sexta-feira, 19 de agosto de 2016

II Workshop sobre Nutrição de Animais Selvagens da Sociedade do Zoologico de Brasilia

Os leões estão em extinção

Meio Ambiente

Estudo alerta para risco de extinção dos leões

Rei dos animais está ameaçado pela diminuição do seu habitat, pela caça ilegal e pelo comércio de partes do seu corpo. Segundo pesquisadores da Universidade de Oxford, a espécie só tem chance de sobreviver em reservas.
Sua aparência é forte, majestosa e exala elegância e serenidade. Em muitos países, como a China, leões de pedra ladeiam as entradas. Eles simbolizam o poder dos proprietários, afastando as más influências.


Para os leões de verdade, no entanto, as coisas andam ruins. É o que foi constatado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido.


O processo começou há muito tempo: durante a última era glacial, esses predadores foram morrendo aos poucos no continente americano, na Sibéria, na Europa e na Ásia Ocidental. As populações de leões asiáticos foram extintas somente no século passado – com exceção dos remanescentes no Parque Nacional da Floresta de Gir, na Índia.



População diminuiu drasticamente desde 1980
Os restantes 23 mil representantes da espécie que vivem na natureza – cujo habitat na África são principalmente as savanas subsaarianas – também estão ameaçados de extinção, advertem os cientistas, que compararam estudos dos últimos 25 anos relativos a 47 regiões africanas.
Explorados, empalhados: será este o futuro dos leões?
De acordo com a avaliação estatística, esse desenvolvimento é dramático principalmente na África Central, Oriental e Ocidental. Se nos últimos 35 anos o número de leões caiu pela metade, nos próximos 20 anos as populações deverão encolher novamente na mesma proporção. Pesquisadores da organização de proteção a grandes felinos Panthera chegaram a resultados semelhantes.


"Isso acontece porque o território é de grande importância para os grupos de leões", explica Arnulf Köhncke, especialista em preservação de espécies da organização de proteção ambiental WWF.
"Eles precisam de uma área de no mínimo cem quilômetros quadrados para a caça de zebras, búfalos e kudu [espécie de antílope]. Se fazendeiros utilizam a terra para a criação de gado, isso afasta as presas dos leões", explica Köhncke. Tem início então um círculo vicioso, pois os leões passam a matar gado e cabras – fontes de renda das pessoas. Elas então matam os leões por vingança – ou por se sentirem pessoalmente ameaçadas.



Köhncke argumenta ainda que a pressão dos agricultores por novas terras é prejudicial à estrutural social dos leões machos: "Os animais jovens são obrigados a migrar para estabelecer novos bandos. Mas, se os territórios ficam cada vez menores, eles não são mais capazes de fazer isso." Além da transformação do habitat natural, a caça ilegal e o comércio de partes do seu corpo para fins medicinais ameaçam a preservação do rei dos animais.



Doenças também enfraquecem as populações de leões, como a tuberculose provocada por bactérias ou a síndrome de imunodeficiência felina, causada pelo vírus FIV, semelhante ao HIV que ataca os humanos. Até hoje não há vacinas contra ambos os agentes patogênicos.
Mais do que apenas ameaçado


No entanto, na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), o leão é classificado "apenas" como ameaçado. Diante dos novos dados, Hans Bauer, da Universidade de Oxford, e seus colegas sugerem uma mudança de status, pois esses animais sofrem grande ameaça de extinção.
Apenas em áreas protegidas de países do sul da África, como Botsuana, Namíbia, África do Sul e Zimbábue, as populações dos felinos seriam crescentes, relata o grupo internacional de pesquisadores liderado por Bauer.



Os resultados do estudo apoiam as posições do WWF. Por esse motivo, a organização de proteção à natureza exige a abertura de novos corredores entre as zonas de proteção já existentes, para que os leões e outros grandes felinos possam se mover por uma área maior, explica Köhncke: "Não se pode negar que existam conflitos entre humanos e os leões. Tentamos ajudar a resolver essa situação."


Como exemplo, ele mencionou o projeto KaZa (sigla de Área Transfonteiriça de Conservação Ambiental Kavango-Zambeze), financiado pelo WWF. Trata-se da maior área transfronteiriça de conservação da natureza e da paisagem no sul da África.
Arnulf Köhncke: "Só em algumas áreas de proteção a população de leões não diminui"
Numa superfície de aproximadamente 520 mil quilômetros quadrados, ao longo de cinco países, vivem aproximadamente 4 mil leões. O WWF financia a construção e manutenção de cercas e porteiras para a proteção dos rebanhos de gado.


Detectores de movimento posicionados em frente a cercas são empregados para desencorajar os leões por meio do acionamento de uma luz de flash. Isso também poupa a vida dos predadores, já que eles não são mais ameaçados de ser mortos a tiros ou envenenados por fazendeiros e colonos.



Através dos corredores para animais selvagens, os felinos poderão se movimentar por toda a área de proteção da KaZa. O estímulo ao ecoturismo também faz parte do projeto, diz Köhncke: "Queremos mostrar que se pode ganhar mais dinheiro com leões vivos do que com mortos, e que as pessoas podem até mesmo se beneficiar dos animais."



Köhncke diz duvidar que, no futuro, leões só possam ser vistos em zoológicos e reservas naturais: "Ainda estamos muito longe disso. Mas vemos que a tendência dos números populacionais só não é decrescente em áreas de proteção intensamente administradas." Fora dessas zonas, os leões estão sofrendo de forma drástica, afirma o especialista. "Por esse motivo, saudamos qualquer estudo que confirme aquilo que estamos dizendo há muito tempo."

Derretimento de solo congelado expõe ameaça de vírus e bactérias

Casos recentes de antraz na Rússia revelam o perigo sanitário do degelo.
Camada do solo que descongelou contém vírus de milênios.


As mudanças climáticas farão ressurgir a varíola? Casos recentes de antraz no extremo norte da Rússia revelam o perigo sanitário do degelo do permafrost, a camada de solo permanentemente congelada que contém vírus nocivos, alguns há milênios.


Os efeitos do descongelamento do permafrost para os modos de vida e os ecossistemas não são um mistério para os cientistas.


Os habitantes da península de Yamal, 2.500 km ao nordeste de Moscou, sofreram na pele: uma criança morreu e outras 23 pessoas contraíram antraz em julho passado. Fazia 75 anos que a infecção tinha desaparecido da região.


Os cientistas consideram que o ressurgimento se deve provavelmente ao descongelamento de um cadáver de rena morta por antraz há décadas. Uma vez liberada, a bactéria mortal (um bacilo) infectou várias manadas de renas.


A preocupação agora é que este não tenha sido um incidente anormal e que outras doenças - algumas datando da Idade do Gelo - poderiam ser desencadeadas conforme o aquecimento global derrete partes geladas do norte da Rússia.


"O mais provável é que a fonte da epidemia tenha sido o descongelamento de locais de sepultamento de animais que morreram de antraz 70 anos atrás", disse Boris Kershengoltz, chefe de pesquisa do Instituto Russo de Problemas Biológicos da Zona do Permafrost.

"O processo pode se repetir? Claro que sim", advertiu Kerchengoltz em uma coletiva de imprensa recente.

A temperatura na Rússia aumenta em média 2,5 vezes mais rápido que no resto do mundo, e no Ártico a mudança é ainda mais veloz.


Vírus gigantes em mamutes

Em Yamal, península povoada principalmente por pecuaristas nômades e situada entre o mar de Kara e o golfo de Ob, no oceano Ártico, as temperaturas de julho foram oito graus mais altas do que o normal para esse mês, atingindo 35 graus Celsius.

"Estamos falando de um lugar acima do Círculo Polar Ártico", afirma Serguei Semenov, diretor do Instituto do Clima Global da Rússia. "É uma anomalia sem precedentes", acrescenta.

O antraz é uma doença infecciosa aguda transmitida por esporos da bactéria Bacillusanthracis, que existem naturalmente no solo e podem ser ingeridos por animais e passados para os seres humanos. Se não for tratada, a doença pode ser fatal.

Além do antraz, há uma série de outros perigos à espreita em covas rasas do Ártico, que podem ser liberados do gelo séculos depois, disse Viktor Maléyev, diretor adjunto do Instituto de Pesquisa Central de Epidemiologia da Rússia.

"Há restos de varíola" no extremo norte que remontam ao final do século XIX, e os pesquisadores descobriram "vírus gigantes" em cadáveres de mamutes, que estão sendo estudados, explicou Maléyev.

"Acredito que as mudanças climáticas vão trazer muitas surpresas", advertiu. "Não quero assustar ninguém, mas devemos estar preparados".

Segundo o especialista, a propagação recente dos casos de antraz poderia ter sido evitada se as renas tivessem sido vacinadas massivamente.

'Sinal de alarme'Dimitri Kobylkin, governador da região Yamalo-Nenetski, onde neste verão morreram mais de 2.000 renas, afirma que estes animais deixaram de ser vacinados há cerca de dez anos, talvez porque se acreditasse que o antraz tinha desaparecido havia muito tempo. "Um erro grave", reconheceu.

Segundo ele, a zona afetada mede 12.650 km2. O processo de desinfecção vai continuar até que as análises do solo deixem de dar positivo para antraz, afirmou o governador.

Mais de 1.500 pessoas foram vacinadas, e mais de 700 que correm risco estão recebendo tratamento com antibióticos, segundo as autoridades locais. Cerca de 270 tropas estão se encarregando de incinerar os restos dos animais infectados, disse Kobylkin.

Trata-se de uma mobilização sem precedentes na Rússia, "tanto em termos de escala quanto de complexidade", explicou o governador. "Nunca tínhamos previsto uma ameaça bacteriológica como esta", reconheceu.

Os cientistas lamentam que, em vez de investir em pesquisas sobre as mudanças climáticas, as autoridades façam cortes no orçamento para a ciência e só gastem para resolver situações de emergência.

Valéri Malinin, oceanógrafo do Instituto Hidrometeorológico da Rússia, lembra que em 2010 o governo lançou um programa de pesquisa sobre o clima devido à nuvem de fumaça que envolveu Moscou após incêndios de turfa, mas depois a iniciativa foi "efetivamente enterrada".

"Quando há fenômenos destrutivos, nós pensamos que seria bom se os tivéssemos prevenido, mas assim que os ímpetos se apagam, tudo é esquecido", disse Malinin. "Yamal é apenas um sinal de alarme. A natureza vai continuar nos desafiando", completou.

Fonte: G1

Flórida pede que 'artistas' parem de pintar tartarugas e pássaros vivos

quarta-feira, 17 de agosto de 2016


Autoridade de vida selvagem postou fotos de animais pintados nos EUA.
Eles alertaram que a prática é ilegal e também é cruel com os bichos.

 
Autoridades de vida selvagem do estado americano da Flórida pediu que os moradores parem de pintar os cascos de tartarugas vivas e também os pássaros da região.
 
A Comissão de Conservação de Vida Selvagem e Peixes da Flórida postou duas vezes em suas redes sociais pedindo que os "artistas" que estão pintando animais vivos na região para que parem com isso.
 
"Por favor, limitem-se a pintar em telas e não nos animais selvageos. Os íbis-brancos são protegidos na Flórida. Não apenas é ilegal pintá-los, como também é cruel", diz o post.
 
A entidade afirma que um pássaro encontrado pintado de amarelo foi levado a um santuário na cidade de Jupiter para ser recuperado.
 
Fonte: Ciclo Vivo

SP tem ônibus que emitem vapor de água no lugar de CO2

quarta-feira, 17 de agosto de 2016


A tecnologia utilizada de propulsão é totalmente livre de emissões de poluentes.

Passageiros que utilizam transporte público entre as regiões de Santo André e Diadema, em São Paulo, tem a oportunidade de contribuir para a redução da emissão de gases no meio ambiente.  Desde de março deste ano, o Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD) conta com dois novos ônibus movidos a hidrogênio.

Os ônibus, desenvolvidos com tecnologia brasileira, são resultado de um projeto em parceria entre o PNUD, o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A. (EMTU/SP), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e da Agência Brasileira de Inovação (FINEP).

Em junho de 2015, três ônibus foram entregues ao Estado de São Paulo e ativados para teste, mais recentemente, dois deles foram integrados à frota dos ônibus intermunicipais gerenciada pela EMTU/SP. Os trabalhos começaram pontualmente às 5h20 e às 5h40, ambos operando na Linha 287P Piraporinha a Santo André, em trajeto bastante demandado por usuários.

A tecnologia utilizada de propulsão é totalmente livre de emissões de poluentes. No lugar de dióxido de carbono e outras emissões dos carros comuns, somente vapor d’água é eliminado pelo escapamento dos ônibus.

Além de contribuir para mitigar a mudança global do clima, os novos ônibus também ajudam a impulsionar o uso de tecnologias limpas para transporte no país. “O desenvolvimento da tecnologia, em território nacional, de veículos movidos a hidrogênio ainda é um processo restrito a um grupo seleto de países. Isso deixa o Brasil em uma posição de destaque mundial na área”, ressalta a oficial de programa de Desenvolvimento Sustentável do PNUD, Rose Diegues.

Os dois ônibus reforçam a preocupação com o meio ambiente. Eles são decorados com pássaros representativos da fauna brasileira e recebem nomes de aves. Um deles é o Ararajuba, ave da região Amazônica que representará as regiões Norte e Nordeste, e outro o Sabiá Laranjeira, considerada por Decreto Presidencial como um dos quatro símbolos nacionais.

Fonte: Ciclo Vivo

Poluição do ar aumenta chances de infarto e insuficiência cardíaca

A poluição do ar mata anualmente 6,5 milhões de pessoas no mundo.

Além de causar problemas respiratórios, a poluição do ar ocasionada pela emissão de pequenas partículas a partir de usinas de energia, fábricas, veículos e da queima de carvão e madeira, pode gerar também danos graves à saúde do coração.

Segundo o cirurgião cardíaco do hospital Beneficência Portuguesa, Marcelo Sobral, os poluentes contidos no ar podem danificar os vasos sanguíneos, facilitando o acúmulo de gordura e  endurecimento dos vasos, além de alterar o ritmo cardíaco.  “Em dias de maior poluição do ar, os cardiopatas têm pelo menos quatro ou cinco vezes mais chance de sofrer um ataque cardíaco ou apresentar insuficiência cardíaca”, explica o especialista.

De acordo com a Agência Internacional de Energia, a poluição do ar mata anualmente 6,5 milhões de pessoas no mundo. O problema já é considerado a quarta principal ameaça ao bem-estar humano e a situação tende a piorar ainda mais até 2040. A Organização Mundial de Saúde julga aceitável o máximo de 50 microgramas de partículas por metro cúbico de ar por dia. No Brasil, o limite é de 150, ou seja, o triplo do que é indicado.

“Para evitar complicações à saúde, as pessoas devem tomar medidas preventivas, tais como: reduzir o esforço físico pesado ao ar livre, manter o corpo sempre hidratado, evitar vias de tráfego intenso, procurar ficar próximo a lugares arborizados, nunca queimar lixo e preferir transportes coletivos”, finaliza Sobral.

Em caso de dor ou aperto no peito, falta de ar, dormência súbita em braços, pernas ou em um dos lados do corpo, fraqueza, dor de cabeça sem causa aparente e desmaios, consulte imediatamente a opinião de um especialista.

Fonte: Ciclo Vivo

Conceitos de Educação Ambiental

, artigo de Antonio Silvio Hendges

Publicado em agosto 18, 2016 por



artigo

[EcoDebate] Desde os anos 70 do século passado quando as preocupações com o meio ambiente ganharam destaque nas agendas dos governos e empresas, diversas conferências e congressos internacionais, tratados, documentos legais e publicações estabeleceram conceitos sobre a educação ambiental, sempre na perspectiva da formação da cidadania e da capacitação de recursos humanos para a intervenção transformadora das relações da sociedade com o meio ambiente socialmente construído. Seguem-se alguns destes conceitos.


“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.


Política Nacional de Educação Ambiental – Lei nº 9795/1999, Artigo 1º.


“A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental”.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Artigo 2°.


“A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação”.


Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária – Chosica, Peru em 1976.


“A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida”.


Conferência Intergovernamental de Tbilisi, Geórgia em 1977.



“Consideramos que a educação ambiental para uma sustentabilidade equitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relações de interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidade individual e coletiva em níveis local, nacional e planetário”.


Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Documento da sociedade civil durante a RIO-92.


“A Educação Ambiental nasce como um processo educativo que conduz a um saber ambiental materializado nos valores éticos e nas regras políticas de convívio social e de mercado, que implica a questão distributiva entre benefícios e prejuízos da apropriação e do uso da natureza. Ela deve, portanto, ser direcionada para a cidadania ativa considerando seu sentido de pertencimento e co-responsabilidade que, por meio da ação coletiva e organizada, busca a compreensão e a superação das causas estruturais e conjunturais dos problemas ambientais.”


SORRENTINO et al, Educação ambiental como política pública, 2005.


“A Educação Ambiental, apoiada em uma teoria crítica que exponha com vigor as contradições que estão na raiz do modo de produção capitalista, deve incentivar a participação social na forma de uma ação política. Como tal, ela deve ser aberta ao diálogo e ao embate, visando à explicitação das contradições teórico-práticas subjacentes a projetos societários que estão permanentemente em disputa.”


TREIN, E. Salto para o Futuro, 2008.


“A Educação Ambiental deve proporcionar as condições para o desenvolvimento das capacidades necessárias; para que grupos sociais, em diferentes contextos socioambientais do país, intervenham, de modo qualificado tanto na gestão do uso dos recursos ambientais quanto na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do ambiente, seja físico-natural ou construído, ou seja, educação ambiental como instrumento de participação e controle social na gestão ambiental pública”.


QUINTAS, J. S., Salto para o Futuro, 2008.


“Um processo educativo eminentemente político, que visa ao desenvolvimento nos educandos de uma consciência crítica acerca das instituições, atores e fatores sociais geradores de riscos e respectivos conflitos socioambientais. Busca uma estratégia pedagógica do enfrentamento de tais conflitos a partir de meios coletivos de exercício da cidadania, pautados na criação de demandas por políticas públicas participativas conforme requer a gestão ambiental democrática.”


LAYRARGUES; P.P. Crise ambiental e suas implicações na educação, 2002.


“Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política.”


MOUSINHO, P. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.Rio de Janeiro: Sextante. 2003.


“Educação ambiental é uma perspectiva que se inscreve e se dinamiza na própria educação, formada nas relações estabelecidas entre as múltiplas tendências pedagógicas e do ambientalismo, que têm no “ambiente” e na “natureza” categorias centrais e identitárias.


Neste posicionamento, a adjetivação “ambiental” se justifica tão somente à medida que serve para destacar dimensões “esquecidas” historicamente pelo fazer educativo, no que se refere ao entendimento da vida e da natureza, e para revelar ou denunciar as dicotomias da modernidade capitalista e do paradigma analítico-linear, não dialético, que separa: atividade econômica, ou outra, da totalidade social; sociedade e natureza; mente e corpo; matéria e espírito, razão e emoção etc.”


LOUREIRO, C. F. B. Educação Ambiental Transformadora. In: Layrargues, P. P. (Coord.)  Identidades da Educação Ambiental Brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004.
Fonte das informações:


http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/tratado.pdf
Antonio Silvio Hendges, Articulista no EcoDebate, Professor de Biologia, Pós Graduação em Auditorias Ambientais, assessoria e consultoria em Educação Ambiental – www.cenatecbrasil.blogspot.com.br

in EcoDebate, 18/08/2016


"Conceitos de Educação Ambiental, artigo de Antonio Silvio Hendges," in Portal EcoDebate, ISSN 2446-9394, 18/08/2016, https://www.ecodebate.com.br/2016/08/18/conceitos-de-educacao-ambiental-artigo-de-antonio-silvio-hendges/.

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]