terça-feira, 15 de agosto de 2017

Vejam como a SEGETH enganou os moradores do Park Way.








Na Conferência das Cidades os moradores do Park Way conseguiram, com muito esforço, que o Park Way continuasse a ser um bairro Residencial Exclusivo. A então SEDHAB garantiu que a vontade dos moradores seria respeitada.

Quando  tiveram inicio os trabalhos da LUOS, muito morador perdeu o sono com receio de que a SEGETH retirasse do Park Way a garantia da exclusividade de residência.

Na audiência da LUOS para o Park Way, contudo, a representante da SEGETH tranquilizou os moradores ao mostrar o quadro de categoria de UOS. De acordo com  o quadro (Art.8º), na proposta da LUOS o Park Way continuaria sendo incluído na categoria de Residencial Exclusivo- UOS RE2 - categoria essa que permitia apenas o uso residencial exclusivo. 

Segundo especificou a representante da SEGETH tal categoria garantia que nas residências do Park Way não poderiam ser implementadas atividades de cunho comercial, de prestação de serviços ou qualquer outro tipo de atividade econômica.

(Vejam o vídeo e reparem na segurança da afirmação da representante da SEGETH).

Os moradores respiraram aliviados. Muitos deles saíram da audiência logo depois da explanação da representante da SEGETH confiantes de que o Park Way não seria degradado e poderia continuar cumprindo seu papel de fornecedor de importante serviço ambiental para a população do Distrito Federal. 



O que esses moradores não sabiam é que o texto da LUOS sofreria, após essa introdução apaziguadora, uma reviravolta e que todo o tipo de atividades econômicas passariam a ser permitidas dentro desse "Residencial Exclusivo".


Já no inciso 1º do artigo 8º está escrito que nas UOS R2 podem ser licenciadas atividades econômicas de profissão arte e oficio exercidas pelo próprio morador como Micro empreendedor Individual-MEI ou como profissional autônomo, desde que tais atividades, entre outras, não acarretem movimento de carga e descarga.


O Artigo 101 é ainda mais grave uma vez que permite que  nos bairros Residencial Exclusivo-UOS RE2 sejam autorizados todos os tipos de atividades econômicas previamente proibidos em respeito à categoria de Residencial Exclusivo do bairro. Para tais atividades seria permitida, inclusive, a carga e a descarga de  materiais. O Artigo 101 permite, também, a regulamentação, em um bairro Residencial Exclusivo, de atividades previstas e propostas apenas para bairros incluídos na categoria de uso misto (RO-Residencial Obrigatório).

Segundo ainda esse artigo, "no ato de requerimento da autorização de funcionamento, deve ser protocolada declaração de que o imóvel (que, segundo a SEGETH, deveria ser de uso exclusivamente residencial) é utilizado para o desenvolvimento de atividade econômica e que opta pela alíquota de IPTI para imóvel comercial".


É isso que a LUOS propõe para um bairro Residencial Exclusivo?? Uma total descaracterização do mesmo? 


Não é esse o desejo da comunidade do Park Way. Não foi com esse objetivo que estamos lutando há tantos anos. Não foi essa a vontade dos moradores expressa na Conferência das Cidades. A SEGETH não tem o direito de ignorar assim a vontade dos moradores quando essa vontade, inclusive, está de acordo com as políticas públicas federal e distrital referentes ao meio ambiente e com os compromissos internacionais que fizeram do Park Way uma área estratégica do ponto de vista ambiental, uma vez que os habitantes do Distrito Federal  dependem e muito da preservação ambiental do Park Way.





Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa)



Conheça o Arpa

 

O Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) foi criado em 2002 por meio de um inovador arranjo entre governo federal, órgãos estaduais e instituições privadas e a sociedade civil. O Arpa tem o objetivo de promover a conservação e a proteção permanente de 60 milhões de hectares ou 15% da Amazônia brasileira – uma área maior que a Alemanha. É considerado o maior programa de conservação de florestas tropicais do mundo.

O Programa representa hoje a principal estratégia de conservação da biodiversidade para o bioma amazônico. Por meio da criação, da expansão e do fortalecimento de unidades de conservação (UCs), o Arpa assegura recursos financeiros para a gestão e manutenção das UCs e a promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Além disso, o Arpa garante a efetividade de parte significativa do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), figura como parte importante das políticas de prevenção e combate ao desmatamento ilegal e busca manter bases ecológicas para o desenvolvimento do país.

Atualmente, o Arpa protege 114 unidades de conservação (UCs) na Amazônia brasileira, que representam mais de 59,2 milhões de hectares. As unidades de conservação apoiadas pelo programa são beneficiadas com bens, obras e contratação de serviços necessários para a realização de atividades de integração com as comunidades de entorno, formação de conselhos, planos de manejo, levantamentos fundiários, fiscalização e outras ações necessárias ao seu bom funcionamento.

O Programa Áreas Protegidas da Amazônia é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e implementado pelas instituições de gestão de unidades de conservação. Essas instituições podem ser federais, como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ou estaduais, como os órgãos ambientais dos nove estados amazônicos: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

O Programa possui um arranjo operacional inovador por meio de uma parceria público-privada (PPP) que permite que recursos de doação sejam integralmente internalizados no Brasil via uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), o Funbio. Além disso, a estrutura gerencial é composta pelo Comitê de Programa (com representantes dos governos estaduais e federal, e da sociedade civil), Comitê do Fundo de Transição (com representantes dos doadores e do Governo Federal) e um Painel Científico de Aconselhamento.

As categorias apoiadas pelo Arpa são: Parque Nacional (Parna); Estação Ecológica (Esec); Reserva Biológica (Rebio); Reserva Extrativista (Resex); e Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS).



Para saber mais acesse o site oficial do Governo Federal.
 
 © Arpa
© Arpa

O papel do WWF

 

 

O WWF-Brasil, além de oferecer suporte financeiro para o Arpa, por meio de parcerias com a Rede WWF, tem investido no aprimoramento de gestão das unidades de conservação beneficiadas pelo programa.

A organização contribui com subsídios técnicos para melhorar os processos de captação e sustentabilidade financeira; metodologias de elaboração dos planos de manejo das unidades de conservação; capacitação e melhoria dos processos de gestão; e monitoramento das UCs.

Além disso, atua também na capacitação técnica de gestores de UCs e participa do processo de elaboração de diretrizes para a gestão de mosaicos de áreas protegidas.

O WWF-Brasil é o representante dos doadores no Comitê do Programa (CP) e preside o Comitê do Fundo de Transição.

Assista ao vídeo e entenda um pouco mais sobre o Arpa


 https://youtu.be/AnG1tDnXFAc 

Fotos - Programa Arpa

 

Compromisso com a Amazônia – Arpa para Vida

 

 

Durante a execução da Fase II (2010-2015), a rede WWF, por meio do WWF-Brasil e WWF-US, o Funbio, o MMA, o ICMBio, a Fundação Gordon e Betty Moore e o Linden Trust for  Conservation trabalharam juntos com intuito de discutir e propor um processo único de captação para garantir o aporte de recursos financeiros necessários ao funcionamento do Arpa. A iniciativa, que recebeu o nome de “Compromisso com a Amazônia –Arpa para Vida” foi lançada em 2012, durante a Rio+20, e teve o objetivo de assegurar a manutenção da floresta amazônica no longo prazo e a proteção da biodiversidade e dos serviços ambientais da maior floresta tropical do mundo para a posteridade.



O esforço de captação foi concluído em 2014 e o documento que formaliza a nova estratégia de financiamento para as UCs apoiadas pelo Programa foi assinado no dia 21 de maio de 2014, em Brasília (DF). O documento representou o início de nova fase do Programa (Fase III) e criou um modelo de financiamento inovador, que assegura a alocação de recursos financeiros para a gestão das UCs apoiadas pelo Programa Arpa, aliando a preservação e a promoção do desenvolvimento socioeconômico regional, por meio da criação de um Fundo de Transição, que receberá cerca de 215 milhões de dólares.


De acordo com o documento, o financiamento no longo prazo só será possível por meio do aumento gradativo de recursos públicos para gestão e manejo das UCs, sendo que, após 25 anos, o Governo assumirá 100% o custeio de proteção destas Unidades.


Crianças wajãpi, moradoras do entorno do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque 
 © WWF-Brasil/  Cassandra Oliveira
© WWF-Brasil/ Cassandra Oliveira
 

Proteção da biodiversidade

 

Assista abaixo ao registro em vídeo de uma rara onça-preta, avistada próximo a parques nacionais que fazem parte do Arpa.

STF decide futuro das Unidades de Conservação nesta semana




15 Agosto 2017   | 
 
 


O futuro das 328 Unidades de Conservação (UCs) federais, além de centenas de estaduais, em todo o Brasil pode ser decidido nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quarta (16/8), duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) – 4717 e 3646 – que tratam dos atos de criação, recategorização, ampliação, redução e desafetação dessas áreas protegidas serão analisadas pelo tribunal.






Dependendo da decisão final, os julgamentos dessas ações podem resultar na anulação de praticamente todas as Unidades de Conservação do país, bem como abrir caminho para que essas áreas protegidas sejam reduzidas ou desafetadas por Medida Provisória.




Em resposta à essa ameaça, organizações ambientalistas – Amigos da Terra, Coalizão Pró-UCs, Greenpeace Brasil, ISA, Imazon, Ipam, SOS Mata Atlântica, TNC Brasil e WWF-Brasil – se uniram e lançaram, nesta terça-feira (15), uma nota técnico-jurídica sobre essas ações.




“O Brasil vive na atualidade uma ofensiva sem precedentes às Unidades de Conservação. São inúmeros casos com pleitos para desafetar ou reduzir o tamanho de áreas ou diminuir o ‘status’ de proteção de Unidades de Conservação, além de projetos de lei e outras proposições legislativas destinadas a desconstituir o Sistema Nacional de Unidades de Conservação”, diz a nota.




Uma das ações, a ADI 4717, foi ajuizada pela Procuradoria-Geral da República para questionar a constitucionalidade da redução de oito Unidades de Conservação na Amazônia promovida pela Medida Provisória 558/2012, transformada na lei 12.678/2012.




A norma exclui terras dessas áreas atualmente inundadas pelas usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira (RO), pela hidrelétrica Tabajara, no Rio Machado (RO), e pelas hidrelétricas de São Luiz do Tapajós e Jatobá, no rio Tapajós (PA), além de áreas para regularizar ocupações.




De lá pra cá, o cenário mudou e alguns desses empreendimentos deixaram de ser interessantes para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), tendo inclusive sido excluídas do Plano Decenal de Energia (PDE).



De acordo com a avaliação das ONGs, “a edição de Medida Provisória para reduzir ou desafetar Unidades de Conservação constitui ato flagrantemente incompatível com a natureza do bem jurídico em questão”.




Sobre os efeitos do julgamento, as entidades afirmam que “permitir a redução ou desafetação de Unidades de Conservação por Medida Provisória (...) poderá resultar numa enxurrada de novos pleitos no mesmo sentido, tornando o meio ambiente moeda de troca nas rotineiras barganhas políticas”.




Em manifestação endereçada ao Supremo Tribunal Federal, o professor Paulo Affonso Leme Machado, um dos maiores especialistas em Direito Ambiental no Brasil, manifestou-se no mesmo sentido das organizações: “Há um grave risco ambiental na utilização de medidas provisórias para alterar ou suprimir uma unidade de conservação. A medida provisória tem eficácia imediata, ainda que deva ser convertida em lei, se aprovada no Parlamento. Contudo, há de ser avaliado que há efeitos de uma medida provisória que podem ser irreversíveis para o meio ambiente que se quer proteger.”




Já a ADI 3646, ajuizada pelo governador de Santa Catarina, pretende declarar a inconstitucionalidade do art. 22 da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, por considerar não ser compatível com a Constituição Federal a criação, ampliação e recategorização (mais restritiva sob a ótima ambiental) ser efetivada por ato infralegal (decreto).




Segundo análise das organizações, se a ação 3646 for julgada procedente pelo STF, a criação de áreas protegidas seja paralisada, minando definitivamente a efetividade da lei do Snuc. Segundo a nota, das 328 (trezentas e vinte e oito) Unidades de Conservação federais no Brasil, apenas 5 (cinco) foram criadas por lei.




A eventual declaração de inconstitucionalidade dos dispositivos questionados poderia resultar na declaração de nulidade de praticamente todas as Unidades de Conservação do País.

Confira a íntegra da nota 

Cidade nos EUA vai dar passagem de ônibus de graça para reduzir trânsito

segunda-feira, 14 de agosto de 2017


Ideia é incentivar os moradores a deixarem o carro em casa.

As empresas que operam no centro da cidade de Columbus, em Ohio (Estados Unidos), perceberam que já não há mais lugar para os motoristas de carro estacionarem. A solução para este problema? Incentivar a população a trocar o veículo individual pelo ônibus. Essa é a alternativa apresentada também para reduzir o tráfego.



Hoje, para suprir a demanda de estacionamento, a cidade precisaria construir cerca de quatro mil novos espaços. Com mais lugares disponíveis, os veículos ficariam acomodados por um tempo, mas logo a demanda aumentaria novamente e a estratégia seria impossível de ser manter ao longo dos anos.



Então, ao invés de novas garagens, Columbus quer que os moradores deixem o carro em casa. Para isso, a partir de junho de 2018 uma associação financiada por proprietários do centro da cidade planeja oferecer passes de ônibus gratuitos para mais de 40 mil pessoas que trabalham na área.



Inclusive, segundo o Fast Company, a associação já realizou um piloto para ver o que aconteceria se oferecessem passes de ônibus gratuitos para os trabalhadores da área e o resultado foi um sucesso: entre 844 funcionários das quatro empresas do piloto, o número de passageiros de ônibus dobrou de 6,4% para 12,2%. Com base nesses resultados, o grupo votou recentemente para oferecer passes de ônibus gratuitos a longo prazo, de junho de 2018 até o final de 2020.



Outro ponto levantando é a questão da poluição do ar. A taxa de asma infantil na região representa o dobro da média nacional, em 15,8%. Em um ano, o programa estima que ajudará a evitar mais de 10 milhões de emissões de CO2.



O problema de vagas no centro da cidade começou ao longo dos últimos anos, quando os estacionamentos deram lugar a prédios residenciais – ao passo que cresceu o número de motoristas que escolhem veículos individuais para fazer o trajeto casa trabalho.



Fonte: Ciclo Vivo

ECO21 – O Brasil na contramão com o desmatamento e a energia nuclear

segunda-feira, 14 de agosto de 2017


Diversos acontecimentos neste mês de Julho chamaram a atenção particularmente no Brasil. No campo político, a possível abertura de um processo de impeachment ao Presidente Temer na Câmara dos Deputados foi o fato mais significativo.





Nas suas articulações, o Presidente Temer decidiu agradar a bancada ruralista enviando ao Congresso Nacional um Projeto de Lei que diminui em 350 mil hectares a Floresta Nacional do Jamanxin, uma das principais Unidades de Conservação do país. Este PL, segundo diversos analistas e organizações ambientalistas, como o IPAM Amazônia, “anistia a grilagem e pode gerar um desmatamento adicional de mais de 138 mil hectares, até 2030, provocando a emissão de 67 milhões de toneladas de CO2. Se passar, o PL representará uma confirmação de que o desmatamento fugiu do controle e que, paradoxalmente, tem o aval do Governo”.






O desmatamento do Bioma Chaco, no Paraguai, para fazer carvão, e na, Bolívia, para plantar soja, se soma à destruição do Cerrado que muito em breve será transformado num deserto sem recursos hídricos. Essa situação leva a uma análise mais aprofundada sobre o desaparecimento das florestas tropicais no mundo. O Professor Luiz Marques da UNICAMP, num artigo recente adverte que estaríamos vivenciando o último século das florestas tropicais. Reproduzindo dados de 2001 do Earth Observatory da NASA ele informa: “se a taxa atual de desmatamento continuar, as florestas tropicais desaparecerão dentro de 100 anos, provocando efeitos desconhecidos sobre o clima global e eliminando a maioria das espécies vegetais e animais no Planeta”.





Essa observação se encontra fundamentada em observações de imagens de satélite e nelas a região amazônica figura em primeiro lugar. No dia 10 deste fatídico Julho, a publicação científica PNAS da Academia Nacional de Ciências dos EUA, alertou que a atividade humana está precipitando a “aniquilação biológica” e promovendo um evento de extinção em massa, que seria o sexto fenômeno deste tipo na evolução da vida na Terra. Dois dias depois, aconteceu o colapso da plataforma de gelo Larsen C na Antártida, provocando a formação de um gigantesco iceberg, estimado em um trilhão de toneladas de gelo. O iceberg tem quase a mesma área de algumas ilhas muito conhecidas; é maior que Bali, Trinidad e um pouco menor que Córsega, Chipre ou Porto Rico.




Mas a dramática realidade planetária não se limita a isso, neste mês a National Oceanic & Atmospheric Administration (NOAA) dos EUA revelou o aparecimento de uma gigantesca “zona morta” no Golfo do México de 15 mil km2, quase 15 vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro, onde a água não tem oxigênio suficiente para que os peixes sobrevivam. Isso se deve aos agrotóxicos e produtos químicos utilizados pelos agricultores a quilômetros de distância.





É o que o jornalista e ambientalista Dal Marcondes chama de “terra envenenada” citando um informe da FAO: “os solos estão contaminados por conta das atividades dos homens, que descartam uma grande quantidade de produtos químicos nas áreas utilizadas para produzir alimentos”. Por sorte surge uma esperança, Nicolas Hulot, Ministro da Transição Ecológica e Solidária da França de Macron, decidiu banir alguns agrotóxicos, fechar l7 centrais nucleares até 2025, proibir até 2040 o uso de carros com combustível fóssil, e levar a França a zerar as emissões de CO2 até 2050.




Na Coreia do Sul, O novo Presidente Moon Jae-In, prometeu que o país acabará com a dependência de energia nuclear e investirá em fontes de energia renováveis. Ele espera que o país entre em uma “era livre da energia nuclear” assim como o governo espanhol que decidiu fechar a sua central nuclear de Santa Maria Garoña, a mais antiga do país. Enquanto isso o Brasil vai à contramão pensando em terminar de construir a central nuclear de Angra 3.





Acompanhando as boas notícias, a empresa Tesla concluiu uma enorme usina solar de 55.000 painéis na ilha havaiana de Kauai, que permitirá o armazenamento de energia em escala industrial. Como resultado, 44% da energia da ilha virão de fontes renováveis. Será a primeira iniciativa solar a fornecer energia de forma confiável 24 horas por dia, 7 dias por semana. O Havaí estabeleceu metas de eliminar todas as fontes de energia não renováveis até 2045. Aloha spirit!


Leia a revista ECO21 de julho/2017 através do link: www.eco21.com.br


Fonte: Envolverde

Poluição mata duas vezes mais que o trânsito em São Paulo

segunda-feira, 14 de agosto de 2017


Poluentes atmosféricos foram a causa de 31 mortes precoces por dia no Estado em 2015.

Um novo estudo do Instituto Saúde e Sustentabilidade, lançado nesta segunda-feira (14) Dia Mundial da Poluição, mostra dados alarmantes sobre os poluentes atmosféricos em São Paulo.  Eles foram a causa de 31 mortes precoces por dia no Estado em 2015, ou um total de 11.200 no período – mais que o dobro das mortes provocadas por acidentes de trânsito (7867), cinco vezes mais que o câncer de mama (3620) e quase 6,5 vezes mais que a AIDS (2922).  Permanecer duas horas no trânsito da capital equivale a fumar um cigarro.



Este grave problema de saúde pública permanece praticamente ignorado pela população e pelo poder público porque a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA 03/1990, que estabelece os padrões de qualidade do ar nacionais em vigor até hoje, foi implementada há 27 anos e, portanto, não reflete os novos conhecimentos científicos sobre o tema. Apesar de terem dado início a um processo progressivo para que se atinjam os padrões recomendados pela OMS, os estados de São Paulo e Espírito Santo não estabeleceram prazos para o cumprimento das etapas e continuam empregando parâmetros defasados.


“É inaceitável que um problema de saúde pública desta dimensão continue invisível”, adverte o Dr. Paulo Saldiva, diretor do Instituto de Ensinos Avançados da USP, e um dos autores do estudo.  “O Instituto Saúde e Sustentabilidade propõe a atualização dos padrões de qualidade do ar preconizados pela OMS dentro do menor prazo possível. Embora não altere a situação do ar, mudar o padrão permitirá entender a real situação para que possamos agir para sanar o problema – como agora, por exemplo, com a revisão dos padrões de qualidade do ar que acontece no CONAMA e com o edital do transporte público e projetos sobre combustíveis limpos para o transporte público de São Paulo, por exemplo.  Nessas horas, dados corretos podem fazer a diferença em prol de projetos de lei e políticas públicas eficientes”, completa.



O estudo, que é uma releitura do Relatório de Qualidade do Ar 2015 da CETESB,”Qualidade do Ar no Estado de São Paulo Sob a Visão da Saúde” promove pela primeira vez a análise dos dados da CETESB segundo os padrões de qualidade de ar recomendados pelo Air Quality Guidelines, an Update da Organização Mundial da Saúde.  A precisão dos dados é assegurada pelo fato de que O Estado de São Paulo possui a melhor e mais precisa rede de monitoramento ambiental de poluição do ar da América Latina. Os coeficientes adotados pela Organização Mundial da Saúde, por sua vez, resultam da análise de centenas de estudos realizados por grupos de pesquisa de várias partes do mundo (incluindo o Brasil) que trouxeram evidências conclusivas relacionando poluição do ar e morbidade e mortalidade prematura.



Doenças cardio e cerebrovasculares, tais como arritmia, infarto do coração e derrame cerebral, representam 80% dos efeitos da poluição do ar.  Ela é causa comprovada dos cânceres de pulmão (o mais letal dos tumores) e de bexiga. O ar poluído está também relacionado a metade dos casos de pneumonia em crianças.  Segundo a Organização Mundial de Saúde, a poluição do ar causou 8 milhões de mortes precoces no mundo em 2015 e é atualmente a principal causa de morte por complicações cardiorrespiratórias relacionadas ao meio ambiente.



Os níveis dos padrões de qualidade do ar paulistas e nacionais são superiores aos níveis críticos de atenção e emergência determinados por outros países. O padrão anual de qualidade do ar paulista foi ultrapassado por medidas de 5 estações automáticas (9,6%) pela régua da CETESB. Mas empregando-se os parâmetros da OMS, o limite aceitável foi ultrapassado em 48 estações automáticas (92%).  Já o monitoramento da concentração das médias diárias do particulado inalável MP10 exemplo em todas as estações automáticas do estado de São Paulo ao longo de 365 dias mostra que ele ultrapassou os padrões da OMS 2214 vezes, mas apenas 128 vezes os padrões usados pela CETESB.  Mantendo-se os níveis de poluição do ar no estado como hoje, até 2030 teremos 250 mil mortes precoce e 1 milhão de internações hospitalares com dispêndio público de mais de R$ 1,5 bilhão, em valores de 2011.



“Com este estudo, o Instituto Saúde e Sustentabilidade visa alertar sobre os riscos da nossa legislação ambiental de aceitar como seguras concentrações de poluição do ar reconhecidamente lesivas à saúde da população”, alerta a Dra. Evangelina Vormittag, autora do relatório. “Não é por falta de uma qualificada pesquisa científica e informação que isso ocorre em nosso país – o Brasil é um dos países que mais publica sobre o tema no mundo, entre os seis primeiros, entretanto, não conseguiu estabelecer políticas públicas suficientes, que venham controlar os malefícios ambientais para a saúde humana e a diminuição dos gastos públicos em saúde decorrentes”, acrescenta.



Fonte: Ciclo Vivo

"Evitando Extinções de Espécies no Brasil: Exemplos e Princípios"






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É com grande satisfação que convidamos a comunidade acadêmica e administrativa da UnB para a 4ª Palestra do IB Discute, ministrada pelos Professores Lisa Davenport (University of Florida), John Terborgh (Duke University) e Paulo Antas (Fundação Pró-Natureza). O tema geral será "Evitando Extinções de Espécies no Brasil:  Exemplos e Princípios" na sexta-feira dia 18/08/2017às 15h, no Auditório 1 do IB. Os palestrantes falarão em espanhol e português, abordando projetos sobre as aves de praias do rio Araguaia e as grandes rotas migratórias intercontinentais.
O IB Discute tem por objetivo debater temas de relevância acadêmica em ciências da vida e áreas correlatas como educação, tecnologia, inovação e cultura, promovendo reflexões acerca das conquistas e dos desafios da universidade.
            Cordialmente,

Prof. Jaime Martins de Santana
Presidente da Comissão

Dr. Aldenir Paraguassú
Presidente da Funatura

Profa. Andrea Queiroz Maranhão
Diretora do IB