sexta-feira, 25 de junho de 2021

Ricardo Salles: saída tardia de ministro não mudará política pró-desmatamento de Bolsonaro, dizem ONGs


Ricardo Salles: saída tardia de ministro não mudará política pró-desmatamento de Bolsonaro, dizem ONGs

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GREENPEACE PHOTO/DANIEL BELTRA

O pedido de demissão do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) na quarta-feira (24/06) foi comemorado por entidades ambientalistas, como Greenpeace, WWF e Observatório do Clima. Essas organizações, porém, afirmam que a saída, cobrada por elas há meses, não representa uma mudança na política ambiental do governo Bolsonaro.

“Embora seja evidentemente um grande dia para o meio ambiente no Brasil, é preciso lembrar que Salles foi sintoma e não doença. Apenas cumpriu com extrema eficiência os objetivos declarados de Jair Bolsonaro de fechar na prática o Ministério do Meio Ambiente e ‘meter a foice’ nos órgãos ambientais”, afirmou, em nota, a coordenação do Observatório do Clima, rede de organizações não governamentais com atuação em torno das mudanças climáticas.

A rede de entidades ambientalistas disse que Salles deixa um “legado sombrio”, com aumento do desmatamento, de queimadas e das emissões de gás carbônico e destruição da imagem do país do exterior.

Para eles, a política ambiental ditada pelo presidente “não mudará com a troca de seu executor”, como não ocorreu em outras áreas do governo, como Saúde e Educação.

Em breve pronunciamento à imprensa nesta quarta-feira (23/6), Salles disse que pediu para deixar o cargo e que seguiu a orientação de Bolsonaro no comando da pasta.