sábado, 11 de julho de 2015

Cidade holandesa será a primeira do mundo com uma estrada feita com plástico reciclado



 
 
10/07/2015 14h36


estrada plástico
O composto feito com garrafas plásticas recicladas é mais resistente e barato do que uma estrada de asfalto, segundo seus inventores



A Holanda pode se tornar o primeiro país do mundo a pavimentar suas ruas com garrafas plásticas, após a prefeitura da cidade de Roterdã afirmar que está considerando implantar um novo tipo de cobertura para suas ruas, considerado por seus criadores como uma alternativa mais sustentável ao asfalto.


A empresa VolkerWessels apresentou nesta sexta-feira (10) os planos para uma superfície feita inteiramente com plástico reciclável, que precisaria de menos manutenção do que o asfalto e poderia aguentar grandes variações de temperatura, entre -40 C e 80 C.


As estradas poderiam ser construídas em questão de semanas, ao invés de meses, e durar três vezes mais, segundo seus inventores.


A produção de asfalto é responsável pela emissão de 1,6 milhão de toneladas de CO2 por ano no mundo todo, quase 2% de toda poluição gerada nas estradas e ruas do planeta.

"O plástico oferece todos os tipos de vantagem, comparando-se ao modo como as ruas e estradas são feitos atualmente, tanto na construção das ruas como na manutenção delas", afirma Rolf Mars, executivo da VolkerWessels.

As estradas de plástico são mais leves, reduzindo o impacto no solo, e ocas, tornando mais simples a instalação de cabos e encanamentos embaixo da superfície.

Cada pedaço de estrada pode ser pré-moldado em uma fábrica e transportado até onde eles serão instalados, reduzindo o transtorno causado pela construção de estradas. Ou seja: menos congestionamento por causa das obras na pista.

Mars afirma que o projeto PlasticRoad ainda está em um estágio conceitual, mas a empresa espera conseguir construir a primeira estrada completamente reciclada em até três anos. A cidade de Roterdã já assinou um acordo para realizar o primeiro teste da tecnologia.


Fonte: The Guardian

Gente boa, com boas iniciativas.Mutum-de-alagoas: extinto na natureza, mas com caminho de volta

 
Diretora técnica do parque das aves e diretora de comunicação da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil

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ICMBio lida com a questão de espécies ameaçadas elaborando Planos Nacionais de Ação e a partir daí busca parceiros para sua execução. Participei, em 2014, de uma reunião para o monitoramento do Plano de Ação Nacional para a Conservação do mutum-de-alagoas.


Fomos convidados porque o Parque das Aves tem experiência na reprodução de vários cracídeos, inclusive de mutum-do-sudeste, espécie também ameaçada. O mutum-de-alagoas (ou mutum-do-nordeste) está extinto na natureza desde a década de 70. Ave endêmica da Mata Atlântica nordestina, sua distribuição original não é muito clara, e Alagoas é o local que tem registros confirmados da espécie.


Por conta do Proálcool, a Mata Atlântica no nordeste, que já sofria com o desmatamento, teve um ritmo de destruição acelerado, com florestas sendo substituídas por plantações de cana-de-açúcar. Somando-se a supressão das florestas à caça, esta espécie foi dizimada na natureza.


A história é dramática. O criador Pedro Nardelli retirou as três últimas aves da natureza enquanto a floresta era literalmente cortada às suas costas. E assim teve início um programa de reprodução em cativeiro para tentar salvar esta espécie.


Atualmente existem 233 aves em cativeiro, que até o mês passado estavam distribuídas em três centros de reprodução em Minas Gerais: a CRAX, Sociedade de Pesquisa em Vida Silvestre, coordenada por Roberto Azeredo, que faz um trabalho fantástico reproduzindo esta espécie. 


Ele mantinha 199 mutuns-de-alagoas, e é capaz de olhar para um ovo e dizer basicamente a hora em que vai eclodir. Os outros dois centros são o Criadouro Científico Poços de Caldas, com 27 animais e o Criadouro Fazenda Cachoeira, com 7 animais.


Durante a reunião que participei foi discutida a necessidade do estabelecimento de novos centros de reprodução, principalmente porque a capacidade da CRAX de manter animais desta espécie já está no limite. Sem ajuda nenhuma do governo, Roberto Azeredo mantém o local com pouca ajuda financeira que recebe de parceiros.



Só isso já daria outro texto: o governo querer salvar uma espécie extinta na natureza sem dar condições financeiras para que ela seja reproduzida em cativeiro. Para mim parece óbvio que se a única chance da espécie é a reprodução para futuras reintroduções, isso deveria ser uma prioridade do governo... né não?



Expectativa e preparativos
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"Escolhemos um local especial dentro do Parque das Aves para a construção de Centro de Reprodução dos mutuns-de-alagoas."
Foi considerada então a possibilidade de os zoos integrarem o programa, e que Parque das Aves, Bauru e Sorocaba seriam inicialmente potenciais candidatos.


Quando me perguntaram "quantas aves o Parque das Aves pode receber?", nós discutimos internamente e fizemos uma proposta audaciosa: 20 aves inicialmente.



Um desafio gigante e uma responsabilidade imensa. Até então, nenhum zoológico no mundo tinha recebido mutuns-de-alagoas. Se trabalhar com animais em cativeiro já nos coloca em uma "vitrine", trabalhar com espécies ameaçadas aumenta muito nossa exposição e responsabilidade.


Escolhemos um local especial dentro do Parque das Aves para a construção de Centro de Reprodução dos mutuns-de-alagoas. Uma área isolada, em meio à mata, onde foram construídos viveiros para abrigar 12 casais, dentro das especificações do protocolo oficial.


Antes que o pessoal anti-zoo comece a espernear dizendo "ahá!!! Vocês construíram em área isolada porque eles não se reproduzem onde tem público!" , quero dizer que esta foi uma decisão mais diplomática do que técnica. Foi acordado durante a reunião que, como ainda não existe nenhuma ave da espécie em exposição em Alagoas, e existe uma grande expectativa da população em torno disto, só vamos exibir os mutuns no Parque das Aves quando eles também estiverem expostos em Alagoas. O argumento de que animais em exposição estão tão estressados pelos visitantes que não se reproduzem é uma bobagem sem tamanho.


Como eu já coloquei em outros textos, o que garante o bem-estar é um bom manejo, e não a ausência de público. Nossos mutuns-do-sudeste reproduzem muito bem, e estão em exibição. No futuro, seria realmente interessante que o público pudesse ver esta espécie, já que a conscientização da população é um dos fatores que influenciam a sobrevivência de espécies ameaçadas na natureza. Com cerca de 650 mil visitantes por ano, o Parque das Aves pode fazer um trabalho incrível de conscientização e mobilização.
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No dia 18 de junho saí de Foz com uma equipe do Parque para buscar as aves. Preparamos um reboque especial para o transporte e caixas individuais com espuma no teto e palha no chão para evitar que se machucassem. Como todo transporte de animais envolve riscos, viajamos com uma super ansiedade e frio na barriga. Foram muitas horas de viagem, chegamos na CRAX dia 19.


 As aves foram acondicionadas nas caixas de transporte e foram checados os pareamentos. Em programas cooperativos de reprodução, todos os animais são tratados como uma única população. As aves foram geneticamente analisadas e os pareamentos são todos determinados por um Studbook Keeper (ou mantenedor do Livro de Registros Genealógicos). Esta função é do Mercival Roberto Francisco, da Universidade Federal de São Carlos.


Saímos da CRAX e dirigimos 22 horas seguidas até Foz, para que as aves permanecessem o menor tempo possível dentro das caixas e também para que a viagem fosse feita no período de temperatura mais amena.


Quando chegamos no Parque das Aves grande parte da nossa equipe estava nos aguardando, tão ansiosos quanto nós, uma instituição inteira unida no esforço de salvar uma espécie.


As aves chegaram bem, foram acomodadas nos recintos, e esta semana já começamos a abrir as portas que mantém os casais separados (para manejo em caso de agressão) e todos estão interagindo de forma harmônica. Temos um tratador designado apenas para este setor, que monitora as aves diariamente.


Agora é esperar o início da estação reprodutiva e torcer para que tenhamos muitos ovos e filhotes e possamos realmente ajudar esta espécie. Existe já um protocolo de reintrodução preparado que foi discutido na reunião. Talvez a liberação de aves na natureza tenha início em 2016, a critério do ICMBio.


O sucesso na recuperação desta espécie também depende da conservação dos remanescentes de Mata Atlântica em Alagoas, do envolvimento de pesquisadores, ONGs, usineiros e da população local. As ações locais são lideradas por Fernando Pinto do IPMA (Instituto de Preservação da Mata Atlântica).



Elas buscam envolver usineiros e a população local com a questão da recuperação do mutum-de-alagoas. Para mim foi uma grata surpresa saber que eles estão usando a metodologia de envolvimento das comunidades que usamos no Projeto Ararinha-Azul, que eu coordenei por vários anos, quando ainda existia um indivíduo na natureza.


Desta forma, o Parque das Aves pretende não apenas colaborar reproduzindo mutuns-de-alagoas, mas investir tempo, recurso e expertise no programa de reintrodução.



É incrível olhar para estas aves, pensar que não existem mais na natureza e que temos uma chance concreta de salvar esta espécie. Uma grande responsabilidade para os zoológicos. E uma grande honra.





Agenda: O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros pensa em crescer


Cachoeira Santa Bárbara, pertence ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Foto: Leonardo Borges
Cachoeira Santa Bárbara, pertence ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Foto: Leonardo Borges



Nos dias 17 a 19 de agosto, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizará uma consulta pública com objetivo discutir a ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO)



A participação é livre: órgãos ambientais, entidades públicas federais, estaduais e municipais, organizações não governamentais, proprietários de terras e representantes dos setores produtivos e a a comunidade em geral são convidados para o evento.



Na criação, em 1961, quando era chamado Parque Nacional do Tocantins, nasceu sem uma área fortemente delimitada. Isto ocorreu apenas em 1972, ocasião em que foi renomeado para o seu atual nome e lhe foi definida a área de 171.924,54 hectares. Nove anos mais tarde, em 1981, o Parque teve a sua área reduzida para 64.795,37 hectares.



Em 2001, O Parque Nacional foi declarado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. À época houve a tentativa de ampliá-lo para 235 mil hectares mas, por questões, formais, o decreto de ampliação foi suspenso, sendo mantida a área definida em 1981. Estas são suas dimensões atuais e a proposta visa ampliar a área para dimensões parecidas àquelas apresentadas em 2001.



Segundo o diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, Sérgio Brant “algumas áreas já sofreram mudanças intensas, mas há outras que podem ser incorporadas. Vamos discutir isso nas reuniões, apresentar as propostas e ver as contribuições que serão dadas”.


Saiba mais sobre a consulta pública aqui.

16 de agosto- MEGA MANIFESTAÇÃO


“Brasil tem um linchamento por dia, não é nada excepcional”. "Você não vai discutir a legalidade do linchamento em um grupo que viu uma criança estuprada por um adulto".

José de Souza Martins | autor do livro 'Linchamentos - A justiça popular no Brasil'

Homem morto por vizinhos no Maranhão escancara a rotina da violência no Brasil




María Martín São Paulo 8 JUL 2015 - 21:30 BRT



    Cleidenilson da Silva morreu linchado no Maranhão. / Biné Morais (Agência O Globo )

    A cena de mais um linchamento pinçou de novo estômagos e consciências em boa parte do Brasil. Nesta segunda-feira, Cleidenilson da Silva, de 29 anos, morreu de joelhos.


    Ele foi espancado até a morte por um grupo de moradores após um assalto frustrado a um bar no Jardim São Cristóvão, um bairro pobre de São Luís, no Maranhão. Um adolescente que ia com ele foi resgatado e preso pela polícia. Amarrado pelo pescoço e pelo abdômen com uma corda a um poste, o corpo desnudo de Cleidenilson foi exposto e fotografado frente a uma multidão curiosa, vizinhos dos que o mataram.


    Mãos e dedos impressos em sangue tingiram a cena, mas o episódio é mais um no Estado, mais um no Brasil. “Brasil tem um linchamento por dia, não é nada excepcional nesta rotina de violência, este caso não tem nada de diferente do resto, ao não ser essa imagem que choca”, explica o sociólogo José de Souza Martins, alguém que não se surpreende mais diante a brutalidade. 



    Souza Martins investiga há 20 anos os linchamentos no Brasil. O primeiro episódio do qual se tem registro aconteceu em 1585, em Salvador, quando um índio cristianizado que se achava Papa foi linchado até a morte por algo que, provavelmente, ofendeu os fiéis.



    O último (que conhecemos) foi Cleidenilson da Silva. 430 anos separam um do outro. A pesquisa de De Souza, baseada em 2.028 casos de linchamento, materializou-se no livro Linchamentos - A justiça popular no Brasil (Contexto, 2015).



    De Souza fala para EL PAÍS sobre o sentimento de que a melhor justiça é feita com as próprias mãos e que torna Brasil campeão da crueldade. "Nos últimos 60 anos, um milhão de brasileiros participaram de linchamentos", afirma no livro. Enquanto a entrevista telefônica acontecia, o diário maranhense O Estado trocava a manchete de seu site: “População tenta linchar assaltante em São Luís dois dias depois de barbárie que chocou o país”.



    Pergunta. O que você pensou ao ver o novo linchamento acontecido no Maranhão?
    Resposta. É mais um linchamento. Brasil tem uma media de um linchamento por dia, não é nada excepcional nesta rotina de violência, este caso não tem nada diferente do resto ao não ser a imagem, que choca outras pessoas. A atenção publica é atraída mais pelas imagens, que pelo fato de ter virado rotina.
    P. Que efeito causa a divulgação de casos de linchamentos?
    R. Não existe uma avaliação do efeito que produz assistir a essas imagens, mas é de se presumir que o efeito é de reproduzir essa prática, porque o modelo se repete. Trata-se do mesmo tipo de espetáculo, o poste... Muitos elementos são reproduzidos, a divulgação acaba estimulando a repetição das ocorrências.



    P. Que significado tem, no cenário cruel de um linchamento, atar a vítima a um poste?
    R. Não tem nenhum. Os linchamentos se desenvolvem em formatos muito variados, amarrar à vítima num portão ou num poste é porque esse elemento era parte do cenário onde se motivou o linchamento. É algo causal, mas justamente é o poste que motiva o interessa a audiência, mas a população não sabe o que é pelourinho.



    P. O senhor constatou que o preconceito racial não motiva os linchamentos no Brasil, mas aumenta o índice de crueldade. Por que com os negros os linchamentos são mais brutais? O que se vê de diferente no linchamentos de um negro?
    R. O que eu constatei é que a cor da pele não é a primeira motivação para linchar alguém. Nos primeiros dez minutos o padrão se repete e não há nenhuma diferença.



    Independentemente de a vítima ser branca ou negra, você vê pedradas, pauladas, pontapés. A diferença se manifesta no decorrer do ato, de forma muito mais sutil do modo como o racismo é concebido no Brasil. Ele se torna mais violento. Se o linchado for negro, a probabilidade de aparecerem outros componentes mais violentos como mutilação, furar olhos ou queimar viva a vítima, aumenta.



    P. Há precedentes de punição dos autores de linchamentos?
    R. Há casos de abertura de processo, de julgamento, mas é muito difícil identificar os autores. No caso da mulher do Guarujá [linchada em maio de 2014 após um bulo nas redes se espalhar], eram 1.000 pessoas. Identificaram meia dúzia e abriram processo contra elas. Em geral, a polícia abre processos por violência ou assassinato, tenta identificar pessoas, vai pegar dois ou três, vai abrir processo, mas se forem a julgamento os advogados podem invocar o Código Penal brasileiro e pedir a atenuação da pena por crime coletivo e, provavelmente, não vai acontecer nada.




    P. Brasil é o país onde mais se lincha? O que fazer para reduzir estes episódios?
    R. Os linchamentos se repetem em muitos países, mas a frequência no Brasil é muito maior. Nós temos uma media de um linchamento por dia. Tudo tende a se resolver com o linchamento. Nos EUA, o país que mais linchou no mundo, foi a resposta da sociedade civil que parou a prática. No Brasil o que está acontecendo é que as pessoas acabam ligando a polícia. Em 90% dos casos de linchamento no país, a polícia salvou a vítima.



    P. Como explica que a grande maioria dos comentários das notícias sobre linchamentos sejam favoráveis à justiça popular aplicada com violência?
    R. As redes sociais não são representativas de nada. O que conta nos casos dos linchamento é o fato de uma pessoa ligar para a polícia, não precisam ser dez pessoas, só uma, e isso acontece em um número muito alto de ocasiões.



    P. O que explica que estes episódios continuem acontecendo no Brasil?
    R. Pelo mesmo motivo que se repetem no Moçambique, no México, na Argentina, na Guatemala... As instituições não funcionam. A Justiça é morosa, é cara, é complicada, é lenta. 


    Você não vai discutir a legalidade do linchamento em um grupo que viu uma criança estuprada por um adulto



    Ninguém vai esperar um processo porque já está convencida de quem cometeu o crime. A instituição judiciária no Brasil sempre foi um luxo para quem pode pagar um advogado, para quem conhece as regras. 


    Nós temos duas sociedades, uma que segue as regras do estabelecido e outra que não as segue porque não concorda com elas.

    Bandido que levou uma surra da população que não aguenta mais ser roubada se faz de vítima !







    Menor que sobreviveu a linchamento no Maranhão mostra ferimentos e diz que foi reconhecido por vizinho

    Menor que sobreviveu ao espancamento no Maranhão mostra os ferimentos
    Menor que sobreviveu ao espancamento no Maranhão mostra os ferimentos Foto: Marcelo Theobald / Extra
    Luã Marinatto 
     

    Cinco dias após as agressões sofridas no bairro Jardim São Cristóvão, em São Luís, no Maranhão, o adolescente de 17 anos que sobreviveu à sessão de espancamento ainda traz nos corpo as marcas da violência. O menor tem escoriações no rosto, nos dois braços e nas pernas, além de uma lesão no ombro e um dente trincado.

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    Menor que sobreviveu ao espancamento no Maranhão mostra os ferimentos
    Menor que sobreviveu ao espancamento no Maranhão mostra os ferimentos Foto: Marcelo Theobald / Extra
     
    Neste sábado, a família do jovem recebeu a equipe do EXTRA em sua casa, no mesmo bairro onde ocorreu o linchamento. O adolescente acompanhava, na última segunda-feira, Cleidenilson Pereira da Silva, de 29 anos, numa suposta tentativa de assalto a um bar. Cleidenilson acabou amarrado a um poste e morreu com socos e golpes com uma garrafa de cerveja. O menor fingiu estar desacordado e se salvou.


    Ao EXTRA, ele contou que um vizinho estava no grupo que acompanhava as agressões:


    — Ele me reconheceu e começou a falar para as pessoas pararem. Se não fosse por isso, poderia ter sido pior.





    Menor que sobreviveu ao espancamento no Maranhão mostra os ferimentos
    Menor que sobreviveu ao espancamento no Maranhão mostra os ferimentos Foto: Marcelo Theobald / Extra
    Desde o ocorrido, o menor só tem saído de casa para prestar depoimento. Com medo, a família pensa em tirá-lo de casa por um período.


    No momento da agressão, ele diz não ter pensando em nada:

    - Vou pensar o que numa hora dessas? Tive muito medo de morrer, mas não dá tempo de pensar em nada.





    Menor que sobreviveu ao espancamento no Maranhão ao lado da mãe
    Menor que sobreviveu ao espancamento no Maranhão ao lado da mãe Foto: Marcelo Theobald / Extra
    O adolescente deixou a escola no fim do ano passado, quando cursava a quinta série, expulso depois de “uma guerra de jambo” — alunos de duas turmas se enfrentaram no pátio, atirando frutas uns contra os outros. Passado o susto da morte, ele não titubeia ao dizer os planos para o futuro:


    - Vou voltar a estudar. Com certeza.

    Importante saber antes de votar contra o desamamento.Não seja um inocente util! Não coloque seus filhos em risco de acidente com uma arma!

    Encontramos os 10 Candidatos que Recebem Dinheiro das Fábricas de Armas

    September 10, 2014
    Por João Paulo Charleaux





    Foto por Matias Maxx
    Fábricas brasileiras de armas e munições injetaram R$ 495 mil em dez candidatos de cinco partidos: DEM, PMDB, PDT, PSD e PTB, metade deles do Rio Grande do Sul. As doações são legais, informadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e disponíveis para consulta pública. Apesar disso, poucos falam abertamente sobre o lobby das empresas de armas e munições no Brasil.

    Paulo Skaf. Foto: Reprodução/Facebook. 


    Paulo Skaf, candidato a governador de São Paulo pelo PMDB, encabeça a lista, com uma doação de R$ 100 mil feita pela CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) no dia 25 de julho deste ano.


    Apenas dois dias depois, Alceu Moreira recebeu R$ 20 mil da mesma empresa. Ele concorre à reeleição como deputado federal pelo PMDB do Rio Grande do Sul, e em 2010 já havia ganhado quantia semelhante.


    “Não é a primeira vez que recebo, não. Na campanha anterior, o pessoal já me ajudou”, confirma Moreira, garantindo que trabalhará com afinco no Congresso para que mais brasileiros possam se armar. “Se nós não temos condição de ter um sistema de segurança capaz de dar ao cidadão o direito à segurança pública, não se pode proibir (esse cidadão) de comprar, portar e transportar arma de fogo”, raciocina.

    Alceu Moreira. Foto: Reprodução/Facebook.


    Skaf ignorou todos os pedidos de informação sobre o assunto durante 24 horas, tanto por sua conta no Twitter quanto por email.


    Já o segundo colocado na lista, Flávio Zacher, candidato a deputado federal pelo PDT do Rio Grande do Sul, disse que houve um engano. Receptor de R$ 100 mil da Amadeo Rossi (CNPJ 96.735.105/0001-68, produtora de munições que teria sido incorporada pela Taurus em 1997), ele afirmou que o dinheiro teria vindo, na verdade, da Rossi Residencial (CNPJ 61.065.751/0001-80), que, por sua vez, não confirmou nem negou a informação.

    Doar milhares de reais para candidatos em campanha é uma prática comum no Brasil. Frequentemente, empresas doam valores similares para candidatos concorrentes, na esperança de garantir livre acesso aos governos, seja lá quem vença a eleição.


    Apesar de alto, o valor doado pelas empresas de armas e munições este ano é 85% menor em comparação com a última eleição, quando R$ 3,2 milhões foram doados a 95 candidatos. O número final pode mudar, entretanto – o TSE informou que as doações feitas na reta final da campanha só parecem na lista depois do dia da eleição, 5 de outubro. Por causa disso, muito eleitor pode acabar votando em candidato que esconde – deliberadamente ou não – sua fonte de recursos.


    A crítica é feita pelo cientista político Marcello Baird, que há um ano e meio trabalha na ONG Sou da Paz. Ele fez seu mestrado e atualmente faz um doutorado especificamente sobre lobby – a ação de grupos de interesse sobre os políticos. Marcelo explica que, com as doações, a indústria de armas e munições “compra acesso aos (futuros) congressistas, que farão projetos de lei que beneficiem o setor, seja ampliando o direito de portar armas, seja reduzindo os impostos que incidem sobre esse tipo de negócio.”

    Guilherme Campos. Foto: Reprodução/Facebook. 

    O pesquisador cita como exemplo a relação entre a indústria de armas e o deputado federal Guilherme Campos, do PSD de São Paulo. De acordo com Baird, o político teria atuado como relator em matéria que daria benefícios fiscais a indústrias de armas e munições envolvidas em financiamento de sua própria campanha, em 2010. Campos deu parecer contrário ao Projeto de Lei 1450/2011, que aumentava em 5% a alíquota de imposto para empresas do setor.

    Baird diz que “quanto mais armas disponíveis, mais homicídios. No Brasil, 70% dos 56 mil homicídios ocorridos todo ano são cometidos com o uso de armas de fogo”.


    Além de Skaf e Moreira, o candidato a deputado federal pelo DEM da Paraíba, Efraim de Araújo Morais Filho, também recebeu R$ 50 mil das Forjas Taurus S. A. A empresa disse por escrito que “não se pronunciaria sobre o assunto”.




    Onyx Lorenzoni. Foto: Reprodução / Site oficial. 



    Além deles, Aldo Schneider, candidato a deputado estadual em Santa Catarina pelo PMDB também recebeu R$ 40 mil da CBC, assim como outros dois candidatos a deputado federal pelo Rio Grande do Sul: Darci Pompeu de Mattos (R$ 50 mil) e Onyx Lorenzoni (R$ 50 mil), além de José Wilson Santiago Filho, do PTB da Paraíba (R$ 30 mil) e Fábio de Almeida Reis, do PMDB de Sergipe (R$ 30 mil).


    Destes, Lorenzony aparece como o colaborador mais assíduo das empresas do ramo. Só em 2014, ele apresentou três Projetos de Lei no Congresso que flexibilizam as normas para porte de armas. 


    Além dele, Jair Bolsonaro (PP/RJ) e Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) apresentaram respectivamente um e dois PLs semelhantes, de acordo com Sou da Paz, que, em 2013 publicou uma extensa análise da ação do Legislativo em temas de segurança pública.


    De acordo com a Aniam (Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições), o Brasil é hoje o quarto maior exportador de armamentos do mundo, com US$ 736 milhões em exportações ao ano. O país perde apenas para EUA, Alemanha e Itália.



    Por e-mail, a Aniam disse que “os repasses seguem as normas e exigências estabelecidas pelo TSE e os princípios preconizados pela Constituição Federal. As doações são realizadas para integrantes da Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa e de acordo com critérios estabelecidos pela Associação”.


    Apesar do esforço, o negócio de armas teve recuo recente, o que pode ter refletido na queda de 85% no valor das doações de campanha provenientes do setor. A Taurus reconheceu que a receita líquida consolidada da empresa no primeiro semestre de 2014 (R$ 301,1 milhões) foi 30,4% menor se comparada ao mesmo período de 2013 (R$ 432,6 milhões), recuo sentido no caixa de campanha dos candidatos, que viram minguar o fluxo de doações sobre o qual alguns preferem manter silêncio.

    En Brasil, la muerte en directo es un negocio.( Se o colunista morasse aqui saberia porque os brasileiros dizem que "bandido bom é bandido morto").



    Por brasilcomn
    01/07/15 10:56

    POR EDU SOTOS, DE RÍO DE JANEIRO


    En Brasil hay una manía,  y es que siempre hay una televisión encendida. Cada bar tiene, al menos, uno o dos televisores, que se mantienen prendidos todo el día, sin importar si alguien los está mirando o no.


    Sin embargo, hay dos programas que siempre consiguen captar la atención del público y son “Cidade Alerta” y “Brasil Urgente”, de las cadenas televisivas Record y TV Bandeirantes, respectivamente.


    Mientras los brasileños se toman una “gelada”(cerveza), observan en tiempo real persecuciones policiales, operaciones del Batallón de Operaciones Especiales (BOPE), tiroteos y, de vez en cuando, ejecuciones de los llamados “bandidos”.


    Todo narrado con el ritmo de una partido de fútbol, en el que el presentador ejerce de juez y comentarista al mismo tiempo.



    El pasado martes 23 de junio, ambos programas captaron, a través de sus helicópteros, una persecución que concluyó con un final demasiado indigesto hasta para el más fanático del programa.
    En la imagen, se ve a un policía disparando a quemarropa contra dos menores. Fotografía: Reprodução.
    En la imagen, se ve a un policía disparando a quemarropa contra dos menores que habían robado una moto. Fotografía: Reprodução.


    Dos menores de 16 y 17 años escapaban a toda velocidad de una patrulla de la Policía Militar en una motocicleta robada por  las avenidas del barrio Jardím São Luís, en el sur de São Paulo.


    Durante varios minutos, el hábil piloto, en su cruzada por lograr escapar del policía,  puso en peligro la vida de todo aquel que se cruzaba en su camino. Sin embargo, al encarar una recta, ambos jóvenes fueron alcanzados por el agente, a lo que el  copiloto reaccionó arrojándole su casco.



    En ese momento, el cabo disparó su arma e hirió a ambos delincuentes  en las piernas. Unos metros más adelante, el motociclista perdió el control y la moto cayó junto a la pared de una casa, aprisionando a ambos menores que quedaron tendidos en el suelo.



    Acto seguido, el policía detuvo su motocicleta junto a ellos y, antes de bajarse, ocurrió lo que nadie esperaba: disparó en dos ocasiones su arma sobre los menores rendidos y malheridos.



    Todo tuvo lugar en directo y fue transmitido con lujo de detalles, porque las cámaras de los helicópteros de ambos programas registraron la acción desde dos ángulos distintos. Los fogonazos del revólver calibre 38 disparado en plena noche delataron al agente, quien con toda tranquilidad desarmó a uno de ellos y lo detuvo.



    Eufóricos, los conductores Marcelo Rezende y José Luiz Datena saborearon el momento, sabiendo que los índices de audiencia estarían alcanzando el punto más alto: un policía acaba de disparar a quemarropa contra dos  menores, con millones de brasileños como  testigos.
    El conductor del programa "Brasil Urgente", José Luiz Datena. Fotografía: Divulgação.
    El conductor del programa “Brasil Urgente”, José Luiz Datena. Fotografía: Divulgação.



    La Secretaria de Seguridad Pública (SSP), anticipándose a la polémica, actuó de inmediato y el cabo, que fue identificado con el nombre de “De Souza”,  fue detenido de manera provisional, mientras que los jóvenes fueron internados en un hospital de Jardim São Luís.


    Sin embargo, tan solo 24 horas después del episodio, el cabo fue liberado y retomó su trabajo, aunque provisionalmente, en el área administrativa de la Policía Militar de São Paulo.


    “Quería felicitarte públicamente por una actuación excelente”, dijo el Coronel Telhada, diputado del estado de São Paulo del Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), que gobierna esa región, en un video publicado en Facebook al día siguiente del hecho. “Hacen falta hombres así en la Policía Militar”, indicó.



    El populismo se solapaba con el sensacionalismo. Si bien programas de este tipo banalizan la violencia hasta niveles extremos, el oportunismo del PSDB, partido que apoyó en el Congreso Nacional la aprobación de la propuesta de enmienda a la Constitución (PEC) 171/1993 para reducir la edad de imputabilidad penal de 18 a 16 años, se hacía patente una vez más.


    Pero no todo fueron felicitaciones para el agente. El secretario de la SSP, Alexandre de Moraes, advirtió: “Daremos el derecho de defensa al agente, pero por las imágenes hay una clara constatación de una seria irregularidad por parte del policía, ya que individuos rendidos al dominio del agente acaban recibiendo disparos”.


    Si la acción del agente merece su expulsión del cuerpo de policía, una pena de cárcel o cualquier otro castigo, eso deberá decidirlo la Justicia, pero lo que realmente impacta del caso es la cotidianidad de la violencia de la policía contra los delincuentes.


    El discurso del “mejor bandido es el bandido muerto” continúa muy vivo en la consciencia colectiva de los brasileños.


    Marcelo Rezende, conductor de "Cidade Alerta". Fotografía: Edu Moraes/Divulgação Record.
    Marcelo Rezende, conductor de “Cidade Alerta”. Fotografía: Edu Moraes/Divulgação Record.



    Según datos del Foro Brasileño de Seguridad Pública, en 2012, al menos 1890 personas murieron a manos de la policía en Brasil, mientras que en Estados Unidos, país con un 30% más de habitantes, ese número fue de  410.


    Con 53.646 muertes totales por año, es decir, seis asesinatos por hora, el problema de la violencia en este país es tan mayúsculo y cotidiano que, a veces, parece que sus habitantes han perdido todo respeto por la vida ajena.


    La televisión y la mayoría de los periódicos del país lo saben y sacan provecho de ello. Los políticos tampoco se quedan atrás y, azuzando el debate, pronto alcanzaron el 87% de apoyo ciudadano a la reducción de la edad penal, un proyecto condenado por la ONU, que fue rechazado por la Cámara de Diputados, por una estrecha diferencia de cinco votos.


    Llegado este punto, no se puede dejar pasar la interesantísima entrevista del Secretario de Seguridad del estado de Río de Janeiro, José Mariano Beltrame, con la revista “Época”.


    “En Brasil, estamos retrocediendo. Le quito los fusiles a la policía, me critican por querer desarmar a los bomberos y una gran parte de la población continúa queriendo armarse”, explicó el responsable del programa de las Unidades de Policía Pacificadora (UPP) en las favelas de Río de Janeiro.


    Uno se pregunta cómo, si hasta uno de los mayores responsables por la seguridad en el país reconoce el fracaso de la “mano dura”, la ciudadanía está cada vez más convencida de que más armas, más cárcel y más severidad solucionarán el problema.
    José Mariano Beltrame visita el Morro do Vidigal, en Río de Janeiro. Fotografía: Maíra Coelho / Ag. O Dia.
    José Mariano Beltrame visita el Morro do Vidigal, en Río de Janeiro. Fotografía: Maíra Coelho / Ag. O Dia.


    “Follow the money”, suele decirse en las películas de detectives a la hora de encontrarle una explicación a algo que aparentemente no la tiene. Solo apuntaré un dato: Brasil es el 4º mayor fabricante de armas ligeras del mundo, con 17,6 millones de ellas en circulación y albega a la mayor fábrica de pistolas del mundo: Taurus.


    El próximo paso de la “bancada de la bala” y del Partido del Movimiento Democrático de Brasil (PMDB) será la aprobación del proyecto de ley 3722/2012 para permitir la portación de armas y acabar con el Estatuto del Desarme.


    Con un mercado de más de 200 millones de brasileños y con 15 de las 50 ciudades más peligrosas del planeta en el país, el negocio está asegurado. Teniendo en cuenta que tanto Taurus como la Compañía Brasileña de Cartuchos (CBC) financiaron la campaña de algunos diputados del PMDB, el círculo se completa.


    En Brasil, la paranoia por la seguridad, alimentada por el sensacionalismo de los medios de comunicación, y la violencia planificada, garantizada a través de la “mano dura” de la Policía Militar, parecen ser las dos caras de un mismo negocio.


    Comentario

    Está na moda ficar do lado dos criminosos e acusar os policiais de serem excessivamente severos.Acontece que os policiais são mortos todos os dias tentando nos defender enquanto que os criminosos-- sejam por serem menores de idade sejam por leniência das nossas leis e dos nossos juízes-- passam pouquissimo tempo na prisão.

    Por essa razão se diz no Brasil que bandido bom e bandido morto! Por que bandido morto não volta as ruas para matar mais gente inocente!Se nossas leis fossem mais severas os policiais também não seriam tão duros com os detidos.

    Anonimo

    Crise no Governo Dilma pode empurrar o PT para nova cisão




    Militantes das correntes de esquerda podem dar origem a uma terceira debandada



    A presidenta foi criticada até por Lula. / Roberto Stuckert Filho/PR

    A situação do Governo de Dilma Rousseff, que sofre com baixos índices de aprovação está imerso em uma crise econômica e parece cada dia mais se curvar às pressões do PMDB no Congresso, pode empurrar o Partido dos Trabalhadores para uma nova cisão, de acordo com especialistas.


    Na história recente, a legenda, que vive sua própria crise atormentado pelo escândalo da Petrobras, já passou por um processo parecido outras duas vezes: em 1992, quando uma de suas correntes internas foi expulsa e deu origem ao PSTU, e em 2004, ano em que uma nova debandada de militantes deu origem ao PSOL. No final de abril, a Esquerda Marxista, uma das correntes mais radicais do partido, já aprovou em assembleia sua saída do PT.
    “Em 2005, durante um momento de crise provocada pelo mensalão, as alas moderadas do partido quase perderam as eleições internas”, explica Oswaldo Amaral, cientista político da Unicamp e autor do livro As transformações na organização interna do Partido dos Trabalhadores entre 1995 e 2009 (Alameda Editorial). Este grupo principal que lidera a legenda desde 1995 – conhecido como Construindo um Novo Brasil – é considerado “à direita” dentro do espectro político do PT.


     “Em momentos de crise, como agora, o bloco que comanda o partido acaba sendo alvo de muitas críticas das correntes de esquerda”, explica. Segundo o professor, dificilmente estas tendências mais radicais conseguirão ganhar as eleições internas do partido, e isso pode provocar novas cisões na legenda, como ocorreu no passado.



    No Congresso do partido, realizado em junho, o abismo entre as lideranças petistas e seus militantes ficou claro: enquanto os políticos culpavam a mídia pela crise da legenda, boa parte dos militantes pedia uma alteração na política de alianças e uma guinada governamental para a esquerda.


    O PSOL foi criado por dissidentes do PT que se diziam insatisfeitos com o que chamaram à época de “fisiologismo” do partido e com as “amplas alianças” estabelecidas pela coordenação da legenda. Mas hoje as críticas à atuação não partem só da esquerda política: o próprio ex-presidente Lula atacou o partido, que segundo ele só estaria interessado em “cargos”. “O Lula é um político. Ele está preocupado em se desvincular do Governo, já que ninguém quer ficar perto de um Governo com baixos índices de popularidade”, explica Amaral.



    Ao lado de José Dirceu, o ex-presidente foi um dos artífices do processo chamado de modernização do partido: "Nos anos 90 houve um encontro onde o Lula chegou a chorar porque foi feita uma critica dura dos militantes pelo partido ter aceitado dinheiro de empresa", diz Amaral. Até então o dinheiro de empresa era malvisto. "Mas à partir de 94 as lideranças viram que só com doação de militante e venda de bandeirinha não conseguiriam vencer a eleição. O Dirceu comandou esse processo, de aproximação com o empresariado".
    Basicamente são três fatores principais [que podem afastar os militantes], de ordem econômica, ética e política”
    Parlamentares do próprio partido também têm criticado o Governo e principalmente o ajuste econômico implementado no segundo mandato de Dilma. O senador Lindbergh Farias tem criticado abertamente o ministro da Economia, Joaquim Levy. No mais recente pronunciamento, pediu que o Planalto se mire no exemplo da Grécia do esquerdista Syriza, que tenta resistir a um plano de austeridade.



    O fogo-amigo não vem só de Lindbergh. Pouco tempo depois, foi a vez da Executiva Nacional do partido, reunida em São Paulo no dia 25 de junho, divulgar uma resolução na qual defende redução da meta de superávit e reversão da alta de juros, pilares da política econômica de Levy. O diretório central também mirou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e chegou a cogitar convocá-lo para dar explicações sobre o que militantes consideram "vazamentos seletivos" da operação Lava Jato.



    Para o coordenador da área de Ciências Políticas da PUC-Rio, Eduardo Raposo, vários motivos podem empurrar militantes situados “à esquerda” dentro do PT para fora do partido. “Basicamente são três fatores principais: de ordem econômica, ética e política”, explica o professor. De acordo com ele, as correntes mais radicais dentro da legenda criticam a condução da economia e os ajustes do ministro Joaquim Levy: “Para alguns militantes a política de ajuste fiscal é uma coisa de direita, já foi dito inclusive que ajuste fiscal é coisa de tucano”.


    Do ponto de vista ético e político, a crise provocada pelo escândalo de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato é outro golpe que afasta do partido alas historicamente mais ligadas a movimentos sociais. Raposo afirma que o mensalão já representou um duro golpe à imagem do PT por abalar uma de suas principais virtudes, que era a ética. Neste cenário, “as novas investigações afastam ainda mais o partido de suas origens”.

    Reforma inclui mecanismo para blindar políticos de processo durante eleição

    Sexta-feira, 10/07/2015, às 22:56, por Gerson Camarotti


    Veja os bastidores no Jornal das Dez:

    Hello, oposição

    Hello, oposição, vamos repetir a notícia dada por Gerson Camarotti: Dilma Rousseff encontrou-se clandestinamente com Ricardo Lewandowski, para "tratar" da Lava Jato.



    Esperamos providências urgentes e enérgicas. Vocês recebem salário para defender as instituições, caso tenham esquecido.
    • Oposição considera 'trapalhada' omissão de encontro de Dilma e Lewandowski



      Ao Blog, o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) criticou neste sábado (11) o encontro sigiloso entre Dilma Rousseff e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, em Portugal, na última terça (7).

      Ele usou argumento semelhante ao do discurso que fez na Câmara dos Deputados na sexta (10). Na ocasião, ele classificou a omissão na agenda oficial de “trapalhada” do governo Dilma e disse que o "manto de silêncio" dava a impressão de algo "errado".
       
       "A questão é o manto de silêncio, que passa uma impressão de conspiração, de coisa errada, de coisa ruim, envolvendo os chefes de dois Poderes", afirmou.


      Como revelou o Blog na quinta (9), Dilma se reuniu com o presidente do Supremo na cidade do Porto, durante uma escala técnica que fez antes de seguir para a Rússia. Também participou do encontro o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.


      Segundo Lewandowski, o tema discutido foi o reajuste a servidores do Judiciário, recentemente aprovado pelo Congresso e que corre o risco de ser vetado pela presidente.


      No Brasil, políticos da base aliada foram informados, porém, de que a conversa foi ampla e que incluiu entre os temas a Operação Lava Jato.



      Procurado pelo Blog, o ministro Cardozo confirmou o encontro na cidade do Porto, mas negou que a Operação Lava Jato tenha sido tema da conversa.




      O ministro disse ainda que o encontro foi solicitado por Lewandowski, que estava na cidade de Coimbra com ele e outros ministros do STF para participar de um encontro entre juristas brasileiros e portugueses.



      Na avaliação de Fortes, o problema não está no tema discutido, mas no sigilo sobre a reunião. “Só Deus sabe o que trataram! E se trataram da Operação Lava-Jato e do impeachment, são duas pessoas públicas que têm o direito de discutir!”, discursou na Câmara.

    Campanha de Dilma no banco dos réus

    O ANTAGONISTA

    Manchete da IstoÉ:


    “PF mira a campanha da presidente”.


    A reportagem de Cláudio Dantas sobre a VTPB e a Focal mostra que a investigação policial não se limita à suspeita de lavagem de dinheiro. Ela apura se os 50 milhões de reais embolsados por essas duas empresas de fachada foram, na verdade, roubados da Petrobras:


    “Como revelou a IstoÉ em15 de maio, parte dos serviços da VTPB teria sido bancada com dinheiro sujo, desviado da Petrobras para o caixa da UTC Engenharia, de Ricardo Pessoa. Agora surgem novos fatos. Pessoa confirmou em delação premiada ter doado à campanha de Dilma, por pressão do então tesoureiro Edinho Silva, um total de R$ 7,5 milhões. O dinheiro teria origem no Petrolão. O primeiro depósito ocorreu em 5 de agosto. No mesmo dia, Edinho transferiu R$ 5 milhões para a conta da Polis Propaganda e Marketing, empresa do marqueteiro João Santana.


    A segunda doação da UTC foi feita no dia 27 do mesmo mês. Com dinheiro em caixa, o tesoureiro fez uma série de pagamentos. Entre eles, quatro depósitos na conta da VTPB num total R$ 1,7 milhão. Outros R$ 672,6 mil abasteceram a Focal Comunicação. As duas empresas são suspeitas de servir para lavagem de dinheiro”.


    Um procurador da Lava Jato, citado pela reportagem, disse que essa descoberta de que o dinheiro sujo entrou na campanha petista e saiu de lá no mesmo dia para pagar fornecedores suspeitos pode encrencar ainda mais Dilma Rousseff:


    “Não há mais dúvidas de que os recursos desviados da Petrobras percorreram um caminho sinuoso que passa pelas empreiteiras e deságua nas contas dos fornecedores”.


    Pessoa tem de falar sobre a VTPB no dia 14, no TSE

    O lucro cubano--À beira da depressão

    O ANTAGONISTA

    O governo brasileiro já repassou 2,85 bilhões de reais para pagar os 11 400 médicos cubanos que atuam no país. Como a Opas, que intermedia o acordo, embolsa 5% dos valores, Cuba recebeu 2,7 bilhões de reais desde agosto de 2013.


    O projeto foi planejado para custar 511 milhões de reais, mas o Ministério da Saúde já prepara o sétimo aditivo do contrato.



    A informação é da Veja.


    À beira da depressão

    O IBGE acaba de mostrar que, em maio, a produção industrial caiu 8,8% em 12 meses.
    Não é o retrato de uma economia em crise - é o retrato de uma economia à beira da depressão.

    José Eduardo Cardozo é golpista confesso


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    O discurso duas caras adotado pela extrema esquerda vive batendo na mesma nota: “defender impeachment é golpismo”. Com certeza, Cardozo, o ministro da justiça de Dilma, defende esta cretinice ao menos uma vez por dia.



    Eis que encontramos um trecho do livro “A Máfia das Propinas” (página 202), escrito pelo próprio Cardozo, mostrando que ele próprio defende o impeachment. Logo, usando seu próprio livro de regras, ele não é apenas um golpista. Mas um golpista confesso. Porém, defender impeachment na verdade não é golpe. Defender uma ética duas caras (mesmo sendo um ministro da justiça) é um golpe contra a ética.



    A imagem abaixo está pronta para ser esfregada na cara de qualquer bolivariano que você vir pela frente:
    Clique para ampliar

    Jacques Wagner cochila durante discurso de Dilma na reunião dos BRICS

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    Deve ser difícil mesmo aturar aquela lenga lenga de sempre de “quem não gosta de mim é golpista”, “só critica o PT quem quer ver pobre sofrer huahua” e daí por diante. Na reunião de Dilma nos BRICS, o ministro da defesa Jacques Wagner cochilou com gosto, como vocês podem ver abaixo:

    Mãe de vítimas de estupro se revolta com “pena” de 3 anos. O que Maria do Rosário teria a dizer?


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    Conforme a Folha, os quatro menores que participaram do estupro de quatro garotas adolescentes (uma delas morreu) no Piauí foram “condenados” a três anos de internação. Isto ocorre porque o ECA coloca este limite para as “penas” de menores praticantes de qualquer tipo de crime. Se as quatro morressem, novamente a pena máxima seria… 3 anos. Se eles tivessem matado e estuprado 400 meninas, novamente seria… 3 anos. Quem quer que não tenha a mente deformada percebe nesta legislação uma das maiores vergonhas da história das legislações mundiais.


    A mãe de uma das vítimas comentou que a pena é pequena. Mas ela não quis se identificar, pois sabe que daqui a três anos os menores estarão livres e prontos para se vingar. Ela completou: “Mas a Justiça é quem sabe. Fico pensando quando esses meninos saírem e voltarem para Castelo. Entrego o destino deles a Deus. Sou contra mandar fazer vingança”.


    O trauma dessas garotas não terá fim. Em qualquer país civilizado, esses bandidos ficariam detrás das grades no mínimo 30 anos. Porém, nesta terra parasitada pelo pensamento de extrema esquerda, estarão livres em 3 anos. E vão caminhar nas ruas de uma cidade pequena, rindo sadicamente de garotas que puderam estuprar. E poderão estuprar de novo. E, por causa da pena ridiculamente pequena, os pais das vítimas vão ter que ficar de bico calado.


    Enquanto isso, os defensores da impunidade continuam galhardeando dizendo que “reduzir maioridade penal não resolve o problema”. É preciso de uma mistura de cinismo e sadismo acima de qualquer parâmetro conhecido para continuar proferindo essa frase monstruosa diante do drama que viveram e ainda viverão as vítimas (e seus familiares) do estupro do Piauí.

    O peixe gigante que inspirou a lendária serpente marinha

    Banhistas seguram peixe-remo em Catalina, nos EUA

    • 11 fevereiro 2015


    Peixe-remo morto apareceu na ilha de Catalina, na Califórnia

    O enigmático peixe-remo (Regalecus glesne) pode ser o verdadeiro animal por trás das antigas lendas sobre serpentes marinhas capazes de afundar grandes embarcações.


    Animais dessa espécie podem chegar a medir 11 metros de comprimento e, na superfície, se movem como uma cobra, casando exatamente com as descrições que antigos navegantes faziam de monstros que surgiam das profundezas dos oceanos.
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    Esse peixe gigantesco ainda é capaz de assustar quem os vê de perto, e cada vez mais se registram casos de espécimes nadando em águas rasas ou encalhando em algumas praias.


    Mas a verdade é que o peixe-remo é inofensivo - e inclusive, raramente visto, pois vive em águas localizadas entre 150 e 300 metros de profundidade.


    Leia mais: O que podemos aprender com os legumes gigantes?
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    Maior do mundo

    Pertencente à família Regalecidae, o mais longo peixe ósseo do mundo foi identificado pela primeira vez em 1772 pelo biólogo norueguês Peter Ascanius.


    Até pouco tempo atrás nenhum peixe-remo tinha sido filmado em seu hábitat. As primeiras imagens, transmitidas em um especial da BBC, mostram que o animal nada verticalmente, fazendo ondulações com sua barbatana dorsal para se manter parado e se alimentar.


    Isso contrasta com o serpenteio horizontal que faz em águas rasas.

    Até recentemente, cientistas só tinham acesso a espécimes conservados de peixe-remo
    "Trata-se de um peixe magnífico, todo prateado, com manchas azuis iridescentes e barbatanas vermelhas", descreve Rick Feeney, diretor da coleção de ictiologia (o estudo dos peixes) do Museu de História Natural do Condado de Los Angeles.
    "No mar aberto, esse animal está perfeitamente adaptado a se camuflar na água. As pessoas ficam fascinadas quando conseguem avistar um na superfície. É quase como fazer contato com um ser alienígena", compara o cientista.


    Segundo Feeney, é muito raro que um peixe-remo apareça em águas rasas ou encalhe em alguma praia. Desde meados do século 18, foram registradas cerca de 500 observações desse animal em lugares como as Ilhas Britânicas, a Austrália, o México, a Costa Rica e o Japão.


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    'Presente de Natal'

    Em 2013, dois peixes-remo apareceram mortos em praias dos Estados Unidos no espaço de uma semana.


    "As pessoas ficaram excitadíssimas", conta Jeff Chace, do Instituto Marinho da Ilha de Catalina, na costa da Califórnia, onde um dos espécimes foi encontrado.


    "Foi incrível poder ver, pegar e estudar um animal que nunca tínhamos visto antes. Para mim foi como voltar à infância e abrir um presente de Natal", lembra.


    Os biólogos do instituto dissecaram o corpo e enviaram amostras para outros organismos de pesquisa interessados em estudar o peixe gigante.


    Mas ninguém ainda conseguiu provar o motivo de o animal ter aparecido nas praias.


    Algumas teorias especulam que eles tenham sido forçados a se aproximar de águas rasas por uma tempestade, por doença ou pela necessidade de se alimentar ou procurar um parceiro.


    No Japão, são comuns as lendas que descrevem a aparição de um peixe-remo como prenúncio de terremoto.


    "Essa é a única tese que eu descarto", afirma o biólogo Feeney. "Simplesmente porque não há relação entre o surgimento desses animais e os fortes terremotos que já atingiram a Califórnia."


    "Outras possíveis causas são a chamada maré vermelha (proliferação excessiva de algas tóxicas), a presença de predadores ou de embarcações, ou ainda mudanças nas correntes marítimas", diz. "Ou também uma combinação de fatores".


    Os cientistas esperam que novas aparições ou a melhoria dos equipamentos submarinos de pesquisa possam ajudá-los a finalmente desvendar os segredos desse animal que ganhou status tão mítico.


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    Leia a versão original desta reportagem em inglês no site BBC Earth.

    Oceanos 'recebem 8 milhões de toneladas de plástico por ano'

    Poluição no mar (foto: Reuters)

    • 13 fevereiro 2015
    Cientistas dizem que 20 países são responsáveis por 83% da poluição dos mares por plástico
    Cerca de 8 milhões de toneladas de lixo plástico são lançadas nos oceanos anualmente, segundo cientistas.


    Essa quantidade poderia cobrir 34 vezes toda a área da ilha de Manhattan, em Nova York, com uma camada de lixo à altura dos joelhos de uma pessoa. Além disso, supera de 20 a 2 mil vezes os cálculos anteriores sobre a massa de plástico levada pelas correntes oceânicas.


    O novo estudo é considerado um dos melhores esforços para quantificar o plástico despejado, queimado ou arrastado para o mar. Segundo os pesquisadores, a análise também pode ajudar a descobrir a quantidade total de plástico existente hoje no oceano – não apenas o material que é encontrado na superfície ou nas praias.
    Grandes quantidades de resíduos podem estar escondidas no fundo dos oceanos ou fragmentadas em pedaços tão pequenos que não são captados pelas análises convencionais. Essas partículas estão sendo ingeridas por criaturas marinhas – o que pode resultar em consequências desconhecidas.


    Leia mais: Inventor adolescente cria método para limpar lixo plástico dos oceanos


    Os detalhes foram divulgados no encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.

    Vilões dos mares

    A equipe de especialistas analisou dados populacionais com informações sobre a quantidade de lixo gerado e gerenciado (ou não gerenciado). Eles elaboraram cenários para prever a quantidade de plástico despejado nos oceanos.


    Para o ano de 2010, esses cenários variam de 4,8 milhões a 12,7 milhões de toneladas. A cifra de 8 milhões de toneladas é a média dessa variação.


    O cenário conservador equivale em termos de massa à quantidade de atum pescada anualmente nos oceanos.


    "Isso significa que estamos tirando atum e colocando plástico em seu lugar", disse Kara Lavender Law, co-autora da pesquisa e porta-voz da Associação Educacional do Mar de Woods Hole, no Estado americano de Massachussetts.


    Os cientistas também fizeram uma lista dos países que seriam os maiores responsáveis pelo despejo desses resíduos. As 20 nações que despejam as maiores quantidades seriam responsáveis por 83% do plástico mal gerenciado que pode entrar nos oceanos.



    A China ocupa o topo da lista, produzindo mais de um milhão de toneladas. Mas a equipe ressalva que é preciso levar em conta a imensa população do país e a extensão da sua costa.


    Os Estados Unidos ficaram no 20º lugar da lista. O país tem uma grande área costeira, porém adota melhores práticas de descarte do lixo. Por outro lado, os EUA registram altos níveis de consumo de plástico per capita.
    A União Europeia é analisada em bloco e ocupa o 18º lugar na lista.

    Soluções

    O estudo recomenda soluções para o problema. Afirma que as nações ricas precisam reduzir seu consumo de produtos descartáveis e embalagens de plástico, como sacolas plásticas. Já os países em desenvolvimento têm que melhorar o tratamento do lixo.



    "O crescimento econômico está ligado à geração de lixo. O crescimento econômico é uma coisa boa, mas o que você vê normalmente em países em desenvolvimento é que a estrutura de tratamento do lixo é deixada de lado", disse a pesquisadora Jenna Jambeck, da Universidade da Georgia.


    "Isso faz algum sentido na medida em que eles estão mais focados em produzir água limpa e melhorar o saneamento. Mas não devem se esquecer desse tratamento porque os problemas só vão ficar piores."


    A equipe de pesquisadores estima que a quantidade de plástico jogada anualmente nos mares pode alcançar 17,5 milhões de toneladas até 2025. Isso significa que até lá 155 milhões de toneladas chegarão aos oceanos.


    O Banco Mundial estima que o patamar máximo de lixo produzido no mundo só será atingido em 2100.


    O pesquisador Roland Geyer, da Universidade da Califórnia, que também participou do estudo, disse que não é possível limpar o plástico dos oceanos. "Fechar a torneira é a única solução", afirmou à BBC.


    "Como você recolheria o plástico do fundo dos oceanos considerando que a sua profundidade média é de 4,2 mil metros? Temos antes que evitar que o plástico chegue aos oceanos."


    "A falta de sistemas de tratamento de lixo alimenta a entrada de plástico no oceano", diz o cientista. "Ajudar todos os países a desenvolver estruturas de tratamento é a mais alta prioridade", disse.

    Alô, Justiça, processe o caluniador Luiz Marinho!


    Luiz Marinho, da máfia sindical petista, prefeito de São Bernardo e amicíssimo do tiranete Lula, caluniou o juiz Moro em entrevista ao Estadão, dizendo que os presos em Curitiba sofrem tortura. Merece não só processo, mas cadeia, junto com seus asseclas corruptos. Segue trecho com as infames declarações do caluniador:


    Um dos mais próximos interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), cobrou uma ação mais ativa da presidente Dilma Rousseff para contornar a crise política. Em entrevista ao Broadcast Político, da Agência Estado, pediu que Dilma faça como Lula após o escândalo do mensalão: saia do gabinete e mostre obras do governo. “Este é o meu clamor, do presidente Lula e de todos os dirigentes do partido”, disse. “É preciso que a presidenta rode primeiro o País, para Lula rodar depois.”

    Estado - Qual sua avaliação sobre a Operação Lava Jato?
    É uma opinião de leigo, apesar de eu ser bacharel (em Direito). Não estudei os processos, mas como cidadão vejo de forma espantosa como um juiz de primeira instância (Sérgio Moro) possa colocar de joelhos as instâncias superiores da forma como tem feito. Parece até encomenda e é preciso que as instâncias superiores assumam a responsabilidade por este processo. É um absurdo que delatores A, B ou C acusem alguém sob tortura. 
    Estado - Tortura?
    O que se ouve de bastidor é que está havendo tortura não só psicológica. E alguém falando nessas condições tem o direito de mentir. Sugiro que os senadores (da oposição que foram à Venezuela para tentar visitar os presos políticos do regime de Nicolás Maduro) façam uma comissão e, em vez de ir à Venezuela, vejam o que está acontecendo em Curitiba, que é muito mais perto. (Íntegra, no Estadão).

    P.S.: só pra lembrar: não se trata nem de difamação nem de injúria. Calúnia é atribuir crime a alguém - e tortura, como se sabe, é crime. O STF e as demais instâncias da Justiça deveriam processar imediatamente o mafioso de São Bernardo.
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