quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Projeto em SP incentiva a produção de alimentos orgânicos para proteger uma das maiores fontes de água do mundo


 

 

Projeto em SP incentiva a produção de alimentos orgânicos para proteger uma das maiores fontes de água do mundo

Pesquisadores e agricultores unem esforços para evitar o uso de agrotóxicos e recuperar florestas a fim de proteger o aquífero Guarani, que armazena trilhões de litros de água potável.



Projeto em SP incentiva proteção de uma das maiores fontes de água do mundo
Para proteger o aquífero Guarani, em São Paulo, pesquisadores e agricultores criaram um projeto para evitar o uso de agrotóxicos e recuperar florestas.

A água é um produto básico do nosso dia a dia, serve para todas as atividades essenciais. E existe muita água no mundo que não podemos ver, mas que é importante para a nossa sobrevivência. Ela fica nos aquíferos, que são grandes reservatórios subterrâneos.
O Guarani é capaz de armazenar trilhões de litros d’água nos poros de uma rocha chamada arenito.

De acordo com a geóloga Ana Paula Justo, do Serviço Geológico do Brasil, o arenito é formado por grãos de areia de um deserto que existiu na região de Botucatu, interior de São Paulo, milhões de anos atrás.

Atualmente, o aquífero tem passado por uma diminuição das suas reservas e, por isso, muitos agricultores estão aprendendo a conservar esse gigante.

O aquífero Guarani ocupa mais de 1 milhão de quilômetros quadrados, passa por 8 estados brasileiros e também por Paraguai, Uruguai e Argentina. Só no estado de São Paulo, ele abastece 200 municípios.

O Brasil tem muitos outros reservatórios subterrâneos enormes. É o caso do aquífero Grande Amazônia, que, junto com o Guarani, está entre os maiores do mundo.

Gigante Guarani

Na maior parte, o aquífero fica bem escondido, centenas de metros debaixo do solo, mas, em alguns pontos, ele aflora na superfície, formando a nascente de rios.

Para abastecer esse gigante de água potável, a chuva é essencial e, como boa parte dele é coberto, o aquífero precisa das rochas e do solo para ser reabastecido.

E é justamente nesta etapa que a produção rural pode afetar o ciclo do Guarani, como explica Ricardo Hirata, diretor do Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas da USP.
“Tendo como referência o que acontece no exterior, nós sabemos que a atividade agrícola, quando mal manejada, com o excesso ou uso não bem gerenciado de agrotóxicos, pode contaminar as águas subterrâneas”, diz Hirata.
“Aquíferos contaminados precisam ser limpos, e, muitas vezes, essas técnicas de limpeza ainda não são completamente eficientes”, acrescenta.

E a região de Botucatu fica em uma das áreas mais sujeitas a essa contaminação. Nesta parte do estado é onde ocorre a recarga de água. É por isso que foi criado o programa Gigante Guarani, que convida pequenos produtores a ajudar a proteger o aquífero.

Beatriz Stamato, especialista em agroecologia e diretora do Instituto Giramundo Mutuando, faz parte da equipe que encoraja agricultores familiares a abandonar os agrotóxicos e os ajuda a vender os alimentos orgânicos.
“Eu tenho que fazer junto com o agricultor, para que ele possa ter uma produção que seja, de fato, ecológica e não um perigo para o aquífero Guarani”, explica Beatriz.

Como funciona

Os técnicos do programa estudam o mapa da propriedade, para encontrar os riscos para o sistema aquífero. Na fazenda do produtor rural Milton Domingues, eles viram a necessidade de mais floresta próxima às nascentes.

“Uma área florestada tem diversas aplicações importantes, uma delas é facilitar que haja penetração da água da chuva. Ela permite também que não venham enxurradas que podem arrastar uma quantidade grande de terra, o que aumenta o leito e vai matando a nascente”, diz Beatriz.
O trabalho da ONG já dura quase duas décadas e, em 2019, eles firmaram parceria com outras duas entidades para ajudar nas atividades: o Instituto Itapoty e a Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) da Unesp.

A engenheira florestal da Unesp Magali Ribeiro coordena os alunos da faculdade, que tentam deixar a reestruturação do solo e da floresta melhor e mais barata.

Em um viveiro, eles reproduzem dezenas de espécies de Mata Atlântica, como a cabreúva e o pau-de-viola. Para semear tanta planta diferente, os técnicos usam a técnica da muvuca, que nada mais é que misturar as diversas sementes e plantar. Tudo para ter diversidade de plantas.
Esse trabalho faz parte de um esforço para reflorestar 200 hectares de Mata Atlântica na área de recarga do aquífero. O esforço reúne centenas de agricultores que já se envolveram no programa.

Do passado ao presente

Toda a área do aquífero foi moradia do povo indígena Guarani. O nome desse imenso reservatório de água é uma homenagem a essa população que teve a sabedoria de tirar o seu sustento preservando o meio ambiente por milhares de anos.

Os Guaranis e outras etnias habitaram a cuesta de Botucatu, um tipo de relevo com morros de diferentes tamanhos e formas.

Hoje, a área de mata nativa nessa região não chega a 10% do que era. “Isso aqui, antigamente, era tudo mato. O meu avô contava que, por volta de 1940, isso aqui foi derrubado tudo porque foi a época do auge do café no Brasil”, explica o agricultor José Antônio Moraes.
Moraes aderiu ao programa e a transformação foi grande. Em 2005, o Gigante Guarani plantou mais de 2 mil mudas na propriedade dele. Depois de 15 anos, elas cresceram e agora ajudam a enriquecer a floresta da região. Aos poucos, a mata vai chegando em um ponto em que ela se desenvolva sozinha.
“Nós plantamos água e plantamos vida. Os bichos, que não tinham por aqui, hoje estão aparecendo… tamanduá-bandeira, onça parda…”, comemora Moraes.
“A gente cuidou da natureza, e foi essa a resposta que ela deu: água… e água é vida.”, completa Izaíra Moraes, esposa de José Antônio.

Futuro

O projeto Gigante Guarani vai receber um financiamento de R$ 3 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para uma nova etapa.

Parte desse valor vai para pesquisas científicas com foco na preservação a longo prazo. O motivo é que tiramos mais água do Guarani do que a natureza consegue repor. Para se ter uma ideia, o aquífero Guarani abastece sozinho os 600 mil habitantes de Ribeirão Preto, município de São Paulo.
Um estudo aponta que, daqui para frente, a captação de águas subterrâneas no Brasil vai aumentar bastante nas próximas décadas. Por isso, o programa quer ser só uma parte algo muito maior.
“Boa parte do papel do Gigante Guarani é mostrar que é possível fazer a preservação conciliada com a produção de alimentos saudáveis e, também, criar essa área estratégica protegida para o futuro do país”, conta Jorge Martins, diretor científico do Instituto Itapoty.
Fonte: G1

As escolas ao ar livre de 100 anos atrás que podem inspirar volta às aulas na pandemia




As escolas ao ar livre de 100 anos atrás que podem inspirar volta às aulas na pandemia

Diante da ameaça de uma doença transmitida pelo ar, como colocar as crianças de volta nas escolas de modo seguro?





Experiências de ensino ao ar livre na Europa a partir de 1904 inspiraram Escola de Aplicação ao Ar Livre (EAAL), que funcionou no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo, entre 1939 e os anos 1950 – REVISTA BRASILEIRA DE ED FÍSICA/REPRODUÇÃO
Diante da ameaça de uma doença transmitida pelo ar, potencialmente mortal e ainda sem a oferta de vacina, como colocar as crianças de volta nas escolas de modo seguro? O dilema, tão atual, foi enfrentado também há um século, quando a tuberculose era um mal devastador.
No final do século 19, a doença bacteriana matava um a cada sete cidadãos da Europa e dos EUA, segundo dados dos Centros de Controle de Doenças (CDCs) americanos. A vacina chegou em 1921 (no Brasil, em 1927), mas levaria muitos anos até que fosse adotada de modo massivo no mundo inteiro.

Para proteger as crianças nas escolas, uma solução foi usar espaços abertos como salas de aula: com lousas e carteiras portáteis, alunos e professores ocupavam jardins e usavam a observação da natureza para aprender sobre ciências, arte ou geografia, por exemplo.



EAAL era considerada modelo pela administração municipal paulistana, tinha currículo diferenciado e até fila de espera por vagas – REVISTA BRASILEIRA DE ED FÍSICA/REPRODUÇÃO
As chamadas “escolas ao ar livre” surgiram na Alemanha e na Bélgica em 1904, e o movimento avançou nas décadas seguintes, a ponto de ser tema, em 1922, do 1° Congresso Internacional de Escolas ao Ar Livre, em Paris.


Inspirou ações também nos EUA, quando, em 1907, duas médicas de Rhode Island sugeriram a abertura de escolas em áreas abertas, informa o The New York Times. Com o sucesso da iniciativa (já que nenhuma criança adoeceu de tuberculose ali), foram criadas mais 65 escolas do tipo no país nos dois anos seguintes, em vãos de prédios vazios, coberturas de edifícios e até balsas abandonadas.
Aqui no Brasil, há poucos registros sobre o tema, mas o pesquisador André Dalben encontrou histórias de experiências de escolas do tipo a partir de 1916 em Campos de Goytacazes, Angra dos Reis (RJ) e Manaus (AM) e, posteriormente, a chamada Escola de Débeis, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, entre 1927 e 1930.

“A tuberculose era uma grande preocupação, junto com outras doenças infantis, como anemia e desnutrição. No geral, as escolas atendiam crianças de famílias pobres, o que evidencia uma ideia higienista: se pensava no corpo delas como mais enfermo”, explica Dalben à BBC News Brasil. A ideia, diz ele, era tirar essas crianças de locais insalubres, como cortiços superlotados, e colocá-las em contato com a natureza, com a intenção de fortalecer seu sistema imune.

Uma das experiências mais duradouras foi a da Escola de Aplicação ao Ar Livre (EAAL), que funcionou no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo, entre 1939 e os anos 1950, quando a escola se mudou para um edifício próximo, no bairro da Lapa.

A EAAL foi estudada por Dalben, hoje professor da Unifesp, em seu pós-doutorado na PUC-SP, e são delas as fotos que ilustram esta reportagem.



Mundo inteiro discute a retomada das aulas presenciais; acima, escola ao ar livre na Caxemira
A escola paulistana fugia ao perfil das demais: ensinou alunos vindos de influentes famílias de classe média paulistana que moravam nas redondezas do Parque da Água Branca, em áreas que hoje abrigam bairros como Pompeia e Perdizes.


Dalben explica que a escola, que chegou a ter 350 alunos simultaneamente, era considerada modelo pela administração estadual paulistana, tinha currículo diferenciado e até fila de espera por vagas. “Mas não sei como era o dia a dia na escola. Fui procurado por alguns ex-alunos, hoje na casa dos 80 anos, que contaram que tiveram professoras bem rígidas. Então talvez na prática ela não fosse tão diferente assim das outras (escolas da cidade).”

Contato com a natureza e protagonismo dos alunos

 

Para além do controle da tuberculose, o modelo de escolas ao ar livre floresceu no período entre as guerras mundiais, tempo de um boom de novos ideais de sociedade e educação, diz à BBC News Brasil Diana Vidal, professora titular de História da Educação na Faculdade de Educação da USP.
“Havia uma discussão de educadores contra a experiência da escola do passado, pensando-se em uma que fosse mais amigável, promovesse a defesa da democracia, para criar uma geração mais pacífica e solidária.”

Embora o ideal não tenha se concretizado — logo depois viria a Segunda Guerra Mundial —, Vidal explica que isso foi a semente para a defesa de um ensino mais próximo à natureza, com protagonismo juvenil, que engajasse as crianças em projetos práticos, aliasse atividades físicas ao desenvolvimento intelectual e emocional e tivesse o professor como mediador, em vez de apenas fornecedor de conteúdo. Ideias essas que permanecem vigentes (e nem sempre colocadas em prática) na educação atual.



‘Havia uma discussão de educadores contra a experiência da escola do passado, pensando-se em uma que fosse mais amigável, promovesse a defesa da democracia, para criar uma geração mais pacífica e solidária’; acima, uma aula no Parque da Água Branca, zona oeste de São Paulo – REVISTA BRASILEIRA DE ED FÍSICA/REPRODUÇÃO
André Dalben conta que as escolas ao ar livre do início do século 20 já foram chamadas de um “cometa médico-pedagógico”, que acabaram quase desaparecendo nas décadas de 1950 e 60.
Primeiro, porque as doenças infecciosas deixaram (pelo menos até este ano) de serem tão devastadoras, diz Dalben. Depois, explica Diana Vidal, porque prevaleceu o modelo de escola semelhante ao fabril, que implementa horários fixos de entrada e saída e tenta acomodar o máximo de alunos possível dentro de um espaço físico, de modo a otimizar recursos e gastos.

Parques, praças e clubes

Diana Vidal voltou seus olhos às escolas ao ar livre do passado quando viu imagens da volta às aulas em Manaus, no início de agosto, com crianças pequenas mascaradas e sentadas em uma sala de aula com divisórias de acrílico entre elas.

“Talvez estejamos tão apegados às soluções empresariais, pensadas para os adultos trabalhadores, que não possamos reconhecer a inadequação dessas medidas para os alunos dos anos iniciais da educação básica”, escreveu Vidal em artigo no Jornal da USP.

Em contrapartida, opina ela, “ao se colocar as crianças em mais contato com a natureza, se cria uma discussão sobre as práticas de ensino. (…) Elas passam a explorar outros espaços para a experiência educativa — com novos conteúdos e novos relacionamentos.”



Aulas ao ar livre na Caxemira; ‘ao se colocar as crianças em mais contato com a natureza, se cria uma discussão sobre as práticas de ensino’
Além disso, os estudos até agora indicam que a proliferação do novo coronavírus é muito menor em espaços abertos e de ventilação natural.


“O vírus acaba se diluindo ilimitadamente ao ar livre”, disse em maio, à BBC, o professor de Epidemiologia Erin Bromage, da Universidade de Massachusetts em Dartmouth, nos EUA. “Então, quando uma pessoa doente expira (ar), os germes se dissipam muito rapidamente.”

Mas, na prática, como transpor a escola para o espaço externo, principalmente em cidades grandes, com poucas áreas livres disponíveis?

Em agosto, a organização de direitos infantis Alana lançou, a partir de diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), um documento com sugestões para uso de espaços públicos na retomada das aulas presenciais.
O texto defende que, embora o momento da volta às escolas deva ser definido pelas autoridades de saúde, o modo como isso vai acontecer deve ser discutido também por autoridades que administram o equipamento público da cidade, como parques e praças.



Escolas ao ar livre do início do século 20 já foram chamadas de um ‘cometa médico-pedagógico’, que acabaram quase desaparecendo nas décadas de 1950 e 60 – REVISTA BRASILEIRA DE ED FÍSICA/REPRODUÇÃO
Entre as sugestões estão a criação de salas temporárias em parques, praças e clubes, voltadas principalmente às crianças menores, de forma a liberar mais espaço escolar interno para escalonar a volta às aulas das crianças mais velhas e adolescentes.


Também sugere o uso de mesas de piquenique ou de podas de árvores para se criar bancos de madeira, associados a materiais leves (como flipcharts e pranchetas) trazidos da escola.
Um entrave importante, diz o documento, é que apenas 40% das pré-escolas do país têm parquinho e só 25% têm área verde. E, mesmo antes da pandemia, o contato de muitas crianças com a natureza já era raro ou insuficiente — contato esse que poderia ajudar a promover uma infância mais rica, criativa e saudável.



‘Podemos pensar as escolas junto às cidades como um todo, com mais uso de parques e espaços públicos. Não vamos seguir as mesmas linhas da escola ao ar livre do passado, mas vamos reinterpretá-las’ – REVISTA BRASILEIRA DE ED FÍSICA/REPRODUÇÃO
Para André Dalben, as escolas ao ar livre do passado são uma inspiração para que repensemos a arquitetura das escolas atuais. “Quando comecei a pesquisar isso, era com foco na educação ambiental das crianças, (como solução) para que essa educação não precisasse ser um único conteúdo, mas sim passasse por todas as disciplinas. E agora tem também a pandemia”, diz.
“Podemos pensar as escolas junto às cidades como um todo, com mais uso de parques e espaços públicos. Não vamos seguir as mesmas linhas da escola ao ar livre do passado, mas vamos reinterpretá-las.”

Da Califórnia à Caxemira

 

Simultaneamente, de regiões ricas e desenvolvidas a áreas mais pobres e conflagradas, o uso de espaços abertos vem sido discutido em diferentes partes do mundo.
Nos EUA, a organização Green Schoolyards (em tradução livre, áreas escolares verdes) criou a Iniciativa Nacional de Aprendizagem ao Ar Livre, compilando estratégias que estão sendo adotadas por escolas americanas.
Uma delas, na Califórnia, instalou no pátio lousas portáteis, filtros de água potável e blocos retangulares de feno, que servem tanto de banco para sentar como de blocos gigantes para brincar ou dividir espaços.
A Dinamarca também criou um portal com propostas para “educação fora da sala de aula” em meio à pandemia. Uma das estratégias é manter as crianças em pequenos grupos o dia inteiro, cada um evitando o contato com o outro, e usando mais os espaços externos existentes em cada escola.
Na conflituosa e vulnerável região da Caxemira, localizada na divisa entre Índia, China e Paquistão, outra iniciativa tem chamado a atenção. As crianças estudam ao ar livre, mesmo sob condições climáticas imprevisíveis — uma vez que a “nova sala de aula” fica aos pés da cordilheira do Himalaia.
Alunos e professores usam máscaras de proteção e podem instalar tendas para se cobrir, mas fazem aulas até mesmo sob a chuva.
Diana Vidal, da USP, diz ainda ver poucas discussões sobre o assunto no Brasil, mas enxerga as experiências passadas como um balão de ensaio, para incentivar um debate público.



Na Caxemira, crianças estudam ao ar livre, mesmo sob condições climáticas imprevisíveis – uma vez que a ‘nova sala de aula’ fica aos pés da cordilheira do Himalaia
“À medida que os modelos escolares foram consolidados, eles foram também se naturalizando e nos esquecemos das outras possibilidades”, diz Vidal.


Inclusive a possibilidade de dispensar, quando possível, a sala de aula física.

“O exterior não precisa ser apenas para as famosas excursões escolares. Vamos ser compelidos a usar o ar livre, que é muito melhor que o fechado. É um convite em pensarmos como usar melhor os espaços que a gente tem.”

Fonte: BBC