sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Brasil promulga Convenção de Minamata sobre Mercúrio

Brasil promulga Convenção de Minamata sobre Mercúrio



15 Agosto 2018   | 
 
   
O Brasil deu hoje o último passo para se tornar membro pleno da Convenção de Minamata sobre Mercúrio. O Diário Oficial da União publicou nesta quarta-feira (15) o Decreto 9.470, assinado pelo presidente Michel Temer, que promulga o texto do tratado internacional que limita o uso do mercúrio no território brasileiro.

Com a promulgação, o país irá retomar a importação de mercúrio com restrições. Em maio, o Ibama bloqueou a entrada no país de uma carga de 1,7 tonelada de mercúrio no Porto de Itajaí (SC). O destino provável da carga eram os garimpos ilegais na Amazônia.

O decreto estava desde o ano passado parado na Casa Civil. O WWF-Brasil apurou que um dos motivos do atraso era a exigência de um depósito de pouco mais de US$ 197 mil devidos às Nações Unidas neste ano em decorrência da adesão à Convenção de Minamata.

A promulgação de hoje é essencial para que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) melhore o controle sobre a importação do metal, altamente tóxico, causador de doenças neurológicas.

A Convenção de Minamata é um tratado internacional assinado em 2013. Ao todo, 128 países fazem parte da convenção, considerada o primeiro tratado multilateral firmado no século 21.

O nome do acordo é uma referência às vítimas que morreram após consumirem peixes contaminados por mercúrio da Baía de Minamata, no Japão.

Desafios

Em julho de 2017, o texto foi ratificado pelo Congresso Nacional, o que permitiu que o Brasil passasse a fazer ser parte da convenção, mas é a promulgação que faz com que o acordo tenha força de lei no território brasileiro. A partir de agora, o país passa ter direito a voto nas conferências das Nações Unidas sobre o tema.

“Com a promulgação o Brasil tem agora o desafio de implementar a convenção, o que significa, na prática, elaborar um plano de ação para conter o uso do mercúrio na mineração de ouro em pequena escala e controlar os resíduos gerados pela indústria de lâmpadas e de cloro e soda cáustica, por exemplo”, afirma Jaime Gesisky, especialista em Políticas Públicas do WWF-Brasil.

Segundo ele, o principal objetivo da Convenção de Minamata é substituir e, em alguns casos, eliminar o uso do mercúrio, evitando a contaminação ambiental e humana.

Rever o uso do mercúrio em produtos e processos industriais e estabelecer medidas de controle das emissões na atmosfera, no solo e na água fazem parte do tratado.

O armazenamento provisório e a eliminação de resíduos do mercúrio também constam da convenção.

O acordo prevê ainda regras de controle da mineração artesanal, que utiliza o metal pesado em sua forma líquida para separar o ouro. Este é um dos principais problemas ambientais causados pelo mercúrio no Brasil.

“A Convenção de Minamata pode melhorar o padrão de vida de milhões de pessoas expostas ao mercúrio, especialmente os mais vulneráveis. A promulgação dará voz ao Brasil e fará jus aos esforços empreendidos pelo governo brasileiro nos últimos anos para que a convenção se tornasse realidade”, comentou a representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamu.

Código Florestal: Uma lei à espera da realidade

Código Florestal: Uma lei à espera da realidade



15 Agosto 2018   |    
 
 
O Observatório do Código Florestal promoveu encontros na última semana com o objetivo de avançar na implementação de dispositivos previstos no Código Florestal (Lei 12.651), como incentivos econômicos e compensação de Reserva Legal, além da exigência de identidade ecológica para a compensação, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Os encontros ocorreram na Faculdade de Administração, Contabilidade, Economia e Gestão de Políticas Públicas da Universidade de Brasília (Face).

O professor da UnB (Universidade de Brasília) Jorge Madeira Nogueira apresentou estudo sobre os instrumentos econômicos previstos no Código. A pesquisa classificou os diferentes instrumentos conforme a relação custo-benefício para a restauração florestal. De acordo com o levantamento, incentivos como redução de Imposto Territorial Rural (ITR), isenção de impostos para insumos e equipamentos e dedução do Imposto de Renda de parte dos gastos efetuados com a recomposição das Áreas de Preservação Permanente (APPs) não teriam muito potencial. Já outros, como crédito e financiamento, incentivos via mercado e comercialização e pagamentos por serviços ambientais (PSA) seriam mais efetivos.

O diretor da Conservation Strategy Fund (CSF) Pedro Gasparinetti apresentou outro estudo, relativo à exigência de identidade ecológica para a compensação de Reserva Legal. Essa exigência, embora não estivesse explícita no texto sancionado em 2012, foi incluído pelos ministros do STF quando do julgamento de ações que questionavam a constitucionalidade de diversos pontos do texto, em fevereiro deste ano.

No meio científico, não há consenso sobre o que se pode entender por identidade ecológica. Especialistas preferem termos como “equivalência” ou “similaridade” ecológica. “Precisamos de uma abordagem que atenda ao conceito e que possa ser apresentada ao governo como opção”, disse, acrescentando que as restrições impostas pelo conceito podem inviabilizar o mercado. Por isso, argumentou, será necessário atender tanto à similaridade ecológica quanto às exigências de mercado relativas a demanda e oferta de áreas para compensação.

O especialista em Políticas Públicas do Programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil, Frederico Machado, apresentou proposta de utilizar concomitantemente ao conceito de identidade ecológica a perspectiva de compensação em áreas prioritárias para a conservação, em conceito denominado e já publicado pelo WWF-Brasil como Compensação Prioritária.  Adicionalmente, trouxe um racional para a criação de um fundo verde para uso do mecanismo de compensação para a criação de unidades de conservação.  A ideia é criar uma linha de financiamento e articular proprietários com passivos de reserva legal, que se uniriam para comprar áreas  já previstas nos estudos dos órgãos ambientais.

O fundo seria constituído a partir do aporte de diferentes financiadores, com gestor brasileiro – que seria responsável tanto pelo capital quanto pelas análises de risco e definição de garantias. De acordo com Frederico Machado, esse tipo de operação poderia oferecer prazos de carência adequados e juros abaixo do mercado. “Trata-se de uma solução definitiva de regularização ambiental, em que o proprietário, ao mesmo em tempo em que reverte seu passivo ambiental, favorece a conservação de áreas de alto valor ambiental”, diz.

Segundo Machado, a partir de análises do mercado financeiro, seria possível criar um fundo de cerca de R$ 300 milhões, o que já viabilizaria a aquisição de 100 mil hectares para a criação de novas Unidades de Conservação, considerando preço médio de R$ 3 mil o hectare.

Outro estudo, apresentado pelo professor Gerd Sparovek, da USP (Universidade de São Paulo), relaciona áreas com equivalência ecológica e passivos de reserva legal, permitindo que o grau de similaridade entre as áreas seja tão alto quanto permitir a disponibilidade. “Qualquer solução tem que considerar as questões fundiária e a econômica”, diz.

A proposta, testada para o Estado de São Paulo, subdivide os biomas conforme fatores abióticos (clima, solo, relevo), comparando-os sempre ao ajuste fundiário, ou seja, à disponibilidade de excedentes de cobertura vegetal nativa que permitam a compensação. Foram selecionadas 14 variáveis segundo tipos de solo, de relevo e de clima. De acordo com o pesquisador, a definição por variáveis abióticas é a que melhor funciona considerando o ajuste fundiário.

Todos esses estudos, no entanto, ainda aguardam definição oficial do STF sobre o que se considera como “identidade ecológica”, o que deve ficar esclarecido quando da publicação do acórdão da decisão, que não tem data para ocorrer. 

Lobo-marinho é retirado de praia devido à aglomeração de pessoas em SC O lobo-marinho apareceu na praia da Cachoeira do

FLORIANÓPOLIS

Lobo-marinho é retirado de praia devido à aglomeração de pessoas em SC

O lobo-marinho apareceu na praia da Cachoeira do Bom Jesus e, segundo uma equipe composta por veterinárias e biólogas, o animal apenas descansava no local.


14/08/2018 às 13:00
Por Redação
Um lobo-marinho juvenil que apareceu na praia da Cachoeira do Bom Jesus, em Florianópolis, no estado de Santa Catarina, teve que ser retirado do local e levado para outra praia devido à aglomeração de pessoas e ao aparecimento de cães no local.
(Foto: Reprodução / R3 Animal / PMP-BS)

De acordo com a Associação R3 Animal, uma equipe de veterinárias e biólogas se deslocou até a praia e constatou que o animal marinho apenas descansava no local e, por estar em bom estado de saúde, não precisava de resgate.

Em um primeiro momento, uma área da praia de Cachoeira do Bom Jesus foi isolada para proteger o lobo-marinho. No entanto, devido à possibilidade do animal ficar estressado com a quantidade de pessoas aglomeradas no local, a transferência dele para outra praia foi realizada. As informações são do portal G1.

Neste período do ano, a aparição de animais marinhos em praias de Santa Catarina, vindos de colônias do Uruguai e da Argentina, é comum. Eles podem ficar dias no litoral do estado e, na maioria das vezes, estão só descansando, explicou a R3.

Ao encontrar um animal marinho, é indicado que a pessoa mantenha distância e evite que animais domésticos se aproximem dele por uma questão de segurança e também para evitar a transmissão de doenças. Para ajudar, a orientação é que a pessoa faça uma área de isolamento ao redor do animal para mantê-lo seguro, nunca forneça alimentos ou o force a entrar na água. Caso cães se aproximem, o correto é espantá-los para longe. Em Santa Catarina, a população pode ligar para o número 0800 642 3341 para conseguir ajuda especializada nesses casos.

Lei do “cão comunitário” entra em vigor em Florianópolis (SC)

Lei do “cão comunitário” entra em vigor em Florianópolis (SC)

O animal comunitário tem preferência para registro, vacinação, esterilização e microchipagem na ordem de atendimento da Dibea (Diretoria do Bem-Estar Animal).


15/08/2018 às 11:30
Por Redação
Foto: Marco Santiago

Fernanda Gava, proprietária de uma loja de roupas no bairro Campeche, Sul da Ilha, atua como protetora de animais há mais de dez anos. Além de ajudar no resgate de cães abandonados nas ruas, ela também se dedica a alimentar e cuidar de cães comunitários.

Na porta da loja, há um espaço com ração e água. Para arrecadar recursos, ela oferece descontos em produtos da loja para quem doar ração, mas a maior parte é trabalho conjunto. “Temos um trabalho coletivo no bairro, fazemos rifas e outras ações. Algumas pessoas ajudam pagando as castrações ou até os lares temporários, quando necessário”, diz.

Esse trabalho que Fernanda faz no Campeche agora tem regras para os cuidados com animais adotados por grupos de moradores. No dia 9 de agosto, o prefeito Gean Loureiro (MDB) sancionou a lei municipal 643/2018, que cria a figura do animal comunitário. A lei regulamenta uma prática já existente em diversos pontos da cidade e define o animal comunitário – que não tem proprietário definido e único, que convive com a comunidade e estabeleceu vínculos de afeto, dependência e manutenção com as pessoas do lugar.

Agora, a prefeitura tem que prestar atendimento médico veterinário, fazer registro, vacinação, esterilização e microchipagem do animal e atualizar o cadastro sempre que houver atendimento. O animal comunitário tem preferência para registro, vacinação, esterilização e microchipagem na ordem de atendimento da Dibea (Diretoria do Bem-Estar Animal).

O registro inclui nome, número de documento de identificação, endereço e contato telefônico de, pelo menos, um dos voluntários da comunidade acolhedora do animal. E também deverá conter o nome da rua e/ou indicação de locais de preferência que o animal habitualmente circula, proporcionando o mapa permanente de crescimento populacional de animais em situação de rua. Além de ser mais uma forma de apoiar os cuidados que já existem com os animais em situação de rua, como os serviços de resgate, a ação comunitária permite ajudar muitos animais, mesmo que a pessoa não possa levá-lo para casa ou adotar.

Como começar
A lei 643/2018 também beneficia as pessoas que gostam de cães, mas não podem tê-los em casa por diversos motivos, como falta de espaço, de tempo e de dinheiro. Então, é possível dividir os cuidados (e custos) entre moradores da comunidade.
Foto: Marco Santiago

Para se configurar a prática, é preciso que pelo menos duas pessoas se responsabilizem pelo animal e ele não pode ser agressivo. O primeiro passo é ligar para a Dibea e agendar um horário de atendimento. No dia combinado, os responsáveis levam o cão para ser registrado, indicando os locais de permanência do animal.

Enquanto a Dibea ajuda com os serviços, a comunidade se responsabiliza pelos cuidados diários com alimentação, banho, medicações e abrigo e limpeza da área onde o cão costuma ficar. Esses locais, entretanto, não são pontos de coleta de animais abandonados. Estes devem ser encaminhados à Dibea ou a protetores que fazem o trabalho de resgate. “A legislação pretende garantir mais segurança aos voluntários e incentivar a solidariedade para que as pessoas possam contribuir em vez de apenas passar a responsabilidade adiante”, diz a vereadora Maria da Graça Oliveira Dutra, autora do projeto de lei que deu origem à lei do animal comunitário.

Os cães comunitários podem ser adotados, mas é preciso entrar em contato com os cuidadores. Alguns animais têm problemas de adaptação, por estarem acostumados a viver na rua. Também há a opção de contribuir com doação de rações, medicamentos, cobertas e roupas e serviços como banho e tosa.

Exemplo a ser seguido
Também morador do Campeche, Antônio Pedro Malek divide os cuidados de três cães comunitários com a mulher e a filha. Nos oito anos em que faz esse trabalho voluntário, ele conta que já abrigou quatro animais. Um morreu no ano passado, após ser atropelado. Agora, Preta, Gringa e Pingo, que chegou há cerca de quatro anos, recebem a atenção de Malek.

Os animais ganharam um pequeno espaço no local de trabalho de Malek, onde podem se alimentar, se abrigar do frio e dormir. “Eles ganharam camas de PVC e lona, doadas por uma moradora”, conta. O custo com a alimentação, no entanto, fica por conta da família. “Toda ajuda é bem-vinda, aceitamos ração e eles podem ser adotados”, diz.

Gringa já foi adotada duas vezes, porém fugiu e retornou para junto de Malek. “Depois de três ou quatro dias ela estava aqui de volta. Todos dormiam aqui no trabalho, mas por algum motivo ficaram assustados e não querem mais ficar aqui. Agora, minha filha leva a Gringa e o Pingo para casa, enquanto Preta vai para nossa casa passar a noite”, conta.

Serviço
Para mais informações sobre lei do cão comunitário, entrar em contato com a Dibea, pelo telefone (48) 3234-5677.
Fonte: ND Online

Valor de mercado da carne artificial deve bater 20 milhões de dólares até 2027

Valor de mercado da carne artificial deve bater 20 milhões de dólares até 2027

Crescente demanda pela carne, interesse das indústrias em produzir alternativas para a proteína de origem animal e aumento de grandes investidores explicam o fenômeno


10/05/2018 às 22:00 

Por Bárbara Alcântara, ANDA 
 
Um estudo recém divulgado pela empresa Markets and Markets aponta um fato curioso e inesperado: até 2027 espera-se que a indústria da “carne artifical”, ou sintética, criada em laboratório, valha cerca de 20 milhões de dólares. 

De acordo com o mesmo estudo, até 2021 ela deve atingir os 15 milhões de dólares, mantendo uma taxa de crescimento de, em média, 4% ao ano.


Esse aumento extraordinário se deve a uma série de fatores, que vão desde o interesse do público até o dos próprios produtores, que investem cada vez mais em pesquisas e testes para a produção e comercialização desse alimento.
Reprodução | Odisha Samaya

A previsão é de que os Estados Unidos sejam os líderes de mercado, já que empresas como a JUST e a Memphis Meats pretendem começar a comercializar a carne sintética já nos próximos anos. Logo atrás estará a Europa, seguida da África e de Israel. 

Outras marcas que também devem lançar em breve os produtos são a MosaMeats, na Holanda, a SuperMeat em Israel, e a Integriculture Inc., no Japão.

Mesmo grandes empresas de processados, como Tyson Foods e Cargill, e investidores famosos, como Bill Gates e Richard Branson, têm apostado nesse ramo.
Reprodução | LIVEKINDLY

O interesse do público na carne também foi um fator levado em consideração na pesquisa feita pela Markets and Markets.  

Uma enquete aplicada recentemente revelou que um terço da população está a favor dessa carne criada em laboratório. No Reino Unido, 41% dos entrevistados disseram que provariam a carne, enquanto uma pesquisa feita pela start-up Memphis Meats diz que 61% tem interesse no produto.

A preocupação com o futuro do planeta, já que é inegável o papel decisivo da indústria da carne nos sérios danos que causamos ao meio ambiente, tem sido um fator de peso para a mudança na mentalidade das pessoas.

A carne sintética é uma alternativa realmente livre de crueldade?
Algumas ONGs e grupos de defesa animal, falantes de língua inglesa, chamam a carne sintética de nomes como “clean meat” (carne limpa) ou “slaughter-free meat” (carne sem matança). É o caso do OneGreenPlanet, site de onde algumas informações foram retiradas.

O processo de produção dela, no entanto, envolve o uso de células tronco de um animal, que depois são cultivadas no laboratório até que os tecidos se desenvolvam e ela esteja adequada para consumo.

Em tese, seria livre de crueldade, mas ainda não há muito a ser afirmado sobre essa questão. O que é inegável é que as pessoas estão chegando à conclusão de que a indústria da carne é insustentável, e procurando alternativas a ela. E que ainda ouviremos muito falar dessa tal carne artificial.

Autoridades querem banir alimentos processados de escolas de Nova York

Autoridades querem banir alimentos processados de escolas de Nova York

De acordo com estudos, alimentos processados podem causar problemas cancerígenos e, por está razão, autoridades norte-americanas querem proibir que comidas processadas sejam oferecidas nas escolas.


02/04/2018 às 20:30
Por Stefany da Costa, ANDA 
 
Legisladores norte-americanos querem proibir produtos artificiais e outras carnes processadas de serem servidas nas escolas públicas de Nova York, nos Estados Unidos. Os membros do conselho da cidade apresentaram o que está sendo chamado de resolução “Ban the Baloney” em tradução livre “Proibir a Mortadela”, a pedido do prefeito do Brooklyn, Eric Adams, que adotou uma dieta baseada em vegetais para cuidar da sua condição de diabético.

“Não podemos continuar alimentando nossos filhos substâncias que são cientificamente comprovadas para aumentar suas chances de câncer mais tarde na vida. Nuggets de frango e hambúrgueres estão na mesma classe de substâncias que os cigarros. Sabemos que nunca daríamos cigarros para nossos filhos fumarem, então não há absolutamente nenhuma razão para continuarmos a envenenar a saúde de nossos filhos com alimentos processados”, disse Adams.
Alimentos processados estão sendo banidos de escolas americanas.
Pesquisas comprovam que alimentos processados causam problemas de saúde. (Foto: Karmaspot’s)

Em 2015, a Organização Mundial de Saúde classificou a carne processada como um tipo cancerígeno do grupo 1, citando evidências científicas de que essas carnes, como bacon, presunto, salsichas e algumas carnes podem aumentar o risco de várias doenças, incluindo diabetes, cancros múltiplos e doenças respiratórias. A Resolução 238 observa que, o Departamento de Educação serve diariamente cerca de 95o mil refeições aos alunos, incluindo refeições que contenham carnes processadas.


“Estou apresentando esta resolução hoje para proteger a saúde e o bem-estar das crianças de Nova York. Em uma nota pessoal, eu fiz a escolha de adotar uma dieta baseada em vegetais para proteger minha própria saúde, então eu acredito firmemente que devemos fazer tudo o que pudermos para garantir que nossos filhos comam corretamente ”, afirmou o vereador Fernando Cabrera.


Outros membros do conselho como o artista Justin Brannan e a democrata Helen Rosenthal, também eliminaram a carne de suas dietas. O gabinete do prefeito de Blasio informou que está avaliando a proposta.

“Esta Administração está empenhada em fornecer a todos os nossos alunos refeições gratuitas, saudáveis ​​e nutritivas. Lançamos o programa Meatless Monday e estamos revisando essa proposta”, informou Olivia Lapeyrolerie, porta-voz da prefeitura.

Em 2015, menos de 20% das crianças de Nova York entre 6 e 12 anos comeram mais de cinco itens de frutas e vegetais por dia, e uma em cada três crianças em todo o país está com sobrepeso ou obesidade. A alimentação saudável nas escolas, particularmente uma dieta rica em frutas e vegetais, tem provado melhorar os resultados dos testes das crianças, os níveis de atenção e os níveis de energia, de acordo com os legisladores.

Empresa investe na criação de “claras de ovos” veganas

Empresa investe na criação de “claras de ovos” veganas

A empresa Clara Foods está preparando o lançamento de um substituto às claras de ovos


15/08/2018 às 22:00
Por Ana Laura Essi, ANDA
As claras veganas devem facilitar a produção de diversas receitas sem produtos de origem animal. 
(Foto: pxhere)

A startup de tecnologia Clara Foods, que fica em São Francisco, nos EUA, pretende lançar claras de ovos veganas até o final de 2019. A empresa já reuniu 1,75 milhões de dólares em capital de investimento.

A Clara Foods vai usar o dinheiro arrecadado para aperfeiçoar seu principal produto, as claras de ovos. Elas serão produzidas a partir de levedura de cerveja e açúcar. Em um laboratório, eles buscarão reproduzir as proteínas encontradas em ovos, sem utilizar galinhas.

Em entrevista ao The Guardian, o CEO da empresa, Arturo Elizondo, explicou que ficou chocado ao descobrir o quanto a agropecuária não era sustentável. “Os Estados Unidos têm mais galinhas que pessoas. Elas fica confinados em uma área minúscula, sem ver a luz do sol”, afirmou.

O futuro da indústria
Até o próximo ano, o mercado deve aumentar com empresas que procuram substituir a agropecuária tradicional com tecnologias sem crueldade animal. A startup californiana JUST lançou recentemente um substituto do ovo feito a partir de feijão, o JUST Egg. A empresa também planeja anunciar um frango sem crueldade, que seria feito em laboratório, até o final de 2018.

Reuters (Reino Unido) – Brazil's Samarco to pay $512.5 million to disaster victims this year: foundation

MEIO AMBIENTE E ENERGIA


Reuters (Reino Unido) – Brazil's Samarco to pay $512.5 million to disaster victims this year: foundation


SAO PAULO (Reuters) - Brazil’s Samarco Mineração SA expects to pay up to 2 billion reais ($512.5 million) this year to 19,000 families affected by the 2015 mining disaster in the state of Minas Gerais, the foundation created to pay the victims said on Wednesday.

The first families to receive damages payments will be “the most vulnerable,” said Roberto Waak, president of the foundation.

The disaster, Brazil’s worst environmental catastrophe, occurred when a dam designed to hold back mine waste burst in November 2015, killing 19 people and leaving a trail of destruction for hundreds of kilometers (miles).

Samarco and parent companies Vale SA and BHP Billiton Ltd said in June they had signed a deal with Brazilian authorities that settled a 20 billion reais ($5.30 billion) lawsuit related to the accident.

Waak, speaking on the sidelines of a mining event, estimated the total number of families entitled to receive damages payments would eventually rise to 60,000 but he did not say how much the remaining families would receive or when.

So far the foundation has spent 4.2 billion reais to repair damages, according to information posted in its website.

Around 500 houses built by the foundation are expected to be delivered early next year, Waak said.

Samarco’s operations have been halted ever since the disaster.

O Estado de S. Paulo – Decisão nos Estados Unidos

MEIO AMBIENTE E ENERGIA


O Estado de S. Paulo – Decisão nos Estados Unidos

Um júri no Tribunal Superior de São Francisco decidiu, por unanimidade, que os herbicidas Ranger Pro e Roundup, comercializados pela Monsanto, representam “perigo substancial” aos consumidores, e que a companhia sabia dos possíveis riscos envolvidos para os profissionais que manipulam os produtos.

Um dos nomes incluídos na ação é o do jardineiro Dewayne Lee Johnson, que foi diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin. Ele usou por anos o herbicida em uma escola na cidade de Benicia e disse que aplicava o produto de 20 a 30 vezes por ano. Existem cerca de 5 mil processos semelhantes correndo atualmente.

A decisão deve criar uma dor de cabeça para a Bayer, que concluiu a compra da Monsanto em junho. Existem milhares de processos pendentes contra a Monsanto que alegam que o glifosato, um componente essencial do herbicida, provocou câncer em jardineiros e agricultores.

A Monsanto disse que vai recorrer. O vice-presidente da companhia, Scott Partridge, afirmou que vários estudos científicos e autoridades de saúde nos Estados Unidos e em outros países não encontraram relação entre glifosato e câncer.

Analistas estimam que a solução do problema relacionado aos herbicidas da Monsanto pode custar à Bayer US$ 5 bilhões. Culturas geneticamente modificadas que resistem ao glifosato são a principal fonte de receitas para a Monsanto, principalmente nas Américas do Norte e do Sul, onde a tecnologia é amplamente aceita. As preocupações com a saúde podem obscurecer ainda mais as perspectivas para a categoria de produtos.

O Estado de S. Paulo – Sem herbicida não há safra, diz agronegócio

O Estado de S. Paulo – Sem herbicida não há safra, diz agronegócio


Produtos à base de glifosato tiveram registro suspenso no Brasil depois que a Monsanto foi condenada nos EUA em caso de câncer

Leticia Pakulski COLABORARAM CAMILA TURTELLI E ANNA CAROLINA PAPP

Às vésperas do plantio da próxima safra, o setor produtivo diz ser inviável iniciar os trabalhos sem o uso do glifosato – herbicida agrícola que voltou a ser alvo de polêmica. Na semana passada, um júri da Califórnia condenou a Monsanto a pagar indenização de US$ 289,2 milhões a um homem que afirma ter contraído câncer devido à exposição a um herbicida com glifosato produzido pela empresa.

A decisão nos EUA fez a Justiça Federal no Distrito Federal suspender o registro de produtos à base do ativo a partir de 3 de setembro até que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conclua reavaliação toxicológica. A expectativa é que a Advocacia-Geral da União (AGU) recorra da decisão até a próxima semana, usando como subsídios informações do Ministério da Agricultura.

“Sem glifosato não tem safra no Brasil”, disse o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Antonio Galvan. Ele lembra que o Brasil adota o sistema de plantio direto, que é a semeadura da nova safra diretamente após a colheita da anterior.

A partir da retirada do milho safrinha do campo, o que deve ser finalizado este mês, o glifosato é jogado para eliminar a cobertura vegetal ou plantas daninhas que ficam no solo, como preparação para o plantio da soja, que no Brasil começa em setembro. Com isso, o produtor evita ter de arrancar essa cobertura e revirar o solo, aproveitando a matéria orgânica como adubo.

O superintendente da Organização das Cooperativas do Paraná, Robson Mafioletti diz que o glifosato está na chamada faixa verde dos defensivos agrícolas, para produtos considerados menos tóxicos em caso de aplicação errada. “Sem ele, o Brasil teria dificuldade de fazer o cultivo de 35 milhões de hectares na safra 2018/19.”

Justiça. Na decisão no DF, a juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura cita nota técnica emitida pela Fundação Oswaldo Cruz sobre o risco à saúde causado pelos agrotóxicos. “Tanto para os trabalhadores expostos a essas substâncias quanto para os consumidores de culturas tratadas e para a população, razão pela qual necessitam de uma detalhada avaliação para obtenção de registro”.

Em seu relatório, a magistrada afirma que, apesar de a Anvisa ainda considerar o glifosato como substância pouco tóxica, estudos promovidos pela própria autarquia concluíram que o tratamento com glifosato mostrou aumento significativo de “aberrações cromossómicas”.

A decisão judicial está atrapalhando a distribuição do produto em Mato Grosso. “As revendas não entregam aos produtores porque entendem que estariam suspensas as vendas e temem punição”, disse Galvan.

Em nota, a Monsanto afirmou que “o glifosato é vital para a agricultura brasileira. Em avaliações de quatro décadas, a conclusão de especialistas em todo o mundo - incluindo a Anvisa, autoridades reguladoras nacionais nos EUA, Europa, Canadá, Japão e outros países, além de organizações internacionais de ciência e saúde - tem sido que o glifosato pode ser usado com segurança.”