quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Multinacionais querem privatizar uso da água e Temer negocia

O governo do presidente de facto, Michel Temer, advertido para o efeito extremamente negativo da medida, caso venha a ser adotada, resolveu adiar a primeira reunião para tratar da privatização da água no Brasil


Por Redação – de Brasília

A sanha privatista do governo instalado após o golpe de Estado, em curso, atinge um dos segmentos mais estratégicos para o crescimento do país, segundo revelou um alto funcionário da Agência Nacional de Águas (ANA), em condição de anonimato, à reportagem do Correio do Brasil, na manhã desta segunda-feira. O Aquífero Guanani, reserva de água doce com mais de 1,2 milhão de km², deverá constar na lista de bens públicos privatizáveis, à exemplo das reservas de petróleo no pré-sal e da estatal federal de energia, Eletrobras.
Presidente da Nestlé, o austríaco Peter Brabeck-Letmathe é um dos principais interessados na água do Aquifero Guarani
Presidente da Nestlé, o austríaco Peter Brabeck-Letmathe é um dos principais interessados 
na água do Aquifero Guarani


O governo do presidente de facto, Michel Temer, advertido para o efeito extremamente negativo da medida, caso venha a ser adotada, resolveu adiar para o dia 12 de setembro a primeira reunião do conselho do Programa de Parceria e Investimentos (PPI), na qual serão definidas as primeiras concessões e privatizações do governo, acrescentou a fonte. As negociações com os principais conglomerados transnacionais do setor, entre elas a Nestlé e a Coca-Cola, seguem “a passos largos”.


— Representantes destas companhias têm realizado encontros reservados com autoridades do atual governo, no sentido de formular procedimentos necessários à exploração pelas empresas privadas de mananciais, principalmente no Aquífero Guarani, em contratos de concessão para mais de 100 anos — acrescentou.



A primeira conversa pública acerca deste e de outros setores que tendem a seguir para a iniciativa privada estava prevista para esta semana, no dia 25, mesmo dia em que será aberto o processo de votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.



Esta coincidência foi fatal para o adiamento da reunião. Se confirmada a cassação do mandato de Dilma, o seu substituto deverá viajar à China no início de setembro para a reunião do G-20. A reunião do PPI, que será presidida pelo próprio Temer, ocorreria então após seu retorno.



O anúncio deve conter uma lista de concessões mais “imediatas”, como as concessões dos aeroportos de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE) e dos terminais de passageiros dos portos de Fortaleza e Recife (PE). Além disso, deve haver uma outra relação de projetos a serem concedidos ou privatizados no médio prazo, com leilões que podem ocorrer em até um ano, como das distribuidoras de energia da Eletrobras e dos mananciais de água doce.

Fator estratégico

A relevância de um dos maiores mananciais mundial de água doce é tamanha que, há décadas, tem sido alvo da especulação quanto ao seu uso e exploração. O Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani, conhecido por Projeto Aquífero Guarani (SAG), da ANA, foi criado com o propósito de apoiar Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai na elaboração e implementação de um marco legal e técnico de gerenciamento e preservação do Aqüífero Guarani para as gerações presentes e futuras. Após a vitória dos conservadores na Argentina e os golpes de Estado por orientação da ultradireita, tanto no Paraguai quanto no Brasil, restou ao Uruguai votar contra a privatização do aquífero.



Reserva de água no Aquífero Guarani - clique para ampliar
Reserva de água no Aquífero Guarani – clique para ampliar


Esse projeto foi executado com recursos do Global Environment Facility (GEF), sendo o Banco Mundial a agência implementadora e a Organização dos Estados Americanos (OEA) a agência executora internacional. A GEF, no entanto, mantém laços muito próximos às grandes corporações.



Com área total de 1,2 milhões de km², dois terços da reserva estão em território brasileiro, no subsolo dos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “A importância estratégica do Aqüífero para o abastecer as gerações futuras desperta atenção de grupos de diferentes setores em todo o mundo”, afirma documento da Organização de Direitos Humanos Terra de Direitos.



“A sociedade civil organizada está atenta às possíveis estratégias de privatização de grupos econômicos transnacionais. Uma vez que, em 2003, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Mundial, através do Fundo Mundial do Meio Ambiente (GEF), implementaram o projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável que visa reunir e desenvolver pesquisas sobre o Aqüífero Guarani, com objetivo de implementar um modelo institucional, legal e técnico comum para países do Mercosul”, acrescenta.

Água privatizada

O empresário austríaco Peter Brabeck-Letmathe, principal financiador de campanha dos partidos de extrema direita naquele país, preside o grupo Nestle desde 2005 e nunca escondeu seu objetivo de tornar o fornecimento da água passível de exploração ainda mais acentuada pelas companhias do setor alimentício.


O comércio de água representa 8% do capital do conglomerado que, em 2015, totalizaram aproximadamente US$ 100 bilhões.


“A água que você precisa para a sobrevivência é um direito humano, e deve ser disponibilizada a todos, onde quer que estejam, mesmo que eles não possam se dar ao luxo de pagar por isso. No entanto, também acredito que a água tem um valor. As pessoas que usam a água canalizada para a sua casa para irrigar seu gramado, ou lavar o carro, devem arcar com o custo da infra-estrutura necessária para a sua apresentação”, disse Brabeck-Lemathe em recente artigo publicado na sua página, em uma rede social.




As fábricas que engarrafam, em muitos casos tomam a água da mesma rede destinada para uso público. Muitas vezes, como a Coca Cola, acrescentam um pacote de minerais e a chamam de “água mineral”. Com este procedimento, o preço da água de garrafa salta em mais de mil por cento, “engarrafando-a e tornando-se um dos negócios mais descarados do mundo capitalista”, revela a analista venezuelana Sylvia Ubal, em recente artigo publicado naquele país.



“Nestes tempos da globalização estamos assistindo uma concentração impressionante da indústria em torno de quatro a cinco multinacionais que estão criando um monopólio. Indústrias como Nestlé, Danone, Coca Cola, Pepsi Cola, possuem dezenas de marcas em torno de cada uma delas, que marcam o preço e a qualidade da água sem controle algum. Nos EUA mais de um terço da água engarrafada é simplesmente água de torneira tratada ou não; sendo um negócio monopolizado pela Nestlé e Danone, as líderes mundiais”, acrescentou.


Ubal afirma, ainda, que está cada vez está mais claro que a água doce é um recurso finito, “vulnerável à contaminação – que é excessiva por parte das empresas transnacionais”.
“Esta situação contribuiu para conceber a água como um bem mercantil e não como um direito fundamental, em prejuízo à satisfação das necessidades humanas básicas, das concepções ancestrais das comunidades étnicas, gerando assim maior desigualdade social e afetando, por sua vez, a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas.




A expansão deste negócio exige das grandes corporações de bebidas e alimentação como a Coca Cola, Pepsi Cola, Danone, Nestlé…, a ter cada vez mais acesso aos recursos hídricos, impulsionando a privatização de água e aquíferos. E o setor da água engarrafada está crescendo muito rapidamente em todo o mundo, sendo o negócio mais lucrativo atualmente, mas também é um dos menos regulados, o que dá lugar a situações verdadeiramente escandalosas”, conclui.



Comentário

Não considero que tenha havido golpe de estado. Apenas estão sendo retirados do poder corruptos que transformaram o Brasil numa propinocracia. Mas a legitimidade do Governo Temer não dá  a ele o direito de privatizar nossos recursos hidricos.

Anonimo.

Monitoramento de áreas restauradas desde o céu

 


14 Setembro 2016  | 
 
Utilizar Veículos Aéreos Não Tripulados (os Vant’s) ou mais conhecidos como drones para fins de conservação ambiental não é um tema novo para o WWF-Brasil. Desde julho do ano passado, a organização vem buscando diferentes aplicações para os drones por meio do projeto Ecodrones Brasil, juntamente com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Universidade Federal de Goiás, EMBRAPA e outros parceiros.

Agora, a pesquisa se estendeu ao monitoramento de restauração de áreas em processo de restauração. O estudo está sendo realizado em três áreas piloto em diferentes biomas brasileiros: sete hectares de Cerrado no núcleo rural Pipiripau (DF); 9,5 hectares de Mata Atlântica em Lençóis Paulista (SP) e 16 propriedades rurais na região Amazônica em Apuí (AM).

“Estamos coletando dados, testando os equipamentos e comprovando hipóteses sobre a efetividade em obter os dados e o custo do monitoramento com drones, por exemplo,” explica Marcelo Oliveira, especialista em conservação do programa Amazônia do WWF-Brasil. “O que é evidente é o potencial de uso de Vant’s para auxiliar no monitoramento de áreas de restauração florestal sem a necessidade de compra de imagens de satélite que geralmente abrangem uma área maior e muitas vezes sem o detalhamento necessário para as áreas restauradas”, completa.

Esse estudo sobre uso de drones para monitoramento de restauração florestal é uma parceria do WWF-Brasil com a Universidade Federal do Goiás e a Embrapa Instrumentação, com participação do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (IDESAM) para as áreas do Amazonas.

O Brasil tem uma meta de recuperação ambiental de 12,5 milhões de ha (entre APP e Reserva legal) para cumprir com o código florestal. Geralmente está restauração ocorre em pequenas áreas fragmentadas na paisagem. Segundo Marcelo, “monitorar o avanço destas áreas será fundamental para avaliar o cumprimento da implementação do código, o potencial de serviços ambientais e também para subsidiar mecanismos de incentivos econômicos, tais como créditos de carbono e PSA (pagamento por serviços ambientais)”.

O estudo avalia as potencialidades de diferentes modelos de VANTs e a qualidade dos dados obtidos em voos com diferentes configurações de altitude, velocidade e sobreposição de fotografias. Avalia, ainda, as diferenças entre resultados obtidos por câmeras RGB e GBNir (que absorvem diferentes espectros de comprimento de onda) e realiza comparações com geotecnologias tradicionais, como imagens de satélite. A proposta é entender quais os melhores equipamentos em diferentes contextos e comparar os resultados com as metodologias tradicionais de monitoramento.

“Por enquanto, os modelos multirotores mostraram-se mais adequados às aplicações propostas, já que é um modelo de fácil transporte e manuseio, resistente a ventos, robusto e tem custo de aquisição acessível. Tais condições sugerem ampla capacidade no uso deste equipamento para registrar e monitorar o processo de restauração florestal em áreas degradadas”, explica Manuel Ferreira professor do Laboratório de processamento de imagens e geoprocessamento (LAPIG) da UFG.

Ele acrescenta: “drones, especialmente o Multirotor, tem um potencial de serem mais  vantajosos ao monitoramento de recuperação florestal frente a outras geotecnologias. Os satélites dependem da presença de imagens no acervo técnico do fornecedor para viabilizar um custo de aquisição mais baixo, sendo que leva-se tempo entre a coleta da imagem até a disponibilização no acervo, e além disso, essas imagens não podem conter nuvens e devem ter data específica para se registrar ocorrências nas áreas, como fogo por exemplo. E por último, “aerolevantamentos requerem maior custo de serviço devido ao porte da aeronave e contratação de piloto”, comenta.

Até o momento estão sendo feitos sobrevoos em áreas implantadas em 2012, que foram monitoradas até 2015. Segundo Leda Tavares, especialista em conservação do programa Agricultura e Meio Ambiente do WWF-Brasil, o monitoramento é parte fundamental do processo de restauração porque permite a mensuração contínua de indicadores por meio de avaliações ao longo do tempo, conferindo o desenvolvimento e adaptação das árvores a fim de favorecer o restabelecimento de ecossistemas funcionais e ricos em espécies nativas. Além disso, o monitoramento pode ser utilizado para avaliar o incremento em serviços ecossistêmicos, tais como estoque de carbono, proteção de bacias hidrográficas, como a retenção de sedimentos.

“O que estamos fazendo agora com o uso dos drones é explorar essa tecnologia e compara-la com as metodologias tradicionais. Mas vale ressaltar que não estamos avaliando a substituição de pessoas pelo drones, até porque a presença do técnico é sempre necessária”, comenta Leda.

O que enriquece essa pesquisa é o fato de compreender áreas em três biomas distintos, pois a composição florestal muda de um ecossistema para outro. “Vendo de cima, as imagens de uma área de Cerrado são diferentes das obtidas na Amazônia, por exemplo. E o drone permite um nível de detalhe mais apurado, o que facilita a interpretação das imagens”, completa.

Geólogos querem oficializar ‘Idade do Homem’

Por Camila Faria, do Observatório do Clima
Emissão de gases de efeito estufa seria critério para caracterizar 'Idade do Homem'. Foto: Larry Lee Photography/Corbis.
Emissão de gases de efeito estufa seria critério para caracterizar 'Idade do Homem'.
 Foto: Larry Lee Photography/Corbis.


Um comitê de especialistas aprovou, num congresso encerrado neste domingo na África do Sul, uma moção para fazer nada mais, nada menos do que iniciar um novo Período geológico. Na última segunda-feira (29), o AWG (Grupo de Trabalho sobre o Antropoceno, na sigla em inglês) votou no Congresso Mundial de Geologia pelo encaminhamento do pedido de oficialização do Antropoceno, após sete anos de pesquisa.


O termo, cunhado pelo Nobel de Química Paul Crutzen, em 2000, defende que o planeta está em um novo momento geológico, a “Idade do Homem”. A época sucederia o Holoceno, no qual vivemos desde o fim da última era glacial, há cerca de 12 mil anos. Para os cientistas que defendem a mudança para o Antropoceno, a influência humana sobre o planeta teria impactado permanentemente a Terra a ponto de justificar a adoção de uma nova época geológica que caracterize sua atividade.



“A humanidade, uma espécie como nunca outra houve, num curtíssimo espaço de tempo na escala de evolução da Terra, alterou profundamente os ciclos naturais e deixou uma marca tão notável que está visível no registro de camadas de rochas e o estará pela eternidade deste planeta”, afirmou o climatologista Carlos Nobre, único pesquisador brasileiro do AWG.


Entre as evidências que podem justificar a definição do Antropoceno estão o aumento da dispersão de substâncias radioativas no planeta, após os diversos testes com bombas nucleares, e as mudanças climáticas.


“A rápida introdução de gás carbônico na atmosfera nos últimos 200 anos, especialmente mais rapidamente nas últimas décadas, já aparece como um sinal, por exemplo, em material depositado no fundo do oceano ou nas bolhas de ar aprisionadas nas geleiras da Antártida”, explicou Nobre. “



O material biológico depositado no fundo do oceano começou a registrar mudança no balanço de isótopos estáveis do carbono [elementos cuja distribuição natural reflete a história dos processos físicos e metabólicos do ambiente] pela dissolução do CO2. Nas geleiras da Antártida, na parte mais alta e fria do lado oriental, menos sujeita a derretimento, as bolhas de ar das camadas recentes de neve mostram os valores mais altos do último 1 milhão de anos”, exemplifica.



Em 2015, o mundo fechou o Acordo de Paris para definir objetivos e medidas práticas para conter mudanças como as citadas pelo grupo de cientistas. “Num certo sentido, o acordo sinaliza o reconhecimento quase que unânime entre os países do mundo que é necessária uma urgente mudança em nível global para alterar a velocidade com que a humanidade está interferindo com os ciclos naturais do planeta.


O desafio é estabilizar o sistema climático em curto intervalo de tempo, o que talvez seja o maior obstáculo que a humanidade coletivamente já enfrentou”, disse Nobre.



Para os cientistas do AWG, o próximo passo rumo à oficialização da nova época geológica é definir os marcadores e uma data que será considerada como início da época do homem. Para que o Antropoceno seja de fato declarado realidade, a recomendação do grupo precisa ser aprovada oficialmente e ratificada por vários órgãos acadêmicos, o que pode levar alguns anos.


 Mais sobre esse assunto:

http://www.oeco.org.br/colunas/colunistas-convidados/antropoceno-as-ameacas-a-humanidade/

Republicado do Observatório do Clima através de parceria de conteúdo. logo-observatorio-clima

Goiás quer adiar ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros por mais seis meses


Por ((o))eco
Chapada dos Veadeiros. Decreto de ampliação do parque está pronto para ser publicado. 
Foto: Vitor Hugo Artigiani Filho/Wikiparques.


O decreto para a ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros estava pronto para ser assinado em junho, mas um pedido do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), fez o presidente em exercício, Michel Temer, adiar em dois meses a oficialização da mudança. Agora, perto do fim do prazo, mais uma vez o governo de Goiás entra com um pedido para jogar a data para frente, desta vez por mais 6 meses.


O adiamento se deve a posseiros que terão suas terras afetadas caso o parque volte a ficar do tamanho que era antes de ser fatiado. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros tem 65,5 mil hectares e passará a incorporar 235 mil hectares, tamanho que garante a sobrevivência da unidade de conservação, que sofre com a mudança no uso do solo em seu entorno, o que prejudica a conservação da fauna, confinada num espaço muito pequeno.


Segundo informações divulgadas pelo WWF-Brasil,  cerca de 50 grandes proprietários reivindicam a legalização de suas terras que serão afetadas pela ampliação. Assim, terão direito a serem indenizados pela União.


Fontes ligadas ao Ministério do Meio Ambiente relatam que o pedido de adiamento pode ser uma desculpa para engavetar de vez o decreto. Publicamente, o governador apoia a ampliação da área.
((o))eco entrou em contato com a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos do Estado de Goiás (Secima), responsável pelo pedido de adiamento, mas até o momento a Secretaria não retornou o contato.


Histórico
Nascido em 1961 como Parque Nacional do Tocantins, a criação da área protegida foi um dos últimos atos do governo Juscelino Kubitschek (1956-1961), que terminou três semanas após o presidente decretar 625 mil hectares da chapada como parque nacional. O tamanho corresponde a quase dez vezes a área atual. Ao longo dos anos, o tamanho do então Parque Nacional do Tocantins foi sendo diminuído: Em 1972, quando o parque passou a se chamar Chapada dos Veadeiros, seu tamanho caiu para 171 mil hectares, e, em 1981, caiu para 65,5 mil hectares, medida motivada para facilitar a construção da rodovia GO-239.


Em 2001, o parque passa pela primeira tentativa de ampliação. Numa canetada, motivada pelo reconhecimento da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) de que a área é Patrimônio Natural da Humanidade, o governo ampliou a unidade para 235 mil hectares, o mesmo tamanho que está aguardando a oficialização. A medida, entretanto, foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal dois anos depois, por falhas no processo e na consulta pública.

Goiás pede mais seis meses para ampliar Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros


01 Setembro 2016  |  
por Jaime Gesisky

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) enviou no dia 25 de agosto ao ministério do Meio Ambiente um ofício em que pede mais seis meses de prazo antes que o presidente Michel Temer assine o decreto que amplia o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros dos atuais 65 mil hectares para 242 mil hectares.

A prorrogação é para resolver “problemas fundiários”. Conforme informações da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos do Estado de Goiás (Secima), seriam cerca de 50 proprietários da região que reivindicam a legalização de suas terras.

Isso se daria por meio de uma ação cartorial denominada discriminatória de propriedade, o que facilitaria a esses ocupantes receber indenizações da União. A ação tem apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do estado.

Em eventos públicos, o governador goiano tem feito a defesa da ampliação do parque, ressaltando os benefícios da medida para toda a sociedade. Assista ao vídeo

Mas enquanto nos últimos meses Perillo acenava em uma direção, o responsável pela Secima, Vilmar Rocha, pedia oficialmente ao ministro Sarney Filho (MMA) a suspensão temporária da assinatura do decreto por um prazo de 60 dias. Seria para resolver o imbróglio fundiário.

O prazo termina na próxima segunda-feira, 5 de setembro, mas nada foi resolvido. E a depender da decisão do ministério do Meio Ambiente, a ampliação pode se arrastar por mais 180 dias, conforme nova investida do govenador.

“Pedimos um levantamento de toda a situação fundiária da região a ser ampliada e precisamos desse novo prazo para concluir o trabalho. Mas nosso compromisso é resolver as pendências e seguir com o processo de ampliação”, assegurou Jacqueline Vieira, Superintendente Executiva do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, ligada à Secima.

Segundo ela, o governo do estado vai criar uma força-tarefa para levantar as pendências fundiárias e propor uma solução definitiva.

Mobilização


Fontes ligadas ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) chamam a atenção para o fato de que um processo de discriminação de terras com o objetivo de garantir a propriedade a antigos ocupantes pode durar anos e significar a protelação indefinida da ampliação do parque.

Com a iminência de que o decreto fique na gaveta presidencial, a Coalizão Pró-UCs decidiu acender a luz de alerta e mobilizar a sociedade em defesa do parque ampliado.

Uma campanha já circula na internet pedindo a imediata assinatura do presidente da República, Michel Temer, composta por filmes e mensagens dirigidas à sociedade brasileira: #assinapresidente

Mais proteção

A ampliação do parque irá aumentar a proteção da biodiversidade do Cerrado – um dos biomas mais diversos e menos protegidos do país –, conservará recursos hídricos fundamentais para as áreas urbanas e rurais e ainda manterá intactas paisagens deslumbrantes para as futuras gerações.

Outra razão para ampliar o parque é que a unidade de conservação é um caso de sucesso para o ecoturismo brasileiro, uma fonte de renda capaz de levar para a região ainda mais desenvolvimento e alternativas econômicas sustentáveis para as populações locais.

O processo de ampliação do parque seguiu todos os ritos previstos em lei, incluindo audiências públicas em que a sociedade teve chance de se manifestar e influir no desenho final. Os estudos científicos que embasaram o decreto foram rigorosos e passaram pelo pente fino jurídico da Casa Civil, última etapa antes da sanção presidencial. (jaimegesisky@wwf.org.br)
 


UFRJ lança portal que reúne informações sobre agrotóxicos no país

Por Sabrina Rodrigues
Além do número já alto de agrotóxicos legais consumidos no Brasil, país convive com contrabando de produtos. Acima, imagem de agrotóxicos contrabandeados que foram apreendidos pelo Ibama em 2013. Foto: Ibama/RS.
Além do número já alto de agrotóxicos legais consumidos no Brasil, país convive com
contrabando de produtos. Acima, imagem de agrotóxicos contrabandeados que foram
apreendidos pelo Ibama em 2013. Foto: Ibama/RS.




A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acaba de lançar o Portal de Dados Abertos sobre Agrotóxicos, desenvolvido pelo Grupo de Engenharia do Conhecimento (Greco).  O portal, que ainda está em fase de teste, tem como objetivo divulgar dados de interesse público sobre o setor, fornecidos por diferentes instituições, em uma única plataforma virtual.



Desde 2008, o Brasil é campeão absoluto no consumo de agrotóxico. Tal protagonismo no setor não foi acompanhada de maior transparência dos dados sobre agrotóxicos: até mesmo os Relatórios de Comercialização de Agrotóxicos, feito pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) deixaram de ser publicados anualmente. O último documento foi tornado público em 2013.

Imagem: print do portal.


O Portal de Dados Abertos sobre Agrotóxicos surge dessa necessidade de acesso a dados oficiais sobre o consumo de agrotóxicos no País, uma vez que há uma carência na divulgação e no cruzamento desses dados. A plataforma utiliza o software livre CKAN, evitando que o pesquisador faça buscas e downloads separados.


O usuário poderá pesquisar informações sobre comercialização, Agroecologia e Produção Orgânica (fontes de informações sobre produção de alimentos livres de agrotóxicos e transgênicos, dentro da agroecologia e da produção orgânica); Bases de Dados (informações sobre agrotóxicos, tanto no Brasil quanto no exterior); Doenças (relações entre tipos de agrotóxicos,  grupos químicos e sintomas e doenças); Conflitos (conflitos gerados pelos agrotóxicos, e pelo modelo do agronegócio em geral); Intoxicações (registro de intoxicações por agrotóxicos); Resíduos em Alimentos (dados sobre análises de resíduos em alimentos); Transgênicos (dados sobre transgênicos) e Uso do Solo (dados sobre uso do solo no Brasil e no mundo).



Saiba Mais
Portal de Dados Abertos sobre Agrotóxicos

Curso de Conservação Ambiental

Dezoito mil baleias devem passar pelo litoral brasileiro até novembro




Projeto Baleia Jubarte realiza ações para proteger os animais no litoral do País; espetáculo exige cuidados por parte de observadores e pescadores

Baleias Jubarte. Foto: EBC
Baleias Jubarte. Foto: EBC

Em busca de águas quentes do Banco dos Abrolhos, na Bahia, cerca de 18 mil jubartes devem passar pelo litoral brasileiro até o final de novembro deste ano. O período é considerado de reprodução da espécie, que cresce cerca de 10% ao ano no Brasil.




De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a chegada das baleias é um espetáculo único, que exige muitos cuidados por parte dos seus observadores. Os emalhes em equipamentos de pesca e o aumento atípico do número de encalhes preocupa os pesquisadores.



O Projeto Baleia Jubarte detectou, desde o início de 2016, 46 encalhes na costa brasileira. O número é superior ao de 2015, que registrou 43 encalhes. Milton Marcondes, coordenador de pesquisa do projeto, classifica o período como atípico. Ele passou até a utilizar o aplicativo WhatsApp para receber avisos de encalhes. ?Carcaças de baleias em áreas habitadas são um problema de saúde pública?, esclarece.



O Projeto Baleia Jubarte atende a chamados do litoral da Bahia e do Espírito Santo, áreas com forte presença da espécie. Porém, pode receber avisos de qualquer parte do País e encaminhá-los a organizações que atuam no atendimento a encalhes. A população pode entrar em contato pelo número (73) 98802-1874 ou encaminhar informações pela internet.



Atenção redobrada
Os pesquisadores perceberam que as baleias vêm sendo observadas com maior frequência nessa temporada e em trechos da costa onde apareciam menos, como no litoral paulista. Por isso, é necessário redobrar os cuidados para evitar interferências das embarcações e equipamentos de pesca.



A advertência vale também aos turistas que vão observar baleias. Procurem empresas habilitadas para os passeios e que sigam as normas. A observação de baleias é regulamentada por portaria, que limita a aproximação máxima a 100 metros, e o motor da embarcação deve permanecer em neutro enquanto estiver próximo às baleias.



Os pesquisadores acreditam que o aumento no número de encalhes este ano tem relação com mudança no clima. Há indícios de que mudanças provocadas pelo El Niño podem afetar a oferta de alimento na Antártica, segundo explica o pesquisador.




Com isso, algumas baleias chegam muito magras à costa brasileira. Sem forças, depois de percorrer cerca de quatro mil quilômetros, elas encalham com mais facilidade. ?O fenômeno ocorreu em 2010, quando tivemos 92 encalhes, o que nos pegou de surpresa. Mas hoje já compreendemos melhor o que acontece.?



Monitoramento
O Instituto Baleia Jubarte, responsável pelo projeto, está monitorando o movimento de embarcações e fazendo reuniões com os pescadores na região de Abrolhos, sul da Bahia, como parte da estratégia para reduzir o impacto das atividades humanas sobre as baleias no arquipélago.



A ação é apoiada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, e possui patrocínio da Petrobras.



Fonte: Portal Brasil, com informações do ICMBio



in EcoDebate, 13/09/2016

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Energia eólica tem média diária recorde no Sul e Nordeste do País



Mercado da região Sul do País registrou 1.302 Megawatts no último dia 7. Recorde anterior para a região foi em junho de 2016

energia eólica

Com expansão acelerada, a geração eólica bate sucessivos recordes nas regiões do Brasil. Na dia 7, o submercado do Sul registrou recorde de geração eólica, atingindo 1.302 megawatts (MW) médios em um único dia. A quantidade gerada pelos ventos superou o recorde anterior para a região, de 1.289 MW médios, computados no dia 8 de junho deste ano.


Nesse dia, foi atingido o recorde de 5.783 MW médio de geração eólica total em um único dia no Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse total produzido de geração eólica no SIN é suficiente para abastecer aproximadamente 27 milhões de unidades consumidoras residenciais durante um dia todo, considerando o consumo diário médio residencial brasileiro de 5,13 kWh.


Região nordeste
Na última segunda-feira (5), também foi registrado recorde de geração eólica na região Nordeste, atingindo 4.784 MWmédios em um único dia. Essa geração expressiva tem contribuído muito para o atendimento energético à região, que tem sofrido com escassez de recursos hídricos devido à falta de chuvas nos últimos anos.


Capacidade instalada de geração eólica
No mês de julho de 2016, a capacidade total instalada de geração eólica no Brasil atingiu 9.265 MW, com crescimento de 44,1 % em relação a julho de 2015. Com esse montante a fonte eólica já representa 6,3 % da capacidade total de geração de energia do Brasil. Para os próximos anos, segundo o Plano de Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), a capacidade instalada de geração eólica no País deve alcançar 24 mil MW até 2024, quando representará cerca de 11,6% da capacidade instalada total no País.


Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério de Minas e Energia



in EcoDebate, 12/09/2016

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Comércio interno de marfim gera polêmica

segunda-feira, 12 de setembro de 2016


Japão e África do Sul enfureceram todo o congresso para a conservação da natureza, ao se oporem a uma proposta de proibir o comércio interno do marfim de elefante.

Por Guy Dinmore, da IPS – 
Honolulu, Estados Unidos, 12/9/2016 – Os caçadores ilegais matam um elefante a cada 15 minutos na África, para vender apenas suas presas, segundo os resultados divulgados pelo Grande Censo de Elefantes.


A moção para frear o comércio interno de marfim, apresentada no Congresso Mundial da Natureza, que aconteceu nos dez primeiros dias deste mês nesta cidade do Havaí, é considerada uma das mais significativas e controvertidas que os delegados tiveram que votar. A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) é responsável pela organização desse congresso.


Mas japoneses e sul-africanos se opuseram à proibição, no dia 7, quando um grupo de contato de representantes governamentais e de organizações da sociedade civil tentou promover um texto de consenso da resolução, patrocinado por Estados Unidos e Gabão. Um sinal das sensibilidades geradas pela moção é que os meios de comunicação foram expulsos do salão de conferências pelo presidente do grupo de contato da UICN.



As negociações se prolongaram até a noite do dia 7, mas as delegações de Japão e África do Sul se retiraram depois que se decidiu manter os duros termos do texto que defende a proibição.Os conservacionistas da sociedade civil que defendem a proibição ficaram perplexos com as tentativas de japoneses e sul-africanos, em certas ocasiões com apoio da Namíbia, de diluir a contundência da moção.


“É uma atrocidade”, afirmou Mike Chase, fundador da organização Elefantes Sem Fronteiras e principal pesquisador do Grande Censo de Elefantes, realizado em 18 países. “Foram mortos seis elefantes enquanto discutiam por uma frase”, ressaltou Chase após a primeira sessão de 90 minutos, olhando seu relógio.Por sua vez, Susan Lieberman, vice-presidente de política internacional da Sociedade para a Conservação da Fauna Silvestre e uma das promotoras da moção, apontou que “existe uma crise e as pessoas a negam. De que serve a UICN se não podemos fazer algo contundente pelo marfim?”.


Japão e África do Sul afirmam que têm interesse em salvar os elefantes da África como os de todo o mundo, mas que a melhor maneira de fazer isso é com um firme controle e uma regulamentação do comércio, e não com a proibição. “Regular é ficar de braços cruzados enquanto Roma queima”, afirmou Lieberman.


O diretor da divisão de política de biodiversidade do Ministério do Ambiente do Japão, Naohisa Okuda, argumentou que a proibição “não é adequada. Temos que frear todo o comércio ilegal. Não é necessário proibir o comércio legal do marfim”, e deu como exemplo as peças que o Japão importava antes de entrar em vigor a proibição do comércio internacional, em 1989. “O problema é identificar o que é legal e o que é ilegal”, ressaltou.


A comunidade internacional deve encontrar um sistema de controle efetivo para o comércio do marfim, que seja capaz de beneficiar a conservação de elefantes africanos, pontuou Okuda. “O sistema de controle japonês é muito bom e efetivo, tal como reconhece a UICN. Outros países deveriam seguir o exemplo”, acrescentou. Entretanto, numerososambientalistas não compartilham dessa opinião e questionam a quantidade de peças em marfim produzidas pelo Japão.


A África do Sul argumenta que as populações de elefantes estão estáveis e, inclusive, crescem e que são necessários alguns sacrifícios, se parte da renda obtida com a venda de marfim for dedicada aos esforços de conservação. O governo sul-africano também organizou uma venda pontual de excedentes de marfim, mas os ativistas afirmam que isso só serve para disparar a atividade dos caçadores ilegais.


Morgan Griffiths, da organização WildlifeandEnvironmentSocietyof South Africa, recordou que, apesar da sofisticada tecnologia utilizada pelo sul-africano Parque Nacional Kruger, os caçadores ilegais tinham cada vez menos dificuldades para entrar no parque a partir de Moçambique, onde os elefantes estão à beira da extinção.


Griffiths está entre os que querem urgência do governo para aceitar uma proibição sobre todo o comércio interno. “As vendas pontuais de peças de marfim levarão a uma caçada maciça”, alertou.Outros países africanos pedem a proibição do comércio interno de marfim, considerando que é preciso exercer a maior pressão possível sobre China e Vietnã, os principais importadores de marfim ilegal, para conter a demanda.


A UICN, com 1.300 membros com capacidade de voto entre organizações não governamentais e governos, não tem autoridade legal para impor proibições. Mas um chamado desse tipo, feito por uma das instituições com maior autoridade em matéria de conservação, implica um considerável peso moral e supõe uma forte pressão para que os governos atuem.

A moção sete, sobre o marfim, é uma das muitas que geraram controvérsia no Congresso Mundial da Natureza, como as zonas proibidas, por exemplo, sítios indígenas sagrados com rígidas leis de proteção, uma reserva marinha que inclua 30% dos oceanos, e pautas para a “compensação de biodiversidade” voltadas ao setor industrial.


A China é de longe o maior consumidor de marfim de contrabando, cuja maior parte passa por Hong Kong e Vietnã. Há um ano, esse país e os Estados Unidos anunciaram que imporiam proibição sobre seus respectivos comércios internos. Pequim não apresentou um cronograma de execução e as autoridades chinesas se mantinham caladas em Honolulu. Hong Kong, por sua vez, anunciou que proibiria o comércio interno até 2021.



“É inadmissível que se mate esses animais por vaidade e mesquinhez. Para deter o comércio de marfim temos que acabar com o fornecimento e a demanda”, destacou Tony Banbury, responsável da Vulcan Inc., criada pelo multimilionário filantropo Paul Allen, que financiou o Grande Censo de Elefantes.O estudo, uma pesquisa aérea que demorou quase três anos e rastreou 350 mil milhas quadradas, mostra que a população de elefantes na savana de 15 países diminuiu 30%, cerca de 144 mil exemplares a menos, entre 2007 e 2014.


O ritmo de diminuição aumenta e hoje em dia é de 8% ao ano, principalmente devido à caça ilegal. São mortos aproximadamente 27 mil elefantes a cada ano por causa de suas presas. A redução mais acentuada foi registrada na Tanzânia e no norte de Moçambique.


Fonte: Envolverde