terça-feira, 30 de maio de 2017

Sabesp é multada em R$ 8 mi por despejar esgoto em rede pluvial no litoral de SP

sexta-feira, 26 de maio de 2017


A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) foi multada nesta quinta-feira (25) em R$ 8 milhões pela Prefeitura de Guarujá, no litoral paulista, por despejar esgoto em um rio da cidade. Um duto coletor da estatal foi localizado conectado a uma rede de drenagem pluvial.
 
 

Esta é a maior multa ambiental da administração municipal destinada à estatal paulista. A penalidade foi aplicada pela Secretaria de Meio Ambiente da cidade após funcionários da prefeitura, durante obras de revitalização e pavimentação na Avenida Antenor Pimentel, no bairro Morrinhos, notarem a ligação irregular.
 
 
O agravante principal, segundo a prefeitura, é que o fluxo do sistema de drenagem de águas pluviais desse bairro é direcionado ao Rio Crumaú. O local é uma região de mangue que está conectada a outros rios da região, e está próximo à Serra do Mar. A área localiza-se entre a Serra do Guararu e o Canal de Bertioga.
 
 
“Estamos estarrecidos com o que encontramos lá. É lamentável saber que um dano dessa proporção foi revelado por acaso. Vamos tomar medidas enérgicas e ampliar a fiscalização por toda a cidade para saber se há outras ligações iguais ou piores do que essa”, disse o secretário de Meio Ambiente de Guarujá, Sidnei Aranha.
 
 
Com o despejo na rede de drenagem pluvial, o esgoto também era destinada ao leito do rio. Por isso, a Semam emitiu um auto de infração à Sabesp, fundamentado no artigo 143 da Lei Complementar nº 44/1998 que, em razão das reincidências, foi dobrada, o que resultou no valor de R$ 8 milhões.
 
 
A prefeitura informou que, no trecho onde foi identificada essa ligação irregular, a obra foi paralisada, para que o duto fosse retirado antes da repavimentação da via. A Diretoria de Controle Ambiental disse que acompanhou a ocorrência e solicitou que o recalque de esgoto feito pela estação elevatória fosse interrompido.
 
 
Na quarta-feira (24), após o problema ter sido divulgado pela administração municipal, a Sabesp informou, por meio de nota, que estava avaliando a situação encontrada na avenida. A companhia confirma que recebeu nesta quinta-feira uma notificação do município e disse que apresentará defesa dentro do prazo legal. 
 
 
Fonte: G1

Cofre de sementes no Ártico é ameaçado pelo derretimento do gelo

quinta-feira, 25 de maio de 2017


A fortaleza guarda mais de 930.000 variedades diferentes de sementes de alimentos de todo o mundo.
 
 
 
 

A Noruega está consertando a entrada de sua fortaleza que funciona como a “Arca de Noé” das sementes do mundo. Localizado em uma ilha de cerca de mil quilômetros no Ártico, o Cofre de Sementes Globais de Svalbard foi inundado. A notícia, informada em comunicado na última sexta-feira (19), surpreendeu a todos os cientistas, afinal o banco foi construído exatamente para resistir às intempéries climáticas.
 
 
 
 
A inundação ocorreu devido às altas temperaturas que atingiram o Ártico e derreteram até mesmo a camada de gelo do permafrost, também chamado de pergelissolo em português – é um solo formado por terra, gelo e rochas permanentemente congelados.




A água invadiu apenas o hall de entrada do edifício e não alagou a câmara onde ficam armazenadas as sementes (que está a mais de 110 metros dentro da montanha). Ainda assim, foi um problema totalmente inesperado.
O cofre foi inaugurado em 2008 para proteger sementes de alimentos de cataclismos, como uma guerra nuclear por exemplo. A fortaleza guarda mais de 930.000 variedades diferentes de sementes de alimentos de todo o mundo.




“O Svalbard Global Seed Vault está enfrentando melhorias técnicas devido a entrada de água”,  disse, em comunicado, o grupo Statsbygg, que construiu o cofre. Já em nove anos de funcionamento, “as sementes do cofre nunca foram ameaçadas”, assegurou.
 
 
 
 
A porta-voz Hege Njaa Aschim conta que o Statsbygg removeu equipamentos elétricos da entrada e está construindo paredes impermeáveis por dentro e valas por fora para reduzir a possibilidade que situação semelhante ocorra novamente. Segundo ela, o número de visitantes dentro do espaço também será reduzido para impedir que o calor do corpo humano afete a estrutura de alguma forma. Parte da água que invadiu o local congelou novamente e, por isso, o gelo precisou ser lascado e retirado por bombeiros.
 
 
 
 
O problema ocorreu porque o permafrost em torno da entrada (que descongelou durante a construção) não congelou novamente como previsto pelos cientistas, explica Hege. As temperaturas na região do Ártico têm aumentado duas vezes a média global em uma tendência acelerada e os cientistas climáticos responsabilizam os gases de efeito estufa por isso.
 
 
 
 
“Não há dúvida de que o permafrost permanecerá na montanha onde estão as sementes, mas não esperávamos que ele derretesse ao redor do túnel.”, disse Marie Haga, chefe do Crop Trust, organização internacional com sede em Bonn, que trabalha em conjunto com a Noruega para gerenciar o cofre.
 
 
 
Fonte: Ciclo Vivo

Mata Atlântica ocupa menos de 16,8% de seu tamanho original

sexta-feira, 26 de maio de 2017


Originalmente, o bioma cobria 1.345.300 km² da costa atlântica do Brasil até o noroeste da Argentina.



Em comemoração ao Dia da Mata Atlântica (27/05), o WWF-Brasil lança versão em português de estudo sobre a atual situação do bioma e o resultado do trabalho conjunto com a Argentina e o Paraguai nos últimos 15 anos. O documento é um estudo detalhado com histórias de sucesso, desafios e lições aprendidas para proteger o bioma do desmatamento que vem sofrendo nos três países.




Originalmente, a Mata Atlântica cobria 1.345.300 km², da costa atlântica do Brasil até o noroeste da Argentina, abrangendo a região oriental do Paraguai. Hoje, o território está fragmentando, ocupando apenas 226.124 km², menos de 16,8% de seu tamanho original, correndo o risco de perder seu maior predador – a onça pintada.




Apesar de tamanha degradação – causada principalmente pelo avanço da agricultura e da pecuária – a Mata Atlântica ainda é um dos biomas com maior valor biológico do mundo, onde estão 7% das espécies de plantas e 5% dos vertebrados do planeta.




A Rede WWF começou seus esforços para a conservação da Mata Atlântica no Brasil, em 1995, impulsionado pela identificação de várias espécies endêmicas. Em 2000, WWF e Fundação Vida Silvestre Argentina criaram o Programa Trinacional da Mata Atlântica conforme sua iniciativa de conservação baseada na ecorregião. Com essa iniciativa, cientistas do WWF identificaram, mundialmente, ecorregiões de alto valor em biodiversidade que estavam em perigo devido à grave transformação de seus habitats naturais, sendo a Mata Atlântica mapeada como um desses hotspots.





Hoje, da área total do bioma que permanece em pé, apenas 8,2% da terra está sob algum tipo de proteção. São ao todo 915 áreas protegidas, entre Unidades de Conservação e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Entre 2000 e 2015, a aliança trinacional do WWF fez esforços significativos e conseguiu conquistar um aumento de mais de 20% de área total protegida, saindo de 86.000 km² para cerca de 110.000 km², com 558 novas áreas protegidas.
Conheça o Programa Mata Atlântica aqui.




Fonte: Ciclo Vivo

Folha de S. Paulo – Muito além da Amazônia / Editorial


Quando ouvem falar em desmatamento, os brasileiros pensam de imediato na floresta amazônica. Em verdade, há motivos para que se preocupem antes com algo mais próximo da maioria —e sob ameaça muito maior: a mata atlântica.



Nos dois casos, sofreu reversão em períodos recentes um processo de queda no desmate que vinha de vários anos. Na Amazônia, perderam-se em 2016 quase 8.000 km², cifra 29% superior à de 2015 (no ano anterior, o índice foi de 24%).



Na mata atlântica, floresta que figura entre as mais ricas do mundo em quantidade de espécies, o incremento foi de quase 58%. Desapareceram 290 km² (o equivalente a um quinto da área do município de São Paulo) entre 2015 e 2016.



O dado pode parecer pequeno, mas está distante disso. A aparência enganosa decorre de a mata amazônica ser muito maior que a atlântica, tanto em sua área original quanto na que sobreviveu a cinco séculos de colonização.



A floresta amazônica tinha cerca de 4 milhões de km², no que viria a ser o Brasil, quando os portugueses iniciaram sua exploração; a mata do litoral, um terço disso (1,3 milhão de km²). Desde então, a primeira perdeu 19,5% da cobertura original, contra 87,5% na segunda.



Restam hoje 160 mil km² de mata atlântica, um quase nada perto dos 3,2 milhões de km² de floresta amazônica. Nesse contexto, ser desfalcada em 290 km² num ano é preocupante, e tanto mais por causa da reversão na tendência anterior de queda no desmatamento.



Quando não parecia sobrar muito mais para devastar, com a mata confinada a áreas de topografia difícil (como a serra do Mar), eis que o corte raso torna a recrudescer. E o faz logo em região de grande significado simbólico: o sul da Bahia, na área do Descobrimento.
Santa Cruz de Cabrália, Belmonte e Porto Seguro responderam por metade da devastação baiana, que deu um salto de 207%. 



Ali tiveram início a exploração desenfreada do pau-brasil e um modelo de uso da terra que equipara progresso à retirada da cobertura florestal.



Nesse domínio surgiram e vicejaram as maiores cidades brasileiras. No presente, nada menos que 72% da população nacional se concentra nessa faixa próxima da costa e precisa da mata atlântica, entre outras benefícios, para preservar recursos hídricos.
Nem tudo é má notícia. 



O monitoramento contínuo iniciado em 1985 pela organização SOS Mata Atlântica indica que estão em regeneração quase 5.000 km² de florestas —basta deixá-las em paz.


Área de cerrado endêmico no Vale do Paraíba será transformada em Parque

segunda-feira, 29 de maio de 2017


A criação de um parque público do cerrado em São José dos Campos ocorrerá possivelmente ainda em 2017, preservando uma formação vegetal única

Uma área na zona sul dde São José dos Campos (SP), que ainda detém o bioma de um cerrado endêmico, surgido dentro de uma área de predominância de Mata Atlântica, abrigará tanto um novo espaço com um centro de estudos. Para os pesquisadores isso é mistério a ser desvendado, pois é totalmente atípica essa ocorrência.
 
 
 
Essa mancha de cerrado, que só ocorre na zona sul para uma estreita faixa na zona leste do município, pegava também onde se encontra o aeroporto local, da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a empresa Avibras, além de alguns pontos do início da Rodovia dos Tamoios.  Atualmente a vegetação típica de cerrado só se encontra as margens da pista de pouso e decolagem e em poucos terrenos nas proximidades.
 
 
 
Os cientistas do Inpe chegaram a pesquisar a formação que surge em meio a Mata Atlântica para saber se é alguma característica peculiar do solo ou de um microclima formado na região há milhares de anos. A possibilidade é que as savanas, conhecidas no Brasil como cerrado, já existam na região há 20 milhões de anos e a Mata Atlântica a cerca de dois mil anos.
 
 
 
O pesquisador Paulo Roberto Martini, ainda nos anos 90, já salientava a importância de se preservar ao máximo essa formação, tanto em sua flora como fauna. Ele não tem dúvida que as savanas eram predominantes na região do Vale do Paraíba, inclusive no território hoje ocupado por São José dos Campos. Inclusive de onde vem o próprio nome do município.  A mancha de cerrado era muito maior, pois ocupava todos os platôs da região e a áreas serranas era de predominância de Mata Atlântica.
 
 
 
Em alguns pontos ainda é possível se ver áreas de transição, que são formadas quando existe uma diferenciação gradativa das espécies vegetais entre os dois perfis. Entre esses pontos está a Serra da Jambeiro, que faz divisa com São José dos Campos.
 
 
 
“É uma formação única, endêmica, não temos nada parecido a centenas de quilômetros daqui. Isso precisa realmente ser preservado e muito bem estudado, em algum momento no tempo geológico isso surgiu como a vegetação primária, original, e que depois foi tomada pela Mata Atlântica devido a mudanças climáticas. Mas o  nível de resiliência essa savana é muito mais alto que o da floresta. Mesmo assim estamos diante de um fenômeno único”, comentou o pesquisador do Inpe.
 
 
 
A faixa do Sudeste, Sul, Centro Oeste brasileiro, passando pelo Uruguai, grande parte da Argentina, Chile e Paraguai se encontram na faixa dos desertos do hemisfério sul do planeta. A área que pega São Paulo, Minas Gerais e Paraná, por exemplo, não são grandes desertos pelo regime de chuvas provocado pela Mata Atlântica. A própria floresta também provocou mudanças no clima costeiro do país até 100 quilômetros para dentro do continente.
 
 
 
“Note que nos períodos de estiagem essas savanas remanescentes e a própria região voltam a se comportar com um deserto. A floresta pode acabar pela interferência do homem ou pelas mudanças climáticas, mas esse cerrado permanecerá tal sua resiliência”, observou Martini.
 
 
 
A área que será o futuro parque foi trocada por uma divida com a prefeitura. Ela se encontra em bom estado de conservação. O objetivo de vereadores, técnicos da prefeitura e representantes da pastoral do meio ambiente, ligada a igreja católica, é implementar o parque e preservar sua biodiversidade o quanto antes, sem que sofra mais interferência da urbanização que a circunda ou ações que desfigurem o bioma.
 
 
 
Para isso já fizeram um debate na Câmara Municipal, que foi acompanhado por cerca de 60 pessoas. O evento foi organizado pela Diocese e que simboliza um gesto concreto da Campanha da Fraternidade 2017, que tem como tema “Biomas brasileiros e defesa da vida” e como lema “Cultivar e guardar a criação”.  A Diocese de São José dos Campos defende a preservação do bioma cerrado por meio da criação de um parque público.
 
 
 
O secretário de Urbanismo e Sustentabilidade, Marcelo Manara, reafirmou a intenção em manter as áreas de preservação integral da cidade e afirmou o interesse da prefeitura em implantar um parque do cerrado. “Existe um processo para criar um parque do cerrado na Cetesb e temos a intenção de prosseguir com o projeto”.
 
 
 
Segundo ele, uma área remanescente de cerrado de cerca de 40 hectares, que equivale a 40 campos de futebol, na região sul deve realmente abrigar o parque público. Segundo Manara, o núcleo possui grande biodiversidade de espécies, além de ser única no Estado de São Paulo.
 
 
 
Em 2010 a prefeitura concluiu um estudo com o mapeamento e levantamento florístico detalhado dos fragmentos de cerrado presentes no município. As principais manchas de cerrado cortam toda a região sul, passando pela área pertencente ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) até a região leste.
 
 
 
A pesquisa contemplou o georreferenciamento das áreas, a caracterização das fisionomias encontradas, entre espécies arbóreas, herbáceas (arbustos e vegetação rasteira) e epífitas (como bromélias e orquídeas), o levantamento florístico por amostragem e a documentação fotográfica das áreas.  Foram identificadas mais de 150 espécies, sendo que destas, 17 são endêmicas, exclusivas do cerrado da região, não ocorrendo em outras áreas de cerrado do Estado de São Paulo.
 
 
 
Segundo a bióloga Letícia Brandão, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o estudo demonstrou a existência de espécies ameaçadas de extinção do cerrado e espécies encontradas somente na região do Vale do Paraíba. Este estudo foi pioneiro no mapeamento desta vegetação dentro do bioma ‘ Cerrado no Vale do Paraíba’, se se tornou um importante instrumento para a conservação da biodiversidade regional.
 
 
 
O projeto temático Viabilidade de Conservação dos Remanescentes de Cerrado do Estado de São Paulo, coordenado por Marisa Dantas Bitencourt, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), que se desenvolve no âmbito do Programa Biota-FAPESP, desenvolvido no começo do ano 2000.
 
 
 
“Embora não estivesse no nosso roteiro original, visitamos as ilhas de Cerrado do Vale do Paraíba, em São José dos Campos, Caçapava e Taubaté. Lá, nos surpreendemos ao encontrar, encravadas em pleno domínio da Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica), áreas razoavelmente extensas de Cerrado com todas as fisionomias campestres: campo limpo, campo sujo, campo cerrado e cerrado stricto sensu, que não tínhamos visto nas outras regiões. Também nos decepcionamos: em razão provavelmente de incêndios, a flora do Cerrado no Vale do Paraíba é muito pobre”, comentou a pesquisadora da USP. (Envolverde)
 
 
 
* Júlio Ottoboni é jornalista diplomado, tem 31 anos de profissão, foi da primeira turma de pós-graduação de jornalismo científico do Brasil, atuou em diversos veículos da grande imprensa brasileira, tem cursos de pós-graduações no ITA, INPE, Observatório Nacional e DCTA. Escreve para publicações nacionais  e estrangeiras sobre meio ambiente terrestre, ciência e tecnologia aeroespacial e economia. É conselheiro de entidades ambientais, como Corredor Ecológico Vale do Paraíba, foi professor universitário em jornalismo e é coautor de diversos livros sobre meio ambiente.  É colaborador Attenborough fixo da Agência Envolverde e integrante da Rebia.
 
 
 
Fonte: Envolverde

Vídeo: Casal de antas celebra o Dia da Mata Atlântica na frente das câmeras

Frame do video
Frame do vídeo

Nas vésperas do dia 27 de maio, quando é celebrado o Dia da Mata Atlântica, um casal de antas (Tapirus terrestris) foi flagrado por visitantes em meio a um passeio na Reserva Natural da Vale (ES) . A área protegida é administrada pela empresa Vale e protege cerca de 23 mil hectares remanescentes do bioma.

Apesar de não ser oficialmente uma Unidade de Conservação reconhecida pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), a Reserva Natural da Vale é uma área de preservação importante dentro da Mata Atlântica e ajuda na proteção do ecossistema de Floresta de Tabuleiro. Por lá já foram registradas mais de 2.300 espécies vegetais, 391 aves e 102 espécies de mamíferos, entre eles as simpáticas antas do vídeo.

Assista ao vídeo do passeio das antas:

https://www.facebook.com/pro.tapir/videos/1329181963829593/

5 Unidades de Conservação que preservam o Pantanal


O Pantanal desperta no imaginário de todo brasileiro uma imagem clássica de rios incontáveis, cercados de verde e que guardam uma exuberante biodiversidade de fauna e flora. Não deixa de ser verdade, visto que se trata de uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. O que a maioria não sabe é que nesse bioma já foram registradas 263 espécies de peixes, 463 de aves, 113 de répteis, 41 de anfíbios e 132 de mamíferos [Dados do Ministério do Meio Ambiente]. Além disso, são quase duas mil espécies de plantas identificadas até hoje.


Essa biodiversidade é um reflexo da influência de outros três biomas: a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica, que tornam a configuração dos ecossistemas pantaneiros única e extremamente rica. Apesar de ser um patrimônio natural em nível mundial — inclusive com várias localidades reconhecidas como Sítios Ramsar –, apenas 4,6% do Pantanal estão protegidos por unidades de conservação. Deste percentual, 2,9% correspondem a unidades de proteção integral e 1,7% de uso sustentável [MMA, 2015]. Isso reforça ainda mais a importância das unidades existentes e atuantes na proteção do bioma, por isso, o WikiParques decidiu selecionar 5 UC’s que têm como objetivo preservar esse patrimônio natural. Veja a nossa lista:


Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (MT)
Registro de uma capivara servindo de poleiro para um pássaro. Foto: Sabrina Saturno/WikiParques
Registro de uma capivara servindo de poleiro para um pássaro. Foto: Sabrina Saturno/WikiParques

Criado em 1981, o parque foi a primeira unidade de conservação instituída com o objetivo de preservar o bioma pantaneiro. Com 135 mil hectares de extensão, é também a maior. Essa introdução já dá a dimensão de importância do parque para proteção do Pantanal, mas isso fica mais evidente com um olhar sobre a fauna e flora local.



Dentro da unidade já foram registradas mais de mil espécies de plantas e mais de 250 espécies de aves.


Entre os mamíferos estão animais ameaçados de extinção como o gato-maracajá, tatu-canastra e o tamanduá-bandeira. Essa rica biodiversidade é um dos maiores atrativos do parque, que realiza passeios para observação da fauna. A visitação, entretanto, só é permitida com autorização prévia do ICMBio.


Parque Estadual Encontro das Águas (MT)
Uma onça-pintada é flagrada pela câmera em seu momento de repouso. Foto: Heris Rocha/WikiParques
Uma onça-pintada é flagrada pela câmera em seu momento de repouso.
 Foto: Heris Rocha/WikiParques


Localizado entre o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul, o Parque Estadual Encontro das Águas foi criado em 2004. Os quase 109 mil hectares de território da unidade de conservação, que é cortada por diversos rios, guardam um relevante patrimônio hídrico da região. Como é característico do bioma, a rica biodiversidade da fauna e flora do parque é um dos destaques que faz a alegria dos visitantes. Onças-pintadas, ariranhas e antas são os protagonistas da unidade. Entretanto, o turismo no parque não ocorre de forma ordenada, portanto atenção na hora de escolher uma agência para realizar o passeio, para garantir que a conduta consciente adequada às unidades de conservação será cumprida!


Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (MT)
Um araçari-castanho faz piruetas na frente da câmera. Foto: Cesar Ivan/WikiParques
Um araçari-castanho faz piruetas na frente da câmera. Foto: Cesar Ivan/WikiParques

A reserva particular ocupa um território de aproximadamente 108 mil hectares, o que a eleva à condição de maior RPPN do país. Criada em 1997, a unidade completa seus vinte anos de vida como uma das referências em conservação e pesquisa dentro do bioma. A reserva faz parte da Estância Ecológica do Sesc Pantanal, que funciona como um grande pólo de educação ambiental na região. Ou seja, a unidade de conservação não apenas preserva, como tem como missão engajar as pessoas na preservação do Pantanal.


Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro (MS)
Foto: Tuiuiú, ave símbolo do Pantanal. Foto: Marcos Araújo/WikiParques
Foto: Tuiuiú, ave símbolo do Pantanal. Foto: Marcos Araújo/WikiParques



O Parque foi criado em 2000 com o objetivo de preservar o habitat da fauna e flora pantaneira, além de proteger os recursos hídricos locais. Apesar de possuir um cardápio de atrativos que vai de trilhas à passeios de barco, à clássica observação da fauna, os 78 mil hectares de extensão do parque estão oficialmente fechados aos visitantes. A vocação natural da unidade de conservação para o turismo ecológico permanece na expectativa da – há tempos – prometida abertura à visitação. Entretanto, passeios escolares já acontecem na unidade, e servem para mostrar aos estudantes o patrimônio que, no futuro, eles terão a missão de preservar.


Parque Estadual do Guirá (MT)
Clique de um jacaré, animal comum na fauna do Pantanal. Foto: Eliane Rossi/WikiParques
Clique de um jacaré, animal comum na fauna do Pantanal. Foto: Eliane Rossi/WikiParques

O Parque Estadual do Guirá está situado no sul do estado do Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia. A unidade foi criada em 2002 e possui aproximadamente 100 mil hectares de extensão. Seu território ajuda na proteção dos recursos naturais da região, além de garantir a preservação do habitat de plantas e animais nativos do Pantanal. Apesar da sua importância para conservação, o parque ainda não foi efetivamente implementado e não oferece infraestrutura de apoio à visitação.

Sentiu falta de alguma unidade de conservação do bioma Pantanal? Deixe sua sugestão nos comentários!