sábado, 7 de agosto de 2021

O prêmio de fotografia mais divertido do planeta mostra 11 flagrantes entre os finalistas hilários de 2021

 Bichos  https://conexaoplaneta.com.br/blog/o-premio-de-fotografia-mais-divertido-do-planeta-mostra-11-flagrantes-entre-os-finalistas-hilarios-de-2021/




O prêmio de fotografia mais divertido do planeta mostra 11 flagrantes entre os finalistas hilários de 2021

O prêmio de fotografia mais divertido do planeta mostra 11 flagrantes entre os finalistas hilários de 2021

jovem leão – ou será uma leoa? – flagrado pelo italiano Giovanni Querzani no Parque Nacional do Serengueti, na Tanzânia, parece se esborrachar de tanto rir. Mas não contente em flagrar esta imagem deliciosa, o fotógrafo ainda imaginou que o felino ria de suas habilidades fotográficas. Pode? Pode! Esta é uma das imagens inscritas este ano no Comedy Wildlife Photography Awards, o prêmio de fotografia mais divertido do planeta, que apresenta a beleza e um jeito mais leve de ver a natureza.

Participam fotógrafos amadores e profissionais de todo o mundo muito perspicazes – capazes de permanecer horas observando animais diversos para flagrar um movimento que parece estapafúrdio ou surreal, o que torna a competição bastante acirrada, todos os anos.

O concurso é gratuito e os fotógrafos podem enviar até 10 fotografias em seis categorias diferentes, incluindo terrestre, aérea, portfólio, subaquático e vídeo. Jovens fotógrafos – menores de 16 anos – têm uma categoria só para eles.

Entre os prêmios está um safári em Maasai Mara, no Quênia e o título de Fotógrafo do Ano e, como sempre, têm um componente relacionado à conservação ambiental. Este ano, o Comedy Wildlife Photography Award apoia a organização Save Wild Orangutans, que protege orangotangos selvagens dentro e ao redor do Parque Nacional Gunung Palung, Bornéu, com a doação de 10% de sua receita líquida total.

Os vencedores da 7ª edição deste concurso anual serão conhecidos somente em novembro, mas os organizadores não resistiram e fizeram uma seleção de 11 imagens entre as finalistas, pra gente começar a se divertir agora.

“Esperamos que as pessoas dêem uma olhada nessas imagens mais recentes e as compartilhem com seus amigos ou familiares que eles acham que podem ter a foto vencedora”, justificou o cofundador do Comedy WildlifeTom Sullam.

“No ano passado, nossa foto vencedora de uma tartaruga mal-humorada xingando a câmera tomou o mundo como uma tempestade. As pessoas adoram ver essas belas criaturas nessas situações bobas – isso nos lembra que não somos muito diferentes”.

Além de aguçar nossa curiosidade. Aqui, no Conexão Planeta, a gente também não resistiu e mostra esta edição especial agora. Quando os vencedores forem divulgados, mostraremos também, como temos feito desde 2016. Será que algumas destas imagens estará entre eles? Qual sua favorita?

Agora, vamos às fotos e suas legendas também hilárias criadas pelos autores.

O prêmio de fotografia mais divertido do planeta mostra 11 flagrantes entre os finalistas hilários de 2021
O italiano GIOVANI GUERZANI chamou esta imagem de ROFL, que significa “Rolling On The Floor Laughing” (rolando de tanto rir, em tradução livre) e explicou: “Um jovem leão no Parque Nacional do Serengeti, na Tanzânia, que aparentemente está rindo das minhas habilidades fotográficas”
O prêmio de fotografia mais divertido do planeta mostra 11 flagrantes entre os finalistas hilários de 2021
LÁBIOS DOCES SÃO PARA BEIJAR é o titulo da foto do alemão PHILLIP STAHR, que fez esta foto em Boxfish, Curaçao, no Caribe Holandês“. “Normalmente é difícil tirar fotos de ‘peixes de caixa’. Eles não se incomodam com mergulhadores se aproximando, mas se você mostrar interesse, eles viram de costas. Por isso nadei e fiquei acima do peixe e não demonstrei nenhum interesse por ele. Ao mesmo tempo, minha câmera não estava na minha frente, mas embaixo, no peito, apontando para baixo. Quando chegou o momento certo, virei a câmera 90 graus para frente e apenas apontei e disparei, na esperança de ter o peixe no foco. Nunca esperei ter seus lindos lábios tão próximos”.
O prêmio de fotografia mais divertido do planeta mostra 11 flagrantes entre os finalistas hilários de 2021
OBA! É SEXTA-FEIRA! da espanhola LUCY BEVERIDGE: “Um jovem antílope pequeno, de orelhas e pernas finas, parece preso no ar enquanto o sol começa a nascer sobre o Parque Transfronteiriço Kgalagadi. Não há informações sobre o motivo de seu pulo, mas algumas teorias sugerem que é uma forma de mostrar aptidão e força para afastar predadores e atrair parceiros”
O prêmio de fotografia mais divertido do planeta mostra 11 flagrantes entre os finalistas hilários de 2021
O americano ARTHUR TREVINO teve a sorte de flagrar este encontro numa comunidade de Colorado: Hygiene, ao qual deu título de A ÁGUIA CARECA SE ASSUSTOU, e contou: “Quando a águia-careca falhou em sua tentativa de agarrar o cão da pradaria, o cão da pradaria, este saltou em direção à águia e a assustou por tempo suficiente para escapar para uma toca próxima. Uma verdadeira história de Davi contra Golias!”
O prêmio de fotografia mais divertido do planeta mostra 11 flagrantes entre os finalistas hilários de 2021
A australiana LEA SCADDAN chamou de ESQUECIDAS esta imagem feita no Western Grey Kangaroo, em Perth, na Austrália:
“Dois cangurus cinzentos ocidentais estavam lutando e um errou o chute no estômago do inimigo”. Parece que eles estão dançando
O prêmio de fotografia mais divertido do planeta mostra 11 flagrantes entre os finalistas hilários de 2021
YOGA BITTERN é de autoria do cingapuriano KT WONG. Ele flagrou este Yellow Bitter em ‘Satay By The Bay’, em Cingapura. “Um Yellow Bitter estava se esforçando muito para entrar em uma posição de caça confortável. Tirei essa foto quando estava entre dois caules de flor de lótus”. Lindo!
FELIZ, do sueco TOM SVENSSON: cena flagrada nas Ilhas Falklands.
“Esses pinguins estavam surfando nas ondas para a terra e pareciam tão felizes a cada momento…”
HOUSTON, TEMOS UM PROBLEMA” foi o nome escolhido pela espanhola TXEMA GARCIA LASECA para esta foto feita no Pantanal, no Brasil, e debocha: .“Este peixe fica surpreso quando é preso para um pássaro pescado”.
QUARENTENA, do canadense KEVIN BISKABORN. A cena foi flagrada em Raccoon, sudoeste de Ontário, no Canadá. “Isolado com sua família ansiosa para sair e explorar o mundo? Esses guaxinins orientais também. Quando você pensa que não há mais espaço no oco da árvore, o guaxinim mãe aparece e mostra como o espaço é compacto. Os bebês subiram em cima da mãe e uns dos outros, lutando para dar uma olhada ao mesmo tempo. Depois de explorar uma área particular com vários santuários de árvores, eu identifiquei esta como um ponto quente para famílias de guaxinins. Uma vez que os guaxinins vão de um covil para outro, muitas vezes não passando mais de uma noite por vez em um covil específico, localizar uma área com inúmeras opções é a chave para flagrar os animais. Eu tropecei nesta família e imediatamente trabalhei em nivelar a câmera com o buraco para evitar um ângulo para cima. Quando a câmera e o tripé ficaram prontos, os bebês guaxinins ficaram extremamente curiosos (e cooperativos), colocando suas cabeça para fora para olhar mais de perto!”
“Parece que o bebê hipopótamo queria a atenção da mãe, mas não estava conseguindo”, conta o indiano ROHIN BAKSHI sobre a cena que flagrou em Vwaza Game Reserve, em Malawi.
HUMOR DE SEGUNDA FEIRA DE MANHàfoi o título escolhido pelo sul-africano ANDREW MAYES para esta foto feita em Pied Starling, na Reserva Natural Rietvlei, na África do Sul. “Eu tirei essa foto enquanto fotografava um grupo de estorninhos empoleirados em uma árvore. Ela resume perfeitamente o meu humor na maioria das manhãs de segunda-feira”

Com informações do Comedy Wildlife Photography Awards e My Modern Met

PF deflagra operação para investigar mortes de onças-pintadas (uma delas, monitorada) por envenenamento, no Pantanal, MS

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PF deflagra operação para investigar mortes de onças-pintadas (uma delas, monitorada) por envenenamento, no Pantanal, MS

PF deflagra operação para investigar mortes de onças-pintadas (uma delas, monitorada) por envenenamento, no Pantanal, MS

Em 10 de maio, os pesquisadores da organização Instituto Reprocon – Reproduction 4 Conservation. que atua no sul do Pantanal, estranharam o registro da localização de uma das onças-pintadas que monitoravam, desde setembro do ano passado: o macho batizado por eles como Sandro, de 4 anos e 120 kg.

O sinal emitido por seu colar de radiotelemetria indicava mortalidade. Quando isso acontece, significa que o GPS está parado no mesmo local por muito tempo e, neste caso, os pesquisadores trabalham com base em duas hipóteses: o animal está parado mesmo – e pode ter morrido – ou o colar se soltou de seu corpo.

A falta de recursos impediu que eles fossem ao local rapidamente, o que só ocorreu três dias depois e foi possível graças ao colar de GPS. Chegando na região do Passo do Lontra, em CorumbáMato Grosso do Sul, não só encontraram Sandro, como mais uma onça-pintada (um macho, de 140 kg, que foi batizado pelos pesquisadores como Taurus), um gavião carcará, um cachorro do mato, uma vaca e 14 urubus. No total, 19 animais, todos mortos.

Assim, as primeiras suspeitas – levantadas pelos pesquisadores, na ocasião – apontavam para envenenamento provocado por seres humanos. A desconfiança veio da situação em que os animais foram encontrados e do fato de que nenhum deles apresentava qualquer marca de violência, briga ou tiro. Mas também porque é sabido que, na região, há fazendeiros que matam as onças que atacam seu gado.

“Devido às circunstâncias dos animais, suspeitamos que tenham sido envenenados”, explica Antonio Carlos Csermak Jr., veterinário do Reprocon e um dos pesquisadores que os encontrou.

“Acreditamos que a vaca – que estava envenenada – tenha sido abatida por uma das onças. Em geral, a onça preda um animal e volta para comê-lo por um, dois ou três dias. Outras onças podem acessar a mesma carcaça. Neste caso, todos os animais que se alimentaram da vaca morreram. Os urubus estavam ao lado dela, o carcará também. O cachorro do mato a 10 metros, Sandro a 50 metros. A outra onça – que foi a primeira que encontramos – a 150 metros”. E ainda havia insetos na carcaça da vaca, também mortos.

Csermak ainda acrescenta: “Pessoas da região disseram que pode ter sido usado um agrotóxico cujo princípio ativo é o carbofurano, que está proibido no Brasil desde 2017“. Pode ser contrabandeado da Bolívia ou do Paraguai.

A morte por envenenamento é muito rápida, mas depende do tamanho do animal. Por isso, certamente, os urubus e o carcará – que são leves e têm metabolismo rápido -, estavam mais próximos da vaca.

O corpo de Sandro em decomposição. Perda irreparável para o Pantanal e os pesquisadores
Foto: Jocilany Giuleatte
/Reproducao do Facebook
Sandro, uma onça-pintada jovem, de 4 anos, que pesava mais de 120 quilo, era monitorada desde setembro pelos pesquisadores do Reprocon / Foto: Pedro Nacib Jorge Neto

A investigação avança

Depois de encontrar os animais mortos, os pesquisadores voltaram à sede da Reprocon e denunciaram o caso à Polícia Federal (PF) e ao Ibama.

Como os pesquisadores encontraram duas onças mortas próximas uma da outra e numa mesma região, a PF solicitou que eles os acompanhassem até o local com dois peritos e dois fiscais do Ibama. No dia da pericia os pesquisadores deram apoio técnico aos dois órgãos e seguiram os rastros de Sandro até a morte, 600 metros da margem do rio.

Devido às provas circunstanciais, o Ibama autuou e multou o arrendatário da fazenda onde ocorreram as mortes. De acordo com Csermak, a multa foi calculada em função das espécies mortas: R$ 5 mil reais por cada onça (por serem de espécie ameaçada) e R$ 500 por cada um dos demais. O total foi de R$ 18.500.

E a PF abriu inquérito com base em tudo que viu no local, nas declarações dos pesquisadores e no material colhido na perícia. “Os Policiais Federais realizaram diligências preliminares na propriedade rural, sendo realizados exames periciais de local e coleta de material com a finalidade de determinar as causas das mortes dos animais”, declarou o órgão, em nota.

“Se o resultados dos exames laboratoriais provarem que houve envenenamento, aí o responsável terá que responder criminalmente”, salientou Csermak.

Ontem, 4 de agosto, finalmente, a Polícia Federal deu notícias, e as investigações estão em curso.

Quase três meses depois a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão – três em fazendas do Pantanal, na região de Corumbá, e um em Campo Grande, todas no Mato Grosso do Sul -, que integram a Operação Yaguareté, deflagrada para o caso,

Yaguareté ou Jaguareté, em Guarani, quer dizer onça-pintada.

Menos um crime invisível

As cabeças de Taurus (nome dado pelos pesquisadores ao encontra-lo) e de Sandro e o radio-colar que este usava e garantiu que eles fossem encontrados e o crime investigado pela Polícia Federal / Foto: Pedro Nacib Jorge Neto/Instituto Reprocon

Como Csermak contou, acima, o abate de onças por fazendeiros não é incomum devido aos ataques ao gado, que causam prejuízos. Mas, ele contou também que, até acontecer este crime, havia apenas rumores de que os animais eram envenenados. Tratava-se, portanto, de um crime invisível.

Se Sandro não estivesse usando um colar de GPS e sendo monitorado diariamente pelo Reprocon, este seria mais um crime contra animais silvestres e ameaçados de extinção, que ficaria no ar, sem investigação.

Graças ao trabalho de pesquisa cientifica, o caso da morte das onças-pintadas virou noticia e se espalhou como um alerta para fazendeiros que adotam tal recurso como solução para acabar com os ataques das onças.

Mas Csermak esclarece que essa conduta não é adotada pela maioria dos pecuaristas da região, que conhece e apoia projetos de conservação no Pantanal.

“Eles são nossos parceiros. O colar de monitoramento do Sandro, por exemplo, foi doado por um deles. E foi graças a esse colar que chegamos até o Sandro, que soubemos de seu paradeiro e a investigação está sendo possível”.

E acrescentou: “Muito importante que o assunto esteja sendo divulgado pela mídia para que aqueles que matam onças-pintadas saibam que podem ser rastreados”.

Campanha: mais colares para as onças!

Reprocon é um instituto idealizado e mantido por pesquisadores, que monitora e estuda o comportamento e a reprodução da onça-pintada (Panthera onca) em área livre através de colares de radiotelemetria e GPS

Trabalha com recursos próprios e doações esporádicas e depende de novos apoios porque os custos são altos e é imprescindível aumentar a proteção desses e de outros animais silvestres que vivem no sul do Pantanal.

Por isso, em alguns momentos, a organização lança campanhas de arrecadação de recursos, como a que está ativa na plataforma Kickante. A meta é arrecadar R$ 28 mil reais para a compra de material de monitoramento. Até agora, foram doados R$ 16.785, portanto falta 60% dos recursos almejados e apenas 44 dias para o término da campanha.

Os valores indicados variam de R$ 20 (o doador recebe e-mail de agradecimento com selo) a R$ 15 mil (o preço de um colar; dá direito a uma saída a campo com um acompanhante e a equipe do Reprocon) ou R$ 25 mil (saída a campo com dois acompanhantes e hospedagem incluída).

Quando Sandro morreu, havia três onças-pintadas monitoradas com colares de GPS pela Reprocon. Agora, só tem uma. É imprescindível ampliar esse trabalho para a preservação.

Em seu Facebook, o Reprocon publicou um infográfico animado que mostra os trajetos percorridos por Sandro no último mês, antes de morrer. Ele percorria uma área de cerca de 100 km2. Clique aqui para assistir.

Siga o Reprocon nas redes sociais – Facebook e Instagram – para acompanhar suas ações e o monitoramento dos animais. E também sobre o crime contra Sandro e outros 18 animais do Pantanal.

Foto: Gustavo Fonseca/Instituto Reprocon

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