quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Empresas também poderão participar da gestão da visitação em parques nacionais



Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Foto: Carla Cassi



Nesta segunda-feira (16/01), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) publicou três editais de convocação para Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). Os editais tem objetivo de convocar empresas para a elaboração e apresentação de estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira para subsidiar propostas de delegação de serviços a serem licitados pela administração pública nos Parques Nacionais da Chapada dos Guimarães (MT), dos Lençóis Maranhenses (MA) e da Serra da Bodoquena (MS).



Podem participar pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Os candidatos podem participar dos três editais concomitantemente e terão o dia 16 de fevereiro para apresentar a documentação exigida. Após esse prazo, o ICMBio terá 15 dias para divulgar os autorizados a realizarem os estudos de viabilidade. Uma vez aprovados, os estudos deverão ser realizados em 90 dias, contados a partir da publicação da portaria de autorização.



Os interessados deverão consultar o Plano de Manejo da unidade de conservação afim de realizar um inventário de informações, com cenários previstos de possíveis delegações de serviços de apoio à visitação, e um inventário de possíveis atrativos que poderão ser abertos ao público.



As atividades não são remuneradas neste primeiro momento: o candidato deverá indicar o valor de ressarcimento desejado pelos estudos de viabilidade. Se for selecionado e caso a administração lance o edital de licitação, o vencedor da licitação terá que custear os estudos. Não há, contudo, prazo ou obrigatoriedade para o lançamento dos editais de delegação de serviços nas unidades de conservação.



Os editais podem ser acessados aqui



Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com a Coordenação Geral de Uso Público e Negócios através dos telefones (61) 2028-9450/9449 ou do endereço eletrônico parcerias.cgeup@icmbio.gov.br.

*Com informações da Comunicação ICMBio

Mais de 80 falsas-orcas morrem após encalhe na Flórida


Por Sabrina Rodrigues
Foto: Everglades National Park/Twitter
Foto: Everglades National Park/Twitter


A rede ABC News noticiou, na segunda-feira (16), que mais de 80 falsas-orcas morreram encalhadas a oeste de Everglades, na Flórida. As fotos dos animais mortos foram divulgadas pelo Parque Nacional de Everglades em sua conta no twitter. Em uma das fotografias, é possível ver dezenas de falsas-orcas encalhadas a poucos metros de uma praia rodeada de árvores. De acordo com o parque, 95 falsas-orcas foram avistadas encalhadas pela guarda costeira americana. Até o momento, foram encontrados 81 mamíferos marinhos mortos. Apenas um animal foi resgatado vivo. Ainda não se sabe o que causou o encalhe.


O Parque Nacional de Everglades é considerado Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera pela UNESCO. Com proporções de unidades de conservação amazônicas, possui 610 mil hectares. Os Everglades são uma rede de áreas alagadas e florestas, alimentadas pelo transbordamento de um lago chamado Okeechobee.



A falsa-orca, como são chamados os Pseudorca crassidens, adquiriram esse nome por sua semelhança com a orca (Orcinus orca). De corpo alongado e preto, esses animais vivem e podem ser vistos em grupos. Os machos podem chegar a medir 6 metros, enquanto as fêmeas, 5 metros.
Foto: Everglades National Park/Twitter Foto: Everglades National Park/Twitter

Paraná é o estado que mais regenerou Mata Atlântica


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A exuberância da Mata Atlântica protegida no Parque Nacional do Iguaçu. Paraná foi o estado que o bioma mais se regenerou. Foto: Alobos Life/Flickr.
A exuberância da Mata Atlântica protegida no Parque Nacional do Iguaçu. 
Paraná foi o estado onde o bioma mais se regenerou. Foto: Alobos Life/Flickr.


Em trinta anos, uma área aproximadamente do tamanho da cidade de São Paulo de Mata Atlântica foi regenerada em nove dos dezessete estados do bioma. O levantamento, feito pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foi divulgado nesta terça-feira (17). O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica identificou a regeneração de 219.735 hectares entre 1985 e 2015.



O estado do Paraná foi o que apresentou mais áreas regeneradas no período avaliado pelo estudo, correspondendo a um total de 75.612 hectares. Ou seja, 34% do total de mata regenerada em 30 anos ocorreu no estado. Em seguida vem Minas Gerais com 59.850 ha (27,2%), Santa Catarina, com 24.964 ha (11,4%), São Paulo, com 23.021 ha (10,5%) e Mato Grosso do Sul, com 19.117 ha (8,7%).
tabela
O levantamento utiliza a tecnologia de sensoriamento remoto e de geoprocessamento para monitorar remanescentes florestais acima de 3 ha. O estudo analisa a regeneração sobre formações florestais que se apresentam em estágio inicial de vegetação nativa, ou áreas utilizadas anteriormente para pastagem e que hoje estão em estágio avançado de regeneração. Esse processo se deve tanto a causas naturais, quanto à indução por meio de plantio de mudas de árvores nativas. Em 30 anos, houve a redução de 83% do desmatamento no bioma.



Segundo Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, sete (São Paulo, Goiás, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro, Ceará e Rio Grande do Norte) dos 17 estados (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) da Mata Atlântica já apresentam nível de desmatamento zero, ou seja, estados que conseguiram manter níveis de perda de floresta no ano abaixo de 100 hectares. “Agora, o desafio é recuperar e restaurar as florestas nativas que perdemos.



Embora o levantamento atual não assinale as causas da regeneração, ou seja, se ocorreu de forma natural ou decorre de iniciativas de restauração florestal, é um bom indicativo de que estamos no caminho certo”, afirma Marcia.



Saiba Mais
Os mapas do levantamento estão disponíveis para consulta.