terça-feira, 21 de março de 2017

O ZEE coloca em ridiculo a recem criada política nacional de recuperação da vegetação nativa






Enquanto o Governo faz bonito criando o PROVEG , o ZEE-Zoneamento "Ecologico" Economico mostra quão falsa é essa "politica nacional de recuperação da vegetação nativa".Sabem porque? Por que o ZEE nada mais é do que a regularização do desmatamento da vegetação nativa.!!!!Transforma em areas de dinamização economica, areas sensiveis, de captação hídrica, de cerrado inteiro, beira de corregos e ate a orla do lago sul.




O ZEE divide o ParK Way em dois, permite, o desmatamento e a implantação de industrias na APA Gama Cabeça de Veado,  diminui a poligonal da Reserva da Biosfera do Cerrado, e o desmatamento e a impermeabilização da Zona de Vida Silvestre onde ainda existem avifauna endemica e lobos guarás.




Enfim, o ZEE desmente o PROVEG e demonstra mais uma vez quão espurias e mentirosas são as decisões governamentais de proteção ao meio ambiente.

 

 

Uma política nacional de recuperação da vegetação nativa pronta para decolar, por Marcelo Furtado e Severino Ribeiro


artigo

[EcoDebate] A assinatura do decreto presidencial criando a Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg), em janeiro, é fundamental para o cumprimento dos compromissos internacionais e nacionais assumidos pelo Brasil em favor da mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e da proteção à biodiversidade. É um sinal positivo em direção à implementação efetiva do Acordo do Clima, da Convenção da Biodiversidade, das adesões ao Desafio de Bonn e à Iniciativa 20×20 e da Lei de Proteção da Vegetação Nativa, conhecida como novo Código Florestal.


Em comum, esses acordos e a Proveg compartilham o objetivo de restaurar milhões de hectares de florestas. Além disso, a nova política contribuirá para a regularização ambiental das propriedades rurais, gerando ativos para os proprietários e permitindo que o Brasil lidere mundialmente ações de restauração e reflorestamento para mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Do fortalecimento da atividade florestal, advêm vantagens ambientais e sociais, como a preservação de nossa rica biodiversidade, a interligação de remanescentes naturais, a recuperação de solos degradados, o aumento da segurança hídrica e a geração de empregos, renda e tributos.


A Proveg determina a criação de um Conselho – sob liderança do Ministério do Meio Ambiente (MMA) – que integra Casa Civil e outros quatro ministérios (Agricultura; Planejamento; Fazenda; Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), representantes de órgãos públicos das esferas estaduais e municipais e organizações não governamentais. Prevê também que, nos próximos seis meses, um Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg) seja elaborado.


Sua missão é acelerar o cumprimento de políticas públicas já existentes, estimular a criação de incentivos financeiros e de tecnologias de recuperação, promover a adoção de boas práticas agropecuárias e o estabelecimento de mercados para produtos e serviços gerados a partir da recuperação da vegetação nativa. A elaboração do Planaveg em um período tão curto parece um objetivo difícil de ser alcançado. E seria, se a discussão e ações concretas já não estivessem bastante adiantadas.


Desde 2013, mais de 45 organizações não governamentais e instituições de ensino e pesquisa vêm avaliando os fatores-chaves e construindo estratégias para o primeiro esboço do Planaveg, em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. O resultado foi submetido à consulta pública em 2015, quando recebeu quase 200 contribuições técnicas vindas de centros de pesquisa, coletivos, instituições empresariais e ambientais. O resultado consolidado fornece uma base segura para a elaboração do Plano Nacional.


A boa execução da Proveg depende, por exemplo, da aplicação de instrumentos do Código Florestal, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), e de programas como o de Regularização Ambiental (PRAs), do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADAs), das Cotas de Reserva Ambiental (CRAs), de conversão dos recursos originados de multas para Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e da possibilidade de restauração com fins econômicos para Reservas Legais (RLs) e Áreas de Preservação Permanente (APPs) de pequenos proprietários rurais. Tais medidas consolidam a visão de que preservar e restaurar valem a pena, tanto por aspectos ambientais quanto por benefícios econômicos e sociais.


O desenvolvimento de mecanismos financeiros e econômicos como suporte às políticas públicas de restauração de vegetação nativa é outro pilar para o sucesso da Proveg e deve estar contemplado no Plano. A recente adesão brasileira ao Desafio de Bonn e à Iniciativa 20×20 criou um ambiente favorável para a captação de investimentos e recursos de fundos dedicados à economia de baixo carbono, como o Green Climate Fund.



Nesse cenário, o Plano ABC (Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), juntamente com o Plano Safra, que inclui o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), podem constituir passaporte para o desenvolvimento de arranjos institucionais e acesso a linhas de crédito voltados à restauração e ao reflorestamento em pequenas e médias propriedades rurais. Também há a perspectiva de cooperação entre BNDES, KfW, investidores de impacto e grupos internacionais de fomento para adequação ambiental e agrícola de propriedades produtoras de commodities, como soja, cana-de-açúcar e carne.


Outro desafio imediato será o desenvolvimento de políticas públicas que fortaleçam os elos produtivos da cadeia da restauração florestal. Significa assumir uma atitude proativa para a abertura de novos mercados e o incentivo à produção e ao comércio dos produtos e serviços gerados por ela. Uma das medidas mais estratégicas é o aprimoramento dos mecanismos de rastreamento online, coibindo a competição desleal de produtos oriundos do desmatamento ilegal. Investimentos em pesquisas de longo prazo e tecnologias também serão fundamentais para uma Política consistente e bem-sucedida, propiciando diminuição de custo, aumento de produtividade e qualidade e otimização dos sistemas produtivos. Um plano de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para esse fim está em fase adiantada de construção pela Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura.


A criação da Proveg coloca o país na direção de uma nova economia de restauração, reflorestamento e baixo carbono. Os próximos passos serão ainda mais importantes para que, futuramente, nossos netos olhem para trás e nos reconheçam como “a geração da restauração”.

*Marcelo Furtado, facilitador da Coalização Brasil Clima, Florestas e Agricultura, e Severino Ribeiro, coordenador nacional do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica


in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 20/03/2017

"Uma política nacional de recuperação da vegetação nativa pronta para decolar, por Marcelo Furtado e Severino Ribeiro," in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 20/03/2017, https://www.ecodebate.com.br/2017/03/20/uma-politica-nacional-de-recuperacao-da-vegetacao-nativa-pronta-para-decolar-por-marcelo-furtado-e-severino-ribeiro/.

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Enquanto o Governo faz bonito criando o PROVEG , o ZEE-Zoneamento "Ecologico" Economico mostra quão falsa é essa "politica nacional de recuperação da vegetação nativa".Sabem porque? Por que o ZEE nada mais é do que a regularização do desmatamento da vegetação nativa.!!!!Transforma em areas de dinamização economica, areas sensiveis, de captação hídrica, de cerrado inteiro, beira de corregos e ate a orla do lago sul.




O ZEE divide o ParK Way em dois, permite, o desmatamento a implantação de industrias na APA Gama Cabeça de Veado,  diminui a poligonal da Reserva da Biosfera do Cerrado, e o desmatamento e a impermeabilização da Zona de Vida Silvestre onde ainda existem avifauna endemica e lobos guaras.




Enfim, o ZEE desmente o PROVEG e demonstra mais uma vez quão espurias e mentirosas soa as decisões governamentais de proteção ao meio ambiente.


Leiam mais sobre esse assunto:

http://associacaoparkwayresidencial.blogspot.com.ar/2017/03/o-zee-nao-foi-feito-nesses-24-anos-esta.html

http://associacaoparkwayresidencial.blogspot.com.ar/2017/03/zee-nao-protege-os-lencois-freaticos-do.html




Tem uma onça-parda no quintal

Por ((o))eco
Foto: Corpo de Bombeiros.
Foto: Corpo de Bombeiros.

Uma onça-parda deu as caras (e um susto) em Bastos, no interior de São Paulo. O animal apareceu num quintal de um morador da cidade ontem (19), mais especificamente num corredor que dá acesso à área externa. O morador chamou o Corpo de Bombeiros. Capturada, a onça, também conhecida como suçuarana (Puma concolor), foi examinada e já devolvida ao seu habitat natural: as matas da região.

A aparição de onças em áreas urbanas são mais comuns com o aumento das cidades e a consequente diminuição das áreas verdes. A onça-parda é descrita pela UICN como uma espécie em declínio e extinta em áreas grande da América do Norte. No Brasil, o ICMBio a classifica como Vulnerável (VU), com população estimada em 4.000 indivíduos, mas em queda. O principal motivo é a supressão e fragmentação de habitat devido à expansão agropecuária. Também preocupa o número onças pardas mortas por atropelamento e caça/retaliação por ataque a animais domésticos.

Brasil tem mais latifúndios que áreas protegidas


Por Sabrina Rodrigues
Grandes propriedades ocupam uma área um pouco maior que a soma das Unidades de Conservação municipais, estaduais, federais e Terras Indígenas. Foto: Sam Beebe/Flickr.
Grandes propriedades ocupam uma área um pouco maior que a soma das Unidades de Conservação 
municipais, estaduais, federais e Terras Indígenas. Foto: Sam Beebe/Flickr.


Ao contrário do propagandeado pelos ruralistas, são as propriedades rurais privadas, principalmente as maiores, que ocupam a maior parte da área do território nacional, e não as áreas protegidas. É o que afirma o Atlas da Agropecuária Brasileira, estudo feito pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) e a Esalq (GeoLab da Esalq/USP), lançado nesta segunda-feira (20).


De acordo com o Atlas, só os grandes latifúndios ocupam uma área maior do que o conjunto de Unidades de Conservação municipais, estaduais e federais e Terras Indígenas no país. As áreas protegidas cobrem 27% do território nacional, ou seja, 2,32 milhões de quilômetros quadrados (km²). Já as grandes propriedades rurais dominam 28% do território, isto é, 2,34 milhões de km².


A soma das áreas das propriedades pequenas, médias e grandes alcança 4,53 milhões de quilômetros quadrados (km²), o que corresponde a 53% do território nacional.  O Atlas não inclui na conta os assentamentos rurais do Incra.


tabela
Discrepâncias
As disparidades regionais também foram destacadas no novo estudo. Enquanto estados conhecidos como grandes produtores do agronegócio, como São Paulo, apresenta apenas 8% do território em áreas públicas protegidas (mas em compensação, 81% do território é ocupado por propriedades privadas), o Amapá possui 68% da área protegida, 13% da terra pública ainda não destinada e apenas 7% com terra privada.


Outra informação é de que existem 86 milhões de hectares de terras públicas não destinadas, entre terras não tituladas do Programa Terra Legal e Glebas Públicas Federais e Estaduais, correspondendo à soma dos estados de São Paulo e Minas Gerais. A maior parte dessas áreas não destinadas estão em estados da Amazônia Legal.

Saiba Mais
Atlas da Agropecuária Brasileira