segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Escultura: As caras que o plástico da costa açoriana tem


Escultura
As caras que o plástico da costa açoriana tem
Sara Viana
21 de Janeiro de 2019, 8:06









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Solas de sapatos, garrafas de iogurte, tampas de garrafa, colheres, pratos, sacos de plástico, restos de fogo-de-artíficio e espuma de isolamento: são resíduos de plástico encontrados na costa açoriana que se transformaram em rostos artísticos nas mãos de Vasco Mourão. Chama-se Face Plastic (Encara o plástico, em tradução livre para português) e é o novo projecto do artista que pretende consciencializar as pessoas sobre a problemática do plástico através de esculturas. Vasco diz ter uma regra: "Se encontro uma coisa que me chateie mais de três vezes, tenho de fazer alguma coisa com ela." 

Foi o que aconteceu na viagem de três meses à vila da Madalena, na ilha do Pico, nos Açores, no Verão de 2018. “Sabes”, explica o ilustrador de 39 anos, “quando tens uma natureza tão incrível [como a ilha do Pico], ver um saco de plástico agarrado a uma rocha custa mais do que vê-lo nas ruas”.

Depois de vários passeios na costa açoriana a apreciar a "beleza do cenário" diminuída pela poluição, decidiu apanhar o lixo que ia encontrando. O resultado foi "assustador": dois sacos em apenas dez minutos. Foi então que Vasco decidiu ter "uma atitude criativa em relação a isto". A ideia era “criar uma escultura esteticamente agradável e eficiente” para que as pessoas pudessem olhar e pensar “isto existe mesmo”.

As tampas das garrafas transformaram-se em olhos, as borrachas em narizes, as palhinhas em bocas e as solas de sapatos em caras. Mas "cada cara é uma combinação possível entre milhares", realça. No total, fez 50 rostos com todos os resíduos encontrados. “O cérebro humano vê caras em todo o lado. E estas têm personalidade. Estão tristes, chateadas ou divertidas”.

Face Plastic é um projecto "bastante diferente" de tudo o que Vasco Mourão já fez. "Estou habituado a controlar tudo o que faço com a caneta, a linha, a matemática... Ali encontrava coisas aleatórias e criava coisas ainda mais aleatórias." O que ao início não passava de "uma diversão" tornou-se num projecto "super interessante" que já esteve em exposição no Terminal Marítimo da Madalena, nos Açores, na Escola Internacional do Porto (CLIP) e no Espacio 88, em Barcelona. 

Com o preço médio de 70 euros, as esculturas podem ser encontradas no site do projecto e são vendidas para todo o mundo. Metade dos lucros das vendas serão doados à The Ocean Cleanup. Para Vasco, esta doação “é o um ‘grãozinho de areia’ para fazer um pouco mais do que só dizer que o plástico é uma porcaria e que não o devemos usar”. 


Com o preço médio de 70 euros, as esculturas podem ser encontradas no site do projecto e são vendidas para todo o mundo. Metade dos lucros das vendas serão doados à The Ocean Cleanup. Para Vasco, esta doação “é o um ‘grãozinho de areia’ para fazer um pouco mais do que só dizer que o plástico é uma porcaria e que não o devemos usar”.

Abram o link:  https://www.faceplastic.org/





Populações de mamíferos marinhos e tartarugas marinhas em recuperação após proteção da Lei de Espécies Ameaçadas dos EUA








Populações de mamíferos marinhos e tartarugas marinhas em recuperação após proteção da Lei de Espécies Ameaçadas dos EUA

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  Notícia


Mais de três quartos das populações de mamíferos marinhos e tartarugas marinhas aumentaram significativamente após a listagem do Ato de Espécies Ameaçadas dos EUA (ESA).

É o que revela um estudo publicado em 16 de janeiro na revista PLOS ONE por Abel Valdivia, do Center for Biological Diversity na Califórnia e colegas.
Por Henrique Cortez*

pesquisa

As descobertas sugerem que medidas de conservação como o manejo de espécies sob medida e regulamentos de pesca, além de outras medidas nacionais e internacionais, parecem ter sido bem sucedidas na promoção da recuperação de espécies e a aumentos na maioria das populações.
A ESA é uma poderosa lei ambiental que protege plantas e animais em perigo, e um número crescente de espécies marinhas tem sido protegido sob esta lei, à medida que aumenta o risco de extinção nos oceanos.


Ainda faltam análises de tendências de recuperação para mamíferos marinhos e tartarugas marinhas após a listagem. Para abordar essa lacuna no conhecimento, Valdivia e seus colegas reuniram as melhores estimativas de abundância anuais disponíveis para as populações de todas as 62 espécies de mamíferos marinhos e espécies de tartarugas marinhas listadas na ESA. Os pesquisadores analisaram as tendências populacionais, a magnitude da mudança populacional e o status de recuperação de 23 populações representativas de 14 espécies de mamíferos marinhos e oito populações representativas de cinco espécies de tartarugas marinhas.


Os resultados revelaram que 18 (ou 78%) das populações de mamíferos marinhos e seis (ou 75%) das populações de tartarugas marinhas aumentaram significativamente após a listagem da ESA. Por outro lado, duas (ou 9%) das populações de mamíferos marinhos, mas nenhuma população de tartarugas marinhas, diminuíram após a proteção da ESA. Enquanto isso, três (ou 13%) das populações de mamíferos marinhos e duas (ou 25%) das populações de tartarugas marinhas apresentaram mudanças não significativas.


No geral, as 24 populações que aumentaram em abundância foram de espécies listadas por 20 anos ou mais (por exemplo, grandes baleias, peixes-boi e tartarugas marinhas). De acordo com os autores, os resultados ressaltam a capacidade dos mamíferos marinhos e tartarugas marinhas de se recuperar de declínios substanciais da população quando as ações de conservação são implementadas de maneira oportuna e efetiva.


Referência:

Valdivia A, Wolf S, Suckling K (2019) Marine mammals and sea turtles listed under the U.S. Endangered Species Act are recovering. PLoS ONE 14(1): e0210164. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0210164

* Com informações do Center for Biological Diversity e PLOS ONE
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 17/01/2019
"Populações de mamíferos marinhos e tartarugas marinhas em recuperação após proteção da Lei de Espécies Ameaçadas dos EUA," in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 18/01/2019, https://www.ecodebate.com.br/2019/01/18/populacoes-de-mamiferos-marinhos-e-tartarugas-marinhas-em-recuperacao-apos-protecao-da-lei-de-especies-ameacadas-dos-eua/.

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

The Guardian (Reino Unido) – Brazil environment chief accused of 'war on NGOs' as partnerships paused

The Guardian (Reino Unido) – Brazil environment chief accused of 'war on NGOs' as partnerships paused


Anna Jean Kaiser in Rio de Janeiro

Brazil's new environment minister, Ricardo Salles, has suspended all partnerships and agreements with non–governmental organizations for 90 days, in a move that was described as "a war against NGOs".

Announcing the move, Salles said the three–month suspension was to allow a re–evaluation of such partnerships, but civil society organizations described the move as a blatant and illegal attack on the environment and those working to protect it.

Salles, appointed by the far–right president, Jair Bolsonaro, and hand–picked by the agro–business caucus, has previously described global warming as a "secondary issue" and dismissed fines for environmental crimes as "ideological".

A group of eight networks of environmental organizations said there was "no justification" for the measure, which they described as unconstitutional, because contracts between the government and NGOs can only be suspended through a formal process after irregularities have been found.

The newspaper O Globosaid the move "sounded like a declaration of war on NGOs dedicated to conservation".

Carlos Rittl, the executive director of the Observatory on Climate, argued that because NGO and government partnerships were subject to long approval processes and periodical progress reports, the minister already had the information needed to evaluate current contracts.

"The minister has shown much more interest in attacking organizations that protect the environment than fighting environmental crimes," said Rittl.

According to data released late last year, deforestation in Brazil increased by 13.7% – the largest increase in nearly a decade. Indigenous people and other environmental defenders live under precarious circumstances in rural areas with little rule of law – 46 environmental defenders were killed in 2017 in Brazil.

Many environmental projects are supported by money that comes from outside Brazil. But included in Salles's announcement of the suspensions was the Amazon Fund, which is administered by Brazil's national development bank, BNDES, and is funded through donations mostly from the Norwegian and German governments.

Throughout his campaign, Bolsonaro jeered at NGOs: "You can be sure, if I get [to the presidency], there will no money for NGOs. Those useless people will have to go work."

Bolsonaro's supporters celebrated Salles's decision. "The spending spree with government money is over!" wrote one Twitter user. "Brilliant! Many NGOs benefit from public money to practice political–ideological activism."

But Rittl said the damage done from a three–month suspension could be irreversible. He and many in the environmental protection community see a grim outlook for the next four years under the Bolsonaro administration.

"The environment is under attack," he said. "All indications say that deforestation and violence against indigenous people will go up."

Atlas de Escassez de Água: Haverá água suficiente no futuro?



Redação do Site Inovação Tecnológica -  13/11/2018
O objetivo do Atlas de Escassez da Água é "ajudar o mundo a fazer escolhas mais sustentáveis". [Imagem: Water Scarcity Atlas]


 

Sustentabilidade da água
Atlas de Escassez de Água é uma ferramenta educacional que acaba de ser disponibilizada gratuitamente.

Segundo seus criadores, Joseph Guillaume e Matti Kummu, da Universidade de Aalto, na Finlândia, o objetivo é "ajudar o mundo a fazer escolhas mais sustentáveis".

O Atlas permite visualizar como a escassez de água evoluiu nos últimos 100 anos e apresenta cenários potenciais para o restante deste século. O usuário pode explorar como diferentes fatores, como mudanças na dieta e desperdícios de alimentos, afetam os recursos hídricos em todo o mundo.
"Conforme aumenta o uso da água, fica mais difícil acessar o recurso de forma sustentável. Comer menos carne e evitar o desperdício de comida pode reduzir o consumo de água. Precisamos apoiar iniciativas de governos, ONGs e empresas com programas de manejo da água.

"É difícil encontrar um equilíbrio entre as necessidades ambientais e humanas, especialmente quando não há água suficiente. Podemos trabalhar juntos para ajudar os agricultores e outros usuários de água a adotarem novas técnicas e estabelecer arranjos de gestão eficazes," afirmou Guillaume.

Sabemos, mas pouco fazemos
Nos países não tão pobres, cada pessoa usa em média de 3.000 a 5.000 litros de água por dia, dos quais a parte do leão não é consumida diretamente para beber ou se lavar - é gasta na produção dos alimentos que a pessoa ingere.

Os recursos hídricos do mundo estão se tornando uma questão cada vez mais premente à medida que as populações crescem e a mudança climática causa secas em regiões onde havia água suficiente.
Embora estudos já tenham fornecido várias maneiras de reduzir nosso consumo de água, essas informações valiosas geralmente não são utilizadas.

A ideia dos dois pesquisadores, ao elaborar o Atlas de Escassez de Água, é justamente comunicar melhor os resultados dessas pesquisas para um público mais amplo, esperando que elas passem a influenciar mais a atitude de cada um.

Uma versão interativa do atlas pode ser consultada no endereço https://waterscarcityatlas.org.