quinta-feira, 5 de junho de 2014

Passageiros invadem estação Itaquera em SP - imagina na Copa




Passageiros invadem estação do Itaquerão em SP

 
Greve dos metroviários é parcial, mas trânsito é pesado na capital. Em Itaquera, usuários quebraram grades e invadiram a plataforma 

Greve de metroviários é parcial em SP e trânsito de veículos é pesado pela manhã


 

Categoria rejeitou reajuste proposto pela Companhia do Metropolitano. Funcionários da CET também cruzarão os braços

A greve dos metroviários em SP atinge parcialmente na manhã desta quinta-feira algumas das cinco linhas do metrô. 

Na principal delas, a Amarela, o movimento de passageiros era intenso nas plataformas de embarque e desembarque no início da manhã, mas não havia tumulto em estações como a Luz, no centro, uma das mais movimentadas da cidade.

Superlotação de passageiros desembarcam na Estação de trem Luz, que dá acesso a linha amarela do metrô - 

Fernando Donasci / O Globo

Por conta da falta de metrô, passageiros depredaram a estação Itaquera

A revolta aconteceu porque o trem da CPTM, que faz conexão com aquela estação, não parou ali justamente porque a linha vermelha do metrô está paralisada.


Passageiros invadiram a plataforma, arrancaram portões e grades das estações e chegaram a andar pelos trilhos. 

Por volta das 7h30m, a estação de trem em Itaquera foi liberada para os passageiros e os trens da CPTM passaram a parar na plataforma para embarque. Os PMs fizeram um cordão de isolamento nos portões que dão acesso ao Metrô.


Após o tumulto, o clima é de tranquilidade em Itaquera. Passageiros seguem de trem em direção ao centro da capital. No entanto, para quem segue de carro ou de ônibus a situação é complicada por conta do trânsito. 

A Avenida Radial Leste, que liga a Zona Leste ao centro da cidade, está com um grande volume de veículos e o tráfego é lento. Uma grande fila de ônibus se forma pelo corredor exclusivo ao longo da via


— Conseguimos dar serviço de um terço da rede, com 35% das linhas operando. Esperamos que haja consenso da categoria — disse Jurandir Fernandes, secretário estadual de Transportes.


 
Uma nova assembleia está marcada para as 17h, quando a categoria decidirá pela continuidade ou não da greve. Alex Fernandes, diretor do Sindicato dos Metroviários, afirmou que desde o dia 15 de abril a pauta de negociações foi entregue ao governo paulista. - Estamos abertos à negociação - declarou à TV Globo.


 

A assessoria de imprensa informou pela manhã que a linha 1-Azul opera entre as estações Ana Rosa e Luz. Já a linha 2-Verde estaria operando de Ana Rosa até Clínicas. A Linha 3-Vermelha, por sua vezes, estaria funcionando entre Bresser-Mooca e Santa Cecília. 

Ainda segundo o Metrô, a Linha-4, operada pela Via Quatro, funciona normalmente, assim como a Linha 5-Lilás, também sob concessão. 


 
Com a greve de ônibus, a cidade de São Paulo amanheceu com um trânsito de veículo maior que o normal. Por volta das 6h, o movimento em avenidas como a 23 de Maio e Paulista já registravam pontos de lentidão. 

A situação ficou ainda mais críticas porque agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CEF) também cruzaram os braços nesta quinta-feira.
 
Em tentativa de negociação, funcionários e dirigentes da Companhia do Metropolitano (Metrô) não chegaram a um acordo salarial. Com isso, o rodízio municipal de veículos para placas finais 7 e 8 foi suspenso na cidade. 

Os metroviários, cuja data base é 1º de maio, reivindicavam no início da campanha reajuste salarial de 35,47% - 7,95% de aumento pelo IGP-M e o restante de aumento real pró produtividade (calculado pelo Dieese, com base no aumento de passageiros transportados nos últimos três anos)-, além de outros benefícios.  


O reajuste proposto pelo Metrô na audiência desta quarta-feira no TRT foi de 8,7%, além do aumento de alguns benefícios. Desde a semana passada, no entanto, a categoria disse que rejeitaria proposta salarial patronal inferior a dois dígitos.

 
Os metroviários tinham o intuito de protestar liberando as catracas à população, segundo um dos diretores do Sindicato, Ciro Moraes, mas recuaram. 

O governo ameaçou o sindicato, disse que seríamos responsáveis financeiramente se liberássemos as catracas. Tivemos de recuar - disse.

 
A mediação na Justiça do trabalho foi coordenada pela desembargadora Ivani Contini Bramante e pela juíza Patrícia Therezinha de Toledo. 

No entender do TRT, com as novas propostas da Companhia do Metropolitano (além de reajuste de 8,7%, o Metrô propôs aumento no vale-refeição para R$ 669,16, vale-alimentação mensal de R$290 e um extra de mesmo valor, em caráter excepcional, além de desconto de um centavo pelo vale-refeição e a disposição de reenquadrar alguns cargos), o oferecido pelo Metrô “contempla os dois dígitos de reajuste pleiteado pelos trabalhadores”, pois o “reajuste irá variar de 10,61 a 13,33%, a depender do salário de cada trabalhador”.
 
Na noite desta quarta-feira, o TRT determinou, em liminar, a manutenção de 100% do funcionamento do Metrô nos horários de pico e de 70% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 100 mil ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo. 

Em nota, a Companhia do Metropolitano de São Paulo diz que “repudia a greve decretada pelo Sindicato dos Metroviários, que só prejudica os usuários e a população de São Paulo” e que “a última proposta apresenta ganhos acima de 10% para a categoria”.
 
Por conta da greve dos metroviários, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) adotou um esquema especial a partir da abertura da operação nesta quinta-feira com circulação de trens com menor intervalo, em todas as linhas, além dos horários de pico, entre outras medidas para suprir a maior demanda de usuários. 


Já a São Paulo Transporte (SPTrans) acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) e que as linhas que operam com destino às estações de Metrô foram estendidas. Além disso, houve reforço de frota de ônibus na cidade.

Fonte: O Globo


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