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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Comissão da Câmara aprova o óbvio ululante!Finalmente o óbvio está sendo reconhecido como tal!



Comissão da Câmara aprova estatuto que só reconhece união entre homem e mulher

Comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, 24, o Estatuto da Família, que define como "família" apenas a união entre homem e mulher e exclui do texto as relações homoafetivas. O parecer, do deputado Diego Garcia (PHS-PR), foi aprovador por 17 votos a 5. Houve bate-boca e a sessão de votação se estendeu por cinco horas.

Deputados contrários à proposta, entre eles parlamentares do PT, PcdoB e PTN, tentaram adiar a votação, apresentando uma série de requerimentos. Todos foram derrubados. O deputado José Carlos Bacelar (PTN-BA) alertou que a Constituição não tem qualquer vedação a classificar uniões homoafetivas como família, segundo informações da Agência Brasil.


Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu os direitos dos casais homoafetivos e tem seguido esse entendimento em vários recursos julgados, como pensão por morte, partilha de bens, adoção de menores e direito à pensão.


"Essa decisão vem alinhada a outras decisões conservadoras (da Câmara) que vão impingir à sociedade a médio e longo prazo situações muito conflitantes. Dizer que família é apenas homem e mulher vai trazer consequências muito difíceis para crianças criadas por casais homossexuais, por exemplo", afirma Beto de Jesus, secretário para América Latina e Caribe da Associação Internacional de Lésbicas e Gays (ILGA, na sigla em inglês).


"Vai ficar muito bizarro você ter o estado reconhecendo a sua união, o seu casamento, e ao mesmo tempo uma lei da Câmara dizendo que você não é família. Essa medida é uma resposta dos conservadores aos avanços conquistados pela comunidade no Judiciário", explica. Beto diz ainda que esse é um "momento de luto" e de "obscurantismo", que vai na "contramão da História".


Fonte: Estadao Conteudo



Comentário

Marcello

No dia em que casal homossexual conseguir constituir família por métodos naturais, eu apoiarei a mudança do estatuto. Mas até então eu estou com a maioria que aprovou que família é só entre homem e mulher. Constrangedor é saber que não fui gerado de forma natural entre um homem e uma mulher.
 
 
Família gera família, sendo que, família só pode gerar se tiver um homem e uma mulher!

Como manter floresta em pé salva vidas

Por Paulo Barreto
Queimada na FLONA do Jamanxim. Novo Progresso, Pará. Foto: Leonardo Freitas
Queimada na FLONA do Jamanxim. Novo Progresso, Pará. Foto: 



Leonardo Freitas



Quando viajo a são Paulo para algum evento, tento me hospedar perto do Parque do Ibirapuera pois gosto de começar o dia com uma caminhada ou pedalada em um lugar agradável. Porém, após duas horas em São Paulo meu corpo começa a reagir contra o ataque da poluição atmosférica, especialmente na época mais seca. Os olhos e nariz ardem e a coriza aparece.



Meu corpo está certo em querer sair dali, pois a exposição prolongada a poluição mata por causar ou agravar doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, câncer de pulmão e infecções respiratórias agudas. De fato, estudo publicado na revista Nature esta semana revelou que 3,3 milhões de pessoas morreram prematuramente por causa de poluição atmosférica no mundo, considerando os dados de 2010. Isto é quase equivalente a perder todo ano a população da área metropolitana de Curitiba.



Para evitar estas mortes cada região deve reduzir as emissões específicas de poluentes. A poluição não é apenas aquela oriunda da queima de combustíveis para gerar energia, das indústrias e do transporte. Em várias regiões, a agropecuária é a fonte mais importante de poluição. Na Europa, no leste dos estados Unidos e partes da Ásia, o uso excessivo de fertilizantes e a criação de animais confinados são a principal causa da poluição.



No Brasil, segundo o estudo na Nature, a queima de biomassa (ou seja, a queimada para limpar o solo depois do desmatamento, a queima de restos da agricultura e incêndios florestais) foi responsável por 70% da poluição atmosférica. Portanto, a poluição atmosférica em grandes cidades do centro sul do Brasil inclui as fontes locais (transporte, indústria) e as queimadas no centro oeste e na Amazônia. As imagens abaixo ajudam a entender a influencia das queimadas. A fumaça oriunda das queimadas de milhares de quilômetros quadrados de floresta na Amazônia e no Cerrado é transportada pelos ventos para áreas muito distantes no Brasil e na América do Sul.
Extensa área da Amazônia coberta por fumaça de queimadas. Os pontos vermelhos indicam áreas com fogo ativo. As nuvens são as estruturas arredondadas brancas. Setembro de 2007. Imagem é cortesia de MODIS Rapid Response Team no Goddard Space Flight Center da Nasa.
Extensa área da Amazônia coberta por fumaça de queimadas. Os pontos vermelhos indicam
 áreas com fogo ativo. As nuvens são as estruturas arredondadas brancas. Setembro de 
2007. Imagem é cortesia de MODIS Rapid Response Team no Goddard Space Flight Center 
da Nasa.



Os pesquisadores projetaram que o número de mortes prematuras pode dobrar até 2050 considerando que nada seria feito para mudar as práticas agroindustriais e o aumento populacional. Entretanto, outro estudo científico lançado esta semana na revista Nature Geoscience traz uma boa notícia sobre o Brasil. A redução do desmatamento na Amazônia entre 2001 e 2012 evitou cerca de 1.700 mortes prematuras por ano na América do Sul, das quais cerca de 1.000 no Brasil.



Mas muita gente continua morrendo desnecessariamente, pois o Brasil ainda é o pais que mais desmata floresta no mundo. Cerca de 11.000 km2 (ou 10 vezes o tamanho do município do Rio de Janeiro) de florestas na Amazônia e Cerrado viraram fumaça a cada ano nos últimos anos.


Para salvar vidas, o Brasil pode e deve zerar este desmatamento rapidamente. O Brasil pode manter suas florestas e aumentar a produção agropecuária nas áreas já desmatadas e mal utilizadas. Para isso deverá usar medidas de apoio e repressão que tem sido aprendidas nos últimos anos como propôs um conjunto de organizações não governamentais nesta semana.


Por exemplo, um aumento de 50% na produtividade da pecuária bovina seria suficiente para atender a demanda por produtos agropecuários até 2040 na áreas já desmatadas. O crédito rural que é subsidiado por todos brasileiros que pagam impostos deveria ser o maior acelerador desta transformação.



O poder de mudar as práticas é enorme considerando o volume de crédito disponibilizado: R$ 212 bilhões para a safra 2015-2016. Para acelerar a adoção da agricultura de baixo carbono (ABC), o governo poderia estabelecer a meta de alocar todo crédito rural para estas técnicas em uma década, sendo que a cada ano dez por cento de todo o crédito seria destinado ao Programa ABC. Esta transição seria apoiada por outras medidas, como a capacitação massiva de produtores rurais, estudantes e profissionais que atuam na área, como tem sido feito em outros países em desenvolvimento.



Do lado da repressão, o país aprendeu que aplicar penas mais duras e rápidas funciona. As penas incluem o confisco de gado de quem desmatou ilegalmente e a prisão de quem desmatou e se apropriou (grilagem) de terras públicas o que envolve outros crimes como a formação de quadrilha, a sonegação de impostos e a lavagem de dinheiro. A criação de Unidades de Conservação e o reconhecimento de Terras Indígenas também ajudaram a proteger extensas áreas na Amazônia. Portanto, o governo deve ampliar e intensificar estas medidas.



Falta ainda o governo federal usar políticas fiscais contra o desmatamento. Por exemplo, o combate à sonegação do Imposto Territorial Rural (ITR) ajudaria a reduzir o desmatamento especulativo. Por falhas na cobrança e nas regras, quem desmata para fins de especulação consegue manter extensas áreas improdutivas pagando um imposto muito baixo.



Quem pode implementar políticas para zerar o desmatamento e salvar vidas? A maioria das pessoas talvez imagine que sejam a Ministra de Meio Ambiente e os Secretários Estaduais de Meio Ambiente. De fato, eles podem fazer mais. Porém, a pessoa mais importante para reduzir a poluição oriunda do desmatamento no Brasil é Kátia Abreu, a Ministra da Agricultura e Pecuária (Mapa). Historicamente, o Mapa tem resistido as políticas ambientais.



A atual Ministra, enquanto senadora, foi uma das líderes da revisão do código florestal em 2012 que anistiou parte do desmatamento ilegal em todo o Brasil.



Desde então, aumentaram as evidências de que o desmatamento agrava a escassez de água (como os paulistas tem aprendido) e que provoca mortes prematuras. Estas novas evidências poderiam sensibilizar a Ministra a usar o seu poder e ajudar a salvar vidas. Imagine a alegria que ela sentiria contando para sua neta em 2022: a vovó ajudou a zerar o desmatamento e a salvar vidas.


As empresas que compram produtos agropecuários também podem fazer mais e contar boas estórias para seus consumidores. O desmatamento caiu quando empresas deixaram de comprar soja e gado oriundos de áreas desmatadas recentemente.


Porém, muitas empresas ainda burlam os acordos pelo desmatamento zero. Experimente perguntar no supermercado se a picanha que você vai comprar para o churrasco foi produzida em áreas livre de desmatamento recente. Depois, comente aqui se o supermercado soube responder.



*Publicado originalmente no blog Amazônia Sustentável.


Cerrado fica de fora da meta do clima do País




O plano de zerar o desmatamento ilegal só considera a região da Amazônia
O plano de zerar o desmatamento ilegal até 2030, contido na meta apresentada no domingo, 27, pelo Brasil para colaborar com o combate às mudanças climáticas, só considera a Amazônia.


Os outros biomas ficaram de fora do compromisso apresentado para a Conferência do Clima da ONU (COP), que será realizada em Paris no fim do ano.



"Isso quer dizer que vai se admitir o desmatamento ilegal nos outros biomas?", questionou o engenheiro florestal Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima. Ele falou em evento da Andi e da Aliança pelo Clima e Uso da Terra (Clua) em Brasília para jornalistas sobre a COP, na segunda-feira, 28.


A crítica foi compartilhada por Paulo Moutinho, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. "É importante lembrar que grande parte da redução do desmatamento na Amazônia se deu porque houve migração para o Cerrado.

"O diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Adriano Santhiago de Oliveira, rebateu as críticas. Para a Amazônia temos um sistema robusto de fiscalização. Para os outros biomas, ainda não temos isso. Então preferimos apontar por enquanto o que é factível."


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: Estadao Conteudo

INACEITÁVEL! STF SE CURVA DIANTE DO “MAGO” NELSON JOBIM, UM EX-MINISTRO DA CORTE, TRANSFORMADO EM LOBISTA DE CRIMINOSOS CONFESSOS.


NELSON JOBIM
NELSON JOBIM
NELSON JOBIM é o responsável pelo fatiamento da Lava Jato e pela interferência para soltar Renato Duque…  Só Deus mesmo!



O Antagonista, editado por Diogo Mainardi e Mário Sabino publica nesta segunda, 28, que o ex-Ministro do STF, Nelson Jobim começou a operar junto a Suprema Corte em favor dos “bandidos” do Petrolão. O Brasil e nós estamos f******.  Só resta a esperança   de que a FORÇA TAREFA MORAL – integrada por modernos Juízes Federais e atualíssimos Procuradores da República – façam justiça e coloque Jobim no seu devido lugar… de EX.
Eis o post do Antagonista


Disque “J” para salvar-se
Em 27 de fevereiro, publicamos com exclusividade que Renato Duque, preso em novembro do ano passado, fora solto logo depois graças à intervenção de um ex-ministro do STF, que socorreu Lula a pedido do próprio petista. Leiam (ou releiam) a notícia:



No contexto da Operação Lava Jato, uma das perguntas que permaneciam sem resposta era por que Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, foi solto por ordem do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal — e, depois, teve novo pedido de prisão preventiva negado por obra do mesmo Teori, que convenceu Gilmar Mendes e Carmen Lúcia a segui-lo na decisão. Afinal de contas, está mais do que provado que Renato Duque, homem de José Dirceu e do PT, era um dos principais engenheiros do propinoduto que sangrou a estatal.


O Antagonista apurou com três fontes de alto escalão, para chegar à resposta. Renato Duque não está livre por falha de argumentação do juiz Sergio Moro e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como pensam alguns. Esse foi apenas o pretexto. Renato Duque está livre por causa de Lula.


A prisão de Renato Duque, em novembro do ano passado, fez com que a sua mulher entrasse em desespero. Sem poder contar com José Dirceu, pato manco depois do mensalão, ela recorreu a Paulo Okamotto, o faz-tudo de Lula. Para acalmá-la, Okamotto afirmou que a situação se arrumaria num curto espaço de tempo, mas ela lhe disse que não cairia nessa conversa. Que, se fosse necessário, teria como reunir provas suficientes para provar que Lula sabia e participara do esquema do petrolão.


Diante da ameaça, Okamotto disse a Lula que ele deveria encarregar-se da questão pessoalmente. Lula encontrou-se com a mulher de Renato Duque e tentou persuadi-la de que o seu marido ficaria na prisão menos do que se imaginava. Em vão. Ela voltou a afirmar que implicaria o ex-presidente no escândalo, se Renato Duque não fosse libertado rapidamente.


Acuado, Lula pediu ajuda a um ex-ministro do STF de quem é muito amigo. Ele se prontificou a socorrer o petista. O melhor caminho, disse o ex-ministro do STF a Lula, era procurar Teori Zavascki. Foi o que o amigo de Lula fez: marcou um encontro com Teori Zavascki, para lhe explicar como era urgente que Renato Duque fosse solto, porque, caso contrário, Lula seria envolvido “injustamente” num escândalo de proporções imprevisíveis para a estabilidade institucional. Teori Zavascki aquiesceu. Avisado pelo amigo ex-ministro do STF, Lula comunicou à mulher de Renato Duque que tudo estava resolvido.


Foi assim que Renato Duque, passados pouco mais de quinze dias após a sua prisão, viu-se do lado de fora da carceragem da Polícia Federal em Curitiba.


Hoje, podemos afirmar que o ex-ministro do STF é Nelson Jobim.
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ALERTA TOTAL! ALTO COMANDO DO EXÉRCITO É CONVOCADO




exercito alto comando
Postado agora há pouco pelo o Antagonista a informação que o Alto Comando do Exército acaba de ser convocado.  15 Oficiais Generais não se reunirão só para analisar e interpretar o Decreto 8.515.


Por sinal, os Clubes Militares publicaram no último sábado a seguinte nota:


NOTA DOS CLUBES MILITARES

 

Decreto nº 8515

 

25 de setembro de 2015


O que se sabe do Decreto nº 8515, originado no MD e assinado pela Presidente da República no início deste mês, é que o mesmo retira poderes dos Comandantes das Forças. Conclui-se que o documento foi elaborado e emitido por incompetência, dolo ou até mesmo pelas duas razões. Aliás, esses aspectos muitas vezes estiveram presentes nos atos desse governo.


A incompetência fica evidente em toda a tramitação do decreto. E a probabilidade do dolo, por estar inserido nele artigo fora do contexto – e que vai ao encontro de antiga aspiração dos ideólogos de esquerda, hoje no governo – a de exercer influência na elaboração dos currículos das escolas militares. O outro aspecto que indica o dolo foi se fraudar a assinatura de um Comandante de Força que, na ocasião, respondia pelo MD por motivo de viagem do seu titular.


No nosso entendimento, os Comandantes de Força atuaram com determinação, coesos, no limite de seus poderes, na tentativa de reverter o teor do documento. Embora positivos, os resultados obtidos, no que se refere aos seus efeitos práticos, são insuficientes – no nosso entendimento e no de vários juristas, dentre eles um ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, também ex-ministro da Defesa. O documento não pode existir, deve ser anulado, dizem, por ser inconstitucional. Espera-se por sua anulação.


Como a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara de Deputados chamou a si a apuração do problema, estaremos atentos ao resultado, inclusive quanto à punição dos responsáveis e um necessário pedido de desculpas aos prejudicados.
V Alte Paulo Frederico Soriano Dobbin – Presidente do Clube NavalGen Div Gilberto Rodrigues Pimentel – Presidente do Clube MilitarMaj Brig-do-Ar Marcus Vinícius Pinto Costa – Presidente do Clube da Aeronáutica


O Correio Braziliense publicou ontem uma entrevista com o comandante Eduardo Villas Bôas.


Ele disse o seguinte:

“A gente encarna uma referência de valores da qual a sociedade está carente. Não tenho dúvida. A sociedade esgarçou seus valores, essa coisa se perdeu. 


Essa é a principal motivação de quererem a volta dos militares. 


Mas nós estamos preocupados em definirmos para nós a manutenção da estabilidade, mantendo equidistância de todos os atores. Somos uma instituição de Estado. 


Não podemos nos permitir um descuido e provocar alguma instabilidade. A segunda questão é a legalidade. Uma instituição de Estado tem de atuar absolutamente respaldada pelas normas em todos os níveis.”


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INTELIGÊNCIA DO EXÉRCITO PRODUZ RELATÓRIO SECRETO SOBRE LAVA JATO E SEM TERRAS



SEM TERRA POLICIA
COMETEU UM ABISSAL EQUÍVOCO QUEM IMAGINAVA QUE AS FFAA DORMIAM EM BERÇO ESPLÊNDIDO. 


COM  A INTELIGÊNCIA EM CAMPO  INFORMAÇÕES PREOCUPANTES CHEGARAM AOS COMANDANTES, PRINCIPALMENTE SOBRE ACAMPAMENTOS DE SEM TERRAS CONSIDERADOS “ATÍPICOS”. 



ATÍPICOS? O QUE SERIA ISSO? DO QUE SE TRATA? 

O ANTAGONISTA PUBLICA:  O Centro de Inteligência do Exército preparou um relatório secreto sobre a atual conjuntura brasileira. O documento será analisado na reunião do Alto Comando que começou hoje.


Nele constam projeções sobre as consequências da crises econômica e política, avaliação de possíveis impactos da Lava Jato em obras de infraestrutura com a participação da força terrestre e um levantamento de acampamentos de sem-terra considerados ‘atípicos’.
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Sabe aquele post que você escreveu criticando determinado político?Você poderá pegar até seis anos de cadeia por causa disso!!!Assinem a petição



Um projeto de lei ameaça a liberdade na internet reprimindo os dissidentes e instituindo uma espionagem generalizada contra qualquer pessoa que disser ou postar qualquer conteúdo online considerado "ofensivo" pelos nossos políticos e autoridades. Inadmissível. Junte sua voz em protesto. Temos apenas 24 horas:

Assine a petição

Caros amigos,

Sabe aquele post que você escreveu criticando determinado político por sua inoperância no governo? Cuidado, se o projeto de lei que está em andamento na Câmara for aprovado, você poderá pegar até seis anos de cadeia por causa disso. Jura? Juro.

Com a atenção voltada para a crise político-econômica, alguns parlamentares estão se aproveitando do momento e tentando aprovar por baixo dos panos um projeto que ameaça nossa liberdade na internet.

A primeira votação iria acontecer dia 22 de setembro, mas foi adiada por causa da pressão de movimentos dos direitos digitais. Agora, temos 24 horas para vencer -- vamos barrar essa lei horrorosa de uma vez por todas.

Assine a petição e, em seguida, faça uma ligação para os deputados envolvidos no projeto de lei espião. Se eles achavam que poderiam aprovar esse projeto na surdina, nós vamos provar que eles estavam errados fazendo seus telefones tocar sem parar!

https://secure.avaaz.org/po/nao_ao_pl_espiao_d/?bDxPgbb&v=65602

Pra facilitar as investigações, o projeto de lei altera o Marco Civil da Internet, que ajudamos a aprovar em uma grande mobilização no ano passado. O #PLespião, como foi batizado por ativistas da rede, é um verdadeiro ataque à nossa privacidade, com sérias consequências também para a liberdade de expressão na rede e para a democracia.

Qualquer pessoa que falar algo que possa ser considerado uma ofensa poderá ter seus dados acessados diante de uma mera solicitação da polícia e ter seu conteúdo retirado com uma simples ordem judicial, antes que o julgamento, que definirá se a pessoa é culpada ou não, seja finalizado. Todos serão vigiados constantemente e tratados como criminosos em potencial.

Será que nossos deputados são tão sensíveis que não conseguem lidar com a crítica do povo? Ou será que estão legislando em causa própria para perseguir e reprimir aqueles que os criticam? Não podemos permitir que, em pleno ano de 2015, eles usem da espionagem contra os próprios cidadãos de seu país! Junte sua voz e passe a petição adiante -- depois ligue para os deputados:

https://secure.avaaz.org/po/nao_ao_pl_espiao_d/?bDxPgbb&v=65602

Às vezes não dá pra acreditar nos absurdos que alguns de nossos deputados propõem como lei. Desta vez, querem cercear a liberdade de expressão na internet… Por isso, vamos mostrar a eles que nossa comunidade segue firme e forte, lutando por mais liberdade, não menos. Juntos, defenderemos nossos direitos.

Com determinação e força,

Diego, Joseph, Carol, Débora, Luis e toda a equipe da Avaaz

MAIS INFORMAÇÕES:

Cuidado com o projeto de lei que ataca a sua privacidade e a liberdade de expressão (Brasil Post)
http://www.brasilpost.com.br/cts-fgv/liberdades-sob-ataque_b_8149356.html

O crime de falar mal de político (Folha de S.Paulo)
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ronaldolemos/2015/09/1684295-o-crime-de-falar-mal-de-politico.shtml

PL que permite espionagem na internet será votado nesta terça (Carta Capital)
http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/pl-que-permite-espionagem-na-internet-pode-ser-aprovado-na-camara-amanha-4409.html

Câmara analisa projetos de lei que fragilizam a proteção de direitos na rede (Brasil Post)
http://www.brasilpost.com.br/instituto-de-tecnologia-e-sociedade/direitos-internet_b_8168002.html

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Guilherme Dutra: “Áreas protegidas podem ser grande vetores do desenvolvimento”

Por José Truda e Marcio Isensee e Sá
O colunista José Truda entrevista Guilherme Dutra, no stand de ((o))eco.
O colunista José Truda entrevista Guilherme Dutra, no stand de ((o))eco.



Não restam dúvidas sobre a importância da criação de novas áreas protegidas marinhas e costeiras no Brasil. Mas essa certeza reside apenas no círculo acadêmico e dos movimentos ambientalistas. A população leiga tem dificuldades em compreender que as áreas protegidas [terrestres ou marinhas] podem ser grandes vetores do desenvolvimento.


 Essa é a conclusão de Guilherme Dutra, diretor do programa marinho da Conservação Internacional (CI) no Brasil, em conversa com José Truda, colunista de ((o))eco, na última quarta-feira (23), durante a realização do VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação.


“Nós não conseguimos perceber isso de maneira concreta, em parte porque [...] a gente carece de bons modelos, a gente carece de unidades que estejam funcionando de uma forma completa”, disse.


Dutra apresentou alguns projetos da CI sobre conservação marinha: a agenda de ampliação do Parque de Abrolhos e o trabalho que a ONG está realizando na costa do Amapá, Pará e Maranhão.


O principal projeto marinho da CI no momento é o pesca sustentável, que cria incentivos para quem pesca de forma sustentável. “No mundo da pesca só ganha quem pesca mais. É uma mineração. A gente precisa pescar melhor, essa é a mudança de paradigma que precisa acontecer”.


Abaixo, veja o vídeo completo da entrevista de José Truda com Guilherme Dutra.



Se consideram donos do país!MST invade fazenda de Pedro Corrêa após ele entregar Lula e Dilma

domingo, 27 de setembro de 2015

MST invade fazenda de Pedro Corrêa após ele entregar Lula e Dilma

Dezenas de famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram nesta manhã deste domingo a Fazenda Boa Esperança, de propriedade da família do ex-deputado Pedro Corrêa, no município de Brejo da Madre de Deus (PE), a 200 quilômetros da capital Recife. Familiares do ex-deputado afirmam que a ação é uma retaliação às revelações que Corrêa, preso na Operação Lava Jato, vem fazendo dentro do processo de delação premiada que ele negocia com a Justiça.
"Estou preocupado com a minha segurança e a de meus irmãos. Para se manter no poder, essa gente é capaz de fazer qualquer coisa. Se invadiram a nossa fazenda, o que mais podem fazer? Essa gente do PT é capaz de tudo", disse a VEJA Fabio Corrêa Neto, filho do ex-deputado.

Corrêa afirmou em depoimento que o petrolão foi criado dentro do Palácio do Planalto, com o conhecimento e aval do ex-presidente Lula e mantido pela presidente Dilma Rousseff.

O ESTADO DE decomposição do governo Dilma em-pesteia o ar, particularmente o de Brasília. E esse é o problema do cadáver insepulto: incomoda todo mundo.

O GLOBO - 28/09

"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena" ensinou Fernando Pessoa, o maior poeta da língua portuguesa. Ou como ensinou Lula em reunião com correligionários, a propósito da conjugação de crises que ameaça derrubar a sua sucessora: vale a pena perder ministérios, mesmo os mais importantes, desde que não se perca a Presidência e não se vá preso. Para ele, o mais seria diletantismo ou poesia.

NA ESTEIRA da demonstração de pragmatismo de Lula, merece ser lembrado o que disse Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, ao comentar para a revista "Carta Capital", na semana passada, a situação vivida pela presidente Dilma Rousseff. Disse Viana: "Para salvar o governo, a única solução é piorar o governo. Seria melhor ter perdido a eleição" Bingo!

É DIFÍCIL apontar quem expressa melhor o sentimento que contamina o PT desde janeiro último - se Lula, capaz de tudo para não perder o controle sobre a Presidência, ou se Viana, que inveja a posição confortável dos eleitores do PSDB de Aécio Neves. O ideal para Viana teria sido a eleição de Aécio, o infeliz a quem caberia administrar a herança maldita de 12 anos do PT.

NA DÚVIDA, premiem-se os cartões de Lula e de Viana. Até aqui, o partido navega dividido entre os que pensam como um e como outro. O próprio Lula, até outro dia, pensava como Viana. Queria ver Dilma pelas costas. Os empregados no governo ou que desfrutam de sinecuras, esses entregariam a alma ao diabo em troca da permanência de Dilma no poder até 2018.

POIS VAI QUE, contrariando as expectativas, o país começa a crescer a partir de 2017... Vai que a população reconhece o empenho de Dilma para que tudo melhorasse... Ou vai que a Operação Lava-Jato, uma vez enfraquecida pela decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiá-la, provoca menos danos ao PT do que hoje se imagina... Pronto: Lulalá de novo, e pelo bem do povo!

O PT DE VIANA é mais pessimista. Não vê saída para Dilma. Reconhece que os erros cometidos por ela na condução da política econômica no seu primeiro governo cobrarão um preço alto para ser corrigidos. Entende, assim, que o partido lucraria com a piora do governo, a sua ruína, e, finalmente, a passagem para a oposição, seja a Temer ou a Aécio. Oposição rima com recuperação.

O ESTADO DE decomposição do governo Dilma em-pesteia o ar, particularmente o de Brasília. E esse é o problema do cadáver insepulto: incomoda todo mundo. Por que tantos petistas, de olho nas próximas eleições, começam a deixar o partido? O que Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, haveria de preferir? Concorrer à reeleição com Dilma na Presidência ou com ela aposentada?

OCORRE QUE Dilma, aconselhada por Lula, acha que descobriu o caminho para adiar o seu fim: terceirizar o governo ao PMDB. Disposta a cortar dez dos atuais 39 ministérios, ela ofereceu seis ao baixo clero do PMDB - inclusive o cobiçado Ministério da Saúde, com um orçamento de R$ 10 bilhões. Esse irá para um "laranja" de Eduardo Cunha, presidente da Câmara.

"A RENÚNCIA É a libertação. Não querer é poder" escreveu Pessoa. Que, como político, seria um ótimo poeta. Querer é poder. Por ele, vale a pena mentir para vencer, governar à base de mentiras, abandonar a esquerda pela direita, e engrossar o coro contra a roubalheira, enquanto se recriam as condições para que ela nunca desapareça. Afinal, de conivência com a corrupção, Dilma entende.


Park Way faz parte da Reserva da biosfera do Cerrado.Entenda o que é uma Reserva.

Por ((o))eco
Mata Atlântica, a primeira Reserva da Biosfera do Brasil. Foto:
Mata Atlântica, a primeira Reserva da Biosfera do Brasil. Foto:


O termo "biosfera" se refere a todos os elementos naturais que fornecem e permitem a vida na Terra, como o solo, a água e a atmosfera. Por "reserva" tem-se uma determinada área de reconhecido valor que se pretende conservar para um uso sustentável. Uma Reserva da Biosfera pode ser entendida, então, como uma área especialmente designada para aliar a conservação ambiental e o desenvolvimento humano sustentável.


Cada Reserva da Biosfera é uma porção representativa dos ecossistemas característicos da região onde é estabelecida, sejam eles terrestres ou marinhos. Seu objetivo é otimizar a convivência homem-natureza em projetos que se norteiam pela preservação, convivência com áreas vizinhas e uso sustentável de seus recursos.


As Reservas funcionam como centros de monitoramento, pesquisa, educação ambiental e gerenciamento de ecossistemas. Como instrumento de conservação, favorecem a descoberta de soluções para problemas como o desmatamento das florestas tropicais, a desertificação, a poluição atmosférica e o efeito estufa.


Breve História
O conceito surgiu em 1968 na "Conferência sobre a Biosfera" organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que foi a primeira reunião intergovernamental que buscou conciliar a conservação e o uso dos recursos naturais e fundou conceito moderno de desenvolvimento sustentável.



Em seguida, em 1971, a UNESCO lançou o "Programa Homem e Biosfera" (em inglês, MAB ou Man and Biosphere Programme) com o objetivo de organizar uma rede de áreas protegidas mundiais, designadas Reservas da Biosfera. Essas áreas devem preencher os critérios de classificação e serem propostas pelos países-membros da organização, para, assim, ganhar reconhecimento internacional. Até 2013, foram classificados como Reservas Mundiais da Biosfera 621 sítios distribuídos por 117 países



A Rede Mundial de Reservas da Biosfera (World Network of Biosphere Reserves, em inglês) é a estrutura coordenada de reservas da biosfera reconhecidas no âmbito do Programa Homem e Biosfera, exemplo de boas práticas na manutenção do equilíbrio entre a qualidade ambiental. Ela inclui 614 reservas da biosfera distribuídos por 113 Estados.



Região UNESCO Número de Reservas da Biosfera Número de Países
África 52 22
Estados Árabes  26 13
Ásia e Pacífico 130 23
Europa e América do Norte  289 34
América Latina e Caribe 117 21


No Brasil
Há 7 Reservas da Biosfera no território brasileiro. O espaço geográfico que ocupam corresponde aos objetivos de conservação e desenvolvimento propostos pelo governo brasileiro. A primeira foi criada em 1992 para proteger os remanescentes da Mata Atlântica. Aprovadas pelo Programa Homem e Biosfera, em seguida vieram: Cinturão Verde de São Paulo (1993), Cerrado (2001), Pantanal (2000), Caatinga (2001), Amazônia Central (2001) e Serra do Espinhaço (2005).



Sem terra e sem água não sobrevivemos, por Juliana Pinto e Marcela Marques


Publicado em abril 9, 2015 por


Se você acredita que a crise da água está somente relacionada com a falta de chuvas e com a seca dos reservatórios, talvez esteja se esquecendo de um estágio extremamente importante, a degradação dos solos. O uso e manejo incorretos da terra comprometem os mananciais provocando a desertificação de grandes áreas. A sobrevivência humana neste planeta depende de todos os elementos da natureza e assim como a água, os solos constituem insumo fundamental para o desenvolvimento humano e ambiental.
Nenhuma nação consegue desenvolver-se plenamente sem acesso ao solo. As suas riquezas são inumeráveis e em conjunto com todas as esferas que compõe o planeta terra (atmosfera, hidrosfera, biosfera e a litosfera), o solo é responsável pelos principais processos biogeoquímicos que garantem a vida no planeta. Ademais, ele estoca a água e recicla nutrientes, protege contra enchentes, sequestra carbono e abriga um quarto da biodiversidade mundial.


Porém, estamos vivendo em um momento onde o mundo atual é urbano, digital, eletrônico, consome muito e não comporta espaço nem discussão sobre assuntos considerados rurais, de outra esfera que não sejam brotados no cimento. Em meio a outras prioridades cotidianas, a água de repente está sumindo das torneiras. Pronto, a realidade que ninguém imaginava chegou às nossas casas. Repentinamente somos obrigados a refletir e discutir o porquê que a pauta ‘racionamento de água’ se tornou matéria diária nos grandes jornais, se há poucos meses não estávamos informados que os nossos reservatórios de água, principalmente na região sudeste, já estavam secos.


A nossa reflexão não precisa ir tão longe, os fatos estão bem perto. Basta olharmos a nossa volta e veremos as cidades cada vez mais cheias, menos arborizadas, os rios empanturrados de terra, de solo perdido, juntamente com seus nutrientes e dos fertilizantes químicos, mas também de esgoto e lixo de todo tipo. As taxas de desmatamento começam novamente a subir, florestas viram savanas e as súbitas mudanças nas temperaturas são constantes.


Isso sem entrar nas discussões sobre os retrocessos das políticas públicas relacionadas ao meio ambiente, que ora optam por ações urgentes incabíveis no meio da terra seca, como o futuro rodízio de água em São Paulo, ora pelos cortes da água nas indústrias, na agricultura e para os demais usuários, desestabilizando a economia do país.


Mas o que o solo tem a ver com isso?
Que fique claro que o solo é um recurso natural, não renovável e finito. Para continuar nossa reflexão, vale relembrar que necessitamos dele para produzir 95% de nossos alimentos, roupas, moradia e energia. Além disso, o solo também armazena e filtra a água, recicla os nutrientes e constitui-se como um amortecedor contra as inundações. Muitas vezes esquecido, é o seu papel na absorção do carbono, cooperando na luta e na mitigação das mudanças climáticas.


Mesmo sabendo de sua importância, o solo está em perigo e não faz parte das prioridades na agenda política. Segundo estudos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cerca de dois hectares de nosso solo são destruídos a cada minuto pelo crescimento urbano em todo mundo. Já impropriamos 33% dos solos no mundo e em 2050 essa estatística pode alcançar os 60% se não adequarmos o uso e o manejo com sustentabilidade.



As causas são diversas. Além do papel da superpopulação nas grandes cidades, há também a intensificação da agropecuária de grande a pequeno porte, o descontrole e aumento da poluição, as atividades mineradoras. A expansão da agricultura insustentável no século passado levou à destruição de cerca de 30-75% do material orgânico das terras aráveis, e 50% do material orgânico nas pastagens e pradarias. Essa perda massiva de matéria orgânica é responsável por entre 25% e 40% do atual excesso de CO2 na atmosfera terrestre. Estas ações antrópicas deixam o solo desprotegido, contaminado e degradado e para se formar poucos centímetros de solo fértil é necessário milênios.


A Amazônia vai virar sertão
Na Amazônia, também persistem atualmente várias práticas com efeitos climatológicos no sentido de maior agravo da seca.
Existem várias teorias sobre o futuro da Amazônia, caso os desmatamentos não diminuam e políticas públicas adequadas não sejam implementadas para a sua preservação. Uma das principais teses aponta para a savanização, ou seja, a transformação da densa floresta em uma vegetação rala, parecida com a do cerrado brasileiro, resultando, possivelmente e em longo prazo, na formação de um deserto.


Atividades humanas, como as citadas anteriormente, em conjunto com os fenômenos climáticos, como longos períodos de seca e chuvas intensas, são algumas das causas que podem nos levar a esse cenário.



Para entender como a floresta será afetada pelo aquecimento global, o IPAM lidera uma pesquisa em Querência (MT), desde 2004, em áreas de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica, conhecida como a parte mais seca da Amazônia por motivos relacionados às queimadas.


A pesquisa realiza queimadas controladas em três áreas de maneiras diferenciadas: uma área intacta, outra com queima a cada ano e outra a cada três anos. De acordo com os pesquisadores, nos anos iniciais nenhuma alteração foi percebida. Mas em 2007, ano de extrema seca na região, o ambiente começou a se transformar.



Após a queima foi possível identificar a entrada de capim na mata, mudando todos os aspectos funcionais da floresta e os processos de seus ecossistemas. Em 2010, novo período de seca potencializou o processo e o fogo limpou a mata, abrindo espaço para a entrada de gramíneas, transformando a Amazônia em algo mais parecido com savana.


De acordo com os dados identificados, a floresta é severamente afetada por queimadas em anos de seca, podendo causar uma degradação permanente no bioma. Isso aponta que o bioma Amazônia merece consideração urgente, pois é mais vulnerável às mudanças climáticas do que imaginamos. Além dos estudos do IPAM demonstrarem como a floresta será afetada, já existem fortes indícios de que eventos de seca extrema serão cada vez mais frequentes na região.


É por isso que o desmatamento é um dos fatores mais preocupantes, pois agrava o processo de desertificação no bioma. O procedimento se inicia na retirada das árvores, o que expõe o solo às fortes chuvas, frequentes na região. A água deixa o solo enfraquecido, uma vez que carrega os materiais orgânicos e nutrientes, além de pedras e detritos, provocando assoreamento e diminuindo a vazão de água dos rios.


O solo empobrecido e a diminuição do fluxo dos rios dificultam o nascimento de árvores nas áreas abertas, onde a vegetação torna-se similar ao cerrado brasileiro. Aos poucos perderia até mesmo as pequenas árvores e os arbustos, levando ao surgimento de um ambiente semidesértico.


As consequências do avanço do processo de desertificação, tanto na Amazônia, como nos outros biomas brasileiros, são graves e impactam não apenas a questão ambiental nas regiões, como também podem ocasionar problemas sociais e econômicos em diversos setores.



Alguns desses impactos influenciam na diminuição da qualidade de vida da população, no crescimento da pobreza, na perda de receita econômica, na redução dos recursos hídricos e consequentemente no aumento das doenças e subnutrição devido à falta de água potável. Para agravar o cenário, este processo afeta igualmente o setor agrícola, com o comprometimento da produção de alimentos, o que encarece a recuperação da capacidade produtiva de extensas áreas desmatadas e aumenta a extinção de espécies nativas.



Perante este cenário, o problema é muito mais fundamental do que uma falta de conscientização dos indivíduos, onde informar a população em todas as suas instâncias, urbana e rural, é de extrema importância.



Um problema nacional e mundial
Pela primeira vez o Brasil recebeu em Brasília um evento para se falar do solo. Durante três dias, 25 a 27 de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) em parceria com diversos especialistas nacionais e internacionais discutiram na Conferência Governança do solo’ maneiras e meios para aprimorar os mecanismos de governança relacionados a este recurso, como também criar incentivos e estruturas para popularizar a ciência do solo.



É fundamental tornar o assunto público, se queremos obter sucesso e avanços para qualquer programa ou política pública que envolva o assunto. A Conferência elaborou a Carta de Brasília’, onde compartilha com a sociedade as oportunidades de melhoria, que refletem um conjunto de medidas estruturantes a serem priorizadas pelos diversos atores responsáveis.
O encontro reflete também a iniciativa da ONU para este ano. A FAO declarou para 2015 o Ano Internacional dos Solos (AIS) com o objetivo de incentivar o debate sobre a importância do cuidado e da preservação dos solos como responsabilidade mundial. Não é a primeira vez que a ONU alerta sobre a relevância dos solos para a sobrevivência do homem no planeta.



Em 2011 a FAO criou a Aliança Mundial pelo Solo com o intuito de evitar a degradação e possíveis ameaças à segurança alimentar do planeta. O AIS veio reforçar esta inquietação e juntar esforços em colaboração com os governos e a Secretaria da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação (UNCCD).



De acordo com Eve Crowley, Representante Regional Adjunta da FAO, o AIS visa gerar a consciência de que é essencial manter um equilíbrio cuidadoso entre a necessidade de preservar os nossos recursos naturais e expandir a nossa produção de alimentos.



Veja o infográfico da FAO, onde é apresentado que além do agravamento da competição por terra e água e os impactos das mudanças climáticas, a nossa segurança alimentar atual e futuro depende da nossa capacidade de aumentar produtividade e qualidade dos solos utilizados atualmente.


A matemática para o desastre é simples: se nada for feito para deter a erosão e o desmatamento, os dois principais fatores da degradação dos solos, em 20 anos teremos perdido mais 240 milhões de hectares, calculando 12 milhões ao ano, segundo a ONU. Eram 110 países que sofriam com os problemas da erosão e com o aumento da desertificação, agora são 168, ou seja, uma média anual de quase 3 países nos últimos 24 anos.



A FAO pretende durante todo o ano de 2015 trabalhar com os governos, as organizações da sociedade civil, o setor privado e todas as partes interessadas para alcançar o total reconhecimento das importantes contribuições dos solos para a segurança alimentar, a adaptação às mudanças climáticas, os serviços essenciais dos ecossistemas, a mitigação da pobreza e o desenvolvimento sustentável.



Muito mais que consciência sustentável
Pesquisadores afirmam que o processo de desertificação pode ser controlado e evitado. Para isso, é necessário que haja forte propagação do incentivo à preservação ambiental, além do apoio dos governos, incentivo à educação e auxílio técnico para o manejo das áreas afetadas.



Precisa-se de muito mais esforços no sentido de evitar tipos de exploração que contribuam para a desertificação, além de meios para a restauração de áreas já atingidas. Um belo passo já iniciado pela FAO, o qual seus países membros deveriam seguir, é a adesão por campanhas governamentais de conservação do solo.



São também necessários programas para reabilitar terras deterioradas, como o controle da lotação de gado em pastagens, programas de reflorestamento das margens degradadas, preservação de reservas grandes de floresta natural, no caso brasileiro das unidades de conservação (UCs) e dos territórios indígenas (TIs).


Tipos de desenvolvimento encorajados também podem resultar em terra fértil, como a exploração renovável de produtos florestais em vez de pastagem na Amazônia, ou culturas arborescentes em vez de culturas anuais.
Se as políticas e incentivos corretos forem colocados em prática no mundo todo, a matéria orgânica do solo poderia ser restaurada a níveis pré-industriais dentro de 50 anos, que foi mais ou menos o tempo que a indústria levou para reduzi-la. Isto iria compensar entre 24% e 30% de todos os gases de efeito estufa atuais.


Carecemos de uma reorientação do sistema de incentivos e desincentivos para tornar as ações preservadoras do meio ambiente rentáveis, e para tornar as ações destrutivas antieconômicas. Caso contrário, nos próximos anos as pautas das grandes mídias serão sobre o esgotamento geral dos recursos naturais e não só na falta imediata da água.



Assistam o video da Conferência Governança do Solo preparado pelo TEC.




Situação do Rio São Francisco é avaliada a uma semana dos 514 anos

26/09/2015 15h37 - Atualizado em 26/09/2015 15h38


Os 514 anos do Rio São Francisco é celebrado no dia 4 de outubro.
Petrolina é terceiro município da bacia hidrográfica que mais degrada o rio.

Do G1 Petrolina
Nem só de encantos vive o nosso rio. Baronesas estão sufocando o Velho Chico e dificultando várias atividades (Foto: Caio Alves/ Arquivo pessoal)Nem só de encantos vive o nosso rio. Baronesas estão sufocando o Velho Chico e dificultando várias atividades (Foto: Caio Alves/ Arquivo pessoal)
 
 
 
“O rio que conheci, não reconheço mais”, comenta a dona de casa Maria Helena Mariano sobre o Rio São Francisco. Ela é natural de Souza, no Sertão paraibano, mas reside há 28 anos em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A uma semana do aniversário de 514 anos do Velho Chico, comemorado no dia 4 de outubro, a moradora reflete sobre as mudanças sofridas pelo Rio São Francisco desde que chegou ao município.



Para Maria Helena, o Rio São Francisco ainda é a paisagem mais linda do sertão pernambucano. “Não quero que se acabe nunca”, exprime. Entretanto, segundo o doutor em Educação Ambiental e Sustentabilidade e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, Aluísio Gomes, para que o desejo da dona de casa se realize, é urgente a criação de um projeto de revitalização. “Nesse momento de crise hídrica, o que mais observo são pessoas se perguntando o que fazer pra puxar mais água, mas um grande projeto de revitalização do rio não existe, há apenas um projeto intencional”, explica.




Ainda de acordo com Aluísio, também é preciso trabalhar na população o sentimento de que o rio é como um patrimônio pessoal que deve ser defendido. “Poucas são as pessoas que vêm ao rio para contemplá-lo. Muitas vezes, vêm para mergulhar e não têm consciência do estado em que ele se encontra. Como educador, o que me preocupa é preparar as futuras gerações”, afirma.



Petrolina é o terceiro, entre os 504 municípios que fazem parte da bacia hidrográfica do São Francisco, que mais degrada o rio, perdendo apenas para Brasília-DF e Belo Horizonte-MG. “Deveríamos ser os primeiros a ter o melhor programa de defesa ao Rio São Francisco, mas temos 89 quilômetros de margem e de asfalto na beira do rio. Asfalto com água não combina, leva um tal de progresso que é destruidor”, ressalta.



O integrante do comitê considera o rio um patrimônio vital e acredita que é preciso iniciar um projeto nas escolas, começando com a capacitação de professores e gestores, para que esse sentimento seja transferido para as crianças e adolescentes do município. “Não faz sentido a gente não se apaixonar por este rio e tratá-lo como se fosse um membro da nossa família, se a sua água é a que nós bebemos e é ela que compõe nosso organismo”, argumenta.



Para o eletricista de manutenção e morador de Petrolina, Marco Antônio Dutra, o exemplo tem que partir de dentro de casa, com medidas simples como poupar água. “Estamos assistindo o rio ser assoreado, mas se acabar o rio, acaba o ribeirinho. Cuidando do rio, a gente está cuidando da gente”, exalta.

Marina Silva acusa governo de não dar prioridade ao meio ambiente



A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata derrotada nas últimas eleições presidenciais, Marina Silva, disse na sexta-feira (25) em entrevista para a Agência Efe que “a preservação do meio ambiente nunca foi uma prioridade deste governo”, em referência ao Executivo da presidente Dilma Rousseff.


Marina, que participou do 8º Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, organizado pela Fundação Boticário, em Curitiba, criticou a atual política ambiental do governo e assinalou que esta “só agrava” a falta de atenção ao setor.


Três dias depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou o registro de seu partido, o Rede Sustentabilidade, a ex-ministra comentou que “neste momento de crise econômica e crise política, quem continua sendo usado como moeda de troca é a agenda ambiental e a agenda ligada aos povos tradicionais”.


Marina defendeu com veemência a importância dos povos indígenas e, se referindo diretamente ao presidente do Senado, Renan Calheiros, apontou que é necessário “questionar os mecanismos de criação das unidades de conservação” para os povos tradicionais.


De acordo com a ex-candidata, a situação é agora mais delicada, já que antes “só o meio ambiente e as questões indígenas” eram utilizadas como moeda de troca, enquanto atualmente estão em jogo os direitos trabalhistas e sociais, devido a um governo que precisa desesperadamente do apoio dos legisladores.


Assim como fez o cineasta Fernando Meirelles durante seu discurso no congresso, Marina também criticou o Código Florestal aprovado em 2012 por seu conceito de “desmatamento legal”, que permite a derrubada por parte dos proprietários rurais de até 20% da superfície florestal de suas terras.



Marina também revelou incômodo pelo que considerou uma anistia concedida pelo governo de Dilma às empresas que desmataram ilegalmente até 2008, sob o conceito de “zona rural consolidada”.


A ex-ministra acredita que esses dois conceitos atrasaram, entre outras coisas, a implantação do Cadastro Ambiental Rural no Brasil, que ela considera como uma ferramenta fundamental para poder estabelecer uma nova legislação que controle o desmatamento no país.


“Obviamente, o grande desafio é pôr em prática as coisas que necessitam ser implementadas, já que o baixo nível de execução acaba levando a situações como a que hoje observamos: temos a constante ameaça de um aumento do desmatamento na Amazônia”, disse.


A ambientalista assinalou que há alguns ecossistemas “muito vulneráveis” e ressaltou que atualmente o Cadastro Ambiental Rural está “muito longe” do que deveria ser.


Segundo os últimos dados divulgados pelo Governo Federal, pouco mais de 50% das propriedades rurais foram cadastradas até maio deste ano.


“Havia toda uma promessa de que haveria um compromisso de desmatamento zero e vemos que estamos diante de uma crescente ameaça, em particular nas regiões onde não deveria estar ocorrendo, já que são terras públicas”, concluiu Marina. (Fonte: Terra)

PEC do Cerrado já!!De 2010 a 2012, os biomas cerrado, caatinga e pampa, apresentaram uma redução de 7,8% em sua cobertura, com uma perda de aproximadamente 149.670 km2.

Estudo do IBGE mostra as mudanças na cobertura e uso da terra e aponta redução nas pastagens naturais e florestas

Publicado em setembro 28, 2015 por


De 2010 a 2012, as áreas ocupadas por vegetação natural não-arbórea sujeitas ao pastoreio (pastagens naturais), que predominam nos biomas cerrado, caatinga e pampa, apresentaram uma redução de 7,8% em sua cobertura, com uma perda de aproximadamente 149.670 km2. Nas vegetações florestais, que predominam nos biomas Mata Atlântica e Amazônia, nesse período, o percentual de desflorestamento foi quatro vezes menor (1,8%), e correspondeu a cerca de 59.230 km2. 

 

 Observou-se uma aceleração nos processos de mudanças na cobertura e uso da terra, uma vez que nos dois anos compreendidos entre 2010 e 2012, houve alterações em 3,5% do território nacional, a metade do observado nos dez anos compreendidos entre 2000 e 2010 (7,0%). Entre as áreas que sofreram alteração, o principal processo observado foi a expansão agrícola, responsável por 68,0% (77.520 km2) dos avanços em áreas florestais e áreas florestais mistas e 66,0% (101.710 km2) das mudanças nas pastagens naturais e campestres mistas.


Essas informações fazem parte do projeto Mudanças na Cobertura e Uso da Terra, que, inserido no contexto das conferências mundiais sobre meio ambiente, na implementação do Sistema de Contabilidade Econômica Ambiental e nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), tem como objetivo monitorar as mudanças na cobertura e uso da terra do Brasil a cada dois anos e possibilitar comparações internacionais. Nesta divulgação, foram analisados os períodos de 2000 a 2010 e de 2010 a 2012, utilizando imagens de satélite de diferentes resoluções espaciais associadas a informações complementares.
A publicação completa do estudo pode ser acessada aqui.
Pastagens plantadas cresceram 38,8% (240.600 km2) entre 2000 e 2010
Entre os anos de 2000 e 2010, o crescimento das áreas de pastagem plantada, destinadas à pecuária, (38,8% ou cerca de 240.600 km²) foi significativamente maior que o incremento de áreas agrícolas (19,2% ou aproximadamente 77.700 km2). De 2010 a 2012, porém, observou-se uma mudança na dinâmica dos processos de transformação, com significativo aumento da área agrícola (8,6% ou 40.700 km2), diminuindo a diferença em relação à área de pastagem plantada (11,1% ou 95.600 km2), embora essa última ainda apresente maior aumento.
Entre 2000 e 2010, a proporção de diminuição da vegetação florestal (-7,2% ou 254.200 km2) foi equivalente à perda na área de pastagem natural (-7,7% ou 158.700km2). Diferentemente do período de comparação anterior, de 2010 para 2012 a perda percentual de área de pastagem natural (-7,8% ou 149.670 km2) foi quatro vezes maior que a área de vegetação florestal (1,8% ou 59.230 km2).
Considerando todo o período (2000 a 2012), o maior incremento foi observado nas pastagens plantadas (336.240 km2 ou 54,4%), seguido das áreas agrícolas (117.440 km2 ou 29,4%). As pastagens naturais foram os ambientes que mais perderam cobertura (-308.410 km2 ou -14,8%), embora em termos absolutos as vegetações florestais também tenham apresentado grande redução (-313.450 km2 ou -8,9%).


De 2010 a 2012, a agricultura foi responsável por 68% das reduções de áreas florestais e por 65% da retração das áreas de pastagens naturais
No período de 2010 a 2012, as alterações nas classes de cobertura e uso da terra atingiram 3,5% do território nacional, a metade do observado no período de 2000 a 2010 (7,0%), indicando uma aceleração nos processos de mudanças na cobertura e uso da terra. Tendo como referência apenas as áreas onde houve mudanças, foi possível notar diferenças entre os ambientes florestais e as pastagens naturais. Nesta análise, consideraram-se como ambientes florestais as classes vegetação florestal, mosaico de área agrícola com remanescentes florestais e mosaico de vegetação florestal com atividade agrícola, e como pastagens naturais as classes pastagem natural e mosaico de vegetação campestre com atividade agrícola.


Nas áreas florestais, entre 2000 e 2010, a expansão agrícola foi o processo predominante, respondendo por 65% (236.600 km²) do desflorestamento, seguido pela expansão das pastagens plantadas (35% ou 127.200km²). Nas pastagens naturais, tanto a expansão agrícola (89.500 km2) quanto a expansão das pastagens plantadas (89.780 km2) foram responsáveis pela redução da cobertura, já que cada um dos processos apresentou taxa de 48%.
No período 2010-2012, a expansão agrícola novamente foi a responsável pela maior parte do desflorestamento (68% ou 77.520 km2), seguido pela expansão das pastagens plantadas (28% ou 32.120 km2). Estes dois processos também foram os principais responsáveis pela redução das pastagens naturais, sendo que a expansão agrícola respondeu por 65% (101.710 km2) desta alteração, contra os 48% do período anterior, o que representa um incremento significativo. A expansão de pastagem plantada foi responsável por apenas 32% (50.240 km2) da retração das pastagens naturais.

Informações do IBGE, in EcoDebate, 28/09/2015

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Cunha enquadra Dilma: grana da CPMF, se houver, só após julho de 2016




Cunha: ‘impossível’ volta da CPMF antes de julho de 2016

Segundo presidente da Câmara, governo ‘peca’ em relação ao ajuste fiscal

O presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse em programa de TV exibido na noite deste domingo que considera “impossível” que uma eventual volta da CPMF — imposto proposto pelo governo federal para tentar reequilibrar as contas do país — aconteça antes de julho de 2016.
 
Em entrevista concedida ao colunista do GLOBO Jorge Bastos Moreno, no programa “Preto no Branco”, do Canal Brasil, Cunha detalhou o longo caminho processual que a proposta terá que trilhar e, abrindo fogo contra o governo Dilma Rousseff, com quem está rompido, destacou que, se a medida fosse aprovada pela Câmara e pelo Senado, só passaria a vigorar no segundo semestre de 2016, tendo, portanto, efeito nulo sobre o Orçamento que foi enviado ao Congresso com um déficit de R$ 30,5 bilhões.

 
Cunha também disse que o pacote fiscal proposto pelo governo “peca” por não mostrar os cortes que serão feitos na administração federal e por tentar impor a volta de um imposto que foi rejeitado em 2007. (Trata-se de) Uma contribuição perniciosa porque atua em cascata na economia... — afirmou Cunha. Quando você tem um produto, você paga, mas esse produto também pagou (CPMF) na etapa anterior e assim sucessivamente, sem poder descontar... Não é um imposto cumulativo que permite deduzir a atividade anterior. Então, ele incide várias vezes em uma etapa de produção.


 
Economista de formação, Cunha ainda considera “muito pouco provável” que o Congresso aprove a volta do tributo. Disse que o aumento da alíquota de uma contribuição, do imposto de renda numa determinada faixa e até o adiamento do pagamento de servidores podem passar, mas que isso não deve ocorrer com relação à CPMF.


Na mesma entrevista, o peemedebista falou sobre a crise política e seu rompimento com o governo federal. Disse que no congresso que o PMDB fará no dia 15 de novembro, defenderá abertamente que o partido saia de uma vez do governo petista. Ao comentar o pedido de impeachment apresentado pelo jurista Hélio Bicudo, Cunha voltou a citar o regimento da casa para defender que o mandato da presidente não está em suas mãos. — (Sobre esse assunto) Eu tenho duas decisões a proferir. Se eu aceitar (o pedido), está instaurado o processo, que vai demandar uma comissão especial, com prazo de defesa e, depois, vai ter o parecer votado da comissão. Esse parecer vai a plenário e tem que ter dois terços de votos para se iniciar. Iniciando-se o processo tem o afastamento e a matéria vai para o Senado para julgamento. A segunda opção é recusar, mas óbvio que qualquer decisão do Presidente da Câmara cabe recurso. E esse recurso é levado ao plenário.

 
Aos 57 anos, Cunha ocupa o terceiro cargo mais importante da hierarquia do poder no Brasil. Em 2014, teve 232 mil votos e se tornou um dos deputados mais votados do Rio de Janeiro. Ao lembrar seu currículo, contou que herdou a política do pai. Por fim, defendeu o parlamentarismo.

 
Se tivéssemos no parlamentarismo, não teríamos a crise que estamos vivendo hoje. Nossa crise hoje é a crise do presidencialismo. Se tivéssemos um parlamentarismo que fosse, mesmo um sistema híbrido, como é a França e Portugal, em que você tem um chefe de estado, hoje, teria caído o governo e não estaríamos discutindo a posição do chefe de estado eleito. Então, precisamos evoluir para o parlamentarismo. Só que fazer esse debate no meio de uma crise, às vezes, pode passar a impressão de golpe. “Você está fazendo isso para poder usurpar os poderes daquele que foi eleito e tem um prazo determinado de mandato, do qual você vai retirar as prerrogativas”.

 
Ao ser questionado sobre seu envolvimento na Operação Lava-Jato, Cunha manteve a posição de que só foi envolvido no caso por ação do governo federal e economizou palavras. Nas 85 páginas de denúncias que estão lá... Já tive oportunidade de me expressar publicamente, não tem elemento nenhum de prova contra mim — afirmou.

 

 Fonte: O Globo


Durante visita histórica a Cuba e aos Estados Unidos, papa arrasta multidões, fala de temas indigestos, incomoda os cristãos conservadores e tenta reconquistar os católicos americanos

O diplomata Francisco




[inaceitável que animais assassinos, piores que serpentes, como os irmãos Castro, assassinos de milhares de cubanos, na quase totalidade por razões religiosas,  recebam a menor consideração do Papa Francisco.

Aquelas hienas merecem o perdão, devido a infinita MISERICÓRDIA DIVINA, mas para isso precisam se arrepender.

Enquanto não façam por merecer o perdão, devem ser tratados como malditos excomungados.

Sua Santidade, Papa Francisco, bem sabe que diplomacia e política não podem prevalecer sobre os valores católicos que são perenes.]

A palavra pontífice tem origem no latim e significa “aquele que faz pontes”. Nunca um título caiu tão bem para um papa quanto para o argentino Francisco, 78 anos. Em sua mais aguardada viagem nestes movimentados dezoito meses de pontificado, o líder máximo da Igreja Católica selou a reconciliação de Cuba e Estados Unidos, costurada durante meses por ele próprio, numa visita histórica a esses dois países. Desde que pisou em Havana, no sábado 19, Jorge Mario Bergoglio tem colecionado momentos carregados de simbologia, como a ida ao Congresso americano na quinta-feira 24, e lançado discussões por vezes incômodas para alguns de seus milhões de interlocutores. Falou sobre liberdade em Cuba. 


E sobre o direito dos imigrantes, a abolição da pena de morte, a degradação do meio ambiente, contra o comércio de armas, as guerras e o aborto nos Estados Unidos. Mas sempre sob um manto conciliador. “O mundo precisa de reconciliação, principalmente num momento de 3ª. Guerra Mundial em etapas como a que estamos vivendo”, disse. 



Mas engana-se quem lê essa visita papal como uma missão política – apesar de Francisco ter se tornado sim um dos maiores líderes do cenário mundial. Os gestos do latino-americano devem ser interpretados nas entrelinhas. “A viagem dele é pastoral, mas a fé não vem separada da realidade”, afirma o teólogo Antonio Manzatto. “Estando nos Estados Unidos, um lugar de tamanha importância para os mais pobres, ele tem de falar de refugiados, de sustentabilidade...Não vai falar de anjos ou a cor do véu de Nossa Senhora.”



 
Diante de uma Nova York, a capital mundial do individualismo, aquecida e entregue ao carisma e à simplicidade de Jorge Mario Bergoglio, fica evidente que o argentino está mudando a narrativa do papado. Desde o começo de seu pontificado, houve uma tendência de rotular o antigo cardeal de Buenos Aires como um reformador, alguém que vinha para fazer vibrar a paralisada Igreja Católica. Certamente há alguma verdade nisso, afirma o vaticanista americano John Allen Jr. 



“A história do papado mudou de ‘tudo o que você não gosta na Igreja é porque causa do papa’ para ‘tudo o que você não gosta na igreja é apesar do papa’, afirma o colunista do “Boston Globe”. Apesar da simpatia que conquistou até entre os não católicos, Francisco não está navegando em mares calmos nesta visita, conforme explica o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Antonio Carlos Alves dos Santos. 


Se encontrou uma Cuba apaziguada pela visita de seus antecessores, João Paulo II e Bento XVI – agora até o Natal é comemorado na ilha --, a situação é diferente nos EUA. Cerca de 21% da população americana se diz católica, enquanto 9% abandonaram recentemente a religião. A perda de fieis tem sido notória. Em todo o País, igrejas são fechadas ou fundidas por falta de público ou de padres. 

 
Fora o escoamento do rebanho, o papa vive uma relação curiosa com os poderosos católicos americanos, um dos países onde a chaga do abuso sexual cometido por religiosos é mais grave. Os onze cardeais da América foram as peça-chave para sua eleição. E a igreja americana é a segunda maior financiadora do Vaticano, atrás apenas da alemã. Em contrapartida, Francisco tem sofrido duros golpes da ala conservadora, que está representada também no Partido Republicano, por suas falas contra a acumulação de riqueza, a favor do combate ao aquecimento global e pelos imigrantes. 


O deputado republicano pelo Arizona, Paul Gosar, por exemplo, tem feito um boicote explícito ao pontífice. Outros o chamam de “papa vermelho”, “peronista argentino” e o acusam de ser uma penitência. Com sua postura sensata e gestos empáticos, Francisco tem tentado acalmar os ânimos, falando contra o aborto e a favor da família, tema caro a esse grupo conservador. 
 


Se tem pisado em brasas por causa da direita católica, a relação com o presidente Barack Obama vai muito bem. Os dois comungam de muitas posições em comum e sabem da importância global do outro. Afinal, um papa não pode se dar ao luxo de  ignorar Washington se pretende que algo seja feito. E nenhum presidente pode dar as costas para um líder religioso à frente de um rebanho de 1,2 bilhões de seguidores incluindo aí 70 milhões de americanos, um quarto dos EUA



O país liderado por Barack Obama gosta de encarar o Vaticano como um aliado, um Estado com raízes ocidentais comprometido com os mesmos valores de liberdade e direitos humanos. Muitas vezes isso é verdade. Mas papas e presidentes também já colidiram, como durante os anos 1990, quando João Paulo II travou duras batalhas com Bill Clinton, nas duas conferências da Organização das Nações Unidas, uma no Cairo, em 1994, sobre controle da população, e outra em Pequim, em 1995, sobre as mulheres. 




Francisco sempre busca as semelhanças em seus discursos. Conclamou a vocação para a liberdade do povo americano, colocando-o diante do espelho de sua própria história em pleno Congresso, ao enaltercer líderes como Abraham Lincoln e Martin Luther King.Mas também critica duramente o capitalismo, que chama de “globalização da indiferença”



A opção preferencial pelos pobres anima todos os seus gestos. Numa mensagem suave nas formas, deixou um recado claro aos congressistas, 31% deles católicos, na quinta-feira 24: “Façam com os outros o que querem que façam com vocês.” O latino-americano, que durante vinte anos visitou as favelas da periferia de Buenos Aires, diz que vê a Igreja como um hospital de campanha depois da batalha. “O que mais precisamos ter hoje em dia é a capacidade de sanar feridas e aquecer os corações dos fieis. Eles precisam da proximidade do contato.” O fazedor de pontes Francisco tem feito isso como poucos.

Fotos: JIM WATSON/AFP, Andrew Harnik/ap; ALEJANDRO ERNESTO, ALEX CASTRO - AFP

Fonte: Revista Isto É
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