sábado, 6 de junho de 2015

Ambientalistas promovem 'apitaço' contra a poluição na Baía de Guanabara. Governo teria gasto 1 bilhão de dólares mas Baía continua imunda.Para onde teria ido esse dinheiro?

EFE
06 Junho 2015 | 15h 27

Ativistas pedem 'um termo de ajuste de conduta' das autoridades para o desenvolvimento de projetos de recuperação ambiental

Ao som de apitos e buzinas, dezenas de pessoas marcharam neste sábado, 6,  no Rio de Janeiro para pedir a descontaminação e a recuperação ambiental da Baía de Guanabara.
A manifestação contra a degradação da baía faz parte da programação pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado na sexta-feira, e reuniu neste sábado vários ativistas no Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos de 2016 que terão provas realizadas no local.

Manifestantes fazem ato na praia de Botafogo, zona sul do Rio
Manifestantes fazem ato na praia de Botafogo, zona sul do Rio
 
Os ambientalistas querem chamar a atenção da sociedade e das autoridades sobre a "situação em fase terminal" da baía, segundo um relatório técnico-fotográfico que será entregue à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para ser posteriormente enviado à Secretaria do Meio Ambiente do Rio de Janeiro e ao Ministério Público Federal.


No manifesto, os ativistas pedem "um termo de ajuste de conduta" por parte das autoridades e dos organismos de fiscalização para o desenvolvimento de projetos de recuperação ambiental.


Nos últimos anos, de acordo com o relatório, foram investidos R$ 10 bilhões, com "resultados paupérrimos", segundo criticaram os organizadores da passeata.

Resposta das Forças Armadas para o comunismo.

Família do senador Romero Jucá, vende caro, terreno em área rural - quase selva - para construção de habitações populares

 

sexta-feira, 5 de junho de 2015


Minha fazenda, minha vida

Família do senador Romero Jucá vende terreno em área rural, por valor acima do mercado, para a Caixa construir apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida em Roraima

A Fazenda Recreio, localizada em Boa Vista, capital de Roraima, é uma área erma com 1,6 mil hectares, com pouca infraestrutura urbana e baixa atratividade para o agronegócio. Ali perto passam poucos ônibus, não há escolas para as crianças ou postos de saúde. Mesmo assim, o local foi escolhido para abrigar um empreendimento do Minha Casa, Minha Vida, projeto do governo federal que consiste em oferecer imóveis a preços populares para a população de baixa renda. Poderia ter sido apenas um erro de avaliação, um equívoco técnico cometido por profissionais desavisados. Os motivos que levaram à escolha da região, porém, são bem mais nebulosos. A fazenda pertence à família do senador Romero Jucá (PMDB). Para comprar uma pequena parte do terreno (de 26 hectares), a Caixa desembolsou R$ 4 milhões. Mas essa conta não fecha. Um hectare na região está avaliado em R$ 60 mil. Em valores de mercado, a Caixa deveria ter pago, portanto, algo como R$ 1,5 milhão pelos 26 hectares, ou R$ 2,5 milhões a menos.


EM FAMÍLIA
A Caixa pagou R$ 4 milhões por uma área da Fazenda Recreio,
que pertence aos filhos do senador Romero Jucá, do PMDB, como
mostra o documento ao lado. No local, que carece de serviços
públicos, estão sendo construídas casas
do programa Minha Casa, Minha Vida

A fazenda pertenceu a Romero Jucá até 1997. Neste ano, a propriedade foi doada a um casal de filhos do senador, Rodrigo e Marina, e a dois enteados, Luciana Surita e Ana Paula Surita. Em 2014, um quarto das terras apareceu na declaração de bens de Rodrigo Jucá, candidato a vice-governador, registrada com valor simbólico de R$ 15,4 mil. A modéstia para avaliar o próprio patrimônio desapareceu em janeiro de 2013, quando os quatro herdeiros, mais a ex-mulher de Jucá, Teresa Surita, fizeram negócio com a Caixa Econômica Federal para implementação do Minha Casa, Minha Vida na fazenda.

O senador e Teresa tiveram papel importante no projeto. Romero Jucá atuou de forma decisiva para aumentar a cota de residências do Minha Casa, Minha Vida para Roraima. “Graças a um entendimento que tivemos com a presidente Dilma, com a Caixa e com o Ministério das Cidades, conseguimos o remanejamento do número de casas de outros estados para Roraima”, afirmou o parlamentar ao Portal Amazônia, no dia 22 de janeiro de 2013, logo depois da assinatura do contrato com o banco estatal.

A viabilização do terreno da família para o empreendimento do governo contou com a presteza da prefeitura. Detalhe interessante: a prefeita é Teresa Surita, a ex-mulher de Jucá. No ano passado, foi ela quem assinou o termo em que o município se comprometeu a fornecer serviços públicos para o entorno do conjunto residencial. Na ocasião, a prefeitura se responsabilizou pela implantação de iluminação pública, asfaltamento da rua principal, coleta de lixo e serviços de transporte público na região. Segundo as regras do Minha Casa, Minha Vida, sem essas estruturas básicas o contrato deveria ser suspenso. Além disso, os trâmites para a declaração da área como de interesse social, a autorização para o desmembramento da fazenda e a concessão da licença ambiental foram feitas no final de 2012, depois da eleição de Teresa Surita, pela quarta vez, para a prefeitura de Boa Vista. 

Embora ainda não tivesse tomado posse, ela exercia grande influência na administração de seu antecessor, Iradilson Sampaio, na época filiado ao PSB, vice-prefeito em uma de suas administrações.  As famílias contempladas já começaram a receber os imóveis do Minha Casa Minha Vida, mas reclamam da falta de estrutura. A região não conta com oferta de ônibus e ainda não há escolas por perto. Foi a ausência de serviços públicos que levou opositores de Jucá e Teresa a verificar o motivo da escolha do loteamento para realizar o maior empreendimento do Minha Casa, Minha Vida no estado. Quando analisaram a papelada do financiamento, encontraram os poderosos sobrenomes Jucá e Surita no contrato. O vereador Gabriel Mota (PP) está levantando assinaturas para abrir uma CPI e investigar a execução do programa na capital. “Não existe em Roraima nenhum empresário que pague R$ 4 milhões à vista por um terreno”, afirma.

HERDEIRO
Embora tenha declarado à Receita ser dono de um quarto da Fazenda que
equivaleria a R$ 15,4 mil, Rodrigo Jucá valorizou o terreno
quando assinou contrato com a Caixa
O empreendimento, que abrange 2.992 residências, é de responsabilidade da CMT Engenharia, que recebeu R$ 177,7 milhões para erguer as construções. O CNPJ da empresa reúne um aglomerado de outras empreiteiras e consórcios. Entre elas, a Egesa e a Constran, investigadas da Operação Lava Jato. A relação da família Jucá com a CMT vem pelo menos desde as eleições de 2010. A empreiteira doou R$ 500 mil ao comitê eleitoral de Jucá, então candidato ao Senado.

Pressionado pelas acusações dos adversários, Rodrigo Jucá enviou à Caixa alguns questionamentos sobre o negócio. O objetivo, claro, foi buscar argumentos de defesa. Na resposta, o banco estatal diz que todos os trâmites do programa foram cumpridos e os preços, definidos por “método comparativo de dados de mercado.” A Caixa nega ter havido “influência de qualquer tipo” no processo.

Em entrevista a ISTOÉ, Romero Jucá reconheceu ter trabalhado pela ampliação do número de imóveis do programa federal em Roraima. Com sua atuação, afirma, a cota do Minha Casa, Minha Vida no estado subiu de 900 para 5 mil unidades. Ele, porém, nega ter interferido no negócio da fazenda. “Isso é uma distorção que os meus adversários estão tentando fazer”, afirma. “Eu não era mais dono, meus filhos e enteados venderam as terras para a CMT, com aval da Caixa.” Sobre as facilidades concedidas pela administração municipal, o senador afirma que, se o bairro foi feito, a prefeitura tem mesmo que levar a infraestrutura.

Fotos: Ed Alves/D.A Press; Raynere Ferreira/Folha de Boa Vista 

'Casa do futuro' começa a ser vendida este ano.Dependendo do preço poderia ser uma opção para moradias populares?.

Autossuficiente em água e energia: 'casa do futuro' começa a ser vendida este ano

(Foto: Divulgação)(Foto: Divulgação)

Hoje em dia, na hora de construir uma casa, as pessoas já pensam em imóveis autossuficientes, que não gastem muita água e energia; além de as empresas de tecnologia já estarem testando plataformas para conectar as casas aos smartphones.


Pensando nisso, o Nice Architects, um grupo de arquitetos da Eslováquia, desenvolveu um modelo de casa pré-fabricada que permite morar em qualquer lugar do mundo, até nos mais remotos. Ela só não conta com conexão com dispositivos móveis, por enquanto.

(Foto: Divulgação)(Foto: Divulgação)


O imóvel, de oito metros quadrados, tem o formato de cápsula e pode ser facilmente transportada. A Ecocapsule, como foi batizada, possui painéis solares e uma turbina eólica, além de sistema de captação de água de chuva e um sistema de filtros instalados sob o piso, que permite utilizar água de outros tipos de fontes.



Os modelos comportam dois adultos e são equipados com um colchão, uma pequena mesa para refeições, uma mini-cozinha e um banheiro, com vaso sanitário e chuveiro.
A empresa irá começar a aceitar encomendas da nova casa a partir do segundo semestre, mas o preço ainda não foi divulgado.

  Comentário





TAL VEZ NA ESLOVÁQUIA SE NÂO TIVER MUITO LADRÂO PODE DAR CERTO , AGORA NO BRASIL TEM 99,9% DE CHACE DE CHEGAR AONDE MORA , E NÂO ENCONTRAR A CASA ..Mendes
                
        Fim das favelas, Politicos Brasileiros nao vao gostar muito.
                   Xcomercio

Isso é ...gente? Vocês conseguem se identificar com essa turma? Eu não!



(Temos de ser assim?)

Manifestantes quebram imagens sacras na Praia de Copacabana

'Marcha das Vadias' se mistura a peregrinos e faz críticas à Igreja

por










Grupo protesta contra a Igreja quebrando imagens sacras Foto: Marcelo Tasso / AFP
Grupo protesta contra a Igreja quebrando imagens sacras - Marcelo Tasso / AFP


RIO — Manifestantes que participam da "Marcha das Vadias" na tarde deste sábado quebraram imagens sacras na Praia de Copacabana, onde milhares de peregrinos aguardam o início da vigília da Jornada Mundial de Juventude (JMJ). A ação partiu de um casal que estava pelado, tampando os órgãos sexuais com símbolos religiosos, como um quadro com a pintura de Jesus Cristo. Esculturas de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima foram destruídas. Em um ponto do protesto, eles juntaram cruzes, jogaram camisinhas em cima e começaram pisar nos artigos religiosos. Um dos manifestantes chegou a botar um preservativo na cabeça de Nossa Senhora.



A Marcha das Vadias seguiu do Posto 5, em Copacabana, para Ipanema. A aproximadamente 2,5 quilômetros da casa do governador Sérgio Cabral, um pequeno grupo tentou convencer manifestantes a caminharem até a residência do governador Sérgio Cabral, no Leblon, mas a passeata acabou voltando para Copacabana. Um grupo chegou a protestar em um local próximo a hospedagem da Comitiva do Vaticano, e seguiu em direção à Avenida Princesa Isabel. Os manifestantes chegaram até o cruzamento da Avenida Prado, e após um acordo com a Força Nacional, terminaram o protesto de maneira pacífica por volta das 23h. Segundo a Polícia Militar, o ato chegou a reunir mil pessoas.



As integrantes do movimento fazem críticas ao Papa Francisco, à Igreja e ao governador do Rio, Sérgio Cabral. Elas gritam frases como "A verdade é dura, Papa Francisco apoiou a ditadura", "Não é mole não, a igreja apoiou a inquisição", e "Cabral, chuta que é macumba". Vestidas de biquini e sutiãs, a maioria das manifestantes utilizavam adornos em forma de diabinhos, enquanto outros usavam máscaras. Quando manifestantes tentaram se aproximar do palco da Jornada Mundial da Juventude, foram impedidos por agentes da Força Nacional, que montaram uma barreira humana nas areias da praia. Os fiéis, do outro lado, respondem, rezam, e alguns até tiram fotos.



— A juventude tem direito de protestar, mas o que está rolando é um desrespeito com o movimento dos outros. Cada um tem seu espaço — reclamou a peregrina Mariana Dutra, de 18 anos, do Mato Grosso.



Pela tarde, ao se deparar com o protesto, peregrinos confrontaram a passeata cantando "Esta é a juventude do Papa", frase que virou uma espécie de grito de guerra dos jovens. Um grupo de argentinos decidiu passar pelo meio da manifestação. Manifestantes responderam gritando palavras de ordem, como frases a favor da camisinha. Alguns católicos que passavam pelo local criticaram o movimento.



— Acho um desrespeito. Eles poderiam fazer em outro lugar ou em outro momento. A JMJ é um momento nosso — disse Júlia de Moura, de 17 anos.



A passeata deixou o Posto 5, onde estava concentrada, por volta de 15h, com 450 pessoas, que se misturavam aos peregrinos. Bandeiras do movimento LGBT e de partidos políticos podiam ser vistas com o grupo. Algumas manifestantes levavam cartazes com frases como "Meu corpo não pertence à Igreja" e "Sou cristão e apoio a Marcha das Vadias", enquanto outras exibem os seios nus.



Apesar das imagens quebradas, o clima entre manifestantes e católicos, no entanto, é tranquilo. Muitos peregrinos não se dizem incomodados com a manifestação. Enquanto a passeata seguia, três senhoras rezavam com terços na mão. Eulália Cabral, de 56 anos, chegou a abraçar alguns manifestantes. Ela disse que não estava constrangida com o ato:


— Vim para ver o Papa, acabei vendo a manifestação. Não tenho nenhum constrangimento. Vivemos em país democrático. Eles são livres para se manifestarem. A causa é válida, mas não acho que isso tem que ser feito dessa forma. Continuarei aqui rezando. A minha fé não se abala.



Marco Rocha, que integra o grupo da "Marcha das Vadias", disse que foi "super bem tratado" pelos peregrinos, que até foto fizeram deles:



— A marcha acontece todos os anos em Copacabana nesta mesma data. Este ano foi cancelada por conta da JMJ. Mas resolvemos vir mesmo assim.

O grupo “Católicas pelo Direito de Decidir”, favorável à "Marcha das Vadias", distribuía uma carta aberta ao Papa Francisco chamada "Queremos uma nova Igreja".


— A gente segue o legado de Jesus Cristo, ele pregava a vida. Somos a favor do direito reprodutivo e da vida das mulheres. A maioria das mulheres que sofrem aborto são católicas, temos que preservá-las — afirma Valéria Marques, uma das organizadoras do movimento.


Manifestantes justificaram a passeata bem no momento da realização de um evento católico. Alexia Ferreira, de 27 anos, explica que a intenção do protesto é incentivar o debate:


— Não se prode promover um evento com uma única ideia. O ato é uma tentatativa de diálogo.




Joana Moraes, de 22 anos, também defendeu a "Marcha das Vadias":
— Não queremos confronto, tanto é que a organização da passeata decidiu ir na direção contrária dos peregrinos.

Princípio de confusão em protesto após a Via Sacra

Nesta sexta-feira, um protesto após o término da Via Sacra, realizada na Avenida Atlântica, teve um princípio de confusão depois de um manifestante, exaltado, discutir com um policial que tentava revistá-lo. O protesto começou por volta das 17h, quando um grupo de 50 pessoas se reuniu em frente à estação Cardeal Arcoverde com faixas e cartazes contra o governador Sérgio Cabral.


À noite, quando o número de manifestantes já tinha subido para cerca de 300 pessoas, o grupo seguiu pela Barata Ribeiro em direção à Avenida Atlântica. Lá, cerca de 70 homens da Força Nacional formaram um cordão de isolamento para impedir a passagem dos manifestantes na orla. Um grupo chegou a tentar invadir a área reservada para a imprensa, mas foi impedido pela polícia.

Sob chuva, o grupo seguiu pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana em direção a Ipanema, mas depois deu meia volta. Eles atravessaram o Túnel Velho e entraram em Botafogo, seguindo em direção à Lapa. Fiéis que assistiram à encenação da Via Sacra na Praia de Copacabana tentam desviar do caminho do protesto, que terminou de forma pacífica.

Comentário

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Por que não podemos ser assim?Resultado de imagen para imagenes bonitas de familia

Lembram da transposição do rio São Francisco que iria "secar as lágrimas dos nordestinos?"Pois é...Os nordestinos continuam chorando!

https://www.facebook.com/joserildo.fernandes/videos/757965207604662/

Imagem dos "ambientalistas" brasilenses.Pobre DF!

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PT incentiva o ódio entre os brasileiros, divide o país e depois prega o amor como propaganda oficial do partido?

Edinho, amor e ódio - DEMÉTRIO MAGNOLI

FOLHA DE SP - 06/06
 

"Todo brasileiro já nasce sabendo conviver com as diferenças", diz a mensagem publicitária da Caixa, ilustrada por um garoto que veste uma camiseta com as cores de todos os times patrocinados pelo banco estatal. 
A Caixa não prega a tolerância por decisão própria, mas seguindo uma orientação do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Edinho Silva. O menor dos problemas da campanha publicitária é que evidencia, uma vez mais, a apropriação partidária das estatais. O maior é que difunde um equívoco conceitual: a tolerância não é atributo inato de ninguém.

Guido Mantega, Alexandre Padilha e Fernando Haddad sofreram vaias e ofensas, respectivamente, num hospital, num restaurante e no teatro. A campanha de Edinho foi deflagrada como reação a ocorrências desse tipo, que atingem lideranças do PT. Os malcriados que se aproveitam do clima político nacional para constranger petistas só merecem desprezo: numa sociedade decente, políticos devem ter a liberdade de circular como cidadãos comuns sem serem importunados. Contudo o governo lembrou-se muito tarde da importância do amor –e finge não saber quem moveu o peão das brancas.

Nos tempos do mensalão, um assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) perseguiu Joaquim Barbosa em restaurantes de Brasília para ofendê-lo. Quando a blogueira cubana Yoani Sánchez visitou o Brasil, chusmas de militantes do PT e do PC do B foram orientados pela embaixada de Cuba a melar os lançamentos de seu livro. Um bando de militantes petistas impediu, pelo vandalismo, a realização de um debate com minha participação na Festa Literária Internacional de Cachoeira (BA). Tais episódios, entre tantos outros, tiveram como protagonistas grupos partidários organizados, não indivíduos isolados. O ódio era política oficial, antes da descoberta do amor.

A tolerância é um aprendizado democrático. Ela só prevalece se o outro não é visto como inimigo, mas como um de nós. A metáfora da Caixa é adequada, pois todos os times pertencem à mesma pátria: o futebol. Contudo, no poder, o lulopetismo ensinou o contrário disso. A pedagogia oficial do ódio assevera que o país se divide em "nós" e "eles". Mais: diz que "eles" não são brasileiros com opiniões políticas diferentes, mas estrangeiros ideológicos. Você será qualificado de racista se divergir das políticas raciais; de inimigo do povo, se contestar o populismo econômico; de agente das multinacionais, se apontar a ingerência partidária na Petrobras; de golpista, se criticar o governo. Na pátria que se confunde com o partido, dissentir equivale a trair.

A súbita irrupção do amor oficial não cancelou o ódio oficial. Dilma Rousseff insiste na fórmula binária dos "predadores internos" (leia-se: os corruptos) e dos "inimigos externos" (leia-se: a oposição) sempre que menciona a Petrobras. A palavra "golpismo" tornou-se marca registrada dos pronunciamentos do PT. A proposta de resolução partidária da corrente petista integrada pelo ministro José Eduardo Cardozo e pelo ex-ministro Tarso Genro denuncia um "golpismo econômico" que estaria materializado nas políticas de ajuste fiscal conduzidas por Joaquim Levy. Edinho é do amor, mas sua chefe e seu partido são do ódio.

Edinho é do amor? Com uma mão, a Caixa lançou sua nova campanha. Com a outra, prossegue sua antiga campanha de financiamento dos blogs oficialistas consagrados à difamação sistemática da oposição, dos críticos do governo e de juízes encarregados dos escândalos de corrupção. Jatos de puro ódio cintilam sob a película do amor.

Suspeito que, tipicamente, algum malcriado sugeriu que Mantega, Padilha ou Haddad se transfira para Cuba. É o avesso simétrico do que ensina há tanto tempo o lulopetismo. 
Os malcriados aprenderam um método, assimilaram uma linguagem. Dizem, agora, que o "estrangeiro" é o PT. De certo modo, o PT venceu.
 

O legado do mensalão:Descontando as dores naturais do crescimento, num país um pouco melhor.Na política, o legado maior do episódio foi a exposição pública da engrenagem que o PT montou uma vez no poder. A imagem algo romântica do partido estilhaçou-se, iniciando simbolicamente um processo de desintegração que parece atingir seu auge agora, uma década depois.

Os legados do mensalão - IGOR GIELOW

 FOLHA DE SP - 06/06

BRASÍLIA - Há dez anos, a jornalista Renata Lo Prete abria, ao apresentar Roberto Jefferson sem censura nas páginas desta Folha, o capítulo do mensalão na história política brasileira. Encerrado o plantão aqui na Sucursal de Brasília naquele fim de semana, me perguntei internamente algo como: "Onde será que isso vai parar?".

Os efeitos do escândalo ainda se fazem sentir no cotidiano. Se imperfeita, a investigação do caso levou a um julgamento conturbado e sem precedentes: a elite do grupo que comandava o país foi parar na cadeia.

A mão de ferro de Joaquim Barbosa na condução do processo é passível de críticas, mas é fato que um novo padrão foi estabelecido na relação entre sociedade e Judiciário.

Não só para bem. Expectativas maiores também geram inspiração justiceira em alguns magistrados, a exemplo do que já acontecera no passado com procuradores e delegados, e o saldo é positivo.

A corrupção, claro, não desapareceu. Ao contrário, sofisticou-se, como o esquema desvendado na Lava Jato aponta. Mas parâmetros mudaram: sem o destino do maior punido no mensalão, o operador Marcos Valério, não haveria a oferta de delações premiadas de hoje.

Na política, o legado maior do episódio foi a exposição pública da engrenagem que o PT montou uma vez no poder. A imagem algo romântica do partido estilhaçou-se, iniciando simbolicamente um processo de desintegração que parece atingir seu auge agora, uma década depois.

Por fim, o mensalão marca também o começo de um aparentemente infindável movimento de descrédito na política. Um efeito colateral cheio de contradições, que mistura a crescente apatia com episódios como o junho de 2013, além de estimular ao paroxismo o radicalismo da manada algorítmica das redes sociais.

Afinal, onde aquilo foi parar? Descontando as dores naturais do crescimento, num país um pouco melhor.
 

Condenados da Lava Jato continuam atuando na politica e nas redes sociais!Fazem comicio politico e dão orientações ao congresso.Pode?

Coisa nossa - MERVAL PEREIRA

O GLOBO - 06/06

Condenado fazendo comício político, usando blog para comentar os acontecimentos, dando orientações sobre votações no Congresso, são coisas nossas e apartidárias. Não é apenas José Dirceu quem tem blog, seu delator Roberto Jefferson também, e ambos participam ativamente da política, dando palpites sobre o que está acontecendo, contra ou a favor do governo.

Jefferson, mesmo em prisão domiciliar, está de bem com a vida depois de ter casado em grande estilo, com direito a tirar um sarro de seu mais famoso inimigo. Ao lembrar a frase emblemática dirigida a Dirceu em transmissão pela televisão - "Você provoca em mim os instintos mais primitivos" -, ele disse a sua noiva que ela lhe inspirava "os mais deliciosos instintos primitivos".

Em seu blog, ele afirma através de interpostas pessoas que o governo beneficiou a empreiteira Odebrecht com os financiamentos do BNDES. Já Dirceu tem aparecido abatido, e continua às voltas com outro processo, o do petrolão, onde é investigado pelo Ministério Público pelas consultorias que deu a empreiteiras envolvidas na Lava-Jato, que seriam meros disfarces para propinas vindas da Petrobras.

Ele tem usado seu blog para se defender, acusando o doleiro Alberto Youssef de inventar as denúncias contra ele. Mas também participa da discussão política, ora defendendo a posição do governo contra o aumento da maioridade penal, ora rebatendo a tentativa do Congresso de controlar as nomeações nas estatais.

Mas pelo menos eles fingem algum constrangimento, e os blogs são escritos por "amigos" e "assessores", mesmo que o que se lê ali seja claramente a opinião pessoal dos condenados.

Pois o petista João Paulo Cunha, o ex-presidente da Câmara condenado por peculato e corrupção no processo do mensalão, foi flagrado pela "Folha" em uma reunião política em Osasco, seu reduto eleitoral. Digo flagrado porque os companheiros que atenderam ao convite para "bater um papo ao sabor da conjuntura e outras lembranças" recebiam instruções para não fotografar nem postar notícias nas redes sociais, e, portanto, o encontro não era para se tornar público.

Ele cumpre a pena em regime aberto em Brasília e recebeu permissão para ir a São Paulo comemorar seu aniversário. Os condenados pelo mensalão tiveram seus direitos políticos suspensos e não podem se candidatar a nada. Mas, ironicamente, há uma discussão sobre se podem ou não se filiar a partidos políticos, ou se podem participar de reuniões partidárias.

Outro condenado, Valdemar Costa Neto ignora eventuais restrições e faz reuniões políticas do PR, que ainda controla, orientando o partido sobre como votar no Congresso. Ao que se sabe, apenas as transgressões mais óbvias são punidas.

Flagrado tomando cerveja com amigos em um bar da Zona Sul de BH, o ex-deputado federal Romeu Queiroz, condenado a seis anos e seis meses de prisão por envolvimento no mensalão, perdeu os benefícios de trabalho externo e saídas temporárias.

João Paulo Cunha, por exemplo, fez ampla análise política da situação, admitindo até que o PT errou no mensalão, e voltou a errar no petrolão. Não entrou em detalhes sobre esses erros, sem deixar claro se estava admitindo os crimes pelos quais foi condenado, ou se o erro a que se referia era o de terem sido apanhados.

De qualquer maneira, a comemoração do aniversário de João Paulo Cunha foi bastante proveitosa para ele como líder político. Reuniu sua tropa política para estabelecer estratégias para a eleição municipal de 2016, e, hoje, tinha marcada reunião com grupos de sindicalistas.

Na eleição de 2012, ele era candidato favorito à prefeitura de Osasco quando teve que renunciar devido à condenação no mensalão. O então prefeito Emídio de Souza hoje é presidente do PT paulista e também esteve com João Paulo Cunha trocando ideias sobre "a conjuntura".

As atividades políticas, encobertas ou não, não são restringidas pela Justiça, que tende a ser condescendente com esse tipo de burla da punição. Mas, se os políticos foram condenados justamente por terem atividades políticas irregulares, misturadas a diversos crimes, como permitir que continuem a manter tal atividade que está no cerne de suas condenações?
 

Comparando a justiça brasileira com a americana: Com apenas uma hora de depoimento numa delegacia no Brooklyn nova-iorquino, o FBI americano desmontou a Fifa.E nós? Fizemos o que?

Promiscuidade - ALBERTO DINES

GAZETA DO POVO - PR - 06/06

Com apenas uma hora de depoimento numa delegacia no Brooklyn nova-iorquino, o FBI americano desmontou a Fifa, enfiou no xilindró suíço quase uma dezena de cartolas da periferia futebolística mundial, no meio da qual se exibia impune e lampeiro uma estrela de primeira grandeza: o ex-governador do maior e mais rico estado brasileiro, ex-presidente da CBF e agora seu vice, José Maria Marin. 
Seis dias depois, o terremoto destronou o indestronável imperador do futebol, Joseph “Sepp” Blatter.  

O autor desta formidável façanha não é cartola, não é político, não se escondia na sombra: jornalista esportivo no interior de São Paulo (São José do Rio Preto) ralou, ralou, ralou, subiu, subiu, subiu, criou uma empresa de marketing esportivo com o sugestivo nome de Traffic, traficou favores,intermediou negócios de milhões, converteu-se em baronete da mídia interiorana e com o aval do Congresso e do governo obteve em 2003 uma rica concessão de televisão (TV Tem, afiliada da prestigiosa Rede Globo). Segunda a Folha de S. Paulo desta sexta, a emissora atende 318 municípios no rico interior paulista.

J. (de José) Hawilla – Jotinha para os íntimos –“colabora” com o FBI desde o final de 2013. Réu confesso, um ano depois, acertava com as autoridades judiciais americanas o pagamento de uma multa de 151 milhões de dólares.

Quando a direção da entidade suíça passou a exigir dos países-sede das Copas do Mundo estádios, equipamentos e serviços urbanos de altíssima qualidade estabeleceu-se o padrão Fifa. O megaescândalo agora revelado tem exatamente este extravagante e formidável padrão e só começou a ser desmontado graças a uma casualidade: além da mansão de 15 mil metros quadrados em Rio Preto, o exigente Jotinha reside numa propriedade avaliada em oito milhões de dólares na exclusiva Sunset Island, Miami, Flórida, Estados Unidos da América do Norte – país onde há 241 anos as promiscuidades, por mais extensas e sólidas que sejam, costumam ser atalhadas pelas autoridades.

O segredo que tornou a sucursal brasileira da Fifa invencível e inexpugnável é exatamente a promiscuidade. Convivência espúria, conivência despudorada, a CBF é uma traficante de vantagens e privilégios. Embora conste no artigo 1.º dos Estatutos que “goza de peculiar autonomia não estando sujeita a qualquer ingerência estatal”, a CBF tem efetivamente mais poder do que o Ministério dos Esportes. Entidade de direito privado, suas veladas conexões com o Judiciário e o Legislativo a colocam acima do bem e do mal, imune a CPI’s e investigações do Ministério Público.

 
Blindagem decisiva para garantir sua imunidade, impunidade e sobrevida são os laços que a CBF mantém com a mídia, especializada ou não. A fulgurante carreira do Jotinha Hawilla é paradigmática: em apenas 36 anos o indomável profissional demitido por participar de uma greve delirante que tanto prejudicou a categoria, acerta com a Justiça americana o pagamento de uma multa de quase R$ 500 milhões.

 
Por mais animado que esteja o Congresso neste momento dificilmente conseguirá identificar, enquadrar e desmontar a promiscuidade que intoxica a mais importante instituição da vida nacional – quase uma religião – o futebol. 
Para recuperá-la, desintoxicá-la e injetar um pouco de otimismo será indispensável o empenho de outra lendária instituição que carece de façanhas para tirá-la de uma de suas maiores crises: a mídia.