segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O passo a passo da reabilitação de um animal silvestre


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- EXAME - 04/11/2015
Divulgação/Associação Mata Ciliar
Onça-pintada: lidar com animais silvestres é um dos desafios que o país enfrenta
 
 
 
Na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, uma área de 30 hectares serve de lar transitório para animais silvestres, como onças, macacos e tucanos. Lá, está localizada a ONG Mata Ciliar, que recebe em média 1,9 mil animais por ano vítimas de maus tratos, choques, atropelamentos ou do tráfico.

Depois de chegar à instituição, os bichos passam por uma triagem e recebem o tratamento médico adequado até que tenham condições de voltar para a natureza. Dos que chegam, apenas 40%, em média, conseguem ser devolvidos ao seu habitat.

"É difícil mensurar a perda de um animal. No meio ambiente ele exerce um papel que interfere em toda a cadeia", diz Cristina Adania, médica veterinária e responsável pela instituição. "Nosso trabalho é tentar recuperá-los ou, caso isso não seja possível, garantir que ele tenha um fim de vida digno".

O trabalho na Mata Ciliar reflete um dos maiores desafios que o país enfrenta - o de lidar com os animais silvestres que são traficados ou com os 475 milhões que morrem anualmente nas estradas.

EXAME.com foi conhecer de perto o dia a dia da instituição e mostra quais são as etapas do tratamento dos bichos - da hora em que chegam até o momento em que voltam para casa.



Rita Azevedo/Exame.com


O lugar

A ong está localizada junto a Serra do Japi, em Jundiaí, e próxima das rodovias Anhanguera e Bandeirantes.Toda a área é dividida em ambientes que simulam o habitat natural dos animais.

No centro do terreno, fica a cozinha - onde são preparadas e fracionadas as refeições dos bichos -, um centro de triagem, onde é feita a documentação dos animais, e um consultório veterinário, local onde ocorre os primeiros atendimentos.

Mais ao fundo, está localizado o berçário, onde os filhotes ficam até ganhar porte suficiente para morar nos recintos.

Ao lado, há um centro cirúrgico. É lá que os veterinários fazem operações como a de Leôncio, uma onça parda de quatro anos diagnosticada com catarata em um dos olhos.
Além do centro de reabilitação, a área também abriga o Centro de Felinos, um criadouro científico onde são feitas pesquisas para a conservação das oito espécies de felinos do país.

Há sete anos, a instituição fez um dos primeiros procedimentos de inseminação artificial de jaguatiricas na América Latina. Na época, embriões congelados foram transferidos para o útero de oito fêmeas. Três filhotes nasceram e dois sobreviveram.



Rita Azevedo/Exame.com
Pica-pau: animais são vítimas de tráfico ou sofrem acidentes como choques elétricos ou atropelamentos


A chegada

Todos os dias, motoristas, vizinhos e policiais rodoviários entram na Mata Ciliar com uma caixa de papelão nas mãos. Nelas estão pássaros que quebraram o bico após bater em uma vidraça, ouriços atacados por cães, veados atropelados ou um macaco que tomou um choque após se aventurar em fios de alta tensão.

Acidentes em áreas urbanas são um dos principais motivos para a chegada de bichos na instituição.

China sugere que população coma menos carne; Clima agradece


MUNDO


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Vanessa Barbosa - EXAME.com - 15/06/2016
China Photos / Stringer
Venda na China: nível atual de consumo de carne tem impacto sobre a saúde da sociedade e do meio ambiente.

São Paulo - O governo chinês lançou um novo conjunto de orientações alimentares que, se seguidas, têm o potencial de reduzir consideravelmente o consumo global de carne naquele país e, segundo ambientalistas, gerar efeitos positivos para o meio ambiente.

O Ministério da Saúde chinês aconselha que os cidadãos limitem a ingestão mínima de carne a 40 gramas por dia, 10 gramas a menos que sugerido na edição anterior do guia alimentar, de 2007.

Os limites máximos não mudaram. Os dois guias recomendam consumo máximo de proteína animal de 75 gramas por dia. Ao todo, ambas as orientações sugerem limitar a ingestão de carne, aves, peixe, ovos e produtos lácteos a 200 gramas por dia. Atualmente, o consumo chinês desses propdutos está na casa de 300 gramas por dia, bem acima do recomendável.

As novas diretrizes foram desenvolvidas pela Sociedade de Nutrição chinesa com o objetivo de reduzir as taxas de obesidade entre os seus cidadãos. Mas além do benefício para a saúde, se as reduções ocorrerem de fato, o meio ambiente também vai lucrar.

Reduzir o consumo de proteína animal em 10 gramas pode não parecer muito, especialmente porque os limites máximos recomendados não mudaram, mas se todos os chineses (1,3 bilhão de pessoas) seguirem as orientações, seria possível alcançar uma redução de 1,5% das emissões globais de gases efeito estufa, vilões do aquecimento global, segundo estimativas da WildAid, instituição que protege animais silvestres ao redor do planeta.

Conforme destaca o jornal americano Washington Post, a agropecuária é um dos principais contribuintes para as emissões globais de gases de efeito estufa - principalmente na forma de metano e óxido nitroso. O jornal americano também destaca que a criação de gado, em particular, é conhecido por ser um dos principais contribuintes para o desmatamento, o que também eleva as emissões globais de carbono.

Recentemente, dois estudos - um do thinkthank britânico Chatham House e outro publicado na PNAS, a publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos - sugeriram que o nível atual de consumo de carne não é sustentável devido ao seu enorme impacto sobre a saúde da sociedade e do meio ambiente.

No mês passado, o Conselho de Ética da Dinamarca recomendou ao governo a criação de um imposto sobre o consumo da carne devido a sua grande pegada de carbono. Segundo o grupo, sem diminuir o consumo de carne, seria impossível atingir a meta do acordo climático de Paris, que busca limitar em 2ºC o aumento da temperatura global até 2100, a fim de se evitar os piores efeitos das mundanças climáticas.

Florestas da Índia valem US$1,7 tri - mais que PIB do Canadá


economia

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Vanessa Barbosa - EXAME.com - 22/08/2016
Kaustav Das Modak/CC

As florestas ocupam 22% do território da Índia. É pouco, mas vale muito: nada menos do que US$ 1,7 trilhões, quase o PIB do próprio país, e mais que o do Canadá. A estimativa vem de um relatório produzido por uma painel de cientistas do Instituto Indiano de Pesquisa e Gestão Florestal da Índia.

Em 2013, a pedido do governo indiano, eles calcularam o Valor Presente Líquido (VPL) das florestas indianas para uma situação hipotética em que toda a cobertura vegetal fosse convertida para atividades econômicas.

Como nossas sociedades têm dificuldade de enxergar valor em coisas que não circulam dentro do tradicional sistema de preços - quanto custam as árvores, as águas de um manacial ou até mesmo o ar que se respira? - a valoração ambiental tem atraído atenção de governos, que buscam de alguma forma legitimar a importância da preservação dos ecossistemas naturais.


No caso indiano, a legislação determina que quando terrenos florestais são convertidos para uso industrial, o desenvolvedor do projeto tem que pagar uma quantia determinada para a arborização compensatória e o Valor Presente Líquido (VPL) da floresta, para compensar a perda de ecossistema.


Neste mês, o ministro de Meio Ambiente daquele país aprovou o relatório apresentado em 2013, que a partir de agora servirá de base para calcular o valor de compensação florestal por áreas que vierem a ser desmatadas. As taxas de cobrança foram fixadas em 2008, mas a nova revisão de valores deve duplicar essas taxas, segundo o Hindu Times.


O desmatamento, seja ele legal ou ilegal, é um ciclo vicioso. Na Índia, a perda de cobertura florestal está associada, principalmente, à agricultura, exploração de madeira, mineração e construção indiscriminada de projetos hidroelétricos. Para agravar, o país ainda tem uma população em crescimento constante e uma urbanização desordenada, o que aumenta a pressão sobre as áreas verdes.


O saldo da perda de floresta é sempre desastroso, e inclui erosão do solo, secas e enchentes extremas. Um estudo recente do Indian Institute of Science de Bangalore estimou que o desmatamento em grande escala poderia, até mesmo, mudar a direção das chuvas de monção para o sul do país, o que reduziria a precipitação na Índia em quase um quinto, segundo os cientistas.


Na prática, com a aplicação das novas taxas pelo Ministério do Meio Ambiente, a Índia vai aumentar a sua arrecadação junto aos industriais e talvez frear novas investidas do setor sobre as áreas florestadas remanescentes.



Apesar das aparentes boas intenções da nova abordagem, as autoridades deixaram de fora cerca de 400 milhões de pessoas que dependem direta ou indiretamente dos recursos florestais para sua sobrevivência.

Ao contrário do que propunha o relatório do Instituto Indiano de Gestão Florestal e Pesquisa Florestal da Índia, as comunidades florestais não serão contempladas pelo fundo de compensação por desmatamento. Então quando uma floresta for desmatada para fins econômicos, as comunidades tradicionais afetadas não serão compensadas e tampouco participarão do processo de decisão inicial.

Historicamente, a Índia herdou uma infraestrutura de governança florestal colonial que trata as florestas como propriedade do Estado. Essa situação gerou nos últimos anos uma grande mobilização nacional exigindo direitos locais sobre as florestas e culminou em 2006 com a criação da Lei de Direitos Florestais.

Mas as autoridades indianas ainda falham em reconhecer os direitos coletivos territoriais dos grupos tribais. A falta de direitos legalmente reconhecidos deixa as comunidades vulneráveis à perda de suas terras, o que, por tabela, também reduz a proteção das florestas, um problema que extrapola as fronteiras indianas.

Globalmente, existem pelo menos 513 milhões de hectares de florestas comunitárias, reconhecidas legalmente. Estudos mostram que esses terrenos, mantidos coletivamente por populações rurais ou indígenas, revelam-se aliados na luta pela preservação ambiental e no combate às mudanças climáticas.

Nesse sentido, fortalecer os direitos das comunidades florestais e expandir suas áreas é uma oportunidade para os governos cumprirem suas metas climáticas ao mesmo tempo em que protegem o meio ambiente.

A poluição que ninguém vê



planeta verde

Hormônios, nanomateriais e remédios poluem a água. O problema é que ainda não se sabe ao certo como lidar com eles

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Priscila Jordão - Revista Info Exame – 05/2010


Quando passamos ao lado de um rio poluído, o mau cheiro denuncia a péssima qualidade da água. A cor escura ou a presença de espuma também apontam que algo vai mal. Mas o que fazer quando a poluição não pode ser vista com facilidade? A água parece limpa, mas está contaminada por um tipo de poluente praticamente invisível, difícil de detectar, não legislado no Brasil e com efeitos em grande parte desconhecidos.



Essa é a nova preocupação dos cientistas que estudam os agentes poluidores da água e, consequentemente, seus efeitos sobre a vida. As substâncias se reúnem sob o nome de contaminantes emergentes e estão presentes em bens de consumo da vida moderna, como protetores solares, remédios, materiais para retardar chamas, pesticidas e nanomateriais.


“Ainda há poucos estudos na área, mas devido às aglomerações urbanas e ao saneamento precário, que aumentam a concentração dessas substâncias, elas podem trazer riscos ao ambiente e à saúde”, diz Wilson Jardim,pesquisador do Laboratório de Química Ambientalda Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente, são conhecidos cerca de três milhões de compostos sintéticos - número que aumenta entre 5% e 10% todos os anos.


Em média, 200 toneladas deles são produzidas nesse período, sendo que entre 20% e 30% podem contaminar a água e atingir os animais e o homem.



Hormônios também poluem
Alguns dos compostos emergentes mais estudados são os hormônios. Por fazer parte da nossa vida, parecem inofensivos. Mas o crescimento das metrópoles e o despejo de esgoto nos rios aumentaram sua concentração na água que usamos. O fenômeno é causado tanto por hormônios naturalmente excretados pelas mulheres, quanto por substâncias presentes em plásticos, agrotóxicos e pílulas anticoncepcionais.


 “Todas elas têm ação estrogênica e mesmo quando não são hormônios reais, agem no corpo de forma parecida”, diz Mércia Barcellos da Costa, bióloga da Universidade Federal do Espírito Santo. Segundo a pesquisadora, um desses compostos, o tributilestanho (TBT), provoca mudança de sexo de algumas espécies de animais. Ele é usado para revestir cascos de navios e evitar a incrustação por algas, mexilhões, cracas etc. Ainda há muita controvérsia sobre os efeitos da exposição prolongada em humanos.



Suspeita-se que o contato com a água com excesso de hormônios esteja antecipando a menstruação das meninas. Ela também poderia deixar os homens mais femininos e até causar câncer. Por enquanto, nenhuma dessas hipóteses foi confirmada. Estudos internacionais nas áreas de biologia e química constataram modificações anatômicas sérias em animais que vivem em regiões com água contaminada. No mundo, cetáceos como golfinhos e baleias estão contaminados e foram descritas mutações em moluscos e crustáceos.


“São modificações que podem comprometer a reprodução de uma espécie e causar até mesmo sua extinção”, diz Mércia. Ela verifi cou o desaparecimento de populações inteiras de moluscos no litoral capixaba. Bruno Sant’Anna, biólogo da Universidade Estadual Paulista (Unesp), também se deparou com alterações nos caranguejos ermitões de São Vicente, no litoral do estado de São Paulo.


”Comecei a investigar e percebi que as fêmeas da espécie estavam se masculinizando. Isso acontece em 2% a 8% das populações dos ermitões”, afirma. Não por acaso, as regiões mais afetadas são próximas a portos, já que os navios carregam a substância, que é considerada tóxica e se acumula nos organismos por longos períodos.

Cerrado, o ‘primo pobre’ pede socorro

sexta-feira, 19 de agosto de 2016


São graves as perdas no Cerrado de águas ali nascidas e na área da diversidade biológica.

Há sinais extremamente preocupantes no horizonte – e não se trata de forma simbólica de expressão.


O panorama visível no País até a olho nu mostra com extrema clareza o aumento das queimadas, que somadas a outros fatores de devastação apontam para perdas alarmantes. E principalmente naquele considerado ao longo do tempo o “primo pobre dos biomas brasileiros”, o Cerrado. Como se se tratasse de um bioma imenso, mais de 2 milhões de quilômetros quadrados, mas coberto por campos sem fertilidade e sem valor.



Este jornal tem mostrado (3/8), com base em informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que os focos de incêndio no País, desde o começo do ano até fins de julho, cresceram 57% comparados com igual período de 2015 – foram 40.765 (28/7). E poderão chegar a um aumento de 80%, com uma situação de extrema gravidade também na Amazônia. No mês de julho as queimadas no Estado de São Paulo (687) aumentaram 361%, comparadas com julho de 2015. São os maiores números de uma série histórica que começa em 1998. Desde o começo do ano foram 1.702.



O Ministério do Meio Ambiente dizia desde o ano passado (Estado, 26/11/15) que “o desmatamento já atinge metade do Cerrado”, mais exatamente 54,6%. Num dos Estados mais atingidos, Goiás, os incêndios, que foram 172 em 1998, chegaram a 1.374 em 17 de julho deste ano. Lá “só sobraram 34,5% do Cerrado (em São Paulo, 9,8%; no Piauí 83,1%)”. Da Mata Atlântica, em Goiás, restaram 2,7% , ou 290 km2, de acordo com o IBGE (O Popular, 20/6/15).



As perdas no Cerrado têm um dos efeitos mais graves na redução das águas ali nascidas e que correm para as principais bacias hidrográficas brasileiras: Araguaia-Tocantins, Paraná e São Francisco. Essas águas podem reduzir-se em até 40%, afetando também a produção das hidrelétricas. Tão graves quanto são as perdas na área da diversidade biológica. O bioma (ECO21, maio de 2016) “é uma das mais ricas regiões de savana tropical do mundo e abriga comunidades biológicas altamente diversas, com muitas espécies únicas e variedades”.



Parte delas, endêmicas. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), 1.629 espécies terrestres e de água doce estão ameaçadas – entre elas, peixes e plantas raros. Mas também pesam ameaças sobre a pecuária, a agricultura e a produção de biocombustíveis.



Começam a ser cada vez mais frequentes os estudos científicos sobre a importância do Cerrado. Stephanie Spera, da Brown University, por exemplo (Eco-Finanças, 18/4), mostrou num deles o impacto da devastação no Cerrado no ciclo de chuvas – e os efeitos na área da agricultura. O bioma é um hotspot da biodiversidade, com mais de 4 mil espécies endêmicas. E “a vegetação do Cerrado recicla água para a atmosfera, que é essencial também para a sustentabilidade da Amazônia”.



Outro cientista, Paulo Tarso Sanches Oliveira, doutor em Engenharia Hidráulica e Saneamento, autor da tese Water balance and soil erosion in the brazilian Cerrado, afirma que a substituição da vegetação nativa do Cerrado por áreas destinadas à produção agrícola tem causado intensas mudanças nos processos hidrológicos e acelerado a erosão do solos. Essas mudanças são “fundamentais na tomada de decisão de uso e manejo do solo da região”.



Segundo ele, o desmatamento no Cerrado está ocorrendo “mais rapidamente” que na Floresta Amazônica – e com isso pode até “desaparecer nos próximos anos”. E “a substituição do Cerrado para o uso agrícola tem o potencial de intensificar a erosão do solo de 10 a 100 vezes”. Pode haver “alterações no balanço hídrico, intensificação dos processos erosivos, perda da biodiversidade, desequilíbrios no ciclo do carbono, poluição hídrica, mudanças no regime de queimadas e alteração do clima regional” (amazonia.org, 2/3/2015).



Outro estudo relevante é o Perfil do Ecossistema Hotspot da Biodiversidade do Cerrado (don@cerrado.org.br), coordenado por Donald Sawyer e do qual participaram mais de cem instituições.  



A região é uma das maiores e biologicamente mais ricas entre as de savana tropical do mundo; abriga comunidades biológicas “altamente diversas”; muitas espécies e variedades únicas. É vital para o abastecimento de água e geração de energia no Brasil; para o controle da erosão e para a redução no País da emissão de gases de efeito estufa.



O desenvolvimento de um perfil do ecossistema, diz o sumário executivo, relaciona 1.629 espécies terrestres e de água doce classificadas pela UICN como globalmente ameaçadas, bem como peixes e espécies de plantas raros. E a melhor forma de conservação para muitas espécies é a proteção de “áreas adequadas de hábitat apropriado”. No Brasil, 761 áreas-chave foram identificadas.


O bioma tem 43 milhões de habitantes em áreas urbanas, mas cerca de 12,5 milhões ainda dependem de terras agrícolas, ecossistemas naturais e zonas úmidas. As mudanças são aceleradas e acentuadas com o processo de ocupação da fronteira agrícola “no coração do Cerrado”, após a construção de Brasília.


O estudo entende que “as principais ameaças” ao bioma no presente e no futuro próximo são a pecuária, as culturas anuais (principalmente soja, milho e algodão), biocombustíveis (cana-de-açúcar), carvão vegetal, fogo e “silvicultura de monoespécies”, junto com erosão, espécies invasoras, culturas permanentes, suínos, transporte e aquecimento (local e global). Tudo isso leva um desmatamento anual de 6 mil km2 e já produziu a perda de 50% da cobertura natural.


Não faltam, portanto, informações científicas respeitáveis. Mas faltam políticas nacionais, regionais e locais adequadas que permitam a sobrevivência de um hotspot de biodiversidade – garantia de futuro. Que precisam ser formuladas e executadas sem perda de tempo.


(O Estado de S. Paulo/ #Envolverde)


* Washington Novaes é jornalista (e-mail: wlrnovaes@uol.com.br).


Fonte: Envolverde

MS: Fazendeiros são presos por envolvimento em ataque a indígenas em Caarapó


Publicado em agosto 19, 2016 por


Vítima do ataque. Foto: CIMI
Vítima do ataque. Foto: CIMI

Mandados de prisão preventiva foram cumpridos na manhã de ontem (18) pela Polícia Federal
O Ministério Público Federal (MPF), por meio da força-tarefa Avá Guarani, obteve a prisão preventiva de proprietários rurais envolvidos na retirada violenta de indígenas da Fazendo Yvu, em Caarapó (MS). O ataque aconteceu em junho deste ano e resultou na morte de um índio e na lesão de outros nove por arma de fogo.

Os mandados foram cumpridos na manhã hoje, 18 de agosto, por agentes da Polícia Federal (PF) em Dourados, Campo Grande, Caarapó e Laguna Caarapã, que também realizaram buscas e apreensões. De acordo com as investigações, os fazendeiros teriam envolvimento direto com o ataque e podem incorrer nos crimes de formação de milícia privada, homicídio, lesão corporal, constrangimento ilegal e dano qualificado.

Segundo o MPF, a decretação das prisões preventivas visa à garantia da ordem pública e objetiva evitar novos casos de violência às comunidades indígenas da região – que já sofreram novo ataque, em 11 de julho, quando outros três índios foram feridos, dois deles, adolescentes.

Demora injustificada – As investigações da força-tarefa Avá Guarani iniciaram logo após a morte de Clodioude Aquileu Rodrigues de Souza, alvejado por dois disparos de arma de fogo, um no abdômen e outro no peito. Em 5 de julho, a Justiça Federal de Dourados deferiu requerimento do MPF e expediu os mandados de prisão, que, por mais de 40 dias, aguardaram o cumprimento pela Polícia Federal.

Para os integrantes da força-tarefa Avá Guarani, a demora na execução da determinação judicial é reflexo da falta de priorização da questão indígena pelo Executivo em todo o país. “Apesar da morte de um índio e da lesão de outros nove, foi necessário aguardar 44 dias para que os responsáveis pela violência fossem presos. Se não houvesse essa demora injustificada, ao menos seria possível evitar o segundo ataque à comunidade, que feriu três indígenas”.

Relembre o caso – No dia 12 de junho, índios da comunidade Tey Kuê, da etnia Guarani-Kaiowá, ocuparam a Fazenda Yvu, em Caarapó (MS) – que incide sobre a Terra Indígena Dourados Amambaipeguá. No dia seguinte, agentes da Polícia Federal foram notificados da ocupação por fazendeiros que os levaram até o local. Os policiais não encontraram reféns e foram informados pelos indígenas de que o proprietário poderia, em 24h, retirar o gado e seus pertences do local. Sem mandado de reintegração de posse, os PFs retornaram a Dourados.

Frustrados da expectativa de que os policiais retirariam os índios do local, os proprietários rurais que foram presos hoje e mais 200 ou 300 pessoas ainda não identificadas, munidas de armas de fogo e rojões, se organizaram para expulsar os índios à força do local em 14 de junho. De acordo com testemunhas, foram mais de 40 caminhonetes que cercaram os índios, com auxílio de uma pá carregadeira, e começaram a disparar em direção à comunidade.

De um grupo de 40 a 50 índios, oito ficaram feridos e um veio a óbito. Dos indígenas lesionados, um deles continua internado.

Do MPF, in EcoDebate, 19/08/2016

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Lei estadual que privatiza parques em São Paulo ameaça meio ambiente e populações tradicionais, alerta MP


Publicado em agosto 19, 2016 por


Assunto foi debatido em reunião com representantes de comunidades tradicionais, indígenas e o Instituto Socioambiental

A promulgação da Lei 12.260/2016, que autoriza a concessão de 25 parques estaduais de São Paulo à iniciativa privada, preocupa comunidades tradicionais e populações indígenas que vivem nos locais. Atualmente, já foram identificados pelo menos quatro grupos da etnia Guarani e diversas comunidades quilombolas, extrativistas e caiçaras cujos territórios incidem sobre as áreas dos parques ou seus entornos.

Para debater o assunto e buscar soluções que garantam o direito desses povos, as Câmaras de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural e de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF se reuniram nessa terça-feira, 16 de agosto, com representantes de comunidades tradicionais, indígenas e o Instituto Socioambiental (Isa).

O que se espera é que a privatização dos parques não inviabilize o modo de vida das comunidades, já que a lei não específica qual seria a destinação do uso dos parques. “A concessão é geral, irrestrita e abre precedentes para que o mesmo ocorra em outras partes do país. Nossa preocupação é com a questão do impacto ambiental e do impacto sobre os povos e comunidades tradicionais”, alerta o diretor do Isa, Maurício Guetta.

A lei autoriza prazo de concessão dos parques estaduais por até 30 anos para “a exploração dos serviços ou o uso de áreas inerentes ao ecoturismo e à exploração comercial madeireira ou de subprodutos florestais”. O líder indígena Davi Guarani teme que as comunidades sejam retiradas dos parques. “Os Guarani têm relação direta com a Mata Atlântica. A gente vive daquela mata, tiramos ervas, cascas para fazer cerimônias e rituais. Além disso, não fomos consultados sobre a concessão”, afirmou.

A convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, assinada pelo Brasil, prevê que comunidades indígenas e povos tribais sejam consultados quanto a empreendimentos que os impactem.

Segundo a procuradora regional da República Maria Luiza Grabner, que acompanha o caso, a falta de consulta e diálogo com as comunidades é grave falha do projeto. “A lei já é um fator de desestabilização muito grande para esses povos, que vivem em área de dupla afetação (Unidades de Conservação em convergência com comunidades tradicionais), e agora vem como um rolo compressor”, explica.

O coordenador da 6ª Câmara, subprocurador-geral da República Luciano Mariz, informou que as autoridades competentes do Estado de São Paulo serão procuradas e alertadas quanto a aspectos relacionados à inconstitucionalidade da lei e à necessidade de garantia de direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais, especialmente porque está aberta a discussão da regulamentação da lei.

Fonte: Procuradoria-Geral da República

in EcoDebate, 19/08/2016

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Estilo de vida brasileiro aumenta casos de diabetes no país


Publicado em agosto 19, 2016 por


saúde

Especialista alerta para a importância de cuidar dos hábitos alimentares e evitar complicações do diabetes.

O diabetes mellitus, também chamado de diabetes, é um grupo de distúrbios metabólicos. Esses distúrbios são caracterizados por hiperglicemia, resultantes de efeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas. Segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 16 milhões de brasileiros sofrem com diabetes. Aqui no Brasil a doença é responsável por 72 mil mortes, aproximadamente.

O agravante da doença se deve, principalmente, ao estilo de vida que as pessoas levam hoje, que geram mais estresse e alimentação repleta de alimentos industrializados.  Por isso, conscientizar-se sobre hábitos alimentares é muito importante para quem tem a doença.

Patrícia Cruz, nutricionista comportamental com ênfase em tratamento de diabetes mellitus, alerta para a epidemia de diabetes.” – adverte a especialista. Por isso, a necessidade do conhecimento da doença e como a alimentação influência nesse processo.

Segundo Patrícia Cruz, os tipos mais conhecidos são o diabetes mellitus tipo 1 e do tipo 2. No primeiro caso, ocorre uma completa deficiência na produção de insulina pelo pâncreas. Já no diabetes mellitus tipo 2, há um defeito na secreção ou ação da insulina.

Além desses dois tipos, há o diabetes gestacional que ocorre durante a gestação e outros tipos específicos, conforme a classificação pela OMS.  Há ainda o pré-diabetes, que se caracteriza pela glicemia de jejum alterada e a tolerância à glicose diminuída, isto é, fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes mellitus.

A obesidade é fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. Portanto, uma alimentação equilibrada somada a prática de atividade física podem prevenir o surgimento da doença, pois, nesse caso, uma dieta rica em gordura e açúcares leva à obesidade, que é fator de risco para o diabete. Quando se trata do diabetes tipo 1, que é uma doença auto-imune de causa genética, a alimentação vai evitar apenas as complicações da doença.

Infelizmente não há cura para o diabetes. Por isso, a especialista reforça a importância do cuidado com o habito alimentar. ” – explica Patrícia.

Não há alimentos que previnem a doença, mas existem alimentos que a controlam. Osportadores de diabetes devem excluir o açúcar e incluir carboidratos complexos, ricos em fibras.,alerta a especialista.

Por isso, dietas ricas em fibras (verduras, legumes, frutas, arroz integral, granola, leguminosas);carboidratos simples (batata, pães brancos, macarrão branco);adequada em proteínas (carne vermelha, queijos, leite, frango, peixe) e lipídios (queijos amarelos, óleos, manteiga) auxiliam nas taxas de açúcar, com os hipoglicimiantes orais e/ou insulina.

No caso das crianças, segundo Patrícia, o indicado é a terapia de contagem de carboidratos, que é recomendada pela . Essa é uma ferramenta segura e que permite fazer o controle das taxas glicêmicas de forma eficiente.

in EcoDebate, 19/08/2016

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Justiça de Minas Gerais determina suspensão das licenças ambientais da Samarco


Publicado em agosto 22, 2016 por


Rompimento da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, devastou o distrito de Bento Rodrigues, em 5 de novembro. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Rompimento da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, devastou o distrito de Bento Rodrigues, em 5 de novembro. Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Uma decisão judicial proferida, nesta quinta-feira, 18 de agosto, determinou a suspensão de validade de todas as licenças ambientais da empresa Samarco Mineração, em atenção a um dos pedidos constantes em ação ajuizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A determinação é do juiz Michel Curi e Silva, da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte.


Na ação, os promotores de Justiça destacaram a ausência de medidas concretas adotadas pela empresa a fim de garantir a segurança das estruturas remanescentes, bem como para a contenção do carreamento de rejeitos que ainda impactam os cursos d’água atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro do ano passado.


A decisão judicial ressaltou que as licenças ambientais expedidas pelo órgão estadual mostraram-se ineficazes para garantir a segurança do empreendimento, responsável pelo maior desastre ambiental da história brasileira, o que tornaria temerária a retomada de atividades da Samarco com base nos mesmos pressupostos ambientais.


O magistrado reconhece a importância dessa retomada não apenas para os trabalhadores da empresa, mas para a comunidade regional e a economia do Estado, mas afirma que tais argumentos não podem se sobrepor à garantia de segurança do empreendimento. “O certo é que as licenças ambientais concedidas ao Complexo Minerário de Germano pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, antes do desastre, mormente em face de sua magnitude, a toda evidência, não podem prevalecer diante da nova realidade que se verificou após o nefasto e mortífero rompimento da barragem e da já constatada ineficácia de tais licenças”, diz a decisão.


Segundo os promotores de Justiça integrantes da força tarefa do MPMG que atua no caso, “é essencial que a Samarco realize um novo licenciamento ambiental integral para todas as estruturas que irão compor o novo empreendimento que ela visa operar. Não se pode admitir retomada de atividades minerárias em condições de insegurança à sociedade ou de incerteza quanto aos impactos ambientais, impactos esses que continuam sendo gerados ante a inércia da empresa”.


Acesse aqui a íntegra da decisão judicial.

Fonte: Ministério Público de Minas Gerais 

in EcoDebate, 22/08/2016

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A indústria petrolífera e a morte dos recifes de corais em todo o mundo


Publicado em agosto 22, 2016 por


A indústria petrolífera e a morte dos recifes de corais em todo o mundo
Foto: 350.org

Mergulhadores de comunidades costeiras do mundo todo colocaram uma fita que levava escrito “cena do crime” em volta de diversos recifes de corais mortos. Isso foi feito durante vários mergulhos para mostrar os danos catastróficos causados a esse importante ecossistema marinho.

Eles alegam que a indústria dos combustíveis fósseis é a culpada por essa perda. Uma série de fotografias tiradas embaixo d’água nas Ilhas Marshall, Samoa, Fiji, Andamão, na Flórida e na Grande Barreira de Corais da Austrália foi publicada hoje, com o intuito de chamar a atenção para os impactos causados pela maior descoloração massiva de corais da história. Essa é uma das consequências do comportamento negligente da Exxon e de empresas de combustíveis fósseis que tentam impedir o movimento global pelo clima.


“A morte rápida de tantos corais no mundo todo este ano é uma tragédia para as pessoas que dependem desses ecossistemas. O mais repugnante é o fato de que tudo isso poderia ter sido evitado se a Exxon e outras empresas da mesma laia tivessem falado a verdade sobre as mudanças climáticas quando as descobriram. Não é exagero dizer que elas mataram os recifes; é uma questão de física e biologia”, afirmou Bill McKibben, consultor sênior e cofundador da 350.org.


Uma pesquisa recente confirma que a temperatura do mar acima da média causa essa descoloração em 38 países, como resultado das mudanças climáticas causadas pela ação humana no mundo todo, e não pela poluição local, como foi alegado anteriormente. Além disso, ficou comprovado que a indústria dos combustíveis fósseis é a principal culpada por esses impactos.


Desde o século passado, empresas como a Exxon decidiram ignorar os alertas de seus próprios cientistas e investir recursos para enganar o público ao financiar grupos que negam a existência das mudanças climáticas, votar contra resoluções de acionistas relativas a esse tema e obstruir a ação climática.


Os recifes de corais coloridos e brilhantes, cheios de vida, tornaram-se brancos, depois marrom escuros, até morrerem e serem cobertos por algas. Em lugares como a Grande Barreira de Corais, na Austrália, até 50% dos recifes antes saudáveis descoloriram e morreram.


Na América do Norte, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) prevê que Guam, a Comunidade das Ilhas Marianas Setentrionais, a Micronésia Oriental e a Ilha de Hainan (China) possam sofrer a pior descoloração nos próximos meses. Também haverá descoloração no Havaí e em vários pontos do Caribe.


Esse fenômeno teve início em 2014 com uma descoloração que se estendeu do oeste do Pacífico até a Flórida. Em 2015, espalhou-se pelo mundo todo, principalmente em decorrência do impacto do aquecimento global, pois a maior parte da descoloração ocorreu antes do El Niño de 2015/2016. Os recifes abrigam aproximadamente 25% das espécies marinhas. Portanto, uma descoloração massiva de corais coloca em risco o meio de subsistência de 500 milhões de pessoas, além de bens e serviços no valor de US$ 375 bilhões a cada ano.


A Exxon é um exemplo de como as empresas de combustíveis fósseis ganham centenas de bilhões enquanto destroem alguns dos lugares com maior biodiversidade da Terra, financiando uma ampla rede que nega a existência das mudanças climáticas.


Recentemente, a Exxon adquiriu na América Latina dois blocos para a exploração de petróleo e gás de xisto: na Bacia do Ceará e na Bacia Potiguar, no Brasil. A empresa também planeja investir mais de US$ 10 bilhões nas próximas décadas em Vaca Muerta, um dos maiores depósitos de gás de xisto do mundo, localizado na Patagônia argentina.


A atração pelo “ouro negro” estimulou grandes investimentos em Vaca Muerta, que apresentou um crescimento populacional considerável: de três mil habitantes para seis mil habitantes em menos de dois anos. A população enfrenta um conflito entre uma economia de subsistência e a atividade extrativista em um território dominado pelo setor de hidrocarboneto, onde prevalece a violação dos direitos humanos. Por sua vez, as bacias brasileiras abrigam ecossistemas que possuem um papel fundamental na preservação de espécies, como o peixe-boi.

“A resistência contra o fracking tem crescido progressivamente na América Latina. Um número cada vez maior de pessoas criou consciência sobre as sérias ameaças que essa atividade representa para o meio ambiente, a água, o ar e a saúde das comunidades locais. Continuaremos informando os cidadãos e empoderando-os para que pressionem as autoridades a impedir que a destruição dos recursos terrestres e marinhos dos quais as pessoas dependem continue. Ao mesmo tempo, esperamos que as empresas façam a sua parte e parem de investir em energias do século passado”, defende Nicole Figueiredo de Oliveira, diretora da 350.org Brasil e América Latina.

Fonte: 350.org Brasil

in EcoDebate, 22/08/2016

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