quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

MPF questiona possível acordo entre União e estados com mineradoras




  • 21/01/2016 16h24
  • Brasília
Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil


Mariana (MG) - Área afetada pelo rompimento de barragem no distrito de Bento Rodrigues, zona rural de Mariana, em Minas Gerais (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Rompimento da barragem de  Fundão, no município
de  Mariana  (MG),  é  considerado  o maior  desastre
ambiental ocorrido no Brasil Arquivo/Agência Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício com 19 questionamentos à União e aos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo sobre a ação civil pública de sua autoria que exige a criação de um fundo de R$ 20 bilhões pela Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, para reparação dos danos socioambientais causados pelo rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana (MG).


Entre outros pontos, o MPF pede informações sobre os termos do acordo judicial que a Advocacia-Geral da União e os órgãos estaduais estão tentando firmar com as empresas responsáveis pelo desastre, na tentativa de evitar uma longa discussão na Justiça e antecipar os trabalhos de recuperação nas regiões atingidas.


Na noite de terça-feira (19), o desembargador federal Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, estendeu em 15 dias o prazo para o depósito da primeira parcela da indenização a ser paga pela Samarco, Vale e BHP Billiton, no valor de R$ 2 bilhões. O prazo final para o pagamento, previsto na ação civil pública ajuizada pela Advocacia-Geral da União (AGU) no final de novembro, vencia nesta quarta-feira (20).


Os procuradores que participam da força-tarefa criada pelo MPF para investigar o rompimento da barragem de rejeitos avaliam que os acordos judiciais e extrajudiciais são importantes por viabilizarem a solução pacífica dos conflitos e a adoção de saídas que valorizam o diálogo e o consenso, mas destacam que não pode haver dúvidas quanto ao real atendimento do interesse público.


"Nossos questionamentos envolvem aspectos que precisam ser mais bem esclarecidos, pois o acordo deve atender primordialmente aos interesses da sociedade e do meio ambiente. A pressa, imprimida pela velocidade política e econômica, não pode atropelar os direitos das comunidades atingidas e a efetiva reparação ambiental", disse o procurador da República José Adércio Leite Sampaio, coordenador da força-tarefa, por meio da assessoria de imprensa do MPF.


Nos últimos meses, houve duas reuniões entre o Ministério Público e os representantes dos autores da ação, mas, segundo a assessoria do MPF, os encontros não foram capazes de esclarecer alguns pontos. “Até agora, nos pareceu uma proposta demasiadamente genérica, pondo em dúvida se haverá efetiva proteção dos interesses fundamentais das pessoas direta e indiretamente atingidas pelo rompimento da barragem, assim como a tutela integral do meio ambiente degradado", informou o MPF.


Outro ponto questionado é a fixação de valores para indenização antes mesmo de os danos sociais e ambientais do desastre terem sido mensurados. A força-tarefa quer saber a metodologia e o critério técnico usados para se chegar ao valor de R$ 2 bilhões anuais pelo período de 10 anos e quais foram os estudos técnicos que determinaram serem necessários esses 10 anos para a recuperação dos danos. Além disso, questionam como o problema será conduzido caso os valores necessários sejam superiores a R$ 20 bilhões e os trabalhos de reparação levem mais de 10 anos.


Plano de restauração e sanções

O ofício do MPF também pede esclarecimentos sobre a metodologia e destalhamento do Plano de Restauração Ambiental e as sanções por eventual descumprimento dos programas. Além disso, o MPF quer saber como se dará a participação dos órgãos de fiscalização ambiental na formulação e acompanhamento da execução dos planos e a participação da sociedade civil na composição do Plano de Restauração Ambiental e na condução dos trabalhos.


O documento apresentado questiona ainda se a eventual celebração do acordo pressupõe a retomada das atividades minerárias pela Samarco. As empresas estão com licença ambiental de operação suspensa, e o MPF entende que é preciso informar quais foram as melhorias promovidas pelas mineradoras em seu modo de produção para garantir a segurança das atividades.


Em nota, a AGU informou que a União e os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, juntamente com os órgãos ambientais federais e estaduais, estão abertos à construção de uma composição com as mineradoras, desde que o acordo “viabilize a integral reparação do dano ambiental às pessoas impactadas pela tragédia”. Nenhum acordo ainda foi firmado. “Nos últimos dias, estão sendo realizadas reuniões para buscar algum consenso”, disse a AGU. Um novo encontro entre representantes das mineradores e dos autores da ação está previsto para esta tarde.


De acordo com a AGU, nada impede o MPF de participar da composição com as empresas, caso se confirme o acordo. Haverá oportunidade para o MPF apresentar suas pretensões e objetivos para o eventual acordo. “Este, diga-se de passagem, é o melhor cenário, e todos estão abertos à participação propositiva do Ministério Público na construção de um acordo sólido, eficaz e que atenda à integral reparação dos danos à sociedade, às pessoas e ao meio ambiente”, diz ainda a nota, que também destaca que a atuação da União e dos estados não é concorrente com a do Ministério Público. “Ao contrário, são complementares e buscam os mesmos objetivos.”


Para a AGU, a iniciativa dos órgãos públicos com a ação civil pública não compromete a atuação do Ministério Público. “Vale lembrar que o próprio MP já celebrou acordo com as empresas no valor de R$ 1 bilhão. Há, portanto, R$ 1 bi à disposição do MP, decorrente do acordo com ele celebrado, que poderá ser utilizado em ações emergenciais que o MP entenda relevantes. Isso não limitou a atuação dos órgãos públicos, que ajuizaram posteriormente uma ação no valor de R$ 20 bilhões e obtiveram liminar favorável.”
Edição: Nádia Franco

Ora, sejamos marxistas - EUGÊNIO BUCCI

quinta-feira, janeiro 21, 2016


ESTADÃO - 21/01

Na semana passada, 105 advogados, vários deles com clientes indiciados na Operação Lava Jato, divulgaram um manifesto contra o juiz Sergio Moro. Em sua “carta aberta em repúdio ao regime de superação episódica de direitos e garantias verificado na Operação Lava Jato”, acusaram promotores, policiais, juízes e “a mídia” de “menoscabo à presunção de inocência”. Despertaram a ironia de articulistas, o repúdio de integrantes do Ministério Público, o desprezo silencioso de outros advogados e o aplauso público ou discreto de dirigentes do PT.

Uma vez mais ficou explícita a unidade disciplinada entre o discurso dos causídicos que defendem os interesses dos empreiteiros tornados réus e o discurso dos petistas de alta patente, que, quando defendem o governo (pois de vez em quando o atacam), alegam tratar-se de um governo de esquerda. As diferenças ideológicas que havia entre os dois discursos – o do PT e o das empreiteiras – desapareceram como enxurrada engolida pela boca de lobo. As megaconstrutoras de ultradireita, viciadas em dinheiro público, e o partido nascido à esquerda, das greves do ABC, já foram antípodas. Agora cantam em dueto. São duas mãos que se lavam em águas enlameadas.



 
Descartada por absurda a hipótese de que as empreiteiras se tenham convertido ao socialismo utópico, façamos a pergunta inevitável: esse partido é mesmo de esquerda? Será de esquerda o dueto entre o PT que não gostava do capital e o capital que não gosta de concorrência? Será uma “aliança tática”? Será que, no imaginário da nomenklatura, a perfeita simbiose se justifica para combater “inimigos de classe” mais “reacionários” e mais fatais, como repórteres mal remunerados, delegados de polícia e magistrados de primeira instância? Será que, comparados ao reportariado, os empreiteiros são assim tão “progressistas”? Serão eles os mais fiéis “companheiros de viagem” na marcha rumo ao fim da exploração do homem pelo homem?


 
Falemos sério. O mais provável não é nada disso. O mais provável é o mais horrível. Já não é o lobby das construtoras que se apressa a socorrer o caixa eleitoral dos companheiros, mas a máquina dos ex-sindicalistas que adere a um modo de produção parasitário (um híbrido promíscuo entre a acumulação primitiva e o capitalismo de Estado), ao qual dá sustentação reverencial, como quem ampara a galinha dos ovos de ouro (ou como quem venera um totem).

Aquilo que a olhos otimistas não passa de desvios infelizes a manchar a trajetória de uma organização partidária combativa talvez não seja apenas isso, quer dizer, talvez não seja meramente uma sucessão de incidentes desabonadores, mas a manifestação de um caráter histórico que até outro dia se ocultara. Aquilo a que damos o nome genérico de corrupção não seria, enfim, um deslize criminal episódico, mas uma determinante estrutural; não seria uma traição da política, mas a mais acabada expressão da política de colaboração de classe entre uma legenda de retórica trabalhista e uma burguesia inculta e retrógrada. Não, não estamos falando de uma colaboração de classe qualquer, mas de um pacto sem lei no qual a rapinagem do erário, em lugar de evento excepcional, é o método.

Em resumo: o que tem o aspecto de desvio não é bem um desvio, um ato que escapou do campo da ação política, mas a realização material da política, a política em sua matéria mais irredutível.

Se for verdadeira essa hipótese, os sinais do discurso petista estão todos invertidos. O encadeamento dos governos que aí estão há 13 anos, que esse discurso insiste ser de esquerda, seria o oposto. Não terá sido para tornar viável uma agenda de inclusão social que alguns se deixaram aliciar pelo capital selvagem. O que parece ter acontecido é o contrário: foi para tornar viável um modelo de poder que passava pela subtração prolongada – deslocando o centro do Estado para uma órbita estranha ao interesse público – que se fez necessário acenar com benefícios aos eleitores pobres. Os tais programas de distribuição de renda e de combate à pobreza não teriam sido uma política pública inclusiva, mas uma concessão equivalente ao custo de manutenção do modelo.

Não que políticas públicas de combate à pobreza constituam um vício em si mesmas. Elas são justas e dramaticamente necessárias no Brasil. O que fez delas uma manobra oportunista, ineficaz e infértil não foi o seu conteúdo, mas o caráter do modelo de poder que as acionou. Elas não traduziram uma estratégia de resgate dos pobres, mas de instrumentalização deles.

É triste. O PT não é Itabira ou Orlândia, mas se reduz aos poucos a uma fotografia na parede. Como dói. A verdade que se vai decantando na imagem machuca os olhos. Haverá futuro? Não é provável, a menos que as vozes vivas que ainda resistem nas cercanias do partido enunciem respostas públicas, destemidas, objetivas e materiais sobre sua tragédia ética e sua farsa.

Em O 18 de Brumário de Luís Bonaparte, Karl Marx lembra que a primeira revolução (burguesa) de Napoleão libertou os camponeses da semisservidão e os transformou em pequenos proprietários de terra. Não por solidariedade, mas porque o poder por trás das guerras napoleônicas dependia de varrer o feudalismo (a servidão) para patrocinar o capitalismo. Poucos anos depois do que parecia ter sido uma conquista, os tais pequenos proprietários se deram mal. Marx anota: “A forma ‘napoleônica’ de propriedade, que no princípio do século 19 constituía a condição para libertação e enriquecimento do camponês francês, desenvolveu-se no decorrer desse século na lei da sua escravização e pauperização”.

A estrela do PT chegou a reluzir como a via de promoção dos desassistidos, mas não os libertou da pobreza. O projeto de classe parece que foi outro. Os empreiteiros, que não são marxistas, sabem muito bem por quê.


Boa notícia.Câmara rejeita alteração na lei do sistema de unidades de conservação da natureza

18/01/2016 - 18h12

Proposta foi arquivada por ter sido rejeitada na Comissão de Meio Ambiente, a única comissão temática responsável pela análise de mérito da questão

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável rejeitou proposta que modifica o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza prevendo novas regras para a criação de zonas de amortecimento e de corredores ecológicos. Por ter sido rejeitado pela única comissão de mérito a que foi distribuído, o Projeto de Lei 1299/15, do deputado Toninho Pinheiro (PP-MG), será arquivado.

Antônio Augusto/Câmara dos Deputados
Sarney Filho
Sarney Filho: além de ser tecnicamente incorreto, o projeto está evidentemente atrelado a interesses econômicos
Autor do parecer vencedor, com voto pela rejeição, o deputado Sarney Filho (PV-MA) afirmou que, além de ser tecnicamente incorreto, o projeto está evidentemente atrelado a interesses econômicos.

“Não se pode prejudicar um dos poucos instrumentos de que ainda dispomos para a proteção do meio ambiente e da espécie humana para atender interesses particulares”, avaliou Sarney Filho.

Pelo texto do projeto, a definição dessas duas áreas deveria ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitiriam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados, conforme regulamento a ser editado. Ainda pelo texto rejeitado, o limite da zona de amortecimento seria de no máximo 2 mil metros.

Para Sarney Filho, há casos em que dois mil metros são suficientes para garantir a integridade da unidade de conservação (UC). Em outros, segundo ele, há necessidade de uma área muito maior. “É, assim, impossível a padronização de unidades tão diversas, em biomas e regiões distintos”, conclui.

Íntegra da proposta:

Vale qual? - CARLOS ALBERTO SARDENBERG

quinta-feira, janeiro 21, 2016

O GLOBO - 21/01

Por que as pessoas não querem se endividar nem para investir nem para consumir? Porque não sabem como será o amanhã


Por que a presidente Dilma não foi a Davos neste ano? Uma boa resposta: para não criar atrito com os movimentos sociais, os sindicatos e a esquerda em geral, que estão em Porto Alegre celebrando o Fórum Social.

Mas há outra explicação: Dilma estaria muito desconfortável nos Alpes suíços, e não por causa do frio. Ocorre que a presidente fez um longo discurso em janeiro de 2014, lá mesmo, dando lições de como sair da crise e garantindo que seu governo continuaria intransigente no controle da inflação e no equilíbrio das contas públicas, sem descuidar do incentivo ao crescimento.
Hoje teria que gastar todo o seu tempo tentando explicar como as coisas podem ter dado tão errado. A economia brasileira, que já não vinha bem, entrou na rota do desastre justamente naquele ano de 2014.
Dilma mudou três vezes o seu discurso.

A ortodoxia de Davos foi logo abandonada. Na medida em que a campanha avançava, a presidente fazia o diabo para ganhar e mudou para a plataforma Porto Alegre. Um assessor da candidata Marina comentou, lá pelas tantas, que o estado deplorável das contas públicas exigia um choque fiscal.

Dilma definiu: choque fiscal é cortar tudo para pagar juros aos bancos.

Banco Central independente? Isso é pauta dos bancos, cravou a presidente.

Logo, nada de ajuste, nem de elevar os juros, já que essas duas políticas seriam pró-ricos.

A terceira mudança, uma volta a Davos, se deu após a vitória. A presidente convocou um ortodoxo para a Fazenda, Joaquim Levy, que começou a fazer a... “pauta dos bancos”.

Mas como Dilma é uma “esquerdista com mais conteúdo ideológico”, como disse Lula, ontem, a presidente embarcou no ajuste contrariada. Acabou que o próprio governo sabotou essa política econômica, a tal ponto que Levy não teve alternativa senão pegar o boné.
Agora, também como disse Lula, Dilma precisa apresentar rapidamente a pauta do crescimento. E, de fato, a presidente está falando em turbinar o crédito, por exemplo, via bancos públicos.

Nessa confusão, nenhum caminho deu certo. A tal política de estímulo ao crescimento terminou em inflação acima dos 10% e uma recessão de 4% — dois recordes, duas realizações efetivamente inéditas. E isso com os juros na Lua. O ajuste a meia boca e logo interrompido deixou um... aumento de impostos.

Aliás, outro dia a presidente disse que precisava de mais impostos porque, com a atividade econômica muito baixa, cai a arrecadação de tributos. Ora, é o contrário, não é mesmo? Se as empresas já enfrentam queda de vendas, tendo que cortar gastos e empregos — aumentar a carga tributária pode ser o tiro fatal.

Aquela lógica só funciona para um governo que não quer cortar os gastos nem fazer qualquer reforma. Só tomando mais dinheiro do contribuinte conseguiria equilibrar as contas. Dá-lhe CPMF.

Mas esse mesmo governo promete dar em troca o alívio do crédito. Não vai dar certo, de novo.

Não é que esteja faltando crédito. As empresas e as pessoas é que não querem tomar dinheiro emprestado. Como notou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, certamente fonte autorizada e também amigo do governo, a demanda por crédito hoje “é quase inexistente”.

E por que as pessoas não querem se endividar nem para investir, nem para consumir? Simples. Porque não sabem como será o dia de amanhã. Mas sabem que do jeito que está, a coisa vai mal.

Vale qual política econômica? A do aumento do gasto público, em suas diversas modalidades? Essa, o pessoal já sabe, terminou em completo desastre.

A outra, tipo Davos, mal andou e já foi abandonada. Ok, volta-se a Porto Alegre. Qual a chance de dar certo algo que já deu muito errado?

Coloque em cima disso o risco político e se entende por que a previsão para este ano é de outra recessão.

LULA E OS JORNALISTAS

O ex-presidente disse ontem que vai processar “todo mundo”. No caso, trata-se dos jornalistas que, em sua avaliação, publicam mentiras sobre ele, Lula, sua família, seus amigos, seu partido.

Tem esse direito.

A liberdade não exclui a responsabilidade. O jornalista pode publicar o que quiser, mas se veicular calúnia, injúria ou difamação, o ofendido tem todo o direito de ir aos tribunais.

Míriam Leitão e eu processamos — e já obtivemos uma primeira vitória — o funcionário do Palácio do Planalto que alterou nossas biografias na Wikipedia, incluindo trechos ofensivos e mentirosos.

O problema é que Lula quer processar “todo mundo” porque acha que tudo que sai desfavorável a ele, como as denúncias da Lava-Jato, é mentira. E se fosse assim, ele devia começar processando o procurador Deltan Dallagnol e o juiz Sérgio Moro, assim como todos os delatores.

Os jornalistas sérios só estão contando o que ouvem aqui e ali.

Nem Mineirinho surfa essa onda do atraso - MARCO ANTÔNIO ROCHA

quinta-feira, janeiro 21, 2016

ESTADÃO - 21/01

Otimismo versus pessimismo é tema perfeitamente oportuno neste momento. E não apenas porque um novo ano está começando. Isso é normal em todos os anos, quando estão começando. As pessoas, acho que no mundo inteiro, pelo menos no mundo do calendário gregoriano, tendem a aderir ao pessimismo ou ao otimismo nas passagens de anos – e a fazer prognósticos sobre o ano que entra.

Mas este ano é especial no Brasil.

A economia brasileira está no fundo do poço. Pior do que isso. Está sem ninguém que aponte uma saída minimamente viável. Segundo pesquisa recentemente divulgada pelos jornais, atribuída ao Pew Research Center, abrangendo 40 países, 87% dos brasileiros acham que a economia vai mal e apenas 13% pensam que vai bem.

Mas na cabeça das pessoas as coisas não parecem tão mal assim. Outros dados da mesma pesquisa mostram que 66% dos brasileiros acham que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses, 13% acham que vai ficar igual e 21% acham que vai piorar. Digamos, pois, que uma maioria de brasileiros olha a economia com certo otimismo e uma minoria, 34%, ou não crê ou está pessimista. É um contingente nada desprezível. Mas é claro que, se 2015 tivesse terminado com a economia em crescimento, mesmo que pequeno, esse contingente seria menor.

A quantidade de pessimistas e de otimistas, medida por pesquisas, tem, no entanto, menor importância do que os sentimentos que envolvem as pessoas e que as pesquisas não medem: desesperança e descrença, além da frustração. A frustração em amplas camadas da população que pensavam ter tirado o pé da lama nos governos do PT deve ser acabrunhante. Somam-se a ela os sentimentos de desesperança e descrença diante do quadro político atual. Nas TVs, o que se vê, com o início dos horários de propaganda eleitoral, é o mesmo discurso vazio de gente sem a menor categoria para liderar ou animar quem quer que seja ou de quem já passou pelo poder e não tem mais nada a dizer ou a propor. É o ramerrão costumeiro sobre promessas ou planos inviáveis. Sem falar no desanimador panorama dos que já estão encastelados no poder, no Legislativo ou no Executivo federais, e que se entregam à gafieira de salão em torno de Eduardo Cunha, Dilma Rousseff, Michel Temer e do agora mais novo suspeito na Lava Jato: Jaques Wagner.

“Sei que tivemos um ano difícil, mas estou otimista com 2016. Acredito na força do nosso povo e na agenda que traçamos para o País”, disse a chefa da Nação na sua mensagem de ano-novo ao povo brasileiro. “A agenda de reformas do Estado vai aprofundar a democracia e fortalecer as bases do crescimento sustentável.”

A crença na força do nosso povo e a crença na hipótese de o Brasil ser maior que as crises são o refrão de quem não tem mensagem e tem a obrigação de parecer otimista.

Mas, talvez, se ela recitasse ou apresentasse a “agenda que traçamos para o País” e esmiuçasse os passos concretos que o seu governo pretende dar neste ano para conseguir atravessar a turbulência, estabilizar pelo menos a economia e desanuviar o nó político que a impede de governar, o do seu impeachment, talvez conseguisse incutir algo do seu declarado otimismo “com 2016” na alma dos brasileiros que a ouviam.

Mas nada disso se ouviu. Nenhum pormenor que pudesse ser levado a sério. Essa pessoa que nos dirige vem prometendo o futuro e entregando o atraso desde que tomou posse pela primeira vez. E sob seus pés ou asas rolam os maiores escândalos de corrupção, de desrespeito à coisa pública e de desatinos administrativos de que se tem notícia.

Pode ser que o Brasil seja forte e grande o bastante para surfar essa onda perversa e sair dela como o campeão Adriano de Souza, o Mineirinho. Mas, francamente, está muito difícil. E, do jeito que este governo deixa o País, 2016 talvez seja um problema bem menor do que os anos seguintes.
 
 

Modos de restaurar as florestas



Iniciativas testam soluções para recuperar a vegetação de áreas degradadas 


BRUNO DE PIERRO | ED. 238 | DEZEMBRO 2015


032-035_Restauração florestal_238Os primeiros resultados de um projeto de restauração ecológica da fazenda Marupiara, no município de Paragominas, no Pará, começam a aparecer quatro anos depois de isoladas as áreas degradadas e plantadas as primeiras mudas de espécies nativas, como açaí e andiroba. Com emprego de técnicas como o enriquecimento artificial de florestas, que acrescenta novas espécies à vegetação em crescimento, conseguiu-se recuperar cerca de 60% do território parcialmente destruído pela exploração madeireira realizada nas últimas décadas.


Dedicada à pecuária de corte, a propriedade tinha 17 hectares em situação irregular em 2011. Essas terras deveriam funcionar como áreas de preservação permanente (APPs), protegendo os rios, o solo e a biodiversidade local. O programa de recuperação também ajudou a diversificar a produção da fazenda: açaí e madeira serão comercializados em breve.


Casos como esse têm potencial para se multiplicar nos próximos anos. Em maio de 2014, o governo federal regulamentou o Cadastro Ambiental Rural (CAR), instrumento criado para regularizar e monitorar cerca de 5,6 milhões de propriedades rurais. Com a conclusão do cadastro, prevista para 2016, terá início o Programa de Regularização Ambiental, que obrigará proprietários rurais a restaurar áreas desmatadas ilegalmente no passado.

“Isso deverá aumentar a demanda por projetos de restauração de formação natural no país”, diz o biólogo Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).


Um dos principais polos da pecuária na Amazônia, Paragominas encabeçou a lista negra do desmatamento do Ministério do Meio Ambiente entre 2008 e 2010.


Após pressões do Ministério Público, a cidade conseguiu sair da lista com o apoio da organização não governamental norte-americana The Nature Conservancy, que ajudou a registrar 80% das propriedades no cadastro ambiental rural do estado do Pará. Fora da lista, o dilema passou a ser outro: como evitar que o município voltasse para o rol dos grandes desmatadores? “A resposta não poderia ser outra: deveríamos adotar técnicas modernas capazes de transformar a pecuária praticada na região”, recorda-se Mauro Lucio Costa, dono da fazenda Marupiara e ex-presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas.

O sindicato pediu ajuda a pesquisadores da Esalq-USP, que acumula experiência em estudos de restauração florestal. “Nossos resultados de pesquisa são oriundos de estudos feitos no âmbito do programa Biota-FAPESP”, diz Ricardo Ribeiro Rodrigues, referindo-se à iniciativa lançada em 1999 para mapear a biodiversidade paulista. Rodrigues foi o coordenador do programa entre 2004 e 2009.

Um dos resultados foi um documento de 2008 que apresenta diretrizes para conservação e restauração da biodiversidade no estado de São Paulo, tendo como base o conhecimento produzido pelo Biota-FAPESP.

O trabalho recomenda, por exemplo, que os fragmentos remanescentes de vegetação nativa sejam considerados em projetos de recuperação, enfatizando as matas ciliares – a vegetação localizada às margens de nascentes, rios, córregos, lagos e represas que protege as águas do assoreamento causado principalmente pela erosão, além de atuar como núcleo de dispersão de sementes e corredores ecológicos.


© REPRODUÇÃO DO LIVRO RESTAURAÇÃO FLORESTAL / EDITORA OFICINA DE TEXTOS
Com pecuária intensiva, foi possível liberar mais espaço para a restauração florestal em áreas degradadas há décadas em Paragominas, no Pará
Com pecuária intensiva, foi possível liberar mais espaço para a restauração florestal em áreas degradadas há décadas em Paragominas, no Pará


Havia um desafio extra: convencer os produtores de Paragominas avessos a mudanças. “O engajamento da maioria só aconteceu quando se viu que os projetos de restauração eram viáveis e poderiam diversificar a produção, gerando lucro”, diz Costa. Na fazenda Marupiara foram plantadas 12 espécies nativas em áreas de reserva legal, nas quais é permitido o manejo sustentável para o aproveitamento econômico. Entre elas estão o ipê, o freijó, o jatobá, plantas medicinais e também madeireiras, como a andiroba. Também foi realizado um trabalho de melhoramento das áreas de pastagem, que abrigam cerca de 2 mil cabeças de gado. O pasto foi melhorado e adensado nos terrenos mais planos e férteis. Com isso, foi possível colocar mais bois em menos espaço. Enquanto em 2003 a propriedade registrou 0,9 cabeça de gado por hectare, em 2015 a taxa subiu para 3 cabeças por hectare.


Atualmente, Ricardo Rodrigues comanda um projeto de restauração de florestas ciliares, florestas nativas de produção econômica e fragmentos florestais degradados. O objetivo é simular e compreender os efeitos da aplicação do novo Código Florestal. O estudo quer, por exemplo, identificar o potencial de utilização e comercialização de produtos madeireiros e não madeireiros de espécies nativas e desenvolver métodos de baixo custo para a restauração.

Paralelamente aos estudos acadêmicos, grupos de pesquisa, como o da Esalq, também se esforçam para testar na prática diversas técnicas disponíveis. Parte do que vem sendo feito no país está reunida no livro Restauração florestal, organizado por Rodrigues junto com Sergius Gandolfi e Pedro Brancalion, também professores da Esalq-USP. O livro foi lançado na 6ª edição do Simpósio de Restauração Ecológica realizado entre os dias 9 e 13 de novembro em São Paulo.

A obra atualiza o referencial teórico elaborado em 2010 para dar suporte técnico ao Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, esforço que reúne 350 instituições públicas e privadas, empresas, órgãos de governos e proprietários. A meta é restaurar 15 milhões de hectares de Mata Atlântica até 2050. “Muitas iniciativas não tinham garantias de sucesso, em função de os projetos estarem sendo implementados de maneira equivocada”, diz Ricardo Rodrigues.

A recuperação florestal em fazendas do interior paulista é uma das iniciativas realizadas no âmbito do Pacto. Em 2012, foram selecionadas três fazendas em Itu, nas quais têm sido feitas ações de restauração voltadas para a compensação ambiental. Funciona assim: o proprietário de uma plantação de cana-de-açúcar que não tenha áreas nas quais possa fazer recuperação florestal em reserva legal pode, por exemplo, investir em áreas naturais remanescentes localizadas em outra propriedade.

“Também estamos colocando à venda terrenos de 10 mil metros quadrados em parte das fazendas. Metade da área é de vegetação nativa restaurada. O objetivo é formar um corredor de florestas em meio às construções”, diz a empresária e socióloga Neca Setubal, proprietária de duas fazendas na região.

© REPRODUÇÃO DO LIVRO RESTAURAÇÃO FLORESTAL / EDITORA OFICINA DE TEXTOS
Riacho protegido pela mata ciliar em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso...
Riacho protegido pela mata ciliar em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso…



O atual Código Florestal permite a exploração controlada de APPs em pequenas propriedades, desde que sejam utilizadas espécies da região. Já em áreas em que é permitido o manejo sustentável, a lei autoriza o plantio de até 50% de espécies exóticas, como o eucalipto, em meio às nativas. No estado de São Paulo, a primeira resolução editada pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente indicava 247 espécies de árvores para serem usadas em projetos de restauração. O Instituto de Botânica, entidade responsável pela catalogação, anunciou recentemente a lista revisada e ampliada para 2.315 espécies, incluindo não só árvores, mas também samambaias, arbustos, lianas, ervas, entre outros. “A floresta não é feita apenas de árvores. O sucesso da restauração depende da biodiversidade envolvida e da variabilidade genética”, diz Luiz Mauro Barbosa, diretor do instituto. Em 2001, a maioria das áreas de recuperação utilizava no máximo 30 espécies, quase sempre as mesmas.


E os viveiros concentravam a produção em poucos tipos de árvores. Atualmente, há no estado 207 viveiros responsáveis pela produção anual de cerca de 40 milhões de mudas de 800 espécies arbóreas.
A ampliação da lista de espécies será estratégica para o Programa Nascentes, iniciativa de conservação de rios a partir da restauração florestal lançada pelo governo do estado de São Paulo em 2015.


O objetivo é proteger 6 mil quilômetros de cursos d’água e restaurar cerca de 20 mil hectares de matas ciliares. Três plantios já foram realizados nas cidades de Joanópolis, Piracaia e Jacareí, utilizando mais de 270 mil mudas. A organização não governamental Iniciativa Verde, que participará de projetos do programa paulista, é uma das entidades que já atuam na região do sistema Cantareira, que abastece parte da capital paulista e outras cidades.


A participação da ONG se dá pelo Programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas (ANA), por meio do edital Iniciativa BNDES Mata Atlântica. “Em três anos, conseguimos perceber que o plantio de mudas melhorou a qualidade da água”, diz Pedro Barral de Sá, diretor florestal da Iniciativa Verde.


O município de Machadinho, no Rio Grande do Sul, também desenvolve há três anos um programa para aumentar a qualidade e a produção da água por meio da proteção de nascentes. Parte da iniciativa consiste em associar a produção de erva-mate com florestas em nascentes de rios e córregos. O projeto mobiliza diversos atores, entre eles a prefeitura da cidade e a Embrapa Florestas. “São mais de 50 propriedades envolvidas. Já conseguimos recuperar algumas nascentes e o caso se tornou uma referência para a proteção de nascentes e restauração ecológica, inclusive com a capacitação de técnicos”, diz Emiliano Santarosa, analista da Embrapa Florestas, responsável por ações de transferência de tecnologia na região.


© REPRODUÇÃO DO LIVRO RESTAURAÇÃO FLORESTAL / EDITORA OFICINA DE TEXTOS
...e outro desprotegido em Piracicaba, no interior paulista: vegetação impede assoreamento dos cursos d’água
…e outro desprotegido em Piracicaba, no interior paulista: vegetação impede assoreamento dos cursos d’água


Outro método de recuperação implementado pela Embrapa é o sistema agrossilvipastoril, que integra lavoura, pecuária e florestas e é capaz de aumentar a produtividade no campo sem necessidade de expansão da área agrícola sobre a mata virgem. A Embrapa desenvolve projetos desse tipo principalmente com pecuaristas de leite ou de corte, que plantam árvores no pasto. O sombreamento parcial oferece conforto aos animais e, quando bem planejado, resulta em ganhos de produtividade de leite, por exemplo. No Paraná, há mais de 40 propriedades que são referência no uso desse sistema em trabalhos realizados pela Embrapa em parceria com o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná.


Em São Paulo, experiências que integram plantio de cana-de-açúcar com preservação de mata nativa indicam uma via para que a produção de bioenergia e florestas convivam no mesmo espaço. Um estudo feito em 2012 por pesquisadores brasileiros e norte-americanos mostrou que a mata nativa tem capacidade de armazenar 18 vezes mais carbono do que a cana. Já em um levantamento mais recente, pesquisadores da USP junto com colegas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram que o estado de São Paulo tem um déficit de 800 mil hectares de florestas que deveriam ser recuperadas. “Uma saída é fazer o plantio da cana no entorno de florestas, ou vice-versa”, sugere Marcos Buckeridge, um dos autores da pesquisa e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Bioetanol. “Em restauração florestal, as dificuldades são no sentido de fazer as experiências ganharem escala”, observa.

Ricardo Rodrigues, da Esalq-USP, concorda com esse diagnóstico. “Os projetos colocados em prática no país até agora ainda são muito pontuais”, avalia. A ampliação das iniciativas, afirma Rodrigues, depende de estratégias para reduzir os custos dos projetos de restauração florestal e permitir ganhos econômicos. Em Itu, por exemplo, a recomposição florestal nas três fazendas custou cerca de R$ 20 mil por hectare. Em função do elevado grau de degradação foi necessário fazer o plantio total de sementes ou mudas. “São projetos caros, que precisam ser barateados com uso do conhecimento científico”, diz Rodrigues.

Projeto
Restauração ecológica de florestas ciliares, de florestas nativas de produção econômica e de fragmentos florestais degradados (em APP e RL), com base na ecologia de restauração de ecossistemas de referência, visando testar cientificamente os preceitos do Novo Código Florestal Brasileiro (nº 2013/50718-5);


Modalidade  Auxílio à Pesquisa – Programa Biota – Projeto Temático; Pesquisador responsável Ricardo Ribeiro Rodrigues (Esalq-USP); Investimento R$ 1.115.645,02.

Seminário: Um estudo sobre sustentabilidade e resiliência na relação campo-cidade.

Comissão altera Código Florestal para proteger nascentes intermitentes."Nenhuma nascente pode ser considerada insignificante, pois mesmo a menor nascente contribui para a segurança hídrica do Brasil"


18/01/2016 - 10h15


Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Rodrigo Martins
Rodrigo Martins: 
 
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 350/15, do deputado Sarney Filho (PV-MA), que altera o novo Código Florestal (Lei 12.651/12) com o objetivo de proteger as nascentes intermitentes.

O projeto altera o conceito de nascente contido no código para “afloramento natural do lençol freático, ainda que intermitente, que dá início a um curso d’água”. Hoje o conceito é “afloramento natural do lençol freático que apresenta perenidade e dá início a um curso d’água”.

“A lei vigente efetivamente protege, para o caso das nascentes, aquelas que não sejam intermitentes, mas as nascentes intermitentes precisam mais ainda de proteção, por toda sua fragilidade e importância biológica”, explica Sarney Filho. “As nascentes tem importância vital para todo o sistema hídrico, sendo que a diminuição de suas vazões, e até mesmo a sua total seca, apresenta consequências negativas diretas para os córregos, rios e demais cursos d’água”, complementa. Segundo o deputado, a proteção das nascentes é importante especialmente no contexto atual de crise hídrica no País.

APPs
Além disso, o projeto altera o conceito de Área de Preservação Permanente (APP), para “as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, perene ou intermitente, desde o seu nível mais alto da cheia do rio”. Hoje o conceito contido no código para APPs é de “faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular”.


Conforme destaca Sarney Filho, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) evidencia a necessidade de as margens de cursos d’água voltarem a ser demarcadas a partir do nível mais alto da cheia do rio, como ocorria antes da aprovação do novo código. “A substituição do leito maior do rio pelo leito regular para a definição de Área de Preservação Ambiental torna vulneráveis amplas áreas úmidas em todo o país, particularmente na Amazônia e no Pantanal”, ressalta.

Segurança hídrica
O parecer do relator, deputado Rodrigo Martins (PSB-PI), foi favorável à proposta. “Nenhuma nascente pode ser considerada insignificante, pois mesmo a menor nascente contribui para a segurança hídrica do Brasil”, afirmou.

“No que concerne ao restabelecimento da delimitação da APP a partir do nível mais alto do leito do curso d’água, consideramos que a alteração, além possibilitar a proteção essencial às áreas úmidas do País, contribuirá para a redução das perdas patrimoniais e de vidas humanas associadas às enchentes e a outros desastres naturais”, complementou.

Tramitação
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural já havia rejeitado o projeto, que agora será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, em seguida, pelo Plenário.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Lara Haje
Edição - Marcia Becker

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'


Comentários

Hugo Ribeiro Moleiro | 19/01/2016 - 14h39
Parabéns a comissão! Ainda dá tempo de corrigir alguns erros imbecis e mal intencionados cometidos pelo legislativo e executivo com a aprovação do Código Florestal. Muitos engenheiros florestais, ambientais, ecólogos e geógrafos tem a agradecer e comemorar, e embora uma parte da população ainda não tenha se dado conta, ela só tem a ganhar também. Que venham mais propostas para corrigir as besteiras já feitas.
 

  • Câmara Notícias
    Expediente
    Disque-Câmara: 0800 619 619

Presidente e diretor da Samarco se afastam das funções na mineradora

País

Indiciados pela Polícia Federal por crime ambiental decorrente do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, e o diretor de operações, Kleber Terra, tiveram seus pedidos de afastamento dos cargos pelo conselho de administração da mineradora nesta quarta-feira (20).

"Após concluídas as primeiras etapas de atendimento emergencial ao acidente, os executivos acreditam que o licenciamento temporário é importante para que possam se dedicar às suas defesas", informa a nota da Samarco.

Além de Terra e Vescovi, outros quatro executivos foram indiciados pela PF no processo que apura crimes ambientais a partir do rompimento do dia 5 de novembro do ano passado. Além da Samarco, também foram indiciadas a Vale, uma das controladoras da mineradora, e a Vogbr, empresa que deu aval de estabilidade e segurança de Fundão meses antes da tragédia que é considerada o maior desastre ambiental do Brasil e que deixou 17 pessoas mortas e duas desaparecidas.

Nesta terça-feira (19), o desembargador federal Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, proferiu decisão em que estende em 15 dias o prazo para o depósito da primeira parcela da indenização a ser paga pela Samarco e suas controladoras, a Vale e a BHP Billiton, pelo rompimento da barragem de Mariana (MG). O prazo final para o pagamento, previsto na ação civil pública ajuizada pela Advocacia-Geral da União (AGU) no final de novembro, vencia nesta quarta-feira (20).

Em 18 de dezembro, a Justiça havia determinado que o primeiro depósito de R$ 2 bilhões devia acontecer em um prazo de 30 dias. A decisão era uma resposta a um dos pedidos feitos pela AGU na ação em que pede pelo menos R$ 20 bilhões para reparação dos estragos socioambientais decorrentes da tragédia. Segundo a AGU, o objetivo é usar os recursos em ações de contenção dos impactos, para revitalizar a bacia do Rio Doce e indenizar as pessoas afetadas pelo desastre.

Com Agência Brasil

A thought for you to chew on


In recent years, few species have faced a greater threat from poaching and the illegal wildlife trade than the magnificent rhino. After wild populations in Africa enjoyed a few years of relative safety, the number of animals brutally murdered for their horns has increased dramatically lately. In 2014, more than 1200 rhinos were killed in South Africa alone. First estimates for 2015 don’t look much better.

Image from WildAid
Most of this spike in wildlife crime is driven by increased consumer demand in China and Vietnam, where rhino horn is used primarily as a remedy for all sorts of ailments, even though it has long been shown that it doesn’t have any medicinal properties whatsoever. It’s a sad story of superstition and misinformation on one end of the chain that is responsible for mass slaughter and suffering on the other.

Image from WildAid
I’ve long argued that the illegal wildlife trade must be addressed along the entire supply chain. Strengthening the capabilities of those brave rangers fighting what looks like a losing battle in many of Africa’s national parks is part of the solution, and it has to go hand in hand with better governance, greater accountability, and more effective law enforcement. Yet, supply reduction can only work when we tackle demand at the same time. In other words: only when the buying stops, the killing can, too.

Image by Matthias Stausberg
This is one of the reasons I went to visit Vietnam in September last year and met with local business leaders and other stakeholders. Our conversations about wildlife and the role of Vietnamese business in ending this madness were productive and fruitful. Over dinner, several dozen business leaders pledged to start a movement to end the use of rhino horn once and for all.

It’s an uphill battle, for sure. But thankfully, people are beginning to understand that rhino horn is in essence nothing more than keratin, the same substance that human hair and nails are made from.

Image from WildAid
To illustrate the point, I joined forces with actress Maggie Q and a few others to support a new campaign by WildAid. Starting this week, you will see yours truly biting my finger nails on billboards all across East Asia. It’s perhaps not the most flattering photo shoot I’ve ever participated in, but it certainly drives home the message: In other words, if you think that rhino horn is a magical substance that can cure disease, you may as well be chewing your toe nails.

Head over to www.wildaid.org to learn more about rhino horn the campaign to end its use.


Update: great news from Hong Kong as the government has signalled the end to the domestic ivory trade. Congratulations to Hong Kong for their example to the rest of the world.

And now in Vietnamese:

Trong những năm gần đây, có lẽ ít có loài động vật hoang dã nào nào phải đối mặt với nguy cơ săn trộm và buôn bán trái phép như loài tê giác oai dũng. Chỉ sau có vài năm có được cuộc sống khá an toàn, số lượng tê giác hoang dã tại Châu Phi bị giết hại dã man để lấy sừng lại tăng mạnh. Vào năm 2014, riêng ở Nam Phi, hơn 1200 cá thể tê giác đã bị biết hại. Ước tính ban đầu cho thấy năm 2015 cũng không khá hơn.

Hầu hết, các vụ phạm tội liên quan đến động vật hoang dã tăng đột biến gần đây là do nhu cầu ở Trung Quốc và Việt Nam tăng, nơi mà sừng tê chủ yếu được dùng là một phương thuốc chữa bá bệnh mặc dù khoa học đã chứng minh sừng tê không có bất kỳ dược tính nào. Đây là một chuyện đáng buồn: chỉ vì mê tín và hiểu sai thông tin mà dẫn đến giết hại hàng loạt một loài động vật đáng yêu, tội nghiệp.

Đã từ lâu, tôi luôn tranh cãi rằng nạn buôn bán trái phép động vật hoang dã phải được giải quyết qua cả một chuỗi cung cấp. Tăng cường năng lực của các cán bộ kiểm lâm dũng cảm đang đấu tranh cho một cuộc chiến có thể được xem như một trận thua ở nhiều vườn quốc gia của Châu Phi là một phần của giải pháp, và nó phải đi đôi với quản trị tốt hơn, tăng cường trách nhiệm, và thực thi pháp luật hiệu quả hơn. Tuy nhiên, giảm cung sẽ chỉ thực hiện được khi chúng ta giải quyết nhu cầu cùng một lúc. Nói cách khác: không có người mua – không còn kẻ giết.

Đó là một lí do tôi tới thăm Việt Nam vào tháng 9 năm trước và gặp gỡ với những nhà lãnh đạo doanh nghiệp và các bên liên quan khác. Cuộc trò chuyện của chúng tôi về động vật hoang dã và vai trò của doanh nghiệp Việt Nam trong việc chấm dứt việc điên rồ này cũng khá hiệu quả. Trong bữa tối, hàng chục lãnh đạo doanh nghiệp đã cam kết sẽ bắt đầu một phong trào để chấm dứt sử dụng sừng tê giác hoàn toàn.

Đây chắc chắn là một cuộc chiến khó khăn. Tuy nhiên, may mắn thay, con người đã bắt đầu hiểu rằng sừng tê thực tế không có gì ngoài keratin, cấu tạo giống như tóc và móng tay người.

Để minh họa cho điều này, tôi đã cùng Maggie Q và nhiều người khác ủng hộ một chiến dịch mới của WildAid. Bắt đầu từ tuần này, bạn sẽ thấy hình ảnh tôi cắn móng tay trên các bảng quảng cáo ở khắp Đông Á. Hình tôi chụp lần này cũng chẳng bóng bẩy gì, nhưng nó chắc chắn đưa ra một thông điệp rất rõ ràng: nếu bạn nghĩ rằng sừng tê giác là một thần dược có thể chữa bệnh tật, thì có lẽ bạn nên cắn móng chân của mình đi thì hơn.

Truy cập website www.wildaid.org để tìm hiểu thêm chiến dịch chấm dứt sử dụng sừng tê giác.

A transição de Barbosa


Nelson Barbosa, em Davos, disse que a economia do Brasil está em "período de transição".
Sim: está passando da recessão para a depressão.

Comentários


jairocabral 
O PT Lula Dilma Vaccari Sibá está mesmo em transição: de SP para Havana....

wanderlei lima
Repetindo Millôr: " está à beira do abismo, agora o problema é descobrir como subir...".
 
Jorge Pescador 
Banca rota mesmo,falaram pra gente rebolar.
 
CARLOS
Se formos analisar as previsões dos analistas para o ano de 2015 há exatamente um ano atrás, previa-se crescimento do PIB de 0,38% e inflação de 6,67%. Quando comparamos com o resultado previsto para 2015 de -3,5% para o PIB e inflação de 10,67% concluímos que erraram feio nas previsões. Para 2016 temos uma previsão de -3,5% e inflação de 7%. Baseado nos erros do ano anterior tenho uma expectativa de -5% do PIB e inflação de 13% (em homenagem ao PT). Que Deus salve o país dos petralhas antes que destruam tudo!!
 
Lanterna 
Estagflação: depressão com inflação 

Willian Bernardes 
CALMA GENTE!
O MELHOR já passou!

Adamastor 
O Barbosa é um babosão.
 
tmt
Eu já passei da angustia pra depressão.
 
Rafael 
Miopia Galopante do pt é algo que impressiona qualquer ser com o mínimo de QI ... 

Alexandre FG 
3 Patetas, ele a dilma e o tombini ....

Conversa para Moro dormir


Pedro Barusco tentou emplacar a versão de que não sabia como era paga a propina ao PT ou "se era paga", recuando em suas declarações anteriores. Mas o delator escorregou numa casca de banana jogada por Sérgio Moro.

Moro - Não se eu entendi bem, o senhor chegou a presenciar alguma reunião do senhor Milton com o senhor Vaccari?

Barusco - A gente teve reuniões juntos, mas a gente junto não ficava discutindo esse tipo de coisa. Discutia problemas, discutia novos projetos, se falava de assuntos gerais.

Moro - Mas com o senhor Vaccari junto?

Barusco - Sim.

Alguém aí acredita que João Vaccari, o arrecadador do PT, estava nas reuniões para discutir problemas, novos projetos e assuntos gerais da Petrobras?


Comentários

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Paolo
Esse Barusco, petista espertalhão igual ao CHEFE LULA, quer os BÔNUS da delação, mas não quer assumir o ÔNUS de entregar a Orcrim do PT!!!

Maria Inez 
Dr. Moro e equipe não dorme, sr. Barusco conta outra ok!

O petróleo é meu!
Esse Barusco é burro demais. Bastava dizer que ele estava sondando se um bancário poderia resolver os problemas da petroleira. E que como ele viu que bancário leva jeito pra coisa, dado o 'case' de sucesso Bancoop, Barusco avisou Dilminha e esta nomeou de imediato um bancário, o Bendine, para comandar a porr@ toda.
Vai, Moro, manda outra.

O Insuportável 
Ora, Antagonistas!!! Vocês são uns chatos de galocha mesmo!! Todo mundo sabe que Vaccari era diretor "Ad hoc" para assuntos aleatórios da Pétrubrais do PT!!!!! Logo, ele precisava participar das reuniões que tratavam desses negócios de alta indagação da empresa, republicanos até a medula!!! Até porque, Vaccari é o segundo cara mais honesto do mundo (o primeiro é Lula, por óbvio)!!!

Itamar 
Será que o japonês não voltou de férias????

helena 
Comentário do ´´Reinaldo Azevedo ´´ : ???????

Despetralhando 
A conversa era sobre tudo: fraXfru, parmeiraXcorinatas, por que a xuxa saiu da grobo, bbb, quem é o melhor jogador do mundo, mas de divisão do butim, ou "prospecção" de novos aditivos e novas "vitórias 10000", não, isso não, jamais passou por nossas cabeças tão probas.

JoaoPedro 
Corrigindo: Moro! Desculpe-me, sr juiz!

JoaoPedro 
Nada escapa do Mouro. Vaccari = $$$$$$$$$$$$$$$ sujo!

Marco Bettega 
Breaking Bad está certo mas, que horas ele - Barusco -vai ser "recolhido sob custódia d'estado" novamente?

Regina 
Esses fdp soltos são todos cooptados.Tem que manter todos em cana e segregados.

Márcia 
Já havia me chamado a atenção a habilidade com que o juiz Sérgio Moro conduz os interrogatórios. É muito inteligente e tem uma incrível capacidade de concentração.

minha opinião
O Moro tem que cantar pro Barusco:
Volta, vem viver outra vez ao meu lado
Não consigo ouvir um safado
Mentindo, pro magistrado.

Cana nesse vigarista de novo.

Paulo 
Escorregou o Vaccari arrecador de dinheiro da Petrobras.

Reinaldo Azevedo 
O juiz Sérgio Moro não conhece a Constituição Federal! Se ele quiser, poderemos debater sobre Leis? Será que há alguma alma que entenda de Leis mais do que eu? Eu acho que não!

Dilma torneira

O senador tucano Cássio Cunha Lima comentou a queda da arrecadação da Receita Federal:

“Cada vez mais se comprova que o governo precisa controlar os seus gastos, porque o orçamento público é como uma caixa-d`água. Não adianta olhar apenas para o que entra, que é a receita, mas é preciso controlar tudo aquilo que sai, ou seja, a despesa. O Estado não gera riqueza. Quem gera riqueza é a sociedade, os trabalhadores, os empresários, aqueles que produzem. Não é correto que o governo queira aumentar mais impostos para aumentar a arrecadação, ou seja, a entrada de água na caixa-d`água, sem ter controle daquilo que sai."

O governo Dilma é uma torneira de asneiras incontrolável, senador.

Comentários

PRENDAM TODOS PORR@! 
@Sabugo

TOC TOC INEVITÁVEL
A cada dia se aproxima a necessidade e a obrigação da justiça de deflagrar dezenas de mandados de prisão.
Diante das delações, por mais mascaradas que sejam, e provas técnico-financeiras legais será impossível ao STF negar qualquer uma dessas inevitáveis prisões.
Os dia voam, a cadeia se aproxima!
Sabugada do Sol Quadrado neles!!!" clapclapclapclap


célia
Grande Cássio Cunha Lima! Diogo, insisto que nos ajude a organizar novo abaixo assinado, pedindo os votos dos 342 Deputados. Vários congressistas retornaram minhas msg, dizendo que acreditam no resgate do País, apesar do trabalho contrário do desgoverno e pedem nossa ajuda. Temos que conseguir o impeachment ou cassação., com urgência. O Carlos Sampaio é uma grande motivação. Contamos com O Antagonista.

Alcindo 
Caro Cássio Cunha Lima , faz tempo que não ouvia uma declaração tão responsável da parte de um político.
Parabéns ! Pena que vc seja uma voz pregando no deserto.

Caco 
O senador poderia deixar essas obviedades ululantes para discursar em baixo do chuveiro e partir para um discurso mais corajoso e opositor. O Antagonista e seus milhões de leitores são muito mais ativos na oposição, do que esse tucanato sonolento que morre de medo do Lula.

Marisa Mudinha. 
Mas ensinar o obvio para aquele Poste é dificil... E por falar nisso, o nome o ex marido parece que está comecando a pipocar por aí, bem que eu desconfiei, estava demorando... o Zói sabe de muita coisa.

Dulce 
Mara, o edifício Concorde fica na Av. Epitácio Pessoa, em João Pessoa-PB.
Bitolada!


Alexandre 
Elementar meu caro Watson....

#UNIAOBRASIL 
Tudo e todos que forem contra o PT e DILMENTIRA é a favor do BRASIL!
Dilmentira disse que sua loja de 1,99 havia quebrado por que o dólar havia subido, na época, da proporção de 1/1 para 1/2 ou 1/3 só que quando do momento de sua falência o dólar tinha subido apenas de 0,83 para 1! Quem quebrou uma loja de quinquilharias fatalmente quebraria um país! Veja a história:
http://www.istoe.com.br/reportagens/436885_COMO+DILMA+QUEBROU+SUA+LOJA+DE+R+1+99+E+UM+PAIS+?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
ISSO sem considerar a má gestão e a terceirização em sua loja de 1,99! 

ACABOU, PÔ 
Não há Governo. Esses bandidos e administradores amadores batem cabeça. Depois que toda e qualquer decisão foi condicionada a propinas, pedágios e agrados financeiros para aprovação e execução do que quer que seja, a população tornou-se refém deste mastodonte encalhado. Só uma onda imensa de violência e desespero para desmoronar os prédios das instituições e fazer com que ao menos algumas centenas de políticos citados na Lava Jato e Zelotes, e os maiores partidos do país sejam enquadrados nas ruas, nas suas residências e exilados da vida pública. 

rosa maria delfini 
Uma torneira de asneiras que vai desperdiçar 2 bilhões de reais em verba publicitária!
Agradará os blogueiros de 'nariz marrom'?



rosa maria delfini 
Uma torneira de asneiras que vai desperdiçar 2 bilhões de reais em verba publicitária!
Agradará os blogueiros de 'nariz marrom'?


Márcia 
Os contadores já estão cheios de histórias pra contar.

Brasil fecha 1,5 mi de vagas com carteira em 2015, pior resultado desde 92


Alessandra Modzeleski
Colaboração para o UOL, em Brasília

O Brasil fechou 1.542.371 vagas de trabalho com carteira assinada em 2015, pior resultado para um ano desde o início da série, em 1992.

O desempenho no ano passado também mostrou uma forte desaceleração em comparação com 2014, quando foram geradas 421 mil vagas. No ano, o total de empregos com carteira assinada caiu 3,74% em relação a 2014.

Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social nesta quinta-feira (21).

Em 2015, quase todos os meses tiveram corte de vagas. Apenas em março o número foi positivo. Em dezembro, foram 596.208 vagas a menos.

O número de empregos cortados é o saldo, ou seja, o total de demissões menos o de contratações no período. No ano passado, foram 17,7 milhões de contratações e 19,2 milhões de demissões, resultando no corte de 1,5 milhão de vagas.

Total de trabalhadores com carteira caiu

O total de trabalhadores com carteira assinada no Brasil caiu para 39,663 milhões no final do ano passado, pior resultado desde 2012, quando foi de 39,646 milhões. Em 2014, o país tinha fechado o ano com 41,2 milhões de empregos.

Ministro: ano foi difícil

"Nós tivemos um ano difícil em 2015", disse Rossetto. "Não é correto afirmar que 2015 destruiu as conquistas, mesmo que os números de 2015 sejam negativos."
O ministro não deu um prazo para a recuperação do mercado de trabalho. "Nós trabalhamos para que possamos rapidamente modificar essa curva e retomarmos o dinamismo, mas não há como trabalhar com datas."

Só agropecuária criou vagas

Por setores, a agropecuária foi o único que teve saldo positivo de vagas de trabalho (9,8 mil). Os outros sete setores tiveram queda:
  • Indústria de transformação: -608.878
  • Construção civil: -416.959
  • Serviços: -276.054
  • Comércio: -218.650
  • Extrativa mineral: -14.039
  • Administração pública: -9.238
  • Serviços industriais de utilidade pública: -8.374

SP tem pior resultado

Todos os Estados e o Distrito Federal fecharam o ano com perda de vagas, São Paulo (-466,7 mil), Minas Gerais (-196,1 mil) e Rio de Janeiro (-183,7 mil) foram os que mais cortaram
Com isso, o saldo também foi negativo em todas as regiões:
  • Sudeste: -891.429
  • Nordeste: -254.402
  • Sul: -229.320
  • Norte: -100.212
  • Centro-Oeste: -67.008

Governo não tinha meta definida

Em 2014, o Brasil registrou a criação de 420.826 vagas de trabalho com carteira assinada. Esse dado considera o valor com ajuste, ou seja, com os dados entregues pelas empresas fora do prazo.
No começo de 2015, a expectativa do governo era que o país continuasse a abrir vagas de trabalho com carteira assinada. Sem traçar uma meta, o então ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou na época: "Em 2015, como os prognósticos da economia são mais positivos que em 2014, acreditamos que vamos continuar gerando empregos."

IBGE faz pesquisa diferente

Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho consideram apenas os empregos com carteira assinada.

Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam em conta todos os trabalhadores, com ou sem carteira.

Mais honesto do que eu nem na PF, no MP nem nas igrejas, afirma Lula

Ex-presidente criticou os movimentos pelo impeachment de Dilma, dizendo que nem dá bola, porque “os caras da Paulista” nunca votaram nele, mas garante que se for eleito em 2018 vai governar “para eles também”



Lula: encontro com blogueiros


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (20), que ‘não tem uma viva alma mais honesta’ do que ele. A declaração foi feita no Instituto Lula, durante encontro com blogueiros.  Lula falou sobre investigação de corrupção e afirmou:
“Já ouvi que delação premiada tem que ter o nome do Lula, senão não adianta”.
“Não existe nenhuma ação penal contra mim. O próprio [juiz federal Sergio] Moro já disse que não sou investigado”, acrescentou.

Estimulados
Lula criticou as delações premiadas usadas na Lava Jato. Segundo o petista, delatores são estimulados a citar seu nome à Justiça.
“Se tem uma coisa que eu me orgulho, neste País, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da igreja católica, nem dentro da igreja evangélica. Pode ter igual, mas eu duvido”, disse.

O ex-presidente disse que ‘o governo criou mecanismos para que nada fosse jogado embaixo do tapete nesse país’. Garantiu ainda que um dia a presidente Dilma será reconhecida por ter criado condições para que ‘neste país todos saibam que têm que andar na linha – do ‘mais humilde ao mais alto escalão brasileiro. A apuração de corrupção é um bem desse país.”

Sobre as acusações de que fez tráfico de influência em benefício de empresas envolvidas na Lava Jato, o petista se disse injustiçado.

“As pessoas deveriam me agradecer. O papel de qualquer presidente é vender os serviços do seu país. Essa é a coisa mais normal em um país”, disse. “Como se o papel de um presidente fosse ser vaca de presépio.”

Impeachment
Perguntado sobre as manifestações a favor do impeachment de Dilma, Lula minimizou os movimentos.


“Se a gente ficar dando bola para os caras da Paulista…”. Eles nunca votaram em mim. Por que vou dar bola para eles? Mas se eu for eleito vou governar para eles também.
Quanto à Operação Zelotes, que investiga um de seus filhos, Luís Cláudio Lula da Silva, o petista se queixou:

“O que fazem com meu filho é uma violência”, afirmou, acrescentando que muitas coisas divulgadas na internet a respeito do assunto são falsas.

A respeito de uma possível candidatura sua à Presidência em 2018, Lula declarou que vai depender do cenário político.

“Ser candidato ou não vai depender do que estiver acontecendo em 2018″, disse. “Se eu estiver com saúde e perceber que sou o único que pode evitar que as conquistas do povo sejam tiradas, entrarei no jogo”, acrescentou.

Lula cobrou da presidente Dilma mais “ousadia” para superar a situação econômica atual.


“Se Dilma estiver centrada na política de recuperação econômica e de geração de emprego, já está de bom tamanho”, disse o ex-presidente. “Corrupção, deixa para a polícia, o Ministério Público e a Justiça. A Dilma tem que colocar isso na cabeça: ‘Não só tenho que governar para caramba. Mas quero eleger meu sucessor’”, aconselhou Lula.





  • KKKKKK, esse canalha já vaga garantida no grupo de piadistas da Papuda.




    • É Onix, eu gostaria de ver a vaga garantida dele na Papuda, ou em qualquer cadeia, onde ele, no "alto da sua petulância", teria que ocupar a cela com presos comuns, afinal educação ele não se preocupou em buscar, estava muito ocupado se 'formando' em criminalidade contra o próprio país!



      O Cara mente tanto, que até acredita nas próprias mentiras.
      Seria patológico, se não soubéssemos quem ele é de verdade.
      Eu quase tenho pena dele...
      Mentira, tenho nada, quero mais é que ele apodreça na Papuda com o resto da gang...



        Tenho o mesmo desejo que você!
        Realmente essas palavras dele só demonstram uma coisa, esse sujeito imundo é um SOCIOPATA!




        • Realmente amigo, citou um ponto importante, o cara pode ser muito pior do que pensamos!



  • Não acredito! O cara estava "sóbrio"! Para falar tal asneira, só podia estar "sóbrio", fora de seu juízo normal!



    Eu tive que ler o artigo duas vezes para ter certeza que meus olhos não estavam me enganando.
    É o Lula querendo desbancar o Cunha, que já desbancou o Maluf, da incumbência de maior cara de pau do país.
    Nem o Pinóquio, aquele bonequinho mentiroso, apesar de ter cara de pau (e o corpo também), faria tal pronunciamento.


    Quanta insolência! Quem neste Brasil descuidado e que de sã consciência, que não seja um alienado absoluto ou extremista radical, ainda acredita que Lula não sabia ou não participou de nada...? Julguem-no à luz dos fatos. Se Lula é de fato culpado, condenem-no severamente, caso contrário, canonizem-no por merecido! O inaceitável e indignante é a lerdeza injustificável da parte de quem competência para chegar a uma conclusão – culpado ou inocente - e por um fim a esse massacre de escândalos sucessivos, de acusações e desmentidos e de blindagens enquanto o Brasil naufraga e raros se dão conta.


    •  


    Eu vou ler depois o artigo completamente, mas somente o enunciado me faz RIR (ou chorar?) com tamanha FALTA de VERGONHA na cara desse marginal. Falta de vergonha na cara só pra citar o mínimo!




  • kkkkk Olha ai perguntaram como ele ficou tão rico ,tá explicado processando os trouxas q fala mal dele sem provas ,e vai ficar + rico ainda pq vem + processos pela frentekkkkk



  • Entre outros fatos, faltou mencionar a tentativa de calar o ministério público com a PEC 37.....será que esse cara é do bem, como ele afirma?




    SERÁ QUE SOMENTE O FATO DE NÃO TEREM ENCONTRADO UM SACO DE DINHEIRO NA CASA DO LULA OU UMA CONTA CORRENTE NO EXTERIOR, ISENTA ESSE CARA DA CULPA?
    ESSA É A "ALMA VIVA MAIS HONESTA DO BRASIL":
    CONIVÊNCIA (CORRUPÇÃO); COMPLACÊNCIA (CORRUPÇÃO); OMISSÃO (CORRUPÇÃO); CUMPLICIDADE (CORRUPÇÃO); DEFESA, EM PÚBLICO, DE CRIMINOSOS CONDENADOS; DEFESA, EM PÚBLICO, DA CENTRAL NACIONAL DE "VAMPIRAGEM" DE CONTRATOS E LICITAÇÕES PÚBLICAS (DIRETÓRIO NACIONAL DO PT); ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (SALÁRIO INCOMPATÍVEL COM PATRIMÔNIO); "PALESTRAS" PELO INSTITUTO LULA QUE CUSTAM MILHÕES (ISSO NÃO ACONTECE NEM EM MARTE); FAMILIARES QUE SE ENRIQUECERAM SEM DEMONSTRAREM RENDA; PREVARICAÇÃO (SABIA DOS CRIMES DE CORRUPÇÃO E NÃO FEZ NADA); POPULISMO COVARDE E CRIMINOSO QUE AFUNDOU A ECONOMIA DO PAÍS; DESCASO COM A QUESTÃO AMBIENTAL DURANTE SUA GESTÃO; DESTRUIÇÃO DE BIOGRAFIAS DE PESSOAS ILIBADAS PARA GARANTIR ELEIÇÃO; CONTRATAÇÃO DE MARKETEIROS "DESONESTOS" PARA CONSTRUIR MENTIRAS PARA GARANTIREM VOTOS DE ELEITORES; AMIZADE E DEFESA DE POLÍTICOS COMO SARNEY, COLLOR, RENAN CALHEIROS, PAULO MALUF, ETC..; UTILIZOU DINHEIRO PÚBLICO ROUBADO PARA SE REELEGER; UTILIZOU PROGRAMAS DE COTAS RACIAIS (AO INVÉS DE COTAS SOCIAIS) PARA CONSTRUÇÃO DE "CURRAIS ELEITORAIS" VISANDO REELEIÇÃO; APROVOU, DEFENDEU E PROMOVEU "TRENS DA ALEGRIA" (TRANSPOSIÇÃO DE CARGOS SEM CONCURSO PÚBLICO) EM MUITAS ADMINISTRAÇÕES PETISTAS VISANDO CRIAÇÃO DE CURRAIS ELEITORAIS NO SERVIÇO PÚBLICO; FRAGILIZOU O INSTITUTO LEGAL DO CONCURSO PÚBLICO E AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS COM A PRÁTICA PETISTA DOS TRENS DA ALEGRIA PELO BRASIL AFORA; APROVOU OS RETROCESSOS NO CÓDIGO FLORESTAL COMPROMETENDO A FAUNA, A FLORA E AS MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS; ETC, ETC, ETC, ETC, ETC, ETC, ETC, ETC, ETC, ETC,ETC........