quinta-feira, 16 de julho de 2015

Confira 21 exemplos de estupidez esquerdista


As bobagens ditas pela chatíssima atriz Fernanda Torres inspiraram um artigo escrito por João Luiz Mauad no site doInstituto Millenium. De fato, a inconsistência intelectual da esquerdinha carioca é de doer. Ela, a esquerdinha, acha que petrificar-se na obtusidade é coerência, a ponto de, como fez a ex-mulher de Chico Buarque, Marieta Severo, fugir de uma pergunta no Programa do Faustão para não criticar o governo Dilma. Não é à toa que a UFRJ elegeu um esquerdista pré-1989 como reitor. Rio de Janeiro? Dispenso:
Um amigo me enviou um texto do meu colega Alexandre Borges em que este fazia uma crítica, bastante pertinente, à inconsistência intelectual, ou, se preferirem, à incoerência da atriz e colunista de Veja, Fernanda Torres, que, em artigo recente, defendeu a legalização do Uber, uma ideia francamente liberal e bem distante do fetiche regulatório que povoa as mentes do pessoal de esquerda, grupo ao qual aquela escrevinhadora pertenceria.
Na verdade, esse tipo de inconsistência é bastante comum nos esquerdistas, a ponto de ser possível escrever um livro a respeito.  Esclareço que não estou me referindo aqui à hipocrisia da sinistra, tão bem retratada por Rodrigo Constantino em seu já famoso “Esquerda Caviar”.  Hipocrisia é agir de forma diferente daquilo que prega.  Quando falo de inconsistência intelectual, refiro-me apenas ao mundo das idéias, que se chocam muitas vezes de forma irremediável quando analisadas logicamente, nos levando a concluir que a filosofia dita progressista repousa muito mais em idiossincrasias e subjetividades do que propriamente no pensamento rigoroso.
Para aqueles que ainda têm alguma dúvida, seguem abaixo 21 exemplos clássicos da inconsistência intelectual presente nas ideias da imensa maioria dos esquerdistas, ressalvando que esta relação não é, de forma nenhuma, exaustiva (contribuições à lista serão bem vindas):
  1. Esquerdistas em geral acreditam piamente no chamado “consenso científico” a respeito do aquecimento global antropogênico e das mudanças climáticas, mas se recusam a levar em conta o mesmo “consenso” sobre a salubridade dos alimentos geneticamente modificados.

  1. Esquerdistas em geral são a favor da liberdade de escolha da mulher em relação ao aborto, mas querem reduzir essa mesma liberdade quanto à escolha da forma de parto e, não raro, pregam que o governo interfira no mercado para limitar o número de cesáreas, que, segundo alguns especialistas, poderiam prejudicar o bebê.  Tão preocupados com a saúde dos fetos e tão indiferentes à sua vida.

  1. Esquerdistas em geral são intransigentes defensores dos direitos da mulher e da igualdade de gênero nos países ocidentais, mas costumam fazer vista grossa ao que acontece com elas nos países islâmicos, onde muitas vezes são tratadas como escravas, privadas dos direitos individuais mais elementares.

  1. Esquerdistas em geral, acertadamente, acreditam que aumentos de preços, via impostos, incentivam a redução do consumo de cigarros, gorduras e açúcares, mas acham que aumentos no salário mínimo não terão qualquer conseqüência no consumo da mão de obra pouco qualificada.  Para eles, a lei econômica da oferta e da demanda é opcional.

  1. Esquerdistas em geral favorecem a liberação da maconha e de outras drogas, em nome da liberdade individual de escolha, mas estão engajados em verdadeiras “jihads” contra o cigarro, as guloseimas, os refrigerantes e as gorduras trans. Ou seja, a liberdade de escolha depende da substância e não do discernimento do consumidor.

  1. Esquerdistas em geral consideram que as mulheres estão sub-representadas em diversas áreas da sociedade, como no Congresso Nacional e nos altos cargos de direção empresarial, e não raro defendem a implantação de políticas afirmativas (cotas) para “solucionar” o “problema”.  Porém, não ligam a mínima que o mesmo aconteça nas prisões e nas profissões de alto risco, por exemplo, onde o número de homens é também muito maior que o de mulheres.

  1. Esquerdistas em geral são defensores intransigentes da ecologia e da vida animal, a ponto de promoverem verdadeiros linchamentos públicos sempre que alguma empresa petrolífera é responsável por vazamentos de óleo, mas fecham os olhos ao intenso massacre de pássaros promovido, por exemplo, pelas hélices geradoras de energia eólica e pelas fazendas de energia solar, não por acaso as formas de energia de seus sonhos.

  1. Esquerdistas em geral consideram que os menores de 18 anos – e maiores de 16 – estão aptos a votar, formar sociedades empresariais, ter vida sexual ativa e até mesmo dirigir automóveis, mas são ao mesmo tempo absolutamente imaturos e incapazes de assumir eventuais responsabilidades por seus delitos.

  1. Esquerdistas em geral deram apoio solidário e irrestrito à decisão da maioria no plebiscito grego sobre a dívida pública daquele país, mas se recusam a aceitar o resultado do plebiscito brasileiro sobre o desarmamento. O importante não é a democracia, mas o resultado do pleito.

  1. Esquerdistas (pelo menos alguns) concordam que a carga tributária brasileira é alta e acham que deveria baixar, mas não pensam duas vezes na hora de apoiar qualquer nova política pública que aumente os gastos do governo.

  1. Esquerdistas em geral são ferozes opositores do famigerado “consumismo desenfreado” praticado nas sociedades capitalistas, entretanto são os primeiros a propor políticas de incentivo que visem ao aumento do consumo, em períodos recessivos.  Nessas horas, alguns chegam a apontar a poupança como ação antipatriótica.

  1. Esquerdistas em geral costumam vituperar contra os altos salários dos executivos (vide o Movimento Occupy Wall Street), mas se calam diante dos altíssimos salários de seus artistas e desportistas prediletos, os quais, muitas vezes, ganham tanto ou mais do que aqueles.

  1. Esquerdistas em geral reclamam dos altos preços dos produtos e serviços cobrados pelos gananciosos empresários capitalistas, ao mesmo tempo em que defendem, sistematicamente, o protecionismo mercantil, que reduz a concorrência e, consequentemente, ajuda a manter elevados os preços.

  1. Esquerdistas em geral reclamam da corrupção, mas nunca desistem de querer aumentar o poder e o dinheiro nas mãos dos governos. Privatização? Nem pensar!

  1. Esquerdistas em geral defendem, com justíssima razão, os direitos dos homossexuais, embora venerem alguns de seus maiores algozes, como Che Guevara e Fidel Castro, dois símbolos da perseguição contra os gays.

  1. Esquerdistas em geral acham que a liberdade de expressão deve ser restringida quando, por exemplo, ela agride a imagem do Profeta Maomé, mas não estão nem aí para as agressões contra símbolos cristãos ou judeus.


  1. Esquerdistas em geral foram às ruas e levantaram bandeiras a favor do impeachment constitucional de Collor, assim como passaram anos pedindo o impeachment de FHC, mas acusam de golpistas os que hoje pedem o impeachment de Dilma.

  1. Esquerdistas em geral discursam contra os grandes conglomerados empresariais das economias capitalistas, mas não se cansam de apoiar políticas públicas de apoio às grandes empresas, não raro fomentadoras de monopólios e oligopólios, como as praticadas, por exemplo, pelo BNDES.

  1. Esquerdistas em geral são favoráveis à quebra de patentes farmacêuticas e, em muitos casos, até à sua completa extinção, mas costumam defender como intocáveis os direitos autorais de seus escritores e artistas preferidos.

  1. Esquerdistas em geral, em época de eleição, costumam elevar os eleitores à condição de sábios (especialmente quando votam majoritariamente neles), mas tratam esse mesmo eleitor como alguém totalmente incapaz de tomar as decisões mais comezinhas do dia-a-dia, devendo ser tutelado até mesmo a respeito do que comer, beber, ler ou assistir.

  1. Esquerdistas em geral almejam viver numa sociedade sem distinção de classes ou raças, mas não raro são os primeiros a dividi-la de acordo com a classe social ou a cor da pele. Quantas vezes, você, amigo liberal, já foi chamado de “coxinha”, “burguês”, “branquelo” e outras alcunhas do gênero?
Blog do Orlando Tambosi

Em campanha para salvar a pele de Dilma, Adams diz que "pedaladas" são da rotina administrativa.

Luís Inácio Adams, que confunde partido com Estado, só aparece para defender Dilma e o PT. Não consta que tenha feito algo de fato pelo União. Agora vem com a conversa mole de que as "pedaladas fiscais" fazem parte da rotina administrativa. Mentira. Não há nem sequer uma prova de que o governo FHC, por exemplo, tenha praticado esse ciclismo de embusteiros. Isso é coisa do Partido Totalitário, que encara como normalidade as irregularidades e ilegalidades que pratica.


O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, insistiu, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro na manhã desta quinta-feira (16) , na tese de que os atrasos nos repasses da União a bancos públicos, chamadas 'pedaladas fiscais', são "parte da dinâmica administrativa" e que foram praticados também por outros governos.

"A sistemática realmente existiu. Em maio de 2000, o governo deixou de repassar o equivalente ao que aconteceu em 2014, mais ou menos 6% do que deveria ter feito. Isso faz parte da dinâmica administrativa. Esse fluxo é sempre reposto", argumentou Luís Inácio Adams, que reclamou ainda do termo "pedaladas fiscais" e da maneira como a mídia está tratando o tema.

O advogado-geral afirmou que a União está disposta a acatar apontamentos feitos pelo TCU e alterar ações no futuro, mas repetiu a estratégia da defesa de que há uma jurisprudência que permite o atraso nos repasses. "O TCU pode rever essa jurisprudência. Mas todas as revisões de jurisprudência são para o futuro".
Apesar de demonstrar confiança de que as contas não serão rejeitadas no TCU, Adams disse que o governo está trabalhando no Congresso, que é a "instância deliberativa". O chefe da AGU repetiu que "não há razão para rejeição".
Adams insistiu que espera que o TCU, apesar de ser formado por ministros oriundos do Congresso Nacional, faça um julgamento técnico e fique alheio à disputa política. "Infelizmente esse debate, ao contrário de outros anos, adquiriu contornos políticos. Esse debate político não pode contaminar uma análise que tem que ser técnica", argumentou Adams, que pediu um julgamento "ponderado, racional e não político".
Impeachment. O ministro foi questionado mais de uma vez sobre a possibilidade de as pedaladas fiscais causarem o afastamento da presidente Dilma Rousseff, mas rechaçou a possibilidade. Segundo ele, "contas públicas nunca repercutiu em nenhum tipo de afastamento", nem mesmo em outros níveis de poder.
"A gente não trabalha com afastamento porque a gente não acredita nele", disse Adams, que enfatizou ainda que "o que está em discussão são as contas, não as decisões da presidente da República"
Adams afirmou que "o ânimo da presidente está muito tranquilo" para enfrentar o julgamento das contas. "Ela não está procurando escapar da Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou o advogado. 

Escolas e livros escolares a serviço da doutrinação ideológica


O excelente blog Spotniks fez um amplo post sobre doutrinação ideológica nas escolas. O retrato é devastador. Pouca ciência, muita ideologia. A maioria dos professores está mais preocupada em formar "cidadãos críticos" que ensinar matérias. Não é à toa que, em termos escolares, figuramos entre os países mais atrasados. 
Educação, eis a palavrinha mágica no discurso dos políticos e nas faixas de campanha, nos gritos de protesto e nas passeatas sindicais, a solução inevitável para todos os nossos problemas.
Na posse do segundo mandato da atual presidente, ela foi a estrela máxima:
“O novo lema do meu governo, simples direto e mobilizador, reflete com clareza qual será a nossa prioridade, e sinaliza para qual setor deve convergir nossos esforços. Trata-se de emblema com duplo significado. Estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar em todas ações de governo um sentido formador.”
Como apontamos por aqui, a nossa educação não anda muito bem das pernas. Atualmente 95% dos nossos alunos saem do ensino médio sem conhecimentos básicos em matemática, quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais e 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino médio sem conhecimentos adequados em língua portuguesa. Em resumo: enfiamos mais de 42 milhões de crianças e adolescentes em escolas públicas, a um custo nababesco, mas ensinamos muito pouco.
E as notícias ruins não terminam por aí. Segundo dados do Prova Brasil, 55% dos professores brasileiros dizem possuir pouco contato com a leitura. Além disso, uma pesquisa feita pela OCDE aponta que eles perdem, em média, 20% das suas aulas lidando com bagunça em sala de aula. Por fim, segundo o Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube), quatro em cada dez universitários são barrados em seleções para estágio por causa de erros de ortografia – os estudantes de Pedagogia lideram entre os piores índices.
Não bastasse o claro fracasso na escola como instituição de ensino, não raramente ela é usada como instrumento para doutrinação ideológica. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, 78% dos professores brasileiros acreditam que a principal missão das escolas é “formar cidadãos” (apenas 8% apontou a opção “ensinar as matérias”) e 61% dos pais acham “normal” que os professores façam proselitismo ideológico em sala de aula.
Evidentemente essa não é uma prática assinada por todos os docentes – e seria chover no molhado apontar aqui que parte considerável dos nossos professores atuam na melhor das intenções, quando não são vítimas de material didático de péssimo gosto. Mas, ainda assim, a doutrinação atua como uma praga numa lavoura, corrompendo a formação intelectual de incontáveis estudantes e interferindo negativamente no ambiente de trabalho dos docentes.
Para combater a prática, o advogado Miguel Nagib criou a organização Escola Sem Partido, “uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior”. A organização promove o debate e denuncia práticas de doutrinação em sala de aula. Em sua página é possível encontrar inúmeros exemplos de uso eleitoreiro e político nos livros didáticos brasileiros, propaganda ideológica em instituições de ensino, professores-militantes, entre outras aberrações presentes na nossa educação.
Aqui, 5 exemplos de como a doutrinação atua nas salas de aula do país.

PT na TV no dia 6 de agosto? Ueba, panelaço de norte a sul!



Bomba! MP abre inquérito contra Lula para investigar tráfico de influência.

Reza, tiranete, reza!
Enfim, o MP perde o medo e abre inquérito contra o tiranete Lula, figura até agora injustamente preservada diante dos escândalos de seu governo e de sua atuação como lobista de empreiteiras corruptas no exterior:


Depois de cobrar informações diretamente do ex-presidente Lula, a Procuradoria da República do Distrito Federal decidiu abrir inquérito contra o petista para apurar a relação dele com a construtora Odebrecht e investigar a possível prática de tráfico de influência em favor da empresa por parte do petista, entre 2011 e 2014. 



Para o Ministério Público (MP), é preciso apurar a atuação de Lula na concessão de empréstimos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o contexto em que o petista viajou, às custas de empresas, para negociar contratos no exterior. 



Na portaria em que converte o caso para um procedimento investigatório criminal, o MP pede que a força-tarefa da Operação Lava Jato compartilhe todas as informações que envolvem o relacionamento entre o ex-presidente e a Odebrecht.

Oficialmente, o inquérito tem prazo de noventa dias para ser concluído, mas pode ser prorrogado por diversas vezes. Nesta fase de inquérito, se houver evidências de que o ex-presidente tenha praticado tráfico de influência junto a agentes políticos internacionais para influenciar a contratação da Odebrecht, o Ministério Público pode pedir a adoção de medidas invasivas contra Lula, como quebras de sigilo do petista e buscas e apreensões.

África - Reportagem de VEJA revelou que Taiguara Rodrigues dos Santos ganhou contratos de obras após o ex-presidente Lula ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira. 


Em 2012, por exemplo, a Exergia Brasil, de Taiguara, foi contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no BNDES um financiamento para realizar esse projeto na África. 


Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, conhecido como Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente. Funcionários do governo e executivos de empreiteiras costumam identificá-lo como "o sobrinho do Lula".


Antes de abrir oficialmente o procedimento criminal, a procuradoria deu prazo de quinze dias para que Lula se explicasse e concedeu tempo também para que a Odebrecht, empresa citada por delatores da Lava Jato como uma das integrantes do "clube do bilhão", apresentasse a sua versão.

No pedido em que reúne informações para apurar se Lula cometeu tráfico de influência, o MP cita diversas menções de que o petista viajou com recursos da Odebrecht em busca de contratos no exterior. 


Em um dos casos, a empreiteira teria desembolsado 435.000 reais, por meio da DAG Construtora, para pagar um voo fretado para que Lula fizesse suas transações em Cuba e na República Dominicana. (Veja.com).

Nova corte internacional lutará por Justiça para animais


  • 15 julho 2015
Autoridades moçambicanas queimam chifres obtidos ilegalmente | Foto: Getty
A caça ilegal de animais selvagens alimenta um mercado bilionário em todo o mundo, dominado por organizações criminosas
Apesar de pequena, a cidade de Haia, na Holanda, está acostumada a lidar com assuntos importantes: ela abriga o Tribunal Internacional de Justiça, o Tribunal Internacional Criminal e outras cortes que analisam crimes e massacres em regiões tão longe dali quanto os Bálcãs, o Líbano e Ruanda.


A partir desta semana, a cidade também terá um centro voltado para direitos dos animai: a Comissão de Justiça para a Vida Selvagem (WJC, na sigla em inglês).


A comissão nasce com o mandato de perseguir caçadores ilegais e contrabandistas de espécies ameaçadas em todo o mundo, mas pretende ser o principal mecanismo internacional para expôr quadrilhas que atuam internacionalmente no tráfico de animais – encabeçadas por empresários multimilionários, semelhantes aos chefes de cartéis do narcotráfico e aos grandes mafiosos.


O tráfico de animais é um negócio que gera cerca de US$ 17 bilhões (R$ 53 bilhões) por ano e é também o quarto maior crime transnacional no mundo – depois do narcotráfico, da falsificação e do tráfico de pessoas –, segundo o grupo ativista americano Global Financial Integrity.


"Estas organizações criminosas são transacionais, assim como as que atuam em outras formas de tráfico, seja de armas ou de drogas. Elas têm recursos e conexões para expandir seus negócios por todo o mundo, sabem como fazê-lo e a quem subornar e são ligados a políticos e empresários locais", diz Andrea Costa, um dos membros fundadores da WJC.


Especialistas afirmam que o comércio ilegal de animais selvagens anda de mãos dadas com crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.


Leia mais: Como o fascínio da humanidade com o 'rei dos animais' acabou com uma espécie

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Em junho, autoridades americanas exibiram e destruíram mais de uma tonelada de objetos feitos com marfim ilegal

Apetite por rinocerontes

Da caça ilegal de rinocerontes à pesca de atum, do comércio de marfim à derrubada de madeira: inúmeras espécies de animais e vegetais são ameaçadas pelos crimes contra a vida selvagem.


O comércio ilegal está em alta devido a uma demanda crescente, especialmente do sudeste da Ásia e da China.


O caso do rinoceronte africano ilustra o problema: em apenas sete anos, a caça ilegal destes animais na África do Sul – que abriga o maior número destes animais – cresceu quase 100 vezes (de 13 rinocerontes mortos em 2007 a 1.215 em 2014).


"Se não fizermos nada, rinocerontes selvagens deixarão de existir ainda nesta década", diz um relatório da WJC.


Cerca de 80% dos chifres contrabandeados desde 2010 saem do Parque Nacional Kruger, na África do Sul, e viajam por Moçambique, segundo a unidade de combate à caça ilegal do parque.


A queratina, proteína da qual são feitos os chifres, é usada na medicina tradicional asiática para tratar desde ressaca até doenças terminais.

Apreensões durante as seis semanas da operação global "Cobra 3":

  • 4,3 toneladas de marfim da República Democrática do Congo, achados na Tailândia
  • 511 peças de marfim escondidas em 220 sacos de folhas de chá do Quênia
  • 90 quilos de coral encontrados na Espanha
  • 500 quilos de enguias congeladas achados na Polônia
  • 16 costelas de baleia encontradas na Holanda
  • 10.000 cavalos marinhos e 400 tartarugas russas encontradas no Reino Unido
Os chifres também são um símbolo de status e riqueza. Seu valor de mercado na região é superior ao do ouro: um chifre de dois quilos custa US$ 150 mil em seu destino final. Em alguns mercados, pode custar o dobro deste preço;


Além de rinocerontes, tigres e elefantes, animais menores – como pangolins, cágados, esturjões, salamandras, tatus, corais e cobras – são ameaçados pelo comércio ilegal.
Leia mais: O tráfico de chifres que valem mais que ouro
Leia mais: Elefantes podem ser extintos em cem anos na África

Comissão supranacional

O objetivo da WJC é lutar com novas armas, já que a perseguição aos caçadores ilegais não é mais uma tarefa apenas para patrulheiros locais. Agora, é preciso usar novas tecnologias, como GPS e análise de DNA, para rastrear carregamentos de materiais ilegais pelo mundo e descobrir de onde eles vêm.


Meses antes de abrir as portas oficialmente, os membros da WJC trabalham produzindo "mapas de fatos" – como chamam seus dossiês – sobre dois dos principais comércios ilegais: marfim e chifres de rinocerontes.
Comissão não terá poder de ordenar prisões, mas pretende expôr responsabilidade de governos
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"O tráfico de bens relacionados com a vida selvagem causa impacto na sociedade, na segurança de comunidades locais e na corrupção em nível nacional. Não vemos governos de países atuando contra as redes internacionais de criminosos. Às vezes elas não conseguem e, às vezes, falta vontade", diz Michael Wamithi, conselheiro da instituição de caridade International Fund for Animal Welfare.


A comissão de direitos dos animais pretende preencher as lacunas entre os países lidando com este tipo de crime transnacional.


A questão agora é como pôr em prática as decisões da comissão. Diferentemente dos outros tribunais em Haia, a WJC não consegue realizar julgamentos, apenas audiências públicas.


Além disso, ela não pode ordenar prisões e suas recomendações não têm força de lei.
Segundo os membros do grupo, a estratégia é a exposição dos culpados: reunir dados e divulgá-los pode responsabilizar os governos e, com sorte, ajudar a salvar as espécies em perigo.

Em plena crise política, por onde anda Marina Silva?


Marina Silva | Foto: Reuters
Ex-candidata tem se pronunciado quase que exclusivamente por redes sociais e sobre temas como meio ambiente e educação
No momento em que o país passa por uma escalada da crise política, muitos se perguntam por onde anda Marina Silva, a candidata de 22,176 milhões de eleitores na eleição presidencial de 2014.


A resposta é: na Colômbia, para uma viagem de cerca de dez dias, onde, segundo sua conta no Instagram, tem visitado grupos da sociedade civil que atuam em áreas como sustentabilidade, democracia participativa e redução da violência.


A coincidência de sua ausência do país, em um momento de intensificação do desgaste do governo Dilma Rousseff, e em que novos desdobramentos da operação Lava Jato atingem congressistas, de certa forma reforça o sentimento de que Marina "desapareceu" do cenário político após a acirrada disputa de 2014.


Nesta quarta-feira, enquanto a Polícia Federal cumpria mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor e outros cinco políticos, Marina entrou no Facebook e no Twitter para fazer apenas duas postagens sobre a Conferência do Clima em Paris.


No dia seguinte, compartilhou mais três links com conteúdo sobre mudanças climáticas, direitos indígenas e críticas à educação no país.


Leia mais: Em Milão, Dilma diz que 'não há rebelião no Congresso'
Leia mais: PMDB e PSDB não têm interesse em ver Dilma fora do cargo, dizem analistas



Alguns leitores reagiram à falta de comentários sobre a situação política, econômica e as denúncias de corrupção.


"Cadê você, Marina? O Brasil derretendo, milhões (de) pessoas perdendo emprego, seus antigos companheiros enroladíssimos e você muda, quieta!! Cadê a líder??", cobrou no Facebook Margarette Dayrell.


"Marinaaaaaaaaa, cadê vc? Vergonha foi ontem no Senado, Collor e Jader Barbalho esculhambando o Ministério Público e a ação da Polícia Federal, os outros senadores, de todos os partidos, caladinhos, ouvindo tudo desconfiados e sem Ninguém se pronunciar a favor da operação", reclamou também Gustavo Tiné.

'Tranquilidade'

A BBC Brasil tentou ouvir Marina Silva, mas sua assessoria informou que a viagem à Colômbia impedia que fosse realizada uma entrevista. Nos últimos meses, ela falado pouco com a imprensa.


Em um desses raros momentos, no mês passado, concedeu entrevista ao jornalista Keneddy Alencar, do SBT, em que disse não saber se disputará a eleição presidencial novamente e afirmou querer "pensar com tranquilidade" sobre como contribuir para o país.


"Eu ainda não tenho essa resposta (sobre se seria candidata). Não acho que uma candidatura deva ser em função da fadiga de material desse ou daquele partido. Uma candidatura será sempre em função de um projeto de país, de uma visão de mundo, de um programa de governo", disse, ao ser questionada sobre a possibilidade de ser uma alternativa ao governo e ao PSDB.


"Eu quero discutir, pensar com tranquilidade qual é a natureza da minha contribuição para a sociedade brasileira."


Em seu site oficial, em março, também rebateu as cobranças a respeito de seu "silêncio": "Como disse (o escritor americano) Mark Twain, 'os boatos a respeito da minha morte estavam um pouco exagerados'. Não andei tão calada assim, basta ver que em minhas páginas na internet tratei das questões mais importantes da vida brasileira, como a crise hídrica, a retomada dos ataques aos direitos indígenas e, é claro, as investigações da corrupção na Petrobras."


"Se me ative às páginas da internet, especialmente nas redes sociais, deixando de lado as entrevistas e artigos na chamada 'grande mídia', é porque preferi não seguir a pauta convencional, onde o bate-boca pós-eleitoral e as versões da guerra partidária continuavam acirrados", explicou.


Leia mais: Reforma política aprovada pela Câmara desagrada movimentos de esquerda e direita

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Aécio Neves, do PSDB, tem aproveitado o desgaste do governo para ganhar espaço na oposição 
 
A postura de Marina destoa da atuação de outros líderes da oposição como o senador Aécio Neves e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, claramente interessados em disputar novamente a Presidência da República e que têm aproveitado o desgaste do governo federal para ganhar força.

Até mesmo o partido aliado PMDB já disse oficialmente que romperá com o PT nas próximas eleições e lançará um candidato próprio ao Planalto – alguns nomes possíveis são o prefeito do Rio, Eduardo Paes; o vice-presidente, Michel Temer; ou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

"Do ponto de vista de um político, é certamente um erro essa ausência (de Marina) do cenário, não apenas para tentar aparecer, mas assumir uma posição no meio dessa crise", afirma Renato Perissinoto, professor de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná.

"Então, não sei se ela de fato coloca como uma meta levar a carreira política dela adiante. É uma ausência bastante estranha para uma candidata que assumiu a terceira posição nas últimas eleições e de fato poderia se apresentar como uma alternativa, tanto ao governo quanto à oposição do PSDB", acrescentou.


Leia mais: 'Ajuste fiscal é realidade', diz ministro da Educação sobre cortes

Sem 'rede'

Para Perissinoto, um fator que dificulta a atuação de Marina é o fato de que ela não tem um partido forte e estruturado que lhe dê sustentação.


Desde 2013 ela tenta obter o registro de partido político para a Rede Sustentabilidade. Como não conseguiu concluir o processo em tempo hábil para disputar o pleito de 2014, se filiou provisoriamente ao PSB para concorrer como vice do candidato Eduardo Campos. Após a morte de Campos em um acidente de avião em agosto, ela assumiu a cabeça de chapa.


Num primeiro momento, de certa forma impulsionada pela comoção em torno da morte do pernambucano, Marina disparou nas pesquisas de intenção de voto e parecia ter chances reais de vitória, mas após sofrer uma enxurrada de críticas e ataques, principalmente da campanha petista, não conseguiu sequer chegar ao segundo turno.


Ela já havia concorrido à Presidência em 2010 pelo Partido Verde, no qual ingressou após divergências no PT - a legenda em que iniciou sua carreira política e chegou a senadora e ministra do Meio Ambiente do governo Lula.


A Rede Sustentabilidade deu neste ano nova entrada de pedido de registro no TSE, em que apresentou as assinaturas de apoio que faltavam para caracterizar o alcance nacional do novo partido. Segundo seu porta-voz, Bazileu Margarido, a expectativa é que a solicitação seja julgada pelo tribunal em agosto.
Segundo ele, a Rede está focada nas eleições de 2016 e não tem discutido a possibilidade de que uma nova eleição presidencial seja convocada antes de 2018, no caso da presidente Dilma e seu vice serem cassados - hipótese que vem sendo defendida pelo PSDB.


De acordo com Margarido, o grupo político de Marina considera legítimas as manifestações que vem sendo realizadas contra governo no país, mas não vê prova concreta que possa implicar a presidente em irregularidades e justificar sua queda.


Ele disse que, após a Rede obter o registro no TSE, a prioridade será filiar os possíveis candidatos em 2016, mas não há previsão de quantos serão.


"Não estamos com muita ansiedade de crescer rapidamente. É claro que isso é importante para o partido, é através das candidaturas que a gente vai criando identidade, ganhando maior visibilidade, mas vamos fazer isso apenas quando tiver sentido, quando vier para reforçar a identidade da Rede ", explicou.


Quanto ao "sumiço" de Marina, Margarido diz que ela está ativa, numa militância "direta" com a sociedade, participando de eventos pelo Brasil e no exterior.


A BBC Brasil solicitou a agenda pública da ex-senadora, mas a sua assessoria preferiu não divulgá-la. Nos perfis de Marina nas redes sociais, há registros de alguns eventos, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas também no Acre e em Brasília.
Além da viagem à Colômbia, que ela deve encerrar nesta sexta-feira, esteve também nos Estados Unidos onde visitou, por exemplo, a Universidade de Harvard.


"Olha, depois (da eleição) de 2010 houve essa mesma discussão, que Marina estava sumida. Porque ela tem outra forma de atuar. Ela não para um minuto. Ela está toda semana percorrendo o país inteiro, fazendo palestra, fazendo debate, agora, não sai na grande mídia nacional", disse Margarido.


"Marina privilegia o contato direto com a sociedade. Está atuando, discutindo, vendo, acompanhando os processos inovadores da sociedade lá na Colômbia, para se inspirar, para entender o que está acontecendo no mundo, na América Latina", destacou.
 
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Para Sirkis, Marina é liderança da sociedade civil mais do que líder política

Líder global

O ex-deputado federal Alfredo Sirkis vê com ceticismo a criação da Rede. Ele esteve ao lado da Marina no PV e participou da primeira tentativa de criar a Rede em 2013, mas após o fracasso acabou desistindo do projeto. Na sua avaliação, há pouco espaço no sistema atual para novos partidos – já existem 32 atualmente.


"Acho que infelizmente no Brasil os partidos só servem para disputar eleição e espaços de poder. Não acredito que o problema seja a falta de um novo partido. Já foi tentado tanto pelo PT como pelo PV nos anos 80, foram dois partidos novos que tentaram ser diferentes e fracassaram", ressaltou.


Em 2013, após o fracasso da criação da Rede, Sirkis fez duras críticas ao estilo de Marina. Escreveu em seu blog que ela "cultiva um processo decisório caótico" e que "reage mal a críticas".


Ao analisar o "desaparecimento" de Marina do debate atual, Sirkis diz que vê a antiga aliada mais como uma liderança da sociedade civil, do que "uma chefe política, comandando um partido".


"Na minha opinião, Marina é muito mais um expoente da sociedade civil global, uma grande vocalizadora dos temas do ambientalismo e da sustentabilidade, capaz de ter uma alcance mais amplo do que outras lideranças dessas causas porque ela tem acesso a um público mais humilde e é a única liderança progressista do mundo evangélico brasileiro", ressaltou.

Vale a pena ler de novo:Que cidade é essa?

Guará e Águas Claras Orlando BritoPor Chico Sant’Anna
Olhe a foto acima, de Orlando Brito, e responda rápido: que cidade é essa?
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte?

Quem se deixou influenciar-se com os arranha-céus, pensando que a foto é de alguma metrópole tradicional do Brasil, errou.


A foto é da cidade projetada por Lúcio Costa, considerada revolução nos padrões do urbanismo e da arquitetura mundial, patrimônio da humanidade, mas que vem sendo vilipendiada todos os dias pela cobiça da especulação imobiliária.
Especulação Imobiliária Águas Claras
Projetada inicialmente para ter prédios de no máximo oito andares – um terço a mais do que no Plano Piloto -, Águas Claras abriga espigões com até trinta andares. Foto de Chico Sant’Anna


A imagem é de duas cidades do Distrito Federal: Guará, em primeiro plano, e Águas Claras,em segundo. A primeira foi concebida para ter edifícios de, no máximo, seis andares e, a segunda, oito andares. Hoje, no Guará, há prédios de dez andares e de até de 30 andares, em Águas Claras.

Mesmo fenômeno de hiper-verticalização estão vivenciando cidades-satélites como o Gama, Samambaia, Ceilândia e Sobradinho. Espigões cortam os céus, sem que haja uma preocupação como que está na terra: redes de águas pluviais, abastecimento de água potável, captação de esgoto, coleta seletiva de lixo, estacionamentos, dimensões de ruas e avenidas, falta de transporte coletivo, escolas, centros de saúde, delegacias.
Estreitas ruas que atendiam a meia dúzia de casas, são agora obrigadas a receber o trânsito pesado de centenas, quem sabe milhares de carros. As cidades vão se imobilizando. Nem a pé se consegue andar, pois em muitas delas não sobrou espaço para o pedestre. Os muros dos condomínios vão até à linha limítrofe do meio-fio. Faltam calçadas, dispositivos de acessibilidade.


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A substituição de casas por prédios de apartamentos é recomendada por muitos especialistas como uma forma de potencializar o uso da infra-estrutura já instalada e evitar que seja necessário transformar áreas verdes rurais em novas áreas urbanas, como é o caso da área de pesquisa da Embrapa Cerrados -no caminho de Planaltina – onde o GDF quer fazer um bairro residencial. Hoje, o Distrito Federal já ocupa, praticamente, a metade de seu território como área urbana.
Como se fossem tropas medievais, os espigões de Águas Claras parecem marchar sobre Brasília. Foto de Felipe Bastos. Como se fossem tropas medievais, os espigões de Águas Claras parecem marchar sobre Brasília. Aos poucos o verde vai dando lugar ao cinza do concreto. Foto de Felipe Bastos.
Como se fossem tropas medievais, os espigões de Águas Claras parecem marchar sobre Brasília. Aos poucos o verde vai dando lugar ao cinza do concreto. Foto de Felipe Bastos.


Mas é excessiva a verticalização que está se fazendo. O volume de novas moradias e estabelecimentos comerciais irá extrapolar a capacidade física da infra-estrutura instalada, demandando mais investimento público. Olhando para o horizonte, percebemos uma massa de espigões que, como se fossem tropas medievais, parecem marchar sobre Brasília. Aos poucos o verde vai dando lugar ao cinza do concreto.
Cidade Satélite FotoAérea
Áreas urbanas concebidas para receber apenas casas,estão sendo ocupadas por grandes prédios afetando toda a infra-estrutura e sistema viário existentes. Foto de Chico Sant’Anna


Aos poucos, o Plano Piloto vai ficando entrincheirado. Não bastasse a hiper-verticalização que se verifica nas cidades já existentes, a garra da especulação imobiliária, aliada à falta de ação – ou, quem sabe, conivência – do poder público, se lança sobre enormes áreas rurais. É o caso da chamada Oklândia, projeto do ex-senador cassado e preso Luiz Estevão que recebeu sinal verde do GDF de Agnelo Queiroz e que prevê o surgimento de uma cidade para quase um milhão de habitantes na faixa de terras rurais que vão de São Sebastião a Santa Maria. Local hoje destinado essencialmente à produção de hortigranjeiros que abastecem o Distrito Federal e nascentes d’água, tais como o Tororó e a cachoeira da Saia Velha.


O projeto inicial prevê edifícios de 15 andares, mas se Águas Claras começou com oito e chegou a 30 pavimentos, qual será o limite da Oklândia de Luiz Estevão?


Outras regiões, como o Taquari, na saída Norte de Brasília, e o Núcleo Rural Vargem da Benção – também rico em nascente que abastecem o Lago Paranoá -, próximo ao Recanto das Emas, estão na mira da mesma sanha avassaladora.
Na Vargem da Benção há produtores rurais assentados ainda por Juscelino Kubitschek e que estão ameaçados a dar lugar a um setor habitacional para 50 mil moradores num local que é classificado como Área de Proteção Ambiental – APA.


Veja aqui como é a Vargem da Benção

Arniqueiras – localizada entre o Park Way e Águas Claras-, que nem teve sua situação fundiária resolvida ainda, também está na mira das empreiteiras para receber prédios semelhantes aos de Águas Claras.
Chico Sant'Anna em Arniqueiras
Espigões de Águas Claras cobiçam as terras de Arniqueiras, até outro dia, um setor de chácaras para a produção de hortigranjeiros. Foto de Cláudia Andrade.


Quem poderá dar um basta a tudo isso e fazer com que o crescimento de Brasília seja ordenado e planejado segundo os interesses de sua população? Ela mesma. São os moradores do Distrito Federal, pelo menos os que são maiores de 16 anos, que poderão, no próximo 5 de outubro dizer que Brasília desejam: se uma pauliceia poluída, engarrafada e sem qualidade de vida, ou a Brasília, cidade parque, idealizada por Lúcio Costa.

Tanto na eleição ao GDF, quanto à Câmara Distrital existem candidatos que defendem claramente esses dois pontos de vista. Existe a bancada da especulação imobiliária e a bancada do crescimento sustentável.

A escolha é sua, senhor e senhora eleitores.

(O Rollemberg jurou que não deixaria esse adensamento acontecer.Espero que cumpra sua palavra).Empresa global busca parcerias locais para desenvolver regiões do DF

A ideia é construir um complexo com hospitais, escolas, shopping, prédios, casas, hotéis e comércio na região da DF-140, próximo ao Jardim Botânico, condomínios do Lago Sul, São Sebastião e Jardins Mangueiral


Natasha Dal Molin
Especial para o Jornal de Brasília
Engana-se quem pensa que Brasília não tem mais para onde crescer. Apesar de não poder progredir verticalmente na área central por causa do tombamento, as regiões próximas demonstram potencial de desenvolvimento econômico e social.

Para esse potencial prosperar, as empresas locais Gomes Figueiredo Arquitetura Urbanismo e Consultoria e Compensar Participações se uniram à global VOA Arquitetura e Desenvolvimento Urbano (empresa americana de design arquitetônico mundial). A ideia é construir um complexo com hospitais, escolas, shopping, prédios, casas, hotéis e comércio na região da DF-140, próximo ao Jardim Botânico, condomínios do Lago Sul, São Sebastião e Jardins Mangueiral.


Início em 2012
O projeto, que começa a ganhar contornos mais palpáveis, teve início em 2012, em reuniões de arquitetos e empresários em Orlando, sede da VOA. O local na DF- 140 para projetos de desenvolvimento econômico foi aprovado pelo Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), que prevê a destinação da área, que não é mais de classificação rural, para abrigar o novo polo de desenvolvimento, desinchando a parte sul da cidade (mais para o lado do Gama e Taguatinga, Ceilândia e Samambaia).

Benfeitorias
Grande parte da região de mais de 2 milhões de metros quadrados é de proprietários particulares, que, se tiverem interesse, poderão entrar como investidores nos novos empreendimentos locais.
“É um negócio bom para todo mundo”, explica o vice-presidente da VOA para a América Latina, o engenheiro civil Miguel Kaled. Ele afirma que a intenção é que as ações gerem mais circulação de dinheiro para a região, com benfeitorias para quem vive nas proximidades, que carece de opções de lazer e entretenimento, além de serviços de qualidade.

Complexo prevê união dos esforços
O complexo vai comportar cerca de 900 mil pessoas. A projeção leva em conta o crescimento ao longo dos próximos 20 ou 30 anos. “Vamos prestigiar o proprietário da terra e o empresário local, além de incluir empresas internacionais, com soluções simples e eficientes para problemas profundos, com todo o conhecimento na área de design e expertise no ramo”, explica Alessandro Machado, da Compensar.

A previsão do grupo é que as obras comecem nos próximos três anos. “Eles estão vindo com a ideia, o design e a experiência, e nós vamos trazer o parceiro local dono da terra para implantar os empreendimentos”, destaca Karla Figueiredo, da Gomes Figueiredo Arquitetura e Urbanismo.

Deslocamentos
“Desenvolvimento urbano quer dizer novas moradias. E, antes dessas moradias, emprego. E escolas, supermercados, lojas, hospitais, divertimento. Ou seja, criar outro núcleo, fora do Plano Piloto, que é tombado e não permite crescimento vertical, como ocorre em outros lugares”, explica Miguel Kaled. As características locais, como a alta renda per capita, permitem, por exemplo, esses deslocamentos, segundo o especialista.

A atual crise econômica brasileira não assusta o grupo. “Nesses momentos, você se esforça mais para chegar a um resultado melhor. Tudo que é imobiliário demora. Então, você tem que pensar para frente”, complementa Kaled. Ele destaca que Brasília é alvo de estudos científicos nos Estados Unidos por suas características peculiares de urbanismo e sociedade.

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

FONTE: http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/630343/empresa-global-busca-parcerias-locais-para-desenvolver-regioes-do-df/

Comentário

Brasília não suporta um novo adensamento  populacional desse porte.De onde virá agua para atender tantas pessoas?De onde virá a verba para a urbanização? Nossas escolas e hospitais estão à mingua!Nossas cidades satélites carecem de tudo!!

Mais uma vez as empresas imobiliárias privilegiam o lucro pessoal em detrimento do bem estar e até do futuro dos moradores do DF!

Anonimo