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terça-feira, 3 de junho de 2014
Comissão da Verdade de São Paulo quer contestar morte de JK na Justiça
03/06/2014 20h34
São Paulo
Agência Brasil
A Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São
Paulo prepara mandado de segurança para contestar a versão de morte
acidental do ex-presidente Juscelino Kubitschek. As investigações da
Comissão Nacional da Verdade (CNV) apontaram que a morte de JK e de seu
motorista, Geraldo Ribeiro, foi decorrente do acidente automobilístico
sofrido na Rodovia Presidente Dutra, em agosto de 1976.
O
presidente da comissão municipal, vereador Gilberto Natalini (PV),
defende apuração mais aprofundada, antes de uma conclusão sobre o caso.
Para ele, pode se tratar de um assassinato. “Estamos preparando um
mandado de segurança para que a Comissão Nacional da Verdade (CNV) não
publique o relatório sem ouvir todos os envolvidos, principalmente os
que presenciaram o acidente”, ressaltou em uma audiência pública na
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Entre as
evidências apresentadas pelas investigações conduzidas pelos vereadores
está o depoimento do motorista de ônibus Nunes de Oliveira, que
contradiz a versão da movimentação do carro no momento do acidente. Além
do relato do perito criminal Alberto Carlos de Minas, que diz ter
recebido ameaças para não vincular o acidente a um atentado político.
O
relatório preliminar da CNV foi apresentado em abril. Na ocasião, o
coordenador da comissão, Pedro Dallari, disse que a CNV não foi
convencida pelas conclusões da comissão municipal, que apontam para
assassinato.
Segundo ele, “não há documentos, laudos e fotografias
trazidos para a presente análise, [nem] qualquer elemento material que,
sequer, sugira que o ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira e
Geraldo Ribeiro tenham sido assassinados, vítimas de homicídio doloso”.
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