sexta-feira, 8 de abril de 2016

Grupo do DF acha 'trilhas perdidas' e descobre cachoeiras desconhecidas


05/04/2016 06h26 - Atualizado em 05/04/2016 10h38

Projeto faz expedições a vales e serras no Entorno da capital do país.
Dos cem destinos mapeados, 12 lugares já foram batizados pelo grupo.

Do G1 DF
Cachoeira do Constantino, um dos lugares explorados pelo grupo (Foto: Orlando Barros/Arquivo pessoal)Cachoeira do Constantino, um dos lugares explorados pelo grupo (Foto: Orlando Barros/Arquivo pessoal)

Moradores de Brasília montaram um projeto para explorar locais desconhecidos nos arredores da cidade. A iniciativa, que ganhou o nome de “Trilhas Perdidas”, já conseguiu batizar 12 lugares – cachoeiras, vales e serras – em Goiás e Minas Gerais. Além disso, tem mais de cem locais mapeados com os aplicativos Google Earth e OruxMaps.


Grupos de três a oito pessoas são formados em cada expedição para reconhecer cânions, vales e cachoeiras brasileiras. "Por enquanto, nossos esforços estão concentrados apenas em Goiás, extremo oeste de Minas Gerais e extremo sul de Tocantins", explica o fundador do projeto, Guilherme Alexsander Pereira.


Pereira conta que a ideia começou quando ele e os amigos decidiram ir à cachoeira da Água Fria, que fica próxima a Formosa de Goiás. "Ficamos sabendo dela por meio de um segurança do Parque Estadual do Itiquira, em Formosa, que nos alertou sobre uma cachoeira ainda mais bonita que o Salto do Itiquira.


Quando fomos procurar essa cachoeira, quase não achamos nada online. Então tive essa ideia de explorar lugares que não são divulgados e quase nunca estão no mapa".


Após escolher o destino, Pereira publica em uma página do facebook, "Trekking Brasília", chamando pessoas interessadas em explorar o local para reuniões prévias. Nestas reuniões, o lugar é discutido e uma trilha é traçada em conjunto.


A maioria dos membros leva um dispositivo GPS. Também fica acertado o número de carros, o número de barracas, a alimentação, as datas de partida e de retorno e como agir em caso de emergências médicas.

"Nunca aconteceu uma emergência, mas damos dicas para que elas realmente não ocorram, como usar equipamentos de qualidade e botas boas para trilha. Mapeamos pontos de apoio nas trilhas, para que, caso ocorra algo fora do comum, possamos pedir ajuda a alguém. Também deixamos pessoas em Brasília que ficam de sobreaviso, caso alguma coisa ocorra", afirma Pereira.


Lugares mapeados pelo projeto Trilhas Perdidas (Foto: Guilherme Pereira/Arquivo pessoal)Lugares mapeados pelo projeto Trilhas Perdidas (Foto: Guilherme Pereira/Arquivo pessoal)
Pereira ainda explica que, no máximo, oito pessoas podem ir com a equipe, mas que elas devem ter algum preparo e experiência. "A pessoa deve ter certa experiência com trekking, tem que ter condicionamento fisico e equipamento.


Para poder participar das reuniões, ela deve também saber mexer no Google Earth ou fazer um workshop com a gente", diz.


Os workshops foram feitos quatro vezes, sendo uma delas divulgada na página "Trekking Brasília". Esses workshops, que custam R$ 65, ajudam as pessoas a usar ferramentas online para localização usando coordenadas geográficas. "O custo é simbólico, mais para pagar o lugar que usamos para realizar os workshops mesmo", conta.


Vista de cima de queda no Vale das Sombras (Foto: Orlando Barros/Arquivo pessoal)Vista de cima de queda no Constantino (Foto: Orlando Barros/Arquivo pessoal)
O projeto, que hoje conta com cerca de 12 colaboradores, já produz mapas descritivos com as informações geográficas relevantes de todos os lugares pesquisados, tracklog – caminho percorrido pela equipe com pontos de refência e lugares para descanso – dos locais visitados, rede de contatos de moradores próximos às trilhas e registros fotográficos.


Um dos colaboradores, o bancário Orlando Barros, diz que o objetivo do projeto é a satisfação de explorar um lugar totalmente isolado. "É um prazer que nem todo mundo entende. Você andar bastante pra chegar em uma cachoeira, tirar fotos lindas, tomar banho, dormir olhando as estrelas. Nem todo mundo quer e nem todo mundo consegue também", afirma.


Barros ressalta que, para que o projeto dê certo, as pessoas que participam das expedições precisam ser solidárias. "Nós nos ajudamos muito, dividimos barraca, comida. Nos ajudamos nas caminhadas também", explica.
Cachoeira no Complexo da Safira (Foto: Guilherme Pereira/Arquivo pessoal)Córrego no Vale do Calango (Foto: Rennaly Souza/Arquivo pessoal)
Vale das Sombras
Um dos locais visitados, o Vale das Sombras é composto por vários riachos e não tem muitos desníveis. O caminho para o vale tem cerca de 7 km.


"O Vale fica um pouco antes de uma cidade chamada Alvorada do Norte, em Goiás, na BR 020. Andamos até uma cachoeira totalmente desconhecida pelas pessoas do local. Ela é linda, tem uns 70 metros e fica isolada. Ninguém passou por lá antes, aparentemente. Não tem lixo, não tem pegada, não tem trilhas. Batizamos a cachoeira de Paraíso", conta Barros.


Apesar de o vale ser plano, Barros garante que a caminhada não é fácil. "Você passa por muitos rios no caminho e por pedras escorregadias. O trajeto inteiro, pra você ter ideia, dura mais de três horas", diz.


É um prazer que nem todo mundo entende. Você andar bastante pra chegar em uma cachoeira, tirar fotos lindas, tomar banho, dormir olhando as estrelas. Nem todo mundo quer e nem todo mundo consegue também"
Orlando Barros,
bancário
O analista de sistemas Tarcizio Ferreira Júnior, um dos colaboradores do projeto, explica que o nome surgiu antes da expedição. "No Google Earth tem uma nuvem em cima do vale e nós não conseguimos ver se tinha cachoeira ou não, por isso demos o nome de Vale das Sombras".


Cana-Brava
Rio com seis cachoeiras, o Cana-Brava é conhecido por algumas pessoas por causa da prática de canionismo. A última queda passa por três pontes naturais, formadas por grandes rochas que ligam uma margem a outra. A caminhada dura cerca de duas horas – são 5 km até o rio.


"As pessoas ficam surpresas. São seis cachoeiras e tem uma que fica isolada, muito difícil de chegar e você só desce de corda", explica Barros. O rio fica próximo à Brazlândia, em Monte Alto.
Grupo explora e batiza lugares no entorno no DF (Foto: Guilherme Pereira/Arquivo pessoal)Grupo explora e batiza lugares no entorno no DF (Foto: Rennaly Souza/Arquivo pessoal)
Constantino
As cachoeiras do Constantino ficam próximas a São Gabriel, em Goiás. Da cidade, o grupo pegou 100 km de estrada de chão. A trilha tem cerca de 30 km. "Tem pernoite. Dormimos dois dias lá porque a trilha é muita extensa. Acho que é a trilha mais extensa que a gente já fez aqui perto do DF".


São três quedas em sequência: uma de cinco metros, uma de 20 e outra de15 metros no início da caminhada. Há ainda uma outra cachoeira, distante 3 km da primeira. "Não é pra qualquer um porque a caminhada é extensa, ela tem muito morro, então você sobe e desce várias vezes", explica Ferreira Júnior.
Grupo durante expedição às cachoeiras do Constantino (Foto: Orlando Barros/Arquivo pessoal)Grupo durante expedição às cachoeiras do Vale das Sombras (Foto: Raíssa Fraga/Arquivo pessoal)
Ainda existem duas cachoeiras, que se chamam Cachoeiras do Constantino por causa de um morador que vive na beira de uma queda. "Tem um morador que mora em uma tapera na base de uma das cachoeiras e ele se chama Constantino", diz.


De acordo com Pereira, as Cachoeiras do Constantino são algumas das mais bonitas que ele já viu. "A beleza das cachoeiras é surpreendente. A gente não pensou que elas fossem tão bonitas".


Cânion do Funil
O cânion fica em Minas Gerais, perto de Buritis, depois de Cabeceiras de Goiás. O cânion é bem fechado e a caminhada, de 4 km, dura cerca de uma hora. O cânion se localiza entre dois rios que se encontram, sendo um deles sazonal.


"Tem um rio que, em época de seca, não existe", explica Ferreira Júnior. Várias quedas são formadas dentro do cânion e variam de 3 metros a 60 metros. "Um dos lugares mais bonitos que a gente já visitou. As quedas têm muito verde, a beleza é grande por causa da vegetação que nasce do lado das cachoeiras", afirma.


Cachoeira no Vale das Sombras (Foto: Orlando Barros/Arquivo pessoal)Cachoeira no Vale do Calango (Foto: Rennaly Souza/Arquivo pessoal)
Complexo da Safira
São três cachoeiras, que ficam a 30 km de Brazlândia. O acesso é por meio de um morro íngreme, de 300 metros. Após a descida do morro, o grupo fez uma caminhada de 400 metros até a primeira das cachoeiras. A segunda cachoeira fica a 50 metros da primeira e a terceira queda fica a cem metros da segunda.
Complexo da Safira, nome que foi dado ao local pelo tom esverdeado da água (Foto: Guilherme Pereira/Arquivo pessoal)Complexo da Safira, nome que foi dado ao local pelo tom esverdeado da água (Foto: Fred Garcez
/Arquivo pessoal)


"Não é tão difícil de chegar, o grande problema é a descida íngreme. Nós até perguntamos pros moradores da região e ninguém conhecia as cachoeiras", afirma Ferreira Júnior. O nome Safira foi dado por causa da cor da água, que fica entre o azul e o verde por causa do céu e das ávores refletidas. "A água é bem limpa, transparente".


O grupo já visitou outros sete lugares: Vale do Calango, Trilha das Muralhas, Salto do Ribeirão, Cachoeira da Água Fria, Poço dos Tucanos, Cachoeira do Simão Correia e Gado Bravo.


Meio ambiente
A preocupação com a natureza é um dos pontos mais importantes nas expedições. De acordo com Barros, todos os membros do projeto respeitam o meio ambiente e evitam até deixar marcas de trilha nos lugares por onde passam.


"Tem uma forma correta de fazer o percurso. Não pode passar todo mundo no mesmo lugar para não deixar marca, para não abrir um canal para a chuva, até para nao causar erosão. Em relação ao lixo, a gente recolhe tudo", diz.


Barros também conta que o grupo evita fazer fogueiras para não deixar rastros e não correr riscos de causar queimadas. "Não fazemos fogueira. No Planalto Central isso é desnecessário".
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Grupo nadando em um dos poços de Constantino (Foto: Guilherme Pereira/Arquivo pessoal)Grupo nadando em um dos poços de Constantino (Foto: Orlando Barros/Arquivo pessoal)

Próximo sábado:Entrega do TERMO DE ADOÇÃO dos animais apreendidos na fábrica de filhotes do Jardim Botânico.

Para quem acompanhou a triste história dos animais que viviam em gaiolas numa fábrica de filhotes, apresentamos um final feliz fruto da parceria Sociedade e Governo, maltratar animais é crime ambiental. Compareça ao evento e veja a transformação de cada um, o amor cura tudo. Os 86 cães foram adotados.


Projeto “Criança e Consumo” comemora 10 anos

sexta-feira, 8 de abril de 2016


Conselheiros do projeto participam da conversa sobre consumo e infância. Debate é inspirado no livro comemorativo de 10 anos, que será lançado no evento.


Por Redação do Instituto Alana –

O Criança e Consumo, projeto do Instituto Alana, comemora seus 10 anos com a realização de um debate aberto ao público para discutir consumismo e publicidade infantil, no Tucarena, teatro da PUC-SP, dia 14 de abril às 18h30. O evento faz parte das celebrações de uma década de atuação no âmbito do consumismo infantil e lançará o livro ‘Criança e Consumo – 10 anos de transformação’, que traz uma retrospectiva das conquistas do projeto nesses anos, um olhar para o futuro e 15 artigos de autoria de especialistas em consumo e infância, que será lançado e distribuído gratuitamente aos presentes.

O debate terá a participação de alguns conselheiros do projeto e autores dos artigos da publicação, como Ana Olmos, Flávio Paiva, Inês Vitorino Sampaio, João Lopes Guimarães Junior, José Eduardo Elias Romão, Marcelo Sodré, Nádia Rebouças, Pedrinho Guareschi, Vidal Serrano Nunes Junior, entre outros nomes, com mediação da jornalista Maria Cristina Poli.

Se há 10 anos o consumismo infantil era um tema pouco debatido e o mercado avançava cada vez mais suas ações mercadológicas para o público infantil, agora o assunto está em pauta nas universidades, órgãos estatais, nas famílias e em novas organizações que surgiram nesse período para falar sobre o tema.

“Essa década representa um marco, pois conquistamos muitas mudanças. O consumismo na infância passou a ser discutido em diversas esferas da sociedade. Em 2014, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), órgão ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, publicou a Resolução 163, que define princípios aplicados à publicidade dirigida a crianças e adolescentes. Além disso, tivemos recentemente a decisão histórica do Superior Tribunal de Justiça proibindo a publicidade dirigida às crianças”, recorda Isabella Henriques, coordenadora do Projeto Criança e Consumo e diretora de Advocacy do Instituto Alana.

A abertura do evento terá cenas da peça Homo Shoppiens, do Grupo Teatro Livre, que retrata de maneira bem humorada situações do cotidiano em que o impulso de comprar substitui atividades essenciais e provoca os espectadores a refletir sobre quanto o consumismo desenfreado impacta na nossa saúde, relações pessoais e preservação do planeta.

Evento de 10 anos do projeto Criança e Consumo

Data e horário: 14 de abril, a partir das 18h30

Local: Tucarena (PUC- SP) – Rua Monte Alegre, 1024

Evento gratuito com vagas limitadas.

Para se inscrever, acesse aqui.

Sobre o Criança e Consumo

Criado em 2006, o Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, atua para divulgar e debater ideias sobre as questões relacionadas à publicidade dirigida às crianças, assim como apontar caminhos para minimizar e prevenir os malefícios decorrentes da comunicação mercadológica.

Sobre o Instituto Alana

O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em projetos que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, o Instituto conta hoje com projetos próprios e com parceiros e é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.

Fonte: Envolverde

Como as ‘dietas malucas’ afetam o coração


Publicado em abril 1, 2016 por


Coração. Imagem: EBC

Na tentativa de atuar como fator preponderante para diminuição do peso e controle da obesidade, surgiram, nos últimos anos, dietas que prometem emagrecimento com rapidez. Conhecidas como da dietas da “moda” “malucas”, elas prometem resolver aqueles quilinhos indesejáveis.


Segundo Valéria Arruda Machado, nutricionista da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), essas dietas recomendam o uso de planos alimentares com restrição energética extrema, como exemplos as famosas “Dieta da Sopa”, que enfatiza o consumo de um único grupo de alimentos e a “Dieta da Lua”, que parte do princípio de que o satélite da Terra é capaz de influenciar os líquidos do nosso corpo e que, a cada mudança de sua fase, a pessoa deve limitar-se apenas ao consumo de sucos, sopas e líquidos durante 24 horas.


Conforme enfatiza, essas dietas acarretam consequências prejudiciais ao organismo humano.
“Por ser muito restritas em calorias, elas podem levar ao aumento nas cetonas urinárias, que interferem na liberação renal do ácido úrico. Como consequência, elevam os níveis séricos desse ácido, o que pode levar ao aparecimento de gota” – explica.


Ainda conforme a especialista, o colesterol sanguíneo pode aumentar em razão da mobilização da gordura corporal, levando ao risco de desenvolvimento de cálculo biliar e doenças cardiovasculares. “A redução na concentração de hormônios tiroidianos ativos diminui o gasto basal de energia, responsável pelos períodos mais longos de repouso e menos trabalho físico nos indivíduos.


Além disso, outras reações podem ser observadas em dietas de valor calórico muito baixo como a diminuição do débito cardíaco, frequência cardíaca e pressão arterial”.


De acordo com Valéria, o potássio corporal total também diminui por causa da redução nas proteínas musculares, causando a perda de potássio intracelular.


Ela ressalta que essas dietas podem trazer malefícios à saúde das pessoas que as praticam, manifestando-se por meio de inúmeros sintomas. Na análise da nutricionista, o sucesso almejado pelo uso dessas dietas é baixo em longo prazo, quando comparado as dietas corretas e saudáveis.


Colaboração de Geraldo Campos, in EcoDebate, 01/04/2016

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Ibama rejeita projeto de mineração em MG que resultaria no maior reservatório de rejeitos do país

Publicado em abril 4, 2016 por


notícia

A Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilic) do Ibama rejeitou o projeto Vale do Rio Pardo, apresentado pela mineradora Sulamericana de Metais (SAM), por inviabilidade ambiental. O complexo minerário, localizado nos municípios de Padre Carvalho e Grão Mogol, em Minas Gerais, teria o maior reservatório de rejeitos do país, além de uma adutora, um mineroduto até Ilhéus (BA) e uma estação de desaguamento em território baiano.


O parecer técnico que embasou a decisão aponta que “os impactos negativos e riscos ambientais aos quais podem estar expostas as comunidades vizinhas e o meio ambiente não permitem que se ateste a viabilidade ambiental do projeto”. A conclusão da equipe técnica foi informada à mineradora por meio de ofício no dia 22/03.


Entre as preocupações se destacam os impactos relacionados aos recursos hídricos e à qualidade do ar, que demandam medidas de mitigação complexas. O projeto resultaria na geração de volume muito grande de rejeitos, o que evidencia escolha tecnológica incompatível com as técnicas mais modernas de mineração, que buscam minimizar a dependência de barragens de rejeitos.

O complexo de mineração projetado pela SAM prevê a construção de três reservatórios. O maior deles, localizado na cabeceira do córrego Lamarão, tem capacidade para 1,3 bilhão de metros cúbicos de rejeitos. Os outros dois teriam 524 milhões de m³ e 168 milhões de m³, totalizando 2,4 bilhões de m³.


O maior reservatório do país hoje, segundo dados do Cadastro Nacional de Barragens de Mineração, pertence à Barragem do Eustáquio, da Rio Paracatu Mineração, em Minas Geais, com capacidade para 750 milhões de m³.


A segunda maior atualmente em operação é a de Santarém, com 672 milhões de m³, da mineradora Samarco, responsável pelo desastre provocado pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).

O projeto Vale do Rio Pardo foi avaliado pela primeira vez em 2013. Na época, pareceres elaborados pela Dilic indicaram a necessidade de complementação e esclarecimentos. Ao analisar o novo estudo realizado pela SAM, a equipe concluiu que estava diante de um projeto completamente diferente e que, por esse motivo, seria necessária uma nova avaliação de impacto ambiental e um novo Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), além da realização de uma quarta audiência pública. A última versão do projeto foi protocolada no Ibama em outubro de 2015 e reprovada em fevereiro deste ano.

“Não entramos na discussão sobre segurança de barragem, que é uma atribuição do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Nossa avaliação é que a área impactada pelo grande volume de rejeitos inviabiliza o projeto”, disse o diretor da Dilic, Thomaz Toledo.


Fonte: Ibama

in EcoDebate, 04/04/2016

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Ameaças ao processo de licenciamento ambiental: a quem interessa?

 artigo de Ricardo Luiz da Silva Costa

Publicado em abril 8, 2016 por


opiniao

[EcoDebate] A Lei Complementar 140/2011, em primeiro plano, regulamenta o Art.23 da Constituição Federal e suas derivadas tendo em vista a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, em ações administrativas de competência comum atinentes a proteção ambiental e ao patrimônio natural;

ao combate à poluição em todas as suas formas; e a preservação das florestas, da fauna e da flora;


e altera a Lei 6938/1981 que define a Política Nacional de Meio Ambiente.


É nesse contexto, que o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) propõe uma minuta de resolução nova, com o escopo de alterar as suas duas Resoluções que tratam especificamente dessa temática:


(1) a Avaliação de Impacto Ambiental tratada pela Resolução nº 001/1986, e (2) o Licenciamento Ambiental tratado pela Resolução nº 237/1997.


No tocante ao processo de licenciamento de âmbito federal, essa lei complementar se encontra regulamentada através do Decreto 8437/2015, o qual define os tipos de empreendimentos e atividades cujo processo de licenciamento é de competência da União.



Totalmente focado para empreendimentos de obras de infraestrutura da alçada federal, tais como: sistemas viários, geração e transmissão de energia elétrica, exploração e produção de petróleo e gás e outros hidrocarbonetos fluídos.


Todavia, se verifica aqui algo preocupante com relação a ausência na lista dessas tipologias, os empreendimentos agropecuários e minerários metálicos que, via de regra, envolvem a descapitalização de milhares de hectares de florestas e, por extensão, perda de biodiversidade, efeitos de mudanças climáticas, entre outros danos às vezes irreversíveis à ecologia e a economia do ambiente impactado. Dando a entender ainda, que, a responsabilidade pela licença ou autorização ambiental para essas e outras tipologias ausentes na lista federal, fica a critério dos demais entes federados.


À guisa de ilustração, no tocante as Áreas Protegidas de âmbito federal, da forma em que se encontra, essa Minuta do Conama ameaça gravemente o texto constitucional, e a própria Lei Complementar nº140/2011, na medida exata em que ignora a doutrina jurídica pátria que considera o tema Terras Indígenas no rol das ações estatais de competência exclusiva da União.


Neste particular, cabe mencionar para não restarem dúvidas a própria Lei Complementar nº 140/2011, em seu Art. 7º, Inciso IV e Letra c, in verbis.
Art. 7º – São ações administrativas da União:
IV – promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;


Portanto, salvo outro juízo, o processo de licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que afetem, direta ou indiretamente, Terras Indígenas, em termos práticos, continua valendo a regra anterior que vigorava na Resolução Conama 237/1997, isto é, somente o órgão licenciador federal é competente para estabelecer os procedimentos de licenciamento ambiental de tais atividades, quando impactarem Terras Indígenas de modo direto ou indireto. O que significa dizer, em síntese, o Ibama é a instituição que licencia a atividade, porém, condicionada a oitiva do povo indígena afetado e a anuência da Funai, sob pena de o licenciamento ser objeto de questionamentos acerca de sua sustentabilidade jurídica.


Em nota exposta no sítio da Funai, a instituição indigenista governamental protestou contra aquilo que considera açodamento desnecessário por parte do Conama, no tocante a forma de divulgação e consulta pública, breve e coincidente com o feriado de carnaval, assim, não permitindo um prazo mais ampliado para obter as contribuições indispensáveis para um processo de discussão rico, consistente e equilibrado como deve ser todo processo que envolve interesses coletivos e difusos de diferentes partes que precisam ser ouvidas, para que o mesmo tenha o reconhecimento público de legitimidade.


Por fim, considerando o arcabouço jurídico e institucional vigente no País, e segundo o que reza a doutrina do Direito (FERREIRA, Adriano de Assis. Introdução ao Direito. São Paulo: 2012), no ordenamento jurídico deve sempre prevalecer a hierarquia dos instrumentos legais. O que significa dizer, em termos práticos, uma resolução não pode se sobrepor ao decreto e tampouco as leis, e por fim todos devem estar em sintonia fina e permanente com a Carta Magna, isto é, a Constituição Federal.

Desta forma, a meu ver, essa proposta de resolução do Conama ao ignorar ou desconsiderar partes que compõem a estrutura do licenciamento ambiental, enquanto importante instrumento de gestão da Política Nacional de Meio Ambiente, carece ser revista, concertada, a fim de afinar e adequar os critérios e diretrizes da resolução pretendida, em consonância com as normas jurídicas, considerando os direitos e deveres de todas as partes integrantes do processo de licenciamento ambiental.


 Posto que, na forma em que se apresenta, tal proposta ignora o papel funcional e institucional do Sistema Nacional de Áreas Protegidas (Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Terras Quilombolas, Áreas de Preservação Permanente, Reservas Legais, etc.) para a conservação da Biodiversidade, enquanto recurso de importância estratégica para o tão almejado Desenvolvimento Sustentável, em nosso país. Em outras palavras, nessa Minuta, não há qualquer referência de forma clara e objetiva, visando a proteção e gestão dessas Áreas Protegidas na esteira do processo de licenciamento ambiental.

Isto posto, com a devida vênia, seria de boa lembrança que o Conama reabrisse espaço e tempo, de modo apropriado que o processo requer, visando a rediscussão dessa matéria, de tamanha relevância tanto para a economia quanto para a ecologia do país, pois que, da forma como se apresenta formulada, se for aprovada em definitivo como resolução, a mesma ferirá gravemente direitos, deveres e interesses de povos habitantes das Áreas Protegidas do Brasil, bem como, de convenções internacionais e metas estabelecidas sobre Conservação da Biodiversidade e Florestas e Mudanças Climáticas.


Sem esses cuidados justos e necessários, na condução e definição desse processo, a quem interessa a forma proposta tão linear para tratar de um assunto de tamanha complexidade?
Ricardo Luiz da Silva Costa – (ricaluz23@hotmail.com)

in EcoDebate, 08/04/2016

"Ameaças ao processo de licenciamento ambiental: a quem interessa? artigo de Ricardo Luiz da Silva Costa," in Portal EcoDebate, ISSN 2446-9394, 8/04/2016, http://www.ecodebate.com.br/2016/04/08/ameacas-ao-processo-de-licenciamento-ambiental-a-quem-interessa-artigo-de-ricardo-luiz-da-silva-costa/.

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções

08/04/2016 10h29 - Atualizado em 08/04/2016 10h57


Dog Cafe foi criado por ativista pró-animais.
Por US$ 10, dá pra tomar cafezinho e brincar quase 1 hora com cãezinhos.

Do G1, em São Paulo
Dog Cafe em Los Angeles (Foto: Lucy Nicholson )Dog Cafe em Los Angeles (Foto: Lucy Nicholson )
 
A cidade de Los Angeles, na Califórnia, inaugurou nesta quinta-feira (7) o Dog Cafe, um estabelecimento em que as pessoas podem, além de tomar um cafezinho, adotar cães.


Pagando US$ 10, o cliente ganha um café e tem acesso ao local onde ficam os cães. Ele pode ficar 55 minutos no local, brincando com os cachorrinhos, e se rolar um crush, tem a opção de adotar um deles.

A fundadora do café, a ativista Sarah Wolfgang, disse acreditar que "todo cão pode ser adotado" e que todas as tentativas devem ser feitas antes de sacrificar os cães sem dono.
Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)Los Angeles ganha café canino; para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)
Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)Los Angeles ganha café canino; para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)
Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)
Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)
Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)
Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)Los Angeles ganha 'café canino' para incentivar adoções (Foto: REUTERS/Lucy Nicholson)

Cantora morre após ser picada por cobra em apresentação na Indonésia

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A artista começou a se sentir mal cerca de 45 minutos depois do acidente



Uma cantora indonésia, Irma Bule, de 29 anos, foi picada por uma cobra venenosa durante uma apresentação em uma localidade da ilha de Java. O animal era utilizado no espetáculo, em uma das performances da artista.

Após o acidente, a cantora teria se recusado a tomar um antídoto e continuado o espetáculo. Ela começou a se sentir mal cerca de 45 minutos depois, quando quem estava na plateia pôde vê-la vomitar e ter convulsões.

Irma foi levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Talvez o leite desnatado não seja tão benéfico quanto você pensa – veja por quê



8 de abril de 2016
 
Durante anos, fomos informados de que o leite desnatado é mais saudável do que o leite integral — mas esse pode não ser bem o caso.
Ver as imagens
Um novo estudo revelou que as pessoas que bebem leite integral têm uma taxa de risco 46% menor de desenvolver diabetes.

O estudo feito em grande escala monitorou participantes durante 15 anos, baseando os resultados em exames de sangue que mostravam os biomarcadores do consumo de laticínios integrais.
Outro estudo, envolvendo mais de 18.000 mulheres, também revelou que as pessoas que bebiam leite desnatado não eram necessariamente mais magras.

De fato, o estudo revelou que as pessoas que consumiam mais laticínios integrais tinham um risco 8% menor de se tornarem obesas — enquanto que isso não foi associado ao consumo de laticínios com baixo teor de gordura.

Parte da razão poderia estar no fato de que as pessoas que consomem laticínios integrais tem uma maior sensação de saciedade, e não costumam complementar esses laticínios com alimentos açucarados.

O Dr. Dariush Mozaffarian disse: “Não há evidência humana potencial de que as pessoas que comem laticínios com baixo teor de gordura se beneficiem mais do que as pessoas que consomem os integrais.”

“Precisamos dizer às pessoas que consumam tipos variados de laticínios, e eliminar a recomendação sobre o teor de gordura.”


Dormir com animal de estimação faz bem à saúde, diz pesquisa


Super Incrível
10 de dezembro de 2015
 
 
No ano passado a clínica Mayo revelou que metade de seus pacientes que tiveram o sono analisado reclamavam do fato de seus animais de estimação os acordarem e atrapalharem o descanso no meio da noite. No entanto, um estudo lançado recentemente indicou que, apesar das interrupções, ter um bichinho por perto na hora do sono pode sim ser muito benéfico.


Uma pesquisa foi realizada com 150 pessoas a respeito de seu sono e dos seus animais e o resultado revelou que aqueles que dormem com seus gatos ou cães sentem-se mais seguros e protegidos. Os números mostraram que 56% dos pacientes que visitaram o Centro para Medicina do Sono, no Arizona, EUA, têm o hábito de compartilhar o colchão com seus amigos. Ao mesmo tempo, 20% ainda reclamaram sobre serem interrompidos pelos animais.


Entre a parcela que alegou ter o costume de ir para a cama com os 'pets', 46% diz que sente dormir melhor com a companhia especial. Pode ser só em cima da cama ou até mesmo embaixo da coberta, quem já sonhou ao lado de cães e gatos sabe que eles são aquecedores naturais.


"Diversos dos donos de bichos os veem como companhia, assim como membros da família. Dessa forma, eles gostam de incorporá-los nos costumes mais corriqueiros, inclusive na cama", comentou o autor do estudo Dr. Lois Krahn, em matéria do Daily Mail. "Quando pessoas têm problemas de sono, uma boa indicação poderia ser sugerir a adoção de um companheiro animal", completou.


Por outro lado, um fator preocupante neste costume é a possibilidade dos bichos transmitirem algum tipo de doença. No caso dos cães, raramente, eles podem ser transmissores de tuberculose caso eles comam carne infectada com a doença ou briguem com animais que já portam a bactéria. Porém, os casos são bastante remotos. 


No caso dos gatos, a doença mais comum é a conjuntivite felina. Em ambos os casos, as infecções podem ser evitadas com idas regulares ao veterinário.

Gato abandonado espera o retorno de sua família todos os dias no mesmo lugar

O conto de um gato que se senta todos os dias no local onde foi abandonado esperando por sua antiga família sensibilizou muitos corações ao ser divulgado na Internet.



A história foi postada no Vkontakte (Facebook russo) pelo usuário Ostap Zadunayskly, que comparou a lealdade do gato à de Greyfriars Bobby, um Skye Terrier que passou 14 anos guardando o túmulo de seu dono.
Ver as imagens 
Ostap viu o gato pela primeira vez em Belgorod, no sudoeste da Rússia, no verão do hemisfério norte em 2015, e percebeu que o animal se sentava exatamente no mesmo lugar todos os dias.Ele perguntou na vizinhança e descobriu que os donos do gato viviam na região, mas venderam tudo e se mudaram há algum tempo.A história fica um pouco exagerada neste ponto; alguém disse a ele que viu o gato correndo atrás do carro quando a família foi embora (um comportamento que não se assemelha ao dos felinos) e que o animal estava esperando por eles no mesmo lugar “há anos”.
Ver as imagensOs moradores locais passaram a alimentar o gato, o que pode ser um motivo mais coerente para explicar por que ele não sai daquele lugar.


O Sr. Zadunayskiy disse: “Este é um grande exemplo da maldade humana e da verdadeira lealdade dos animais.”Muitos comentários deixados na postagem exaltaram a frase do livro ‘O Pequeno Príncipe’, escrito por Antoine de Saint-Exupery, dizendo, “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”Ou pelo que você começou a alimentar.Yahoo News










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Rock in Rio vai incentivar plantio de árvores e fazer show na Amazônia

quarta-feira, 6 de abril de 2016


Com uma apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, o Rock in Rio anunciou o projeto Amazônia Live, que será abordado em todas as edições do festival ao redor do mundo até 2019.

Com parte da venda de ingressos e com a ajuda de parcerias, o festival pretende plantar, pelo menos, um milhão de árvores para a restauração de áreas na cabeceira e nascentes do Rio Xingu. Para chamar a atenção para a causa, um grande show acontecerá em um palco montado nas águas do Rio Negro.

A apresentação da OSB contou com a regência do maestro Roberto Minczuk, aliado à nomes que participaram do festival, como o guitarrista Andreas Kisser, e o tenor Saulo Lucas, que é cego e sofre de autismo, mostrando como a música pode mudar a vida das pessoas.

Rumo aos três milhões – Para Roberto Medina, criador do festival, a ideia do projeto é extrapolar a meta inicial de um milhão de árvores replantadas na floresta.

“Estamos garantindo o plantio de um milhão de árvores e, com a ajuda de marcas parceiras e dos fãs do festival, queremos chegar a três milhões de árvores na região. Com esta ação, vamos chamar a atenção do mundo para um problema urgente e mostrar que é possível plantar, sobretudo, esperança”, afirmou Medina.

O criador do evento lembrou ainda que a Amazônia é o “grande palco do mundo”, cuja obrigação de cuidar é de todos. Além dos patrocinadores regulares, o Banco Mundial se comprometeu a apoiar o projeto com o plantio de outro milhão de mudas.

Palco Mundo na Amazônia – O ponto alto do projeto acontecerá no dia 27 de agosto, quando o festival promoverá um espetáculo em um palco flutuante no Rio Negro, com transmissão ao vivo pela internet. O evento terá uma apresentação do tenor espanhol Plácido Domingo, acompanhado pela OSB e pelo temor Saulo Lucas.

A abertura será de Ivete Sangalo que, na mesma data, fará um show gratuito para 200 mil pessoas em Manaus. A ideia é chamar a atenção para a necessidade de preservar o meio ambiente. A data também marca a contagem regressiva para um ano da edição de 2017 do Rock in Rio, no Rio de Janeiro. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, compareceu ao evento para apoiar a iniciativa.

“Sou a favor de pensarmos que temos um futuro para salvaguardar, onde temos que usar tecnologias que respeitem os limites ambientais”, explicou Virgílio, que contou que nenhum dinheiro público será aplicado no projeto.

O palco será montado nas águas do Rio Negro com o tamanho do Palco Mundo, onde se apresentam as estrelas do evento. Ele terá o formato de uma grande folha.

A iniciativa tem custo previsto de mais de R$ 28 milhões, entre gastos com logística do show e plantio de mudas.

Apoio de artistas – Vários artistas fizeram questão de comparecer ao lançamento para apoiar o evento. A cantora Baby do Brasil, intérprete de “Todo dia é dia de índio”, fez questão de usar uma maquiagem com referência indígena para mostrar seu apoio ao projeto.

“Soube da iniciativa no Backstage do último Rock in Rio, pelo Roberto Medina, que me fez um convite para participar do show. Falei pra ele que era um sonho sendo realizado, porque eu sempre quis participar de uma iniciativa na floresta, para ajudar quem vive lá”, contou a cantora.

Outros nomes conhecidos da música brasileira, além de nomes que se consagraram no festival também compareceram ao lançamento do projeto, como Roberta Sá, Mart’nália, Pedro Baby, Lenine, Di Ferrero, Badauí, Rogerio Flausino e Dinho Ouro Preto também compareceram.

Fonte: G1

Esponjas e a cura da leishmaniose.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Antigas e muito valiosas

Esponjas são animais (do filo Porifera) sem sistemas nervoso, digestivo ou circulatório. Como não se movem, dependem da água que passa por elas para obter alimentos e oxigênio. São organismos bastante simples, mas que se destacam por certas peculiaridades.


Uma delas é o pioneirismo. Esponjas são os primeiros animais a habitar a Terra, de acordo com diversos estudos, incluindo um feito por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology e publicado na edição de março da Proceedings of the National Academy of Sciences.

Por meio de análises genéticas, o grupo confirmou a existência de esponjas há 640 milhões de anos, cerca de 100 milhões antes da explosão do Cambriano, quando os animais passaram a dominar o planeta.

Outra peculiaridade também faz com que as esponjas sejam atraentes como objeto de pesquisa: o fato de terem importante potencial medicinal. Isso se deve à presença nesses animais de compostos químicos que poderão ser usados na produção de medicamentos para combater vírus, bactérias e até mesmo tumores.

A descoberta e o desenvolvimento de produtos naturais com potencial bioativo a partir de organismos marinhos é um dos principais focos da pesquisa do grupo do professor Roberto Gomes de Souza Berlinck no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP).

“Há muitos organismos marinhos que são fontes de grande diversidade de pequenas moléculas que chamamos de metabólitos secundários, uma vez que não são essenciais para a sobrevivência desses organismos”, disse.

“Apesar de não serem muito importantes para esses animais, os metabólitos secundários são fundamentais para a sobrevivência de diversas espécies, nas quais apresentam, por exemplo, função de defesa química ou de proteção contra bactérias”, disse o pesquisador, que coordena o Projeto Temático “Componentes da biodiversidade, e seus caracteres metabólicos, de ilhas do Brasil – uma abordagem integrada”, apoiado pela FAPESP.

O grupo de Berlinck descobriu metabólitos em esponjas que resultaram na produção de compostos com atividade contra leishmania e tripanossoma, parasitas causadores, respectivamente, da leishmaniose e da doença de Chagas.

“É importante encontrar novas drogas contra essas doenças, pois as disponíveis atualmente contra a leishmaniose, por exemplo, estão sendo utilizadas há muito tempo e são bastante tóxicas”, disse.

“Estudamos detalhadamente vários dos compostos antiparasitários que descobrimos, como alcaloides, e temos realizado análises in vivo e in vitro sobre os mecanismos por meio dos quais esses compostos apresentam atividades farmacológicas”, disse Berlinck.

Metabólitos encontrados pelos pesquisadores na esponja da espécie Monanchora arbuscula, coletada na costa sudeste do Brasil, levaram ao isolamento de uma série de alcaloides – guanidinas e pirimidinas – com ação antiparasitária contra Trypanosoma cruzi e Leishmania infantum.

“E é importante ressaltar que esses compostos afetam especificamente esses parasitas e não o organismo humano, o que é uma vantagem no tratamento das doenças causadas por eles”, disse Berlinck.

Resultados dos estudos, feito pelo grupo do IQSC-USP em cooperação com cientistas do Instituto Adolfo Lutz, da University of British Columbia (Canadá) e de outras instituições, foram publicados no ano passado no Journal of Natural Products.

Novos materiais

Berlinck foi um dos palestrantes na FAPESP Week Michigan-Ohio, realizada nos Estados Unidos de 28 de março a 1º de abril. No painel “Materials and Manufacture”, no último dia do evento, em Columbus, Berlinck participou junto com Chris Hammel e Carlos Castro, da Ohio State University, Marcelo Knobel, do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Holmer Savastano Junior, da USP.

No laboratório que coordena no Departamento de Física da Ohio State, Hammel e seu grupo desenvolvem sistemas para produção de imagens em escala nanométrica e tentam compreender as interações dinâmicas em estruturas magnéticas.

Os pesquisadores estudam, por exemplo, o comportamento em diferentes materiais da eletrônica baseada em spin (que explora a propensão quântica dos elétrons de girar) e fenômenos que ocorrem em estruturas magnéticas e microscópicas e de diversos tipos de materiais complexos.

Knobel falou sobre pesquisas que coordena, particularmente sobre propriedades magnéticas de nanocristais. Em estudo publicado na Scientific Reports, do grupo Nature, Knobel e colegas da Unicamp e do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) descreveram um novo método com aplicação potencial na área de saúde.

Os pesquisadores descobriram como interromper o processo de decomposição térmica do ferro com a presença de partículas de prata, que resultou na formação de um tipo de nanopartícula com propriedades interessantes.

Segundo Knobel, o método é relativamente fácil de implementar e poderá contribuir para o desenvolvimento de nanopartículas que poderão ser usadas para o transporte de medicamentos.

Castro, nascido em El Salvador, apresentou trabalhos que conduz no Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial da Ohio State para o desenvolvimento de dispositivos nanométricos com base em DNA.

O objetivo é produzir sistemas capazes de se montar sozinhos de acordo com a estrutura do DNA e que possam ser programados e controlados para aplicações diversas, como transportar medicamentos.

Savastano, professor na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Materiais para Biossistemas da USP, falou sobre o uso de materiais sustentáveis no setor industrial.

O pesquisador coordena o Projeto Temático Agrowaste, apoiado pela FAPESP, que investiga o uso de resíduos agroindustriais em materiais para a construção civil e de infraestrutura (estradas, por exemplo).

Savastano destacou em sua palestra o estudo feito com o curauá (Ananas erectifolius), cujas fibras demonstraram propriedades mecânicas superiores às de outras plantas e podem se mostrar uma alternativa importante na construção civil, como reforço em compostos à base de cimento.

O estudo foi conduzido em colaboração com Victor Li, do Departamento de Ciência de Materiais e Engenharia da University of Michigan, e foi financiado pela universidade norte-americana em conjunto com a FAPESP.

Mais informações sobre a FAPESP Week Michigan-Ohio: www.fapesp.br/week2016/michigan-ohio.

Fonte: Fapesp