quinta-feira, 19 de junho de 2014

O mesmo Ibope (manipulado?) de sempre.


O post abaixo compara a CNI-Ibope de Março de 2014 com a de Junho de 2014. Este post compara pesquisas Ibope feitas no intervalo dos últimos 10 dias.

No período de 10 dias, o Ibope realizou duas pesquisas praticamente idênticas. Mesmo universo, mesmo número de entrevistas, mesmas perguntas. A primeira (tabela 1) para a União Nacional dos Vereadores e a segunda publicada hoje (tabela 2), para a Confederação Nacional da Indústria.

Observem que na comparação entre Dilma e Aécio no segundo turno, a petista aumenta 1 ponto percentual e o tucano cai 3. Tudo dentro da margem de erro, mas vejam as mudanças nas regiões e tentem descobrir alguma lógica de mudança nestes 10 dias.

Especialmente no Sudeste, Dilma ganha 4 pontos e Aécio perde 4 pontos. Isto na semana em que Dilma é vaiada no estádio e na semana em que o PSDB fez convenções em Minas, que Aécio recebeu amplo apoio no Rio e que houve a convenção nacional do partido em São Paulo. Está na cara que aí existe alguma coisa muito estranha. Vejam também a variação dos brancos e nulos, bem como dos indecisos e tirem as suas próprias conclusões.

Outra bobagem. Dilma cai 8 pontos no Nordeste, onde Aécio cresce 2. O que o Ibope "encontra"? Um aumento de 5 pontos percentuais nos indecisos, brancos e nulos. 

No Sul, então, é escandaloso. Dilma cresce 4 pontos e Aécio cai 5. O percentual de votos não validados continua rigorosamente o mesmo, em 17%.

O Ibope faz uma ginástica enorme para virar a eleição no Sudeste, onde Dilma foi vaiada e onde vários partidos estão decidindo as suas coligações. Também mexe no Sul, a segunda região onde Aécio tem alto potencial eleitoral. Por fim, acaba com o empate e dá liderança para a petista no Norte e Centro-Oeste. Como prêmio oferece um "crescimento" no Nordeste, onde todos sabem que a liderança de Dilma é altíssima.

O Ibope sugere, assim, números que podem indicar uma retomada da petista nas intenções de voto, mesmo que a avaliação de governo esteja cada vez mais declinante, chegando hoje a 52% que não confiam na presidente. Para delírio do Toledo do Estadão. É o velho Ibope de sempre, manipulando as margens de erro, fazendo jus à sua fama. Ainda mais quando tem um contrato milionário com o Governo Federal. Aguardemos, pois, a próxima pesquisa Datafolha, entre todas a mais isenta.


Campanha do Detran emplaca carros com iniciais 'PAZ' no DF





Ação alerta sobre riscos de dirigir embriagado e pede paz no trânsito.


Dois mil veículos já circulam com as placas; meta é chegar a dez mil.

Do G1 DF
Placas de carros com iniciais que formam a palavra 'paz' (Foto: Detran/Divulgação)Placas de carros com iniciais que formam a palavra paz
 
 
O Detran do Distrito Federal lançou no mês de junho campanha para alertar sobre os riscos causados pela combinação de álcool e direção, além de pedir a convivência pacífica entre motoristas, pedestres e ciclistas. Uma das ações do órgão está emplacando veículos com as letras P, A e Z, que, juntas, formam a palavra 'paz'.
 
Segundo o Detran, dois mil carros já circulam com estas placas. A meta é chegar a dez mil carros emplacados com a palavra.

O Detran informou que eventos como a Copa do Mundo, quando é comum a associação de futebol, comemoração e consumo de álcool, aumentam os riscos de acidentes e mortes no trânsito causadas pela embriaguez ao volante.

O órgão ainda divulgou que, no mês de maio, 451 condutores foram notificados por dirigirem sob efeito do álcool em todo o DF.

Após ter celular furtado, ‘Batman’ de SP persegue e ‘prende’ suspeito




Aparelho de empresário fantasiado foi levado em padaria na Zona Sul.


Morador do Capão Redondo, ele agiu como ‘policial’ pela 2ª vez neste mês.



Do G1 São Paulo



Empresário vestido de Batman amarrou suspeito de furtar seu celular  (Foto: Loucos pela Paz/Divulgação)Empresário vestido de Batman amarrou suspeito de furtar seu celular 

Um homem fantasiado de Batman perseguiu e ‘prendeu’ um rapaz suspeito de furtar seu celular em uma padaria no Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo, na noite desta quarta-feira (18). Conhecido na cidade por realizar rapel vestido de super-herói para protestar, o ‘Batman do Capão Redondo’ diz que foi informado do furto pelo dono da padaria. “Ele viu pelas câmeras da sala de monitoramento", afirma.


O ativista retornava de uma reunião na Coordenação Regional da Saúde da Prefeitura. Desde maio ele protesta cobrando da gestão municipal melhorias no atendimento médico da região em que reside. Parou no estabelecimento para tomar um café. Após o aviso, pediu ao dono para ver as imagens, e decidiu tentar encontrar o assaltante.

“Memorizei o cara de blusa cinza, boné azul e uma mochila verde. Peguei a moto e fui atrás para ver se achava. Rodei durante 15 minutos só nos pontos de tráfico para ver se achava. Não achei. Decidi ir em um outro, que é um pouco mais afastado.”


Quando localizou o suspeito, revela que deu 'voz de prisão' e manteve o rapaz amarrado durante quase duas horas à espera da polícia.

“Quem tem que fazer [esse papel] é a polícia, mas a situação ontem me obrigou. Eu chamei a polícia e demorou uma hora e meia para chegar. Imagina eu ligando para a polícia para falar que roubaram meu celular. Você acha que eles iriam atrás?”, defende.

Microempresário na região onde mora há 39 anos, Batman, como exige ser chamado, ele rechaça a definição de justiceiro, e alega que usou as cordas do equipamento de rapel “apenas para manter o rapaz imobilizado”. 

“Os populares queriam linchar ele. Teve um cara que queria tocar fogo nele. Eu não deixei ninguém fazer nada. Justiceiro é quando judia, mata. Eu só segurei o cara para ele não fugir, teria o mesmo efeito que uma algema", compara.

Nas fotos feitas com a câmera fotográfica do próprio empresário, e divulgadas no perfil da "Liga Loucos Pela Paz" no Facebook, porém, o suspeito parece estar sendo machucado. Batman alega que o rapaz queria fugir.

“Ele estava berrando, se debatendo. Ele ficou deitado no chão durante uma hora e meia porque a polícia não chegava." Segundo ele, oficiais da Guarda Civil Metropolitana (GCM) que faziam ronda no local levaram o rapaz para o 47° Distrito Policial, onde o boletim de ocorrência foi registrado.


Não é a primeira vez que o empresário assume o papel de policial. Há menos de 10 dias, ele diz que agiu ao perceber dois meninos furtando o aparelho celular de uma senhora que caminhava pelo bairro. Desta vez, sem fantasia. “Eu estava de moto, consegui segurar um e acionei a polícia. A viatura chegou em cinco minutos", recorda.

Dono de uma empresa de pinturas e reformas, ele resolveu se fantasiar de super-herói para que seus protestos tivessem maior apelo. Planejava ser o Homem-Aranha, mas não encontrou roupa que lhe servisse. “Pelo tamanho fui obrigado a chamar o Batman", explica.

Separado e pai de dois filhos, ele se define como um “sobrevivente” do bairro. Acredita que com suas reivindicações tenha conseguido melhorar as condições e o atendimento da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) do Capão Redondo. “Fui ao AMA com pneumonia no dia 26 de maio, e demorei oito horas para ser atendido.” Batman revela que agora a espera dura cerca de 30 minutos, e 28 novos médicos começaram a trabalhar no ambulatório.

Entretanto, os protestos escalando prédios públicos como a Câmara Municipal, no Centro, e a Ponte Estaiada, na Zona Sul, já o levaram inúmeras vezes para a delegacia. “Dia 9 foi a 20ª prisão minha. O policial faz o serviço dele, encaminha para o juiz, que me chama, e julga. Não causei nada para ninguém, até hoje a Justiça sempre foi a meu favor", conclui.

Protesto do Passe Livre termina com bancos e carros de luxo depredados




PM diz que acompanhou de forma ‘diferente’ a manifestação do MPL.


Nesta quinta (19), policiais não escoltaram o protesto como de costume.



  G1 São Paulo


A celebração de um ano da redução da tarifa do transporte público em São Paulo terminou com depredação de quatro agências bancárias na Avenida Rebouças e com a destruição de carros de luxo em uma concessionária na Marginal Pinheiros. O ato desta quinta-feira (19) foi convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL).


O protesto reuniu cerca de 1,3 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Desta vez, a PM não manteve policiais ao lado dos manifestantes como fez durante todas os atos anteriores.  Durante o protesto, a corporação informou ao G1 que adotou "estratégia diferente" e acompanhou "à distância". A Tropa de Choque interviu para desbloquear a Marginal Pinheiros cerca de 20 minutos após as depredações ocorrerem. Ninguém foi preso.


O G1 procurou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a Polícia Militar para obter detalhes da operação realizada nesta tarde e aguarda retorno.

Da concentração ao tumulto
 
Os manifestantes se reuniram às 15h na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. De lá, o grupo seguiu para a Marginal Pinheiros.


No caminho para a Pinheiros, o grupo interditou totalmente a Avenida Rebouças nos dois sentidos. Diversos carros que tentavam entrar na via tiveram que retornar na contramão.

Ainda na Avenida Rebouças, já na esquina com a Avenida Brasil, um grupo de mascarados atacou ao menos quatro agências bancárias, agrediu um cinegrafista e quebrou vidros de um carro de reportagem da TV Gazeta.

O ato teve pequena cobertura de guardas de trânsito e da PM, que não revelou o efetivo, mas disse ter acompanhado a manifestação “de uma forma diferente”. Uma parte dos manifestantes, também com o rosto coberto, tentou impedir as depredações das agências bancárias.

Por volta das 18h30, o grupo seguiu para a Marginal Pinheiros, e interditou as vias expressas e local no sentido Rodovia Castello Branco.

Já na pista expressa, o movimento incendiou seis catracas de papelão simbolizando o apelo por tarifa zero no transporte público, principal reivindicação do movimento, que nesta quinta pedia também a readmissão dos 42 metroviários desligados da companhia após paralisação de cinco dias.

Às 19h, boa parte dos manifestantes dispersaram. Um grupo de black blocs, porém, montou uma barreira com pedaços de madeira, ferragens, pneus encontrados em uma concessionaria, e manteve a interdição na da Marginal Pinheiros.


Carros de luxo depredados
Na sequência, os mascarados depredaram uma concessionaria da Caltabiano. Todos os carros da agência foram destruídos. Policiais da Tropa de Choque chegaram à Marginal Pinheiros e removeram  as barricadas.  Os manifestantes se afastam, dispersos pelo bairro. Houve confronto com policiais em Pinheiros. Eles usam rojões em direção aos PMs, que revidam com bombas de gás.


A Estação Pinheiros da Linha 4 – Amarela do Metrô chegou a ser fechada. Na região do Largo da Batata, vândalos depredaram bicicletas estacionadas em um ponto de empréstimo mantido pelo banco Itaú.

Bandeiras do Brasil que adornavam carros também foram retiradas. Nas ruas Butantã e Teodoro Sampaio, os manifestantes atearam fogo em lixos, lixeiras e nas ruas e depredaram agências bancárias.


Carros depredados após ato do MPL (Foto: REUTERS/Nacho Doce)Carros depredados durante ato do MPL
frame protesto em são paulo marginal (Foto: Reprodução/Globonews)Protesto fechou pista da Marginal Pinheiros
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Manifestantes mascarados defendem agência de veículos contra depredação na avenida Rebouças, em São Paulo (Foto: Rodrigo Dionisio/Frame/Estadão Conteúdo)Manifestantes mascarados defendem agência de veículos contra depredação.
 
 





Protesto tem jogo de futebol e crítica à violência policial

Cerca de 100 pessoas participaram do protesto, segundo estimativas da Polícia Militar e da organização do ato


 
Traves brancas, piso verde, camisas amarelas. Estava armado o jogo, mas, desta vez, fora do estádio. Em um campo improvisado no Eixo Monumental, principal via que dá acesso ao Estádio Nacional de Brasília - Mané Garrincha, arena esportiva, um grupo de manifestantes promoveu um jogo de futebol como forma de protestar. 


Eles convocaram a Polícia Militar para jogar. “Baixa a arma e vem jogar”, cantavam os ativistas. Os policiais montaram duas barreiras para impedir a aproximação do protesto do estádio. Cerca de 100 pessoas participaram do protesto que ocorreu nesta quinta-feira (19).
O ato lúdico foi uma crítica, dos movimentos sociais, à militarização da polícia e ao uso da violência em abordagens das forças de segurança. 


“A gente está aqui discutindo a desmilitarização da polícia e o extermínio da juventude negra, que são temas correlatos, porque a guerra às drogas e a atuação da polícia nas comunidades acaba exterminando a juventude”, explicou Larissa Araújo, integrante do Comitê Popular da Copa.


Desde o início da Copa, parte dos protestos terminou em confrontos e com pessoas feridas, entre as quais sete jornalistas. Em uma semana, cerca de 200 pessoas foram detidas em atos pelo país. Por isso, os manifestantes também criticaram as prisões dos ativistas, que têm sido enquadrados, por exemplo, por incitação ao crime, como ocorreu em Fortaleza e em Natal, e depredação de patrimônio, como em Belo Horizonte.

O protesto de hoje teve início na Rodoviária do Plano Piloto. Ao redor do grupo, um grande contingente policial acompanhou a movimentação. Segundo o tenente-coronel André Luiz, que comandou a operação, cerca de 1.200 homens e mais 12 viaturas estavam no local. 


Questionado se era possível uma partida de futebol entre manifestantes e policiais, ele espondeu: “Nós estamos aqui para manter a ordem pública, o direito de manifestar. A gente espera que tudo ocorra dentro da normalidade”. “Sem jogo”, acrescentou.

A população que passava pelo local registrou a movimentação em fotos e vídeos. O pedreiro Aguinaldo Verdiano disse que as críticas ao Mundial eram “necessárias”. Ele acredita que a Copa foi feita “a favor de todos”, mas considera legítimo o protesto. Depois de fazer vídeo e vender o ingresso que tinha para o jogo entre Colômbia e Costa do Marfim, voltou para casa, em Águas Lindas de Goiás.

Já o servidor público Artur Silva participou de todo o ato. “A gente vê que os investimentos para equipar e capacitar a polícia para um tipo de ação, que é uma ação repressiva, foram muito maiores que os investimentos para se pensar em prevenção à violência efetiva”, disse, destacando que “as prioridades não estão no discurso, elas se refletem onde a gente gasta o nosso tempo e o nosso recurso”.

Para Silva, os manifestantes têm o direito de ir para a rua levar uma mensagem “que não está passando nas propagandas da Copa do Mundo”.

Em greve, professores e técnicos administrativos, organizados pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), se somaram ao protesto. 

Integrante do Comando Nacional de Greve, Shilton Roque explicou que os trabalhadores reivindicam melhorias para as categorias desde 2012, luta que foi intensificada no último ano. Há 60 dias em greve, ele considera importante participar dos atos, pois “esse é um momento em que o país fervilha politicamente”. 

Os servidores querem isonomia de benefícios, reestruturação da carreira. Também reivindicam por melhores condições de trabalho e por melhorias no ensino federal. Na última terça-feira (17), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, em medida liminar, a suspensão da greve e o retorno imediato dos servidores às atividades. 

O fim da paralisação, contudo, ainda está sendo avaliado pelos trabalhadores.

Ao longo das três horas de duração do ato, nenhum incidente foi registrado. Apenas os torcedores que estavam indo para o estádio podiam passar pela barreira policial. Os que portavam bolsas ou mochilas eram revistados.

Um dos policiais da operação usou um celular para registrar momentos do protesto. Questionado sobre o ato, o policial, que não quis se identificar, disse “eu concordo com metade do que eles dizem. Só não concordo quando xingam os policiais ou quando usam a violência, mas esses gastos aí... Eu sou contra”.

Com o fim da partida, que não teve a participação dos policiais, os manifestantes seguiram cantando e entoando palavras de ordem pelo Eixo Monumental, rumo à rodoviária. Lá, eles avaliaram o ato e planejaram as próximas ações. No dia 23, quando Brasil e Camarões irão jogar no Mané Garrincha, um novo protesto deve ser organizado.


Fonte: Agência Brasil  Jornal de Brasilia




A mudança que 74% estão procurando



A mudança que os 74% estão procurando

by fernaslm


"74% dos eleitores brasileiros querem mudanças profundas", constatou o DataFolha.
Está aumentando! Na última rodada eram 70%. Esse é o "candidato" que mais cresce nas pesquisas mas nenhum dos competidores com número nas nossas urnas eletrônicas conseguiu associar-se a ele. O número desses "não representados" cresce, aliás, exatamente porque nenhum dos candidatos da oposição propõe mudanças no sistema. Só propõem mudar quem vai operar o mesmo sistema nos próximos quatro anos.
Aécio chega, até, a ancorar o seu discurso na introdução da meritocracia na equação de governo mas justifica-se, para tanto, com os mesmíssimos argumentos que Lula e cia. invocam para recusa-la: a sua augusta; a sua magnânima vontade.
Não serve!
Isso não pode mais ser uma escolha do governante de plantão. Ha que se tornar impossível recusa-la; viver fora dela; manter um emprego público sem ela. A meritocracia já é o maior dever de todo brasileiro que se esfalfa de trabalhar aqui fora por um lugarzinho ao sol. Está na hora dela se tornar também o seu mais sagrado direito.
Assim como mais que o salário ou mesmo o prêmio da remuneração variável é a perspectiva de perder o emprego que faz todo mundo trabalhar duro no Brasil Real tentando fazer mais que o vizinho; assim como a perspectiva do castigo é a única coisa que de fato detém o crime e, vice-versa, a impunidade o fator que mais o incentiva, o recall é a semente da meritocracia na política e no serviço público. E meritocracia não é outra coisa senão sinônimo de fim da impunidade.
Com que mudança mais profunda poderiam sonhar os 74% de brasileiros desanimados de seu país e "não representados" pelos candidatos que estão aí, do que a de planta-la definitivamente nos universos da política e do serviço público brasileiros?

Mas o que é esse tal de recall? Porque o voto distrital puro é o pré-requisito para que ele possa ser implantado? Porque qualquer eleitor, do menos ao mais escolarizado, é capaz de entender a lógica dessa ferramenta e o poder fulminante que ela tem?
Essas são as respostas que eu ofereço na série de artigos cujos links volto a indicar aos leitores e sugerir aos candidatos no final desta introdução: porque armar a mão de cada eleitor com o pode de retomar a qualquer hora o mandato concedido a quem não corresponder às suas expectativas inverte a relação de forças entre o Estado e o cidadão que hoje impera no Brasil; são eles que passarão a depender de nós e não mais o contrário. Passa a ser nossa a iniciativa de propor reformas e deles a obrigação de executa-las, sob pena de perder o mandato.
Porque, então, a imprensa nunca falou nisso?
Apenas e tão somente porque a nenhum político interessa falar nisso pela razão óbvia de que ele prefere continuar para todo o sempre refestelado na impunidade e sem nenhum "patrão" cobrando o seu trabalho, e a imprensa brasileira de hoje limita-se a aderir ou a se colocar "contra" o que os seus "políticos de referência" propõem ou deixam de propor. Deixa a eles a iniciativa da pauta política nacional em vez de confronta-los com as alternativas que o mundo testou e aprovou e obriga-los a se posicionar diante delas.
A imprensa que, em outros tempos, comandou ou, pelo menos, foi o arauto das grandes guinadas da nossa trajetória política, transformou-se, hoje, em mera caixa de ressonância do que dizem as suas fontes viciadas e abriu mão do papel propositivo que está legitimada para ter, elemento constitutivo que é de toda e qualquer democracia. É isso que justifica o apelido de "Quarto Poder" -- mais independente que os outros três por estar livre das injunções das eleições e das nomeações -- que ela tem nas democracias.

Enquanto a referência do debate político brasileiro nesta era da globalização não sair das fronteiras do Brasil não haverá avanço nenhum. Seguiremos oscilando entre o despotismo puro e simples e o despotismo esclarecido em que temos vivido desde sempre.
É impossível aprender democracia em português, simplesmente porque nenhuma das sociedades que falam essa língua jamais experimentou uma. E não é só de exercício da democracia que se trata. Até o ato de pensar, de estudar e de pesquisar "inquisitivamente" nos é negado pelo vício do modo jesuíta de raciocinar "defensivamente" a que estamos todos sujeitos desde antes de nascer. Nós não interrogamos os fatos em busca da verdade, preferimos lutar contra eles para enquadrá-los às nossas mentiras.
A função, por excelência, do jornalismo brasileiro nestes tempos de progressiva exclusão do país da competição global deveria ser, portanto, contribuir para inserir o Brasil no mundo moderno que é aquele que está lá fora. Oferecer-lhe parâmetros.
O divisor de águas da modernidade está no grau de inserção da representação política das sociedades no sistema meritocrático a que elas já estão inexoravelmente submetidas pela globalização da economia. Quanto maior a dissintonia entre esses dois universos mais lenta será a capacidade de se reformar para reagir a um mundo em permanente mudança e mais alto será o imposto burocrático a ser pago por essa sociedade na forma de exclusão dos mercados globais por falta de condições de competir com os mais ágeis.
O voto distrital com recall põe esses dois lados dançando para a mesma música, submetidos ao mesmo tipo de pressão. Com o mandato dos políticos passando a depender a cada momento da renovação do voto de confiança do seu eleitor, assim como o emprego desse eleitor depende a cada momento da renovação do seu contrato com o seu empregador, tudo se afina: todos passam a correr na mesma direção e na mesma velocidade, uns jogando a favor dos outros.

O que eu volto a oferecer a seguir são as razões da minha profunda convicção no poder fulminante desse instrumento. Siga a série pelos links abaixo e, se concordar comigo, ajude a espalhar essa idéia:
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fernaslm |

Acorda jornalista!

Publicação em VESPEIRO

Acorda, jornalista!

by fernaslm
Artigo publicado na Folha de S. Paulo de 11 de junho de 2014
 
 
Um golpe contra a democracia está em curso desde o último dia 26 de maio e a circunstância que o torna mais ameaçador do que nunca antes na história deste país é a atitude de avestruz que a imprensa tem mantido, deixando de alertar a população para a gravidade dessa agressão.
O decreto nº 8.243, assinado por Dilma Rousseff, que cria um “Sistema Nacional de Participação Social”, começa por decidir por todos nós que “sociedade civil” deixa de ser o conjunto dos brasileiros e seus representantes eleitos por voto secreto, segundo padrão universalmente consagrado de aferição da legitimidade desse processo, e passa a ser um grupo indefinido de “movimentos sociais” que ninguém elegeu e que cabe ao secretário-geral da Presidência, e a ninguém mais, convocar para examinar ou propor qualquer lei, política ou instituição existente ou que vier a ser criada daqui por diante em todas as instâncias e entes de governo, diretas e indiretas, o que afeta também os governos estaduais e municipais hoje na oposição.
Apesar da violência desse enunciado, a maioria dos jornais e televisões do país nem sequer registrou o fato. E mesmo os que entraram no assunto depois vêm diluindo o tema no noticiário como se não houvesse nada com que seus leitores devessem se preocupar. Prossegue a sucessão de manchetes em torno do golpe de 1964, mas para o de 2014 o destaque é próximo de zero. Nenhum critério jornalístico justifica isso.
Esse decreto é, na verdade, um excerto do Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que o PT já tentou impor antes ao país também por decreto – nas vésperas do Natal de 2009, no apagar das luzes do governo Lula –, mas que, graças à forte reação da imprensa e consequente mobilização da opinião pública, foi obrigado a abortar.
O PNDH-3 contém 521 propostas que, além da revogação da Lei de Anistia, que passou “no tapa” depois que a imprensa comprou a ideia do governo de que a prioridade nacional é voltar 50 anos para trás e não correr 50 anos para a frente, institui “comissões de direitos humanos” nos Legislativos para fazer uma triagem prévia das matérias que eles poderão ou não processar; impõe a censura à imprensa; obriga a um processo de “reeducação” todos os professores do país; veda ao Judiciário dar sentenças de reintegração de posse de propriedades “rurais ou urbanas” invadidas, prerrogativa que se torna exclusiva dos “movimentos sociais”; desmonta as polícias estaduais para criar uma central única de comando de todas as polícias do país, e vai por aí afora.
Ciente de que tal amontoado de brutalidades jamais será aprovado pelo Legislativo, o PT está tratando de fazer com esse Poder o mesmo que fez com o Judiciário. Os juízes não dão as sentenças que queremos? Substituam-se os juízes por juízes “amigos”. Um Legislativo eleito pelo conjunto dos brasileiros jamais transformará essas 521 propostas em lei? Substituam-se os legisladores por “movimentos sociais” amestrados sob a tutela da Presidência da República…
O argumento de que esse é o jeito de forçar o Congresso a reformas não é honesto. Para forçar reformas que o povo deseje, existem instrumentos consagrados tais como o do voto distrital com recall, que arma as mãos de todos os eleitores para demitir na hora os representantes que resistirem ou agirem contra a sua vontade. Este tipo de participação, sim, opera milagres estritamente dentro dos limites da democracia. Substituir os representantes eleitos por “representantes” que ninguém elegeu tem outro nome: chama-se golpe.
Depois da rendição do Judiciário com a renúncia de Joaquim Barbosa, só sobra a imprensa. E os feriados da Copa farão com que só haja pouco mais de meia dúzia de sessões legislativas completas em junho e julho somados. Depois é véspera de eleição. É bom, portanto, que ela desperte já dessa letargia, pois não haverá segunda chance: está escrito no PNDH-3 que a imprensa é a próxima instituição nacional a ser desmontada.

Pesquisa aponta que 26% dos brasileiros não têm interesse nas eleições







Da Agência Brasil

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Ibope aponta que 26% da população não estão interessados nas eleições de outubro, quando os brasileiros irão às urnas para eleger presidente, governador, senador e deputados.

Conforme a pesquisa, 16% dos entrevistados disseram estar "muito interessados" nas eleições deste ano, 29% responderam "interesse médio" e 29% avaliaram ter "pouco interesse".

Para o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, os percentuais indicam insatisfação das pessoas. Ele ponderou, contudo, que a situação deve mudar, com o início da campanha eleitoral, em julho.






"Tiroteio eleitoral"; veja frases



9.mai.2014 - "O dado relevante é que (...) mais de 70% da população quer mudanças e mudanças profundas", afirmou Aécio Neves, pré-candidato tucano à presidência da República, comentando o aumento nas intenções de voto na pesquisa Datafolha Leia mais Pedro Ladeira/Folhapress/Arte UOL

"Chama atenção um quarto da população dizendo que não tem interesse nenhum nas eleições ainda. E 16%, um pouco mais alto, o número de pessoas dizendo que vão votar em branco. Acho que isso é uma coisa nova, se você compara com 2010, onde o pessoal de brancos e nulos era muito menor", avaliou.

De acordo com a pesquisa, a maior parte dos jovens e das pessoas com 45 anos a 54 anos não estão interessada na eleição. Dos entrevistados entre 16 anos e 24 anos, 12% disseram ter muito interesse no pleito. Somando os que responderam muito interesse com médio interesse, chega-se a 43%. Quando se soma os que escolheram pouco interesse com nenhum, atinge-se 57%.

No caso dos que estão na faixa dos 45 anos a 54 anos, 41% estão com muito interesse ou interesse médio. E 59%, com pouco ou nenhum interesse.

Holanda cogita criar primeira cidade exclusiva para homossexuais



UOL

Em Bruxelas 



A cidade de Tilburg, no sul da Holanda, estuda criar um povoado fechado inteiramente para homossexuais, proposta que já provocou reações negativas nas redes sociais, publicou nesta quarta-feira a imprensa holandesa.

A intenção da cidade exclusiva seria permitir que lésbicas, gays, transexuais e bissexuais "possam viver com segurança", ressaltou o jornal "Brabants Dagblad", que destacou que serão realizados estudos para determinar se "há interesse suficiente" para criar uma cidade com estas características.


A comunidade homossexual na Holanda teve reações "divididas" com a possibilidade de criação desta "cidade gay". Segundo o "Brabants Dagblad" centenas de pessoas opinaram sobre o projeto nas redes sociais, a maioria delas negativas.


O jornal ainda destacou que Amsterdã é considerada uma cidade 'gay friendly'. Já há nos Estados Unidos, em estados como Flórida e Alabama, que promoveram a criação de cidades gays, enquanto na França foram estabelecidos ano passado planos para criar a primeira desse tipo.

Exagero!!!Brasil e México podem ser punidos por gritos homofóbicos da torcida



Do UOL, em São Paulo

Brasil e México jogam no Castelão


Brasil e México estão na mira da Fifa em uma investigação por possível comportamento homofóbico de suas torcidas na partida entre as duas seleções na última terça-feira, em Fortaleza, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, informou o jornal inglês The Telegraph.


O motivo, de acordo com a publicação, são os gritos das torcidas quando os goleiros cobravam um tiro de meta. Os mexicanos, em bom número no Castelão, começaram a gritar "Puto!" contra Júlio Cesar, como acontece em alguns jogos de futebol no país. A torcida brasileira devolvia quando o goleiro Ochoa era o responsável pela reposição de bola.


Esse termo, no México, é usado pejorativamente contra homossexuais. Segundo a reportagem, Brasil e México devem escapar apenas com uma advertência, por se tratar de um primeiro problema. A situação dos mexicanos, porém, pode ser mais complicada.


De acordo com o site em espanhol da emissora britânica BBC, a Fifa abriu processo para investigar supostos atos de racismo de torcedores mexicanos na partida contra Camarões, na primeira rodada, em Natal, na Arena das Dunas. A entidade recentemente prometeu punir até com a perda de pontos as equipes que tivessem reincidência em casos de preconceito.


Além de Brasil e México, os torcedores de Rússia e Croácia também estão na mira da Fifa. A entidade recebeu denúncias de conteúdo racista e antissemitas em cartazes exibidos por russos e croatas nos primeiros jogos de suas equipes na Copa do Mundo.


Piara Powar, membro da Força-Tarefa antirracismo da Fifa, disse que as imagens precisam ser investigadas, e atitudes rígidas deverão ser tomadas caso se confirmem as acusações sobre racismo e homofobia.


"O nível de homofobia em alguns jogos é também totalmente inaceitável. Precisamos de uma educação rápida antes que isso saia de controle", afirmou o executivo ao The Telegraph.

A conduta dos torcedores russos é motivo ainda maior de preocupação, porque a próxima Copa do Mundo será disputada na Rússia, em 2018.


Ceni já foi alvo em clássico com o Corinthians


A polêmica dos gritos não é nova no Brasil. Durante o clássico entre Corinthians e São Paulo, este ano, pelo Paulistão, torcedores corintianos gritavam "bicha" a cada tiro de meta cobrado pelo goleiro Rogério Ceni. O processo que poderia gerar punições ao Alvinegro acabou arquivado pelo TJD-SP. 

Blogueira dos EUA é acusada de matar o filho de 5 anos envenenado com sódio


Do UOL, em São Paulo
Lacey Spears, 26, mãe de Garnett, 5, será julgada por homicídio culposo


  • Lacey Spears, 26, mãe de Garnett, 5, será julgada por homicídio culposo
Uma blogueira moradora de Chestnut Ridge, no Estado de Nova York (EUA), será julgada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) após ter dado uma overdose de sódio ao filho de 5 anos via sonda gástrica. O menino morreu em janeiro deste ano.

Lacey Spears, 26, mãe de Garnett, 5, declarou-se inocente na última terça-feira (17) da acusação na Corte do Condado de Westchester. A autópsia do corpo revelou que ele havia sido envenenado com uma dose excessiva de sódio.

Autora do blog Garnett's Journey ("Jornada de Garnett"), Lacey ficou conhecida por retratar os sucessivos problemas de saúde do filho no site pessoal e também em redes sociais.

A criança nunca recebeu um diagnóstico, mas desde os cinco dias de vida apresentava problemas de saúde como febres e infecções. Aos nove meses, ele passou a ser alimentado com uma sonda gástrica e tinha deficit de crescimento. Não há informações sobre quem seria o pai do menino. 


Lacey Spears é levada para audiência na Corte do Condado de Westchester
 
"Essa mãe estava intencionalmente alimentando seu filho com níveis tóxicos de sódio", afirmou Doreen Lloyd, promotora do condado de Westchester.

Os promotores do caso, durante a audiência de acusação, afirmaram ainda que Lacey pesquisou sobre os efeitos que o sódio poderia ter no organismo do filho antes de levá-lo ao hospital, durante uma crise de convulsão.

Investigadores policiais afirmam que a mãe sofre da síndrome de Munchausen –quando a pessoa finge ou causa a si mesma doenças para obter atenção. 

Porém, no caso de Lacey, a suspeita é de que ela vinha ao longo dos últimos anos causando problemas de saúde no próprio filho para manter a atenção de seus seguidores na internet.

A polícia apurou também que Lacey havia pedido para jogar no lixo da casa de uma vizinha o saco plástico que era parte da sonda gástrica. Essa vizinha desconfiou da atitude e avisou a polícia. Caso seja condenada, a mãe de Garnett pode pegar pena mínima de 25 anos a prisão perpétua.




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