quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Finalmente governo decreta criação do Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes

Por Daniele Bragança
habemus área protegida: governo decreta criação da Revis de alcatrazes. Foto: Leandro Coelho/Flickr.
Habemus área protegida: governo decreta criação da Revis de alcatrazes.
Foto: Leandro Coelho/Flickr

Após um longo processo, finalmente o arquipélago de Alcatrazes está protegido.


O presidente interino Michel Temer assinou o decreto de criação de um Refúgio da Vida Silvestre no santuário marinho localizado no litoral norte de São Paulo, publicado na edição desta quarta-feira (03) no Diário Oficial. A unidade nasce com 67 mil hectares.


A unidade de conservação nasce sob os aplausos dos que lutaram pela preservação do local, que desaprovam apenas a categoria escolhida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): um Refúgio de Vida Silvestre (Revis) ao invés de um Parque Nacional Marinho, como sempre foi pensado para a área.


A sociedade civil temia que a unidade não tivesse o uso público contemplado. Isso porque na categoria Parque a visitação é obrigatória e faz parte dos objetivos da unidade, enquanto no Refúgio ela é opcional.


O decreto publicado hoje deixa claro que a visitação será permitida, mas demorará um pouco mais: as regras serão definidas pelo Plano de Manejo da unidade, que será feito posteriormente pelo ICMBio, responsável pela administração das Unidades de Conservação federais. O Plano também definirá as regras para pesquisas científicas, atividades de mergulho e para a parada e fundeio [local onde a embarcação lança a âncora] de embarcações.


“Achei ótimo que saiu a Unidade de Conservação. Preferia Parque, que funciona melhor pra área marinha, mas é isso que temos e agora será importante definir urgente o Plano de Manejo com os detalhes do uso público da Unidade, que na minha opinião deve funcionar como se fosse um Parque”, afirma Julio Cardoso, representante do setor náutico no conselho da Estação Ecológica de Tupinambás, que participou da consulta pública realizada em 2011 para a criação do parque.


Ainda de acordo com o decreto, o desembarque para visitação pública nas ilhas, ilhotas e lages só será permitido em condições especiais, e as atividades de mergulho na área só poderão acontecer em locais definidos para este fim, após avaliação da situação de segurança e remoção de eventuais artefatos que possam oferecer risco à liberação da área.


Isso porque parte do Arquipélago de Alcatrazes foi usado durante muito tempo como local de treinamento de tiro da Marinha, que teme que artefatos que não explodiram possa colocar a segurança dos visitantes em risco. A Marinha continuará garantindo a segurança do local, e um novo perímetro foi escolhido para continuar sendo usado como área de exercício da Força Armada.


A nova unidade se sobrepõe à Estação Ecológica de Tupinambás, que é de uma categoria mais restritiva e só permite pesquisa científica. As ilhas e ilhotas que não fazem parte da Estação Ecológica agora pertencem ao Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago. A proximidade não é apenas física: as duas unidades serão administradas de maneira unificada e provavelmente dividirão a mesma sede e a mesma equipe.


José Truda, Vice-Presidente do Instituto Augusto Carneiro e um dos coordenadores da campanha da Rede Nacional Pró-UCs pela criação de mais Áreas Marinhas Protegidas, saudou a criação do Revis:


"É um grande avanço para destravar a proteção do mar brasileiro, que estava abandonada no regime anterior, e valorizar os usos não-extrativos do mar em UCs de Proteção Integral, que podem e devem gerar emprego e renda com Ecoturismo e Mergulho, ao mesmo tempo em que impedem a continuidade da pesca predatória em nossos hotspots de biodiversidade marinha. É claro que preferíamos que fosse decretado um Parque Nacional Marinho, para enfatizar justamente esses usos, mas o Revis também veda a pesca e extração de recursos e permite todos os demais usos de forma sustentável, então a natureza sai ganhando."


Localizado a 45 km de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, Alcatrazes é um santuário marinho. Foto: Leandro Coelho/Flickr.
Localizado a 45 km de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, Alcatrazes é um santuário marinho. Foto: Leandro Coelho/Flickr


Relembre a história da criação da unidade
Em 1990, o deputado Fábio Feldmann (PSDB/SP) apresentou um projeto de lei que transformava a ilha de Alcatrazes em Parque Nacional a partir da mobilização da Sociedade de Defesa do Litoral Brasileiro. O objetivo era tentar paralisar os treinamentos de tiros de canhão que a Marinha realizava no local desde 1982, o que ameaçava a preservação da ilha. O projeto de lei foi arquivado em 1997, mas a ideia de criar um Parque Marinho não foi para a gaveta. Em 2004, um incêndio em Alcatrazes após um disparo de canhão fez retornar o apelo da sociedade civil de que a ilha precisava ser protegida.

Muitos negociações foram feitas para chegar ao acordo alcançado em 2013, durante audiência pública realizada na Câmara dos Deputados para falar sobre a criação do parque. Na ocasião, a Marinha anunciou a paralisação do treinamento de tiro de canhão na ilha de Alcatrazes e apoiou a criação de uma área protegida no local.

O processo seguiu curso dentro do ICMBio, quando a proposta foi mudada de Parque Nacional (Parna), categoria aceita por todos, para Refúgio de Vida Silvestre (Revis). A mudança só foi divulgada durante o VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), evento realizado em Curitiba entre os dias 21 e 25 de setembro de 2015. A alteração foi atribuída ao então diretor de criação e manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, Sérgio Brant, que concluiu a proposta. Mesmo após a saída de Brant, a proposta já estava feita e o ICMBio não quis reiniciar a discussão e ficar mais tempo sem criar a unidade de conservação.

“Criar uma unidade de Conservação não é um estalar de dedos. É sempre um processo, raramente curto, que vai amadurecendo. Alcatrazes tem mais de 16 anos de discussão dentro do ICMBio”, afirmou Rômulo Mello, presidente da autarquia, durante inauguração do novo centro de visitantes no Parque Nacional da Tijuca, realizado na semana passada (28). Segundo o presidente, a unidade é necessária e mudar a categoria após o fim do processo faria a proposta ficar mais tempo na gaveta.

O saneamento no Brasil é medieval.

Artigo da Business Insider compara o saneamento brasileiro ao da idade média em Londres e Paris (http://goo.gl/FtZMaL). Tempos medievais.

Metade da população brasileira, mais de 100 milhões de pessoas, ainda não tem a moradia conectada à coleta de esgoto. Resultado? Só as capitais despejam todos os anos 1,2 bilhões de metros cúbicos de esgoto em rios e represas, ilegalmente. Se as capitais têm problemas, imagina como as grandes áreas rurais do país estão abandonadas.

O Instituto Trata reuniu os dados do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), do governo, com os dados da última atualização do programa de monitoração conjunta “Progressos de Abastecimento e Saneamento Básico”, da Organização Mundial da Saúde e da UNICEF. Para apoiar a divulgação dessas informações, vamos apresentar alguns dados da situação precária do saneamento básico no Brasil nas próximas semanas.

Leia os documentos completos:

“‘Medieval’: Brazil’s sewage system is comparable to London or Paris in the 14th century”: http://goo.gl/FtZMaL

Relatório da OMS/UNICEF: http://goo.gl/0XIMku

Plano Nacional de Saneamento Básico: http://goo.gl/6sDclh

Resumo Trata Brasil: http://goo.gl/glSUL5

Dicas de como recuperar nascentes.


Nascentes secas podem voltar a brotar água. Por serem áreas de preservação permanente, eis alguns passos devemos tomar:

✓ lei: isolar o entorno com um raio mínimo de 50m dos olhos d’água;

✓ lei: é proibida a criação de gados nessa área. o pisoteio do gado compacta o solo e causa também assoreamento;

✓ o último arame liso deve ser colocado a 70cm do chão para permitir o vaivém de animais silvestres;

✓ dentro da área cercada mas não acima do olho d’água, pode se reflorestar com 30 a 100 árvores de espécies nativas para aumentar a infiltração da água da chuva no solo e segurar a terra (http://goo.gl/Qy9G8u);

✓ se ali foi por erro usado como área de pastagem ou cultivo, substituir toda pastagem por mata nativa;

✓ tirar entulhos, lixo ou qualquer despejo de esgoto de áreas de nascentes.

Leia mais:

“Como reflorestar uma mina d’água?“ - http://goo.gl/Qy9G8u
“Recuperação de nascentes requer ajuda especializada”- http://goo.gl/vmIoS1
“O que é uma Área de Preservação Permanente” http://goo.gl/FMlNdD
“Cartilha do Código Florestal Brasileiro” http://www.ciflorestas.com.br/cartilha/

De olho nos ruralistas!


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Elefante maltratado, roubado de sua mãe adora nadar com sua nova família

Por Zainab Akande / Tradução de Roberta M. Bordin
A vida de Mee Chok não foi sempre tão encantadora.
Tailandia elefante roubado maeFotos: Facebook/Boon Lott's Elephant Sanctuary

Antes, ele morava em um barraco sujo.
Ele foi roubado de sua mãe quando tinha somente poucos meses de idade, lhe foi negada uma vida ao lado dela, na natureza. Ao invés disso, ele foi acorrentado e algemado por seus tutores, que tinham a intenção de amansá-lo para que ele pudesse ser usado como um elefante para caminhadas.

Sua única companhia era uma elefanta mais velha que não tinha nenhum interesse em cuidar dele. Como resultado, Mee Chok tornou-se agressivo, de acordo com o Boon Lott's Elephant Sanctuary (BLES), situado na Tailândia.

"Mee Chok tinha feridas em seu rosto e orelhas, estava desidratado e magro", o BLES escreveu em seu website. "Ele estava enfurecido, nervoso e confuso por estar confinado e limitado." Quando o BLES soube sobre a situação de Mee Chok, o santuário trabalhou para difundir sua história por toda mídia social – e rapidamente o BLES conseguiu angariar dinheiro suficiente para resgatar Mee Chok das garras de um futuro sombrio.

Tailandia elefante roubado mae2
Bem, como você deve ter adivinhado...Mee Chok não teve o caminhão de bananas só para ele por muito tempo. Dividir é mais divertido...certo? Feliz sábado, simpatizantes do BLES no mundo todo

Há seis anos, Mee Chok chegou ao BLES com apenas 20 meses de idade, ainda um bebê assustado — mas aos poucos ele percebeu que sua vida estava prestes a mudar para melhor.


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Cheeky Chops Mee Chok teve o melhor dia aqui no Boon Lott's Elephant Sanctuary - BLES! Ele passou a manhã à procura de guloseimas escondidas em sua rica estrutura e, em seguida, se divertiu muito no lago, molhando sua cabeça e submergindo todo o seu corpo.... Esta é a vida de um elefante do BLES - esta deveria ser a vida de todo elefante em cativeiro. Espero que vocês estejam todos tendo um domingo splashtástico - trombas de agradecimentos pelo seu apoio bjs


Menos de 24 horas depois de sua chegada ao santuário, Mee Chok foi adotado pela matriarca chefe do santuário, Pang Tong. A elefanta mais velha também foi uma vítima de maus-tratos evidentes e de negligência — sua vida antiga foi cheia de espancamentos, fome e da morte de dois filhotes. Quando ela chegou ao BLES, Pang Tong também era agressiva e desafiadora – mas finalmente percebeu que ela estava finalmente segura, tornando-se uma elefanta afetuosa e atenciosa.


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Você já viu uma elefanta mais bonita? Pang Noi é tão incrivelmente bela e não somos só nós que achamos isso – durante estas últimas semanas, Sr. Moo E Sompord foram vistos mostrando interesse romântico pela Pang Noi. Entretanto, o Sr. Moo também foi visto passando um tempo com Thong Dee E Boon Thong – quem sabe o que vai acontecer a seguir?!?! Espero que estejam tendo um domingo sompordástico - trombas de agradecimentos pelo o seu apoio bjs


Lom, outra fêmea, também rapidamente criou um laço com Mee Chok, tornando-se uma irmã mais velha para ele. Lom era uma elefanta mendiga criada nas ruas. Ela sobreviveu a uma dieta insalubre de lixo e sacolas de plástico. Ela levou um tempo excepcionalmente longo para aprender como ser uma elefanta bem sociável, segundo o BLES — mas agora ela é conhecida como a vida e a alma da família do BLES, e também como uma personalidade encantadora.
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Lom e Mee Chok saindo para um passeio matinal! Eu não poderia ter mais orgulho destes dois elefantinhos corajosos! Tanta vontade de sobreviver e PROSPERAR aqui no Boon Lott's Elephant Sanctuary - BLES Aproveite seu fim de semana - trombas de agradecimentos pelo o seu apoio bjs


A ira de Mee Chok rapidamente tornou-se algo do passado quando ele se adaptou à sua unidade familiar com Pang Tong e Lom, que estão ao seu lado desde então. Mee Chok tinha uma figura paterna no Somai, um elefante macho mais velho, mas, infelizmente, ele faleceu em dezembro passado.
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"Família significa que ninguém fica para trás ou é esquecido." Isso não poderia ser mais verdadeiro para esta bela família. Nenhum desses elefantes é parente, mas seu vínculo e compromisso com o outro é nada menos do que inspirador. Somai, Pang Tong, Lom e Mee Chok - conhecidos coletivamente como 'A Família' Tenham uma maravilhosa quarta-feira - trombas de agradecimentos pelo o seu apoio bjs
Entretanto, desde que Somai faleceu, outro elefante macho, chamado Tong Jai, tomou seu lugar e continua a agir como uma figura orientadora para Mee Chok.
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O aspecto mais emocionante dessa família improvisada é o fato de que eles não são parentes –  e, mesmo assim, eles se tornaram praticamente inseparáveis​​.
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Saudações de sábado de Mee Chok, Lom e Pang Tong muito felizes. Espero que estejam curtindo seu fim de semana, tanto quanto nossos elefantes do BLES. Trombas de TODOS nós
Uma de suas atividades favoritas juntos é passar muito tempo na água, seja para dar um golinho refrescante ou para espirrar água ao redor, por diversão.
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Aqui os dias estão ficando mais quentes, mas nossos Bleseles AMAM isso. Aceitam qualquer desculpa para ir brincar na água!!!!! Mee Chok, Lom (debaixo d’água) e Pang Tong estão jogando água uns nos outros, enquanto, não muito longe dali, em nosso lago, os bramidos de Wassana, Lotus e Pang Dow preenchem o ar. Alegria e liberdade – BLES mágico Woohoo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Apesar das dificuldades de seus passados ​​individuais, Meek Chok, Pang Tong e Lom se tornaram melhores.

Agora, tudo o que eles precisam esperar são dias mimados passados em paisagens exuberantes tailandesas e dias quentes gastos se refrescando em lagoas e rios, pelo resto de suas vidas felizes.
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Nunca nenhum é deixado de fora .... Mee Chok chega para um pouco de amor de tromba também!!! Os elefantes tiveram uma manhã fabulosa aqui no BLES hoje. Lom e Mee Chok estavam correndo por aí, bem cedo às 6h da manhã, mas rapidamente correram para esconder-se quando Wassana, Pang Dow e Lotus vieram rugindo e bramindo pelo caminho! 


Somai tomou um adorável e longo banho e, claro, mastigando grandes cachos de bananas durante todo o tempo! Boon Thong serviu-se de algumas bananas entregues pela manhã e então se escondeu na sombra das mangueiras. Pang Tong tomou um banho divertido e, em seguida, decidiu que estava pronta para sua caminhada matinal. Dias felizes repletos de elefantes felizes! Trombas de agradecimentos pelo o seu apoio bjs




Fonte: The Dodo


Comentário:

Embora aparentemente os santuarios forneçam aos animais um tratamento melhor do que os zoologicos e os circos, precisam tambem ser vigiados de perto.Sugiro, por exemplo,  seja feita uma vistoria no Santuario dos Grandes Primatas localizado no Brasil.

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