quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Eles lutam pelo verde em São Paulo


O duelo do verde contra o cinza

São Paulo, metrópole cinza de pedra e poluição, viu surgir nos últimos anos um movimento em defesa de áreas verdes e pela criação de mais parques. Moradores de vários pontos da maior cidade do país conseguiram se articular para realizar uma luta em conjunto que vai colhendo vitórias e derrotas.


Fundada como vila há 463 anos em uma área de Mata Atlântica, a maior cidade do país tem hoje um grande deficit de áreas verdes. São 4m² de área verde por morador, mas a ONU (Organização das Nações Unidas) estima que o ideal é que uma cidade tenha 12m² de verde por habitante.


Fundamental para o equilíbrio do clima local, o verde ameniza o calor e melhora a qualidade do ar, entre outros benefícios que proporciona.

A luta por novos parques reúne gente de todas as idades e profissionais de diversas áreas, mas esbarra nos interesses e no poder do mercado imobiliário e na luta dos movimentos por moradia, patina nos meandros da legislação e da Justiça e empaca no baixo orçamento público para a preservação de áreas verdes.

Veja as histórias de moradores de São Paulo que, em cenários adversos, desafiam a lógica da cidade e tentam impedir que ela se torne ainda menos verde.

 https://www.uol/noticias/especiais/novos-parques-em-sao-paulo.htm#eles-lutam-pelo-verde-em-sp

Nesta escola nos EUA, as aulas acontecem dentro da floresta




Algumas iniciativas louváveis ao redor do mundo tem balançado as estruturas de ensinos tradicionais, e isso é um grande passo. Não cabe mais tentar ensinar a essa nova geração de jovens, da mesma forma que se ensinava há 100 anos.


Uma dessas iniciativas é a IslandWood, uma escola ao ar livre em Seattle, nos EUA. A escola é um exclusivo centro de aprendizagem ao ar livre de 255 hectares, projetado para oferecer experiências excepcionais de aprendizagem ao longo da vida e inspirar a gestão ambiental e da comunidade, combinando a pesquisa científica, a tecnologia e as artes para ajudar os estudantes a descobrir as conexões naturais e passarem a se integrar mais à natureza, coisa que não acontece no cotidiano urbano das crianças.


Baseada nas ideias de aventura e exploração sugeridas pelas próprias crianças da região, Debbi e Paul Brainerd, moradores de Bainbridge Island nos EUA, fundaram a escola na floresta em 1997 – uma organização sem fins lucrativos e que conta com um design inovador, que se tornou exemplo de economia de energia e de estilo de vida sustentável, ensinando valores vitais para o desenvolvimento crítico e analítico dessas crianças.


A escola prova que a natureza, com sua infinita beleza e força, consegue nos auxiliar a sermos pessoas melhores, mais saudáveis e mais conectadas a valores que realmente valem a pena.


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Fonte: Hypeness

Ambientalistas repudiam projeto que libera a caça no país


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Proposta do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) regulamenta a caça no país. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados.
Proposta do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) regulamenta a caça no país. 
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados.



O projeto de lei que libera a caça da fauna silvestre em todo o território nacional foi repudiado por ambientalistas e pesquisadores, que o consideram um atentado contra a fauna silvestre do país. Na terça-feira (24), um documento assinado por 193 instituições da sociedade civil, técnicos e pesquisadores foi entregue ao Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e ao Presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski.



A caça de animais silvestres é uma das principais causas da redução de populações de animais nativos e da extinção de espécies ameaçadas. Proibida desde 1967, a prática nunca deixou de ocorrer, mesmo dentro de áreas protegidas.



No documento, as instituições e pesquisadores/técnicos avaliam que a  liberação da caça comprometerá os esforços do Brasil para a conservação da biodiversidade, em sintonia com a legislação nacional e com acordos internacionais como a Convenção da Diversidade Biológica das Nações Unidas.



Os signatários do manifesto afirmam que a caça não é necessária para o controle populacional de espécies silvestres, um dos argumentos usados pelo deputado Valdir Colatto (PMDB-RS) ao justificar a proposta. Os ambientalistas propõem que a proibição seja mantida e ampliada, bem como seja estabelecido um controle racional das crescentes populações do Javali no território nacional.



Leia o manifesto na íntegra.

Ambientes naturais da Europa no Vermelho


Por Vandré Fonseca
Mar Mediterrâneo visto da costa de Malta. Cerca de um terço do Mediterrâneo corre risco de um colapso. Foto: Kristoferb /Wikipédia.
Mar Mediterrâneo visto da costa de Malta. Cerca de um terço do Mediterrâneo corre risco de entrar 
em colapso. Foto: Wikipédia.


Mais de um terço de todos os ambientes naturais e semi-naturais do Velho Continente corre o risco de colapso, segundo a recém-publicada Lista Vermelha Europeia de Habitats. A iniciativa da Comissão Europeia avaliou um total de 490 ambientes em 35 países, com base em critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês).

A publicação contou com a colaboração de mais de 300 pesquisadores e vai servir de base para análises futuras e contribuir para a elaboração da Lista Vermelha Global de Ecossistemas da IUCN, que está em fase de preparação. “Este esforço é uma importante contribuição tanto para avaliar e monitorar a conservação natural na Europa quanto para contribuir com os esforços globais de avaliação dos ecossistemas em risco”, afirma o diretor do Programa de Gerenciamento de Ecossistemas Globais da IUCN, Ed Barrow.


Segundo a publicação, enquanto mudanças no uso da terra, como a intensificação da agricultura, urbanização e desenvolvimento de infraestrutura reduzem a extensão das paisagens naturais; drenagens, poluição, plantas e animais invasores afetam a saúde dos ecossistemas.


As ameaças afetam também mais de três quartos dos pântanos, mais da metade dos campos naturais e dos lagos, rios e ambientes costeiros. Embora menos ameaçados, florestas, savanas e ambientes rochosos também causam preocupação.


Clima afeta o ambiente
O texto também cita as mudanças climáticas, que afetam tanto ecossistemas terrestres quanto aquáticos. Ambientes costeiros sofrem também com poluição, despejo de nutrientes e pesca predatória. Entre os ambientes marinhos, conforme a análise, cerca de um terço do Mar Mediterrâneo e boa parte do Atlântico Norte Oriental, que banha o continente, correm o risco de um colapso. E ainda faltam informações para avaliar outras regiões, como o Mar Negro.


Os autores destacam que os ecossistemas tem um grande valor intrínseco, mas são importantes também pelos serviços ambientais vitais que fornecem, como proteção do solo, captura de carbono, alimentos e mitigação do aquecimento global. A publicação é uma parceria entre Wageningen Environmental Research (Alterra), IUCN, Nature Bureau e os consultores Susan Gubbay and John Rodwell.

Saiba Mais
European Red List of Habitat - Link para a publicação