ex-deputado Sandro Mabel (PMDB) permite que seja descontado da sentença final que o condenou à inelegibilidade, o tempo em que o réu respondeu ao processo judicial. 


A matéria altera a Lei das Inelegibilidades, que estabelece a impossibilidade de disputar as eleições pelo período de oito anos depois de cumprida a sentença judicial. 
Se o projeto for aprovado sem modificações, será possível a detração, após o cumprimento da pena, do tempo de inelegibilidade entre a condenação e o trânsito em julgado da sentença, quando não é mais possível recorrer.

A regra valeria tanto para processos criminais, quanto para aqueles de improbidade administrativa. Na justificativa do projeto, os autores remetem à Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de quem for condenado por órgão colegiado, mesmo que ainda caiba recurso da decisão. 


De acordo com os parlamentares, no entanto, a celeridade da tramitação da matéria impediu que fossem enxergados “alguns defeitos graves do projeto original”, entre eles, a criação de uma “inelegibilidade processual, que desestimula o ato de recorrer de uma condenação”.

LUIZ FUX

O assunto chegou a ser tratado pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante o julgamento de duas ações que questionavam a constitucionalidade da legislação.

“O indivíduo condenado poderá permanecer inelegível entre a condenação e o trânsito em julgado da decisão condenatória, passar a ter seus direitos políticos inteiramente suspensos durante a duração dos efeitos da condenação e, após, retornar ao estado de inelegibilidade por mais oito anos, independentemente do tempo de inelegibilidade prévio ao cumprimento da pena”, afirmou Luiz Fux em seu voto.


Um exemplo citado na justificativa do projeto é um indivíduo que tenha sido condenado a 30 anos de prisão. 


Contada a perda dos direitos políticos depois do cumprimento da pena, ele estaria impossibilitado de concorrer a cargos públicos eletivos por 40 anos ou mais, o que poderia ser equivalente à cassação de seus direitos políticos e uma punição “excessiva”. 


Dessa forma, avaliam que a regra é um “desestímulo ao uso dos meios recursais próprios em verdadeira negativa de acesso ao Judiciário”.

COISAS DIFERENTES

Membro do comitê nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o juiz Marlon Reis rebateu com veemência os argumentos dos autores da proposta e já avisou: se o texto for aprovado, o grupo vai agir judicialmente para tentar impedir a alteração na Lei da Ficha Limpa. De acordo com o magistrado, o impedimento ao réu de se candidatar nas eleições se deve à suspensão dos direitos políticos, e não por inelegibilidade. “Juridicamente são coisas diferentes”, argumentou.

Marlon Reis lembrou ainda que “a Lei das Inelegibilidades já previa a perda do direito de disputar cargos eletivos depois do cumprimento da sentença, só que o prazo era de três anos”.  E completou: “O que fizemos foi apenas aumentar para oito anos. Do jeito que estão querendo, a lei vai ficar mais leve do que era antes”, disse o juiz, que atua no Maranhão. Sobre o “desestímulo ao recurso”, o magistrado foi enfático: “Essa alegação é baseada na má-fe, em candidatos que fazem a sua defesa apenas com interesse eleitoral”.

O projeto foi apresentado na Câmara dos Deputados em 18 de dezembro, para tramitar em regime de prioridade. Quatro dias depois foi apensado a outro texto semelhante, e, em março, encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ainda não foi definido quem será o relator do texto. Após a análise do grupo, segue para o plenário para votação em dois turnos. O passo seguinte é o Senado.

(texto enviado por Wilson Baptista Jr.)

07 de junho de 2015
Isabella Souto
Estado de Minas

MPF pretende recomendar suspensão da remoção de comunidades atingidas por Belo Monte


Publicado em junho 8, 2015 por


belo monte



O Ministério Público Federal (MPF) pretende recomendar à Justiça que suspenda a remoção de ribeirinhos que moram em áreas que serão afetadas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará. 


A iniciativa, que está sendo discutida com o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, é fruto da inspeção de dois dias que representantes de órgãos públicos federais, entre eles o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), fizeram na região esta semana.


“Conversamos com as pessoas que, desde o começo, sabíamos que seriam as mais afetadas pelo empreendimento: os ribeirinhos e os pescadores do Rio Xingu, e tivemos um choque de realidade. As dificuldades que estão tendo são muito maiores do que imaginávamos a princípio”, disse o procurador da República Felício Pontes, à Agência Brasil.


Um relatório da visita está sendo produzido e será enviado ao Consórcio Norte Energia, responsável pela construção da usina nos próximos dias. A proposta é aguardar a manifestação do consórcio sobre os problemas apontados pela comitiva e propostas para superá-los. Apesar disso, além de negociar com o Conselho dos Direitos da Pessoa Humana uma recomendação conjunta para tentar suspender as remoções até que os problemas sejam resolvidos, o procurador adiantou estudar a hipótese de o MPF ajuizar um processo judicial para tentar rever os valores das indenizações que estão sendo pagas a título de reparação financeira.


Segundo Pontes, as indenizações não são suficientes para que as famílias de ribeirinhos e pescadores preservem as fontes de renda e o padrão de vida. “Os valores são muito baixos, calculados a partir das casas de madeira e palha onde essas pessoas moram, sem levar em conta que elas retiram seu sustento dos locais onde vivem e pescam. As perdas resultantes da impossibilidade de continuarem exercendo sua atividade econômica não estão contempladas nas indenizações pagas.”


De acordo com o procurador, pescadores relataram que, em função das intervenções no Rio Xingu, a produção individual semanal caiu de 3 toneladas para 7 quilos de pescado.


“É uma situação muito difícil, antes mesmo de a usina começar a funcionar. O consórcio não quer aceitar isso. Quer indenizar as pessoas levando em conta apenas o valor das construções humildes que, muitas vezes, não passam de uma choupana. Ou então transferir as famílias para assentamentos urbanos nas cidades, longe do rio, onde ribeirinhos e pescadores não terão mais sua principal fonte de sustento.”


Pontes não soube precisar o número de pessoas que podem ser prejudicadas pelo empreendimento por não ter tido acesso ao cadastro socioambiental dos moradores das áreas afetadas, cuja produção é responsabilidade do consórcio e o procurador afirma não ter sido concluído.


A Norte Energia garante ter feito o levantamento completo e fornecido as informações ao Ibama para obter a autorização ambiental. Segundo o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), autor das denúncias de violação dos direitos humanos das comunidades tradicionais, mais de 3 mil famílias já cadastradas estão sendo obrigadas a aceitar a reparação financeira, impossibilitadas de optar pelo reassentamento.


O procurador entende que os problemas identificados pela comitiva que visitou as comunidades afetadas violam previsões legais, como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) – da qual o Brasil é signatário e que estabelece que os povos tradicionais devem ser consultados de forma a preservar seus modos de vida – e as próprias condicionantes estabelecidas pelo Ibama ao autorizar as obras. “Há uma violação das leis e das condições estabelecidas para tornar o empreendimento viável do ponto de vista socioambiental.”


Procurado pela reportagem, o Ibama confirmou a participação na elaboração do referido relatório da visita, no qual serão “apurados” eventuais descumprimentos no processo de licenciamento ambiental de Belo Monte. O instituto disse não ter qualquer participação na definição das indenizações, que, segundo o órgão, são negociadas entre as partes.


Em nota, a Norte Energia afirmou cumprir todas as condicionantes estabelecidas no Plano Básico Ambiental, cuja execução é fiscalizada pelos órgãos licenciadores. O consórcio explicou que, de fato, os pescadores são indenizados apenas pelas benfeitorias feitas nos locais onde vivem, e não pelas propriedades, que pertencem à União. Nas ilhas que serão submersas, por exemplo, a Norte Energia diz não haver casas, mas sim construções rudimentares que servem de apoio aos pescadores que param nas ilhas. O consórcio se compromete não só a pagar indenizações por essas instalações, como a construir outras nas ilhas que não vão ser alagadas.


Em relação ao reassentamento dos pescadores que optarem por ser transferidos para outras áreas, a Norte Energia assegura que os locais escolhidos estão dentro das distâncias admitidas no Plano Básico Ambiental. O consórcio afirma não ter constatado a diminuição de peixes em consequência do empreendimento e lamenta que os representantes do MPF tenham permanecido apenas dois dias na região, “prazo insuficiente para qualquer análise aprofundada da realidade da região”. A empresa acredita que algumas autoridades públicas e representantes de organizações não governamentais (ONGs) combatem a hidrelétrica de Belo Monte “por questões meramente ideológicas”.


Por Alex Rodrigues, da Agência Brasil.


Publicado no Portal EcoDebate, 08/06/2015

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A CORRUPÇÃO MATA


Na dantesca selva, até que enfim, um raio fulgurou na Fifa. Destampou a fossa e colocou à vista as lúgubres figuras que a povoam.( E a AUTORIDADE PUBLICA OLÍMPICA quando vai ser investigada? NB)

Mais que uma moralização do mundo do futebol infestado de cartolas velhacos, a atitude, que partiu dos Estados Unidos, parece uma declaração de guerra à corrupção pelo mundo afora, contraria o jeito de arrancar propinas que se generalizou no mundo e perdeu o controle no continente latino-americano. Neste quadrante, a corrupção devasta as economias nacionais e as deixa em frangalhos.

Se a guerra era apenas contra os cartéis do tráfico na América Latina, agora os EUA pretendem enfrentar as quadrilhas organizadas da corrupção. Pegaram pesado contra a Petrobras pelos rombos aos fundos que nela investiram, e não poderia ficar de fora a Fifa, que rapa, da paixão do mais difundido esporte no planeta, bilhões a cada ano.

Surgiu como uma atividade econômica ilícita relevante, uma máfia transnacional.

Na primeira leva de prisões, todos os sete conduzidos ao cárcere pertencem a países das Américas Central e do Sul. Destaque para o brasileiro José Maria Marin, que esteve à frente da CBF e da realização da Copa do Mundo de 2014.

Os Estados Unidos não se conformam, ao que tudo indica, com a exclusão de sediar as últimas Copas “leiloadas pela Fifa”. Apesar de o país oferecer condições operacionais e financeiras melhores que qualquer outro competidor, de garantir rendas e público.

A decisão de brindar o minúsculo Catar e até de mudar o calendário para abrigar a Copa do Mundo no deserto das Arábias, onde o petróleo jorra abundante, teria sido tomada em bastidores de figuras que saem de suas tocas apenas para garfar vantagens pessoais e ilícitas.

Figuras sem expressão, sem história no futebol, mas com voto que decide o destino de bilhões de dólares movimentados pelos torneios internacionais de futebol. Pessoas que, ocupando os vértices da Fifa, de regra, amealham fortunas pessoais que chamam a atenção pelo luxo e pela fartura.

Para ser escolhido sede de Copa do Mundo, o problema está exatamente em ganhar o leilão informal, a disputa de foice entre essas personagens cuja bússola se volta para o lado mais rentável aos bolsos deles.

Na Fifa os 209 votos, um por país, independentemente do peso e da tradição, se concentram numericamente na América Central e no pulverizado Caribe, com 38 membros, e na América do Sul, dez membros, mais 52 no continente africano, que, por afinidades étnicas e culturais com o outro lado do Atlântico, se movimenta pela mesma maré.

Os cem votos, redondos, desse blocão que se regula no mesmo diapasão têm poder absoluto e suplantaram os mais tradicionais e mais representativos países da modalidade.

O voto das Ilhas Cayman vale como o da Inglaterra. Bem por isso, na cúpula da Fifa, a maioria dos membros, como a lista de prisões decretadas pela Justiça dos EUA demonstra, chega a ser ocupada por eles. Coincidentemente, são países que ocupam os vértices do ranking dos mais corruptos e violentos do planeta.

A corrupção tira de quem precisa e privilegia bandidos. Destrói uma nação, é um crime que subverte os valores naturais em favor dos criminosos.

Gera falta de remédios, de assistência social, de educação, de serviços públicos, de aposentadorias mais generosas. Suga silenciosamente e mata mais que as drogas.

Portanto, é justa essa decisão de entrar nessa luta sem fronteiras contra a corrupção, que já fugiu do controle e ameaça assombrosamente a humanidade.


07 de junho de 2015

Vittorio Medioli
 

Receita Federal e MP investigam Neymar e o pai por crimes de falsidade ideológica e sonegação fiscal

MARCA DO PENALTI

neymar_36De acordo com informações da revista Época, o Ministério Público Federal deverá apresentar, nos próximos dias, denúncia criminal contra o pai de Neymar e as empresas envolvidas na negociação do atacante com o Barcelona, em 2013.

Em abril deste ano, os bens do jogador foram arrolados e o procurador do caso, Thiago Nobre Lacerda, suspeita de sonegação fiscal e até falsidade ideológica entre outros possíveis crimes cometidos na negociação.

Ainda de acordo com a Época, a investigação foi iniciada em fevereiro do ano passado, quando a N & N, empresa do pai de Neymar, recebeu a última parcela de um total de R$ 76,4 milhões provenientes da transação com o Barcelona. Após pedidos de documentos oficiais, a empresa entrou, em junho de 2014, com recurso contra a Delegacia da Receita Federal em Santos, porém não conseguiu que a investigação fosse paralisada.

Inclusive, em maio, Neymar da Silva Santos, o pai do atleta, teria sido interrogado por Lacerda. Entre as denúncias, estão suspeitas de adulteração de documentos oficiais, ou seja, falsidade ideológica, e de crimes fiscais e tributários. O MP suspeita também de um acordo de R$ 6,6 milhões firmado entre a N & N e o Barcelona para monitorar revelações das categorias de base. Os serviços não teriam sido prestados, demonstrando que seria uma maneira encontrada por ambas as partes para ‘mascarar’ os pagamentos da contratação de Neymar e sonegar impostos.

O arrolamento de bens significa que o Fisco está monitorando os bens da família de Neymar (como casas, carros e iate) para pagar uma dívida com a Receita. Em outubro de 2014 já havia a informação de que a Receita Federal realizava uma ‘devassa’ na venda de Neymar ao clube catalão, gerando o ‘contra-ataque’ de seu pai, que questionava os procedimentos das autoridades.

Em 2013, o atleta foi vendido ao Barcelona por um valor oficial de 57 milhões de euros (R$ 188,5 milhões). Entretanto, o valor levantou suspeitas pelo fato de o Real Madrid ter oferecido quase o triplo do valor. Após a transferência ser investigada, ficou comprovado que o Barcelona mascarou um valor extraoficial de € 86,2 milhões (R$ 284,5 milhões), total da negociação. Isso fez com que Sandro Rossell, ex-presidente do clube espanhol, e Josep Maria Bartomeu, atual mandatário do Barcelona, fossem ao banco dos réus na Espanha. 



Após o escândalo ter vindo à tona, Rossell renunciou ao cargo em fevereiro do ano passado. Um valor de R$ 8,2 milhões para o Instituto Neymar Jr. também é investigado.
Como noticiado pelo UCHO.INFO, no final de maio, o presidente do Santos FC, Modesto Roma Júnior, anunciou que o clube entrou com representação na Corte Arbitral da FIFA contra Neymar, o pai do atacante, a empresa Neymar Sports e Marketing e o Barcelona. 
(Por Danielle Cabral Távora)


08 de junho de 2015

POIS É... O NOVO DESCOBRIMENTO DO BRASIL, DEPOIS DA FAÇANHA DO NAVEGADOR FRANCELINO PEREIRA.



08 DE JUNHO DE 2015

ESCANDALOSO: governo usará verba pública de propaganda para combater “clima anti-PT”

de junho de 2015


pedalada
Segue trecho de reportagem publicada no jornal O Globo, por Mariana Sanches:

Edinho diz que orientou campanhas pela paz para evitar clima anti-PT – Ministro instruiu empresas públicas, sobretudo Caixa e Banco do Brasil, a fazerem propagandas incentivando a cultura de paz – Investidores dos bancos criticaram a orientação do ministro, no momento em que os negócios dessas instituições, sobretudo o crédito imobiliário, têm desacelerado. Edinho disse que a ideia foi sua e que não consultou a presidente Dilma Rousseff.


O governo federal não poderia lançar uma propaganda institucional sobre o tema porque o teor das mensagens precisa ser de utilidade pública.


— Já os bancos podem fazer como parte de sua formação de marca — explicou o ministro, ressaltando que deu apenas uma sugestão.


Ele admitiu não saber a eficácia dessas mensagens:

— Não sei se dá resultado. Mas estou preocupado e resolvi fazer essa tentativa. Pretendo também pedir ajuda aos órgãos da imprensa — disse o ministro da Secom.” (grifos nossos)
Confirmada a denúncia, trata-se de algo gravíssimo. A publicidade estatal precisa ter natureza informativa; no caso de empresas pertencentes ao governo, o objetivo deve ser a competição no mercado. Segundo a informação, porém, não houve uma coisa e tampouco outra. O governo estaria usando a publicidade de companhias estatais (menos reguladas pelas restrições da Constituição Federal) no sentido de aliviar a barra DO PARTIDO.


Temos a seguinte situação: bancos estatais vivem um quadro de crise, JUSTAMENTE ORIGINADO POR CONTA DAS AÇÕES DESSE MESMO GOVERNO, E TAMBÉM JUSTAMENTE PELO USO DE ESTATAIS PARA FINALIDADES PARTIDÁRIAS E PESSOAIS. Qual a solução? Fazer propaganda de órgão público em  em defesa do.. partido!


Isso é inadmissível e escandaloso sob qualquer ponto de vista.

O estupro coletivo no Piauí e o (vexaminoso) silêncio do feminismo esquerdista

moradores de Castelo/PI - foto de Catarina Costa/G1
moradores de Castelo/PI – foto de Catarina Costa/G1


No Piauí, quatro adolescentes foram brutalmente agredidas e estupradas. Mas não houve revolta pública da militância feminista de esquerda. Muito provavelmente porque há cinco suspeitos/acusados com idades de 15 a 17 anos. Em tempos de debate da redução da maioridade penal, algumas pessoas que dizem militar pelas mulheres preferem, antes e acima disso, militar pela esquerda.


Guardadas as proporções, a situação tem similaridades com o atentado terrorista contra o jornal Charlie Hebdo. A atrocidade obviamente deveria ser condenada por todos, mas houve casos de silêncio obsequioso e até relativização, já que os perpetradores eram muçulmanos e o fato poderia fortalecer a direita europeia (não faltaram esquerdistas brasileiros tomando essa postura, alguns publicamente, outros chegando ao ponto de “lacrar” dizendo que talvez os humoristas tivessem provocado).


A história se repete (como a velha farsa de sempre): um ato bárbaro contra meninas é agora solenemente ignorado por boa parte da militância esquerdista do feminismo nacional. Devem acreditar que jogar luz a esse fato pode, ao fim e ao cabo, ajudar na diminuição da maioridade penal – e aí preferem deixar de lado a bandeira que alegam defender como a principal.


Bobagem, claro. Antes da causa, seja qual for, vem a ideologia maior, a causa-mãe. Por essas e outras, chega a ser patético verificar aquelas militantes, sempre em fúria contra comerciais de TV, programas humorísticos ou fanpages de humor, agora em total silêncio – algumas, para além disso e sem condenar o estupro com a mesma veemência, surgem em discussões nas redes atacando a delegada que teria sugerido castração química dos estupradores.


A lógica dessa militância é deplorável: primeiro, o esquerdismo; depois, e só mesmo depois, os direitos das mulheres. E isso vale até mesmo para o caso de adolescentes estupradas.


Triste, sem dúvida. Mas nada de novo, em se tratando dessa gente que não defende uma causa, mas sim se infiltra em movimentos específicos para fazer prevalecer, bem acima da pauta específica, o esquerdismo mais doentio possível.


A parte boa: muitas feministas não mais toleram esse oportunismo esquerdista – valendo como exemplo o ótimo blog Margaretes. E isso vem ocorrendo com várias outras bandeiras, em maior ou menor escala. Já estava na hora.

Mais de 40% dos brasileiros em idade apta ao trabalho estão sem emprego


3 de junho de 2015


dilma_tapandonariz

Segundo o Governo, a taxa oficial de desemprego chegou a 8% no primeiro trimestre. Não é pouco, mas os números reais são ainda piores: segundo o IBGE, cerca de 40% da população brasileira em idade para trabalhar está sem emprego.


Confuso? Vamos explicar (os trechos a seguir são de reportagem do iG). Primeiro, o percentual de pessoas que têm alguma ocupação diante do total em idade apta para o trabalho. Sigamos.
“O nível da ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,2% no primeiro trimestre, abaixo dos 56,9% verificados no trimestre anterior e dos 56,8% observados no primeiro trimestre do ano passado.” (grifos nossos)
Agora, o percentual dos que PROCURAM por alguma ocupação, mas estão desempregados:
“A taxa de desocupação do primeiro trimestre deste ano ficou em 7,9%, a maior taxa verificada desde o primeiro trimestre de 2013 (8%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domícilio Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.” (grifos nossos)
Por fim, o número de pessoas que NÃO tem um emprego e também NÃO procuram por um:
“Em todo o País, 39% das pessoas em idade de trabalhar (acima de 15 anos) foram classificadas como fora da força de trabalho no primeiro trimestre deste ano. Esse contingente é formado pelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.” (grifos nossos)
Resumindo: 39% da população brasileira em idade apta a trabalhar não tem e nem procura por trabalho.

Assim, quando o governo divulgar a taxa oficial de desemprego, procure nas letras miúdas das reportagens o percentual de pessoas “fora da força de trabalho”. Esse é o número real.

Os MONSTROS DO ECA atacam sem pidade.Protejam seus filhos!Morre uma das garotas estupradas por adolescentes no Piauí

7 de junho de 2015

Morre uma das garotas estupradas por adolescentes no Piauí

Foto de Gilcilene Araújo, G1 Piauí
Foto de Gilcilene Araújo, G1 Piauí

Segue trecho de reportagem do G1, por Patrícia Andrade:
“Morreu no início da noite deste domingo (7) uma das garotas vítimas do estupro coletivo que aconteceu na cidade de Castelo do Piauí. De acordo com o diretor do Hospital de Urgência de Teresina, Gilberto Albuquerque, a adolescente de 17 anos passou 10 dias internada, cinco destes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu.
Conforme o diretor, a adolescente teve esmagamento da face do lado direito, lesões pelo pescoço e traumatismo torácico. Mesmo após procedimentos cirúrgicos, a equipe médica não conseguiu evitar as complicações em decorrência das hemorragias.”
Falamos sobre esse absurdo neste post do blog; agora, o que era terrível ficou ainda pior.
 
 
 

Os adolescentes cometeriam apenas 1% dos homicídios? Mentira comprovada!“. No Distrito Federal a participação de menores em homicídios é de 30%. A fatia é parcialmente explicada pela disseminação de brigas de gangues na capital. Já no Ceará, os menores estiveram envolvidos em 30,9% dos crimes violentos letais intencionais em 2014. Esse número pode ser puxado para cima por incluir latrocínios.”

8 de junho de 2015

Marcia Foletto O Globo
foto: Marcia Foletto / O Globo


O primeiro a desmentir essa lorota (que nem chega ao nível requintado de falácia) foi Leandro Narloch, no ótimo “Caçador de Mitos”. Vale a leitura.


Agora, para além dos dados já desmentidos, surgem NOVOS números, esses sim oficiais, colhidos pela Folha de São Paulo (reportagem de Érica Fraga e Reynaldo Turollo Jr.). Segue trecho:
“Embora mostre um retrato parcial, o levantamento traz indicações. Revela que, nos nove Estados, a participação de menores em homicídios com autoria conhecida não é insignificante, como autoridades têm dito. Em sete Estados, é igual ou superior a 10%.”
Sobre a mentira que foi espalhada até pelo governo:
“Na quarta-feira (3), a Presidência da República publicou nota informando que, segundo o Ministério da Justiça, os menores são responsáveis por apenas 0,5% dos homicídios no país. O dado já tinha sido divulgado antes. Procurado, o ministério negou a autoria da conta e a atribuiu ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A entidade, porém, afirmou nunca ter feito tal cálculo justamente por falta de dados oficiais. Estimativa de que menores responderiam por 1% das mortes também já foi atribuída ao Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que nega ser fonte do dado.”
E a reportagem cita alguns casos extremos:
“O Distrito Federal informou uma participação de menores em homicídios de 30%. A fatia é parcialmente explicada pela disseminação de brigas de gangues na capital. Já no Ceará, os menores estiveram envolvidos em 30,9% dos crimes violentos letais intencionais em 2014. Esse número pode ser puxado para cima por incluir latrocínios.”
Enfim…
Não é a primeira vez que a militância esquerdista inventa algum número e tenta dar o “migué” – daí, mesmo depois do desmentido, com fatos e números, insistem na lorota. Porque, para eles, pouco importa a verdade ou a realidade, a missão principal é fazer valer a crença ideológica.


Isso também acontece quando denunciam crimes horrendos que, quando vão investigar, simplesmente não existiram. Justificam essa maluquice da seguinte forma: como há muitos casos assim que não são revelados, a mentira serviria para lançar luz sobre o problema. Bobagem, claro. A mentira serve apenas para desacreditar ainda mais os casos efetivamente sérios, já que acaba pondo em descrença todas as denúncias.


Essa historinha de que adolescentes cometeriam menos de 1% dos crimes violentos é emblemática. Grandes veículos reproduziram o chute, o próprio governo insistiu no dado falso, de modo que a mentira se repetia com um citando o outro, outro citando o um, mas ninguém checando os dados. Daí checaram: eles não existiam. E foram além: os dados reais são muito piores (óbvio).


E o que faz a militância? Ora, continua mentindo, continua divulgando a mentira, continua fingindo não saber que esses números não sejam reais. Porque os fatos que se danem, em primeiro lugar vem a devoção militante, o fanatismo ideológico.


Por essas e outras que 90% dos brasileiros são a favor da redução da maioridade penal. Porque essa é a fatia da população que vive no mundo real, não nas estatísticas inventadas pela esquerda.
ps – ainda sobre o tema, recomendamos a leitura deste e deste post.

A esquerda deixou de ter o monopólio da mídia e da produção de ideias. A internet deu voz àqueles que, isolados, nada podiam fazer para interferir no processo.


A esquerda deixou de ter o monopólio da mídia e da produção de ideias. A internet deu voz àqueles que, isolados, nada podiam fazer para interferir no processo.



É notório que o Brasil vem num processo de transformação rápido, que tem sido produzido pela revolução socialista que está em curso. Esta revolução quer ser silenciosa e tem passado desapercebida para a maioria dos brasileiros. Poucas vozes se levantaram para denunciar e falar sobre o assunto. Quero aqui explicitar como esse movimento revolucionário tem sido implantado em nosso país.



São três eixos revolucionários que caminham em paralelo, mas mantendo os mesmos objetivos estratégicos e frequentemente se intercruzando. 


1.O primeiro deles é a chamada revolução gramsciana, que entrou em pauta com o maior dos seus estrategistas, Fernando Henrique Cardoso, quando da fundação do Cebrap, no final dos anos sessenta.



O Cebrap virou um think thank e logo foi imitado por outros, basicamente para realizar a formação de quadros e a produção de ciências sociais comprometidas com a revolução. É claro que o Cebrap levou FHC à presidência da República, três décadas depois. A revolução gramsciana se consolidou com a posse de Lula e do PT na Presidência da República. 







Muitas das cabeças coroadas da academia e da imprensa nunca deixaram de ser agentes propagadores da revolução gramsciana, como se vê. Foram produtores de falsa ciência, a serviço da transformação social. Se você, leitor, fez algum curso universitário provavelmente saiu dele intoxicado com o veneno ideológico produzido por essa gente, que é autora da maior 
parte da literatura recomendada.



Os agentes formados por esses falsos gurus pouco a pouco foram tomando conta do Estado, de modo a transformar seus organismos em “aparelhos ideológicos”, a serviço da causa revolucionária. Tomaram conta primeiro da Educação e da Saúde. Depois de todo o resto.



Essa revolução ganhou força quando dominou do pensamento universitário brasileiro, ao longo dos anos setenta e oitenta (e depois, já que nunca parou). Os professores e alunos passaram a ser divulgadores e doutrinadores das ideias revolucionárias e também cabos eleitorais quando as eleições aconteciam. A eficácia política foi total, a ponto de a direita ter desaparecido da cena política, só retornando agora, de forma embrionária e dispersa, com as eleições de 2014. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, será talvez a maior expressão política dessa nova direita. O Brasil está ainda hemiplégico, voado politicamente apenas com seu lado sinistro.




2. O segundo eixo da revolução é a cultural, que recebeu grande impulso depois da posse de FHC como presidente e ainda maior quando o PT o sucedeu. Políticas de cotas, de aborto, pró movimento gay, a busca obsessiva pela igualdade de gêneros no limite do ridículo (muito além do ridículo!!NB), liberação do uso de estupefacientes, tudo tem sido feito nessa direção, naturalmente inspirado da Escola de Frankfurt. O objetivo derradeiro é destruir a família cristã e o Brasil como unidade, fragmentado em múltiplos “movimentos sociais”. 



Essa perna da revolução sofreu agora profundo revés porque Eduardo Cunha assumiu a presidência da Câmara de Deputados e, como primeira medida, decidiu retirar de pauta os pontos da agenda revolucionária.




3.O terceiro eixo é mais antigo e é caudatário de intelectuais que produziram ficção e não ficção desde o século XIX. A literatura e a filosofia foram postas a serviço da transformação. A Semana de Arte Moderna é expressão maior dessa tentativa revolucionária. Nossos grandes escritores, em alguma medida, fizeram da sua obra um veículo de propaganda da revolução.




Dos três eixos, o mais pernicioso e o mais profundamente arraigado é o terceiro. Contra ele só pode agir um processo de produção cultural em volume equivalente àqueles produzido pelas esquerdas, convencendo a inteligência brasileira, sua elite cultural bem como econômica, do erro que é abraçar a revolução. É um processo que levará décadas, por isso um partido político ou alguma liderança contrarrevolucionária não pode fazer muito, exceto aquilo que Eduardo Cunha fez. 




É preciso reescrever os livros didáticos, que surjam novos escritores comprometidos com a causa da verdade, que os jornais saiam das mãos dos comunistas, que os professores deixem de ser agentes da transformação para serem os portadores da moralidade. Um movimento assim nem começa e nem acaba em partidos políticos, pois exige o engajamento de uma elite pensante que ainda não existe.



Eu vejo aqui e ali sintomas de vitalidade. É preciso fazer germinar um novo tipo de homem, comprometido com a verdade e o Bem. Vai demorar, mas, se serve de consolo, penso que essa reação está em curso, de forma espontânea. A esquerda deixou de ter o monopólio da mídia e da produção de ideias. A internet deu voz àqueles que, isolados, nada podiam fazer para interferir no processo. O simples fato de se discutir o assunto é já trabalhar para a sua superação.
Quem viver verá.