sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Luis Nassif fala sobre a “ultradireita” das manifestações. Ultradireita? Freud explica.

luis_nassif
Ah, Luis Nassif, quanta baixaria se faz em nome de verba estatal para bloguinhos safados. Agora é a hora do texto Como a ultradireita se articula para contestar a reeleição de Dilma, do Jornal GGN:
Um hangout que o músico anti-petista Lobão liderou nesta segunda (10) definiu as diretrizes de uma carta de intenções que será apresentada à sociedade brasileira no próximo sábado (15), quando protestos contrários à reeleição de Dilma Rousseff (PT) estão programados para ocorrer em diversas cidades do País.


Segundo Lobão, a carta de intenções deve deixar claro que os manifestantes que sairão às ruas no final de semana não pedirão intervenção militar ou separatismo. Ao lado de Olavo de Carvalho, Bené Barbosa, Hermes Nery, Nathan Inácio, Marcello Reis, Dalmo Accorsini, Fábio Barsotti e Kim Kataguiri, Lobão criticou a cobertura dada pela grande mídia nos últimos protestos. Grandes jornais como Estadão e Folha deram destaque – com tom de satirização – aos direitistas descompensados e descontentes com a vitória de Dilma sobre o candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB).


“Nós temos um único intento, que é declarar inelegibilidade de Dilma, com a fraude que aconteceu nas eleições, e por todas as falcatruas que o PT vem cometendo. Ou seja, nossa mira é o PT e a Dilma. Não temos a menor intenção de gritar por intervenção militar ou separatismo, ou coisas que o valham, como a oposição vem colocando em nossos ombros”, disse Lobão.
E deixamos algo bem claro: vários comentaristas do Nassif estão irritados pelo fato deste último reconhecer que as manifestações de 1º de novembro tiveram uma cobertura com viés. E, pecado moral (para os petistas): ele reconheceu as intenções dos organizadores em rejeitar pedidos por intervenção militar e separatismo.
Na sexta-feira anterior às manifestações, Lobão pretende conduzir uma coletiva de imprensa com a mídia internacional, com o intuito de evitar “distorções” na imprensa nacional. “Isso será muito importante porque poderemos falar para o mundo inteiro antes das manifestações. Nós teremos esse espaço para falar da carta de intenções”, disse. A única publicação que se safou de críticas foi a Veja, alinhada com o pensamento reinante dos cabeças do movimento.
Aliás, a Veja que atualmente não recebe verbas estatais. E, por isso mesmo, é considerada uma publicação isenta de chantagem governamental.
O documento com o pleito dos movimentos estará disponível em um site com base de dados fora do país a partir do dia 15, para evitar o “governo brasileiro de ter condições de fazer qualquer intervenção”, explicou Marcelo Reis, que também participou do hangout como organizador de protesto.


Com uma camiseta preta estampada com a palavra “impeachment”, Marcelo explicou que o objetivo no sábado será iniciar uma série de protestos para pressionar as autoridades a promoverem uma auditoria independente nas urnas eletrônicas, pois o “povo se sentiu lesado com a suspeita de fraude nessa eleições”.


Com a comprovação de fraude, sustentou Marcelo, a reeleição de Dilma poderia ser anulada. “Nós somos obrigados a votar, e temos também o direito de saber se fomos enganados ou não. Não adianta ter autoria referente ou igual ao [que permite o] TSE, pois [o ministro] Dias Toffoli é advogado do PT. Ele foi colocado no TSE simplesmente para advogar pelo PT”, disparou.


Olavo de Carvalho sustentou que a apuração secreta de votos já torna a eleição presidencial brasileira nada transparente e muito questionável. Ele também defendeu que as lideranças de direita que estão articulando movimentos contra o PT não sejam unificados sob um mesmo símbolo pré-estabelecido, como se fossem um partido político. Para ele, é preciso se manifestar em nome dos 200 milhões de brasileiros.
O texto acaba aqui e tudo que vimos são demandas moderadas.


Alguns até podem criticar o pedido por impeachment, alegando ser um tanto precipitado.


Eu até sugiro a seguinte campanha: “Contra o impeachment de Dilma, mas sem censura”. O racional é o seguinte: impeachment para o PT sair do poder como coitadinho em um país quebrado e ganhar autoridade moral para 2018? Não, proponho algo completamente diferente. Deixar Dilma lá no poder até o fim do mandato, mas atacando ferrenhamente o projeto de censura do partido.


A mensagem é essa: “Quis tanto o poder? Quebrou o país para isso? Ok, agora vá trabalhar! Mas nada de fazer como Kirchner, que censurou a mídia para esconder indicadores ruins e a corrupção e nem precisar trabalhar”.

Mas o momento não é de barrar de demandas, e sim de dar voz a todas as demandas, desde que sejam republicanas. E o impeachment é uma demanda republicana.

A pergunta que fica é a seguinte: o que há de “ultradireita” em todas as citações feitas no texto de Luis Nassif? Neca de pitibiriba.

Na verdade, o que temos é o oposto: uma direita moderada (junto com centristas e até esquerdistas moderados) protestando contra um governo de extrema-esquerda.
Nassif, vá projetar seu extremismo de esquerda em outro lugar.

Veja o hangout:



Em tempo: estou revendo minhas posições a respeito das urnas. As ótimas explicações de Dalmo Accorsini mostram que já passou da hora de exigirmos votações com a impressão de um recibo do voto para ser colocado em uma urna. Como em qualquer país civilizado.

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