quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

WWF-Brasil participa de lançamento do MapBiomas Alerta.O sistema revela que 95% do desmatamento no país é ilegal

 

WWF-Brasil participa de lançamento do MapBiomas Alerta



07 junho 2019    
O sistema revela que 95% do desmatamento no país é ilegal

Por Renata Andrada Peña

O diretor executivo do WWF-Brasil, Mauricio Voivodic, participou, esta manhã, do lançamento do MapBiomas Alerta, um sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento que cobre todo o território nacional e, portanto, todos os biomas brasileiros. A ferramenta fornece, de forma rápida, laudos digitalizados para subsidiar os órgãos de fiscalização no combate ao desmatamento ilegal. Os dados são disponibilizados de forma pública e gratuita na internet e podem ser customizados pelos usuários.

“O Brasil é o país que mais desmata no mundo e o MapBiomas Alerta mostra que a maior parte é ilegal", afirmou Voivodic durante a abertura do evento. "Sem dúvida, essa ferramenta vai contribuir muito para combater esse crime no nosso país. O WWF-Brasil trabalha para fomentar cadeias produtivas sustentáveis e essa ferramenta é de extrema importância para isso.”

O coordenador geral do MapBiomas, Tasso Azevedo, ressaltou dados obtidos pelo sistema. “Detectamos uma área de desmatamento equivalente a duas vezes e meia o tamanho da cidade de Belo Horizonte, 89.741 hectares. Desse total, 95% ocorreram em áreas sem autorização. De mais de 4.500 alertas recebidos, apenas 27 alertas ocorreram em locais autorizados”, contou Azevedo.
 
Principais resultados
Segundo o MapBiomas Alerta, o Cerrado é o bioma mais desmatado, com 53% dos alertas totais recebidos e 47.704 hectares convertidos. A Amazônia é o segundo, com 30% dos alertas, 27.285 hectares. Em terceiro lugar aparece a Mata Atlântica, com 6.552 hectares desmatados. A Caatinga teve 4.332 hectares, Pantanal 3.531 hectares e Pampa, 337 hectares.

Dos mais de 4.500 alertas, 312 ocorreram áreas protegidas, sendo que 94 em Unidades de Conservação. Foram 4.173 hectares dentro desses territórios, o que representa 5% de todas as notificações. As mais afetadas fora: Área de Proteção Ambiental Rio Preto (634 hectares), Área de Proteção Ambiental do Xingu (488 hectares), Floresta Nacional de Cristópolis (97 hectares). As terras indígenas tiveram 101 pontos de desmatamento - 700 hectares no total, menos de 1% dos 4,5 mil focos. Os povos mais afetados foram: Munduruku, com 17 alertas; Kayapós, com 16; e Yanomami, com 8.

O MapBiomas também detectou que 40% dos alertas validados no primeiro trimestre de 2019 ocorreram em áreas que não poderiam ser desmatadas, como próximas a nascentes, Unidades de Conservação (UCs), terras indígenas e Áreas de Preservação Permanente (APPs).
 
Como funciona o MapBiomas Alerta?
O sistema MapBiomas Alerta, lançado hoje, é uma evolução do MapBiomas, em funcionamento desde 2015 produzindo mapeamento anual de cobertura e uso do solo. A novidade é o aumento da qualidade das imagens, agora com mais resolução – permite zoom de até três metros da área fotografada – e mais rapidez no processamento dos dados, oferece em minutos laudos completos sobre o alerta: localização, área total da propriedade, área desmatada, inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) se houver. “Um trabalho que antes exigia seis horas por parte dos órgãos fiscalizadores, agora leva apenas 3 minutos”, explica Tasso Azevedo. Também é possível obter imagens da área antes de ser desmatada, para que seja feita a comparação dos dados.

A ferramenta reúne e unifica dados de 11 sistemas de monitoramento diferentes, facilitando o trabalho final do usuário dos dados, e permite acompanhar o histórico do desmatamento por bioma, estado e municípios por meio de gráficos e estatísticas que permitem entender o histórico e dinâmica dos desmatamentos e auxiliar, assim, os órgãos fiscalizadores do país. É uma iniciativa do Observatório do Clima e conta com o financiamento e co-criação de dezenas de organizações da sociedade civil, fundações privadas, universidades, comunidade científica e empresas privadas.

Mais informações: http://alerta.mapbiomas.org/
© WWF-Brasil/Bruno Taitson Enlarge
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Nota Pública Nenhum hectare a menos!

 Nota Pública 

 

Nenhum hectare a menos!

A permanente ameaça do governo do Estadode Rondôniae da Assembleia Legislativa às áreas protegidas se volta agora para duas unidades de conservação: Reserva Extrativista Jaci-Paraná e Parque Estadual Guajará-Mirim. Governador e deputados pretendem entregar as áreas públicas, um bem do povo, a grileiros e desmatadores, por meio de projeto de lei que tramita com prioridade na Assembleia Legislativa e pode ser aprovado nos próximos dias. O projeto do governador e dos deputados é desmembrar cerca de 161.599 mil hectares dessas duas unidades de conservaçãoe entrega-los à exploração, principalmente para a criação de gado.

 

 

As duas áreas têm sofrido invasões crescentes nos últimos 20 anos. Seringueiros da RESEXforam expulsos com violência por jagunços armados a serviço dos grileiros. Entregar essas áreas aos invasores é premiar e legitimar a ação do crime organizado no Estado. É assumir que o crime compensa e incentivar novas invasões em outrasunidades de conservação,a exemplo do que ocorre na RESEX Aquariquara e outras reservas na região de Machadinho e Vale do Anari.

 

 

A desafetação dessas unidades impactam diretamente as Terras Indigenas Uru-eu-wau-wau, Karipuna, Igarapé Lage, Igarapé Ribeirão, Karitiana e os povos que estão em isolamento voluntário na região que envolve as áreas protegidas, ameaçando a integridade física, cultural e territorial podendo levar a eminência de um genocídio de culturas milenares.

 

 

Entendemos que as unidades de conservação não são empecilho para o desenvolvimento e que, ao contrário, podem ser aliadas na geração de emprego e renda, como por exemplo, na exploração sustentável da biodiversidade.O ataque a elas mostra ao Brasil e ao mundo que o estado não está preocupado em cuidar da FlorestaAmazônica, nosso maior patrimônio.

 

 

As unidades de conservação: Jaci-Paraná e Guajará-Mirim não podem perder nem um hectare e precisam ser recuperados em sua integridade, o que seria outra oportunidade de geração de emprego e renda. O povo rondoniense nãoprecisa de menos florestas. Precisa de mais. O uso das áreas públicas para a criação de gado beneficia apenas um pequeno grupo, além de ser crime previsto em lei. As justificativas de invasões de áreas protegidaspara desafetá-las utilizadas pelo PLC: nº80/2020, só demonstra a incapacidade do Poder Público de governar e gerir o território, deixando a mercê do crime organizado.Diante do exposto as entidades que assinam esta nota, exigem:

 

1.A retirada desta matéria da pauta do poder legislativo estadual;

 

2.Retirada dos invasores de todas as áreas protegidas

 

;3.Recondução das comunidades tradicionais aos seus territórios;

4.Proteção, monitoramento e fiscalização das Terras Indígenas e Unidades de Conservação;

 

5.Que o gado seja apreendido, leiloado e os recursos sejamaplicados na recuperação das áreas degradadas;

 

6.Que o programa de reflorestamento do Estado priorize as referidas áreas para recomposição florestal.

 

Porto Velho-RO, 01/12/2020

Organizações denunciam manobra para beneficiar grileiros em RO

 WWF

Organizações denunciam manobra para beneficiar grileiros em RO



04 dezembro 2020    
Projeto de lei pretende entregar 161 mil hectares de áreas protegidas na Amazônia a criadores de gado que expulsaram seringueiros com o uso de violência

Por WWF-Brasil


Mais de 50 organizações da área socioambiental protocolaram manifestação na Assembleia Legislativa de Rondônia contra projeto de lei (PLC nº 80/2020), que pretende diminuir duas UCs (Unidades de Conservação) estaduais onde vivem índios isolados: Reserva Extrativista Jaci-Paraná e Parque Estadual Guajará Mirim. O projeto, de autoria do governo do estado, se aprovado, retirará 161 mil hectares das duas áreas públicas.

O objetivo é repassar as terras desmembradas para criadores de gado e desmatadores que têm invadido as unidades de conservação nos últimos 20 anos.  As organizações, entre elas o WWF-Brasil, exigem que o projeto seja arquivado, que os invasores sejam retirados das UCs –como determinam a lei e decisões judiciais– a recondução das comunidades tradicionais aos seus territórios e a apreensão do gado criado nas UCs, para leilão e aplicação dos recursos na recuperação das áreas degradadas.

A manifestação das entidades informa que seringueiros foram expulsos da Jaci-Paraná com violência por jagunços armados a serviço dos grileiros: “Entregar essas áreas aos invasores é premiar e legitimar a ação do crime organizado no Estado. É assumir que o crime compensa e incentivar novas invasões em outras unidades de conservação, a exemplo do que ocorre na Resex Aquariquara e outras reservas na região de Machadinho e Vale do Anari. A desafetação dessas unidades impacta diretamente as Terras Indígenas Uru-eu-wau-wau, Karipuna, Igarapé Lage, Igarapé Ribeirão, Karitiana e os povos que estão em isolamento voluntário na região que envolve as áreas protegidas, ameaçando a integridade física, cultural e territorial podendo levar à eminência de um genocídio de culturas milenares”.

Ainda segundo a nota: “Entendemos que as unidades de conservação não são empecilho para o desenvolvimento e que, ao contrário, podem ser aliadas na geração de emprego e renda, como por exemplo, na exploração sustentável da biodiversidade. O ataque a elas mostra ao Brasil e ao mundo que o estado não está preocupado em cuidar da Floresta Amazônica, nosso maior patrimônio”.

A Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Neidinha Bandeira Cardoso, fez um chamamento, em audiência pública promovida pela Assembleia para debater o projeto, nesta quarta, 2, para o fim dos ataques às unidades de conservação no estado. “Este estado tem que parar de premiar quadrilhas que grilam terras públicas. Espero que esta casa de leis não compactue com a bandidagem”, disse, lembrando da presença de comunidades indígenas nas áreas. “Deputado não pode apoiar genocídio, não pode apoiar descumprimento da lei. Deputado é eleito para fazer e para cumprir a lei”, disse. Leia aqui a íntegra da nota.

O Parque Estadual de Guajará-Mirim é uma das 117 unidades de conservação da Amazônia que recebem recursos do Arpa (Programa Áreas Protegidas da Amazônia), um arranjo entre governo federal, governos estaduais, iniciativa privada e organizações da sociedade civil para consolidar a gestão dessas áreas. O programa tem apoio financeiro do GEF (Global Environment Facility), do Banco Mundial e da Fundação Gordon e Betty Moore, entre outros.
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Volume de plásticos nos oceanos pode triplicar em 20 anos

 

Volume de plásticos nos oceanos pode triplicar em 20 anos

Atualmente, mais de 11 milhões de toneladas de plástico fluem para o oceano a cada ano.

estudo sobre plástico
Foto: Tanvi Sharma | Unsplash

Estudo realizado pelo Boston Consulting Group (BCG) em parceria com a organização ambiental WWF e a entidade filantrópica Ellen MacArthur Foundation revela que o volume global de plástico que entra no oceano deve triplicar nos próximos 20 anos. Atualmente, mais de 11 milhões de toneladas de plástico fluem para o oceano a cada ano e, apesar do crescimento de iniciativas voluntárias e regulamentações nacionais para combater a poluição por plásticos, não há sinais de que as taxas de vazamento estejam diminuindo.

De acordo com a pesquisa, o plástico é visto como o material mais prejudicial ao meio ambiente usado para itens de bens de consumo, com 65% dos consumidores globais associando-o com a poluição do oceano e 57% considerando-o prejudicial. Os dados ainda indicam que a pandemia reforçou a intenção de reduzir a poluição e o desperdício de plástico. Junto com as mudanças de comportamento pessoal, os consumidores também solicitam resposta de organizações públicas e privadas para liderar esse processo.

O estudo aponta que a produção global de plástico aumentou para mais de 450 milhões de toneladas em 2018 e, com base no crescimento atual, a projeção é que o volume triplique até 2050. O plástico tem baixos custos de produção e propriedades que o torna um excelente material para uma ampla gama de aplicações, inclusive para bens de consumo de movimento rápido. Ele também trouxe o benefício de proteger a saúde humana durante crises críticas, como a pandemia de coronavírus, ao atender a critérios de descartabilidade e higiene. No setor de saúde, por exemplo, o uso único de luvas cirúrgicas e seringas reduziram os riscos de infecções.

O número de países que implementam regulamentos sobre itens de plástico de uso único dobrou nos últimos cinco anos. Isso inclui proibições nacionais ou impostos sobre sacolas plásticas ou outros itens como canudos de plástico e talheres. Tais regulamentos já foram adotados em pelo menos 115 países ao redor do mundo em 2020 e mais 22 países declararam intenção de aplicar regulamentos semelhantes até 2021. Hoje, os 137 países que aprovaram ou planejam adotar os regulamentos relacionados ao uso de plástico até 2021 representam 6,6 bilhões de pessoas – ou 86% da população e 93% do PIB globais.

Foto: Brian Yurasits | Unsplash

No entanto, a menos que todos os setores sejam capazes de trabalhar juntos para eliminar o uso, aumentar radicalmente os níveis de reciclagem e interromper os vazamentos no sistema atual, o plástico continuará a poluir os ecossistemas e gerará danos ecológicos, sociais e econômicos significativos. Neste sentido, o estudo ressalta que uma resposta global coordenada na forma de um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) é necessária para ajudar governos e empresas a nivelar o campo de atuação e promover mudanças em grande escala.

O acordo pode criar condições que permitam eliminar o vazamento de plástico para o oceano. Definir os objetivos gerais, incluindo uma meta com limite de tempo com uma data específica é um primeiro passo significativo. Um tratado eficaz pode ser fundamental para abordar as quatro barreiras principais identificadas: fragmentação de iniciativas voluntárias, desalinhamento de regulamentos, falta de dados e lacunas de capacidade estrutural.

O estudo pode ser acessado na íntegra por meio deste link.

Descoberta de ovos de pato-mergulhão na Chapada dos Veadeiros traz esperança para espécie criticamente ameaçada de extinção

 

Descoberta de ovos de pato-mergulhão na Chapada dos Veadeiros traz esperança para espécie criticamente ameaçada de extinção

Descoberta de ovos de pato-mergulhão na Chapada dos Veadeiros traz nova esperança para espécie criticamente ameaçada de extinção

Biólogos do Plano Nacional de Ação para a Conservação do Pato-Mergulhão fizeram um descoberta em setembro, mas só revelada recentemente, que trouxe mais esperança para a sobrevivência dessa espécie tão ameaçada: eles encontraram nove ovos da ave durante uma expedição de monitoramento no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.

“Cada filhote e cada ninho ativo que encontramos são um fio de esperança para salvar a espécie”, destacou Paulo Antas, membro da Fundação Pró-Natureza (Funatura) e integrante do PAN Pato-Mergulhão, em entrevista à BBC Brasil.

Observado na Argentina, Paraguai e Brasil, o pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) é uma espécie de ave aquática que, infelizmente, é considerada criticamente em perigo de extinção, de acordo com a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

No mundo todo estima-se que só restem 250 indivíduos livres na natureza. No Brasil, o pato-mergulhão pode ser visto ainda em regiões da Serra da Canastra e Patrocínio (MG), Chapada dos Veadeiros (GO) e no Jalapão (TO).

Apesar da comemoração em relação à descoberta dos ovos, apenas três filhotes sobreviveram. Entretanto, os biólogos ressaltam que já é um passo importante porque comprova que há boas condições no local para a reprodução da espécie.

Ainda segundo os especialistas, a alta taxa de mortalidade entre filhotes recém-nascidos é considerada normal.

Animal símbolo do Cerrado

O pato-mergulhão depende, para sua sobrevivência, de águas limpas e transparentes, com corredeiras e vegetação nas margens, e com abundância de peixes, seu principal alimento.

Seu nome – mergulhão -, vem justamente daí. Ele captura os peixes ao mergulhar, utilizando a visão.

Por esta razão, a espécie é considerada uma “bioindicadora”. Ou seja, sua presença revela o ótimo estado de preservação dos ecossistemas que habitat.

Reprodução bem-sucedida

Além dos esforços para preservar o pato-mergulhão na natureza, também tem sido feito no Brasil a reprodução da ave em cativeiro. Em 2018, noticiamos aqui, o nascimento de quatro filhotinhos, no Zooparque Itatiba, no estado de São Paulo.

Ave rara e ameaçada de extinção, pato-mergulhão se reproduz naturalmente pela primeira vez, no Brasil, e no mundo

Foi a primeira vez, no Brasil e no mundo, que se registrou o nascimento natural das aves, em cativeiro, sem interferência humana. Os ovos foram postos pela fêmea e incubados pelos próprios pais.

Em 2017, também divulgamos, nesta outra reportagem, quatro outros filhotes que tinham nascido no mesmo lugar, mas através de processo de reprodução assistida.

Pato-mergulhão se reproduz em cativeiro pela primeira vez no mundo no Brasil

O declínio da população do pato-mergulhão no país se deve a uma série de fatores, entre eles:

– a destruição de matas ciliares e consequente perda de árvores de maior porte;
– a degradação das margens e dos leitos dos cursos d’água;
– uso de pesticidas nas pastagens e lavouras, que são carregados para os cursos d’água;
– a mineração, que impacta diretamente os cursos d’água e, consequentemente, sua fauna associada;
– a construção de barragens, as quais modificam profundamente os ambientes aquáticos e
– atividades esportivas mal-planejadas, realizadas ao longo dos cursos d’água.

*Com informações do Instituto Natureza do Tocantins e do ICMBio

Leia também:
O pato-mergulhão e eu
Em expedição na região do Jalapão, em Tocantins, biólogos avistam vários patos-mergulhão, espécie rara e ameaçada
Considerado extinto no estado de São Paulo, Pato-mergulhão é redescoberto na Serra do Mar

Fotos: Sávio Freire Bruno/divulgação ICMBio/Wikimedia Commons e filhotes divulgação Zooparque Itatiba)

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