quarta-feira, 17 de junho de 2015

Cunha quer urgência para projeto da ‘cristofobia’

Congresso em Foco

Projeto que transforma ‘ultraje a culto’ em crime hediondo recebe amplo apoio de lideranças partidárias. Intenção é votar proposta ainda em junho, avisa autor do texto, deputado Rogério Rosso, que tem o aval do presidente da Câmara




Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados
Cunha quer urgência para 'cristofobia'



O projeto de lei que tenta transformar a chamada “cristofobia” em crime hediondo deve tramitar em regime de urgência na Câmara. Foi o que declarou nesta quinta-feira (11) o próprio presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois de mais uma rodada de votações sobre reforma política.


Entenda-se por cristofobia, de acordo com quem utiliza o termo, uma espécie de aversão a preceitos e práticas cristãos, em que eventuais detratores dispensariam a religiosos o mesmo tratamento – a “homofobia” – dado a homossexuais por parte dos chamados homofóbicos.



De autoria do líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), a matéria aumenta a pena de ultraje a culto para até oito anos de prisão. Hoje, a pena para esse tipo de crime varia de um mês a até um ano de cadeia, como estipula o artigo 208 do Código Penal. “Se tiver a urgência dos líderes, eu ponho para votar”, disse Cunha nesta quinta-feira (11), referindo-se à tramitação do projeto.



A proposta foi apresentada em resposta às manifestações da Parada do Orgulho Gay realizada em São Paulo, no último domingo (7). Durante os protestos, a atriz Viviany Beleboni, de 26 anos, transexual e espírita, desfilou presa a uma cruz encenando o sofrimento de Jesus Cristo. Na extremidade superior da cruz, uma frase de protesto: “Basta de homofobia LGBT”. O gesto foi entendido como uma provocação contra católicos e evangélicos.



Na noite de quarta-feira (10), Rosso apresentou um requerimento de urgência à tramitação da proposta assinado por lideranças de partidos como PSDB, PSD, PMDB e DEM. Enter as grandes legendas da Câmara, apenas o PT não aderiu ao pedido. “A gente quer transformar isso em lei ainda neste ano”, disse Rosso.



Para já
Para o líder do PSD, a tendência é que a proposta seja votada nas próximas três semanas, desde que a urgência lhe seja devidamente conferida por vontade da maioria do plenário. Atualmente, tramitam em caráter de urgência constitucional na Câmara o pacote anticorrupção do governo e o projeto de lei que promove a desoneração da folha de pagamento. Ambas as proposições devem ser apreciadas na próxima semana.
“O que eles [os grupos LGBTs] estão fazendo, e que ninguém imaginava, é unir os cristãos”, observou Rosso. Segundo apuração do Congresso em Foco, o próprio presidente da Câmara também quer que o projeto da “cristofobia” seja apreciado até o final de junho.


Ainda na noite de ontem (quarta, 10), representantes de pelo menos 330 parlamentares apresentaram uma nota de repúdio contra a Parada Gay do último domingo. No documento, lido no Plenário da Câmara, deputados classificaram a manifestação LGBT como uma “tentativa de desmoralizar a crença de milhões de brasileiros, com provocações desnecessárias, atitudes nefastas, inescrupulosas e reprováveis”.


O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), por exemplo, disse que “dinheiro público” foi utilizado para “patrocinar a intolerância”, em referência a patrocínios de autarquias do governo federal à manifestação.

Manifestantes clamam por "intervenção militar constitucional nos Três Poderes"

Grupo assegura que só a intervenção militar pode acabar de vez com a corrupção no País
 
Francisco Dutra
Especial para o Jornal de Brasília
Quem passa pela Esplanada dos Ministérios já deve ter percebido um acampamento com bandeiras do Brasil, dois ônibus, ares militares e dezenas de cartazes no gramado próximo ao Congresso, ao lado do Itamaraty. Há quase 90 dias, grupos sociais pedem, de lá, o que chamam de “intervenção militar constitucional nos Três Poderes”.



Nas palavras dos manifestantes, na falta de respostas eficientes das autoridades e com os casos generalizados de corrupção, vistos em todos os partidos, as Forças Armadas deveriam retomar o poder para reorganizar e limpar a máquina pública.  Após a “limpeza”, os intervencionistas alegam que  eleições com ficha limpa seriam retomadas.



“Nós hoje temos um governo que não conhece os problemas do Brasil. Os partidos políticos têm o comportamento de agremiações criminosas e estão destruindo o País. Ou nós conseguimos que os militares tirem eles do poder e novamente tenhamos um governo militar ou o Brasil não tem mais chance”, argumentou Ronaldo Luís Ferreira, um dos líderes da manifestação.



Do ponto de vista intervencionista, o regime militar, pelo qual o Brasil foi submetido há poucas décadas, não foi uma ditadura, porque houve alternância de poder para evitar a influência comunista e “bandismo” interno. Mas vale o registro de que os presidentes do período foram generais avalizados pelas Forças Armadas. Além disso, os governos militares adotaram a postura de  linha dura contra qualquer crítica ao regime, em muitos casos, recorrendo à violência extrema.    



“Em 64, os militares tomaram o poder para limpar a casa. Agora, vamos ver o que esse governo fez com a Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES. Acabaram com tudo”, defende o representante do  grupo Patriotas, Luís Antônio.



Nada de políticos 
Segundo Luis, o movimento caminha sem apoio de políticos oue militares. “A gente quer uma intervenção  militar não para dar força ao militarismo e sim que se faça cumprir o que está na Constituição”, declarou.


No acampamento, poucos rostos são vistos, mas os organizadores alegam que possuem  apoio pelas redes sociais.


Extremistas sem muitos seguidores
A fragilidade das principais instituições brasileiras é um terreno fértil para o nascimento de discursos extremistas. Esta é a leitura do professor de Ciência Política da Universidade Brasília, David Fleischer. E a partir das sucessivas falhas dos políticos moderados, a radicalização pode nascer em todos os campos ideológicos e sociais.



“O Brasil está em um momento difícil. O governo está enfraquecido e sem rumo. Isso propicia o discurso  extremista. Mas, por enquanto, eles não têm muitos seguidores”, afirmou. 



No Congresso é cada vez mais comum ver personagens com discursos radicais, seja para direita ou para a esquerda, como por exemplo o do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).


Na Europa, posições extremistas  começaram  a ganhar protagonismo em 2008. A esquerda radical chegou ao poder na Grécia e anunciou moratória. Na França, a direita ultra conservadora conquista cada vez mais espaço.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília



Comentários

zkp16

Alguém se lembra nos anos 70/80 na época dos militares quem patrulhava no conjunto nacional conic,na rodoviária, entre outros locais?isso mesmo era a polícia do exército,não se via moradores de rua usuários ou traficante de drogas.Várias vezes ia ao cinemas nestes locais andava tranquilamente e sempre me deparava com uma dupla de Policiais do Exercito nestes locais, era seguro passear.Hoje esses Filho da P* ai so querem saber de política e roubar os cofres públicos nao estão nem ai pro povo.
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Chacall Originall

Apoiados!! O Poder emana do povo. Só manifestações ñ adiantam. Cadê a coragem dos deputados, senadores e ajustiça pra intervir moralizar e banir o desgoverno do PT. Nas delações o tesoureiro pegou U$ 300 milhões de corrupções nas estatais pra eleições de 2010. A Dilma já sabe, e até arrumou as malas pra sair do Governo. É constitucional, os eleitores tem o poder de decisão e os políticos tem o papel fundamental para que isso torne senso comum
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Lu�s Oliveira

Eu sou favorável a "Intervenção Militar" somente para combater a violência, tráfico e contrabando, especialmente de armas (fronteiras). Afora isso e com todo o respeito aos militares, acho que os brasileiros não são adeptos ao modelo de "Ordem e Progresso" reproduzido nas casernas. Lembrem que no regime militar todos são tratados como milicos... Portanto, tem que aceitar as ordens dos poucos superiores.
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Gil

Antes de registrar comentários ofensivos, melhor ler com atenção o objetivo dos manifestantes ?A gente quer uma intervenção militar não para dar força ao militarismo e sim que se faça cumprir o que está na Constituição? Tem lógica,o "gigante" adormeceu novamente e tudo está muito complicado neste país. Os manifestantes podem não ter muitos seguidores, mas defensores...são muito mais do que podemos imaginar.Os militares não vão querer assumir essa quebradeira toda. O povo escolheu, se vira!
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Ariomar Duarte Melo

Eu conheço a historia e apoio a ideia. Fazemos isso agora ou esqueçamos um país prospero e seguro. Com o povo mais esclarecido, nao teríamos um governo militar totalitário, igual aos conhecidos na velha historia. Sou um democrata, mas é preciso admitir a incapacidade desses "governos" ditos "democratas", os quais nao foram capazes de garantir o minimo para esta sociedade, cada dia mais doente, nervosa e agora faminta.
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Comissão da Câmara aprova redução de maioridade penal

  

Em sessão fechada, deputados aprovaram nesta quarta-feira, 17, a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos para alguns tipos de crime. 

Apesar de uma série de manobras de parlamentares contrários ao texto para obstruir a votação, com 21 votos a favor e seis contra, a comissão especial criada para discutir o tema decidiu que serão punidos como adultos os maiores de 16 anos que cometerem crimes hediondos (como latrocínio e estupro), homicídio doloso (com intenção de matar), lesão corporal grave, lesão corporal seguida de morte e roubo qualificado.
Os únicos contrários ao texto da redução foram Érika Kokay (PT-DF), Margarida Salomão (PT-MG), Maria do Rosário (PT-RS), Arnaldo Jordy (PPS-PA), Tadeu Alencar (PSB-PE) e Weverton Rocha (PDT-MA).

O novo relatório foi apresentado pelo deputado Laerte Bessa (PR-DF), que decidiu acolher propostas acordadas entre PMDB, PSDB e outros partidos, flexibilizando o parecer original que havia apresentado na semana passada. O acordo foi costurado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para garantir a aprovação na comissão. Cunha segurou o início da sessão no plenário principal da Câmara até que o texto fosse votado na comissão. A postura do presidente foi questionada pelo deputado Glauber Braga (PSB-RJ).

Próximo ao início da votação, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), e o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) foram à comissão para garantir que ela chegasse ao final. O governo temia que a procrastinação na comissão especial atrasasse a votação do ajuste fiscal no plenário da Câmara.

Alterações. No texto anterior, a redução da maioridade era linear, ou seja, valia para qualquer crime. O texto aprovado dispensa a obrigação de se consultar o Ministério Público, assim como foi acordado.

O texto prevê que os maiores de 16 anos e menores de 18 anos cumprirão a pena em estabelecimento separado dos maiores de 18 anos e dos menores de 16. A nova redação também prevê que União e Estados terão que criar os estabelecimentos para o cumprimento das penas.

"O cidadão de 16 anos sabe muito bem distinguir o que é um ato lícito e um ato ilícito. Não podemos dizer que um menor de 16 anos é inimputável. Isso é um absurdo", afirmou Bessa. O ex-delegado de polícia disse preferir um texto ainda mais duro. "A minha convicção não é só de baixar de 18 para 16. Queria pegar mais um pouco, uma lasca desses criminosos, bandidos", afirmou, antes de criticar aqueles contrários à redução. "Muita gente que quer proteger hoje nunca esteve na rua para enfrentar um bandido, um delinquente desta natureza".

"Os senhores serão cobrados nas próximas eleições. Estão vendendo algo que não vão entregar. Esta Casa não pode de novo errar no populismo penal", disse Darcísio Perondi (PMDB-RS). "A bala não resolve tudo", protestou a deputada Érika Kokay (PT-DF). Quando acabou de falar, deputados da chamada "bancada da bala" gritaram: "Pega o lenço!".
"Estamos sendo aqui acusados de não querer votar a matéria. Os senhores vão ser acusados de atropelar uma discussão tão importante como esta", afirmou o deputado Weverton Rocha (PDT-MA), segundo quem a comissão foi apressada por pressão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já marcou a votação em plenário para o próximo dia 30. "O presidente da 'Câmara do Presidente' ou, desculpa, da Câmara dos Deputados, simplesmente tuitou dizendo que no dia 30 tem que votar e aí, vamos lá votar porque ele está dizendo que tem que votar", criticou.

Tensão. A sessão foi tensa desde o início. Deputados contrários e favoráveis à redução tentaram diversas manobras para, respectivamente, acelerar ou atrasar a votação.

Houve novo tumulto quando deputados da "bancada da bala" identificaram a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral. O presidente da comissão, André Moura (PSC-SE), permitiu que ela ficasse na sala, desde que atrás do cordão de isolamento. Um dos deputados que pediu a saída da estudante foi o Delegado Éder Mauro (PSD-PA), favorável à redução da maioridade penal. "Prefiro encher a prisão de bandido do que o cemitério de vítima inocente", disse o parlamentar.

Os bate-bocas eram constantes: "Aqui não tem delegado, capitão ou coronel. Todos são deputados", disse Sérgio Vidigal (PDT-ES). "Que babaquice é essa? Está querendo aparecer", reagiu deputado Alberto Fraga (DEM-DF), coronel da reserva da Polícia Militar.

Manifestantes. O clima também era tenso do lado de fora do plenário.  Impedidos de entrar devido ao conflito com seguranças na semana passada, manifestantes fizeram um "apitaço" no corredor onde funcionam as comissões e gritavam "Não à redução", "Fascistas não passarão" e "Fora Cunha", protestando contra o presidente da Câmara, favorável à redução da maioridade penal.

Como se trata de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), o texto precisa ser votado em dois turnos no plenário da Câmara. A primeira votação está prevista para o dia 30 de junho. É preciso um mínimo de 308. Aprovado na Câmara, o texto segue para o Senado, onde também precisa ser apreciado em duas votações.

ESPALHAFATOSA DEFESA DA CRIMINALIDADE



Por Percival Puggina. Artigo publicado em 15/06/15


 


A gritaria da deputada Maria do Rosário, que pode ser assistida neste vídeo, impõe alguns comentários. 


Os adjetivos selecionados pela oradora visam a criar uma dicotomia, onde a perversidade está nos deputados favoráveis à redução da maioridade penal e a bondade nas "organizações sociais" que a ela se opõem. De onde saiu a ideia de que a defesa da sociedade, mediante a privação da liberdade dos criminosos, é um ato mau? 


A deputada acusa a comissão, também, de estar assumindo uma ideologia de classe que é, por definição, a ideologia dela mesma, como petista e ex-PCdoB. Por isso, fala como se a redução da maioridade penal visasse seleção por classe social. Foi Sua Excelência e não a comissão ou o projeto que quis pautar o assunto como conflito de classe.


Tomada pela ira, sem pedir licença ao bom senso, afirma que "eles estão tentando aqui é colocar na prisão não os que matam, não os que cometem crimes bárbaros". Enorme esforço retórico para sair da sinuca de um discurso sem pé nem cabeça. 



Em sua exaltação cotidiana, sempre preocupada com os criminosos e desinteressada de suas vítimas, afirma, também, que o Código Penal não resolve o problema da criminalidade. Mas o Código Penal, deputada, não existe para isso. Ele existe para punir culpados, para reduzir a sedução da vida criminosa e para que o condenado, no dizer deles mesmos, "pague sua conta com a sociedade". 


O que a senhora deseja, a retificação da vida do criminoso, é uma das tarefa do sistema penitenciário e não do Código Penal. Aliás, para que o sistema (bem preparado para isso) faça o que a senhora pretende é necessário, primeiro, que o bandido seja preso. Precisarei desenhar?
"Cinquenta mil presos a mais" não reduziram a insegurança social? 


E graças a qual estranho para-efeito isso virou motivo para que se desista de prender bandidos? Entende-se, assim, o motivo pelo qual o governo da deputada jogou a sociedade no atual nível de insegurança, sem vagas nos presídios, sem controle de fronteiras, desarmando os cidadãos de bem e se opondo à redução da maioridade penal, numa sequência de condutas que ofendem o bom senso. 


Quantos marmanjos de 16 anos merecem, de fato, ser tratados como inimputáveis, irresponsáveis e incapazes? A legislação penal já prevê a inimputabilidade dos que o forem, independentemente da idade! Chega a ser desrespeitoso tratar um marmanjo de 16 anos como se fosse criança, e criança pequena mal educada, incapaz de distinguir o certo do errado. 



A distorção da atual legislação está, visivelmente, ampliando aquilo que pretende evitar e desprotegendo aqueles que pretende resguardar. Por isso aumenta a criminalidade entre os jovens. 


E, não por acaso, são eles mesmos, as primeiras e principais vítimas da regra cega que a deputada se esforça em preservar.

TCU dá 30 dias para Dilma explicar irregularidades em contas de 2014




Dimmi Amora e Aguirre Talento - Folha de São Paulo -17/06/15



 


Os ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) decidiram nesta quarta-feira (17) dar um prazo de 30 dias para que a presidente Dilma Rousseff se explique pessoalmente, por ofício, sobre irregularidades apontadas pelo órgão na prestação de contas do governo de 2014. Será a primeira vez que o tribunal convoca um presidente a se explicar.





 

A posição do relator das contas de gestão, ministro Augusto Nardes, de pedir explicações à Dilma, foi seguida por unanimidade pelos oito ministros votantes. O receio da corte de reprovar as contas sem ouvir a presidente era o de que o Palácio do Planalto recorresse à Justiça alegando não ter tido o amplo direito de defesa e derrubasse uma possível decisão contrária ao governo.

Em seu voto, lido por pouco mais de uma hora, Nardes afirmou que irregularidades cometidas no ano passado em relação aos gastos públicos impedem a aprovação das contas de Dilma.


"As contas não estão em condições de serem apreciadas em razão dos indícios de irregularidades. Não foram fielmente observados os princípios legais e as normas constitucionais", disse.



Antes da anunciar a decisão, ele fez um discurso duro sobre os problemas apresentados nas contas de 2014. "Todos devem se submeter ao império da Lei. Não podemos agir diferente se quisermos consolidar a democracia brasileira", afirmou.

 
FALHAS
Técnicos do TCU apontaram várias irregularidades, incluindo as chamadas "pedaladas" fiscais, que permitiram ao governo segurar despesas com ajuda dos bancos públicos que pagam, por meio de transferências, benefícios como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida.



"É preciso dar um basta nisso", disse Nardes, apontando que em 2014 R$ 37 bilhões dessas dívidas foram escondidas.
"A Lei de Responsabilidade Fiscal não pode ser jogada pela janela."
No total, as dívidas escondidas pelo governo em 2014 com bancos e fornecedores chegam a R$ 256 bilhões.



O relator também apontou que o governo foi avisado de que teria que cortar despesas e, mesmo assim, aumentou gastos no último ano do governo, quando a presidente tentava a reeleição.
Atos pessoais de Dilma, como a emissão de decretos aumentando despesas sem autorização do Congresso, também foram considerados ilegais e colaboraram para o voto contrário de Nardes.




PRESSÃO
Os ministros sofreram fortes pressões ao longo da semana. Emissários de Dilma tentaram convencer o tribunal a aprovar as contas, enquanto integrantes da oposição, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) –que perdeu para Dilma a última eleição presidencial–, defenderam sua reprovação.



A rejeição das contas pode prejudicar a imagem externa do país, aumentando a desconfiança dos investidores sobre os números do governo, e criar dificuldades políticas, oferecendo nova justificativa para líderes da oposição que defendem o impeachment da presidente.



Seja qual for o resultado final do TCU, o parecer é encaminhado ao Congresso Nacional, onde os parlamentares podem manter ou alterar a decisão da corte.



CRÍTICAS
O relator foi duro em suas críticas ao governo, insinuando que faltou "verdade" nos gastos públicos.



"Qual o Brasil que queremos? Um Brasil que o Estado comanda tudo, para de investir e o país para, como estamos vivendo hoje? [Queremos] Um Brasil de credibilidade, de confiança, de respeito internacional nas instituições. Precisamos de verdade para realizar esse desejo. Verdade na gestão dos recursos públicos, na demonstração no emprego do dinheiro do povo brasileiro", disse.


Nardes atribuiu os problemas da economia nacional ao desrespeito com as contas públicas, já que o governo teve deficit em 2014 de R$ 22 bilhões nos seus gastos primários.


"O que mostramos leva a um círculo vicioso de baixo crescimento, inflação alta, despesa pública alta e investimento baixo, deficit fiscal, criando a incerteza que vivemos hoje", disse.



O ministro do TCU ainda elogiou o ministro Joaquim Levy (Fazenda), dizendo que ele "está tentando fazer consertos".

AFINAL, QUAL É A VERTENTE DE PODER DO PT QUE LHE CONCEDE O PRIVILÉGIO DE FAZER O QUE BEM ENTENDE LIVRE, LEVE E SOLTO?

quarta-feira, junho 17, 2015


Os cidadãos brasileiros olham pasmados o que está acontecendo. O dragão da corrupção do PT avança sobre Brasília, particularmente sobre o Tribunal do Faz de Contas, e promove um inaudito arrastão remetendo às calendas o julgamento das vigarices do PT, denominadas de "pedaladas fiscais", artifício que foi utilizado pelos petistas para reeleger a Dilma. As pedaladas pisoteiam a lei de responsabilidade fiscal fato suficiente para o impeachment.

 
Entretanto, apesar de aparentemente avariado o PT e, de fato repudiado pela maioria dos brasileiros, o governo petista age leve, solto e tranquilo, como faz o chavismo de Nicolás Maduro na Venezuela.

Tudo o que está acontecendo no Brasil ocorreu igualmente na Venezuela. Lá também o chavismo, versão bolivariana do PT, aparelhou tudo desde a Corte Suprema até a mais insignificante repartição pública.

Fechou o Senado criando um sistema unicameral, com uma dita Assembléia Nacional, espécie de repartição pública destinada a homologar sem quaisquer delongas todos os projetos governamentais. E, por via das dúvidas, criou uma tal "Lei Habilitante", da qual se vale Maduro, que confere poder total e irrestrito para o presidente governar por decreto.

Entretanto, o cerne do poder real do chavismo foi costurado ainda durante o reinado do defunto tiranete Hugo Chávez, um coronel do Exército. Chávez manobrou até conseguir a subserviência ampla e irrestrita das Forças Armadas.

 

Deve-se assinalar que o poder político de qualquer governo e de qualquer Estado, repousa na força. Na Venezuela, como nos demais países congregados no Foro de São Paulo, o processo de aplicação do socialismo do século XXI tem o respaldo amplo de absoluto das Forças Armadas.

Toda a roubalheira, a corrupção, as prisões arbitrárias, a tortura e a perseguição implacável de opositores na Venezuela estão firmemente garantidas pelas Forças Armadas. Neste caso, as Forças Armadas, conspurcadas e compradas a peso de ouro pela vagabundagem comunista se tornam algozes do próprio povo. 

Nesta altura dos acontecimentos, esvai-se o último bastião de proteção ao povo. As Forças Armadas passam a ser guardiães dos golpistas. Extingue-se, portanto, o último mecanismo de defesa popular. Tem-se, neste caso, uma ditadura feroz sob todos os pontos de vista, da mesma forma como acontece em Cuba há mais de meio século.

Dito isto, que é a mais pura verdade, surge então uma pergunta, ou seja, a única indagação plausível: quem é ou quem são os fiadores do avassalador poder do PT? Fosse neste momento o PT um partido que tivesse indiscutível apoio popular, que fosse querido pelo povo, as indagações aqui formuladas não teriam qualquer sentido.

Todavia, sabendo-se pelas manifestações populares, pelos panelaços, pelas redes sociais, pelos protestos variados a ponto de impedir que o líder máximo da legenda, o Lula, possa dar as caras nas ruas e que a maioria da população repudia o PT, onde afinal está a vertente de poder petista? 

 
Note-se que esse poder é praticamente total e irrestrito. E agora acaba de ficar muito evidente, quando o Tribunal de Contas da União manipula na maior tranquilidade o julgamento das contas do governo da Dilma que não fecham nem a pau.

 
Outro fato incrível é o caso do petrolão com as controvertidas e nebulosas ditas "delações premiadas", que sempre acontecem, invariavelmente, de forma a blindar os cardeais do PT, com destaque para Lula e Dilma. Até mesmo as arraias miúdas do petrolão ameaçadas de apodrecer na prisão guardam um silêncio sepulcral. Mantém-se o mistério sobre Marcos Valério, operador do mensalão, que pode apodrecer na cadeia, e que a rigor mantem-se calado até hoje. 


Igualmente permanece insolúvel o caso do assassinato do Prefeito Celso Daniel. E o que dizer de Gilberto Carvalho que teria sido contratado pela Confederação Nacional da Indústria para um cargo no SESI, entidade estranhamente também controlada pelo PT?


Que dizer dos empresários grandalhões também expostos à possibilidade de sérias condenações que se mantêm calados completamente? Isto tudo só pode ser explicado pelo fato de que mais adiante, num futuro muito próximo, provavelmente todos estarão em liberdade. 


Neste caso, esse futuro seria mais ou menos igual ao da Venezuela de agora?, onde os denominados "boligurgueses" [burgueses bolivarianos] participam do banquete de abutres vermelhos? sendo deles unha e carne?

 
Há, portanto, qualquer coisa no ar além dos aviões de carreira, como diria o fraseólogo emérito Barão de Itararé. E essas coisas de viés misterioso e indefinido não são coisas boas, porque se fossem não seriam misteriosas e muito menos indefinidas.

Relator do TCU deve pedir rejeição das contas de Dilma. Que assim seja.


Pedalando para o impeachment? 
Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União, disse que não votará pela aprovação com ressalvas das contas de Dilma. Se, de fato, decidir pela rejeição das "pedaladas", Dilma estará mais perto do processo de impeachment:

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, confirmou que não votará pela aprovação com ressalvas das contas do governo Dilma Rousseff em 2014. Essas contas serão analisadas nesta quarta-feira, 17, em julgamento no TCU e Nardes é o relator do processo. Pouco antes de se encontrar com os demais ministros do tribunal para uma reunião preparatória ao julgamento, na noite desta terça-feira, Nardes afirmou a jornalistas: "Não votarei pela aprovação com ressalvas".
Anualmente, o TCU analisa as contas federais do ano anterior. Todos os anos o TCU aprova as contas, mas faz ressalvas pontuais. A frase de Nardes é uma referência a esse procedimento. Neste ano, o TCU pode pedir explicações à própria presidente Dilma Rousseff sobre as irregularidades encontradas no balanço do Executivo do ano passado. 
O relatório técnico dos auditores do tribunal, revelado pelo Estado, aponta "distorções" de R$ 281 bilhões no Balanço Geral da União (BGU) de 2014 entregue pelo governo Dilma Rousseff ao TCU em abril. Entre essas distorções estão R$ 37,1 bilhões em "pedaladas fiscais" que deixaram de ser registradas pelo governo no balanço. Os auditores do TCU chamam as pedaladas de "passivos ocultos" nas contas federais.
Nesta terça-feira, 16, o Ministério Público de Contas, que atua junto ao TCU, emitiu parecer que sugere aos ministros do tribunal rejeitar as contas do governo Dilma Rousseff. Ao longo de todo o dia, autoridades do governo federal circularam nos gabinetes do TCU, em especial no de Nardes. Entre as autoridades estavam os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; do Planejamento, Nelson Barbosa; e da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams. (Estadão).
2 comentários

Postagem antiga, mas não devemos esquecer o que está por trás dela.

 
VOCÊ LEMBRA dos 50.000 HAITIANOS que entraram no BRASIL pelo ACRE e em seguida foram levados para SÃO PAULO?

Você LEMBRA do Haitiano Lyjeannot Verney (na foto abaixo) que em entrevista à IMPRENSA
​ ​
em BRASILÉIA –ACRE informou que havia deixado a família para trás em busca de novas oportunidades de trabalho no Brasil.
(Foto: Rafael Fabres/Arquivo Pessoal)


Olhe ele aqui novamente, primeiro recebendo a CARTEIRA de TRABALHO
em BRASILÉIA e agora já TRABALHANDO em SÃO PAULO como MILICIANO do PT....
 Depois de ver as fotos acima, você CONSEGUE ENTENDER
​ ​
para que o PT RECRUTOU 50.000 HAITIANOS MARGINAIS
e
 16.000 MÉDICOS CUBANOS FALSOS???
 VOCÊ LEMBRA dos 50.000 HAITIANOS que entraram no
​ ​
BRASIL pelo ACRE e em seguida foram levados para SÃO PAULO?

CINQUENTA MIL (50.000) HAITIANOS já IMIGRARAM para o BRASIL entrando pelo ACREna época GOVERNADO pelo PTralha JORGE VIANA, hoje governado pelo PTralha TIÃO VIANA, através da cidade de BRASILÉIA. Em BRASILÉIA eram e são cadastrados, recebem cidadania BRASILEIRA, CPF, IDENTIDADE, Carteira de TRABALHO e TÍTULO de ELEITOR  e depois são enviados de ONIBUS para SÃO PAULO onde o Prefeito PTralha FERNANDO HADDAD construiu ALOJAMENTOS para recebe-los.


As FORÇAS ARMADAS entenderam rapidamente qual era o objetivo principal (nada NOBRE e nem HUMANITÁRIO) do RECRUTAMENTO desses indivíduos HAITIANOS (só homens, maioria deles composta de desocupados e de criminosos). 


Trata-se de um RECRUTAMENTO que é feito em PORTO PRINCIPE capital HAITIANA, para a constituição de um EXÉRCITO IRREGULAR de MILICIANOS do PT no BRASIL, tal como fez a VENEZUELA de HUGO CHAVES. 

 

Intrigas palacianas: Temer já admite a amigos, nos bastidores, que está pronto para assumir o lugar de Dilma


Posted: 16 Jun 2015 03:41 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O sistema de informações do PT, uma máquina de espionagem muito azeitada, identificou uma fonte de complô interno para derrubar Dilma Rousseff. Petistas receberam o teor de uma conversa telefônica entre o vice-presidente Michel Temer e um amigo. Abertamente, o vice deixou claro que está pronto para tudo, inclusive assumir o lugar de Dilma, se algo acontecer.

Essa informação, vazada entre lobistas e jornalistas especializados em negociar informações sujas no mercado político, aumentou ainda mais a tensão na relação de Dilma com a cúpula do PMDB. Já há quem defenda, na cúpula petista, que Temer estaria jogando contra a Presidenta, não fazendo devidamente a articulação política (que Dilma cometeu o pecado mortal de ter "terceirizado" para ele).

Os petistas também avaliam que os ataques da dupla Renan Calheiros e Eduardo Cunha são demasiadamente tolerados por Temer, sem uma reação contrária mais firme, sobretudo publicamente. Novamente, os petistas reclamam que o governo continua sem articulação política, correndo risco de sofrer novas derrotas no Congresso, desgastando ainda mais a imagem de Dilma com o aumento dos efeitos negativos da crise econômica - gerada pelas burradas cometidas na Era Guido Mantega e que Joaquim Levy não consegue produzir o milagre de resolver no curto prazo, porque o problema é estrutural, e não conjuntural.

O desfecho da crise é imprevisível. É muito desgaste para pouco governo, ainda faltando tanto tempo para terminar um segundo mandato iniciado seis meses atrás...

Dia do Uniforme

O Alto Comando do Exército, formado pelos Generais de quatro estrelas da ativa, definiu que o décimo dia útil do mês de agosto vai celebrar o importante Dia do Uniforme.

Essa foi uma das decisões na reunião 299 dos generais, na qual também se falou da nova gravata bege em poliéster, e o Comandante do EB reclamou da apresentação do uniforme de combate.

No site Montedo.com, que revelou o teor da pauta de discussão, militares reclamaram que o encontro deixou de discutir questões relevantes para a tropa, como: PNR, LRM, auxílio-moradia, anuênio, posto acima, pagamento acumulado dos cursos realizados pelo militar, indicadores do endividamento da tropa nas respectivas áreas de Comando, diminuição dos intersticios, etc.

Número do azar


Relação atômica

Quando o verbo está defasado.Como sair desse buraco



Como sair desse buraco

17 de junho de 2015 § 4 Comentários
aves22
Artigo para O Estado de S. Paulo de 17/06/2015
O que assusta mais é a desproporção entre a quantidade e a qualidade do alarme e o tamanho do desastre. A unanimidade dessa alienação é inquietante. A fronteira hoje é o mundo e já passamos longe o limite a partir do qual não se cabe mais no mercado global.


Os tempos dos verbos em uso em Brasília estão defasados. Não é que a conta vai estourar. A conta já estourou. A indústria nacional já está acataléptica. Ninguém – fora os barões do BNDES – consegue andar com as próprias pernas. Os empregos estão sumindo em velocidade vertiginosa. A inflação que se vê é só a primeira onda do tsunami que vem vindo.



O estado tende geneticamente ao absolutismo e democracia é a única barreira capaz de impedi-lo de ocupar todos os espaços.


Nos períodos de imuno depressão institucional — quando a “razão de estado” impõe-se sobre os direitos individuais e os demais poderes são avassalados pelo Executivo – o estado incha, a segurança jurídica acaba, a produção e o emprego minguam e a inflação dispara.



aves28
Já vimos esse filme. O estado brasileiro saiu do regime militar maior que nunca e, como consequência, a desorganização da economia foi ao paroxismo, passando dos 80% de inflação ao mês.


Mas havia, então – ao menos na imprensa – a consciência de que era disso que se tratava e nenhuma barreira auto-imposta à crítica do regime. Graças a isso, apesar da feroz oposição do PT à desmontagem da obra econômica da ditadura com as 540 estatais que o partido tratava de colonizar, foi possível fazer a estatização recuar até o ponto a que a trouxe o governo FHC.


Trinta anos de progressiva ocupação do sistema educacional e dos “meios de difusão ideológica da burguesia” por um discurso único eficiente o bastante para, na contramão do mundo, “criar mercado” para 30 e tantos partidos políticos, todos “de esquerda”, e ao fim de outros 12 de ódio ao mérito, truculência regulatória, agressões à aritmética e aparelhamento do estado e até da economia “privada” para “um projeto de poder hegemônico“, o fosso que se havia estreitado ganha as proporções de uma falha tectônica.
aves12
O efeito prático é essa combinação aberrante: apesar da renda per capita de Brasília, onde nada é produzido, ter passado a ser o dobro da do Brasil e 1/3 maior que a de São Paulo, síntese precisa do sistema de castas em que nos transformamos, os temas do tamanho do estado, da privatização, do privilégio e da desigualdade perante a lei estão quase completamente ausentes do debate; tudo que se discute é como o “ajuste” vai tomar mais do país para dar mais ao estado.



Para que a trajetória volte a ser ascendente é o contrário que tem de acontecer. Será preciso recuar até o ponto anterior àquele em que a economia parasitária passou a consumir mais do que a economia produtiva é capaz de repor.



A questão é que o PT não é hoje muito mais que a representação política dos “servidores” do estado de modo que reduzir o tamanho do estado significa reduzir o tamanho do PT (e de todos os “caronas” que, até segunda ordem, ele admite carregar na boléia da “governabilidade”). O tema oficial do 5º Congresso Nacional do PT – “Um partido para tempos de guerra” – nos dizia do grau de mobilização dessa casta na defesa dos seus privilégios.


O tom só abrandou porque ninguém está desafiando o status quo. Mas a impossibilidade matemática de mantê-lo e ao mesmo tempo evitar o desastre econômico e a conflagração social que vem com ele não é um bom presságio para a democracia no Brasil.
aves16
Mesmo assim, nem imprensa, nem “oposição” parecem se dar conta disso.



Nas votações do única parte do “ajuste” em que as propostas reuniam o legalmente possível ao justo e ao desejável, com ligeiro constrangimento do desperdício no setor público, o PSDB, fiel depositário de metade das esperanças da nação, simplesmente oficializou a sua condição de não existência. Renegou bandeiras históricas para assumir-se como nada mais que a imagem invertida do PT. Tudo que tem a propor como alternativa ao que está aí é que seja ele a presidir a festa.



A reforma política, sem a qual não há esperança de romper a blindagem que veda qualquer forma de redução do peso do estado, é outro atoleiro. Sempre que pressionados os políticos sentem-se confortáveis para jogar na arena as surradas “propostas do costume” pela simples razão de que nem os mais agressivos “es bravios” do nosso “jornalismo watchdog” resistem a esses “biscoitinhos”. “Fim da reeleição” em pleno início de um quarto mandato por interposte pessoa?


Financiamento de campanha” em face de uma economia nacional inteira destruída para comprar votos? Mais leis anti-corrupção no país dos foros especiais? Enquanto os eruditos da irrelevância se distraem debatendo infindavelmente o que quer que se lhes atire, os “jabutis” que aumentam o tamanho do problema passam ao largo gargalhando.
rafeiro-01
Ao fim de cinco séculos levando com a porta das reformas na cara sem conseguir iniciar uma que fosse, já era tempo de aprendermos que pouco importam as firulas e as beiradinhas conceituais desses preciosismos em que adoramos nos dividir e nos perder, o que é imprescindível é abrir finalmente essa porta e mantê-la aberta daí por diante.



É do mais elementar bom senso e da experiência pessoal de todos nós a noção de que, em qualquer estrutura hierárquica, manda quem tem o poder de contratar e demitir; manda quem tem a prerrogativa da última palavra nas discussões.



O Brasil terá de se reconstruir de alto a baixo para voltar a caber na arena global. E não há “pacote” de reformas que possa incluir tudo que é necessário para tanto. As mudanças terão de se dar num processo, ou seja, num movimento que começa e não se detém mais.



É exatamente isso que proporciona o sistema de voto distrital com recall, a reforma em que são os eleitores que mandam, que começa e não acaba nunca e que, sendo assim, inclui todas as outras.
aves31
TUDO SOBRE VOTO DISTRITAL COM RECALL
COMO O POVO CONTROLA O JUDICIÁRIO NOS EUA