terça-feira, 6 de setembro de 2016

5 ª Cãominhada Solidária.


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Cãominhada estimula doação de ração a grupos de proteção​

Animais de estimação também marcarão presença na #ViradadoCerrado com a realização da 5ª Cãominhada SolidáriaSerá dia 11 de setembro, de 9 às 16h, no Parque da Cidade, com concentração no estacionamento 11.

 
A programação vai estimular os tutores de cães a cuidar do bem-estar do seu animal, ter noção da guarda responsável e de como proteger o meio ambiente. Isso, além de apoiar projetos de auxílio a cães e gatos vítimas de maus-tratos e de abandono no Distrito Federal para que eles sejam encaminhados para adoção.


Além da atividade, haverá também estandes dos grupos de proteção animal: Projeto Linda, Projeto Adoção São Francisco, Quintal dos Bichos, Felinos e Projeto Cão Guia de Cegos, exposições e muitas atividades para os pets. Para participar da Cãominhada o tutor deve doar, no mínimo, 1kg de ração para cães ou gatos no dia do evento.


Você pode ajudar também adquirindo antecipadamente um kit solidário por R$ 25, que contém uma bandana do evento para o cão, protetor solar para pets, bebedouro portátil e um calendário. O valor arrecadado será revertido na campanha de Castração Solidária.


Quem não tem animal de estimação, ou não puder participar da Cãominhada, pode entregar a doação de ração no estande do Grupo Cãominhada, no estacionamento 10, onde estarão concentrados os eventos da Virada do Cerrado o dia inteiro.

🐕🐕🐕 Vem pra Virada! 
http://www.sema.df.gov.br/
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Reflorestamentos que produzem alimentos

Projeto tem finalidade de apoiar a diversificação dos cultivos graças à árvore de moju (Brosimumalicastrum), espécie nativa de Petén, bem como proporcionar assessoria técnica no cultivo, na colheita e no consumo da mesma.




Cidade da Guatemala, Guatemala, 25/8/2016 – A incerteza de embarcar em práticas totalmente desconhecidas é um risco que quase ninguém na área rural guatemalteca está disposto a assumir. As atividades agrícolas realizadas nas diferentes comunidades costumam utilizar as mesmas técnicas, e plantar os mesmos cultivos, que os avós. Mas essa tradição não necessariamente se traduz em benefícios para as gerações seguintes.



No sul do departamento de Petén, nas comunidades de San Luis, formadas por 40 a 50 famílias, a maioria se dedica ao plantio de feijão e milho. As monoculturas, bem como o avanço da fronteira pecuária, criaram uma paisagem que contrasta com as frondosas florestas que se vê mais ao sul do departamento. Com o objetivo de reflorestar a área, o Ministério de Agricultura e Pecuária (Maga) idealizou um programa de incentivos florestais para as famílias, sem afetar os cultivos tradicionais.


Pedro May Mez é um camponês e agricultor pertencente à etnia maia q’eqchi’. Quando criança migrou com sua família da comunidade de Alta Verapaz para Aguapaque, em busca de oportunidade de terra. Quando chegou junto com sua mãe, seu pai e o avô, sua tarefa era cortar todas as árvores para poderem semear milho e feijão. “Quando chegamos, fui encarregado de matar a floresta e desde há muito tempo não há nada aqui. Só milho e feijão”, contou.



Há dois anos, o Maga, com apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), iniciou a tarefa de gerar desenvolvimento para as comunidades e incentivar o reflorestamento da região. Com essas ideias em mente, foi iniciada a implantação, em 2014, do projeto de desenho e estabelecimento de Sistemas Agroflorestais, com fundos da TeleFood, impulsionada pelo Maga e pela FAO.



A finalidade do projeto é apoiar a diversificação dos cultivos graças à árvore de moju (Brosimumalicastrum), espécie nativa de Petén, bem como proporcionar assessoria técnica no cultivo, na colheita e no consumo da mesma.Além disso, o pessoal do Ministério realiza um acompanhamento dos participantes durante seis anos, para que suas propriedades sejam certificadas pelo Instituto Nacional de Florestas como terrenos de reflorestamento, e assim estarem em condições de receber um incentivo que chega a cerca de US$ 2,3 mil, por esse mesmo período de tempo.



“Os incentivos florestais funcionam como geradores de desenvolvimento para as famílias, sem tirar produtividade de suas terras”, apontou Aldo Rosales, diretor de Recursos Naturais e Agroturismo do Maga. Esse órgão governamental conta com um viveiro próprio, em Poptún, com inventário de 300 mil plantas de espécies de moju, mogno e cedro, e distribui as mudas entre as famílias participantes do programa.



O primeiro passo do programa é a escolha das famílias, que passam por uma série de capacitações técnicas para poderem integrar os novos cultivos às suas terras. Em seguida recebem 160 mudas que plantam no terreno. A partir daí são dadas palestras e capacitações para mantertodas as árvores em bom estado.Depois de seis anos, a árvore de moju já produz sementes e é nesse momento que pode ser aproveitada pelas famílias participantes, já que é utilizada tanto para consumo humano como de animais como vacas, cavalos e outros.



O Ministério também proporciona capacitação às famílias para aprenderem como incorporar omoju à dieta familiar.Além disso, incentiva-se a plantação de outros cultivos como moringas, com uma carga proteica de 24%, que são aproveitados como suplementos alimentareseficazespara essas famílias com recursos limitados. “As ramas têm até 23% de valor proteico. Isso é mais de 20% que o pasto normal. As famílias podem fazer acordos com os pecuaristas locais para realizar atividades de colheita das folhas de moju”, explicou Rosales.



Após anos cortando árvores para dar lugar ao milho e ao feijão, dom Pedro vê esse projeto como uma nova oportunidade para ele e sua família de recuperar algo que todos necessitamos: árvores. “É um projeto muito bom. Faz muito calor, não temos sombra e não há água. Agora em minhas terras teremos de tudo, até madeira. Antes existia a tentação de ir roubar madeira. Mas agora contaremos com nossas próprias árvores e não faremos coisas ruins”, ressaltou.



Rosales assegurou que um dos objetivos, que se contrapõe ao conceito tradicional de reflorestamento, é recuperar uma espécie nativa, como o moju, que gere sustento para as 13 famílias que atualmente integram o programa. “Estamos implantando um programa de reflorestamento que gera alimentos. A ideia é aproveitar o solo ao máximo”, indicou o especialista. No terreno de dom Pedro pode-se ver milho, feijão, moringa e cacau ao lado das árvores de moju com um ano de crescimento.



Durante os seis anos pelos quais se estende o programa, será dividido o valor deaproximadamente US$ 2,4 mil,em pagamentos anuais proporcionais. No final de 2015, os participantes receberam seu primeiro incentivo florestal, de US$ 1 mil. A quantia vai diminuindo paulatinamente até completar a totalidade do incentivo.



Ricardo May Ché, filho de dom Pedro, também faz parte do programa. Tem uma área ao lado da de seu pai e já investiu o dinheiro em objetos de benefícios para sua família. “Compramos sapatos para meus filhos, um painel solar, que nos ajuda a carregar os telefones e dar um pouco de eletricidade às nossas casas, e uma vaca, que em caso de necessidade podemos vender no mercado”, contou. Seu pai comprou um touro para poder ter sua própria criação de gado e assim aumentar a produção de seu trabalho cotidiano.



Outro fator a ser considerado é que são os próprios camponeses que cuidam da fertilização e do solo com seus próprios meios. Em geral, utilizam mato como fertilizante e um sistema de irrigação natural.



Fonte: Envolverde

G20 perderá meta de Paris, diz relatório





Cortes propostos são “longe do suficiente” e devem ser seis vezes mais expressivos até 2030 para impedir um aquecimento global além de 2ºC, reporta estudo na véspera da reunião do G20.

Enquanto os líderes do G20 se preparam para reafirmar seus compromissos com o Acordo de Paris neste fim de semana na China, um relatório informa que as promessas de cortes na emissão de carbono precisam ser seis vezes mais significativas para impedir um aquecimento global acima de 2ºC.


O grupo das nações mais ricas do mundo se reunirá no próximo domingo em Hangzhou, onde se espera que a China e os Estados Unidos sejam os primeiros a ratificar o acordo. Enquanto os compromissos de Paris limitam o aquecimento a “bem menos que 2ºC”, um relatório da rede Climate Transparency afirma que a meta não será atingida a não ser que todos os membros do G20 realizem cortes mais expressivos em suas emissões.



Os compromissos atuais com o acordo estabelecem diminuição de 15% das emissões projetadas até 2030, mas o relatório aponta que a ambição está “longe do suficiente”: um limite de 2ºC exigiria um corte seis vezes maior no mesmo período.



Apesar de sinais positivos, as mudanças ainda estão demorando a acontecer. Quando se fala em alterações climáticas, o G20 é o grupo de nações mais importante do mundo, responsável por 3/4 das emissões de gases de efeito estufa. Apesar de o crescimento dessas emissões estar desacelerando, elas ainda não estão caindo.



“Apesar do fim do crescimento de emissões globais ser uma possibilidade, ainda não existe a dinâmica necessária para transformar a economia baseada em combustíveis fósseis em uma economia verde”, afirmou Alvaro Umaña, co-presidente do Climate Transparency, e ex-Ministro de meio ambiente e energia da Costa Rica, pioneira em energia renovável.



Essa diminuição está se dando, em parte, por uma revolução renovável. O uso de energia limpa cresceu 18% dentro do G20 desde 2008. Os países mais atraentes para investimentos em energia renovável são China e Índia, grandes emissores de carbono.



“Este é um bom sinal”, afirmou Jan Burck, do Germanwatch, um dos autores do relatório. “Essas são as economias cujas transições terão maior impacto no clima global.”



Mas o encorajamento para investidores não foi geral, afirmou. “A dependência francesa da energia nuclear está barrando a emergência das fontes solares e eólicas, e o corte na energia renovável proposto pela Alemanha é preocupante.”


Além disso, os cortes prematuros aos subsídios pelo governo do Reino Unido causaram uma perda de empregos significativa na indústria solar, de mais de metade de seus funcionários. O governo australiano está tentando aprovar leis que permitam o corte de US$ 1 bilhão de seu fundo de inovação renovável.



Entre notícias mais encorajadoras, o comércio de carbono tem despontado a níveis nacionais e provinciais, contrariando a crença de que não obteria sucesso fora de um quadro de políticas globais específico (apesar de seu preço ser geralmente baixo demais).
De um modo geral, a intensidade energética e de carbono das economias do G20 estava em declínio, porém não o suficiente para compensar o crescimento econômico, o que significa que a poluição por carbono continuou a crescer.



Como já foi observado, milhares termelétricas a carvão em diversos estágios de planejamento ou construção espalhadas pelo G20 são simplesmente incompatíveis com o Acordo de Paris.


O G20 é responsável por 93% do uso de carvão, de acordo com o Carbon Brief. Niklas Höhne, do New Climate Institute e coautor do relatório afirmou: “Se os países do G20 se livrassem de sua dependência do carvão, isso impactaria significativamente suas possibilidades de aumentar seus compromissos com o clima e diminuir suas emissões no caminho para a meta de menos que 2ºC”.


Porém, ao invés de focar seus esforços em diminuir a dependência de carvão, petróleo e gás natural, os países do G20 continuam investindo dinheiro público em subsídios a combustíveis fósseis. Estes chegaram a aproximadamente US$ 70 bilhões entre 2013 e 2014, de acordo com o relatório.



Muitos países investem significativamente mais nessas indústrias do que em alternativas renováveis, apesar do compromisso do G20 em diminuir esse apoio. Espera-se, com incredulidade, que a reunião na China resulte em um prazo claro para o fim aos subsídios.



Fonte: Envolverde

Obama pede ação contra mudança climática

sexta-feira, 2 de setembro de 2016


Barack Obama, destacou a urgência de se enfrentar a mudança climática, em um discurso aos líderes dos Estados insulares do Pacífico, no Havaí,seu Estado natal.


Por Guy Dinmore, da IPS – 
Honolulu, Estados Unidos, 2/9/2016 – “Nenhum país, nem mesmo um tão poderoso como os Estados Unidos, está imune à mudança climática”, ressaltou o presidente dos Estados Unidos – Barack Obama, no dia 31 de agosto, na Conferência de Líderes das Ilhas do Pacífico, no Centro Leste-Oeste da Universidade do Havaí.


O mar “já engole aldeias” no Alasca e as geleiras derretem a um ritmo “sem precedentes”, recordou o mandatário. Ao destacar os esforços de seu governo para combater a mudança climática com políticas energéticas, afirmou que “não há conflito entre uma economia saudável e um planeta saudável”.


A ameaça incomum que se abateu esta semana sobre o Havaí, por meio de dois furacões que se aproximavam, realçou a mensagem do presidente justamente quando esse Estado insular recebe o Congresso Mundial da Natureza, organizado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Cerca de 8.300 delegados de mais de 180 países participam desse encontro, entre eles chefes de governo e de Estado, organizações e empresários.


Entretanto, as reiteradas advertências de Obama em matéria de mudança climática foram ignoradas pela mídia nacional, totalmente voltada à eleição de seu sucessor e concentrada nas declarações sobre imigração do candidato do opositor Partido Republicano, Donald Trump, no México. Nesse contexto, as advertências de tempestade ocuparam lugar somente nos informes sobre o clima.


A UICN informou que Obama não participaria da cerimônia de abertura do Congresso em Honolulu, mas previa visitar as ilhas Midway em sua primeira viagem ao maior santuário marinho do mundo, bastante ampliado pelo decreto do executivo da última semana de agosto. Depois, o presidente partirá para a China, para o encontro do Grupo dos 20 (G-20) países industrializados e emergentes.


Obama quadruplicou o tamanho do Monumento Nacional Marinho de Papahanaumokuakea para mais de 582 mil milhas quadradas de terra e mar no entorno das ilhas de Sotavento, no noroeste dessa ilha. O santuário foi criado durante o governo de George W. Bush (2001-2009) e as autoridades da UICN esperavam que a escolha do Havaí como sede do Congresso, que acontece a cada quatro anos, permitiria a Obama ampliar o alcance da decisão de Bush em seu Estado Natal.

A aposta deu resultado, mas a escolha de Honolulu não esteve livre de controvérsia, pois os membros da UICN se mostraram descontentes com a pegada de carbono dos milhares de delegados que tiveram que voar e percorrer longas distâncias até chegarem a essa cidade. Um pequeno grupo de manifestantes também cobrou dos Estados Unidos a remoção das bases militares do Havaí.


A UICN considera o Congresso como “o maior e mais inclusivo fórum de decisões do mundo em matéria ambiental”, que procura definir o caminho a seguir para a conservação da natureza nos próximos anos.“O Congresso fixará o rumo a ser percorrido para soluções baseadas na natureza, a fim de tirar milhões de pessoas da pobreza, criando uma economia mais sustentável e restabelecendo uma relação saudável com nosso planeta”, ressaltou o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim


Por sua vez, o ministro das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, afirmou: “Estamos todos juntos nisso. É hora de sermos audazes. É hora de agir. Não há tempo a perder, por isso vamos fazer com que no Havaí valha a pena”.Sob o lema Planeta na Encruzilhada, o Congresso busca destacar que a conservação da natureza e o progresso humano não são um jogo de soma zero.


“Existem opções factíveis e acessíveis que podem promover o bem-estar geral, ao mesmo tempo apoiando e ampliando os valores naturais do planeta”, segundo a UICN, que reúne 1.300 organizações.Entre os principais assuntos em debate no encontro, destacam-se tráfico de vida silvestre, conservação dos oceanos, soluções baseadas na natureza para mitigação e adaptação ao aquecimento global, e investimento privado na conservação.


“Espera-se a adoção de cem moções nesse congresso ambiental único de governos e ONGs, que depois se tornarão resoluções ou recomendações da UICN, e que chamarão terceiros a tomarem medidas”, afirmou a entidade.As moções da agenda incluem promover a conservação da diversidade biológica em áreas fora de toda jurisdição nacional, mitigar os impactos da expansão da palma na biodiversidade, terminar com o uso do chumbo nas munições, proteger as florestas primárias e antigas, bem como as áreas de grande biodiversidade, das danosas atividades industriais e do desenvolvimento de infraestrutura em grande escala.


Além disso, no dia 4, o Congresso divulgará uma atualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UICN, considerada a maior fonte de informação sobre o status da conservação da flora e da fauna mundiais. E, no dia seguinte, será publicado um informe sobre Alerta de Oceanos.Dois delegados europeus, que pediram para não serem identificados, disseram que o debate e a pressão nos bastidores podem chegar a ser intensos, pois os governos e os empresários buscam proteger seus estreitos interesses dos grupos ambientalistas de pressão.


Fonte: Envolverde

A Política Nacional Do Meio Ambiente Completa 35 Anos E Com Ela A Responsabilidade Ambiental

uarta-feira, 31 de agosto de 2016

, Artigo De Renata Franco De Paula Gonçalves Moreno

No dia 31 de agosto de 2016 a Lei nº 6.938/81, que trata sobre a Política Nacional do Meio Ambiente completará 35 anos de vigência, sendo considerada um marco regulatório para a legislação ambiental no Brasil.

A lei (i) define os princípios e objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente (o que deve ser buscado); (ii) estabelece os mecanismos de aplicação e penalidades (como deve ser implementado) e (iii) cria o Sistema Nacional de Meio Ambiente SISNAMA (quem deve implementar).


Como órgão que representa um marco de institucionalidade da Política e do SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente, o Conama ao longo desses 35 anos destaca-se como uma instituição democrática, integrada por setores e esferas de governo, empresariado e sociedade civil, além de manter-se permanentemente ativa. O Conselho, que possui competência normativa, é responsável pelo estabelecimento de padrões, normas e critérios ambientais que devem necessariamente ser observados pela União, estados, Distrito Federal e municípios.

Além disso, o § 1º, do artigo 14 dispõe que; “sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por suas atividades. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente”, instituindo assim, a responsabilidade objetiva no direito ambiental.

Nesses anos, ocorreram no país mudanças expressivas, entre as quais: a Constituição Federal de 1988 que ampliou a visão sobre a política ambiental e a responsabilidade em matéria ambiental;

o Ministério Público tornou-se um ator relevante, cobrando dos governos e dos empresários para que exerçam suas responsabilidades;

os governos locais e estaduais passaram a encarar suas responsabilidades na ação sustentável; as ONGs se multiplicaram, desde aquelas com ações locais e pontuais até as que se tornaram representantes desse segmento nos conselhos municipais, estaduais e no Conselho Nacional do Meio Ambiente;

os conflitos e disputas em torno da apropriação dos recursos naturais se exacerbaram devido aos padrões insustentáveis de consumo;


e o meio ambiente passou a mobilizar, cada vez mais, interesses conflitantes no Governo, nas empresas e no terceiro setor, interesses que precisam ser levados em conta na tomada de decisões da política ambiental.

Observa-se assim, a consolidação da responsabilidade objetiva por dano ambiental no direito brasileiro. Nossos tribunais têm adotado a tese da responsabilidade objetiva e solidária pelos danos causados ao meio ambiente e à natureza, e a irrestrita legitimidade da Administração Pública para a imposição de multas e penalidades, inclusive com a interdição de estabelecimento ou atividade.

Nos Tribunais Regionais Federais, há um maior aprofundamento nas questões, desvendando mais amplamente a extensão da controvérsia ambiental, inúmeros aspectos que os Tribunais superiores deixam de considerar ou não chegam a examinar pela exclusão ou preclusão processual.

Especificamente sobre o Tribunal paulista, a responsabilidade ambiental é considerada pelos magistrados como hipótese de responsabilidade objetiva, independente da culpa do agente e particularmente pela omissão deste e que o exercício do poder de polícia desempenhado pela autoridade administrativa é formalmente adequado ao controle da proteção e da tutela do meio ambiente e seus recursos.

O judiciário tem se mostrado favorável às causas socioambientais, sendo que em 50% dos casos propostos em 1º instância foi acolhido o pedido do autor integralmente e 17,5% o pedido foi acolhido parcialmente, muitas vezes modificando apenas o valor da indenização.


Nos tribunais, a situação é semelhante, onde 80% dos casos julgados procedentes em primeira instância são confirmados pelos TJ’s e TRF’s. Por fim, em 63% dos casos em que houve pedido liminar ou antecipação de tutela, o mesmo foi deferido.

Em geral, a justiça e seus representantes veem adotando uma postura mais protecionista ao meio ambiente, sendo que diante da dúvida o princípio da precaução tem sido constantemente evocado.


Ainda, as atividades industriais são sempre consideradas vilãs do meio ambiente, muito embora as demandas contra pessoas jurídicas representem um número pouco expressivo se comparado com as demandas de desmatamento, imóveis tombados ou com valor histórico ou paisagístico, infraestrutura, dentre outras.

Diante desses dados, os últimos 35 anos representam o amadurecimento, consolidação e crescimento do direito ambiental no país.

Dra. Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno é sócia do escritório Finocchio & Ustra Sociedade de Advogados

Fonte: EcoDebate

Relatório Do PNUMA Destaca Avanços Na Despoluição Do Tietê, Mas Afirma Que O Rio ‘Continua Altamente Poluído’

quinta-feira, 1 de setembro de 2016


Relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destacou os avanços na despoluição do Tietê, em São Paulo, nas últimas décadas, mas afirmou que o rio “continua altamente poluído” e que sua recuperação requer investimentos de longo prazo.



Mesmo com os avanços registrados nas últimas décadas, o rio Tietê continua “altamente poluído”, destacou relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) publicado na terça-feira (30).


Segundo o documento, a poluição do rio disseminava-se por 260 km da região metropolitana de São Paulo em 1992, número que passou para 100 km em 2014. A melhora contribuiu para que peixes voltassem a habitar alguns pontos do rio, segundo o relatório.
“Apesar dos avanços, o Tietê continua altamente poluído e a recuperação total é um processo longo, que depende de investimentos nos próximos anos”, disse a agência da ONU no relatório.


Citando dados do governo do estado, o PNUMA lembrou que, desde 1992, o nível de tratamento de esgoto doméstico despejado no rio aumentou de 24% para 84% em 2014, enquanto a coleta de esgoto aumentou de 70% para 87% no mesmo período.


Em relação à indústria, em 1992, 1.250 companhias eram responsáveis por 90% da poluição industrial do rio. Essas companhias foram obrigadas a implantar sistemas de tratamento e, em 2008, houve redução de 93% da poluição industrial orgânica e de 94% da inorgânica, segundo dados da CETESB citados pela agência.


De acordo com o PNUMA, o programa de despoluição do rio iniciado em 1990 está atualmente em sua terceira fase, que deve se encerrar este ano. Uma quarta fase foi planejada com um total de 1,9 bilhão de dólares em investimentos, com o objetivo de universalizar a coleta e tratamento de esgoto nas áreas atendidas pela empresa de saneamento SABESP.


Poluição dos rios sobe em América Latina, Ásia e África
O relatório também apontou que um em cada sete rios está poluído nos países de América Latina, Ásia e África. A agência da ONU estima que 25 milhões de pessoas enfrentem riscos de contrair doenças infecciosas por conta dessa situação na América Latina, 164 milhões na África e 134 milhões na Ásia.


“Isso apresenta um crescente risco à saúde pública, à segurança alimentar e à economia, enquanto promove a desigualdade ao afetar principalmente os pobres, mulheres e crianças”, disse o então diretor-executivo do PNUMA, Achim Steiner.

A causa imediata da poluição dos corpos d’água é o crescente despejo dejetos nos rios e lagos. Outras causas são crescimento populacional, intensa atividade econômica, expansão da agricultura e esgotos sem tratamento.


Risco e cólera e febre tifoide
A poluição da água aumentou nos países de Ásia, África e América Latina, colocando centenas de milhões de pessoas sob risco de contrair graves doenças como cólera e febre tifoide, alertou o PNUMA. O preocupante aumento da poluição da água também ameaça danificar fontes vitais de alimentos e prejudicam as economias dos continentes.


Segundo o PNUMA, a poluição patogênica e orgânica subiu mais de 50% nos rios entre 1990 e 2010 nos três continentes, enquanto a poluição por salinidade subiu em um terço dessas regiões. A poluição patogênica severa, cujo aumento está ligado a sistemas que despejam esgoto nos rios, afeta cerca de um quarto dos rios latino-americanos, até 25% dos rios africanos e metade dos rios asiáticos.

Ao tornar o acesso à água de qualidade mais difícil, a poluição também ameaça ampliar as desigualdades, atingindo mais os segmentos vulneráveis — mulheres, crianças e os pobres.
“A crescente quantidade de dejetos sendo jogada nas águas é profundamente preocupante”, disse Jacqueline McGlade, cientista-chefe do PNUMA. “O acesso à água de qualidade é essencial para a saúde e o desenvolvimento humano. Ambos estão em risco se falharmos em acabar com a poluição”.


“Com sorte é possível começar a restaurar rios que já foram fortemente poluídos e não há clareza se há tempo para evitar que mais rios sejam contaminados. É vital que o mundo trabalhe junto para combater essa ameaça.”


Em alguns países, mais de 90% da população depende dos rios como fonte de água potável. Essas águas, também utilizadas para a preparação de alimentos, para irrigar plantações e para a recreação, representam uma grave ameaça à saúde humana quando contaminados.


Cerca de 3,4 milhões de pessoas morrem todos os anos de doenças associadas a patogenias na água, como cólera, tifoide, hepatite infecciosa, pólio, cryptosporidiosis, ascariasis e doenças diarreicas. Muitas dessas doenças ocorrem devido à presença de fezes humanas na água.


“Não há dúvida de que temos as ferramentas necessárias para combater esse crescente problema”, disse McGlade. “É hora e usar essas ferramentas para combater o que está se tornando uma das maiores ameaças à vida humana e ao desenvolvimento”.


Fonte: EcoDebate

Um prédio literalmente verde, Universidade Tecnológica de Nanyang



Isso é que é prédio verde — literalmente verde. Trata-se do edifício de cinco andares que abriga a Escola de Arte, Design e Comunicação da espetacular Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura.

Os telhados revestidos de grama, além de sua função decorativa, de integrar o edifício no verde abundante no campus, servem a vários propósitos: as rampas suaves permitem que sejam considerados uma espécie de jardim, e ponto de encontro para estudantes; o revestimento natural ajuda no equilíbrio térmico; sendo de grama, o telhado absorve água da chuva, canalizada em seguida para reservatórios que permitem sua utilização para a limpeza do próprio campus, veja as fotos abaixo.










Vista geral do campus da Universidade Tecnológica de Nanyang