sexta-feira, 15 de março de 2019

Pesticidas influenciam o desenvolvimento e a longevidade das abelhas que nidificam no solo

Pesticidas influenciam o desenvolvimento e a longevidade das abelhas que nidificam no solo


Pesticidas – Estudo explora efeitos pouco compreendidos da exposição do solo em colônias subterrâneas de abelhas

Por Rose Keane* **

agrotóxicos
Foto: TV Brasil / EBC

Os resultados de um novo estudo sugerem que as abelhas podem estar expostas a pesticidas de mais maneiras do que pensávamos, e isso poderia afetar significativamente o seu desenvolvimento.
O estudo, publicado na revista Nature’s Scientific Reports, analisa os efeitos não-alvo de pesticidas em abelhas que nidificam no solo, um grupo que realmente compõe a maioria das espécies de abelhas. Os efeitos não visados referem-se aos efeitos em outros organismos que não os pretendidos. Muitas das pesquisas atualmente disponíveis sobre os efeitos não-alvo de pesticidas foram limitadas a mel e abelhas e sua exposição a pesticidas ao coletar pólen e néctar.

Embora esses estudos anteriores tenham mostrado que o consumo de agrotóxicos pelo mel e por abelhas pode ter importantes conseqüências ecológicas, este novo estudo é um dos primeiros do tipo a determinar os efeitos do contato com pesticidas, como os que ocorrem nos solos, que outros espécies de abelhas podem encontrar.

Uma diferença fundamental entre as abelhas que nidificam no solo e seus primos de mel e abelha é o tamanho dos seus ninhos menores (tanto em tamanho quanto em número de abelhas) que são feitos escavando-se o solo. As espécies de abelhas que nidificam dessa forma podem permanecer no solo até 49 semanas do ano, emergindo por apenas 3 semanas para forragear, acasalar e por ovos. Isso deixa muito tempo para as abelhas ficarem expostas aos níveis baixos e crônicos de pesticidas encontrados no solo após o uso da terra agrícola.

Os pesquisadores estavam particularmente interessados em uma classe de pesticidas chamados neonicotinóides. Derivados da nicotina, os neonicotinóides são amplamente utilizados para sua eficácia contra insetos, como besouros japoneses e brocas de cinzas esmeralda, mas podem ser tóxicos para os polinizadores. Eles também têm uma meia-vida longa, o que significa que eles podem persistir no solo por longos períodos de tempo. Os pesquisadores usaram abelhas que são parentes muito próximos das espécies de nidificação do solo porque são mais adequadas para testes em laboratório e foram usadas em pesquisas anteriores para aproximar os impactos sobre as espécies de nidificação do solo.

Quando as abelhas foram expostas a neonicotinóides no laboratório, os pesquisadores analisaram níveis semelhantes aos encontrados no campo. Os resultados mostraram que as fêmeas cresceram e não viveram tanto tempo, enquanto os machos foram menores e viveram muito mais tempo. Esta conclusão sugere que a exposição crônica e de baixo nível a pesticidas pode causar uma resposta hormética em abelhas, onde, em baixos níveis de exposição a pesticidas, as abelhas parecem se beneficiar de pequenas formas.

No entanto, os impactos de longo prazo de algumas dessas mudanças podem não ser evidentes. Os pesquisadores acreditam que essas doses mais baixas estão causando mudanças no desenvolvimento da abelha, como desviar a energia dos processos normais de desenvolvimento para fortalecer as barreiras físicas e bioquímicas para combater os efeitos do pesticida.

* Com informações da University of Illinois

** Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate.

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 14/03/2019

"Pesticidas influenciam o desenvolvimento e a longevidade das abelhas que nidificam no solo," in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 15/03/2019, https://www.ecodebate.com.br/2019/03/15/pesticidas-influenciam-o-desenvolvimento-e-a-longevidade-das-abelhas-que-nidificam-no-solo/.

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Mudanças climáticas: A Suíça está se tornando mais seca, mais quente e menos nevada



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Cenários Climáticos CH2018


A Suíça está se tornando mais seca, mais quente e menos nevada, e vai lutar com chuvas mais pesadas no futuro – estas são as conclusões alcançadas pelos pesquisadores climáticos da MeteoSwiss e da ETH Zurich.Estes formam a base para a estratégia de adaptação às mudanças climáticas do governo federal.



Os Cenários Climáticos CH2018 descrevem como o nosso clima pode mudar até meados deste século e além. “Verões secos”, “Precipitação pesada”, “Dias mais quentes” e “Nevascas” são algumas das consequências esperadas da mudança climática não controlada na Suíça.

O impacto potencial dos esforços globais para mitigar a mudança climática – e até que ponto a mudança climática ainda afetaria a Suíça – é mostrado pelo cenário “Quando a mitigação da mudança climática toma conta”.

Os Cenários Climáticos combinam simulações que usam os mais recentes modelos climáticos com observações das tendências até agora, fornecendo a imagem mais precisa até o momento do futuro clima do nosso país.


Fonte: Office fédéral de météorologie et de climatologie MétéoSuisse


in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 15/03/2019

"Mudanças climáticas: A Suíça está se tornando mais seca, mais quente e menos nevada," in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 15/03/2019, https://www.ecodebate.com.br/2019/03/15/mudancas-climaticas-a-suica-esta-se-tornando-mais-seca-mais-quente-e-menos-nevada/.

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Analândia recebe plantio de 90 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica

Analândia recebe plantio de 90 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica


Cerca de 460 mil pessoas serão beneficiadas por essa ação. Iniciativa da Coca-Cola FEMSA e da Coca-Cola Brasil, com apoio da Fundação SOS Mata Atlântica, tem como meta plantar 600 mil mudas nativas em quatro anos 

O Projeto Geração + Verde, uma iniciativa da Coca-Cola FEMSA e da Coca-Cola Brasil, em parceria com a Prefeitura de São Paulo e com apoio da Fundação SOS Mata Atlântica, iniciou nessa semana, em Analândia (SP), o plantio de 90 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica – em cerca de 36 hectares, que será finalizado nos próximos meses. A primeira propriedade beneficiada receberá, até o fim de março, 45.800 mudas. O restante será plantado em outras propriedades na mesma cidade.

“O Projeto Geração + Verde está em linha com um dos temas prioritários da estratégia de sustentabilidade da Coca-Cola FEMSA, que é a água, ao lado de energia e resíduos. Contribuir para a proteção, conservação e manutenção dos recursos hídricos de São Paulo reafirma nosso compromisso de proteger esse recurso que é tão essencial para a sociedade e para a região em que temos forte presença”, explica Wanessa Scabora, Gerente de Comunicação Externa e Sustentabilidade da Coca-Cola FEMSA.

Analândia foi escolhida porque possui grande potencial de nascentes que abastecem a bacia hidrográfica do rio Corumbataí, importante fonte de abastecimento público para os municípios paulistas de Águas de São Pedro, Charqueada, Piracicaba, Santa Maria da Serra e São Pedro, localizados na parte baixa do rio Piracicaba. Como resultado, cerca de 460 mil pessoas que moram nesses municípios serão beneficiadas por esse primeiro grande plantio.

“A restauração florestal nas margens de rios (matas ciliares) é uma importante ação para a melhoria da qualidade e quantidade da água no Brasil. Isso pode beneficiar diretamente as regiões estratégicas para captação de água para a população”, afirma Aretha Medina, coordenadora de Restauração Florestal da Fundação SOS Mata Atlântica.

Iniciado em 2017, o Projeto Geração + Verde já efetuou a doação de 90 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica para a cidade de São Paulo – ao término da iniciativa, serão 200 mil mudas doadas para a Prefeitura de São Paulo e 100 mil mudas plantadas. Como o projeto prevê que, para cada muda doada ou plantada na cidade de São Paulo, outra muda seja plantada em áreas de mananciais no Estado de São Paulo, outras 300 mil mudas serão plantadas pela Coca-Cola FEMSA e pela Coca-Cola Brasil de forma a contribuir para preservar os mananciais que fazem parte da bacia hidrográfica que abastece importantes regiões do estado.Tags

Projeto oferece oportunidade para jovens se aproximarem do meio ambiente



Aprendendo com a Mata Atlântica realiza atividades de vivência na natureza


Estão abertas as inscrições para o projeto Aprendendo com a Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica que tem como objetivo proporcionar experiências para professores e alunos, em meio à natureza, como forma de expandir os aprendizados obtidos na sala de aula. O projeto realizará entre abril e julho de 2019, diversas atividades lúdicas e interativas em ambientes como trilha interpretativa, jardim sensorial, centro de interpretação e viveiro de mudas nativas, localizados no Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – HEINEKEN Brasil, em Itu (SP). As pré-inscrições vão até 27 de março e as escolas selecionadas serão informadas até o dia 29 de março. Clique aqui para se inscrever.

O projeto busca despertar uma reflexão sobre as relações entre homem e meio ambiente, usando a Mata Atlântica como exemplo, ampliando assim a consciência socioambiental entre os participantes, principalmente os jovens. O projeto é gratuito e aberto para todos os públicos, mas será dada prioridade para grupos acima de 14 anos e para estudantes do ensino médio.

“O projeto existe desde 2010 e recebeu mais alunos dos ensinos infantil e fundamental. Queremos nesse ano proporcionar essa experiência e instigar reflexões principalmente entre os jovens, pois estamos falando de uma geração com extremo potencial de mobilização e transformação“, destaca Kelly De Marchi, educadora ambiental da Fundação SOS Mata Atlântica.

As visitas são agendadas em grupos de 20 a 45 pessoas e acontecerão das 8h30 às 11h30 ou das 13h30 às 16h30, de terça a sexta-feira. Estima-se que este ano, o projeto impacte 4 mil pessoas, em sua maioria de instituições públicas.

Outro objetivo é trabalhar a importância da Mata Atlântica, mostrando que os visitantes moram em regiões que fazem parte dessa floresta, destacando a importância de políticas públicas em prol do bioma.

Lançado em 2010, o projeto já beneficiou mais de 48 mil pessoas com atividades de educação ambiental a partir da metodologia do Aprendizado Sequencial. Trata-se de uma abordagem fundamentada na visão de que a experiência humana está em permanente evolução e de que os sentimentos, pensamentos e ações a partir do contato com a natureza, são fundamentais para o desenvolvimento individual e social.

Aprendendo com a Mata Atlântica
Quando: visitas monitoradas entre os meses de abril e julho de 2019
Onde: Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – HEINEKEN Brasil
Inscrições gratuitas aqui

Endereço: Rodovia Marechal Rondon, km 118,3 – Bairro Porunduva – Itu/SP
Como chegar: https://goo.gl/J9RMjV

Mais informações: (11) 4013-2551 ou kelly@sosma.org.br

Na semana da água, Frente Parlamentar Ambientalista realiza evento para analisar a situação da gestão hídrica no Brasil

Na semana da água, Frente Parlamentar Ambientalista realiza evento para analisar a situação da gestão hídrica no Brasil


A Frente Parlamentar Ambientalista realiza na próxima quarta-feira (20/03), às 8h30, em Brasília, evento para chamar a atenção da sociedade para o Dia da Água, celebrado mundialmente em 22 de março. Na ocasião, parlamentares, autoridades e representantes de organizações da sociedade civil farão um balanço da gestão dos recursos hídricos nos primeiros meses dos governos federal e estaduais. Aberto ao público, o evento acontece no auditório Freitas Nobre, no subsolo do anexo IV, da Câmara dos Deputados. Inscrições pelo email: frenteambientalista@camara.leg.br.


Entre os temas que serão abordados estão as mudanças na estrutura administrativa do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) – que concebe e implementa a Política Nacional das Águas -, como a saída da Agência Nacional de Águas (ANA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para o Ministério do Desenvolvimento Regional, movimentação que ainda gera incertezas sobre qual tipo de impacto pode gerar na vida população.

O evento contará com a presença do deputado federal Alessandro Molon, coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, de Malu Ribeiro e Mario Mantovani, respectivamente, especialista em Água e diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica. Angelo Lima, secretário executivo do Observatório da Governança das Águas (OGA), falará em nome deste movimento multissetorial que reúne uma rede de 85 instituições e indivíduos para o monitoramento do desempenho do SINGREH.

A Frente Parlamentar Ambientalista tem como objetivo garantir o compromisso de parlamentares na busca por políticas públicas pelo desenvolvimento sustentável e pelo fortalecimento dos órgãos ambientais brasileiros, que resguardam os serviços ambientais oferecidos pela natureza e que beneficiam toda a população do País. A iniciativa é a única a contar com a participação da sociedade civil, especialmente do movimento ambientalista. Até o momento, 210 deputados e cinco senadores já aderiram à bancada verde para esta legislatura (2019-2022).

SERVIÇO
Frente Parlamentar Ambientalista celebra o Dia da Água
Quando: 20 de março de 2019, das 8h30 às 10h30
Onde: Auditório Freitas Nobre, anexo IV, Subsolo da Câmara dos Deputados, Brasília (DF)